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design de mobiliário

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DESIGN 
DE MOBILIÁRIO
PROFESSORES
Esp. Ivã Vinagre de Lima
Esp. Thiara L. S. Stivari Socolovithc 
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
2 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; 
LIMA, Ivã Vinagre de; SOCOLOVITHC, Thiara L. S. Stivari.
Design de Mobiliário. Ivã Vinagre de Lima; Thiara L. S. Stivari Socolovithc.
Maringá - PR.:Unicesumar, 2018. Reimpressão 2020
234 p.
“Graduação em Design - EaD”.
1. Design . 2. Mobiliário . 3. EaD. I. Título. 
ISBN 978-85-459-1139-5
CDD - 22ª Ed. 745.2
CIP - NBR 12899 - AACR/2
NEAD 
Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 
Jd. Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de Administração 
Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente 
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva de Ensino Janes Fidélis Tomelin Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho, 
Direção de Operações Chrystiano Mincoff, Direção de Polos Próprios James Prestes, Direção de 
Desenvolvimento Dayane Almeida, Direção de Relacionamento Alessandra Baron, Head de Produção 
de Conteúdos Celso L. Filho, Gerência de Produção de Conteúdo Diogo R. Garcia, Gerência de 
Projetos Especiais Daniel F. Hey, Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida 
Toledo, Supervisão Operacional de Ensino Luiz Arthur Sanglard, Coordenador(a) de Conteúdo 
Larissa Camargo, Projeto Gráfico José Jhonny Coelho, Editoração Arthur Cantareli Silva, Designer 
Educacional Agnaldo Ventura, Revisão Textual Ariane Andrade Fabreti e Cíntia Prezoto Ferreira, 
Ilustração Marta Kakitani, Fotos Shutterstock.
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não somente 
para oferecer uma educação de qualidade, mas, acima 
de tudo, para gerar uma conversão integral das 
pessoas ao conhecimento. Baseamo-nos em 4 pilares: 
intelectual, profissional, emocional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de 
graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil 
estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro 
campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e 
Londrina) e em mais de 500 polos de educação a distância 
espalhados por todos os estados do Brasil e, também, 
no exterior, com dezenas de cursos de graduação e 
pós-graduação. Produzimos e revisamos 500 livros 
e distribuímos mais de 500 mil exemplares por ano. 
Somos reconhecidos pelo MEC como uma instituição de 
excelência, com IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos 
entre os 10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educadores 
soluções inteligentes para as necessidades de todos. 
Para continuar relevante, a instituição de educação 
precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, 
coragem e compromisso com a qualidade. Por 
isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, 
metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor 
do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Wilson Matos da Silva
Reitor da Unicesumar
boas-vindas
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à 
Comunidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar 
tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores 
e pela nossa sociedade. Porém, é importante 
destacar aqui que não estamos falando mais daquele 
conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas 
de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, 
atemporal, global, democratizado, transformado pelas 
tecnologias digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, 
informações, da educação por meio da conectividade 
via internet, do acesso wireless em diferentes lugares 
e da mobilidade dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram 
a informação e a produção do conhecimento, que não 
reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em 
segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber cada 
vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a 
tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, priorizar o 
conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância 
(EAD), significa possibilitar o contato com ambientes 
cativantes, ricos em informações e interatividade. É 
um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá 
as portas para melhores oportunidades. Como já disse 
Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. 
É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. 
Willian V. K. de Matos Silva
Pró-Reitor da Unicesumar EaD
boas-vindas
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando 
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes 
de alcançar um nível de desenvolvimento compatível 
com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educacional, 
complementando sua formação profissional, 
desenvolvendo competências e habilidades, e 
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, 
de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, 
estes materiais têm como principal objetivo “provocar 
uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta 
forma possibilita o desenvolvimento da autonomia 
em busca dos conhecimentos necessários para a sua 
formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento 
e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos 
fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe 
das discussões. Além disso, lembre-se que existe 
uma equipe de professores e tutores que se encontra 
disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em 
seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe 
trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória 
acadêmica.
Débora do Nascimento Leite
Diretoria de Design Educacional
Janes Fidélis Tomelin
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Kátia Solange Coelho
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Leonardo Spaine
Diretoria de Permanência
autores
Esp. Ivã Vinagre de Lima
Especialista em Arte-Educação pelo Instituto Brasileiro de Pós-Graduação e Extensão (IBPEX/2007). 
Graduado em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Cesumar (Unicesumar/2015). Tecnólogo em 
Construção Civil (Modalidade - Edifícios) pela Universidade Estadual de Maringá (UEM/2014). Licenciado 
em Artes Plásticas pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR/2007). Tecnólogo em 
Design de Móveis pela UTFPR (2007). Tecnólogo em Design de interiores pelo Centro Universitário 
Campos de Andrade(Uniandrade/2006). Tecnólogo em Móveis (Modalidade - Projeto de Móveis) pela 
UTFPR (2006). Atualmente é professor de ensino técnico e tecnológico do Instituto Federal de Edu-
cação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR) no campus Umuarama-PR. Tem experiência nas áreas 
de Arte-Educação, Construção Civil, Desenho Industrial, Design de Móveis e Design de Interiores.
Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e publicações, acesse 
seu currículo disponível no seguinte endereço:
<http://lattes.cnpq.br/0694192193036096>.
Esp. Thiara L. S. Stivari Socolovithc
Mestranda em Comunicação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL/2017) com pesquisa 
na área de imagens e linguagens: o design da cidade. Especialista em História da Arte pelo Centro 
Universitário Claretiano (CEUCLAR/2016). Graduada em Tecnologia em Design de Interiores pelo 
Unicesumar (2015). Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propagan-
da (2005). Atualmente é professora de Conforto Ambiental e Computação Gráfica no Unicesumar 
(2018). Professora do curso de aperfeiçoamento em Light Design na Unifamma (2016 e 2018). Atua 
como designer de móveis desde 2006 e como designer de interiores desde 2013. Foi presidente 
do Grupo de Ensinos Avançados em Design GEAD (2013-2014). Professora de História da Arte e do 
Mobiliário para o curso de Design de Interiores EAD do Unicesumar (2016). Palestrante em diversos 
eventos sobre projeto de Mobiliário. Ganhadora do prêmio profissional do futuro da Mostra Casa.
com (2013). Desenvolve pesquisas em design, semiótica da cultura e antropologia do consumo.
Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e publicações, acesse 
seu currículo disponível no seguinte endereço:
<http://lattes.cnpq.br/1339772020198604>.
apresentação do material
DESIGN DE MOBILIÁRIO
Ivã Vinagre de Lima e Thiara L. S. Stivari Socolovithc.
Olá, futuro(a) designer. Seja bem-vindo(a) ao livro da disciplina Design de Mobili-
ário. Neste livro, você terá contato com informações importantes para a elaboração 
de projetos de mobiliários.
O design de móveis envolve criatividade, conhecimento técnico e planejamento 
para a execução de um produto coerente e inovador. Em um mercado em constante 
mudança, as espacialidades e as funções dos ambientes vêm se transformando, 
exigindo que os objetos que dão vida a esses espaços tornem-se mais funcionais, 
simbólicos e eficientes.
O usuário deve ser o foco do projeto de móveis e, para isto, além do conhecimento 
das especificidades técnicas, tendo como prerrogativa básica o conforto e a ergo-
nomia das peças, propõe-se também o estudo de aspectos subjetivos relativos ao 
consumidor. Estas análises auxiliam a compreender o contexto histórico, cultural 
e econômico em que os produtos serão inseridos, ou seja, quais são as necessida-
des e os valores compartilhados por uma sociedade em um momento específico.
Além destas relações, é importante que o designer atente-se à sustentabilidade, 
um processo que envolve toda a cadeia produtiva e de consumo dos produtos, 
compreendendo que o profissional é parte integrante desta comunidade e que 
deve buscar soluções ecologicamente adequadas.
Desta maneira, este livro busca dar ferramentas para a compreensão sobre as 
características dos produtos existentes no mercado moveleiro atual, os seus pro-
cessos produtivos e componentes, conferindo as maneiras de expressão projetual 
e a metodologia para o desenvolvimento criativo de um mobiliário.
Para inseri-lo(a) nesse tema, na Unidade I, você conhecerá a diferença entre os tipos 
de mobiliários, as suas características e especificidades, as classificações em relação 
aos tipos de sistema de produção e a sua relação com a composição dos ambientes.
Na Unidade II, analisaremos as diferenças entre função, técnica e sentido do design 
móveis, compreenderemos como funciona a estrutura de uma indústria e os processos 
gerenciais que auxiliam na otimização da produção moveleira. E, por fim, conhe-
ceremos a composição base dos móveis, seus principais componentes e conjuntos.
Na Unidade III, discutiremos diversos processos produtivos para que você possa 
compreender as dinâmicas que envolvem qualquer projeto de mobiliário. Obser-
vando que, como designers de produto, é fundamental entender de que maneira são 
processados os materiais na indústria (ou na fabricação de pequeno e médio porte) 
para que se chegue a um design com capacidade para ser produzido comercialmente.
Na Unidade IV, estudaremos a composição dos mobiliários, as características dos 
elementos de base, suas estruturas, materiais, peças de montagem e componentes 
acessórios, compreendendo como estas escolhas podem alterar a função da peça, 
sua aparência e seus significados.
Na Unidade V, observaremos os modelos de representações gráficas e de repre-
sentações físicas, as suas especificidades, vantagens e limitações, para que você 
possa escolher a melhor opção que, por sua vez, ilustre determinado parâmetro do 
projeto de design, elucidando quaisquer dúvidas e evitando problemas de execução. 
