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Indaial – 2021
Design De Mobiliário, 
objetos e eMbalageM
Prof.a Bruna Soares
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof.a Bruna Soares
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
S676d
Soares, Bruna
Design de mobiliário, objetos e embalagem. / Bruna Soares. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2021.
166 p.; il.
ISBN 978-65-5663-376-3 
ISBN Digital 978-65-5663-372-5
1. Design do mobiliário. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo 
da Vinci.
CDD 747
apresentação
Prezado acadêmico, seja bem-vindo ao Livro Didático da disciplina 
de Design de Mobiliário, Objetos e Embalagem. Este livro abarca conceitos 
fundamentais para o desenvolvimento dos projetos de mobiliário, objetos 
e embalagens. 
Para o desenvolvimento de um projeto de mobiliário, objetos e 
embalagens de excelência, é fundamental a elaboração de diversos processos 
industriais, com ênfase na conceituação dos estudos e aplicações dos 
materiais estruturais. A produção desse processo parte do desenvolvimento 
da linguagem gráfica, interpretação e análise do mobiliário, objetos e 
embalagem e dos elementos necessários para definir produtos e projetos. 
O estudo deve ser desenvolvido por meio da padronização, normatização 
técnica e parâmetros técnicos e de projeto. 
Na Unidade 1 você encontrará temas que abordam os conceitos 
básicos, os princípios de linguagem e estética do design do mobiliário, a 
história e teoria do mobiliário, além da indústria moveleira sustentável. 
O estudo também é caracterizado pelo desenvolvimento da produção do 
mobiliário, com enfoque nos seguintes temas: mercadologia e tendência, 
gerenciamento de projeto e gestão da produção mobiliária. A unidade finaliza 
com abordagem da criação projetual do mobiliário, a partir dos materiais do 
processo de fabricação, ergonomia, percepção e conforto de mobiliário.
Na Unidade 2, o estudo se caracteriza na produção de objetos. O 
estudo parte dos fundamentos de linguagem e estética do objeto, a história e a 
teoria do objeto, além dos recursos e matérias-primas para o desenvolvimento 
de objeto sustentável. O estudo também é caracterizado pelo desenvolvimento 
da produção do objeto, com enfoque nos seguintes temas: mercadologia 
e tendência, gerenciamento de projeto e gestão da produção de objetos. A 
unidade finaliza abordando a criação projetual do objeto a partir dos materiais 
do processo de fabricação, ergonomia, percepção e conforto de objeto.
Na Unidade 3, conforme as unidades anteriores, seguindo a mesma 
metodologia, os estudos partem dos fundamentos de linguagem e estética 
de embalagem, história e a teoria da embalagem, além dos recursos e 
matérias-primas para o desenvolvimento da embalagem sustentável. O 
estudo também é caracterizado pelo desenvolvimento da produção da 
embalagem, com enfoque nos seguintes temas: mercadologia e tendência, 
gerenciamento de projeto e gestão da produção de embalagem. A unidade 
finaliza abordando a criação projetual da embalagem, a partir dos materiais 
do processo de fabricação, ergonomia e percepção.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Espera-se que esses estudos contribuam para a sua formação 
profissional, e que os conteúdos apresentados neste caderno de ensino 
possibilitem a aprendizagem e o desenvolvimento dos mobiliários, objetos 
e embalagens.
Prof.a Bruna Soares
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
suMário
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO .............................. 1
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO ............................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO .......... 3
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DO MOBILIÁRIO ......................................................... 4
2.2 ESTÉTICA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO ................................................................................ 5
3 HISTÓRIA E TEORIA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO ........................................................... 10
3.1 HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO ..................................................................................................... 10
3.2. DESIGN DE MOBILIÁRIO ......................................................................................................... 11
3.2.1 Mobiliário Egípcio ............................................................................................................... 12
3.2.2 Mobiliário da Mesopotâmia ............................................................................................... 12
3.2.3 Mobiliário Grego .................................................................................................................. 13
3.2.4 Mobiliário Romano .............................................................................................................. 14
3.2.5 Mobiliário Bizantino ............................................................................................................ 14
3.2.6 Mobiliário Gótico ................................................................................................................. 15
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DE MOBILIÁRIO .............................................................. 17
4.1 SUSTENTABILIDADE ................................................................................................................. 17
4.2. INDÚSTRIA MOVELEIRA SUSTENTÁVEL ........................................................................... 17
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 19
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 20
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃODO MOBILIÁRIO ........................... 23
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 23
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA .............................................................................................. 23
2.1 MERCADO MOVELEIRO ........................................................................................................... 24
2.2 TENDÊNCIAS MOBILIÁRIAS .................................................................................................. 27
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO ................................................ 28
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO MOBILIÁRIO ....................................................... 28
3.1.1Gerenciamentos de projeto mobiliário .............................................................................. 29
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DE MOBILIÁRIO ........................................................................... 30
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO ............................ 30
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DOS MOBILIÁRIOS................................................................... 32
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 33
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 34
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO .......................................................... 35
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 35
2 MATERIAL E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE MOBILIÁRIO ....................................... 35
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA MOVELEIRA ................................................. 36
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DO MOBILIÁRIO ............................................................... 37
3 ERGONOMIA, PERCEPÇÃO E CONFORTO DE MOBILIÁRIO ........................................... 38
3.1 MOBILIÁRIO ERGONÔMICO ................................................................................................... 38
3.2 CONFORTO E FUNCIONALIDADE DOS MÓVEIS .............................................................. 41
4 PROJETO DO MOBILIÁRO ........................................................................................................... 42
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DO PROJETO MOBILIÁRIO .................................................. 43
4.2 PROJETO COM ÊNFASE NO MOBILIÁRIO ........................................................................... 44
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 46
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 51
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 52
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 54
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO ...................................59
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM OBJETOS ..................................... 61
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 61
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN DO OBJETO .................. 61
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DO OBJETO ................................................................. 62
2.2 ESTÉTICA DO OBJETO ............................................................................................................... 64
3 HISTÓRIA E TEORIA DO OBJETO .............................................................................................. 66
3.1 HISTÓRIA DO OBJETO ............................................................................................................... 66
3.2 DESIGNERS DE OBJETOS .......................................................................................................... 67
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DO OBJETO ........................................................................ 70
4.1 SUSTENTABILIDADE ................................................................................................................. 71
4.2 RECURSOS PARA DESENVOLVIMENTO DE OBJETO SUSTENTÁVEL .......................... 71
4.3 MATÉRIAS-PRIMAS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL PARA OBJETOS ..................... 73
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 75
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 76
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DE OBJETOS ................................... 79
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 79
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA DO OBJETO ...................................................................... 79
2.1 MERCADO DO DESIGN DE OBJETOS .................................................................................... 80
2.2 TENDÊNCIAS NA PRODUÇÃO DE OBJETOS ...................................................................... 83
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO DO OBJETO ........................ 85
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO DOS OBJETOS ...................................................... 86
3.2 GERENCIAMENTOS PROJETUAL DE OBJETOS .................................................................. 87
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DE OBJETO ...................................................................................... 89
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DE OBJETOS ..................................... 90
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DOS OBJETOS ............................................................................ 90
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 92
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 93
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DE OBJETOS................................................................... 95
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 95
2 MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE OBJETO ................................................ 95
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA OBJETO ........................................................... 96
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE OBJETOS ........................................................................ 97
3 ERGONOMIA, PERCEPÇÃO E CONFORTO DE OBJETO ..................................................... 97
3.1 OBJETOS ERGONÔMICO .......................................................................................................... 98
3.2 CONFORTO E FUNCIONALIDADE DOS OBJETOS ............................................................. 99
4 PROJETO DO OBJETO .................................................................................................................. 100
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DE OBJETOS ............................................................................ 101
4.2 PROJETO COM ÊNFASE DE OBJETOS .................................................................................. 102
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 103
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................107
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 108
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 109
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS ....................... 113
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE NAS EMBALAGENS ..................... 115
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 115
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN DA EMBALAGEM .......... 115
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DAS EMBALAGENS ................................................ 117
2.2 ESTÉTICA DO DESIGN DAS EMBALAGENS ...................................................................... 118
3 HISTÓRIA E TEORIA DA EMBALAGEM ................................................................................ 121
3.1 HISTÓRIA DA EMBALAGEM ................................................................................................. 121
3.2 DESIGNERS DE EMBALAGENS ............................................................................................. 123
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DA EMBALAGEM .......................................................... 124
4.1 RECURSOS PARA DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS ......................................... 125
4.2 MATÉRIAS-PRIMAS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL PARA EMBALAGENS........ 127
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 129
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 130
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM ........................ 133
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 133
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA DA EMBALAGEM ........................................................ 134
2.1 MERCADO DO DESIGN DE EMBALAGENS ....................................................................... 134
2.2 TENDÊNCIAS NA PRODUÇÃO DE EMBALAGENS ......................................................... 138
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO DA EMBALAGEM .......... 140
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS ........................................... 140
3.2 GERENCIAMENTOS PROJETUAL DE EMBALAGENS ..................................................... 141
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM ....................................................................... 143
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DE EMBALAGENS ........................ 143
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DAS EMBALAGENS ............................................................... 144
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 146
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 147
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DA EMBALAGEM ....................................................... 149
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 149
2 MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DA EMBALAGEM .................................. 149
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS ..................................... 150
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE EMBALAGENS ........................................................... 151
3 CRIATIVIDADE, PERCEPÇÃO E FUNCIONALIDADE DE EMBALAGENS ................... 151
3.1 EMBALAGENS CRIATIVAS ..................................................................................................... 152
3.2 FUNCIONALIDADE DE EMBALAGENS .............................................................................. 153
4 PROJETO DA EMBALAGEM ....................................................................................................... 154
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DE EMBALAGENS ................................................................. 155
4.2 PROJETO COM ÊNFASE DE EMBALAGENS ....................................................................... 156
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 157
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 161
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 162
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 164
1
UNIDADE 1 — 
PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE 
MOBILIÁRIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• aprender os conceitos de linguagem do mobiliário;
• diferenciar a história do mobiliário;
• entender a importância da sustentabilidade na indústria moveleira; 
• conceituar as tendências mobiliárias;
• distinguir os princípios do planejamento e controle da produção;
•	 identificar	materiais	e	processos	de	fabricação;
• compreender a importância da ergonomia e conforto de mobiliário;
• conhecer o processo de criação do projeto.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
TÓPICO 2 – DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
TÓPICO 3 – CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
O termo móvel é originalmente do latim mobilis, e o mobiliário origina-se 
de uma palavra do Francês mobilier. A palavra surgiu no século XIX, abrangendo 
uma série de conjuntos de objetos, móveis e várias funcionalidades para dar ao 
ser humano condições confortáveis e práticas para o cotidiano, como trabalho, 
descanso e lazer (CAVALCANTI, 2001).
A função do designer inserido no campo projetual tem como prioridade 
a interação das relações do homem com o seu meio e para isso utiliza algumas 
ferramentas metodológicas para nortear suas ideias (BORGES,2011).
Manzini e Vezzoli (2005), salientam a importância de práticas orientadas 
à sustentabilidade no entretenimento empresarial e questionam determinados 
modelos de desenvolvimento. 
Dentro deste contexto, o designer emerge como um importante agente no 
processo de transição para uma sociedade sustentável ao apresentar os cenários 
factíveis e visões compartilhadas de futuros possíveis e sustentáveis para as 
organizações e aplicando estratégias ambientais conscientes desde as fases iniciais 
do projeto (FERREIRA, 2008).
A partir desses pressupostos, no Tópico 1, estudaremos os seguintes temas: 
(1) a linguagem e a estética do design de mobiliário; (2) estudo e o entendimento 
dos designers; e (3) a importância da sustentabilidade na indústria moveleira.
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN 
DE MOBILIÁRIO
A estruturação do conteúdo inicia com a história e surgimento do Design 
de mobiliário e a industrialização. A evolução do mobiliário tem seu marco 
histórico	na	Era	Industrial,	logo	após	o	fim	da	Segunda	Guerra	Mundial	(1945).	
Com os desdobramentos sociais e industriais, fez-se a produção da padronagem. 
Com a dinâmica da vida continuada, a mercadologia e tendências propiciam 
novas	áreas	de	atuações	ao	profissional	Design	de	Mobiliário.	
UNIDADE 1 — PRODUÇÃOE DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
4
A História do Mobiliário remete ao momento inicial em que o homem 
procura uma habitação para se proteger e conviver e se estende aos dias 
atuais. A evolução do mobiliário perpassa pela história sociopolítica, 
artística e cultural, por meio dos diversos períodos e regiões. O móvel 
acompanha as necessidades dos habitantes e das moradias, dos mais 
variados territórios; acompanha os estilos e maneiras regionais, 
evolui e aperfeiçoa-se segundo o avanço das técnicas; e se transforma, 
adaptando-se à modernidade e ao conforto (MARTINI, 2016, p. 12).
Com os avanços econômicos e sociais, o desenvolvimento do design 
se	destaca	nas	atividades	produtivas	e	também	no	ensino,	qualificando	ainda	
mais	profissionais.
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DO MOBILIÁRIO
Caro acadêmico, você sabia que tão antiga quanto a arte da arquitetura, 
a história do mobiliário surgiu ainda na antiguidade? O mobiliário tem uma 
linguagem peculiar, ocasionando uma conjuntura do design de mobiliário e da 
arquitetura de interiores modernos brasileiros (MORAES, 2006).
Há 5.000 anos os egípcios já utilizavam técnicas e ferramentas na produção 
dos móveis. O crédito para o surgimento do móvel é frequentemente atribuído 
aos antigos egípcios. Esses povos já decoravam suas pequenas cabanas com 
mobiliários (cadeiras e mesas), pinturas, murais, esculturas e vasos (MARTINI, 
2016). O mobiliário egípcio é testemunho inicial das artes, mas a decoração de 
interiores,	os	móveis	e	os	acessórios	fizeram-se	notáveis	nas	civilizações	em	todo	
o mundo ao longo da História (MORAES, 2006).
O design do mobiliário em frente aos acontecimentos históricos no 
período	de	1947	a	 1968,	buscou	a	harmonização	e	uma	 identificação	direta	de	
objetos,	ambientes	e	edificações,	valorizando	os	locais	e	as	tradições	da	cultura	
brasileira	(SANTOS,	2014).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
5
FIGURA 1 – MOBILIÁRIOS BRASILEIROS
FONTE: <encurtador.com.br/lER18>; <encurtador.com.br/etTZ1>; <encurtador.com.br/juwA1>; 
<encurtador.com.br/fjry2>. Acesso em: 6 jan. 2021.
No século XX, os arquitetos modernos desenvolveram um mecanismo 
no processo de produção e criação do design de móveis, principalmente nos 
assentos, priorizando o conforto e visualização (TEIXEIRA, 2010).
2.2 ESTÉTICA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO
Nas	 décadas	 de	 1950	 e	 1960,	 romperam-se	muitas	 barreiras,	 iniciando	
como ponto de partida um estudo de design histórico e teórico de um conceito de 
design	nacional,	voltado	às	atividades	profissionais.	
Segundo Dantas (2005), é preciso investigar cuidadosamente um conjunto 
histórico antes deste período, tendo uma acertabilidade típica do mobiliário nacional 
Os móveis no Brasil, como mobílias e objetos decorativos, eram todos 
importados	até	a	década	de	1940,	sendo	assim,	nada	era	de	produção	nacional.	
Inspirados nos modelos da Europa, algumas fábricas iniciaram sua própria 
produção,	principiando	o	mobiliário	brasileiro	(SANTOS,	2014).	
Inicialmente, no século XX, eram utilizadas as madeiras escuras e curvadas 
para	 revestimentos	 e	 acabamentos	 palhinhas	 (TEIXEIRA,	 1996).	 Atualmente,	 é	
comum a presença de palhas nos móveis, decorações e objetos.
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
6
FIGURA 2 – MÓVEL DE PALHINHA
FONTE: <http://ngrevista.com.br/wp-content/uploads/2019/11/P%C3%A1gina-20-768x427.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O mercado nacional se destaca e cresce no pós-guerra, a produção dispara 
e há um crescimento exuberante no mercado nacional, suprindo as necessidades do 
crescimento	e	urbanização	da	sociedade	(TEIXEIRA,	1996).	
O clima e os materiais disponíveis no país, como madeiras e tecidos, é um 
fato preocupante para a época na produção de móveis nacionais, adequando-se 
às	limitações	aqui	encontradas	(SANTOS,	2014).
FIGURA 3 – MÓVEL DE MADEIRA E TECIDO
FONTE: <https://www.casasbahia-imagens.com.br/Control/ArquivoExibir.
aspx?IdArquivo=853199272>; <https://www.casasbahia-imagens.com.br/Control/ArquivoExibir.
aspx?IdArquivo=865587949>. Acesso em: 6 jan. 2021.
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
7
George Wachavchik criou um fato histórico na arquitetura e no mobiliário 
na	década	de	 1930,	 introduzindo	 casas	 altamente	modernas	 no	 estado	de	 São	
Paulo	(SANTOS,	2014).	
Warchavchik, revolucionário da época, defende as ideias de móveis 
racionalistas em suas obras, implantando materiais em metal, muito utilizados 
nas	peças	europeias	 (SANTOS,	2014).	A	estética	dos	móveis	nacionais	abrange	
uma	estrutura	misturando	madeiras,	metais	e	couros	(TEIXEIRA,	1996).
FIGURA 4 - MÓVEL DE METAL
FONTE: <http://italianleather.com.br/wp-content/uploads/2019/04/bauhaus-brno-chair-sq-1-
1024x1024.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Conhecidos por desenvolver um estilo distinto e moderno construído com 
base no princípio da simplicidade, professores e alunos da escola Bauhaus projetaram 
alguns dos móveis mais emblemáticos do século XX.
 Os móveis da Bauhaus foram projetados para serem funcionais acima de todas 
as outras qualidades. Despojados de seus elementos básicos, componentes fundamentais 
como mesas ou pernas foram tipicamente reduzidos a formas geométricas simples.
 Os designers da Bauhaus queriam criar objetos esteticamente agradáveis, mas 
também queriam que seus produtos estivessem disponíveis para um grande público – o 
design simples de cada peça tornava mais fácil produzi-los com eficiência.
FONTE: <http://italianleather.com.br/10-designs-imperdiveis-da-bauhaus/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
INTERESSA
NTE
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
8
Ainda	falando	das	décadas	de	1940	e	1950,	ocorreu	uma	grande	utilização	
de madeiras maciças e placas de compensado, em alguns casos, o couro é 
substituído pelo tecido, utilizado em encostos e assentos, amenizando o custo 
(TEIXEIRA,	1996).
FIGURA 5 - MADEIRA MACIÇA DE 1940
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/34/b6/fb/34b6fb87f6a8205c23a756ede9183e0b.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O pioneiro do design moderno nacional é o ícone português Joaquim 
Tenreiro, que defendia a qualidade moveleira e utilizava madeira de Jacarandá 
e palhinha como revestimento, diferente da estética de mobiliário do brasileiro 
José	Zanine	Caldas,	que	idealizava	uma	cultura	específica	e	inovadora	e	utilizava	
chapas	e	recortes	de	compensado	(TEIXEIRA,	1996).	
Zanine, além de dedicado as suas obras de arte, fazia um bom 
aproveitamento de toda chapa, aderindo beleza, desperdício e racionalização 
(SANTOS,	2014).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
9
FIGURA 6 - DESIGN JOAQUIM TENREIRO
FONTE: <http://www.iarq.com.br/wp-content/uploads/2017/02/1-2.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Obteve-se uma produção que conjugou o espírito moderno do 
despojamento e da simplicidade ao uso de nossos materiais, 
assegurando ao móvel então produzido, uma qualidade universal 
e	 artisticamente	 elaborada,	 o	 que	 alterou	 de	 maneira	 significativa	 o	
aspecto do mobiliário brasileiro. [...] houve uma concepção de conforto, 
permitindo melhor ajustamento ao corpo, trazendo uma multiplicidade 
de	formas,	recurvas	e	adelgaçadas	(SANTOS,	2014,	p.	117).
