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processo epidemico e endemico

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EPIDEMIOLOLGIA- Processo Endêmico e Epidêmico
Aula 3
Incidencia = nº casos novos
Doença erradicada= Incidencia zero/nula
· INTRODUÇÃO
Uma determinada doença, em relação a uma população, que a afete ou possa vir a afetar, pode ser caracterizada como:
1. PRESENTE EM NÍVEL ENDÊMICO;
2. PRESENTE EM NÍVEL EPIDÊMICO; (acima dos limites da frequência máxima)
3. PRESENTE COM CASOS ESPORÁDICOS;
4. INEXISTENTE.
“Elevado número de casos de certas doenças em um determinado lugar não indica necessariamente a existência de uma epidemia. por outro lado, um único caso autóctone poderá ser tido como epidêmico.”
· DEFINIÇÕES
Casos autóctones - aqueles que tiveram origem dentro dos limites do lugar em referência ou sob investigação; (depende da área geográfica – de outra região)
Casos alóctones – são casos importados, ou seja, o doente adquiriu seu mal em outra região de onde emigrou. 
Exemplo: disseminação do vírus h1n1 em vários países.
· Endemia
Conceito: “dá-se a denominação de endemia à ocorrência coletiva de uma determinada doença que, no decorrer de um largo período histórico, acometendo sistematicamente grupos humanos distribuídos em espaços delimitados e caracterizados, mantém sua incidência constante, permitidas as flutuações de valores, tais como as variações sazonais”.
NOTA: As medidas de controle e intervenção da doença são implementadas de forma mais rápidas nas epidemias. As endemias tem um período de tempo maior que uma epidemia.
Existem vários critérios para definir se, na atualidade, uma doença está presente em nível endêmico ou em nível epidêmico. O conceito atribuído à expressão “nível endêmico” é complexo e sua compreensão depende de uma série de conceitos que lhe são anteriores, tais como:
1. freqüência média: “denomina-se incidência mensal média para um determinado mês a média aritmética das incidências brutas ou trabalhadas, ocorridas nos meses de igual denominação, meses equivalentes, numa série de anos imediatamente anteriores”. frequência média t = incidência média t
coeficiente de incidência mensal médio = média aritmética dos coeficientes de incidência calculados para os meses dos anos anteriores
· Endemia
Desvio-padrão: Para cada período mensal do ano, haverá além de uma média de valores, um desvio-padrão característico do conjunto.
“define-se desvio-padrão para o período t do ano como sendo o desvio-padrão st, calculado a partir das frequências brutas ou trabalhadas, observadas no mesmo período do ano, numa série de anos imediatamente anteriores, e que, espera-se, sejam repetidos nos mesmos meses, nos anos vindouros”.
Exemplo
Incidência (numero de casos novos) = número absoluto (ex 200), porém é expresso em TxI (taxa de incidência) . A população para epidemiologia é fundamentalmente importante.
F máxi = fmed + (1,96 x st)
F mín – f méd – (1,96 x st)
St – desvio padrão – será dado o valor
 
Fméd Jan= o,13
Fméd fevereiro= 0,13
F méd março = 0,14
Fméd abril= 0,17
F média = média aritmética aos longos dos anos
NOTA: A título de estatística epidemiológica, em concurso, a frequência média não leva em consideração os anos epidêmicos, visto que os anos que possui uma epidemia, houve um valor acima do valor usual da doença, e a epidemia “é o não habitual da doença”.
Fméd= 0,05 + 0,10 + 0,20+ +0,21 + 0,13 +0,15+0,10+0,10+0,19+0,11 / 10
Exercício:
a) Calcule a F máx e min para o mês de janeiro a abril nos anos de 1960 a 1960:
FREQUENCIA MÁXIMA: Fméd+ (1,96 x st)
Janeiro: máx: 0,13 + (1,96x0,05)= 0,23
Fmín: 0,13 – (1,96 X 0,05)= 0,03
Fevereiro: 
Fmáx: 0,13 + (1,96 x 0,04) = 0,21
Fmín: 0,13 – (1,96 x 0,04) = 0,05
Março:
Fmáx: 0,14 + (1,96 X 0,04)=0,22
Fmín:0,14- (1,96 x 0,04)= 0,06
Abril:
Fmáx: 0,17 +(1,96 x 0,07)= 0,31
F mín:0,17 – (1,96 x 0,07)= 0,03
b) No mês de fevereiro no ano de 1970, foi observado uma taxa de incidência de 0,28 casos, podemos afirmar que houve uma epidemia da doença?
