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Obs.: Outros monossacarídeos, além da glicose, também são transportados por GLUTs. Polissacarídeo Amido: ○ Principal polissacarídeo da dieta. ○ O amido é quebrado em dextrinas, seguido de maltoses e, por fim, em glicose. ○ A hidrólise é catalisada por enzimas amilase (salivar e pancreática) e maltase (dissacaridase presente no intestino). Lactose: ○Dissacarídeo formado por monômeros de galactose e glicose. ○ A hidrólise acontece por intermédio da enzima lactase Sacarose: ○ Dissacarídeo constituído por monômeros de frutose e glicose. ○Principal fonte de obtenção de frutose. Monossacarídeo ○ A glicose é metabolizada pela via glicolítica (glicólise), pela qual dá origem ao piruvato. É o principal monossacarídeo da dieta. ○ A frutose e a galactose necessitam ser incorporadas à via glicolítica, então, são convertidos a intermediários do metabolismo da glicose e seus destinos são paralelos aos da glicose. A absorção da frutose aumenta quando ela é ingerida sob a forma de sacarose ou quando misturada com a glicose, pois, durante a absorção da glicose, ocorre a abertura de pequenas junções, com movimento de fluido luminal por meio de vias paracelulares. Através desse movimento, pequenos solutos, incluindo a frutose, se movem passivamente, aumentando em 29% a absorção da frutose quando associada a soluções com glicose. GLUT5 transporta só a frutose - Glc → transporte ativo secundário - Fru → GLUT5 - Fru não estimula a secreção de insulina ● dois órgãos são responsáveis pelo maior consumo de glicose: cérebro/células nervosas e músculo esquelético ● fígado metaboliza maior parte da frutose que ingerimos GLUT 2 km elevado, baixa afinidade pelo carboidrato quanto menor o valor do Km, maior é a afinidade. a frutose e galactose são quebradas e possuem dois destinos, é escolhido pela demanda energética ➔ via glicolítica: gera energia (se estiver com pouca energia) ➔ via gliconeogênese: novas moléculas de glicose (se estiver com energia em excesso) A ingestão de sacarose faz com que o tecido hepático receba glicose e frutose. Em riqueza energética (ou seja, quando há bastante ATP), a fosfofrutoquinase 1 (PFK-1) é inibida, fazendo com que a via glicolítica não aconteça. Porém, a dihidroxiacetona-P e o gliceraldeído-3-P (originados a partir da frutose) continuam abastecendo a glicólise, já que esses compostos não são inibidos pela riqueza energética, pois desviam da reação da PFK-1 (enzima marca-passo; mais importante para a regulação da glicólise). Todo esse cenário faz com que possa haver acúmulo de ácidos graxos (estocados em forma de triacilgliceróis), resultando na esteatose hepática não alcoólica. ➔ A frutose também é encontrada como monossacarídeo livre em muitas frutas, no mel e no xarope de milho com alta concentração de frutose; ➔ A entrada de frutose nas células não é dependente da insulina (diferentemente da glicose em certos tecidos) e, ao contrário da glicose, a frutose não promove a secreção de insulina. ➔ A sacarose é um dissacarídeo (frutose + glicose). é clivado no intestino. ➔ O mel possui a maior concentração de frutose (42,4% do peso), um adoçante natural. ➔ A hexoquinase fosforila a glicose na maioria das células, e várias outras hexoses podem servir como substrato para essa enzima; ➔ A menos que a concentração intracelular de frutose se torne alta, a presença normal de concentrações saturantes de glicose significa que pouca quantidade de frutose está sendo convertida em frutose-6-fosfato pela hexoquinase; ➔ A frutoquinase fosforila a frutose no fígado, nos rins e na mucosa do intestino delgado; ➔ A frutose-1-fosfato não é convertida em frutose-1,6-bisfosfato, como ocorre com a frutose-6-fosfato, e sim clivada pela aldolase B, produzindo di-hidroxiacetona-fosfato (DHAP) e gliceraldeído; ➔ A aldolase A é encontrada na maioria dos tecidos, a aldolase B é encontrada no fígado e a aldolase C está presente no encéfalo; todas clivam a frutose-1,6-bisfosfato produzida durante a glicólise, resultando em DHAP e gliceraldeído-3-fosfato, mas somente a aldolase B cliva a frutose-1-P. A DHAP pode entrar, diretamente, na glicólise ou na gliconeogênese, ao passo que o gliceraldeído pode ser metabolizado por diversas vias. METABOLISMO DA FRUTOSE: rins, fígado e enterócito 1. frutoquinase fosforila a frutose; carga negativa para ela nao sair da célula, fica aprisionada 2. frutose-1-fosfato aldolase cliva em duas moléculas: di-hidroxiacetona fosfato (entra na via glicolítica) e gliceraldeído 3. o gliceraldeído é transformado/fosforilado em gliceraldeído 3-fosfato pela enzima triose quinase Frutoquinase (também chamada de