Após	 a	 Segunda	 Guerra	 Mundial	 (1945),	 com	 a	 inserção	 da	 Revolução	
Industrial,	foi	inserido	mais	indústrias	capacitadas	e	qualificadas	nas	produções	de	
mobílias em série, com o objetivo de preços mais acessíveis no mercado, atendendo 
como público-alvo a classe média, e ainda mantendo a qualidade do produto.
Em	1951,	notou-se	uma	carência	de	profissionais	qualificados	no	mercado.	
Lina Bo Bardi, coordenadora do Instituto de Arte Contemporânea (IAC) em São 
Paulo, insere o ensino de design. Por falta de verbas do governo, resistiu apenas 
três	anos	(SANTOS,	2014).
João Batista Vilanova Artigas, professor, arquiteto, engenheiro e urbanista, 
defende	as	necessidades	em	inserir	o	ensino	de	design	na	universidade.	Em	1962,	
foi então inserido o curso de design na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da 
Universidadede São Paulo (FAU-USP), visto que desenho industrial é o estudo 
do objeto e do seu uso. O resultado dessa intervenção deverá ser um designer 
caracteristicamente brasileiro, ligado nitidamente ao nosso patrimônio artístico, 
popular	e	erudito	(NIEMEYER,	1998).
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
10
FIGURA 7 – UNIVERSIDADE FAU-USP
FONTE: <https://imagens.usp.br/wp-content/uploads/FAU_Aula-Habit%C3%A1culos_
Foto-Cec%C3%ADlia-Bastos-121-506x337.jpg>; <https://www.causp.gov.br/wp-content/
uploads/2020/04/FAU_USP_Ana_Carolina_Coelho_229.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
No	ano	de	 1963	 nasceu	 o	primeiro	 curso	 superior	 em	design,	 a	 Escola	
Superior de Desenho Industrial (ESDI), incentivado pela Escola de Ulm, da 
Alemanha,	pelo	corpo	docente	de	ex-alunos	(MORAES,	2006).	Em	1975,	a	escola	
foi anexada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), aderindo assim 
um ensino acadêmico.
3 HISTÓRIA E TEORIA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO
Com enfoque no conhecimento histórico dos estilos, os assuntos abordados 
estão organizados para melhor familiarização de acordo com a ordem cronológica 
tempo/espaço. Do mundo antigo a era da globalização, conheça um pouco da 
evolução, técnicas e criações humanas relacionadas ao design de mobiliário.
Entender o panorama histórico dos estilos é fundamental para análise 
crítica	 do	 contexto	 atual,	 uma	 vez	 que	 o	 reflexo	 de	 sua	 evolução	 consolida	 o	
profissional	atual.	Contudo,	saber	o	que	é	design	e	gostar	de	design	é	fundamental	
para a organização do ambiente. 
3.1 HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO
A história do mobiliário adequa-se aos lares desde o período neolítico 
(7.000	a.C.),	visados	tecnicamente	pela	dinastia	do	antigo	Egito	(2680-2407	a.C.).	
Na Idade Média e Renascença, os poucos móveis que existiam eram apenas 
utilizados pelos nobres, como cama e arcos, encontrados em palácios e mosteiros 
(BORGES,	2007).
No	século	XVII,	especificamente	na	França,	surge	um	aperfeiçoamento	
de	 cortes	 diferentes	 e	 criativos	 de	 móveis.	 Em	 1662	 a	 1667,	 o	 rei	 Henrique	
Navarra	iniciou	uma	centralização	mais	realista,	unificando	o	artesanato	e	arte	
(BORGES,	2007).		
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
11
FIGURA 8 – MÓVEIS DO SÉCULO XVIII
FONTE: <https://pmiltonarquitetura.files.wordpress.com/2012/08/mobi_interior-3.
jpg?w=529&h=311>. Acesso em: 6 jan. 2021.
A academia de arte e ciências fundada por Jean Baptiste Colbert inseriu 
o estilo barroco na época de Louis XIV, na Europa. Consequentemente a França 
ampliou, levando os estilos de Louis XV e Louis XVI até o Empire e para toda a 
Europa. No século XVIII, os alemães Abraham e David Roentgen, marceneiros e 
moveleiros,	profissionais	excelentes	da	época,	eram	muito	requisitados	na	Europa	
(ALBRECHT,	1992).
3.2. DESIGN DE MOBILIÁRIO
No início da história do Design de mobiliário, utilizava-se em excesso as 
madeiras, mas com estudos e criatividade em ascensão na era pós-industrial, outros 
materiais são explorados como metal e pedra, proporcionando a entrada do plástico.
Basicamente, o design de mobiliário buscava além do conforto, 
funcionalidade e estética, sempre buscando fortemente uma tendência de projeto 
dentro da arquitetura de interiores relacionado à cada época e local. Henrique 
Navarra	iniciou	uma	centralização	mais	realista,	unificando	o	artesanato	e	arte	
(SANTOS,	2014).
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
12
3.2.1 Mobiliário Egípcio
No Egito, a inspiração eram os deuses. O mobiliário se resumia em 
tamboretes,	mesas	e	 cadeiras.	Pesquisadores	firmavam	que	 tais	peças	eram	de	
restos originais encontrados na tumba da rainha Heteferes. Os encostos e braços 
das cadeiras eram talhados em alto relevo, simbolizando os deuses e cultos 
religiosos,	os	pés	em	forma	de	patas	de	animais,	revestidas	em	ouro,	marfins	e	
outros materiais luxuosos (FAZIO, 2011). 
FIGURA 9 – CADEIRA REVESTIDA EM OURO
FONTE: <https://furniturecart.files.wordpress.com/2013/04/sitamun-throne.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O design egípcio é caracterizado por cores vivas, pinturas, desenhos 
estilizados, utilização de símbolos místicos, pirâmides, entre outros elementos. 
As pirâmides arqueológicas tiveram início à medida que ocorriam os rituais 
religiosos, preocupados com os rituais da morte (FAZIO, 2011). Os móveis 
resistentes eram “feitos para durar” após a morte dos faraós.
Características do mobiliário egípcio:
• Materiais utilizados: couro, pedras preciosas e tecidos.
• Móveis desenvolvidos na época: cama, cadeira, bancos, vasos, arcas entre outros.
• Móveis baixos e formas de desenhos diversos. 
3.2.2 Mobiliário da Mesopotâmia
O mobiliário da Mesopotâmia se resumia apenas em tronos sem encostos, 
os assentos talhados e os pés retos, simples, os murais expostos com gravuras 
bem trabalhadas de deuses e rainhas (FAZIO, 2011). 
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
13
FIGURA 10 – TRONOS SEM ENCOSTO
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/_cQQHJj9j-d0/TVGxqXeX18I/AAAAAAAAA9M/
irG6H5oWpnU/s1600/mesopotamia.png>. Acesso em: 6 jan. 2021.
 O povo mesopotâmico se desenvolveu ao longo dos séculos em terras 
férteis localizadas nos rios Tigre e Eufrates.
3.2.3 Mobiliário Grego
No mobiliário da Grécia continental, segundo pesquisadores, há poucas 
peças existentes da antiguidade, apenas anéis, pequenas peças em bronze, cerâmicas, 
e algumas decorações que ornamentavam o salão do trono. Era baseada em uma 
tendência ornamental em elementos arquitetônicos, a praticidade e a comodidade, 
como a cama grega, utilizada para dormir e para comer, com uma parte horizontal 
inclinando a altura da mesa, sem apoios para os pés (MOURA, 2015).
FIGURA 11 – MOBILIÁRIO GREGO
FONTE: <https://3.bp.blogspot.com/_4ee9u1Xu2wI/SOgHO6IdyJI/AAAAAAAACFo/
uvDdHn4bAxU/s320/klismos.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
14
Enquanto os outros povos investiam em construções relacionadas à 
arquitetura militar, religiosa e residencial, os gregos e romanos foram responsáveis 
por obras arquitetônicas com enfoque aos espaços de manifestações e cidadania 
(MOURA, 2015).
3.2.4 Mobiliário Romano
O	 mobiliário	 romano	 na	 Era	 Cristã	 revela-se	 uma	 influência	 forte	 da	
Grécia, o bronze e o mármore se destacam como tendência principal, decorações 
utilizadas em mesas retangulares e redondas, facilitando a praticidade, as bases 
dobráveis para melhor comodidade e versatilidade (GOMEZ, 2012).
FIGURA 12 – CADEIRA DOBRÁVEL
FONTE: <https://www.essenciamoveis.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/09/banco-
dobravel.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Os romanos foram os responsáveis por introduzir a “combinação” estética 
e	conforto	(MOURA,	2015).	Na	época,	as	camas	ficavam	na	sala	principal	e	não	
no dormitório.
3.2.5 Mobiliário Bizantino
Apesar de poucos mobiliários do período bizantino, há relatos e estudos, 
as peças eram solicitadas por famílias poderosas, palácios e igrejas imperiais, 
ornamento um espaço luxuoso (MOURA, 2015).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
15
FIGURA 13 – MÓVEL BIZANTINO
FONTE: <https://www.wdl.org/pt/item/641/view/1/1/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O estudo aponta que as peças eram confeccionadas com cobre retorcido, 
com formatos de patas de animais, similar ao mobiliário romano, em uma forma 
mais audaciosa, destacando a riqueza e glamour, além do cobre, havia uma 
junção	de	marfim	em	relevos	com	a	mistura	de	madeira	nobre,	ornamentando	o	
estilo e poder do período (GOMEZ, 2012).
Características projetuais do mobiliário bizantino.
• Utilização mosaicos.
• Revestimentos cromático.
•	 Escultura	com	marfim.
3.2.6 Mobiliário Gótico
O design gótico inseriu no mundo arquitetônico algo bem diferente dos 
mobiliários citados, idealiza um diferente e arrojado móvel, além de praticidade, 
introduz novas formas (MOURA, 2015).
	Um	móvel	gótico	identificado	como	aparador,	com	um	espaço	para	apoiar	
objetos, logo abaixo um espaço fechado com portas e prateleiras, para guardar 
peças,louças e objetos pessoais, parecendo com uma cristaleira.
Pesquisadores	 afirmam	 que	 as	 decorações	 são	 talhadas	 na	 madeira	
(portas) com desenhos folheados, arcos e colunas, verdadeiro mix arquitetônico, 
não esquecendo das cadeiras com revestimento nos assentos com tapeçaria 
(MOURA, 2015).
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
16
FIGURA 14 – MÓVEL GÓTICO
FONTE: <https://i.pinimg.com/236x/37/48/aa/3748aa0547a57a40428e70d201be1cab.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
A evolução dos estilos do design de interiores foi ocorrendo ao longo dos 
grandes movimentos artísticos, como: Art Nouveau, Bauhaus, Le Corbusier e Minimalismo 
(VELA et al. 2016). O design de interiores do período moderno é mais simples, decorrente 
das mudanças e tendências. Existe uma pluralidade de ideias de cunho individual e coletivo 
no período, tendo diversas origens como a Bauhaus, na Alemanha; Le Corbusier, na França 
e Frank Loyd Right nos Estados Unidos (BENEVOLO, 2004). 
 Caro acadêmico, após este estudo do início histórico dos primeiros mobiliários, 
recomenda-se sua continuação para entendimento da produção dos móveis 
contemporâneos. Segue link sugerido para estudos: https://www.academia.edu/9102100/
HISTORIA_DO_MOBILIARIO.
DICAS
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
17
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DE MOBILIÁRIO
Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de um equilíbrio, 
conforto, deve presar à harmonia, acrescentando uma ótima estética e 
funcionalidades.
4.1 SUSTENTABILIDADE
A sustentabilidade não se limita apenas a utilização de matérias-primas 
naturais	 e	 certificados,	 mas	 uma	 grande	 utilização	 de	 restos	 de	 produtos	
fabricados	em	edificações,	reaproveitamentos,	como	materiais	alternativos,	como	
bambu, juta, sisa e pedras sintéticas (FERREIRA, 2008).
Um reaproveitamento bem interessante, arrojado e inovador, está no 
exemplo de móveis de papelão recobertos com compensados de madeiras 
descartados em madeireiras, aproveitando as sobras de couros para revestir em 
cadeiras e bancos decorativos (FERREIRA, 2008).
FIGURA 15 – SUSTENTABILIDADE
FONTE: <http://sustentarqui.com.br/wp-content/uploads/2014/08/
HugoFrancaMontagem-e1408058920635.png>. Acesso em: 6 jan. 2021.
4.2. INDÚSTRIA MOVELEIRA SUSTENTÁVEL
A indústria moveleira precisa se preocupar com o meio ambiente e se 
adequar à sustentabilidade, ou seja, reaproveitar os materiais necessários para 
cada artigo em questão.
Existem madeiras de demolição, aproveitadas de forma direta no processo 
de fabricação de móveis mais sustentáveis, reaproveitando resíduos que seriam 
enviados para o aterro sanitário, mas com a criatividade e inteligência, de modo que 
os projetos se concentram em reaproveitar todos os resíduos e lixos prováveis para 
decorações de objetos estilizados conforme necessidade de cada obra em questão, 
atendendo assim às exigências de cada arquiteto (OLIVEIRA et al.,	2009)	.
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
18
FIGURA 16 – INDÚSTRIA MOVELEIRA
FONTE: <http://www.sindimol.com.br/wp-content/uploads/2012/03/DSC_0110-640x425.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
A sustentabilidade dá-se no processo de fabricação de produtos que 
atendem aos requisitos socioambientais, mantendo a qualidade e bom gosto, 
priorizando sempre o bom senso da economia, falando também socialmente 
e ambientalmente.
19
Neste tópico, você aprendeu que:
• A história do design em mobiliários acentua-se na qualidade de cada época, 
se adequando aos lugares e etnias, o estilo de uma linguagem que se adapta a 
cada sistema de espaço e tempo em questão.
• O modernismo e a cultura vêm se estilizando com as expressões de designers 
de	épocas,	tendo	uma	narrativa	de	atividade	específica,	buscando	valorizar	as	
origens, linguagens, aspectos e produções, misturando materiais e formando 
uma arte excepcional.
•	 Os	 designers	 se	 reinventam,	 diversificando	 criatividade	 com	 materiais,	
tanto naturais como nativos, ou até industrializados, para uma composição 
incomum, aprimorando as artes arquitetônicas e inserindo nas produções 
objetos e artesanatos idealizando um diferencial.
• A sustentabilidade não se limita apenas a utilizações de matérias-primas 
naturais	 e	 certificadas,	 mas	 uma	 grande	 utilização	 de	 restos	 de	 produtos	
fabricados	em	edificações,	reaproveitamentos.
• A sustentabilidade dá-se no processo de fabricação de produtos, que atende os 
requisitos socioambientais, mantendo a qualidade e bom gosto.
RESUMO DO TÓPICO 1
20
1 A história é a maneira necessária para a abordagem do design de móveis. 
Basicamente, o design de mobiliário busca além do conforto, funcionalidade 
e estética, sempre buscando fortemente uma tendência de projeto dentro 
da arquitetura de interiores relacionada à cada época e local. Henrique 
Navarra	iniciou	uma	centralização	mais	realista,	unificando	o	artesanato	e	
arte. A partir desses pressupostos, assinale a alternativa CORRETA com as 
características do mobiliário egípcio: 
a) ( ) Cores vivas, pinturas, desenhos estilizados, utilização de símbolos 
místicos, pirâmides entre outros elementos.
b) ( ) Cores frias, pinturas, desenhos estilizados, utilização de símbolos 
místicos, pirâmides entre outros elementos.
c) ( ) Cores vivas, pinturas, desenhos estilizados, utilização de símbolos 
místicos e construção imperial. 
d) ( ) Cores vivas, pinturas, vidros, utilização de símbolos místicos, pirâmides 
entre outros elementos.
2	 O	mobiliário	romano	na	Era	Cristã	revela-se	uma	influência	forte	da	Grécia:	
o bronze e o mármore se destacam como tendência principal, decorações 
utilizadas em mesas retangulares e redondas, facilitando a praticidade, as 
bases dobráveis para melhor comodidade e versatilidade. A partir desses 
pressupostos, assinale a alternativa CORRETA com as características dos 
móveis na Era Romana:
a) ( ) Utilização de revestimentos cromáticos.
b) ( ) As salas eram integradas com a área de serviço.
c) ( ) As pirâmides eram as obras arquitetônicas relevantes da época.
d)	(			)	As	camas	ficavam	na	sala	principal	e	não	no	dormitório.
3 A indústria moveleira precisa se preocupar com o meio ambiente, se 
adequando à sustentabilidade, ou seja, reaproveitamentos os materiais 
necessários para cada artigo em questão. A sustentabilidade dá-se no 
processo de fabricação de produtos, que atende os requisitos socioambientais, 
mantendo a qualidade e bom gosto, priorizando sempre o bom senso da 
economia, falando também socialmente e ambientalmente. A partir desses 
pressupostos, assinale a alternativa CORRETA com as características da 
indústria moveleira sustentável: 
a) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de equilíbrio e 
conforto, deve presar à harmonia, acrescentando desconforto visual.
b) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de equilíbrio e 
conforto, deve presar à harmonia, acrescentando apenas funcionalidade. 
AUTOATIVIDADE
21
c) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de equilíbrio e 
conforto, deve presar à harmonia, acrescentando uma ótima estética e 
funcionalidades.
d) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de desequilíbrio e 
conforto, deve presar à harmonia, acrescentando uma ótima estética e 
funcionalidades.
4	 Apesar	 de	 poucos	 mobiliários	 do	 período	 bizantino,	 há	 relatos	 que,	 as	
peças eram solicitadas por famílias poderosas, palácios e igrejas imperiais, 
ornamento um espaço luxuoso. A partir desses pressupostos, descreva 
características do mobiliário bizantino.
5 A história do design em mobiliários acentua-se na qualidade de cada 
época, se adequando com os lugares e etnias, o estilo de uma linguagem 
que se adapta a cada sistema de espaço e tempo em questão. A partir desses 
pressupostos, descreva as principais diferenças de cada época.
22
23
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Mundialmente, as organizações que atuam em diversos ramos da economia 
priorizam namaioridade investimentos de capacitação de colaboradores e 
gerenciamento, assimilando ótimos resultados e desempenho em cada setor 
designado. O setor moveleiro atualmente possui grande participação na economia 
mundial, fortalecendo a indústria de móveis, despertando um grande interesse 
nos investidores e microempreendedores (SERRA, 2005).
Este setor engloba diversos tipos de matérias-primas, processos de 
produção,	equipamentos	específicos,	materiais	em	geral,	maquinários	e	mão	de	
obra	capacitada	e	qualificada,	resultando	um	controle	e	planejamento	eficiente	
na execução do produto. Antecede uma organização formada por uma estrutura 
estratégica	e	operacional,	muitas	vezes	com	deficiência,	que	ocasiona	perdas	e	
controle dos processos em questão (OLIVEIRA et al.,	2009).
 Para um bom funcionamento e para e conter os desperdícios, é inserido 
um Planejamento e Controle de Produção, fato que auxilia na geração de 
empregos, aumentando a economia mundial e brasileira. O setor moveleiro 
vem conquistando seu espaço e mostra como é imprescindível a implantação do 
Planejamento e Controle de Produção e um bom gerenciamento para a excelência 
na produção dos materiais (SERRA, 2005).
A partir desses pressupostos, no Tópico 2, estudaremos os seguintes 
temas: (1) compreensão da tendência no mercado moveleiro; (2) a complexidade 
do processo de desenvolvimento e o gerenciamento dos projetos na produção; 
e	(3)	a	qualificação	de	um	planejamento	e	da	gestão	na	produção	do	mobiliário.
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA
O mercado é muito promissor inovando as tendências. As exigências 
dos consumidores geram dinamismo e criatividade devido ao acesso facilitado 
às informações, fazendo com que as empresas realizem pesquisas de mercado e 
ofereçam produtos diferenciados e modernos.