Como material extra, disponibilizamos o desenvolvimento da metodologia de 
design aplicada a projetos de móveis, conferindo, primeiramente, um panorama de 
possíveis demandas, as etapas criativas e as técnicas para a entrega de um projeto 
completo para a fabricação.
Desejamos que, ao final do livro e de toda a disciplina, você sinta-se preparado(a) 
para atuar com projetos de móveis, reconhecendo, neste conteúdo, uma introdu-
ção à prática profissional e compreendendo ainda mais como o conhecimento 
acadêmico pode incrementar a sua atuação em design de produto.
Ótimos estudos!
sumário
UNIDADE VI
MATERIAL EXTRA
192 Uma Demanda Inicial
195 Fase de Preparação: Análise do Problema
204 Fase de Geração de Ideias: Alternativas do 
Problema
207 Fase de Seleção de Ideias: Avaliação das 
Alternativas de Design
212 Fase de Realização: Proposta Definida da 
Solução de Design
223 Documentação do Projeto de Design
231 Referências
232 Gabarito
234 Conclusão Geral
UNIDADE I
CLASSIFICAÇÕES DO MOBILIÁRIO
14 Classificações do Mobiliário
16 Classificação do Mobiliário Quanto aos 
Modelos de Configurações.
22 Classificações do Mobiliário Quanto aos 
Sistemas de Produção
35 Classificações do Mobiliário Quanto aos 
Sistemas de Montagens
47 Referências
48 Gabarito
UNIDADE II
ESTRUTURA DA INDÚSTRIA E DO MOBILIÁRIO
54 O Designer e a Indústria
56 Função, Técnica e Sentido
60 Fabricação Artesanal, Fabricação Sob Medida 
e Fabricação Seriada
63 Estrutura e Gestão Industrial
67 Composição Geral do Mobiliário
81 Referências
82 Gabarito
UNIDADE III
PROCESSOS PRODUTIVOS
88 Produzindo com Madeira Natural
98 Produzindo com Painéis de Madeira
103 Produzindo com Metal na Movelaria
106 Produzindo com Materiais Sintéticos
116 Referências
116 Gabarito
UNIDADE IV
COMPOSIÇÃO DO MOBILIÁRIO
122 Componentes de Base
133 Componentes de Montagem
142 Componentes de Acessórios
153 Referências
153 Gabarito
UNIDADE V
MODELOS DE REPRESENTAÇÃO EM PROJETOS 
DE MOBILIÁRIO
158 Modelos de Representações em Projetos de 
Mobiliários
161 Representações Gráficas em Projetos de 
Mobiliários
169 Representações Físicas em Projetos de Mo-
biliários
176 Gerações de Alternativas em Projetos de 
Mobiliários
185 Referências
186 Gabarito
Professor Esp. Ivã Vinagre de Lima
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Classificações do mobiliário
• Classificações do mobiliário quanto aos modelos de 
configurações
• Classificações do mobiliário quanto aos sistemas de 
produção
• Classificações do mobiliário quanto aos sistemas de 
montagens
Objetivos de Aprendizagem
• Conhecer as diferenças entre os tipos de mobiliários.
• Entender as características do mobiliário.
• Classificação do mobiliário quanto aos modelos de 
sistemas de produção.
• Apresentar a relação do mobiliário com projetos de 
interiores e projeto de produto.
CLASSIFICAÇÕESDO 
MOBILIÁRIO
unidade 
I
INTRODUÇÃO
O
lá caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) à primeira Unidade 
do nosso livro Design de Mobiliário. Após você ter estudado 
os componentes das disciplinas dos módulos um, dois, três e 
quatro, os conhecimentos desses componentes curriculares 
ajudarão no decorrer do processo de desenvolvimento das criações e do 
planejamento em relação à concepção dos projetos de mobiliários.
Estudaremos, nesta unidade, as classificações do mobiliário e as suas 
respectivas diferenças, apresentando conceitos e modelos ilustrados para 
a melhor compreensão dos elementos que serão importantes para os pro-
jetos de mobiliário, abordados em uma sequência de quatro tópicos.
No primeiro tópico, conheceremos as classificações dos modelos de 
configurações do mobiliário, em que veremos informações importantes 
sobre mobiliários unitários, mobiliários de conjuntos, mobiliários com-
poníveis, mobiliários modulados e conceituais, encontrados comercial-
mente no segmento do mercado moveleiro.
Serão apresentados conceitos básicos, citações e algumas curiosida-
des que servirão como apoio para as próximas unidades desse livro. No 
segundo tópico, estudaremos a classificação dos modelos de sistemas de 
produção moveleira. Serão apresentados mobiliários de produção sob 
medida, mobiliários de produção artesanal, mobiliários de produção se-
riada, mobiliários de produção de desvio de função e os de produção di-
gital, apresentando alguns exemplos de modelos de representação gráfica 
que são utilizados por alguns profissionais da área de design de produto.
No terceiro tópico, veremos a classificação dos modelos de sistemas 
de montagens de mobiliários, que serão: mobiliário montado e mobili-
ário desmontável. Assim, apresentando algumas dicas relacionadas ao 
volume do mobiliário e que devem ser levadas em consideração na hora 
de projetá-lo.
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
14 
Classificações 
do Mobiliário
O mobiliário é um artefato muito importante em 
projetos de interiores e exteriores, especialmente no 
planejamento preliminar da distribuição e da circu-
lação do espaço residencial, comercial, institucional 
ou urbano, e após a definição do layout no ambiente.
Para Gomes (2015, p. 120), móveis ou mobiliá-
rio são definidos como um conjunto de objetos que 
servem para facilitar os usos e as atividades em uma 
casa, em um escritório ou em outros ambientes.
Um dos atributos principais do design de mo-
biliário é atender às necessidades do espaço e dos 
variados usuários que terão acesso aos produtos, 
aliando a estética com a função do produto, le-
vando em consideração os diferenciados estilos de 
vida de diversos públicos que esses produtos po-
derão atender, atingir e atuar dentro dos diversos 
segmentos econômicos e mercadológicos.
No design de mobiliário, as pesquisas de mercado 
e de comportamento dos públicos que serão atendi-
dos ajudam no conhecimento e no entendimento dos 
desejos dos usuários e, com isto, é possível transfor-
mar as necessidades observadas em uma nova opor-
tunidade para o desenvolvimento de novos produtos.
Para Gurgel (2004), a importância do design na 
atualidade torna-se evidente quando percebemos que 
o design aplicado a qualquer elemento afeta não so-
 DESIGN 
 15
isto, o espaço residencial precisa readequar-se a 
essa nova realidade.
Dentro deste contexto, inovar é um dos quesitos 
mais importantes no segmento de produção move-
leira, destacando-se a necessidade de voltar todos os 
processos de desenvolvimento e de produção para 
a sustentabilidade, preocupando-se com a vida útil 
do produto e com o planejamento do pós-consumo, 
pois esse entendimento poderá agregar resultados 
positivos para o usuário.
Nesta unidade, vamos apresentar as classifica-
ções do mobiliário com os seus modelos, as suas 
respectivas definições, características e exemplos 
por meio de imagens e conceitos para melhor en-
tendimento e compreensão. A classificação pode ser 
dividida da seguinte forma. 
• Modelos de configurações.
• Modelos de sistemas de produção.
• Modelos de sistemas de montagens. 
mente os objetos que interagem com ele e as pessoas 
que o utilizam, mas afeta também o meio ambiente. 
As exigências em relação a produtos de quali-
dade, com um bom design e custo merecido, são 
desejos não apenas do consumidor final, e sim de 
empresas fornecedoras, do comércio varejista e, até 
mesmo, de empresas do exterior que desejam ad-
quirir os nossos produtos. Porém, muitas vezes, há 
diversas empresas concorrentes que estão preocupa-
das apenas em produzir mais, esquecendo a quali-
dade final do produto, e também não se preocupan-
do com os consumidores finais.
O entendimento dos possíveis espaços que os mo-
biliários serão organizados, juntamente com a ergono-
mia e as suas respectivas especificidades, são critérios 
importantes para o desenvolvimento de projetos de 
mobiliários, pois não há como projetar um espaço sem 
conhecer o mobiliário, e nem projetar um mobiliário 
sem conhecer as reais necessidades do espaço, pois 
ambos (espaço x mobiliário) dependem um do outro.
Neste sentido, Rangel (2007, p. 5) afirma: “as 
cidades se agigantam, os preços dos terrenos tam-
bém e, como consequência, os imó-
veis diminuem”. Com 
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
16 
Classificação do Mobiliário Quanto 
aos Modelos de Configurações
Neste tópico, conheceremos os conceitos e exemplos 
relacionados aos diferentes modelos de configurações 
para o segmento moveleiro, pois, para o designer de 
produto, eles facilitam bastante o projeto de diversos 
tipos de artefatos para esse nicho de mercado, sendo 
que é por meio desse conhecimento que se determina 
o direcionamento do foco do produto a ser projetado.
Na etapa projetual de móveis, os profissionais de 
design devem ficar atentos em relação aos possíveis 
usuários dos produtos, aos possíveis espaços aos 
quais serão destinados os mobiliários, assim como 
aos possíveis clientes diretos e indiretos, e também 
devem manter-se atentos às estratégias de vendas 
dos produtos, incluindo as suas respectivas opções 
de direcionamento, que determinadas empresas, por 
sua vez, desejam atingir.
No processo projetual de produtos moveleiros, 
os designers precisam acompanhar as tendências 
de design, os desejos ou as necessidades dos usuá-
rios ou dos possíveis clientes. Estes serão os novos 
 DESIGN 
 17
peças de mobiliários. Por exemplo, para determina-
das mesas de centro, cadeiras de escritório, roupei-
ros, poltronas e sofás-camas, não é possível o usu-
ário comprar mais de uma peça e colocá-las lado 
a lado ou uma sobre a outra, e configurar em uma 
composição com aparência de um único móvel.