cetoexquinase) está presente no fígado, nos rins e nos enterócitos * O aumento das [GAD-3P] e de [DHC-P] vão estimular o aumento da [piruvato] → aumento da VLDL / + gliconeo - pouca energia: ativa enzima PFK1 e ativa via glicolitica - excesso de piruvato vira ácido graxo, acúmulo de frutose no fígado - alto consumo de frutose, seu acúmulo pode gerar cirrose - A frutose escapa do controle da glicoquinase (ou hexoquinase IV, fígado) e da PFK-1 - Nos tecidos extra-hepáticos, a frutose é fosforilada pela hexoquinase VISAO CLINICA quebra de frutose em excesso gera ácido úrico frutose → AMP → metabolitos intermediarios de purinas→ ácido úrico o aumento da concentração de ácido úrico pode gerar hipertensão, disfunção erétil, gota, pode destruir o parênquima renal esteatose hepática não alcoólica: acontece pelo acúmulo de frutose em ácido graxo em triacilgliceróis no fígado acetil coa em excesso gera colesterol em excesso, fígado tende a liberar mais VLDL e LDL Frutose vs. hipertriacilglicerolemia Aumento de VLDL (e consequentemente LDL) NAS VESÍCULAS SEMINAIS frutose é alimento dos espermatozoides SÍNTESE DE SORBITOL A enzima aldose-redutase é responsável por converter a glicose em sorbitol (Kmalto). Essa enzima é encontrada em determinados tecidos como vesículas seminais, ovários, retina, cristalino, entre outros, O sorbitol, por sua vez, pode ser convertido em frutose em presença da enzima sorbitol desidrogenase. Obs.: Nas vesículas seminais, essas duas reações responsáveis por converter glicose em frutose beneficia os espermatozóides, que possuem a frutose como principal fonte energética NOS CRISTALINOS NERVOS E RINS HIPERGLICEMIA E SORBITOL Como a insulina não é necessária para o transporte de glicose nas células de tecidos como retina, cristalino, rins e nervos periféricos (GLUTs com baixa afinidade pela glicose; não dependentes de insulina), grandes quantidades de glicose podem entrar para o meio intracelular em situação de hiperglicemia. Diante da alta concentração de glicose intracelular, a aldose-redutase pode catalisar uma quantidade elevada de sorbitol. Em deficiência ou ausência de sorbitol-desidrogenase, o sorbitol se acumula (já que não consegue sair pelo GLUT que a glicose entrou), modificando a pressão osmótica dentro da célula. Algumas das alterações patológicas relacionadas ao diabetes podem ser atribuídas, parcialmente, ao estresse osmótico referido acima. Exemplos: glaucoma, catarata, neuropatia periférica Excesso de frutose em pacientes diabéticos- Cristalino, rins e nervos No DM, há: - redução da capacidade antioxidante da glutationa (que doa H+ para síntese de sorbitol e se torna oxidada); - potencialização do estresse osmótico; - aumento da produção AGEs (compostos derivados da glicação de proteínas por hexoses). Essas alterações levam à neuropatia, retinopatia e doença renal * Aumento do estresse osmótico (edema celular) * Redução da síntese de ATP DOENÇAS GENÉTICAS Frutosúria e Intolerância hereditária à Frutose Frutosúria essencial → condição benigna, ausência da frutocinase IHF → atinge fígado e rins → 1:20.000 * desmame → oferta de frutas e outros alimentos na dieta * acúmulo de F1 leva à redução de Pi e aumento da produção de AMP. O AMP é convertido em ácido úrico, levando à acidemia* detecção de frutose na urina e teste da atividade enzimática * retirada de Fru, sorbitol e sacarose da dieta → pacientes têm aversão à doce INTOLERÂNCIA HEREDITÁRIA À FRUTOSE FRUTOSÚRIA ESSENCIAL MALIGNA Condição grave, causa hipoglicemia grave, icterícia, hepatomegalia, falência hepática etc BENIGNA não causa complicações DEFICIÊNCIA DA DEFICIÊNCIA NA ALDOLASE B FRUTOCINASE Ocorre acúmulo de frutose-1-P na célula hepática e depleção de fosfato inorgânico (Pi) ACÚMULO DE FRUTOSE NA URINA TRATAMENTO COM REMOÇÃO IMEDIATA DA FRUTOSE NA DIETA NÃO NECESSITA TRATAMENTO intolerância hereditária à frutose: recessiva, frutose entra via GLUT 2, frutose 1 fosfato é tóxica e acumula, pode levar ao sorbitol que aumenta a pressão osmótica, água entra mais nos hepatócitos, que pode gerar falência hepática e até morte FRUTOSEMIA se obtém do leite e derivados ➔ A principal fonte de galactose na alimentação é a lactose (galactosil-beta-1,4- glicose), obtida do leite e dos seus derivados; ➔ Certa quantidade de galactose pode também ser obtida por degradação lisossomal de carboidratos complexos, como glicoproteínas e glicolipídeos, que são componentes importantes da membrana; ➔ Assim como a frutose, a entrada da galactose nas células não depende da insulina. ➔ A lactose é um dissacarídeo (galactose + glicose). ➔ O leite é a principal fonte deste carboidrato. ➔ Outras fontes menos