 
24
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
O papel da indústria de móveis e mobiliários está se tornando cada vez 
mais necessário, com atribuições que vão desde a criação de projetos 
baseados nos princípios da sustentabilidade, conforto através de 
estudo da ergonomia, funcionalidade, melhoria da qualidade e valor 
estético, passando pela introdução de novos materiais (vime, bambu 
etc.), desenvolvimento de embalagens, até a promoção dos produtos 
com	 desenvolvimento	 de	 materiais	 gráficos,	 editoriais	 e	 criação	 de	
web sites (SERRA, 2005, p. 12).
Devido ao aumento da concorrência, as empresas precisam se preparar 
com as mudanças do mercado, trazendo assim a necessidade de analisar as 
futuras tendências de mercado e satisfazer os desejos de cada cliente.
2.1 MERCADO MOVELEIRO
O setor moveleiro pode ser considerado um dos mais antigos a nível 
mundial, pois deriva dos carpinteiros e artesãos produtores de móveis, que com 
a revolução industrial passaram a utilizar máquinas e ferramentas, visando obter 
economias de esforço e tempo. 
Os avanços proporcionados pelo processo industrial permitiram a 
padronização e os ganhos de escala, de maneira que os móveis deixaram de serem 
produtos artesanais para se tornarem produtos industrializados e reproduzidos 
em séries (FERREIRA et al., 2008). Segue quadro com o dinamismo concorrencial:
QUADRO 1 – DINAMISMO CONCORRENCIAL
Design: o design é o único fator de inovação próprio da indústria moveleira. O design é um bem 
imaterial que se exterioriza na forma de um objeto, entretanto, não deve estar relacionado apenas 
à aparência e à estética dos produtos. O design está vinculado a todos os aspectos relacionados 
à concepção do produto que permitam a empresa se diferenciar e construir vantagens sobre os 
concorrentes: manufaturabilidade, ergonomia, qualidade, durabilidade, conforto, utilização de 
novos materiais, estratégias de distribuição e marketing, entre outros. Desta maneira, as inovações 
em design propiciam a criação de uma “identidade própria” para os móveis de uma empresa, se 
constituído em um dos elementos chave para as condições de concorrência nesta indústria. Cabe 
destacar, que o design original é um bem passível de ser apropriado sendo protegido pelas leis 
de propriedade industrial (TIGRE, 2006).
Máquinas e equipamentos: com relação ao padrão tecnológico das máquinas e equipamentos 
utilizados por esta indústria, a grande mudança ocorrida nas últimas décadas foi a substituição 
da base eletromecânica pela microeletrônica, o que permitiu maior aproveitamento dos materiais, 
maior	flexibilidade	na	produção	e	melhor	qualidade	nos	produtos.	Apesar	de	esta	indústria	ser	
intensiva em mão de obra, as inovações tecnológicas estão permitindo uma redução em seu uso, 
principalmente em segmentos que possam ser transformados em processos contínuos, como é o 
caso da produção de móveis retilíneos seriados.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
25
Materiais:	com	relação	aos	materiais,	verificam-se	grandes	mudanças	decorrentes	das	inovações	
ocorridas nas indústrias química e petroquímica: materiais compostos, plásticos mais resistentes, 
novas tintas etc. Entretanto, a principal tendência observada na indústria moveleira mundial é 
a substituição das madeiras nativas, dado o aumento das restrições ecológicas. Estas madeiras 
nativas	estão	sendo	substituídas	tanto	pelas	madeiras	reflorestáveis,	como	o	pinus	e	o	eucalipto,	
como pelas chapas e painéis de madeira reconstituída. Dentre as inovações trazidas pela indústria 
de painéis, destaca-se o MDF – Medium Density Fiberboard –, que revolucionou a indústria 
moveleira	desde	que	foi	introduzido	no	mercado	europeu	nos	anos	1980.	Este	novo	tipo	de	chapa	
apresenta resistência mecânica e estabilidade dimensional, que a transformam no substituto mais 
próximo da madeira maciça. Além do MDF, a indústria de painéis tem lançado uma variedade de 
novos tipos de chapas de madeira reconstituída, para diferentes aplicações. Cabe destacar que, 
na maioria dos móveis, é utilizada uma combinação de chapas e de madeiras maciças, visando 
melhoria	da	qualidade	e	redução	dos	custos.	Por	fim,	observa-se	a	crescente	utilização	de	outros	
materiais combinados com a madeira, como o vidro, os metais, as pedras, os couros e os plásticos.
FONTE: FERREIRA et al. (2008, p. 2-3)
O setor moveleiro se destaca no uso da fabricação de matérias-primas, 
seguindo	uma	classificação,	como	em	residências,	escritórios	e	instituições.
Na indústria moveleira, segue uma sequência de madeiras torneadas e 
ou em linha reta, priorizando as matérias-primas como aglomerados, painéis e 
compensados. No mundo moveleiro, as indústrias se adequam às ampliações 
de variedade de matérias-primas, utilizando frequentemente madeiras maciças, 
madeiras como aglomerados, MDF, MDP, OSB e compensado (SERRA, 2005).
O processo de execução de um móvel na produção necessita de 
maquinários	e	equipamentos	adequados	para	a	finalização	do	produto,	ornando	
uma	parceria	de	fornecedores	de	(SOUZA,	2017),	como:
• Metais.
• Ferramentas adequadas como dobradiças, corrediças, articuladores, puxadores.
• Acessórios, incluindo ainda fornecedores de couro, indústria têxtil, compondo 
móveis de excelência, de estilo, qualidade e conforto.
26
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
FIGURA 17 – INDÚSTRIA MOVELEIRA
FONTE: <https://esbrasil.com.br/industria-moveleira/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
FIGURA 18 – MDF E MDP
FONTE: <encurtador.com.br/fgyHV>; <encurtador.com.br/htGM4>; <encurtador.com.br/hDHKT>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
Caro acadêmico, os principais produtores mundiais de móveis são China, 
União Europeia e Estados Unidos, sendo estes também os maiores consumidores mundiais. 
Na União Europeia, a Itália e a Alemanha se distinguem como maiores produtoras e como 
centros de excelência em design e tecnologia. No Brasil, as regiões Sul e Sudeste se destacam 
como principais produtoras de móveis e observam-se também, nessas regiões, as maiores 
áreas com plantios florestais, uma vez que na fabricação de seus móveis, há predominância 
de madeira. Os móveis de madeira são também segmentados em retilíneos e torneados. 
As principais matérias-primasdos primeiros são os aglomerados, painéis e compensados. 
INTERESSA
NTE
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
27
Os torneados têm como matéria-prima principal a madeira maciça, podendo também 
incluir painéis. As indústrias de processamento madeireiro têm ampliado o leque de seus 
produtos, de maneira que existe uma grande variedade de matérias-primas derivadas da 
madeira (madeira maciça, chapas de madeira reconstituída como aglomerado, MDF, MDP, 
OSB e compensado). 
FONTE: <https://www.bnb.gov.br/documents/80223/3585904/moveis_34-2018.pdf/
f0e0657f-a6c2-db33-f139-04d95692453e>. Acesso em: 6 jan. 2021.
2.2 TENDÊNCIAS MOBILIÁRIAS 
Tendência	significa	“seguir	algo”,	no	sentido	de	se	tratar	de	uma	espécie	de	
mecanismo social. No mercado atual, a tendência é fundamental para a indústria 
mobiliária, o design e o arquiteto inserem um processo criativo e inovador, 
seguindo um protocolo de determinados mercados, priorizando os lançamentos 
de cada região em ascensão (OLIVEIRA, 2006).
FIGURA 19 – TENDÊNCIA
FONTE: <https://digital.formobile.com.br/sites/formobile.com/files/styles/article_featured_
retina/public/jogo%20de%20cadeiras_0.jpg?itok=hXp6Pau7>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Na Alemanha surgiu um conceito chamado de Quarta Revolução, 
transformando grandes processos produtivos, instigando a criatividade, 
customizando	o	produto	até	a	venda	final.	No	mercado	brasileiro,	os	designers	
se	especializam	em	tendências	específicas,	atendendo	às	demandas	com	produto	
acabado, escritórios, móveis modulados, assim aproveitando melhor o espaço 
(DANTAS, 2005).
28
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO
O gerenciamento de projetos é uma boa gestão projetual, com pessoas 
capacitadas em conhecimento na área desejada, desempenhando assim uma boa 
produtividade	e	finalização	do	produto.
O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, 
ferramentas	e	técnicas	às	atividades	do	projeto	a	fim	de	cumprir	os	seus	
requisitos. O gerenciamento de projetos é realizado através da aplicação 
e integração apropriadas dos processos de gerenciamento de projetos 
identificados	para	o	projeto	(PMI,	2017,	p.	10).
Todos sabemos que o mercado de trabalho tem se tornando mais disputado 
e que o nível de exigência dos clientes tem aumentado consideravelmente. Assim, aplicar 
as metodologias de gerenciamento de projetos se torna imprescindível. Obviamente, 
cada empreendimento tem suas próprias particularidades, necessitando de estratégias 
específicas. É válido afirmar que gerir um projeto incorre na aplicação de conhecimentos, 
ferramentas e técnicas para que os objetivos definidos sejam alcançados. 
FONTE: <https://www.projectbuilder.com.br/blog/metodologias-de-gestao-de-projetos/>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
INTERESSA
NTE
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO MOBILIÁRIO
O processo de desenvolvimento adere algumas áreas funcionais da 
empresa,	especificamente	a	produção	eficiente,	indo	desde	o	início	até	a	finalização	
do produto. Cheng (2000) descreve o processo e as áreas funcionais envolvidas 
em cada etapa:
• Planejamento do produto, segmento e estabelecimento do conceito, Marketing.
• Projeto do produto, projeto do processo e preparação para a produção.
• Lançamento: Marketing, P & D, Manufatura, Venda e Logística.
Para	uma	produção	eficaz,	necessita-se	a	redução	de	tempo	no	processo	
de	 desenvolvimento,	 tendo	 uma	 relevante	 importância,	 pessoas	 qualificadas	
desempenhando	uma	enorme	agilidade	e	eficiência	na	finalização	do	produto,	
obtendo	melhores	 resultados.	O	gerenciamento	é	 feito	através	da	 identificação	
e desdobramento das variáveis que compõem o desenvolvimento do produto, 
através de tabelas, matrizes e procedimentos de extração, relação e conversão 
(CHENG et al.,	1995).
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
29
A padronização é uma das estratégias no processo do desenvolvimento 
mobiliário. Está inserida em qualquer indústria produtiva. É necessária a inclusão 
de normalização, redução e sistema instigando a economia. A padronização 
intensifica	as	atividades	do	processo	do	valor	agregado,	possibilitando	melhorias	
no sistema produtivo (CHENG et al.,	1995).
FIGURA 20 – DIAGRAMA DE ISHIKAWA
Material Meio Ambiente
Método Mão de obra Máquina
Objetivo
CAUSAS EFEITO
 FONTE: <https://d1lc5plzz0mq74.cloudfront.net/wp-content/uploads/2015/08/21203011/
Ishikawa.png>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Goese	(1999,	p.	18),	afirma	que	“antes	de	definir	padrões,	faz-se	necessário	
identificar	 os	 processos	 para	 melhorias	 e	 compreensão	 do	 funcionamento	
da	 organização”.	 Campos	 (1992)	 compreende	 a	 identificação	 dos	 processos,	
resultando em um relacionamento causa-efeito, tendo como facilitador a diferença 
de causa e seus efeitos, como mostra o diagrama Ishikawa.
3.1.1Gerenciamentos de projeto mobiliário
O gerenciamento de projetos proporciona o desenvolvimento de 
competência como liderança, estratégia, capacidade de planejamento e tomada 
de	decisão,	habilidades	fundamentais	para	uma	boa	gestão	(PMI,	2017).	Kerzner	
(2007,	p.	30)	pondera	“que	são	diversos	os	fatores	externos,	que	podem	forçar	as	
empresas a adotarem o gerenciamento de projetos como forma de realizarem os 
seus projetos”. 
A	 execução	 de	 um	 projeto	 eficaz	 necessita	 de	 um	 gerenciamento	 e	
liderança capacitada na área, determinando uma equipe preparada com critério 
de	 organização	 e	 seleção	 de	 pessoas	 qualificadas,	 atingindo	 os	 objetivos	 e	
garantindo	o	sucesso.	Os	critérios	importantes	a	serem	aplicados	são	(PMI,	2017).
30
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
• Realismo.
• Capacidade.
• Flexibilidade.
• Facilidade de uso.
• Custo.
• Facilidade de informatização. 
O gerenciamento requer alguns fatores relevantes para a execução do 
projeto solicitado, considerando precisamente possível a implementação de 
proposta de trabalho como (CHENG et al.,	1995).
• Responsável pela área de Marketing.
• Equipe	qualificada	e	competente.
• Determinar metas e objetivos.
• Priorizar projetos de acordo com as metas e objetivos estabelecidos.
Os projetos coordenados pela gerência de pesquisa e desenvolvimento, 
durante a execução do projeto, realizam reuniões com gerentes de outras áreas 
funcionais, objetivando o alinhamento e um melhor desempenho e resultados, 
atingindo	as	metas	exigidas	(CHENG,	1995).
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DE MOBILIÁRIO
A	 gestão	 da	 produção	 define	 as	 atividades	 fundamentais	 que	 as	
organizações usam para realizar tarefas e atingir suas metas (RITZMAN; 
KRAJESWSKI,	2004).
As atividades desenvolvidas por uma empresa visam atender seus 
objetivos de curto, médio e longo prazo, se relacionando, na maioria das 
vezes, de forma complexa e transformando insumos e matérias-primas em 
produtos acabados.
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DO 
MOBILIÁRIO
O PCP é responsável pela organização e aplicação de recursos produtivos 
de modo que atenda aos planos estabelecidos em três níveis organizacionais: 
estratégico, tático e operacional. Biazin e Godoy (2000) caracterizam esses níveis 
da seguinte forma:
• Nível estratégico:	onde	são	definidas	as	políticas	estratégicas	de	longo	prazo	
da organização e planejamento estratégico da produção, resultando em um 
Plano de Produção (PP) suprindo todas as necessidades produtivas dentro de 
um período de longo prazo.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
31
• Nível tático:	onde	são	definidos	os	planos	de	médio	prazo	para	a	produção,	
resultando no Plano Mestre de Produção (PMP). O planejamento no nível 
estratégico é dividido detalhes para facilitar do controle e operação.
• Nível operacional:	onde	são	definidos	programas	de	produção	de	curto	prazo.	
O PCP prepara a programação da produção com a administração de estoques, 
colocando em ordem, emitindo e liberando ordens de compra, fabricação e 
montagem, executando o acompanhamento e controle da produção.
O sistema de Planejamento e Controleda Produção (PCP) é aquele 
que planeja e programa todas as operações e atividades da organização, 
controlando-as	de	modo	que	consiga	ser	alcançado	um	aumento	na	eficiência	
de todo o sistema produtivo. 
Em outras palavras, o sistema PCP é quem planeja as atividades necessárias 
para a execução da produção, desde a aquisição de matérias-primas, mão de obra, 
controle de processos produtivos e setores, movimentação de produtos e serviços 
até	o	consumidor	final.	Utilizando	informações	sobre	a	capacidade	produtiva	e	
os estoques de produtos existentes, pode ser determinado o tipo de produto a ser 
produzido e a quantidade estimada de produção (ZOCCHE, 2011).
FIGURA 21 – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
FONTE: <https://gmad.com.br/casa-do-mdf/wp-content/uploads/2019/07/lucro-2.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O planejamento é uma função administrativa de otimização de recursos 
de entrada, que determina o que deve ser realizado para atingir os objetivos 
traçados	(CHIAVENATO,	2004).
32
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DOS MOBILIÁRIOS
Pozo (2010 apud REBOUÇAS; CAMPOS NETO; FERREIRA, 2015, p. 3) 
afirma	que:	
[...]	as	atividades	de	compras	não	são	um	fim	em	si	próprio,	mas	sim	
uma atividade de apoio fundamental no processo produtivo, suprindo 
as demandas de materiais. Ainda segundo o autor, as atividades 
de	 compras	 têm	 por	 sua	 finalidade	 manter	 a	 organização	 numa	
posição competitiva no mercado através de ações de negociações de 
preços, buscas de materiais alternativos e no incessante trabalho de 
relacionamento com fornecedor.
FIGURA 22 – GESTÃO NA PRODUÇÃO
FONTE: <https://www.moveisdevalor.com.br/portal/cache/image/10769-sebrae-estrategias-
setor-moveleiro-770x499.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O mercado moveleiro exige uma gestão capacitada, diferenciando uma 
redução de custos de pedidos urgentes e a seleção de fornecedores adequados, 
garantindo a qualidade no processo produtivo, incluindo compras com melhor 
preço,	a	entrega	rápida,	qualidade	e	confiança	(MOREIRA,	2008).
33
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Mundialmente, as organizações que atuam em diversos ramos da economia 
priorizam na maioridade investimentos de capacitação de colaboradores 
e gerenciamento, assimilando ótimos resultados e desempenho em cada 
setor designado.
•	 É	necessária	uma	mudança	 e	 avaliação	do	desempenho	dos	profissionais,	do	
processo de desenvolvimento, da organização da equipe de trabalho e dos 
métodos utilizados.
• O objetivo inicial de propor um novo procedimento do existente, que permite 
colmatar as falhas atuais no processo de gestão dos projetos de moveleiros.
• A padronização é uma das estratégias no processo do desenvolvimento 
mobiliário. Está inserida em qualquer indústria produtiva. É necessária a 
inclusão de normalização, redução e sistema instigando a economia.
• O PCP é responsável pela organização e aplicação de recursos produtivos 
de modo que atenda aos planos estabelecidos em três níveis organizacionais: 
estratégico, tático e operacional.
34
1 O designer e o arquiteto inserem um processo criativo e inovador no 
desenvolvimento dos seus projetos e objetos, seguindo um protocolo 
de determinados mercados, priorizando os lançamentos de cada região 
em	 ascensão.	 A	 partir	 desses	 pressupostos,	 descreva	 o	 significado	 de	
Tendência Mobiliária. 
2 O PCP é responsável pela organização e aplicação de recursos produtivos de 
modo que atenda aos planos estabelecidos em três níveis organizacionais: 
estratégico, tático e operacional. A partir desses pressupostos, descreva as 
características dos três níveis. 
3 Na gestão de Produção de Mobiliário, existe um setor indispensável e 
eficiente	 para	 o	 fluxo	 e	 organização	 dentro	 da	 empresa	 ou	 indústria.	A	
partir desses pressupostos, assinale a alternativa CORRETA. 
a) ( ) PCP – Planejamento de Controle de Produção.
b) ( ) PDP – Planejamento de Desenvolvimento de Produção.
c) ( ) PMP – Plano Mestre de Produção.
d) ( ) PCB – Plano de Controle Básico.
4	 A	execução	de	um	projeto	eficaz	necessita	de	um	gerenciamento	e	 liderança	
capacitada na área, determinando uma equipe preparada com critério de 
organização	 e	 seleção	 de	 pessoas	 qualificadas,	 atingindo	 os	 objetivos	 e	
garantindo o sucesso. A partir desses pressupostos, assinale a alternativa 
CORRETA com os critérios importantes a serem aplicados:
a) ( ) Realismo, Desenvolvimento, Flexibilidade, Facilidade de Uso. 
b)	(			)	Planejamento,	Qualificação,	Flexibilidade,	Facilidade	de	Uso.	
c) ( ) Planejamento, Desenvolvimento, Flexibilidade, Facilidade de Uso. 
d) ( ) Realismo, Capacidade, Flexibilidade, Facilidade de Uso entre outros. 