Geralmente, o mobiliário unitário não possui mais 
de uma opção em catálogos, como acontece na confi-
guração de mobiliário de conjunto, e sim, apenas a peça 
unitária faz parte dessa configuração de mobiliário, po-
dendo atender aos diferentes estilos e necessidades.
consumidores dos mobiliários que poderão, de 
maneiras satisfatórias, serem atendidos dentro do 
segmento destinado ao setor moveleiro e, assim, os 
produtos podem ser projetados com design atraen-
te, inovador, de forte apelo estético e funcionalidade, 
e que atendam aos requisitos específicos para as suas 
destinações de diferentes formas de usos. 
Os modelos de configurações para o mobiliário 
podem ser divididos da seguinte maneira:
• mobiliário unitário;
• mobiliário de conjunto; 
• mobiliário componível;
• mobiliário modulado; 
• mobiliário conceitual.
Os móveis de casa ou dos ambientes de tra-
balho materializaram a maneira de viver, as 
condições sociais e, inclusive, os hábitos de 
uma determinada época.
(Ricardo Dal Piva)
REFLITA
MOBILIÁRIO UNITÁRIO 
Também conhecido como mobiliário avulso, é um mo-
delo de mobiliário que apresenta uma configuração es-
trutural e formal única, sem possibilidades de amplia-
ções do produto com outros. Diferente do que acontece 
com os mobiliários componíveis ou modulados.
Geralmente, são comercializadoscomo peças 
avulsas, com opções de tamanhos e cores diferentes. 
Quando colocados no ambiente, junto a outras pe-
ças, podem fazer uma composição positiva e criativa.
Essa classificação de mobiliário é muito comum 
em móveis estofados (sofás), em camas box e outras 
Figura 1 - Mon Chaise
Fonte: acervo pessoal - Sérgio Gomes (2015).
MOBILIÁRIO DE CONJUNTO
É um modelo mobiliário que apresenta uma con-
figuração estrutural e formal com mais de uma 
opção de peças e tamanhos, podendo ser com-
pradas em conjunto e, em alguns casos, adqui-
ridas como peças separadas para compor um 
ambiente juntamente com outras, parecendo um 
mobiliário unitário.
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
18 
Popularmente, em folhetos e propagandas co-
merciais, são chamados de “móveis de jogo” ou “mo-
biliário de linha”, por exemplo: jogo de sala, jogo ou 
conjunto de sofá, jogo de cozinha, jogo de jantar, 
jogo ou conjunto de quarto etc.
É também comum a possibilidade de modelos de 
móveis nessa configuração, para dormitórios ou 
para outros ambientes, unirem-se com peças avul-
sas e, assim, remeterem à aparência de mobiliário 
componível (tema do tópico a seguir). Por exemplo: 
comprar um roupeiro de duas portas, e outro de três 
portas, e que, juntos, compõem um roupeiro com 
aparência de cinco portas, conferindo breve seme-
lhança com um mobiliário de sistema componível.
Outra opção para esse modelo de configuração, 
muito comum no ramo moveleiro de mobiliários 
residenciais, urbanos, corporativos (escritórios) e 
institucionais (mobiliários escolares e médico-hos-
pitalares etc.) são os mobiliários com maior opção 
de produtos na mesma linha ou coleção.
Neste último caso, em seus catálogos de produtos, 
é oferecida uma sequência de opções em forma de 
coleção com variados tipos de produtos e com uma 
determinada quantidade de peças que podem ser ad-
quiridas separadamente (avulsas), conforme a neces-
sidade do cliente e com possibilidades de usos que 
podem ser variadas para diferentes tipos de espaços.
No caso do mobiliário de conjunto para uso resi-
dencial, é comum ter opções, no mercado movelei-
ro, de uma coleção de móveis com o mesmo concei-
to estético e formal, com opções para salas, copas, 
quartos etc., seguindo a mesma identidade na apa-
rência dos desenhos de seus produtos.
O mobiliário para interiores residenciais deve 
servir para um ampla variedade de atividades: 
desde as interações sociais dos hóspedes, 
mais exuberantes, até a inércia de um indiví-
duo que está dormindo, sempre respeitando 
as preferências de cada cliente. 
(Sam Booth e Drew Plunkett).
REFLITA
 DESIGN 
 19
MOBILIÁRIO COMPONÍVEL
Esta classificação de mobiliário é relativamente mais 
simplificada, possui um número menor de módulos, 
além de peças com dimensões padronizadas para 
ampliar a composição do mobiliário no ambiente 
desejado e a ampliação do sistema. É um sistema 
cuja principal finalidade é usar, da melhor manei-
ra possível e conforme a necessidade de utilização, 
cada metragem do cômodo que está sendo mobilia-
do e ocupado pelo espaço. 
São concebidos por meio de peças pré-dimen-
sionadas, pré-configuradas e pré-fabricadas, algu-
mas com opções de aquisições futuras para a am-
pliação do sistema, oferecendo ao espaço diversas 
possibilidades de composição.
O mercado moveleiro oferece, em catálogo de 
produtos individualizados, opções alternativas com 
aparência de mobiliário de configuração unitária 
e com medidas únicas. Porém, com possibilidades 
pré-determinadas de união com peças que, mesmo 
iguais, podem ser postas lado a lado ou empilhadas, 
formando um único móvel.
Este modelo de configuração é muito comum em 
móveis estofados, roupeiros, armários de cozinha, 
móveis corporativos etc., ou seja, em móveis em que 
há opções de peças avulsas e que podem ser adquiri-
das de maneira que seja unida uma peça com a ou-
tra, dando a aparência de um único mobiliário.
Também há outra alternativa, com diferentes opções 
de medidas e peças: posicionar os móveis juntando 
os módulos lado a lado ou empilhados, formando 
um único móvel. A união de ambos não oferece a 
possibilidade de fechamento de vãos livres (superio-
res, inferiores e laterais), como acontece no sistema 
modulado, que veremos a seguir.
O mobiliário componível não necessita de ven-
dedores e montadores treinados para a realização 
das vendas, pois muitas das opções desses produtos, 
muito encontrados em lojas do segmento moveleiro 
(lojas físicas e virtuais), podem ser montadas e ins-
taladas pelo próprio comprador. Algumas empresas 
dispõem de softwares que apresentam todas as peças 
com as suas respectivas medidas para realizarem si-
mulações de vendas junto ao cliente.
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
20 
MOBILIÁRIO MODULADO 
Essa configuração de mobiliário é chamada comer-
cialmente de mobiliário planejado. Possui um núme-
ro maior de módulos e peças com dimensões padro-
nizadas para ampliar a composição do mobiliário e a 
ampliação do sistema no espaço desejado. Por ser um 
sistema de produção seriado, costuma-se realizar, no 
detalhamento técnico, o desenho peça por peça.
Existem possibilidades pré-determinadas de 
união com peças iguais ou diferentes, lado a lado ou 
empilhadas, permitindo grandes possibilidades de 
montagem para a ampliação do sistema modulado, 
formando um único móvel.
São mais sofisticadas no acabamento final em 
relação ao mobiliário componível, otimizam os 
espaços com módulos adequados às dimensões 
apropriadas de cada cômodo e permitem o me-
lhor aproveitamento necessário para os ambientes 
de casas e apartamentos.
O mobiliário modulado permite o fechamento 
total das sobras de espaço entre o mobiliário e os 
vãos (superiores, inferiores e laterais) com peças de 
acabamento (vistas de complementação ou réguas 
de acabamento), que dão uma aparência de mobiliá-
rio embutido, como acontece na maioria dos proje-
tos de móveis sob medida.
É um sistema cuja principal finalidade é usar, da 
melhor maneira possível e conforme a necessidade 
de uso do cliente, cada metragem disponível do cô-
modo que está sendo mobiliado e ocupado pelo es-
paço. Para Vesterlon (2007, p. 113):
[...] a redução do tamanho das residências obri-
gou o mercado a oferecer produtos que possam 
se ajustar aos novos espaços disponíveis, espe-
cialmente nos apartamentos. Os modulados 
surgiram apresentando uma diversidade de 
composições que se adaptam a cada espaço da 
casa e à necessidade de cada consumidor. 
Os mobiliários modulados são concebidos por meio 
de módulos pré-dimensionados, pré-configurados 
e pré-fabricados, que se encaixam entre si, alguns 
com opções de aquisições futuras para a ampliação 
do sistema, como também acontece no sistema de 
mobiliário componível. São comercializados em lo-
jas especializadas que necessitam de projetistas, ven-
dedores e montadores treinados e qualificados.
Por ser um sistema complexo, necessita, para as 
gerações de alternativas e de desenvolvimento do 
projeto, a utilização de softwares específicos para a 
execução do projeto do sistema no ambiente e para 
a apresentação final ao cliente, como uma boa estra-
tégia de negociação do produto.
Antes de iniciar o projeto para venda, o projetista 
deve tirar as medidas dos ambientes, não esque-
cendo os elementos principais, como: pontos elé-
tricos e hidráulicos, pé direito, aberturas de por-
tas ou janelas, vigas, pilares e outros detalhes que 
possam interferir no bom resultado do projeto na 
organização espacial do ambiente.
 DESIGN 
 21
MOBILIÁRIO CONCEITUAL
O mobiliário de design conceitual é uma configura-
ção de mobiliário concebida, na maioria das vezes, 
de forma crítica e radical. Geralmente, tem a função 
de expressar questionamentos, discussões polêmicas 
e, até mesmo, gerar tendências para a criação e a ins-
piração de novos produtos.