R: Sim, visto que a frequência máxima ultrapassa a frequência máxima do mês.
2. A tabela abaixo mostra a incidência da Tuberculose, no município de Bom jesus, nos anos de 2012 a 2016, tendo um st(desvio padrão) de 0,03 para este estudo. Podemos afirmar que no ano de 2015 houve uma epidemia de tuberculose no município?
NOTAS: 
a)Tem sempre que fazer dos anos anteriores ao que se quer avaliar, lembrando que o ano solicitado não entra na análise.
b)caso não seja fornecido no enunciado o desvio padrão não tem como fazer o cálculo e a resposta seria: Não é possível analisar, visto que não foi fornecido o st.
F máx = 6+(1,96 x 0,03)
F máx = 6,05
F méd= 10+5+3 = 18/3 = 6
R: Sim, pois ultrapassou a frequência máxima ( 6,05)
· Diagrama de controle: 
Representação gráfica da endemia. “é um dispositivo gráfico destinado ao acompanhamento, no tempo, semana a semana, mês a mês, da evolução dos coeficientes de incidência, com o objetivo de se estabelecer e implementar medidas profiláticas que possam manter a doençasob controle”. 
O diagrama de controle será construído então com os valores de incidência média mensal, um limite superior constituído pelos valores obtidos, somando-se 1,96 desvios-padrão ao valor médio mensal e um limite inferior constituído pelos valores obtidos subtraindo-se 1,96 desvios-padrão do valor médio mensal.
· incidência normal
“incidência normal, com referência ao que foi observado na semana, no mês ou no ano que acabam de se encerrar, é a incidência que se iguala à que vinha sendo registrada em igual período de tempo, nos anos anteriores, respeitadas as flutuações de medidas”.
· faixa endêmica
“é o espaço nos limites do qual as medidas de incidência podem flutuar sem que delas se possa inferir ter havido qualquer alteração sistêmica na estrutura epidemiológica condicionante do processo saúde-doença considerado”.
· Endemicidade
“A intensidade do caráter endêmico de determinada doença, em determinados lugar e intervalo cronológico, é a endemicidade dessa doença no lugar e no tempo considerados”.
ex: valores hipoendêmicos, mesoendêmicos ou hiperendêmicos. Ou ainda “menor, igual ou maior endemicidade”. 
Importante: epidemia não significa propriamente um grande número de casos , mas uma elevação significante da incidência, quando comparada à frequência habitual de uma doença em uma localidade; quando a incidência mensal ultrapassar a linha do limite superior dizemos que esta incidência é epidêmica.
· epidemia
senso comum: é a ocorrência de doença em grande número de pessoas ao mesmo tempo. operativo: é uma alteração, espacial e cronologicamente delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação progressivamente crescente inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença, ultrapassando e reiterando valores acima do limiar epidêmico preestabelecido.
LIMIAR EPIDÊMICO = LIMITE SUPERIOR ENDÊMICO = Demarca o início de uma ocorrência que poderá ser epidêmica.
As doenças de uma maneira geral podem ter seu nível de incidência classificado como endêmico ou epidêmico. Demarca o início de uma ocorrência que poderá ser epidêmica.
· Doenças erradicadas ?
Quanto as doenças erradicadas ou inexistentes até então, o coeficiente de incidência que fixa seu limiar epidêmico é igual a zero. Nessa situação apenas um caso poderá ser considerado uma ocorrência epidêmica. 
exemplo:
desde 1990 não se registram casos de poliomielite no brasil. um único caso, que fosse agora confirmado no país, seria considerado epidêmico; no paquistão os 198 casos confirmados de poliomielite em 2011 não chegaram a caracterizar uma epidemia, devido à endemicidade dessa doença no país, que de 2002 a 2011 tiveram dezenas de casos.
· mecanismos desencadeantes das epidemias
A incidência de uma doença pode chegar ao nível epidêmico através de um dos seguintes mecanismos:
a) importação e incorporação de casos alóctones a populações formadas por grande número de pessoas suscetíveis, com as quais a transmissão seja uma possibilidade real;
b) ingresso de casos alóctones em áreas cujas condições ambientais são favoráveis à propagação da doença. mecanismos desencadeantesdas epidemias
c) contato acidental com agentes infecciosos, toxinas ou produtos químicos, estando sujeitos grupos de indivíduos ou populações nas quais a incidência da doença permanecia nula até então.
d) modificações ocorridas na estrutura epidemiológica.