importantes são as frutas e vegetais. UDP: glicose ligada a uracila difosfato - é um substrato galactose 1 fosfato - outro substrato a enzima UDP faz a uriditransferase, leva o UDP para a galactose e o fosfato para a glicose conversao de udp glicose para glicose 1 fosfato econversao de galactose 1 fosfato para udp galactose A galactose deve sofrer fosforilação antes de ser metabolizada. Para que essa fosforilação aconteça, faz-se necessária a enzima galactoquinase, que converte galactose em galactose-1-P, com gasto de ATP. → 1º REAÇÃO A galactose-1-P não pode entrar na via glicolítica, devendo antes ser convertida em UDP-galactose (galactose ativada), reação catalisada pela enzima galactose-1-fosfato-uritiltransferase (GALT); a glicose doa o UDP → 2º REAÇÃO Para que a UDP-galactose entre na principal via metabólica da glicose, ela deve ser convertida em UDP-glicose, em presença da enzima UDP-galactose-epimerase →3º REAÇÃO Aglicose-1-P, produto da 2º reação, é convertida em glicose-6-P em uma reação catalisada pela enzima fosfoglicomutase SINTESE DA LACTOSE: glandulas mamarias A lactose é sintetizada no aparelho de Golgi pela lactose-sintase (UDP-galactose: glicose-galactosiltransferase), que transfere a galactose da UDP-galactose (UDP-Gal) para a glicose, liberando UDP. Essa enzima é composta de duas proteínas, A e B. - A proteína A é uma beta-D-galactosiltransferase e é encontrada em vários tecidos. Em outros tecidos que não as glândulas mamárias lactantes, essa enzima transfere galactose da UDP-galactose para a N-acetil-D-glicosamina, formando a mesma ligação beta(1→4) encontrada na lactose e produzindo N-acetilactosamina, que participa da síntese de glicoconjugados. -A proteína B (alfa-lactalbumina), por sua vez, é encontrada apenas nas glândulas mamárias lactantes e a sua síntese é estimulada pelo hormônio peptídico prolactina. - A proteína B forma um complexo com a enzima, a proteína A, alterando a especificidade daquela transferase de modo a produzir lactose, em vez de N-acetilactosamina. ➔ Da mesma forma que a frutose, a galactose deve ser fosforilada antes de ser metabolizada; ➔ A maioria dos tecidos possui uma enzima específica para essa reação, a galactoquinase, que produz galactose-1-fosfato; ➔ A galactose-1-fosfato não pode entrar na via glicolítica, a menos que seja antes convertida em UDP-galactose. Isso ocorre em uma reação de troca, na qual a UDP-glicose reage com a galactose-1-fosfato, produzindo UDP-galactose e glicose-1-fosfato; ➔ A enzima que catalisa essa reação é a galactose-1-fosfato-uridil transferase (GALT). GALK OU GALT FALTAM MAIS falta de GALT: catarata galactossemia nao classica ou 2 ERROS INATOS DO METABOLISMO GALACTOSSEMIA Galactosemia clássica ○ A deficiência da enzima galactose-1-P-uridiltransferase (GALT) caracteriza a galactosemia clássica, provocando o acúmulo de galactose-1-P. ○Doença de caráter autossômico recessivo ○As consequências fisiológicas são semelhantes às da IHF (hipoglicemia grave, vômitos, icterícia, hemorragia, hepatomegalia, disfunção renal), porém, afetam um espectro mais amplo de tecidos***. *** Isso porque a galactose está presente em muitos mais tecidos do que a frutose (basicamente, restrita ao tecido hepático). ○O acúmulo de galactose-1-P pode gerar a produção de galactitol → resulta no acúmulo em cristalino, retina, nervos (semelhante ao sorbitol). ○A avaliação de deficiência de GALT deve ser realizada na triagem dos neonatos (Teste do Pezinho). ○O tratamento está relacionado com a restrição de galactose na dieta. Galactosemia não clássica ○A galactosemia não clássica é caracterizada pela deficiência da enzima galactoquinase, não permitindo a conversão de galactose em galactose-1-P. ○A galactose pode sair de dentro da célula, por isso não há acúmulo. ○Observa-se galactosemia (aumento de galactose no sangue) e galactosuria (aumento de galactose na urina). ○O tratamento está relacionado com a restrição de galactose na dieta. GALACTOSEMIA CLÁSSICA GALACTOSEMIA NÃO CLÁSSICA Deficiência da enzima GALT (galactose-1-fosfat o uridiltransferase Deficiência da enzima galactocinase (ou galactoquinase) Ocorre acúmulo de galactose na corrente sanguínea (galactosemia) e na urina (galactosúria) Pode causar catarata pelo acúmulo de galactitol Ocorre acúmulo de galactose-1-P na célula hepática e depleção de fosfato inorgânico (Pi) Condição não tão grave, a principal complicação é a catarata Condição grave, causa hipoglicemia grave, retardo mental, icterícia, hepatomegalia, falência hepática etc. Tratamento envolve REMOÇÃO IMEDIATA da galactose da dieta galactosemia clássica
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