Este tipo de mobiliário, em algumas situações, 
tem uma função mais decorativa do que utilitária, 
pois muitos produtos tornam-se peças artísticas.
Os princípios de ergonomia são desprezados naconcepção da ideia e acabam não se tornando cri-
tério para o processo de criação e de materializa-
ção de alguns produtos.
Existem, também, produtos com essa configura-
ção que seguem critérios de ergonomia no desenvol-
vimento de suas peças. A forma é o requisito princi-
pal para esse tipo de mobiliário.
A proposta do design conceitual é muito utiliza-
da no ramo do vestuário, principalmente em desfiles 
de moda e nas artes visuais, gerando várias discus-
sões e interpretações sobre as propostas apresenta-
das. Muitos produtos conceituais são expostos em 
mostras e concursos, podendo ser produzidos e co-
mercializados por empresas do ramo de design.
Franzatto (2011, p. 15) apresenta a seguinte defi-
nição para design conceitual:
[...] no design conceitual, os designers exploram 
as potencialidades reflexivas e dialéticas do pro-
cesso de criação de design, abrindo espaço para 
pensar e discutir os assuntos mais diversos. Os 
designers que escolhem tal abordagem se ex-
pressam por meio de maquetes, artefatos úni-
cos, pequenas produções ou auto-produções, 
ou seja, formas que ficam longe da produção em 
série e não cabem em lógicas comerciais. Trata-
-se de profissionais que usam suas competências 
para tratar de questões que transpõem os limi-
tes disciplinares, para formular testes a respeito 
e expô-las publicamente.
Figura 2 - A cadeira de plástico bolha dos Irmãos Campana
Fonte: Lojas Rhel (2011, on-line)1.
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
22 
Classificações do Mobiliário 
Quanto aos Sistemas de Produção
Neste tópico, conheceremos os conceitos e exemplos 
dos modelos de sistemas de produção moveleira im-
portantes para esse segmento, abordando os seguintes 
tipos de mobiliários relacionados às suas formas de 
execução do produto final. Os modelos de sistemas 
de produção podem ser divididos da seguinte forma:
• mobiliário de produção sob medida;
• mobiliário de produção artesanal;
• mobiliário de produção seriada;
• mobiliário de produção com desvio de função;
• mobiliário de produção digital.
MOBILIÁRIO DE PRODUÇÃO SOB MEDIDA
Móvel desenvolvido e executado para determinado 
cliente, que deseja um móvel com foco em uma ne-
cessidade desejada ou em alguma outra especificida-
de. O marceneiro é um dos profissionais principais 
 DESIGN 
 23
em todas as etapas de produção, entrega e monta-
gem do mobiliário no espaço do cliente atendido.
As marcenarias que fazem esse tipo de mobili-
ário produzem, na maioria das vezes, móveis retilí-
neos (lisos e com linhas retas), sendo a matéria-pri-
ma principal as chapas de MDF (Medium Density 
Fiberboard), MDP (Medium Density Particleboard) 
e o compensado. Dal Piva (2006, p. 15) apresenta a 
seguinte definição para mobiliário sob medida:
[...] produto projetado e fabricado para um cliente 
específico, pois esse tipo de fabricação exige mui-
ta atenção do projetista ou marceneiro durante a 
tomada de medidas na casa do cliente, pois qual-
quer erro de dimensões compromete a margem 
de lucro prevista agregada ao produto executado.
dida, inicia-se com todas as informações levantadas 
junto ao cliente em forma de entrevista, incluindo as 
suas exigências, para, assim, estabelecer-se as necessi-
dades dos usuários e do espaço que será ocupado pelo 
mobiliário. Lembrando que o resultado do produto 
final a ser desenvolvido deverá atender a todas as ne-
cessidades específicas de uso e estilo de um cliente.
Para dar início ao projeto de mobiliário sob me-
dida, é necessário o primeiro contato com o cliente 
(entrevista) e uma visita no espaço onde será exe-
cutado o mobiliário para ser realizado o levanta-
mento de todos os dados e, desta forma, ter como 
base principal as medidas exatas dos ambientes no 
imóvel que será ocupado pelos mobiliários e os seus 
respectivos artefatos.
Depois de todas as informações, inicia-se as ano-
tações de todas as medidas da planta baixa observadas 
no espaço, como: altura do pé direito, distância entre 
as paredes e a posição de elementos que estão fixos 
(portas, janelas, ventilação, pontos elétricos e hidráuli-
cos, ponto de gás, ângulos especiais e outros elementos 
importantes para não atrapalhar o projeto das peças).
Assim, dá-se início aos primeiros croquis como 
forma de geração de alternativas que mais se encai-
xam e enquadram-se para uma boa organização es-
pacial no ambiente que será utilizado pelo cliente.
Nessa etapa de geração de ideias, a aplicação dos 
conhecimentos de ergonomia é um elemento de ex-
trema importância para um bom resultado do projeto.
Muitas marcenarias também investem em pro-
fissionais projetistas, encarregados de fazer os proje-
tos com softwares específicos de desenhos 2D e 3D. 
O objetivo é vender o projeto aos clientes e apresen-
tar as primeiras gerações de alternativas para obter 
a aprovação e, em seguida, fazer as negociações para 
as vendas dos projetos.
A metodologia para o desenvolvimento do mobili-
ário sob medida muito se assemelha ao processo de 
ferramentas e de ações adotado para a elaboração de 
projeto de interiores, diferenciando-se um pouco do 
processo realizado em um projeto de produto seriado. 
No caso do desenvolvimento do mobiliário sob me-
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
24 
Devido à grande concorrência das empresas, um boa 
estratégia usada por muitas marcenarias para buscar 
novos clientes é a contratação de projetistas vende-
dores. Eles vão até as obras de edificações oferecer 
os seus serviços em projetos de móveis sob medida.
Essa estratégia favorece bastante as marcenarias, 
pois se o cliente demonstrar interesse pelos serviços, 
os projetos podem prever alguns detalhes durante a 
construção que facilitarão a instalação do mobiliário 
no ambiente, evitando algumas incomodações futu-
ras para a instalação dos móveis.
O registro fotográfico das obras também facilita 
a instalação dos móveis, prevendo perfurações nas 
paredes em pontos que passam tubos hidráulicos e 
conduítes elétricos.
No detalhamento de móveis sob medida, não 
se exige o desenho individual de todas as partes 
(componentes ou peças), com os detalhes técnicos 
de furações e junções dos dispositivos de montagem 
ou fixação que formam o mobiliário, como aconte-
ce nos projetos de mobiliários de produção seriada. 
Somente é feito um projeto do conjunto com execu-
ção e montagem realizadas por um marceneiro que 
produz o mobiliário.
Figura 3 - Ambientação da cozinha para apresentação ao cliente
Fonte: acervo pessoal - Jean Covaleski (2017).
Figura 4 - Indicação de pontos elétricos e hidráulicos na obra antes e 
após a instalação e a montagem dos mobiliários
Fonte: o autor.
 DESIGN 
 25
Figura 5 - Ambientação em 3D com as cotas das medidas que serão utilizadas para a produção na marcenaria
Fonte: Acervo Pessoal - Clélio Zeithammer (2016).
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
26 
Os desenhos do mobiliário sob medida geral-
mente são apresentados depois da aprovação do 
cliente e mostram as vistas do mobiliário, com ele-
vação, cotas necessárias para um bom entendimento 
do marceneiro, especificação dos materiais, ferra-
gens e componentes necessários para a produção, 
desenho da projeção do móvel em planta baixa, de-
senhos com detalhes de construção em corte parcial, 
desenhos da perspectiva do móvel individual e da 
perspectiva do móvel no ambiente.
Após as gerações de ideias, apresenta-se ao 
cliente amostras digitais com a ambientação em 
3D para melhor entendimento de como ficará o 
espaço com o mobiliário, indicando algumas pos-
sibilidades para verificar a aceitação e, com isto, a 
finalização do orçamento.
Figura 6 - Gerações de alternativas com três opções de uma cozinha para apresentação ao cliente
Fonte: Acervo Pessoal - Arno Hoffmann Junior (2017).
Para o projeto de mobiliário sob medida, a unidade 
métrica utilizada comercialmente nos desenhos é cen-
tímetro (cm) ou metros (m), diferente do mobiliário 
seriado, cuja unidade utilizada é o milímetro (mm).
As unidades de medida centímetro (cm) ou me-
tro (m) são muito utilizadas para melhor entendi-
mento dos marceneirose vendedores. Entretanto, a 
unidade indicada é o milímetro (mm), pois as cha-
pas de madeira, os dispositivos de montagem e ou-
tros componentes apresentam, em seus manuais de 
instruções e de uso, as unidades em milímetro (mm).
Para o projeto definitivo, aconselha-se fazer as 
vistas (elevações) superior, frontal e lateral com 
uma perspectiva do mobiliário no ambiente para 
melhor entendimento e compreensão da alternati-
va escolhida pelo cliente.
 DESIGN 
 27
Para detalhamentos das vistas, aconselha-se men-
cionar todas as cotas importantes, as linhas de cha-
madas para alguns detalhes e as especificações de 
materiais que serão utilizados no projeto.
Figura 7- Vista (elevação) superior, lateral e frontal da 
cozinha com as medidas mensuradas no ambiente e am-
bientação em 3D da cozinha após a aceitação do cliente
Fonte: o autor.
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
28 
Mesmo a produção desse tipo de mobiliário sendo 
quase artesanal, pois a construção das peças são foca-
das em encomendas/clientes específicos, a qualidade 
do resultado final do produto parece-se um pouco 
com os mobiliários de produção em série. A entrega, 
a execução e a montagem geralmente são realizadas 
pelo marceneiro ou pela equipe da marcenaria.