5 O processo de desenvolvimento adere algumas áreas funcionais da 
empresa,	 especificamente	a	produção	eficiente,	 indo	desde	o	 início	 até	 a	
finalização	do	produto.	A	partir	desses	pressupostos	assinale	a	alternativa	
CORRETA com os critérios de processo segundo Cheng (2000):
FONTE: CHENG, L. C. Caracterização da gestão de desenvolvimento do produto: delineando o 
seu contorno e dimensões básicas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INOVAÇÃO E GESTÃO DE 
DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO, 2., 2000, São Carlos. Anais [...]. São Carlos: IGDP, 2000. 
a) ( ) Planejamento do produto, Projeto do produto e Lançamento. 
b) ( ) Planejamento do produto, Lançamento do produto, Flexibilidade.
c) ( ) Planejamento do produto, Facilidade do produto, Flexibilidade. 
d) ( ) Planejamento do produto, Desenvolvimento do produto, Flexibilidade.
AUTOATIVIDADE
35
TÓPICO 3 — 
UNIDADE 1
CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Este Tópico trabalha o desenvolvimento e a criação do projeto do 
mobiliário e compreende o papel do designer, partindo das primeiras ideias e 
desenhos	iniciais	até	o	último	item	a	ser	finalizado	(BONFIM	1995).
As fases do processo de produção são critérios estabelecidos pelo designer 
e	estão	na	maioria	das	vezes	acompanhados	de	outros	profissionais	de	grande	
importância, como o marceneiro (CAVALCANTI, 2001).
O designer tem como prioridade a interação das relações do ser humano 
com o seu meio, e para isso utiliza ferramentas metodológicas para formar as 
suas	ideias	(DIJON,1999).
O estudo tem como objetivo demonstrar o processo projetual de um 
mobiliário desenvolvido através do referido a um conjunto de informações. 
“Na análise ergonômica, encontra-se a base de todo o desenvolvimento 
da forma e das soluções desenvolvidas, e assim foram observados padrões e 
adequações de medidas ergonomicamente adequadas para melhor adaptação ao 
conceito do móvel multifuncional” (SOUZA et al.,	2017,	p.	14).
A partir desses pressupostos, no Tópico 3 estudaremos os seguintes temas: 
(1) O estudo e compreensão de materiais e processos de fabricação de mobiliário; 
(2) a ergonomia, percepção e conforto de mobiliário; e (3) o entendimento do 
projeto do mobiliário.
2 MATERIAL E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE 
MOBILIÁRIO
Os designers, nas criações de projetos, direcionam a importância em saber 
qual	matéria-prima	que	o	profissional	irá	trabalhar,	pois	cada	material	envolve	
um	maquinário	específico.
36
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA MOVELEIRA
A produtividade no setor moveleiro representa uma ampla atividade e 
demanda	de	muitos	recursos	de	matérias-primas	das	florestas.	Até	a	finalização	
dos móveis e das madeiras processadas, amplia para outras atividades de 
produtos, associando o fornecimento de insumos. (MARTINI, 2016).
A	 matéria-prima	 deriva	 de	 insumos	 de	 madeiras	 de	 reflorestamento,	
introduzindo	 o	 aproveitamento	 econômico	 das	 florestas	 nativas	 e	 mudas	 de	
insumos para gerar as madeiras, considerada o principal item para a extração 
florestal,	alimentando	grande	parte	da	indústria	moveleira	(MARTINI,	2016).
Os	 agentes	 de	 reflorestamento	 são	 empresas	 produtoras	 de	 celulose,	
siderurgia e produtos sólidos de madeiras, como madeira serradae chapas de 
madeiras, além de governos estaduais, pequenos produtores e outras empresas 
do	ramo	de	reflorestamento	(MARTINI,	2016).
O	reflorestamento	fornece	madeira	para	as	 indústrias	de	móveis	e	para	
outras	atividades	de	produtos,	 separados	e	ou	classificados	como	cadeia,	uma	
delas o pinus e eucalipto, destinado para indústrias de celulose e papel, siderurgia 
(carvão e vegetal) (MARTINI, 2016).
A	outra	cadeia	são	os	laminados,	as	esquadrias	e	os	painéis,	classificados	
como principais insumos básicos na indústria moveleira, já os blocos de madeira 
sólida (compensados e lâminas) e os reconstituídos (aglomerados, MDF, chapas, 
OSB e HDF) são considerados os produtos mais importantes (MARTINI, 2016).
FIGURA 23 – MATÉRIAS-PRIMAS
FONTE: <https://www.moveisdevalor.com.br/portal/cache/image/7860-Industria_em_
Rondonia-770x499.jpg> Acesso em: 6 jan. 2021.
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
37
Concluindo a cadeia principal de insumos necessários para a presença 
de	 tubos,	 fibras,	 pregos,	 colas,	 vidros,	 vernizes	 e	 tintas,	 elementos	necessários	
para a fabricação de móveis, dependendo de cada estilo de móveis produzidos 
(MARTINI, 2016).
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DO MOBILIÁRIO
O processo de fabricação é uma transformação inicial da matéria-prima 
até	a	finalização	do	produto	acabado,	engloba	um	conjunto	de	ideias,	projetos,	
matérias-primas, seguido de um sistema(plano) de organização para a montagem 
ou	industrialização	(MOREIRA,	2004).
O processo de fabricação ordena uma sequência, aderindo os maquinários 
adequados para o objetivo, contando com reforço do processo de conformação 
mecânica, forjamento e estampagem, incluindo tecnologia e equipamentos 
modernos	e	permitindo	um	controle	eficaz	no	processo	produtivo,	que	garante	a	
qualidade	do	produto	(MOREIRA,	2004).
De	 acordo	 com	 Pinheiro	 (1999	 apud	 TEIXEIRA,	 2010,	 p.	 17),	 “o	 setor	
moveleiro nacional é recente e encontra-se em fase de crescimento, adaptação ao 
mercado e o aperfeiçoamento de seu parque fabril”.
FIGURA 24 – LAYOUT
FONTE: <https://www.gabster.com.br/marcenaria/producao/3-passos-para-definir-um-layout-
ideal-na-marcenaria/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
No processo de fabricação, inicialmente é necessária uma coordenação 
competente,	 contratando	 pessoas	 qualificadas	 e	 adequadas	 para	 as	 operações.	
Além	disso,	é	necessário	planejar	sequências	operacionais	e	definir	o	fluxo	baseado	
nos	recursos	disponíveis.	É	importante	implantar	um	layout,	conforme	Figura	24.
38
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
3 ERGONOMIA, PERCEPÇÃO E CONFORTO DE MOBILIÁRIO
Caro acadêmico, lembre-se: sem ergonomia não existe projeto de 
mobiliário para o ser humano. O projetista design deve pensar nas características 
físicas e nas atividades das pessoas que utilizaram o mobiliário.
3.1 MOBILIÁRIO ERGONÔMICO
A ergonomia é uma prioridade na concepção dos espaços e no design 
de mobiliário, garantindo conforto, segurança e o bem-estar necessário. A 
Associação Internacional de Ergonomia (2000 apud GUÉRIN et al.,	2001)	define	
que é necessário que a ergonomia esteja no foco do desenvolvimento de todo e 
qualquer	projeto,	definindo	uma	disciplina	científica	relacionada	a	uma	aplicação	
de	teorias,	princípios,	dados	e	métodos	a	projetos	a	fim	de	otimizar	o	bem-estar	
humano e o desempenho global do sistema. 
Compreender as características dos corpos humanos é uma das principais 
tarefas de quem busca na ergonomia da forma humana uma ferramenta útil para 
alcançar a perfeição no projeto de mobiliário. Interessante notar que as etnias das pessoas 
representam um fator determinante para compreender a ergonomia humana previamente. 
Por exemplo, os orientais possuem tendência a serem baixos e magros, ao ponto que 
norte-americanos são marcantes em virtude da altura e largura. 
FONTE: <https://www.vivendodecoracao.com.br/por-que-sem-ergonomia-nao-existe-
projeto-de-mobiliario/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
IMPORTANT
E
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
39
FIGURA 25 – PARÂMETRO DA ERGONOMIA
FONTE: <https://vivendodecoracao.com.br/old/wp-content/uploads/2016/05/ergonomia-
humana-2-1030x793.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Um bom começo para atender os requisitos de ergonomia em prol dos 
colaboradores dentro dos ambientes de trabalho são as cadeiras de escritório. Elas devem 
dispor de características como:
1- Apoio para os braços: eles auxiliam na função de sustentação com objetivo de aliviar 
a tensão dos ombros e coluna cervical, principalmente em postos de trabalho onde o 
tampo da mesa não permita o apoio dos braços do usuário;
2- Regulagem de altura: é importante para que os pés estejam apoiados no chão e 
o assento não esteja numa altura que comprima as coxas e prejudique a circulação 
sanguínea. Caso isso não seja possível, deve-se utilizar o apoio para os pés;
3- O encosto com apoio da curvatura da coluna vertebral, com possibilidade de regulagem 
de altura do apoio lombar, proporcionando liberdade de movimentos e adequando-se a 
postura de cada usuário.
4- Profundidade máxima do assento e borda frontal arredondada que não pressione a área 
posterior dos joelhos. Uma cadeira de porte maior que será compartilhada por usuários 
de estaturas diferentes deve ter dispositivo de regulagem dessa profundidade de assento.
5- Para uso contínuo no computador: regulagens independentes de inclinação do encosto 
e do assento.
INTERESSA
NTE
40
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
6- Assento que faça a devida distribuição do peso do corpo, sem ser excessivamente 
profundo e macio e nem mesmo duro e plano.
7- As espumas do estofamento devem ter alta resiliência, ou seja, com pouca ou nenhuma 
deformação no seu uso. 
FONTE: <https://funcional.com.br/ergonomia-qual-a-sua-importancia-no-mobiliario-
corporativo/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
FIGURA 26 – CADEIRA ERGONÔMICA
FONTE: <https://funcional.com.br/wp-content/uploads/2019/03/ergonomia-funcional-235x300.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
	 	 	 Definições	 de	 ergonomia	 tem	 o	 objetivo	 de	 ressaltar	 	 o	 caráter	
interdisciplinar e seu objeto de estudo, a interação entre o homem e o 
trabalho, focando em uma das áreas da ergonomia, que trata das características 
da	 	 anatomia	 humana,	 antropometria,	 fisiologia	 e	 biomecânica,	 no	 âmbito	 da	
ergonomia física, objetivando melhorar o uso do produto, máquina ou sistema 
através de alterações de características físicas do produto, como dimensões, 
pesos, formas, resistências (GUÉRIN et al., 2001).
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
41
FIGURA 27 – ERGONOMIA NO PROJETO DE MOBILIÁRIO E MOBILIZAÇÕES
FONTE: <https://vivendodecoracao.com.br/old/wp-content/uploads/2016/05/ergonomia-
humana.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
A	 definição	 de	 ergonomia	 estabelece	 requisitos	 e	 parâmetros	 do	
mobiliário, além dos estudos e adequações, e faz necessária a análise de tarefas 
para o cumprimento de medidas e dimensões exigidas. Utilizada por Lima 
e	 Torres	 (2014),	 por	 se	 tratar	 de	 mobiliário	 multifuncional,	 faz-se	 analisar	 as	
diversas formas do uso de um determinado objeto.
3.2 CONFORTO E FUNCIONALIDADE DOS MÓVEIS
O design de um móvel exige uma perfeita junção, unindo o conforto e a 
funcionalidade, atualizando no passar dos anos, evoluindo assim estes quesitos 
(GUÉRIN et al., 2001).
42
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
Cavalcanti	(2001)	complementa	que	somente	após	os	anos	1970	o	móvel	se	
ajustou completamente às novas exigências de moradia contemporânea. Período 
marcado principalmente por móveis característicos e que se adequaram às novas 
dimensões dos ambientes, pelo acúmulo de múltiplas funções e pela utilização de 
uma	mesma	peça	para	diversas	funções.	“Conforto	significa	muito	mais	que	algo	
físico;	conforto	de	verdade	é	tão	cultural	quanto	físico,	e	tem	significado	diferentes	
coisas para diferentes pessoas em diferentes tempos” (CONFORTO [...], 2018, s. p.).
FIGURA 28 – CONFORTO E FUNCIONALIDADEFONTE: <encurtador.com.br/EMYZ5>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O móvel funcional consiste na praticidade, beleza, qualidade e 
principalmente o conforto. Um móvel funcional é considerado como aspecto de 
organização e otimização do ambiente projetado.
Um	móvel	 ergonômico	 significa	 conforto	 e	 adere	 bem-estar	 ao	 espaço,	
além de idealizar um ambiente personalizado.
4 PROJETO DO MOBILIÁRO
O Projeto do Mobiliário possui uma grande importância a respeito da 
configuração	do	espaço	na	habitação,	pois	influencia	e	serve	como	um	estudo	do	
ambiente, das características de moradia e das transformações.
Os projetos podem ser entendidos como uma série de procedimentos 
sequenciais que visam buscar a solução de um problema (GIBBS, 2015).
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
43
O	 mobiliário	 possui	 grande	 importância	 para	 uma	 configuração	 de	
espaço	na	habitação,	uma	vez	que	influencia	como	objeto	de	estudo	do	ambiente	
e transforma a redução dos espaços e as alterações na caracterização com 
inovações tecnológicas. Ao buscar móveis mais versáteis e úteis, o ambiente terá 
características	como	flexibilidade,	mobilidade	e	multifuncionalidade.
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DO PROJETO MOBILIÁRIO 
Ao projetar um mobiliário, o designer precisa estar consciente da 
relevância das emoções que envolvem tanto o ambiente construído quanto o 
usuário.	Os	produtos	 são	meios	de	 comunicação	que	 transmitem	 significados,	
valores	e	funções	(KRIPPENDORFF,	2006).
FIGURA 29 – PROCESSO DE CRIAÇÃO
FONTE: <http://www.uniesp.edu.br/sites/institucional/curso.php?id_curso=177>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
No processo criativo, a metodologia de design é inserida para uma 
estrutura composta por etapas. Segundo Gomes (2001), essas etapas devem 
compreender o processo criativo não como uma receita a ser seguida, mas como 
fases e etapas que permitam conhecer as variáveis do problema de projeto.
As etapas apresentam como macro e microestruturas:
• A macroestrutura é a subdivisão do processo de desenho em etapas, 
ou fases, que dão orientação ao procedimento do método. 
• Microestrutura se entende por procedimentos empregados em 
cada uma das etapas. Ela oferece técnicas e métodos que podem ser 
empregados	em	certas	fases	(DE	BRITO,	2004,	p.	37).
Veja no Quadro 2 as características de cada item:
44
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
QUADRO 2 – ESTRUTURAS
O elemento formação profissional	permite	identificar	a	formação	acadêmica	em	design	ou	
áreas	afins.	Essa	informação	permite	analisar	as	diferenças	ou	similaridades	durante	o	processo	
de	criação	de	cada	profissional.
Processo Criativo	é	o	passo	a	passo	do	processo	de	cada	profissional	para	a	concepção	da	peça;	
que partido ele utiliza e de que maneira ele dá início ao seu processo de criação.
Modos de Produção é o processo de produção propriamente dito, incluindo a infraestrutura 
produtiva. As técnicas construtivas que utilizadas, uso correto da matéria-prima, utilização ou 
não de outros materiais para prototipia.
Matéria-prima	que	o	profissional	trabalha,	pois	para	cada	material	envolve	consequentemente	um	
maquinário	específico.
A tipologia	apresenta	quais	produtos	aquele	profissional	desenvolve	e	consequentemente	
comercializa no mercado seja nacional ou internacionalmente.
A proposta estética é vista como sendo de grande importância, pois a peça traduz o estilo do 
designer. A forma em que a peça acabada se apresenta está intrinsecamente ligada a todo um 
aprendizado	que	o	profissional	adquiriu	durante	seu	processo	de	formação.
As influências	que	cada	profissional	tem	como	referência	projetual.
FONTE: (ALENCAR; CAVALCANTI, 2016, p. 109).
“Cada designer apresenta sua peculiaridade durante o processo de 
criação, assim como o modo e a maneira de desenvolvimento de cada peça na 
sua	maneira	de	trabalhar”	(ALENCAR;	CAVALCANTI,	2016,	p.	104).	Segundo	os	
autores, alguns critérios analisados no processo são: 
• Formação.
• Processo criativo.
• Modos de produção.
• Matéria-prima.
• Tipologia.
• Proposta estética.
•	 Influências.
4.2 PROJETO COM ÊNFASE NO MOBILIÁRIO
O Design planeja, idealiza e realiza projetos de espaço atendendo 
a	 requisitos	 de	 funcionalidade	 e	 qualidade.	 Esta	 profissão	 requer	 a	 união	
e principalmente o bom senso com decoradores, engenheiros e arquitetos, 
compondo assim um projeto com ênfase no mobiliário.
Munari	 (2002)	define	metodologia	de	projeto	como	sendo	uma	série	de	
exercícios em uma ordem, ditada pela experiência que são necessárias para se 
obter o melhor resultado com o menor esforço.
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
45
O planejamento se associa às necessidades estabelecidas pelas metas 
do projeto até o desenvolvimento, controlando os processos operacionais, 
passando	pelas	etapas	de	análise,	criação	e	geração	de	alternativa,	especificando	
o detalhamento.
Muito frequentemente, a indústria tende a inventar falsas 
necessidades para poder produzir e vender novos produtos. Nesse 
caso, o designer não deve deixar-se envolver numa operação que se 
destina ao lucro exclusivo do industrial e ao prejuízo do consumidor 
(MUNARI, 2002, p. 30).
A metodologia de projeto proporciona a organização de ideias 
e informações, possibilitando uma visão geral das metas estabelecidas, 
sistematizando o desenvolvimento, prevenindo prováveis erros, adequando uma 
definição	eficaz	de	um	problema.
FIGURA 30 – PROJETO FINALIZADO
FONTE: <https://www.worksolution.ws/o-que-considerar-em-um-projeto-mobiliario-para-
aproveitar-espacos/>. Acesso em: 21 6 jan. 2021.
Munari (2002) insiste em dizer que o design deve manter uma conduta 
de organização e articulação de decisões para o desenvolvimento e realização do 
processo projetual, adotando a metodologia como um suporte para o designer no 
momento da criação e no desenvolvimento do produto.
46
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
LEITURA COMPLEMENTAR
LEVEZA E BELEZA NO DESIGN DE MOBILIÁRIO DO LAR MODERNO: 
ALGUNS SUBSÍDIOS
Marina	Kosovski	Maluf
Jorge Lucio de Campos
INTRODUÇÃO 
Com o intuito de situar melhor a ideia de leveza no design de mobiliário 
doméstico	–	a	fim	de	caracterizá-la	como	um	aspecto	de	elegância,	beleza	e	bom	
gosto no contexto do lar – propomos aqui uma abordagem histórica apoiada no 
quadro geral de mudanças ocorridas na sociedade moderna, principalmente, a 
partir do século XVIII. 
Levando em conta que “as noções do que é apropriado e, portanto, belo no 
lar,	deram	forma	ao	design	de	artigos	para	uso	doméstico”	(FORTY,	2007,	p.	132),	
destacamos um período – que vai de meados do século XIX até o início do século 
XX – caracterizado pela busca de uma leveza na estética do mobiliário doméstico 
das casas europeias e norte-americanas, difundida tanto por designers quanto por 
arquitetos e decoradores, e incorporada, de modo geral, pela classe média. 
Nesse	sentido,	nos	atemos	a	dois	de	seus	aspectos	mais	significativos:	1)	
a concepção do lar como um espaço de expressão do caráter dos indivíduos que 
nele	habitam	(ECO,	2004;	FORTY,	2007;	DENIS,	2000);	e	2)	a	 incorporação	das	
ideias	higienistas	no	ambiente	doméstico	(FORTY,	2007;	DENIS,	2000;	LUPTON	
e	MILLER,	1996).	
Para melhor abordá-los, enfatizamos a noção de lar moderno, assim como 
uma série de sentimentos que com ele surgem – como a intimidade, a privacidade, 
a domesticidade, o conforto, a identidade, o bom gosto, o bem-estar, a higiene e 
a	eficiência	 –	 todos	plenamente	 representados	na	decoração	de	 seus	 interiores	
(RYBCZYNSKI,	1969).