· Curva epidêmica
 É a representação gráfica geral de uma situação epidêmica. nesta curva genérica existem alguns aspectos que merecem ser destacados, são eles: 
a) incremento inicial de casos: “acontece nos eventos em que o processo saúde-doença passa de uma situação endêmica preexistente para uma situação epidêmica. com a situação ainda em nível endêmico, observa-se um incremento do número de casos com o coeficiente de incidência tendendo para o limite superior endêmico”.
b) egressão: “tem seu marco inicial no surgimento dos primeiros casos e termina quando a incidência for nula ou quando o processo se estabilizar num dado patamar de endemicidade, caracterizando uma endemia”.
c) progressão: “estabelecida a epidemia, o crescimento progressivo da incidência caracteriza a fase inicial do processo. esta primeira etapa, descrita pelo ramo ascendente da curva epidêmica, termina quando o processo epidêmico atinge seu clímax”.
d) regressão: é a última fase na evolução de uma epidemia. o processo de massa tende a: - retornar aos valores iniciais de incidência; - estabilizar-se em patamar endêmico, abaixo ou acima do patamar inicial; - regredir até incidência nula, incluída aí a erradicação.
· Duração das epidemias
contrariamente à endemia, que é temporalmente ilimitada, a epidemia é restrita a um intervalo de tempo marcado por um começo e um fim, com retorno das medidas de incidência aos patamares endêmicos observados antes da ocorrência epidêmica. Este intervalo de tempo pode abranger umas poucas horas ou dias ou pode estender-se a anos ou mesmo décadas.
ex: a intoxicação alimentar é um evento extremamente curto; a febre tifóide é um evento
intermediário e a aids um evento de longa duração. 
· abrangência das epidemias
surto epidêmico: “denomina-se surto epidêmico, ou simplesmente surto, uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado: colégio, quartel, edifício de apartamentos, bairro, etc.”
pandemia: “dá-se o nome de pandemia à ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações”.
· Aspectos diferenciais das epidemias
Epidemia explosiva: o critério diferenciador é a velocidade do processo na etapa de progressão. epidemia explosiva é a que apresenta uma rápida progressão até atingir a incidência máxima num curto espaço de tempo. é também denominada epidemia maciça.
ex: intoxicações decorrentes da ingestão de água, leite ou outros alimentos contaminados.
Epidemia lenta: o critério diferenciador continua sendo a velocidade de progressão. a qualificação “lenta” refere-se á velocidade com que é atingida a incidência máxima. a velocidade é lenta, a ocorrência é gradualizada e progride durante um longo tempo. pode ocorrer com as doenças cujos agentes apresentam baixa resistência o meio exterior ou para os quais a população seja altamente resistente. a epidemia terá também decurso lento quando os fatores de transmissão estiverem parcamente difundidos no meio.
ex: epidemias decorrentes de longo período de incubação (aids).
epidemia progressiva ou propagada: o critério diferenciador é a existência de um mecanismo de transmissão de hospedeiro a hospedeiro. na epidemia progressiva ou propagada a doença é difundida de pessoa a pessoa por via respiratória, anal, oral, genital, ou por vetores. a propagação se dá em cadeia, gerando verdadeira corrente de transmissão, de suscetível a suscetível, até o esgotamento destes ou sua diminuição abaixo do nível crítico. é também denominada epidemia de contato ou de contágio. Sua progressão é lenta.
ex: epidemia de aids.
epidemia por fonte comum: o critério diferenciador é a inexistência de um mecanismo de transmissão de hospedeiro a hospedeiro. Nesta epidemia, o fator extrínseco é veiculado pela água, alimento, ar ou introduzido por inoculação. aqui não existe a propagação pessoa a pessoa: todos os afetados devem ter tido acesso direto ao veículo disseminador da doença. trata-se geralmente de uma epidemia explosiva e bastante localizada em relação às variáveis tempo, espaço e pessoa.
Exercícios
A) Calcule a frequência máxima e mínima esperada (limite superior endêmico e limite inferior endêmico) para o mês de janeiro a junho;
B) Constura o diagrama de controle endêmico, com os limites máximos e mínimos esperados;
C) No ano de 1970, o municipio de São Paulo registrou, no mês de janeiro, uma taxa de incidência para meningite de 0,30 por 100 mil habitantes. Podemos considerar uma epidemia de meningite? Justifique sua resposta.

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