MOBILIÁRIO DE PRODUÇÃO ARTESANAL
Este tipo de mobiliário é uma possibilidade distinta de 
inserção dos produtos no mercado moveleiro. A sua 
produção difere-se um pouco dos produtos produzi-
dos em fábricas de móveis, sob larga escala de produ-
ção. São mobiliários desenvolvidos em processos ar-
tesanais e com diversos materiais, tais como: madeira, 
bambu, tecidos, fibras naturais e sintéticas etc.
Produto que, muitas vezes, acaba adquirindo 
maior valor agregado dentro do segmento movelei-
ro, sendo um bom instrumento de estratégia de de-
senvolvimento de artefatos que, por sua vez, podem 
destacar-se com a produção de peças exclusivas e de 
design autoral. O profissional que atua nesse segmen-
to é um artesão, pois produz itens de variadas formas 
e modelos com caráter funcional ou decorativo.
O sistema exige, para cada móvel sob me-
dida, uma negociação inicial, uma visita na 
casa do cliente para dimensionar o móvel, 
a elaboração do projeto, a apresentação e o 
acompanhamento da produção até a entrega 
final do produto.
Fonte: Dal Piva (2006).
SAIBA MAIS
 DESIGN 
 29
Alguns desses mobiliários de produção artesanal são 
desenvolvidos propositalmente com uma aparência 
rústica, e outros são produzidos com a característica 
de um mobiliário de bom acabamento, sendo diferen-
tes daqueles de produção em série. Alguns deles são 
produzidos em uma determinada quantidade para 
as vendas em lojas nas próprias marcenarias e, em 
outras vezes, são produzidos sob encomenda, como 
acontece com mobiliários de madeira de demolição.
Existem produtos que são de produção exclusi-
va, com entalhes e torneamento de peças em madei-
ra que exigem a atenção e a presença de um marce-
neiro com perfil de artesão, cuja maior preocupação 
seja os detalhes exclusivos para cada peça.
O artesanato apresenta-se como um valioso pro-
cesso de produção de móveis com fibras naturais e 
sintéticas, uma opção a mais para o mobiliário de 
produção artesanal, oferecendo, em seus processos, 
variadas padronagens de trançados e amarrações, 
que são produzidos por meio de vários tipos de fi-
bras, exigindo habilidades com um bom resultado 
nos acabamentos, sendo estes os que revestem os 
mobiliários para áreas internas e externas, destina-
dos para diversos tipos de ambientes.
É importante destacar que, neste processo, ocor-
rem situações em que determinada linha de um pro-
duto de produção em série possui uma parte de sua 
fabricação em um setor de produção industrial da 
Na produção artesanal, há marcenarias ou ateliês 
que atuam exclusivamente com trabalhos que envol-
vem a restauração de mobiliários. Neste contexto, os 
trabalhos de restauração de mobiliário também são 
uma das alternativas dentro do segmento movelei-
ro e que, por sua vez, exigem uma atenção especial 
dentro da produção artesanal, pois, em algumas si-
tuações, é necessária a confecção de uma nova peça 
ou de componentes para a substituição de outras 
peças danificadas ou deterioradas por insetos (peças 
perfuradas por cupins).
fábrica, e outra parte, que envolve acabamentos arte-
sanais, é desenvolvida em um setor anexo à fábrica.
Nesta mesma empresa, são contratados profissio-
nais artesãos para a realização de outra etapa de pro-
dução artesanal, seguindo um padrão de produção e 
de qualidade na finalização. Tendo, com isto, um pro-
duto de produção mista, em que uma parte é seriada, 
e a outra com um detalhe ou acabamento artesanais.
Alguns mobiliários exigem detalhes em seus 
processos de acabamentos, como no caso do revesti-
mento de um móvel fabricado em série, com estru-
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
30 
tura em metal, madeira, materiais mistos ou 
não, e com revestimento em toda a parte ou 
apenas em algum detalhe importante, que 
é revestido com tecidos, fibras naturais 
ou sintéticas, madeira, bambu ou 
outros materiais que necessitam 
de um processo artesanal para 
a finalização do produto.
Esse processo pode ser 
feito por meio de encomen-
das de terceirização de servi-
ços, ou seja, que não seja feito 
na própria fábrica e que pode 
ser realizado em residências de ar-
tesãos, em cooperativas e em em-
presas de pequeno e médio portes.
Há, também, produtos produzi-
dos em áreas de regiões rurais, indíge-
nas, litorâneas, entre outras, podendo 
ser de uma produção independente 
para vendas diretas ou indiretas.
Na fabricação de móveis estofa-
dos, é comum que as estruturas dos 
móveis sejam feitas de maneira seria-
da, e que a parte da costura dos teci-
dos necessite de costureiros para fazer 
a parte dos tecidos e dos demais reves-
timentos dos móveis (base, assento, 
braço, encosto e parte traseira). Eles 
também podem ser terceirizados ou 
feitos em um setor à parte da fábrica.
 DESIGN 
 31
MOBILIÁRIO DE PRODUÇÃO SERIADA
Mobiliário com produção em série e em volume in-
dustrial, normalmente não é concedido ou produ-
zido para um cliente específico, como acontece no 
mobiliário sob medida ou em alguns mobiliários de 
produção artesanal.
Por isto, em projetos de mobiliários seriados, 
aconselha-se a utilização de um bom processo me-
todológico e uma boa pesquisa de mercado para o 
projeto do produto. Esse tipo de produção deve atin-
gir uma grande quantidade de usuários, diferente-
mente do mobiliário sob medida, que atinge apenas 
um cliente específico. A produção é realizada em pe-
ças isoladas, com a preocupação da racionalização 
dessas peças, para se ter o melhor aproveitamento 
dos materiais na fabricação.
Geralmente, a produção é realizada em fábricas 
de pequeno, médio e grande porte. A escolha e a 
configuração da embalagem têm muita importância 
na qualidade e na valorização do produto, pois ela 
o protege de estragos ou danos e facilita o armaze-
namento, o transporte e o recebimento do produto 
na residência do cliente. O desenho do manual de 
montagem não deve ser esquecido: ele deve conter 
ilustrações e especificações para a montagem e a 
desmontagem do móvel.
Nos detalhamentos técnicos, a unidade de medi-
da usual é o milímetro (mm). É feito o desenho do 
conjunto e de peça por peça de cada parte do mo-
biliário projetado, com todas as cotas das furações 
e marcações necessárias. Este detalhamento serve 
como uma documentação técnica do produto, faci-
litando o processo de fabricação e as possíveis re-
gulagens dos maquinários, assim como o fluxo de 
produção na indústria moveleira.
Figura 8 - Desenhos das peças da estrutura do assento e encosto do sofá
Fonte: acervo pessoal - Jean Covaleski (2017).
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
32 
MOBILIÁRIO DE PRODUÇÃO DE DESVIO 
DE FUNÇÃO
Consiste na produção e criação de artefatos com foco 
na ressignificação dos objetos, podendo ser de produ-
ção simplesmente artesanal. Geralmente, consiste em 
agregar funções secundárias aos artefatos que pos-suem empregos primários preestabelecidos, não se 
limitando apenas ao desenvolvimento de mobiliário, 
mas sim expandindo para as outras ideias de produtos.
Existem situações em que esses produtos são con-
cebidos simplesmente como um improviso devido 
a uma necessidade emergencial ou, então, são pro-
jetados e produzidos intencionalmente como um 
produto alternativo.
A concepção do mobiliário de desvio de função 
pode dar-se pelo simples fato de misturar materiais 
e por um improviso da junção deles para materia-
lizar o produto, ou pela idealização de um projeto 
detalhado, seguindo uma metodologia com uma se-
quência de processos criativos que, por sua vez, são 
utilizados no design de produtos.
De acordo com Burdek (2006), os objetos e produtos 
são utilizados em novas situações de vida com novos 
significados de forma tão evidente que os designers 
não poderiam supor que isso fosse possível. Isto é, a 
não intenção domina a intenção.
O reuso previne que materiais existentes se-
jam descartados em aterros e poupa energia 
e água incorporadas que teriam sido necessá-
rias para produzir materiais de substituição.
Na prática, a reutilização é, em geral, inerente 
à redução, já que utilizar materiais existentes 
pode reduzir a necessidade de novos materiais.
Fonte: Moxon (2012, p. 95).
SAIBA MAIS
Apesar de, no princípio, o design de produto 
ser uma atividade ligada à produção industrial, 
existem cada vez mais exemplos de produtos 
projetados por designers, os quais melhor ca-
racterizam um artefato improvisado.
Trata-se de uma iniciativa construtiva, pois 
muitos designers estão se preocupando com 
questões de desenvolvimento sustentável, e 
não apenas se adequando aos novos padrões 
do mercado. Estes designers estão propondo 
verdadeiras atitudes neste sentido.
Fonte: Boufleur (2006, p. 105).
SAIBA MAIS
Figura 9 - Poltrona com pallet descartado
Fonte: o autor.
 DESIGN 
 33
MOBILIÁRIO DE PRODUÇÃO DIGITAL
Mobiliário que faz parte do movimento maker, com 
design aberto e democrático, pois apresenta sistema 
diferenciado de fabricação com impressão 3D, corte 
a laser e CNC. A máquina de CNC facilita bastante 
a viabilidade, a agilidade e a qualidade de variados 
projetos que exigem alta precisão nos detalhes que 
requerem e nos cortes que exigem encaixes. O aca-
bamento feito na CNC diferencia-se bastante em 
relação à perfeição dos resultados, se estes forem 
comparados com os produtos feitos com máquinas 
e ferramentas padrão de várias marcenarias.