1 O BELO E O BOM NO LAR 
1.1 LAR E INTIMIDADE 
A noção do lar – tal como conhecemos hoje, como um espaço privado e 
íntimo – é resultante de uma mudança que começou a ocorrer na Idade Média, 
mas que só se consolidou com a Revolução Industrial, a saber: a separação 
entre a casa e o local de trabalho. Rybczynski lembra que, na Paris do século 
XVII, embora muitos donos de loja, mercadores e artesãos ainda trabalhassem 
e morassem no mesmo lugar (sobreloja), já havia burgueses – advogados, 
construtores,funcionário públicos – para quem a casa era apenas uma residência, 
o que implicava em transformações nos sentimentos nela presentes:
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
47
A consequência dessa separação foi que – com relação ao mundo 
exterior – a casa estava se tornando um local mais privado. Com 
essa privatização da casa, surgiu um maior senso de intimidade, 
que	 identificava	 a	 casa,	 exclusivamente,	 com	 um	 senso	 familiar	
(RIBCZYNSKI,	1969,	p.	51).
No século seguinte, tal separação entre casa e local de trabalho se instituiu, 
definitivamente,	uma	vez	que	o	surgimento	das	fábricas	levava	os	trabalhadores	e	
os	proprietários	a	trabalharem	fora	de	seu	ambiente	domiciliar.	Forty	é	afirmativo	
quanto à institucionalização desse processo “É óbvio que as fábricas são resultado 
da revolução industrial, mas raramente pensamos que os lares, tal como os 
conhecemos	hoje,	são	uma	criação	da	mesma	revolução”	(FORTY,	2007,	p.	137).
Conforme este autor aponta, a fábrica e o escritório não apenas separavam, 
fisicamente,	 o	 trabalho	 do	 lar.	 Suas	 características	 estimularam	 as	 pessoas	 a	
manter os espaços, mentalmente, separados. Se as primeiras representavam 
lugares da opressão – tanto para a classe operária, a “oprimida”, quanto para 
os empregadores, os “opressores”), o último deveria conter todas as virtudes 
positivas que o transformavam num abrigo onde era possível resgatar o respeito 
por si mesmo. O lar, que já vinha adquirindo um senso de intimidade familiar, 
passou a representar, assim, o amor-próprio, o resgate da autoestima, adquirindo 
o	 caráter	 de	 um	 lugar	 de	 ficção,	 de	 dissociação,	 que	 deveria	 estar	 isento	 de	
qualquer sentimento ruim: uma espécie de lugar ideal.
É nesse contexto, ou seja, do lar como um lugar de refúgio e intimidade, 
que a decoração da casa, de seus objetos e móveis começaram a adquirir 
maior importância.
A domesticidade é um conjunto de emoções sentidas, e não um único 
atributo. Ela está relacionada à família, à intimidade, a devoção ao 
lar, assim como uma sensação da casa como incorporadora – e não 
somente abrigo – destes sentimentos [...] O interior não era só um 
ambiente para as atividades domésticas – como sempre havia sido 
– mas os cômodos, os seus objetos, agora adquiriam vida própria 
(RYBCZYNSKI,	1969,	p.	85).
1.2 BELEZA, SOLIDEZ E CONFORTO
“Fazer do lar um lugar totalmente virtuoso exigia trabalho duro e os 
vitorianos adotaram várias estratégias para satisfazer essas ilusões” (FORTY, 
2007,	p.	214),	dentre	as	quais	o	desenvolvimento	de	padrões	especiais	de	gosto	
e de um design voltado para o lar. Já que o ambiente de trabalho não oferecia 
um modelo a ser seguido nos interiores domésticos, os vitorianos buscaram uma 
metáfora – acerca de como um lar deveria parecer – que pudesse lhes servir de 
inspiração: “os descreviam, frequentemente, suas casas como um céu” (FORTY, 
2007,	p.	142),	isto	é,	partir	da	imagem	de	algo	sereno,	calmo	e	alegre,	sem	nenhum	
resquício daquele outro ambiente. 
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UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
Mas o céu tampouco ofereceria um modelo satisfatório (e concreto) de 
decoração a ser seguido. A fonte mais disponível de inspiração para os decoradores 
passou a ser as casas da aristocracia, lugares totalmente livres da associação 
com o trabalho, e que a burguesia admirava em função de sua vida de ócio e 
conforto. Assim, até a década de 1860, muitas casas burguesas buscaram imitar o 
gosto	aristocrático	(FORTY,	2007;	DENIS,	2000),	o	que	resultou	em	interiores	que	
prezavam o conforto e o luxo, repletos de móveis, cortinas, estampas, motivos 
decorativos,	papéis	de	parede,	carpetes,	enfim,	de	objetos,	tecidos	e	ornamentos.	
Dessa	forma,	embora	tenha	sido	possível	identificar,	naquele	momento,	
uma aproximação entre a noção de lar e uma busca pela leveza, metaforizada na 
imagem do céu, pode-se dizer que esse sentido não se materializou na aparência 
dos interiores. Ao contrário: a casa era a quintessência do mundo burguês, pois 
nela,	e	nela	apenas,	se	podia	esquecer	ou	suprimir,	artificialmente,	os	problemas	
e as contradições da sociedade. Aqui e somente aqui, as famílias burguesas [...] 
podiam manter uma ilusão de felicidade harmoniosa e hierárquica, circundadas 
pelos manufaturados que eram a demonstração dessa felicidade e que, ao mesmo 
tempo, a tornavam possível.[...] A impressão mais imediata de um interior 
burguês da metade do século é de super aglomeração e dissimulação: uma 
quantidade de objetos, no mais das vezes mascarados por almofadas, tecidos 
drapeados, tapeçarias e sempre, qualquer que seja a sua natureza, elaborados. 
Nenhum quadro numa moldura dourada, entalhada, marchetada, até listrada de 
veludo; nenhuma cadeira sem estofamento; nenhum tecido numa borda.
Vale lembrar que a opulência dos interiores vitorianos se deu num 
momento em que as questões de aparência e identidade ganhavam importância 
numa sociedade marcada pelo crescimento e expansão da classe média e pela 
transformação	nos	hábitos	de	consumo	pessoal	e	domésticos.	Denis	(1999,	p.	56)	
resume com precisão esse momento:
O surgimento das classes medias na Europa e nos estados Unidos [...], 
trouxe uma relativa democratização da noção de individualidade, ou 
seja, uma nova disposição de diferenciar e expressar a identidade 
de cada um do grupo através de opções de leitura, de vestuário, 
de	 decoração,	 enfim,	 de	 consumo.	 Segundo	 Richard	 Sennet,	 no	
seu já clássico O declínio do homem público, o século XIX foi 
marcado por uma transformação profunda nas relações sociais em 
que mercadorias e hábitos de consumo passam a ser vistos como 
verdadeiros “hieróglifos sociais”, simbolizando a personalidade e 
demarcando identidades.
Assim, a beleza e o bom gosto, expressos através do excesso e da opulência 
dos objetos domésticos, não só representavam o conforto, como também eram 
uma forma de diferenciação social:
É na moradia de classe média; na intimidade do lar; nas mesas, estantes, 
gavetas e armários da burguesia grande e pequena que se encontra 
um dos primeiros focos históricos importantes para a personalização 
do design. A preocupação com a aparência – primeiramente, da 
própria pessoa e, por extensão, da moradia – como indicador do status 
individual, serviu de estímulo para a formação de códigos complexos 
de	significação	(DENIS,	2000,	p.	57).
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
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Será	 com	bases	nessa	 identificação	entre	o	 sujeito	 e	 seus	objetos,	 assim	
como na noção de que o lar expressa o caráter de seus habitantes, que, na segunda 
metade do século XIX, sua aparência se transformará, sobretudo a partir de uma 
reação, por parte de arquitetos e designers, à opulência do gosto vitoriano.
1.3 APARÊNCIA E IDENTIDADE 
No livro Cultura e sociedade, Raymond Williams discute os contrastes 
existentes	entre	algumas	ideias	de	forte	influência	–	os	embates	sobre	questões	
políticas, a democracia e o novo industrialismo, a oposição entre indivíduo e massa, 
a salvação da indústria doméstica frente à industrialização das manufaturas, o 
ataque ao utilitarismo, entre outras – próprias da Inglaterra do início do século 
XIX, sob os efeitos da Revolução Industrial e no clima de grandes mudanças de 
ordem social. 
Não cabe aqui se estender demais sobre um assunto já tão amplamente 
abordado, mas apenas apontar que, concordando com Williams, essa “tradição 
de crítica à sociedade industrial” integrava as bases da transformação que 
estabelecerá a ideia de uma estreita relação entre a cultura e a sociedade, e deu 
ensejo	 às	 principais	 convicções	 de	William	Morris	 (1834-96)	 e	 de	 John	Ruskin	
(1819-1900),	responsáveis	pela	fundação	do	Arts & Crafts. O fato de, pela primeira 
vez, arquitetos e designers projetarem um móvel – com a consciência de que 
aquele	 objeto	 inevitavelmente	 refletirá	 o	 seu	 tempo	 –	 carregou	 o	 design	 com	
um sentimento de moralidade, a partir do qual se desenvolverá uma crítica aos 
modos de produção e à estética vigentes.Em reação às transformações provocadas pelo utilitarismo e pelo novo 
industrialismo	(FORTY,	2007;	DENIS,	2000),	este	movimento	buscou,	como	pode,	
resgatar e preservar valores como honestidade e simplicidade. Desse modo, a 
beleza de um móvel passou a ser considerada como intimamente relacionada ao 
método como ele foi feito e aos valores por ele carregados, resultando num padrão 
formal que se opunha à aparência pesada, até então cultivada pelos vitorianos. 
Desse modo:
 A mesma abundância de mercadorias baratas, que era percebida pela 
maioria como sinônimo de conforto, de luxo e de progresso, passou a 
ser condenada por alguns como indicativa do excesso e da decadência 
dos padrões de bom gosto e, mesmo, de padrões morais. Ao mesmo 
tempo que a nova fartura industrial ampliava as possibilidades de 
consumo para a multidão, para alguns ela gerava preocupações 
inéditas	sobre	a	natureza	do	que	era	consumido	(DENIS,	2000,	p.	69).
A estética do mobiliário produzido durante a vigência do Arts & Crafts 
foi, rapidamente, incorporada ao gosto de arquitetos e decoradores, dando 
origem a um outro movimento chamado mobília de arte. Segundo Forty, “à 
medida que os ambientes domésticos passaram a ser considerados sinais do 
caráter de seus ocupantes, as pessoas começaram a se esforçar para apresentar 
uma	imagem	satisfatória	de	si	mesmas.”	(FORTY,	2007,	p.	148).	O	objetivo	era,	
50
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
fundamentalmente, “estabelecer toda uma forma de beleza que correspondesse, 
aproximadamente, às virtudes morais que, (segundo pensavam Morris e Ruskin), 
deveriam	ser	representadas	no	lar”.	(FORTY,	2007,	p.	153),	passando	os	manuais	
de decoração a repudiar o mau gosto do excesso e a enfatizar a simplicidade.
FONTE: Adaptado de <http://www.bocc.ubi.pt/pag/maluf-campos-leveza-e-beleza-no-design-
de-mobiliario.pdf>. Acesso em: 6 jan. 2021.
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RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A produtividade no setor moveleiro representa uma ampla atividade e 
demanda	de	muitos	recursos	de	matérias-primas	das	florestas.	Até	a	finalização	
dos móveis e das madeiras processadas, amplia para outras atividades de 
produtos, associando o fornecimento de insumos.
• O processo de fabricação é uma transformação inicial da matéria-prima até 
a	 finalização	 do	 produto	 acabado,	 engloba	 um	 conjunto	 de	 ideias,	 projetos	
e matérias-primas, seguido de um sistema(plano) de organização para a 
montagem ou industrialização.
• Sem ergonomia não existe projeto de mobiliário para o ser humano. O 
projetista deve pensar nas características físicas e nas atividades das pessoas 
que utilizaram o mobiliário.
• O design de um móvel exige uma perfeita junção, unindo o conforto e a 
funcionalidade, atualizando no passar dos anos, evoluindo assim estes quesitos.
• Cada designer apresenta sua peculiaridade durante o processo de criação, 
assim como o modo e a maneira de desenvolvimento de cada peça na sua 
maneira de trabalhar.
• Ao projetar um mobiliário, o designer precisa estar consciente da relevância de 
emoções que envolvem tanto o ambiente construído quanto o usuário. Os produtos 
são	meios	de	comunicação	que	transmitem	significados,	valores	e	funções
Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem 
pensando em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao 
AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
52
1 Um bom começo para atender aos requisitos de ergonomia em prol 
dos colaboradores dentro dos ambientes de trabalho são as cadeiras de 
escritório. Descreva as características para o desenvolvimento de uma 
cadeira de escritório.
2 Cada designer apresenta sua peculiaridade durante o processo de criação, 
assim como o modo e a maneira de desenvolvimento de cada peça na sua 
maneira de trabalhar. Descreva as características dos critérios de processo 
para o desenvolvimento de uma peça. 
3 No processo criativo, a metodologia de design é inserida para uma estrutura 
composta por etapas. Essas etapas devem compreender o processo criativo 
não como uma receita a ser seguida, mas como fases e etapas que permitam 
conhecer as variáveis do problema de projeto. A partir desses pressupostos, 
assinale a alternativa CORRETA com as etapas de metodologia.
a) ( ) Macroestrutura e Microestrutura.
b) ( ) Ergonomia e Microestrutura.
c) ( ) Design e Macroestrutura
d) ( ) Funcionalidade, Macroestrutura e Microestrutura.
4	 Quando	 se	 trata	 do	 processo	 de	 criação,	 cada	 designer	 possui	 suas	
individualidades. Além disso, o modo de trabalho e de desenvolvimento de 
componentes também apresenta a peculiaridade de cada designer. A partir 
desses pressupostos, assinale a alternativa CORRETA com as características 
do modo de produção.
a)	(			)	É	o	passo	a	passo	do	processo	de	cada	profissional	para	a	concepção	
da peça; que partido ele utiliza e de que maneira ele dá início ao seu 
processo de criação.
b)	(			)	Apresenta	quais	produtos	aquele	profissional	desenvolve.
c)	 (			)	Que	 o	 profissional	 trabalha,	 pois	 para	 cada	 material	 envolve	
consequentemente	um	maquinário	específico.
d) ( ) As técnicas construtivas que utilizadas, uso correto da matéria-prima, 
utilização ou não de outros materiais. 
5 Ao projetar um mobiliário, o designer precisa estar consciente da relevância 
de emoções que envolvem tanto o ambiente construído quanto o usuário. Os 
produtos	são	meios	de	comunicação	que	transmitem	significados,	valores	
e funções. A partir desses pressupostos, assinale a alternativa CORRETA 
com as características da metodologia Macroestrutura.
AUTOATIVIDADE
53
a) ( ) Técnicas e métodos que podem ser empregados em certas fases.
b) ( ) Ergonomia das peças.
c) ( ) Subdivisão do processo de desenho em etapas, ou fases, que dão 
orientação ao procedimento do método. 
d) ( ) Design e criatividade projetual.
54
REFERÊNCIAS
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DE BRITO, A. B. Ampliação do vocabulário em desenho industrial: considerações 
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KERZNER,	H.	Metodologias	de	gestão	de	projetos.	In:	KERZNER,	H.	Gestão de 
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KRIPPENDORFF,	K.	The semantic turn: a new foundation for design. 
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LIMA, A.; TORRES, P. Mobiliário multifuncional de descanso para habitações 
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58
59
UNIDADE 2 — 
PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO 
DE OBJETO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• entender os conceitos de linguagem do objeto;
• diferenciar a história do objeto;
• entender a importância da sustentabilidade do objeto; 
• conceituar as tendências do objeto;
• distinguir os princípios do planejamento e controle da produção;
•	 identificar	materiais	e	processos	de	fabricação;
• compreender a importância da ergonomia e conforto do objeto;
• conhecer o processo de criação do projeto.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM OBJETOS
TÓPICO 2 – DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DE OBJETOS
TÓPICO 3 – CRIAÇÃO PROJETUAL DE OBJETOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
60
61
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1 — 
HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM OBJETOS
Acadêmico, com a história e a evolução das sociedades, surge a 
utilização	de	grafismo	como	forma	de	expressão	do	homem.	Anos	mais	tarde,	
no período Paleolítico, também conhecido como Idade da Pedra, iniciaram 
as produções de objetos. Os objetos eram feitos de utensílios achados, como 
chifres, dentes e madeiras. 
Naquela	 época	 não	 existiam	 as	 inúmeras	 técnicas	 encontradas	 no	
mercado. Atualmente, os objetos são muito utilizados na decoração, que une as 
ideias	e	criatividade	dos	profissionais	designers	de	objetos,	móveis,	embalagens,	
entre outros. 
O designer compreende e trabalha a técnica visual, estabelecendo as 
relações	 entre	 a	 estética	 e	 a	 funcionalidade.	 Assim,	 o	 profissional	 consegue	
relacionar os aspectos materiais e projetuais do objeto, além de inserir um 
conjunto	de	experiência	humana,	harmonizando	o	espaço	a	ser	desenvolvido.
A partir desse pressuposto, no Tópico 1 estudaremos os seguintes temas: 
1) estudo da linguagem e a funcionalidade do objeto; (2) estudo e a compreensão 
dos designers; (3) a importância da sustentabilidade das matérias-primas na 
indústria do objeto.
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN 
DO OBJETO
Estudos de linguagem e estética requerem uma pesquisa do objeto de 
design	específico,	 tendo	como	propósito	a	análise	de	 todos	os	 tipos	de	objetos	
(KUBISCH e SEGER, 2007).
A função estética ocupa um campo de ação muito mais amplo que 
a arte propriamente dita. Qualquer objeto e qualquer ação (seja um 
processo natural ou uma atividade humana) podemchegar a ser 
portadores da função estética” (MUKAROVSKY, 1993, p. 22).
Conforme Kubisch e Seger (2007), a estética tem como base o 
desenvolvimento	e	a	finalização	do	produto,	relacionando	o	entretenimento	de	usos	
necessários. Além disso, ainda visa unir o conforto e a valorização do ambiente.
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
62
FIGURA 1 – OBJETOS DE DESIGN
FONTE: <encurtador.com.br/oMU18>; <encurtador.com.br/wyGX9>; <encurtador.com.br/nqOTV>. 
Acesso em: 7 jan. 2021.
Segundo Kubisch e Seger (2007), a estética é fundamental, principalmente 
na aparência do objeto, pois proporciona soluções e estratégias de projeto, 
produção	e	venda	final,	além	de	definir	um	produto	de	qualidade.
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DO OBJETO
Na	longa	história	da	humanidade,	surge	a	utilização	de	grafismo	como	
forma	de	expressão	do	homem.	No	período	da	Idade	da	Pedra	(30.000	a.C.),	os	
objetos já eram feitos de utensílios achados, como chifres e dentes. Também eram 
feitos desenhos em pedras ornamentais (KUBISCH e SEGER, 2007).
Os padrões têm ocorrido dentro e fora dos estilos ao longo de séculos, 
e	 provavelmente,	 nunca	 irão	 desaparecer.	 O	 fascínio	 que	 exercem	
sobre os seres humanos, seja mística, psicológica ou sensorial, nunca 
realmente	 vacilou,	 simplesmente	 existem	momentos	 em	que	 é	mais	
aceitável do que outros (SAVOIR, 2007, p. 7).
Já	no	período	modernista,	é	notória	a	existência	de	uma	grande	essência	
de	forma	e	textura	natural	dos	materiais,	que	valoriza	os	objetos	em	madeiras,	
pedras, vidros, ferros, aços e padronagens nos papéis de paredes, que ornamentam 
uma	junção	decorativa	e	específica	(MUNARI,	1997).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM OBJETOS
63
FIGURA 2 – OBJETOS NATURAL
FONTE: <encurtador.com.br/jDKOS>; <encurtador.com.br/azGNO>; <encurtador.com.br/djvFM>. 