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
34 
Os projetos de diversos produtos apresentam arqui-
vos disponíveis para download gratuito e que podem 
ser baixados livremente pelo sistema opensource ou 
pelo acesso ao site Britânico OpenDesk. Esses arqui-
vos, muitas vezes, podem ser baixados, acessados e 
replicados por vários países. 
Visualize o projeto e os detalhes da montagem 
da cadeira Valoví (STUDIO DLUX, [2018], on-li-
ne)2, composta por 20 peças de madeira que se 
encaixam sem nenhum tipo de prego, parafuso 
ou cola. Para saber mais, acesse: <http://www.
studiodlux.com.br/portfolio/valovi/>.
Fonte: o autor.
SAIBA MAIS
Umas das grandes desvantagens é a falta de con-
trole em relação à apropriação comercial dos pro-
jetos de variados produtos e, com isto, a tendência 
de produção digital faz com que os designs aber-
tos de artefatos possam ser usados livremente, 
compartilhados, copiados e, até mesmo, modifica-
dos em alguns detalhes.
Alguns projetos apresentam informações, espe-
cificações, recomendações e instruções importantes 
para a concepção e configuração dos artefatos. Me-
gido (2016, p. 131) apresenta a seguinte definição 
para o movimento maker. 
O movimento maker é uma extensão tecnoló-
gica da cultura do “Faça você” (Do It Yourself 
- DIY, no original em inglês), que estimula as 
pessoas comuns a construírem, a modificarem 
os próprios objetos com as próprias mãos. Isso 
gera uma mudança na forma de pensar de mui-
ta gente, trazendo os processos industriais para 
bem próximo de meros mortais como você e 
eu. Práticas de impressão 3D e 4D, cortadores 
a laser, robótica, arduino (prototipagem ele-
trônica livre), entre outras, incentivam uma 
abordagem criativa, interativa e proativa de 
aprendizagem em jovens e crianças, gerando 
um modelo mental de resolução de problemas 
do cotidiano. É o famoso “pôr a mão na mas-
sa”. Algumas escolas particulares de São Paulo 
já estão montando laboratórios equipados com 
essa tecnologia, e a prefeitura da cidade tam-
bém disponibiliza, de forma gratuita, o acesso a 
FabLabs espalhados pela cidade para que qual-
quer pessoa possa prototipar seu projeto e sair 
de lá com a peça na mão. 
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
 DESIGN 
 35
Classificações do Mobiliário 
Quanto aos Sistemas de Montagens
Neste tópico, estudaremos os padrões de modelos de 
montagens de mobiliário mais usuais no mercado 
moveleiro e veremos os seguintes modelos de mon-
tagem de mobiliário:
• mobiliário montado;
• mobiliário desmontável.
MOBILIÁRIO MONTADO
Mobiliário de pequena ou média dimensão, que é 
montado nas próprias indústrias. É entregue mon-
tado para o consumidor ou para os locais de comer-
cialização. Na maioria das vezes, não necessita de 
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
36 
um manual de montagem, e sim de um manual de 
instruções de usos e advertências.
No momento de incluir esses mobiliários no pro-
jeto, é muito importante avaliar e prever o volume e 
a massa para não haver dificuldades na logística do 
produto e na entrada e saída em aberturas (portas 
e janelas) em situações de entregas do produto na 
residência e, também, no caso de mudanças.
Há produtos montados que apresentam dificul-
dades no transporte e na entrega do produto em 
determinados ambientes. Este tipo de transtorno é 
muito comum em mobiliários estofados (sofás) que 
apresentam dimensões incompatíveis com as aber-
turas de portas e janelas, dificultando a entrada do 
produto no ambiente que, em algumas situações, é 
situado em prédios. Uma das alternativas que gera 
transtornos e custos é o içamento do mobiliário por 
meio de cordas e cabos. 
A maioria dos móveis estofados de dois, três ou 
mais lugares, e que são muito encontrados no mer-
cado, possuem muitas dificuldades de entrada nas 
residências, principalmente em apartamentos. A difi-
culdade já começa nas entradas das escadas ou eleva-
dores. O mesmo caso ocorre com algumas camas box.
Figura 10 - Mobiliário sendo içado do alto de um prédio residencial
Fonte: Portal Click Negócios([2018], on-line)3.
Na concepção do produto, o designer deve 
levar em conta as características ergonômicas 
como verdadeira ferramenta de projeto.
(Rafael Vesterlon)
REFLITA
 DESIGN 
 37
MOBILIÁRIO DESMONTÁVEL
Mobiliário concebido com suas partes, peças ou 
componentes para serem montados após a aquisi-
ção e, desta forma, para a utilização no ambiente 
em que será acomodado. Na maioria das vezes, há 
a necessidade de um montador com experiência na 
montagem e instalação do móvel no espaço deseja-
do. Geralmente, esse mobiliário possui dispositivos 
de junções e de ferragens para facilitar as montagens 
e desmontagens dos componentes e do conjunto 
como um todo.
O mobiliário desmontável deve ser acompanhado 
sempre de um bom manual de montagens que apre-
senta, primeiramente, um desenho esquemático mos-
trando, passo a passo, todas as etapas desse processo.
A embalagemtambém é um dos elementos im-
portantes para o mobiliário desmontável. Ela facilita 
na logística do produto, pois tem a função de orga-
nizar as peças que compõem o mobiliário e os seus 
respectivos dispositivos de montagens e junções 
caso seja necessário, e deve ser sempre acompanha-
do com um manual de montagem e com um manual 
de instruções de uso do produto.
Figura 11- Desenho de embalagem
Fonte: acervo pessoal - Jean Covaleski (2017).
Para o projeto da embalagem do produto, é neces-
sário ter todas as dimensões do volume de todos os 
elementos que fazem parte do produto e, em segui-
da, aconselha-se fazer uma simulação do layout des-
tes para se ter ideia de qual será o volume da emba-
lagem. Tendo todos esses dados, inicia-se o desenho 
da embalagem planificada.
Alguns mobiliários são desmontáveis com sistemas 
mistos de montagens, possuindo encaixes entre algu-
mas peças, mas, ao mesmo tempo, necessitam de dis-
positivo de montagens para a junção dos componentes, 
pois a sua montagem dá-se apenas por encaixes e por 
alguns mecanismos de junções. Outros são desmontá-
DESIGN DE MOBILIÁRIO 
38 
veis e não necessitam de nenhum dispositivo de alinha-
mento, pois a sua montagem dá-se apenas por encaixes.
Outro modelo muito conhecido de mobiliário 
desmontável é aquele com o sistema Do it yourself 
(Faça você mesmo), idealizado para que o cliente/
usuário seja o próprio montador. Esse sistema apre-
senta pouca complexidade na montagem graças aos 
seus processos simplificados, não necessitando de 
ferramentas profissionais.
Na maioria dos produtos com este conceito, os fa-
bricantes entregam junto com o produto um manual 
de instruções de fácil entendimento, um kit de dispo-
sitivos de montagens e ferragens, além de ferramen-
tas básicas para montagens de baixa complexidade.
Figura 12 - Arara Sagui 
Fonte: Passaretti e Bisterzo (MONO DESIGN, [2018], on-line)4.
 DESIGN 
 39
Tal mobiliário apresenta muita facilidade nas eta-
pas de montagem para os clientes que compram os 
produtos na própria loja ou pela Internet. Assim, o 
cliente é o próprio montador do produto.
Esse tipo de produto deve ser idealizado de manei-
ra que o sistema seja de fácil entendimento para a sua 
respectiva montagem, podendo ser inteiro desmonta-
do e, em seguida, a sua montagem pode ser feita sim-
plesmente por encaixes ou por dispositivos que juntam 
componentes, sem mecanismos de fixação. Ambos os 
modelos devem ser de fácil montagem, entendimento 
e compreensão dos passos e das sequências.
Figura 13 - Parte do manual de montagem de um móvel aparador
Fonte: acervo pessoal - Elias Soares (2014).
40 
considerações finais
Caro(a) aluno(a), nesta unidade aprendemos conceitos importantes relacionados ao 
design de mobiliário, e percebemos que conhecer os tipos dos variados modelos de 
classificações facilita muito para o designer de produto no momento de adquirir um 
bom repertório e dar início às etapas importantes para o desenvolvimento de todo o 
processo que envolve o projeto de produto moveleiro.
Verificamos, também, que o conhecimento sobre as especificidades do produto 
facilita bastante para chegar a um objetivo no processo projetual, juntamente com 
boa metodologia de projeto dentro de um processo criativo e produtivo, facilitando, 
assim, o desenvolvimento da geração de ideias, oferecendo variadas alternativas para 
a concepção de um projeto de mobiliário bem elaborado.
Neste sentido, um móvel projetado para ser inserido em um ambiente pode ser 
a solução para um determinado problema, desejo ou necessidade de variados tipos 
de usuários, levando em consideração alguns parâmetros de adequação de uso e as 
compatibilidades com as medidas necessárias dos espaços e que, por sua vez, serão 
estabelecidas para o uso e a aquisição.
A pesquisa, no entanto, é uma ferramenta muito importante para a compreensão 
do designer de produto sobre a sua área, pois sempre é necessário que o profissional 
esteja atualizado sobre as novidades que envolvem o segmento moveleiro e também 
sobre as novas tendências, as normas vigentes, os novos materiais e processos da 
fabricação, assim como as variadas opções de dispositivos de montagem, os tipos 
de acabamentos, os mecanismos e acessórios. E, o mais importante, atualizado em 
relação às novas necessidades de diversos tipos de usuários.
Com isto, percebemos a grande relação dessa unidade com o design de produto, 
assim como a relação destes com as variadas interfaces em que o mobiliário está 
presente, pois não há como projetarmos um mobiliário sem conhecermos o contexto 
em que ele será inserido, pensando em uma boa conformidade espacial e em bene-
fícios para os usuários.
considerações finais
 41
atividades de estudo
1. Os mobiliários apresentam classificações que conceituam algumas especifi-
cidades individuais que, por sua vez, diferenciam um do outro. Quanto aos 
modelos de configuração, assinale a alternativa correta que indica os mobi-
liários pertencentes a esse modelo. 
a. Mobiliário montado, mobiliário desmontável, mobiliário de desvio de função, 
mobiliado seriado e Do it yourself.
b. Mobiliário sob medida, mobiliário seriado e Do it yourself.
c. Mobiliário unitário, mobiliário seriado e mobiliário sob medida.
d. Mobiliário componível, mobiliário sob medida, mobiliário unitário e mobiliário 
seriado.
e. Mobiliário unitário, mobiliário de conjunto, mobiliário componível, mobiliário 
modulado e mobiliário conceitual.
2. O mobiliário de produção em série é destinado a atender às necessidades 
de usuários, por isto ele difere-se no processo de detalhamento técnico das 
peças e no processo projetual. Para o mobiliário seriado, como é o processo 
que envolve a sua produção? Explique.
3. O projeto de mobiliário sob medida, ou sob encomenda, apresenta uma dife-
rença em relação aos demais móveis de produção seriada, pois é projetado 
para as necessidades de uma cliente específico. Diante disto, como se inicia o 
projeto do mobiliário sob medida? Explique.
4. O mobiliário modulado é muito confundido com os mobiliários componíveis, 
principalmente em algumas propagandas relacionadas ao segmento movelei-
ro. Com isto, os itens que podem caracterizar-se e relacionar-se com o mobi-
liário modulado são:
I. Por ser um mobiliário de produção seriada, é necessário, no detalhamento 
técnico do produto, o desenho de peça por peça.
II. Comercialmente, nas lojas especializadas em vendas desse modelo de confi-
guração, ele é chamado de mobiliário unitário.
III. Em lojas especializadas, não se necessita de vendedores e montadores treina-
dos para apresentar as alternativas aos clientes.
42 
atividades de estudo
IV. Na montagem do móvel no ambiente, são oferecidas réguas de acabamento, 
que permitem o fechamento total de sobras de espaços entre o mobiliário e 
os vãos.
Podemos afirmar que:
a. Somente as afirmativas I e III estão corretas.
b. Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
c. Somente as afirmativas II e III estão corretas.
d. Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
e. Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
5. Dentro dos diferentes modelos de classificações do mobiliário, analise as se-
guintes definições que têm relação com as respectivas classificações: 
I - Mobiliário desmontável: o modelo de mobiliário que é conhecido por seu 
sistema de montagem prático, denominado Do it yourself, apresenta pou-
ca complexidade no sistema de montagem graças aos seus processos 
simplificados, não necessitando de ferramentas profissionais.
II - Mobiliário unitário: apresenta uma configuração estrutural e formal única, 
sem possibilidades de ampliações do produto com outros mobiliários, e 
pode ser combinado e misturado no ambiente com outros mobiliários.
III - Mobiliário de conjunto: popularmente, em folhetos e comerciais de vários 
estabelecimentos que vendem tais mobiliários, estes são chamados de 
“móveis de jogo”.
IV - Mobiliário componível: consiste na produção e na criação de artefatos 
com foco na ressignificaçãodos objetos, podendo ser, simplesmente, de 
produção artesanal.
Podemos afirmar que:
a. Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
b. Somente as afirmativas II e III estão corretas.
c. Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
d. Somente a afirmativa III está correta.
e. Todas as afirmativas estão corretas.
 43
LEITURA
COMPLEMENTAR
Já ouviu falar de design aberto? Studio dLux: da garagem de casa para o 
mundo
Novas alianças entre designers, produtores e usuários devem ser criadas. A tecnolo-
gia fornecerá ferramentas ilimitadas para que essa participação deixe de ser um mito. 
Essas ideias sintetizam o pensamento do designer austro-americano Victor Papanek, 
autor de Design para um mundo real: Ecologia Humana e Mudança Social (1971) e Móveis 
Nômades (1973). Suas obras anteciparam conceitos como open design, participação, ino-
vação aberta, incubação, entre outros termos que hoje são uma realidade. Um exemplo 
disso tudo colocado em prática como modelo de negócio está em operação há dois 
anos: é o Studio dLux, fundado pelo jovem arquiteto paulistano Denis Fuzii, de 26 anos.
Formado na faculdade de Belas Artes, ele, assim como muitos profissionais de sua área, 
bebeu muito desta fonte. Da inspiração, criou um escritório de arquitetura e design que 
elabora e executa projetos digitalmente, e disponibiliza gratuitamente parte de suas 
criações para download em uma plataforma open source. Tudo isto da garagem de 
casa, onde hoje divide o espaço com mais dois arquitetos e duas estagiárias.
Quando o insight vem do cotidiano de trabalho
Tudo começou com uma encomenda bastante específica. Uma cliente o havia contrata-
do para criar a iluminação de um salão de festas e, além disso, pediu ao arquiteto “uma 
cadeira desmontável e de fácil armazenamento”. Denis, que se diz um apaixonado por 
mobiliário, foi além da simples entrega. Afinal, cadeiras assim já existem. Mas ele co-
locou a mão na massa e pesquisou incontáveis formas de produzir a tal cadeira, que 
acabou batizada de Kuka. Neste processo de concepção, criação e desenvolvimento 
de produto, ele descobriu o mundo novo da fabricação digital, possível graças a uma 
máquina chamada CNC, uma fresadora que corta chapas a partir de um arquivo digital.
Com a cliente satisfeita e o projeto entregue, Denis começou a divulgar a cadeira nas 
mídias sociais, o que chamou a atenção de uma amiga de faculdade, Beatriz Guedes, 
26 anos, hoje uma das parceiras do Studio. Bia encantou-se com a cadeira e queria ter 
http://www.studiodlux.com.br/
44 
LEITURA
COMPLEMENTAR
uma Kuka pra chamar de sua, mas havia um detalhe: ela estava em Barcelona, na Espa-
nha, onde cursava uma especialização. Foi neste momento que Denis teve um insight: 
por que não (re)produzir a cadeira em outros lugares do mundo? Tratou de encontrar 
um produtor local que tivesse uma CNC, e o pedido da amiga tornou-se realidade.
Este episódio foi o divisor de águas para Denis, que decidiu enviar o arquivo do seu pro-
jeto para a FabLabs (laboratórios de inovação para a criação de protótipos) do mundo 
todo. Sua cadeira, a primeira de uma série que viria posteriormente, chamou a aten-
ção de Nikolas Ierodiaconou, ganhador do Ted City Prize pelo projeto WikiHouse, de 
fabricação open source. Nick é também um dos fundadores da OpenDesk, hoje a maior 
plataforma de mobiliários para produção local open source.
Denis conta que apostou nesse caminho para divulgar o trabalho, um caminho que não 
requer investimento em marketing, mas que pressupõe uma visão avançada do que é 
propriedade. Nem todo mundo entendeu.
“Meus amigos e minha família acharam que eu estava louco. Eles não conseguiam en-
tender os motivos pelos quais eu liberaria gratuitamente um projeto ao qual me dedi-
quei três meses para realizar”, declara Denis.
Naquele momento, em outubro de 2013, a OpenDesk estava ainda em fase de incu-
bação e Denis foi convidado a participar da elaboração da plataforma. A missão dele 
era encontrar uma forma de minimizar erros na hora de montar os móveis projetados 
pelos designers. Isto porque a espessura dos materiais pode variar de país para país, o 
que pode comprometer a entrega final. “Hoje, a plataforma oferece um descritivo para 
os makers (produtores locais) para que eles saibam como proceder caso a espessura da 
chapa seja diferente daquela descrita no projeto original”, diz ele.
Em dois meses na plataforma, as duas cadeiras de sua autoria, Kuka e Valoví, tiveram 
5 mil downloads e foram produzidas em mais de 100 países. Há seis meses, Denis tor-
nou-se representante da OpenDesk no Brasil. Ele, afinal, estava certo: em pouco tempo, 
viu seu trabalho ganhar escala mundial.
 45
LEITURA
COMPLEMENTAR
Uma dessas cadeiras, a Valoví, foi exposta no Salão de Milão de Móveis em maio deste 
ano. Ela é composta por 20 peças de madeira que se encaixam na montagem, feita sem 
nenhum tipo de prego, parafuso ou cola. No Salão, foi a única peça assinada por um 
designer estrangeiro a ser produzida localmente. “A nossa profissão ainda está muito 
atrasada no que se refere à cadeia de produção”, afirma Denis. Ele fala mais sobre a 
filosofia que abraçou.
“Design aberto é transferência de conhecimento. É empoderar o outro ao liberar seu 
potencial criativo, permitindo que as pessoas possam usar e adaptar esse conhecimen-
to da melhor forma às suas necessidades”. 
O arquiteto é um entusiasta do conceito e fez dele o seu modelo de negócio a partir da 
oportunidade que se abriu com a OpenDesk. Com o propósito de conectar designers, 
produtores locais e clientes, a plataforma elimina intermediários e os custos de expor-
tação e importação, minimizando também os custos de logística e de distribuição, o 
que é bom para o bolso de todos os envolvidos e para o meio ambiente.
Eis a equação: os arquivos da cadeira Valoví, por exemplo, estão disponíveis para 
download gratuito sob a licença Creative Commons. Mas ela é vendida no site e 
pode ser adquirida, montada ou desmontada por R$ 379,00. Do preço final, 12% vai 
para a OpenDesk, 8% para o designer, e o restante vai para o maker, um produtor 
selecionado pela plataforma.