Acesso em: 30 ago. 2020.
Grafismo é a arte em que são mais relevantes as formas, as cores e detalhes 
do que a figura ou representação.
 Pode ser também uma forma mais sucinta de representar um objeto ou 
composição de objetos, contanto que os impactos de cor e forma façam sentido com a 
proposta do artista.
 A arte do grafismo é simples e exuberante das cores, criando conceitos como a 
repetição, ritmo, equilíbrio e escala. O grafismo pode mostrar uma ideia estática ou com a 
sensação de movimento.
FONTE: <https://tiatatimaluquinha.blogspot.com/2014/08/tipos-de-linhas-e-grafismo-
artes-visuais.html>. Acesso em: 6 jan. 2021.
NOTA
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
64
2.2 ESTÉTICA DO OBJETO
Ao longo da história, considerando os produtos elaborados e ou 
preparados	pelo	homem,	estes	exercem	as	funções	que	envolvem	objetos	e	peças	
práticas, estéticas e simbólicas, predominando uma funcionalidade e atendendo às 
expectativas	idealizadas	ao	objeto.	Ainda	sobre	as	funções	do	objeto,	estas	atribuem-
se às superfícies, aos objetos em si e aos ambientes decorados, o que evidencia e 
auxilia	algumas	características	específicas	do	projeto	(LÖBACH,	2001).
A seleção da padronagem é pessoal. Os padrões são simbólicos e são 
imbuídos	de	significados	culturais.	Estão	intrinsecamente	ligados	com	
estilo	e	cor,	com	textura	e	com	a	memória.	O	reconhecimento	de	uma	
padronagem	 é	 uma	 hierarquia	 cognitiva	 de	 definições,	 momentos	
e detalhes, como um quebra-cabeça no design de interiores, a 
padronagem deve fazer parte do projeto (RODERMANN, 1999). 
 A padronagem se resume em estampas e pode tanto ser aplicada na 
superfície dos tecidos como trabalhadas na própria estrutura dele durante a 
produção	(LÖBACH,	2001).
As padronagens são elementos muito fortes nas decorações, interpretando e 
harmonizando	uma	composição	com	objetos	dentro	do	ambiente	(LÖBACH,	2001).
FIGURA 3 – OBJETO DE DECORAÇÃO EM PADRONAGEM
FONTE: <encurtador.com.br/fmtMN>; <encurtador.com.br/mEST4>. Acesso em: 6 jan. 2021
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM OBJETOS
65
O uso da padronagem em objetos decorativos confere mais estilo e 
personalidade a uma casa. Com o auxílio de conceitos decorativos básicos e bom senso, 
utilizando objetos adequados, compondo uma combinação de recurso com um mobiliário 
adequado para garantir um ambiente charmoso e harmônico. Apesar de serem conceitos 
um pouco parecidos é importante entender as diferenças entre a padronagem e a estampa. 
Enquanto o primeiro é a repetição de desenhos no próprio tecido durante a fabricação, as 
estampas são uma pintura ou uma adesivação sobre o tecido liso.
FONTE: <https://blog.lartex.com.br/padronagem-na-decoracao/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
IMPORTANT
E
A	estética	do	objeto	é	o	resultado	final	da	aparência	e	deve	estar	condizente	
com alguns tópicos, como:
•	 Atributos	do	exterior.
• Estilo.
• Organização.
• Visual do objeto.
• Funcionalidade.
• Função ergonômica.
FIGURA 4 – OBJETOS FUNCIONAIS
FONTE: <encurtador.com.br/twxL1>; <encurtador.com.br/jBIQY>; <encurtador.com.br/bdixX>. 
Acesso em: 7 jan. 2021.
Segundo Gomes Filho (2002), ainda sobre a estética do objeto, pode-se dizer 
que a arte é também uma prioridade no conceito de estudo em questão, que envolve 
vários	atributos	na	composição	final,	como	já	citado,	nas	decorações	em	metais,	em	
ferro, em cerâmicas, as padronagens, e assim por diante, atendendo e priorizando 
as questões de cada época e registrando o tempo ao qual está vinculado.
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
66
3 HISTÓRIA E TEORIA DO OBJETO
A história e teoria do objeto torna-se viável e mais conhecida por análises 
dos projetos mobiliários e dos modos de mediação e comunicação tecnológica. 
Abrange os mais diversos ideais e caracteriza uma teoria geral da sociedade 
humana	com	base	em	um	sentindo	existencial,	uma	compreensão	total	do	mundo	
(BAUDRILLARD, 2003).
3.1 HISTÓRIA DO OBJETO
Segundo estudos já vistos anteriormente, o design surgiu no século XIX, 
na revolução industrial, e o objetivo inicial era unir a função e a forma do objeto, 
de forma a otimizar a funcionalidade e a beleza estética do ambiente conforme 
projeto. A intenção era de sistematizar o discurso que os objetos de design 
manifestam ao serem consumidos, aquilo que escapa de essencial ao designer 
e que, nos objetos, adquire (simbolicamente) vida própria: “...hoje os objetos 
tornaram-se	mais	complexos	que	o	comportamento	do	homem	a	eles	relativo”	
(BAUDRILLARD, 2008, p. 62)
FIGURA 5 – OBJETOS SÉCULO XIX
FONTE: <encurtador.com.br/ghpsx>; <encurtador.com.br/lqHKO>; <encurtador.com.br/oGM27>. 
Acesso em: 7 jan. 2021.
Apresentamos,	 ainda,	 um	 conjunto	 de	 reflexões	 sobre	 o	 caráter	 dos	
objetos em um nível que transcende ao funcional. Em linhas gerais, parte-se 
do pressuposto de que os objetos de Design estão ligados de forma direta ao 
homem	 e	 são	 portadores	 de	 significados	 que	 mediam	 as	 relações	 humanas	
(BAUDRILLARD, 2008).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM OBJETOS
67
FIGURA 6 – OBJETOS FUNCIONAIS
FONTE: <http://www.megaartigos.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/03/objetos-de-casa-
e-o-design.jpg>. Acesso em: 7 jan. 2021.
Considera-se ao longo da história os produtos desenvolvidos pelo 
homem, possuindo funções práticas, estéticas e simbólicas, e que a 
predominância de uma função não elimina as demais, todas fazem 
parte	do	objetivo	a	que	se	destina	o	objeto	(LÖBACH,	2001).	
O	objeto	possui	um	significado	de	longa	duração	e	seu	próprio	significado	
funcional	e	não	apenas	a	finalidade	dos	objetos,	mas	também	a	uma	capacidade	
de fazer parte de um conjunto de relações (BAUDRILLARD, 2008).
3.2 DESIGNERS DE OBJETOS
Designers designam um desenvolvimento de objetos conceituais, dando 
ênfase à decoração de interiores e paisagismo e consolidando uma atividade e 
um campo de conhecimento em que os designers estão presentes na vida de toda 
a	sociedade.	Assim,	suprem	as	necessidades	dos	projetos,	unificam	e	compõem	
estruturas e ambientes harmoniosos, com objetos de decoração conforme a moda 
atual de cada época (ESCOREL, 2004).
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO68
FIGURA 7 – DECORAÇÕES DE INTERIORES E PAISAGISMO
FONTE: <encurtador.com.br/dftA7>; <encurtador.com.br/bEJT4>; <encurtador.com.br/cpvMZ>. 
Acesso em: 6 jan. 2021
Você sabia que o pós-modernismo se caracteriza por uma série de mudanças 
que vêm ocorrendo na sociedade desde 1950? A essência da pós-modernidade vem através 
das cópias e imagens de objetos reais e a reprodução técnica do real, significando apagar a 
diferença entre real e o imaginário, a essência e a aparência, ou seja, um real, mais real e mais 
interessante que a própria realidade, chamado por alguns autores como hiper-realidade.
FONTE: <http://editor.ifpb.edu.br/reitoria/pro-reitorias/prpipg/revista-principia/edicoes-da-
revista/Revista_Principia16-1.pdf#page=68>. Acesso em: 6 jan. 2021.
INTERESSA
NTE
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM OBJETOS
69
Os	designers	definem	os	objetos	em	seus	projetos,	que	devem	ter	duas	
funções essenciais:
• Objeto de utilização: prático e funcional, objeto utilitário. 
• Objeto de possessão: subjetivamente um objeto de coleção. 
FIGURA 8 – OBJETO UTILITÁRIO E DE COLEÇÃO
FONTE: <encurtador.com.br/FQWY4>; <encurtador.com.br/puGOS>; <encurtador.com.br/gmoKW>; 
<encurtador.com.br/ceGP3>. Acesso em: 6 jan. 2021
Fundamentalmente, as lojas, as revistas e mostras das indústrias da 
decoração transformam a ambiência num objeto de consumo, no 
símbolo de desejo, transformando os espaços em signos, implicando 
uma	modificação	simultânea	da	relação	humana	com	o	consumo	do	
ambiente. Tenta-se, com isso, de jogar com o desejo do bem-estar, do 
conforto e da geração de um estilo de vida baseado numa suposição 
de	funcionalidade,	de	bom	gosto	e	refinamento,	como	se	o	morar	bem	
não fosse necessário a todos, mas apenas a um grupo privilegiado de 
pessoas (BENJAMIM, 1991).
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
70
Segundo	 Debord	 (1997),	 fica	 uma	 prática	 de	 decorações,	 mesclando	
objetos	funcionais	e	objetos	de	coleção,	contribuindo	uma	produção	específica	de	
objetos de decoração de uso doméstico e de uso nos diversos ambientes.
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DO OBJETO
Ultimamente, cresceu o interesse na questão do design de produtos 
sustentáveis,	 ainda	 com	uma	 perspectiva	 adotada	 pelo	 profissional.	 Instiga-se	
uma atenção especial relativa à competência criativa essencial dos designers, que 
foca	 em	uma	 análise	 específica	 do	 ciclo	 de	 vida	 e	 uso	 de	materiais	 reciclados	
(FEATHERSTONE, 1995). 
FIGURA 9 – SUSTENTABILIDADE
FONTE: <encurtador.com.br/cgO24>; <encurtador.com.br/JMOZ6>; <encurtador.com.br/Q1456>. 
Acesso em: 6 jan. 2021
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM OBJETOS
71
Ao reutilizar, é possível ressignificar muitas coisas que não são mais úteis para 
você. Em inglês, essa prática se chama “upcycle”. Você pode transformar garrafas em vasos, 
enfeites e um monte de outras coisas. Dá para usar restos de madeira ou caixas de feira para 
construir seu próprio móvel, como uma estante, prateleira ou mesinha. Você consegue 
encontrar várias inspirações de upcycle no Google, é bem bacana! Além disso, também 
tem o sentido mais comum de se reutilizar que é apenas usar novamente, com a mesma 
função já usada. Por exemplo, você pode reutilizar potes de vidro de alimentos para guardar 
outras coisas dentro. É bem prático, econômico e sustentável.
FONTE: <http://reciclagemsemescandalo.com.br/2018/06/10-dicas-sustentabilidade-dia-a-dia/>. 
Acesso em: 6 jan. 2021
NOTA
4.1 SUSTENTABILIDADE
O conceito de sustentabilidade está em alta no mundo todo e em todas 
as áreas. A indústria da moda foi aderindo esta ideia para estimular o consumo. 
Não muito diferente é o que acontece com o mundo das decorações, design de 
interiores	e	nas	edificações	(MANZINI;	VEZZOLI,	2002).
4.2 RECURSOS PARA DESENVOLVIMENTO DE OBJETO 
SUSTENTÁVEL
O	desenvolvimento	e	os	recursos	sustentáveis	deram-se	na	definição	das	
necessidades do presente e do futuro, dando prioridade a três princípios básicos 
que devem ser compridos:
• Desenvolvimento econômico.
• Proteção ambiental.
• Equidade social.
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
72
FIGURA 10 – OBJETO SUSTENTÁVEL
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/-qc7c-3qFkDo/UHBxT01c14I/AAAAAAAAAZs/5JlJOq_kUlg/
s1600/porta+lapis+de+garrafa.jpg>; <https://acasadopedrinho.com/blog/wp-content/
uploads/2014/08/image125.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021
O processo de desenvolvimento sustentável está relacionado ao crescimento 
e objetividade à conservação do uso racional dos recursos naturais, que são:
• Crescimento renovável.
• Mudança de qualidade do crescimento.
• Satisfação das necessidades essenciais por emprego, água, energia, alimento e 
saneamento básico.
• Garantia de um nível sustentável da população.
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM OBJETOS
73
• Conservação e proteção da base de recursos.
• Reorientação da tecnologia e do gerenciamento de risco.
• Reorientação das relações econômicas internacionais (CMMAD, 1991).
4.3 MATÉRIAS-PRIMAS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL 
PARA OBJETOS
Muitos produtos são considerados sustentáveis por proporcionar menos 
perdas, por serem recicláveis ou mais duráveis e outros são porque contêm menos 
substâncias	prejudiciais	ou	tóxicas	(CHEHEBE,	1997).
Vamos conhecer, a seguir, algumas matérias-primas que não poluem, que 
beneficiam	ao	meio	ambiente,	e	principalmente	são	econômicas:
• Vidros.
• Tijolos de solo cimento.
• Cortiça reciclada.
• Tinta natural.
• Cola a base de água.
• Madeiras de demolição.
• Sedas artesanais etc.
Materiais sustentáveis podem ser de origem artesanal ou industrializados, 
que não sejam poluentes nem tóxicos e que beneficiem o meio ambiente e a saúde dos 
usuários e dos trabalhadores. Embora se pareçam em conceito, um material sustentável 
não é necessariamente igual a um material ecológico, enquanto o primeiro analisa todo o 
ciclo econômico e socioambiental, o segundo a preocupação é somente com o impacto 
ao meio ambiente.
FONTE: <https://sustentarqui.com.br/saiba-como-escolher-um-material-sustentavel/>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
IMPORTANT
E
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
74
FIGURA 11 – MATÉRIA-PRIMA AMBIENTAL DO OBJETO
FONTE: <https://storage.googleapis.com/eureciclo-blog/1/embalagens-1.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Segundo Chehebe (1997), um produto sustentável é o que apresenta 
o melhor desempenho ambiental, com função, qualidade e nível de satisfação. 
Ao comparar com um produto padrão, as matérias-primas têm um recurso 
proveniente do manejo sustentável e respeitam os critérios ambientais e sociais, 
que garantem a renovação natural dos ecossistemas.
75
Neste tópico, você aprendeu que:
• A história e teoria do objeto torna-se viável e mais conhecida por análises dos 
projetos mobiliários e dos modos de mediação e comunicação tecnológica, 
acentuando o estilo, qualidade, funcionalidade e estética de cada época.
•	 Design	do	objeto	se	remete	especificamente	à	moda,	à	decoração	de	interiores	e	
ao paisagismo, consolidando um conhecimento de campo em estudo, suprindo 
as	necessidades	dos	projetos,	unificando	e	compondo	estruturas	e	ambientes	
harmoniosos, com objetos de decoração conforme a moda atual.
• A sustentabilidade no mundo todo e em todas as áreas já está virando uma 
mania	necessária,	por	exemplo:	a	 indústria	da	moda	foi	aderindo	esta	 ideia,	
estimulando o consumo. Não muito diferente inseriu-se no mundo das 
decorações,	design	de	interiores	e	nas	edificações.
•	 O	desenvolvimento	 e	os	 recursos	 sustentáveis	 se	definem	nas	necessidades	do	
presente e do futuro, estabelecendo um grande aumento no setor econômico, 
além de tudo proteção ambienta.
• A estética é fundamental, principalmente na aparência do objeto, proporcionando 
soluções	e	estratégias	de	projeto,	produção	e	venda	final,	definindo	também	
um produto de qualidade.
RESUMO DO TÓPICO 1
76
1	 Na	 longa	 história	 da	 humanidade,	 surge	 a	 utilização	 de	 grafismo	 como	
forma	 de	 expressão	 do	 homem.	 No	 período	 da	 Idadeda	 Pedra	 (30.000	
a.C.), os objetos já eram feitos de utensílios achados, como chifres e dentes. 
Também eram feitos desenhos em pedras ornamentais (KUBISCH; SEGER, 
2007). A partir desse pressuposto, assinale a alternativa CORRETA com as 
características do mobiliário egípcio. 
FONTE: KUBISCH, N.; SEGER, P. A. Ornaments: patterns for interior decoration (based on 
“The Practical Decorator and Ornaments by George & Maurice Ashdown Audsley, 1892”), 
Berlin: H.F. Ullmann, 2007.
a) ( ) Chifres, dentes e, também eram feitos desenhos em pedras ornamentais.
b) ( ) Desenhos de símbolos místicos e ornamentais, pirâmides entre outros 
elementos.
c) ( ) Pinturas, desenhos estilizados, utilização de símbolos místicos e 
construção imperial. 
d) ( ) Cores vivas, vidros, utilização de símbolos místicos, pirâmides entre 
outros elementos.
2	 Estética	do	objeto	é	o	resultado	final	da	aparência,	devendo,	assim,	estar	
condizente com alguns tópicos. A partir desse pressuposto, assinale a 
alternativa CORRETA com os tópicos condizentes:
a) ( ) Ferramentas, estilos, pedras, funcionalidade.
b) ( ) Estilo, vidros, funcionalidade, função ergonômica.
c) ( ) Ferramentas, estilos, visual do objeto.
d)	(			)	Atributos	do	exterior,	estilo	organização,	visual,	funcionalidade,	função	
ergonômica.
3	 Os	designers	definem	os	objetos	em	seus	projetos,	que	devem	ter	duas	funções	
essenciais.	 Segundo	 Debord	 (1997),	 assim	 definidos,	 fica	 uma	 prática	 de	
decorações, mesclando objetos funcionais e objetos de coleção. A partir desse 
pressuposto, assinale a alternativa CORRETA com os tópicos condizentes:
FONTE: DEBORD, G. A sociedade do espetáculo: comentários sobre a sociedade do espetá-
culo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
a)	 (			)	Contribuindo	uma	produção	específica	de	objetos	de	decoração	de	uso	
doméstico e de uso nos diversos ambientes.
b)	(			)	Não	aderindo	uma	produção	específica	de	objetos	de	decoração	de	uso	
doméstico e de uso nos diversos ambientes.
c)	 (			)	Contribuindo	uma	produção	específica	de	objetos	de	decoração	de	uso	
doméstico e de uso nos diversos carros.
d)	(			)	Contribuindo	um	desfile	de	moda	específica	de	objetos	de	decoração	
de uso doméstico e de uso nos diversos ambientes.
AUTOATIVIDADE
77
4 O conceito de sustentabilidade está em alta no mundo todo e todas as áreas, 
a indústria da moda foi aderido esta ideia, para estimular o consumo, não 
muito diferente para o mundo das decorações, design de interiores e nas 
edificações.	A	partir	desse	pressuposto,	descreva	características	o	conceito	
da sustentabilidade 
5	 O	 desenvolvimento	 e	 os	 recursos	 sustentáveis	 deram-se	 na	 definição	 as	
necessidades do presente e do futuro, dando prioridade a três princípios 
básicos. A partir desses, pressupostos descreva os princípios básicos.
78
79
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 2 — 
DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DE OBJETOS
O desenvolvimento de objetos possui participação na economia em nível 
mundial, pois interessa o mundo dos investidores e microempreendedores, que 
lucram	através	de	sua	exploração	(SERRA,	2005).
Ainda sobre esse desenvolvimento em ascensão, ele globaliza e envolve 
uma variedade de matérias-primas, processos de produção, equipamentos 
específicos,	 materiais	 em	 geral,	 maquinários	 e	 mão	 de	 obra	 capacitada	 e	
qualificada,	o	que	resulta	um	controle	e	planejamento	eficiente	na	execução	do	
produto (OLIVEIRA et al., 2009).