Fonte: Dalmolin (2015, on-line)5.
46 
material complementar
Como criar Uma Cadeira
Design Museum
Editora: Gutenberg Autentica
Sinopse: Como Criar uma Cadeira traz informações sobre o tema, buscando fo-
car os princípios e os processos da criação, desde as propriedades simbólicas e 
funcionais da cadeira até o domínio dos materiais e das técnicas de produção em 
massa. Em um estudo de caso, Konstantin Grcic faz um relato sobre a concepção 
e o desenvolvimento de uma de suas cadeiras e procura revelar o que é preciso 
para criar com sucesso.
Indicação para Ler
Objectified
2009
Sinopse: neste documentário, um grupo de designers industriais reflete sobre a 
relação entre a criatividade e os objetos ostensivamente comerciais que produ-
zem. Gary Hustwit (Helvetica) dirige esta exploração fascinante da encruzilhada 
entre o design funcional e a arte.
Indicação para Assistir
A cooperativa Revale produz mobiliários sustentáveis com pallets, que, geralmente, são descartados, mas 
que ganham outros significados após serem transformados em variados tipos de mobiliários. Este vídeo 
contextualiza com exemplos o mobiliário de produção de desvio de função, assunto abordado nesta Uni-
dade. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=kWH7tS65C1Q>. Acesso em: 8 mar. 2018.
Indicação para Acessar
 47
referências
BOOTH, S.; PLUNKETT D. Trad. Alexandre Salvaterra. Mobiliário para o design de interiores. São Paulo: 
Gustavo Gili, 2015. 
BOUFLEUR, R. N. A Questão da Gambiarra: formas alternativas de desenvolver artefatos e suas relações 
com o design de produtos. 2006. 153 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de 
Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. 
BURDEK, B. E. História, Teoria e Prática do Design de Produtos. São Paulo: Edgar Blücher, 2006.DAL PIVA, R. Processo de fabricação dos móveis sob medida. Porto Alegre: SENAI/RS, 2006. 
FRANZATTO, C. O Processo de criação no design conceitual. Explorando o potencial reflexivo e dialético do 
projeto. Tessituras & Criação, São Paulo, n. 1, maio 2011. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.
php/tessituras/article/view/5612/3967>. Acesso em: 8 mar. 2018. 
GURGEL, M. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas residenciais. São Paulo: Senac/
SP, 2004. 
GOMES, L. C. G. Fundamento de Design. Curitiba: Editora do Livro Técnico, 2015.
MEGIDO, V. F. (org.). A Revolução do Design: Conexões para o Século XXI. São Paulo: Gente, 2016.
MOXON, S. Sustentabilidade no design de interiores. Barcelona: Gustavo Gili, 2012.
RANGEL, R. Pequenos espaços: truques para ampliar 22 apartamentos de 25 a 75 m². Casa & Jardim. Rio de 
Janeiro: Globo, n. 631, ago. 2007.
VESTERLON, M. Desenho de Móveis. Bento Gonçalves: SENAI/CETEMO, 2007.
Referências on-line
1 Em: <http://misturinhasdarhel.blogspot.com.br/2011/11/radarexposicao-anticorpos-fernando.html>. 
Acesso em: 8 mar. 2018.
2 Em: <http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/>. Acesso em: 8 mar. 2018. 
3 Em: <https://www.portalclicknegocios.com.br/empresa/transvandinho>. Acesso em: 8 mar. 2018.
4 Em: <www.monodesign.com.br>. Acesso em: 8 mar. 2018. 
5 Em: <http://projetodraft.com/ja-ouviu-falar-de-design-aberto-studio-dlux-da-garagem-de-casa-para-o-mun-
do/>. Acesso em: 8 mar. 2018.
referências
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
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http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
http://www.studiodlux.com.br/portfolio/valovi/
48 
gabarito
1. E.
2. Mobiliário produzido em série com produção em volume industrial, normal-
mente, não é concedido ou produzido para um cliente específico, como acon-
tece no mobiliário sob medida.
Por isto, em projetos de mobiliários seriados, aconselha-se a utilização de um 
bom processo metodológico e uma boa pesquisa de mercado, sendo que esse 
tipo de produção deve atingir a uma grande quantidade de usuários, diferen-
temente do mobiliário sob medida, que atinge apenas um cliente específico.
A produção é realizada em peças isoladas, com a preocupação da racionali-
zação das peças, para se ter o melhor aproveitamento dos materiais na fabri-
cação. Geralmente, a produção é realizada em fábricas de pequeno, médio e 
grande porte.
A escolha e a configuração da embalagem têm muita importância na qualidade 
e na valorização do produto, pois ela o protege de avarias e facilita o armaze-
namento, o transporte e o recebimento do produto na residência do cliente.
Nos desenhos técnicos, a unidade de medida usual é o milímetro (mm). É feito 
o desenho do conjunto, como acontece nos projetos de móveis sob medida e, 
no detalhamento técnico, é feito o desenho peça por peça, com todas as cotas 
das furações e marcações. Este detalhamento serve como uma documentação 
técnica do produto e facilita bastante na fabricação e em possíveis regulagens 
de maquinários, assim como no fluxo de produção do “chão de fábrica”.
3. Para dar início ao projeto de mobiliário sob medida, é necessário o primeiro con-
tato com o cliente e com o espaço para ser realizado o levantamento de todos os 
dados e, desta forma, ter como base principal as medidas exatas dos ambientes 
no imóvel que será ocupado pelos mobiliários e os seus respectivos artefatos.
Depois de todas as informações, inicia-se as anotações de todas as medidas 
da planta baixa observadas no espaço, como: altura do pé direito, distância 
entre as paredes e a posição de elementos que estão fixos (portas, janelas, 
ventilação, pontos elétricos e hidráulicos, ponto de gás, ângulos especiais e 
outros elementos importantes para não atrapalhar o projeto das peças).
4. E.
5. A.
gabarito
UNIDADE II
Professora Esp. Thiara L. S. Stivari Socolovithc
ESTRUTURA DA INDÚSTRIA 
E DO MOBILIÁRIO
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• O designer e a indústria
• Função, técnica e sentido
• Fabricação artesanal, fabricação sob medida e fabricação seriada
• Estrutura e gestão industrial
• Composição geral do mobiliário
Objetivos de Aprendizagem
• Observar a ligação entre o designer e a indústria. 
• Analisar as diferenças entre função, técnica e sentidos do design.
• Conhecer as diferenças entre os tipos de empresa de móveis.
• Compreender a estrutura e as ferramentas de gestão de uma 
indústria.
• Conhecer o modelo construtivo base dos mobiliários.
INTRODUÇÃO
N
este capítulo, conheceremos as rotinas dentro de uma in-
dústria de móveis, a sua organização e característica estru-
tural. Bem como lembraremos da importância de um tra-
balho em conjunto que una a técnica, a forma estética e as 
funções que o design projeta-se a desempenhar.
Primeiramente, vamos estudar de que maneira o design estabelece-
-se como profissão em vista da demanda industrial causada pela evolu-
ção e pela autonomia dos processos da produção seriada.
Compreenderemos a importância do designer como participante dos 
processos produtivos, atuando como um link entre a empresa e o seu 
cliente, por meio da criação de produtos que possam ser comercializados.
Traremos uma nova ótica sobre a forma e a função dos objetos, des-
tacando os valores da forma, além de focar na fabricabilidade, ou seja, 
na capacidade de fabricação como um dos preceitos a serem seguidos 
pelo designer.
Conheceremos, então, as rotinas e a organização de uma empresa, as 
características de fabricação de cada tipo de empresa de móveis atual, e 
também aprender como elas estruturam-se.
Observaremos as novas formas de gestão industrial, citando o mo-
delo lean de produção enxuta, analisando as suas ferramentas e a sua 
metodologia como bons exemplos a serem aplicados.
Ao final, para compreendermos qual é a característica básica dos pro-
dutos que estamos desenvolvendo, faremos a introdução aos elementos 
constitutivos dos mobiliários em geral, em uma abordagem detalhada 
das estruturas, nomenclaturas e particularidades das peças de movelaria.
Nos capítulos seguintes, conheceremos em detalhes os processos 
produtivos dos móveis, os seus materiais e componentes de montagem, 
finalizando com o estudo das representações gráficas e físicas que o de-
signer deve dominar.
 
54 
O Designer e 
a Indústria
 DESIGN 
 55
Compreender a dinâmica industrial é componente 
fundamental para um designer de produtos, tendo 
em vista que este profissional normalmente traba-
lha dentro do departamento de pesquisa/desenvol-
vimento de uma indústria, auxiliando na criação, 
na pesquisa e na descrição técnica dos produtos 
para aquela empresa, como também no âmbito do 
empreendedorismo, desenvolvendo o seu próprio 
design, com controle total ou parcial da produção 
(muitas vezes, até artesanal).
Neste sentido, é fundamental que o profissio-
nal conheça as estruturas de uma empresa, os seus 
processos produtivos, as suas possibilidades e limi-
tações, além das rotinas de um chão de fábrica para 
compreender como uma peça pode ser fabricada.
Para isto, vamos voltar um pouco na história do 
design e lembrar do termo “desenhista industrial”. 
Tal termo evoca a função primária do designer, 
voltada a atender às necessidades de detalhamento 
em relação ao desenho e à especificação técnica dos 
produtos da época. Ocorreu que, com as revoluções 
industriais, o processo de fabricação passou a ser 
seriado, ou seja, a peça começou a ser dividida em 
partes e produzida

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