	 Para	 uma	 empresa	 desempenhar	 com	 eficiência	 e	 qualidade	 no	 seu	
funcionamento, é necessário conter os desperdícios com um Planejamento e 
Controle de Produção (PCP). 
O	PCP	auxilia	na	geração	de	empregos	e	melhora	a	economia	mundial,	
além	de	desempenhar	uma	produção	eficaz.
 
Os objetos de decoração demostram a conquista no espaço de um 
ambiente. Assim, se torna essencial a implantação do setor de Planejamento e 
Controle	de	Produção	e	um	bom	gerenciamento	para	a	excelência	na	produção	
dos materiais (SERRA, 2005).
A partir desse pressuposto, no Tópico 2 estudaremos os seguintes temas: 
(1) o entendimento da tendência no mercado de objetos; (2) O processo de 
desenvolvimento	e	o	gerenciamento	dos	projetos	na	produção;	(3)	a	qualificação	
de um planejamento e da gestão da produção de objetos.
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA DO OBJETO
Mercadologia	 é	 o	 conjunto	 de	 atividades	 e	 estratégias	 que	 significam	
“estudo	 do	mercado”.	A	mercadologia	 expressa	 sua	 relação	 com	 o	 ambiente	 de	
negócios e atende ao mercado por meio da pesquisa, planejamento e distribuição 
de produtos e serviços. Empresas utilizam essa abordagem para satisfazer as 
necessidades dos consumidores e conquistar seu espaço no mercado requisitado 
de forma mais ampla para seus negócios (MATTAR, 1999).
80
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
FIGURA 12 – MERCADO DO OBJETO
FONTE: <https://neilpatel.com/wp-content/uploads/2019/10/profissionais-estudando-formas-
de-mercadologia.jpeg>; <https://neilpatel.com/wp-content/uploads/2019/10/grafico-com-
simbolo-crescente-e-box-de-check.jpeg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Conforme Mattar (1999), com o dinamismo do mercado surgem novas 
ideias	e	tendências.	Um	dos	fatores	que	contribui	é	o	aumento	de	exigência	dos	
consumidores. As empresas que pretendem atuar neste mercado competitivo 
necessitam realizar pesquisas para prever as tendências e oferecer novos produtos 
que atendam às necessidades e os desejos dos seus consumidores.
2.1 MERCADO DO DESIGN DE OBJETOS
Iniciamos este estudo com algumas considerações, dando prioridade 
ao público-alvo, às tendências econômicas e a alguns elementos macro e micro 
ambientais. A partir dessas informações, há uma avaliação dos objetos criados 
pelo designer sobre a possibilidade de como inserir no mercado (KOTLER, 2000). 
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DE OBJETOS
81
FIGURA 13 – OBJETOS DESENVOLVIDOS PARA O MERCADO
FONTE: <encurtador.com.br/jvyQ1>; <encurtador.com.br/qsuBO>; <encurtador.com.br/dnBX9>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
Para um bom diagnóstico, o objeto elaborado, ou seja, a mercadoria, 
propõe estratégias para aumentar o volume de vendas, levando em conta as 
melhores	táticas	para	comercialização,	precificação,	promoção	e	distribuição	de	
produtos. Em outras palavras, o conhecido Marketing (KOTLER, 2000). 
O marketing está por toda parte. Formal oi informalmente, pessoas 
e organizações envolvem-se em um grande número de atividades 
que poderiam ser chamadas de marketing. O bom marketing tem se 
tornado um ingrediente cada vez mais indispensável para o sucesso 
dos negócios. E o marketing afeta profundamente nossa vida cotidiana. 
Ele está em tudo o que fazemos, das roupas que vestimos aos sites 
em que clicamos, passando pelos anúncios que vemos (KOTLER, 
KELLER, 2006, p. 2). 
 Segundo Kotler (2000), a mercadologia determina quais produtos 
devem ser lançados no mercado, como devem ser vendidos e para qual 
público-alvo. 
82
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
GRÁFICO 1 – EXEMPLO DE GRÁFICO DE MARKETING
FONTE: <https://blog.workana.com/wp-content/uploads/2019/02/REDES-SOCIALES-
NEGOCIO-WORKANA-1.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Existe	 um	 conceito	 de	 que	 a	mercadologia	 e	marketing	 tem	 o	mesmo	
significado,	mas	estudos	e	opiniões	apontam	que	é	considerada	mercadologia	a	
análise voltada para dentro da empresa, que busca informações relevantes para a 
atuação do marketing. 
Já o marketing é uma estratégia voltada “para fora”, que mira nos 
consumidores e mercados-alvo (KOTLER, 2000). 
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DE OBJETOS
83
FIGURA 14 – MERCADOLOGIA E MARKETING
FONTE: <https://i0.wp.com/mktsemsegredos.com/wp-content/uploads/2017/01/
MERCADOLOGIA.png?w=700>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O mercado transforma dados em informações, enquanto o marketing usa 
essas	informações	para	criar	conteúdo.	Há	uma	confirmação	a	ser	feita	de	quais	
teorias	são	as	corretas	e	que	aproximam	os	significados	de	cada	uma.
Existe	cinco	formas	de	identificar	as	estratégias	em	uma	empresa:
•Análise de concorrência.
• Geração de novos clientes.
• Escolha de canais e distribuição.
• Redução de riscos.
•	 Identificação	de	oportunidades.
2.2 TENDÊNCIAS NA PRODUÇÃO DE OBJETOS
O objeto é uma forma de artesanato que respeita a cultura de uma região 
ou comunidade. É possível encontrar diversas formas de artesanato feito com 
matérias-primas regionais. 
84
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
FIGURA 15 – TENDÊNCIA DE OBJETOS
FONTE: <https://henn.com.br/images/uploads/blog/espelhos-na-decoracao.jpg>; 
<https://decoretti.pl/images/galerie/42-635.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O	 Conselho	 Mundial	 de	 Artesanato	 define	 artesanato	 como	 sendo	
“toda atividade produtiva que resulte em objetos e artefatos acabados, feitos 
manualmente ou com a utilização de meios tradicionais, com habilidade, destreza, 
qualidade e criatividade” (SEBRAE, 2010, p. 12).
A atividade predominantemente manual de produção de um bem 
que requeira criatividade e/ou habilidade pessoal, podendo ser 
utilizadas ferramentas e máquinas; O resultado da montagem 
individual de componentes, mesmo anteriormente trabalhados e que 
resulta em novos produtos (CARVALHO, 2001, p. 16).
A tendência de objetos na indústria permite mais produção com menor custo 
e torna as fábricas mais competitivas e eficientes. De maneira prática, os projetos criativos 
também podem ser aplicados para melhorar o monitoramento do tempo dos ciclos de 
produção, da quantidade de material utilizado e fornecer informações para reorganizar a 
linha de produção da forma mais eficiente possível. 
FONTE: <https://cio.com.br/7-tendencias-tecnologicas-para-a-industria-em-2019/>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
ATENCAO
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DE OBJETOS
85
FIGURA 16 – TENDÊNCIA NA PRODUÇÃO
FONTE: <https://cdn.shopify.com/s/files/1/0923/3684/products/11b5f09f-0392-422d-bdef-
cab50f96e6b5_750x500.jpg?v=1600699357>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Ainda	sobre	tendências	na	produção	de	objetos,	Monçores	(2010)	explora	
uma	análise	específica	que	busca	a	história	da	pesquisa	de	tendências	no	campo	
de Design com ênfase nas indústrias e nas produções, hoje empregados nos 
termos “tendência” e “moda”. 
“Um número crescente de pesquisadores tem se debruçado sobre as 
práticas, métodos e relevância da pesquisa de tendências nos campos da moda 
e do design, com interseções nas áreas da antropologia, do marketing e da 
economia” (MONÇORES, 2010, p. 107).
Enquanto	isso,	Rech	e	Morato	(2010)	 trouxeram	os	termos	adequados	e	
desempenho dentro do sistema de pesquisa de tendências complementados por 
Monçores (2010).
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO 
DO OBJETO
O gerenciamento e o desenvolvimento de projeto do objeto devem possuir 
um objetivo direto e claro, conforme citação a seguir: 
A aplicação dos conceitos de Gerenciamento de Projetos deve ser 
precedida do entendimento completo do que é um projeto. Inúmeras 
definições	podem	ser	encontradas	na	bibliografia	especializada,	“esforço	
temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado 
exclusivo”,	assim,	um	projeto	é	qualquer	atividade	com	início,	meio	e	fim	
e cujo resultado deve ser único (CANDIDO et al., 2012, p. 13).
Os projetos demandam uma organização necessária para a produção, pois 
cada projeto é único porque depende de situações e partes interessadas diferentes.
86
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO DOS OBJETOS
O	processo	de	desenvolvimento	dos	objetos	exige	muitas	áreas	 funcionais	
de uma empresa, indo desde a elaboração de um layout de produção para cada 
departamento,	onde	se	inicia	o	projeto,	até	a	finalizando	o	produto.	Cheng	(2000)	
descreve alguns processos e as áreas funcionais envolvidas em cada etapa:
• Planejamento do produto.
• Projeto do produto.
• Lançamento: Marketing, P & D, Manufatura, Venda e Logística.
• Logística.
• Vendas.
FIGURA 17 – PROCESSO DE PRODUÇÃO
FONTE: Agostini, Decker e Silva (2002, p. 183)
O processo de produção e desenvolvimento dos objetos inicia com a 
formação	de	uma	equipe	adequada	para	a	execução	do	projeto.	A	equipe	deve	
ser	qualificada	e	composta	por	gerente,	colaboradores	especializados,	monitores	
de	programação	específica	(CHENG,	2000).
Um	 projeto	 envolve	 sempre	 alguns	 processos	 de	 extrema	 importância	
para sua conclusão e nenhum desses processos pode ser dispensado:
• Inicialização.
• Planejamento.
•	 Execução.
• Controle e monitoramento.
• Finalização do produto.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DE OBJETOS
87
É importante ressaltar que um processo não deve ser confundido com um 
projeto. Os processos são trabalhos contínuos que produzem resultados padronizados e 
definidos. Já um projeto é algo temporário, que é elaborado progressivamente e gera um 
resultado único (que provavelmente não será repetido da mesma maneira).
FONTE: <https://www.eosconsultores.com.br/gestao-de-projetos/>. Acesso em: 6 jan. 2021
IMPORTANT
E
3.2 GERENCIAMENTOS PROJETUAL DE OBJETOS
Atualmente, se ouve sobre o Gerenciamento de Projetos, que dá uma falsa 
impressão de que este assunto é novidade no mercado. No entanto, ele vem sendo 
estudado há mais de 60 anos (VARGAS, 2005).
O conjunto de mecanismos organizados por acompanhamento de 
processos necessariamente precisa ser desenvolvido com qualidade, preço e 
prazo competitivos, visando a satisfação dos clientes (VARGAS, 2005).
FIGURA 18 – PRODUÇÃO DE UM OBJETO
FONTE: <https://fmnews.com.br/wp-content/uploads/2018/09/revolucao-industrial-1024x682.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021
88
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
O gerenciamento se especializa na importância de um projeto, 
desenvolvendo e determinando equipes multidisciplinares (VALERIANO, 1998).
[...] é a implementação de um produto (bem ou serviço) novo ou 
significativamente	 melhorado,	 ou	 um	 novo	 processo,	 ou	 um	 novo	
método de marketing, ou um novo método organizacional nas práticas 
de negócios, na organização do local de trabalho ou nas relações 
externas	(OCDE,	2005	apud DEGRAF, 2018, p. 4).
	A	complexidade	do	projeto	ocorre	na	divisão	das	tarefas	entre	profissionais	
de diferentes setores. Os especialistas de cada área devem ser orientados e é 
necessário	 o	 acompanhamento	 de	 um	 profissional	 (gerente)	 para	 garantir	 a	
finalização	do	objeto	(VALERIANO,	1998).
De acordo com o PMBOK (Project Management Body of Knowledge), projeto é 
um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único e 
exclusivo. O PMBOK é o guia mais relevante quando se trata de projetos. Ele é elaborado 
pelo PMI (Project Management Institute), a instituição mais renomada do mundo nessa 
área. Dessa forma, pode-se caracterizar um projeto como algo temporário que necessita de 
planejamento, execução e controle. Tudo isso serve para entregar produtos ou serviços de 
maneira exclusiva através de etapas determinadas previamente e com recursos limitados.
FONTE: <https://www.eosconsultores.com.br/gestao-de-projetos/>. Acesso em: 6 jan. 2021
NOTA
O gestor precisa conhecer o processo técnico e administrativo, ter 
habilidades para gerenciar equipes. As principais atribuições do gerente de 
integração são:
• Desenvolvimento do plano – documento de planejamento.
•	 Execução	do	plano	–	executar	com	sucesso	o	projeto.
• Controle geral de mudanças – registrar cada mudança, dentro do prazo 
determinado.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DE OBJETOS
89
FIGURA 19 – GERENCIAMENTO DE PROJETO
FONTE: <encurtador.com.br/btEFL>; <encurtador.com.br/fgxX9>. Acesso em: 6 jan. 2021
	 Gerenciar	 projetos	 é	 uma	 atividade	 complexa	 e	 que	 depende	 de	
recursos,	 requisitos	específicos	definidos	pelo	cliente	e	 sincronia	de	ações	em	seu	
desenvolvimento, controle e negociação (VALERIANO, 1998).
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DE OBJETO
A gestão de projetos tem que garantir o resultado obtido e satisfazer a 
demanda	da	empresa,	com	relação	aos	prazos	e	custos	estabelecidos	(RITZMAN;	
KRAJESWSKI, 2004).
90
UNIDADE 2— PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DE 
OBJETOS
Planejamento e controle da produção envolvem um conjunto de decisões 
na	finalidade	de	definir	o	que	produzir,	a	quantidade	e	para	quando	comprar	os	
insumos e entregar (FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010).
 Essas decisões são determinadas com antecedência, e basicamente são 
baseadas em previsões, visando alcançar um plano de produção para cada grupo 
de	famílias	de	produtos	e	utilizando	os	recursos	de	produção	de	maneira	eficaz	
(FERNANDES; GODINHO FILHO, 2010).
Existem	 várias	 maneiras,	 perspectivas	 e	 parâmetros	 distintos	 na	
implantação de um sistema produtivo no PCP, desde os mais amplos até as mais 
detalhadas	funções.	Uma	classificação	bastante	conhecida	dos	sistemas	produtivos	
é feita com base na atividade econômica à qual este pertence, conforme segue 
(SLACK et al., 2008):
a)	Primária:	agropecuária,	extrativismo;
b) Secundária: indústria, transformação;
c) Terciária: serviços.
O	 Planejamento	 Controle	 de	 Produção	 em	 uma	 empresa,	 auxilia	 o	
bom funcionamento da produção, sendo que é por meio dele que o 
sistema produtivo é ajustado para atender as necessidades dos clientes; 
devendo estar alinhado com os demais setores da empresa, para que 
a mesma seja capaz de alcançar suas metas e objetivos (LINKE et al., 
2013, p. 308).
Segundo Chiavenato (2004), o planejamento é essencial para uma boa 
administração e para a otimização de recursos de entrada em uma empresa, pois 
determina o que deve ser realizado para atingir os objetivos designados. 
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DOS OBJETOS
Para	uma	boa	Gestão	de	produção,	o	principal	desafio	é	evitar	o	desperdiço.	
São aplicados conceitos e sistemas em processos produtivos, estabilidade das 
atividades dos processos e das operações, que nivelam a cadeia produtiva e 
exigem	uma	padronização	eficiente	(PASQUALINI,	2010).
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DE OBJETOS
91
FIGURA 20 – GESTÃO NA PRODUÇÃO
FONTE: <https://e-millennium.com.br/wp-content/uploads/2018/02/post-erp-gestao-producao-
1024x538.png>. Acesso em: 6 jan. 2021
Umas das principais características na Administração da Produção é 
gerenciar	e	controlar	as	operações	de	uma	organização	e	profissionais	competentes.	
Empregam alguns tipos de atividades e tarefas aplicadas ao processo 
produtivo de uma empresa em prestação de serviços e focam em aumentar 
a	 produtividade	 do	 homem	 e	 melhorar	 a	 eficiência	 dos	 maquinários	
(PASQUALINI, 2010).
92
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os setores organizacionais priorizam os diversos ramos da economia. 
Eles investem em capacitações de seus colaboradores e inserem cursos de 
gerenciamento	 na	 busca	 de	 resultados	 eficazes.	 Com	 isso,	 desempenham	
resultados positivos para cada setor designado.
•	 A	mudança	e	a	avaliação	do	desempenho	dos	profissionais	são	 importantes	
para o processo de desenvolvimento.
•	 O	objetivo	inicial	é	propor	um	novo	procedimento	do	existente,	que	permite	
colmatar as falhas atuais no processo de gestão dos projetos de moveleiros.
• A padronização é uma das estratégias no processo do desenvolvimento mobiliário. 
• A estratégia está inserida em qualquer indústria produtiva e é necessária para a 
inclusão de normalização, redução, sistema instigando a economia.
• O PCP é responsável pela organização e aplicação de recursos produtivos, de 
modo que atendam aos planos estabelecidos em três níveis organizacionais: 
estratégico, tático e operacional.
93
1	 A	mercadologia	 é	 o	 conjunto	 de	 atividades	 e	 estratégias,	 significando	 o	
“estudo	do	mercado”,	expressando	sua	relação	com	o	ambiente	de	negócios.	
A	partir	desse	pressuposto,	descreva	o	significado	de	mercadologia.	
2 O PCP é responsável pela organização e aplicação de recursos produtivos de 
modo que atendam aos planos estabelecidos em três níveis organizacionais: 
estratégico, tático e operacional. A partir desse pressuposto, descreva as 
características dos três níveis. 
3	 Existem	várias	maneiras,	perspectivas	e	parâmetros	distintos	na	implantação	
de um sistema produtivo no PCP, desde os mais amplos até as mais detalhadas 
funções.	Uma	classificação	bastante	conhecida	dos	sistemas	produtivos	é	feita	
com base na atividade econômica à qual este pertence (SLACK, 2008). A partir 
desse pressuposto, assinale a alternativa CORRETA: 
FONTE: SLACK, N. et al. Administração da Produção. 2.ed. São Paulo: Altas, 2008.
a)	(			)	Primária:	agropecuária,	extrato;	Secundária:	mercado,	transformação;	
Terciária: serviços ecumênicos 
b) ( ) PMP – Plano Mestre de Produção.
c) ( ) PCB – Plano de Controle Básico.
d)	(			)	Primária:	 agropecuária,	 extrativismo;	 Secundária:	 indústria,	
transformação; Terciária: serviços.
4 O gestor precisa conhecer o processo técnico e administrativo, ter habilidades 
para	gerenciar	equipes.	Existem	algumas	principais	atribuições	do	gerente	
de integração. A partir desse pressuposto, assinale a alternativa CORRETA 
com os critérios importantes a serem aplicados.
a)	(			)	Controle,	Desenvolvimento,	Flexibilidade,	Facilidade	de	Uso.	
b)	(			)	Planejamento,	Controle,	Flexibilidade,	Facilidade	de	Uso.	
c)	 (			)	Planejamento,	Desenvolvimento,	Execução	de	planos,	Facilidade	de	Uso.	
d)	(			)	Desenvolvimento	 do	 plano,	 execução	 do	 plano,	 controle	 geral	 de	
mudanças.
AUTOATIVIDADE
94
5	 O	processo	de	desenvolvimento	dos	objetos	exige	muitas	áreas	funcionais	de	
uma empresa, elaborando um layout de produção para cada departamento, 
alguns processos e as áreas funcionais envolvidas em cada etapa. A partir 
desse pressuposto, assinale a alternativa CORRETA com os critérios de 
processo segundo as etapas.
a) ( ) Planejamento do produto, Projeto do produto, Lançamento, Logística 
e Vendas. 
b)	(			)	Planejamento	 do	 produto,	 Lançamento	 do	 produto,	 Flexibilidade,	
Vendas e Pontualidade
c)	 (			)	Planejamento	do	produto,	Facilidade	do	produto,	Flexibilidade,	Venda	
e Qualidade
d)	(			)	Planejamento	do	produto,	Desenvolvimento	do	produto,	Flexibilidade,	
Logística e Comunicação.
95
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 3 — 
CRIAÇÃO PROJETUAL DE OBJETOS
Estudaremos neste Tópico o desenvolvimento e a criação dos projetos 
do objeto. A função de um designer insere o projeto e tem como prioridade a 
integração das relações do ser humano com o meio em que vive, e, para isso, 
utiliza ferramentas metodológicas para formar as suas ideias (DIJON,1999).
 A função de um designer insere o projeto e tem como prioridade a 
integração das relações do ser humano com o meio em que vive, e para isso, 
utiliza ferramentas metodológicas para formar as suas ideias (DIJON,1999).
O estudo tem como objetivo demonstrar o processo projetual de 
um objeto desenvolvido através do referido com a reunião de informações. 
Ergonomicamente falando, encontra-se a base de todo o desenvolvimento 
da forma e das soluções desenvolvidas, e assim foram observados padrões e 
adequações	 de	 medidas	 para	 melhor	 adaptação	 ao	 significado	 de	 um	 objeto	
multifuncional (MUNARI, 1997).
A partir desse pressuposto, no Tópico 3 estudaremos os seguintes temas: 
(1) o desenvolvimento e estudo da compreensão de materiais e processos de 
fabricação dos objetos; (2) a ergonomia, a funcionalidade do conforto de objeto; 
(3) a compreensão do projeto do objeto.
2 MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE OBJETO
O processo de fabricação conceitua-se em um procedimento que 
transforma	 a	 matéria-prima	 em	 um	 produto	 bem	 acabado,	 que	 especifica	
planos bem organizados e resulta na manufatura e economia das indústrias 
(KALPAKJIAN, 1985).
Segundo Kalpakjian (1985), nos projetos que os designers desenvolvem, 
já	se	sabe	a	importância	de	qual	matéria-prima	que	o	profissional	irá	trabalhar.
96
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA OBJETO
Um dos setores produtivos responsáveis por suprimentos é o de minerais 
industriais ou não-metálicos. Os principais tipos dematérias-primas utilizados 
pelos	mais	diversos	setores	que	compõem	as	indústrias	podem	ser	classificados	em:	
•	 Matérias-primas	 naturais:	 utilizadas	 por	meio	 extração	 da	 natureza	 ou	 que	
foram submetidas a algum tratamento físico para eliminação de impurezas 
indesejáveis.
• Matérias-primas sintéticas: são as que puras ou misturadas foram submetidas 
a um tratamento térmico, que pode ser calcinação, sinterização, fusão e fusão/
redução e as produzidas por processos químicos.
FIGURA 21 – MATERIAIS PARA FABRICAÇÃO
FONTE: <encurtador.com.br/loqI2>; <encurtador.com.br/ilAB4>; <encurtador.com.br/uyOT0>. 
Acesso em: 6 jan. 2021
A produtividade utilizada para os objetos de decoração representa uma 
ampla atividade e consome diversos recursos e matérias-primas da natureza até 
a	finalização	dos	objetos	(MUNARI,	2002).
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DE OBJETOS
97
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE OBJETOS
O processo de fabricação de objetos inicia-se principalmente na 
transformação	 da	 matéria-prima.	 Com	 isso,	 pode-se	 finalizar	 o	 produto	 com	
qualidade,	 sem	 deixar	 de	 obedecer	 a	 uma	 sequência	 de	 conjunto	 de	 ideias,	
projetos, matérias-primas e seguir uma ordem de organização de montagem e 
industrialização (MOREIRA, 2004).
Os objetos artesanais, apresentam características de retoques do seu 
criador,	que	acontecem	na	fase	final	de	acabamento	do	produto,	isto	não	
acontece nos produtos industrializados, que são anônimos, produzidos 
em série pelas máquinas (LEITE; SOARES; SILVA, 2007, p. 2). 
A arte é o homem acrescido à natureza, sendo fruto da liberdade e da 
razão humana, visa a produção, a habilidade e a utilização de técnicas 
para satisfazer um sentimento estético ou artístico, ou seja, a evolução 
humana é consequência da metamorfose das estruturas naturais em 
artificiais	(DUROZOI,	1942	apud LEITE; SOARES; SILVA, 2007, p. 2).
 FIGURA 22 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO
FONTE: <encurtador.com.br/uMOS9>; <encurtador.com.br/lpqFV>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Segundo Moreira (2004), um conjunto de sistemas é considerado 
como uma integração para um processo de fabricação, operações e para o 
gerenciamento de uma empresa. Este conjunto visa um possível controle de 
recursos de fabricação e aumenta a produtividade, qualidade do produto, 
confiabilidade	e	reduz	custos.
3 ERGONOMIA, PERCEPÇÃO E CONFORTO DE OBJETO
Caro	 acadêmico,	 lembre-se:	 sem	 ergonomia	 não	 existe	 projeto	 de	 um	
objeto e móveis adequados para cada ambiente na vida do ser humano. O 
projetista designer deve pensar nas características físicas e nas atividades das 
pessoas que utilizam o ambiente, se moldando aos objetos.
98
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
3.1 OBJETOS ERGONÔMICO
A ergonomia é um conceito muito utilizado e requisitado no design, pois 
proporciona objetos e ambientes favoráveis aos seres humanos. A nosso ver, o 
design é a ferramenta com a qual se pode contar para melhoria do padrão de 
qualidade dos objetos em geral (GOMES FILHO 2003). 
A	ergonomia	está	presente	nas	vestimentas	escolhidas,	na	xícara	onde	o	
café é bebido, na geladeira, na escova de dentes, no transporte para o trabalho etc. 
(GOMES FILHO 2003). 
Existem grupos de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 
dentro de empresas que supervisionam o cumprimento de diversas leis que asseguram 
o trabalhador. Os chamados “cipeiros” fazem com que as regras ergonômicas da empresa 
sejam cumpridas, por exemplo, lembrando os funcionários do uso de óculos de proteção, 
capacetes, abafadores de ruído, máscaras protetoras, botas e luvas especiais para o cuidado 
com a saúde.
FONTE: <https://www.researchgate.net/publication/311609477_AVALIACOES_
ERGONOMICAS_REALIZADAS_NO_ENSINO_DA_ERGONOMIA_NO_CURSO_DE_DESIGN>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
INTERESSA
NTE
FIGURA 23 – OBJETOS ERGONÔMICOS
FONTE: <encurtador.com.br/blwTX>; <encurtador.com.br/fitxI>; <encurtador.com.br/yW069>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DE OBJETOS
99
Ergonomia física trata da relação entre as atividades físicas executadas e as 
características da anatomia do ser humano, sua fisiologia, antropometria e biomecânica. 
Os principais tópicos analisados nesse tipo são: a postura no trabalho; a forma como os 
materiais são manuseados; a presença de movimentos repetitivos; a projeção dos postos de 
trabalho; os possíveis distúrbios musculoesqueléticos; a segurança e a saúde do trabalhador.
FONTE: <https://beecorp.com.br/blog/conheca-os-tipos-de-ergonomia/>. Acesso em: 
6 jan. 2021.
NOTA
	Segundo	Gomes	Filho	(2002),	existem	muitos	programas	de	ergonomia	
que	são	bastante	eficazes	na	busca	pelo	bem-estar	e	saúde	do	ser	humano,	que	
permitem minimizar os impactos das atividades por meio do cuidado com a 
saúde física e mental e garantem o uso de objetos com mais conforto e segurança. 
3.2 CONFORTO E FUNCIONALIDADE DOS OBJETOS
Os objetos utilizam como fonte tendência do homem para a troca e para 
o	comércio.	Esses	objetos	têm	um	fim	lucrativo	e	prático	de	uso	e	de	consumo,	
compreendendo que a origem dos objetos é o valor de troca, sendo assim, é a 
função social para a qual o objeto se comporta (BAUDRILLARD, 2008).
O	objetivo	dos	objetos	funcionais,	além	do	conforto,	é	atender	às	exigências	
e necessidades do cotidiano do ser humano (BAUDRILLARD, 2008).
A partir do momento em que o homem fabrica o primeiro objeto, 
institui-se uma relação duradoura entre eles que, consequentemente, 
os torna um par. O objeto torna-se o mediador entre o homem e o 
meio natural, desencadeando a evolução cultural humana. Os objetos 
são como testemunhas, pois por meio deles é possível reconstruir a 
evolução das sociedades humanas (POIRIER, 1999 apud CORRÊA; 
SILVA, 2013, p. 12).
A compreensão que se tem dos objetos, portanto, é de que, além de 
serem	bens	de	troca,	são	usados	com	a	finalidade	de	concederem	estabilidade	
ao	homem,	mesmo	que	por	vezes	essa	finalidade	seja	ultrapassada,	como	afirma	
Baudrillard (2008).
100
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
FIGURA 24 – CONFORTO E FUNCIONALIDADE
FONTE: <encurtador.com.br/gAUW8>; <encurtador.com.br/JNS02>; <encurtador.com.br/ixGH6>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O objeto de função tanto social quanto pragmática compõe um conforto 
no nosso cotidiano, e tudo o que é utilizado em nosso dia a dia são objetos que 
funcionam como meios agradáveis e usuais, para usufruirmos na vida de modo 
geral (POIRIER, 1999).
4 PROJETO DO OBJETO
 O projeto de objeto necessita de alguns estágios de desenvolvimento, em 
que há uma continuidade direta, com a mesma notação utilizada em cada estágio:
• Pesquisa de tendência a um estágio anterior.
•	 Adição	de	detalhes	às	classes	de	objetos	existentes.	
• Criação de novas horizontes para fornecer funcionalidade adicional.
Os	projetos	de	objetos	são	contextualizados	e	entendidos	numa	sequência	
de	procedimentos	 e	 buscam	uma	 resolução	de	problemas	 existentes,	 evitando	
assim	danos	na	fabricação	(LÖBACH,	2001).
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DE OBJETOS
101
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DE OBJETOS
No processo da criação de objetos, o designer precisa se conscientizar de 
que o alvo da relevância de suas emoções que envolvem o ambiente em questão, 
envolvem também uma concordância requisitada. Os objetos são as identidades e 
transmitem	significados,	valores	e	funções	(KRIPPENDORFF,	2006).
FIGURA 25 – PROCESSO DE CRIAÇÃO
FONTE: <https://parel.co/v3/wp-content/uploads/2018/06/3-960x600.jpg>; <https://cdn1.
vintepila.com.br/arquivos/2020/12/18202230/images-11-711x405.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Os aspectos da criação incluem a necessidade de padronização dos 
processos inerentes à produção de objetos, destacando uma evidência do grau de 
complexidade	dos	requisitos	envolvidos	na	produção	de	vários	artefatos.	Com	isso,	
tem-se	a	necessidade	de	contar	com	diferentes	profissionais	que	possam	responder,	
de forma coerente, pelo caráter e personalidade (KRIPPENDORFF, 2006).
Falando ainda sobre criação de objeto, o design de projetos insere 
apadronização dos processos e a qualidade dos objetos. Assim, adere 
uma	 proposta	 de	 desenvolvimento	 em	 um	 processo	 de	 produção	 eficaz	
(KRIPPENDORFF, 2006).
102
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
4.2 PROJETO COM ÊNFASE DE OBJETOS
O Design tem o objetivo de criar, idealizar e realizar projetos baseados 
nas tendências, além de atender requisitos de funcionalidade e qualidade. Esta 
profissão	 requer	 a	 união	 e,	 principalmente,	 o	 bom	 senso	 com	 profissionais	
específicos	e	criativos	(MUNARI,	2002).
FIGURA 26 – PROJETO DE OBJETOS
FONTE: <http://casa-decoracao.cotanet.com.br/img/site/produtos/projeto-de-play-ground.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O planejamento faz parte das necessidades estabelecidas, do objetivo do 
projeto até o desenvolvimento (MUNARI, 2002). 
O design deve manter uma conduta de organização e articulação de 
decisões para o desenvolvimento e realização do processo projetual, 
adotando a metodologia como um suporte para o designer no 
momento da criação e no desenvolvimento do produto (MUNARI, 
2002, p. 80). 
 
Caro acadêmico, conforme citado, o planejamento se adequa e controla 
os processos operacionais, passando pelas etapas, criação, qualidade geração, 
especificando	cada	detalhe	e	desempenhando	na	qualificação	do	produto.
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DE OBJETOS
103
LEITURA COMPLEMENTAR
SUSTENTABILIDADE NO DESIGN DE OBJETOS DO LAR MODERNO: 
ALGUNS SUBSÍDIOS
Letícia Pimentel
Marieli Moreira Gurgacz
1 INTRODUÇÃO 
Este artigo concentra-se em alertar a sociedade para algumas mudanças 
de hábito em seus lares, de forma a incluir o uso da sustentabilidade na decoração 
de interiores, através de artifícios como peças decorativas, mobiliários, acessórios, 
iluminação	 e	 reutilização	 de	 objetos	 e	 materiais	 já	 consumidos	 para	 fins	
decorativos e outros. 
Para a organização das Nações Unidas (ONU), o conceito de 
desenvolvimento	sustentável	é	definido	como	“o	desenvolvimento	que	satisfaz	
as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras 
de suprir suas próprias necessidades” (WCED, 1887, p. 43), ou seja, conciliar o 
uso de recursos naturais para atender as nossas necessidades, sem prejudicar as 
próximas	gerações,	visando	sempre	a	preservação	da	natureza.	
Com base nesta teoria, hoje podemos encontrar no Brasil diversas lojas 
de móveis e decoração e até mesmo empresas fabricantes de matéria-prima 
para	 estes	 com	 conceito	 100%	 sustentável,	 utilizando	madeiras	 reflorestadas,	
materiais reciclados, placas de bananeira e couro ecológico. Serão abordados 
temas como artesanato, Ecodesign e reutilização, sempre tendo como palavra-
chave a sustentabilidade.
2 REFERENCIAL TEÓRICO OU FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Alcançar o bem-estar em nossos lares envolve muitas vezes mudanças 
de atitude que estão diretamente ligadas à forma de decoração em nosso lar. 
Buscamos muitas vezes usar em nossa decoração objetos que nos remetam bem-
estar e boas recordações.
 Estes ambientes nos servem como abrigo, descanso, esperança, lembranças 
e muitas vezes como demonstração do nosso poder aquisitivo e de estilo de vida, 
ostentação, através de objetos e tipo de decoração que compõe cada ambiente.
 A decoração demonstra e muito a personalidade do usuário, por isso a 
decisão de como iremos compor um ambiente, no qual teremos contato diariamente, 
acaba	 tendo	 grande	 influência	 na	 nossa	 vida	 cotidiana.	 No	 livro	 Terapia	 do	
apartamento,	 o	 designer	 de	 interiores	 Maxwell	 Gillingham-Ryan	 percebe	 a	
sensibilidade de seus clientes ao espaço e constata: quando entra num ambiente, 
você absorve tudo o que está a sua frente como uma esponja seca absorvendo água.
104
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
 O seu corpo pode percorrer apenas uma pequena distância, mas seus 
olhos percorrem o cômodo inteiro, captando todas as partes, incluindo o teto, os 
cantos e o chão sob seus pés. O que você toca e sente, assim como o que você vê, 
invade você e o afeta. 
Em resultado, um ambiente pode fazê-lo se sentir distraído e pouco 
à vontade ou então confortável e bem-vindo. Um ambiente pode inspirar ou 
confundir. Pode fazê-lo sentir-se pequeno ou grande. Os ambientes têm um 
grande poder. (GILLINGHAM-RYAN, 2007, p. 14). 
Então se faz necessário o uso de mobiliários e acessórios decorativos 
para que o ambiente tenha sentido, pois é através destes que conseguimos 
definir	um	ambiente.	Quanto	ao	estilo,	muitas	vezes	este	está	 ligado	à	cultura,	
religião, personalidade, moda, classe social e a busca por melhor qualidade de 
vida.	Este	último	extremamente	necessário	tanto	para	o	usuário,	quanto	para	o	
meio ambiente, pois ao atermos uma consciência ambiental passamos a utilizar 
produtos que possuam “selos verdes” e também praticar o reaproveitamento do 
que não se utiliza mais ou que ainda podemos encontrar sem uso para a criação 
de objetos, peças decorativas, luminárias, pufes, sapateiras e tantos outros. 
Na visão do arquiteto Glaucus Cianciardi (2010), a respeito da decoração 
de um ambiente, uma casa por si só, não é um lar. É um objeto arquitetônico 
inanimado, destinado ao abrigo do ser humano. Somente após um processo 
etológico de domínico territorial tal espaço se transforma em lar. A decoração faz 
parte dessa apropriação espacial. 
Decorar é, com a mediação de objetos, conferir sentidos a um lugar, 
tornando-o	mais	significativo	que	um	simples	abrigo;	é	tornar	público	de	modo	
privado de ser de cada indivíduo, é apropriar-se do espaço, submetendo-os aos 
desígnios	de	quem	o	habita,	de	 forma	que	o	 reflita	 tal	qual	um	espelho	a	 sua	
imagem e semelhança.
Os móveis são elementos fundamentais para a composição de um 
ambiente, os acessórios como vasos, cortinas, tapetes, luminárias e outros 
também tem grande importância na decoração. Alguns acessórios podem 
dar uma “nova cara” ao ambiente e torná-los, além de agradáveis, um espaço 
ecologicamente correto.
2.1 A RELAÇÃO ENTRE DECORAÇÃO DE INTERIORES E 
SUSTENTABILIDADE 
Visando a busca de possíveis novos caminhos para o desenvolvimento 
sustentável, aconteceu em junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, o evento 
Rio+20, realizado pela Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e 
desenvolvimento.
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DE OBJETOS
105
 Uma das propostas do evento foi discutir a relevância da proposição de 
novos paradigmas para Arquitetura e o Design. Para o Design de interiores, esta 
questão vem a ser um fator importante, pois a proposta de se buscar alternativas 
que associe o menor impacto ambiental possível sem renunciar a tecnologia pode 
ser a principal diferença em projeto de interiores. Em 1987, através do Relatório 
Brundtland ou nosso futuro comum (Our Common Future), foi formada uma 
comissão composta por ONGs e cientistas do mundo inteiro, que defendem o 
desenvolvimento sustentável. 
O	relatório	também	aponta	a	incompatibilidade	existente	entre	produção,	
consumo e desenvolvimento sustentável, lembrando-se da necessidade do 
homem em ter uma nova relação com meio ambiente.
 Baseado neste princípio, o relatório defende que o atendimento das 
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações 
futuras atenderem as suas próprias necessidades (WCED, 1991). A decoração de 
interiores, de um modo geral, está relacionada à escolha de cores, iluminação, 
materiais ou mobiliários mais adequados para cada ambiente, e também revelam 
nossa personalidade e a forma como pensamos. 
Podem ser aplicados tanto para o ambiente interno como para ambientes 
externos	 (terraço	 e	 sacadas).	 Quando	 se	 pensa	 em	 decoração	 de	 interiores	
sustentável, vem em mente uma decoração como custo elevado dos produtos, mas 
com criatividade e alternativas simples como uso do artesanato local para peças de 
decoração, reciclagem ou reaproveitamento do objeto que já temos em casa.
 O reaproveitamento de alguns objetos ou a utilização de itens feitos de 
materiais reciclados, além de econômico, é sinônimode sustentabilidade, pois ao 
se optar por um projeto de interiores sustentável estaremos não só contribuindo 
para a redução do impacto ambiental, mas também estaremos melhorando a 
qualidade de vida do usuário e das gerações futuras.
3 METODOLOGIA 
Neste trabalho, busca-se apresentar os aspectos relevantes para a 
reutilização de materiais na decoração de interiores, nas suas diversas formas, 
buscando de forma sustentável e econômica suprir todas as necessidades do 
indivíduo, bem como seu conforto, satisfação, bem-estar e respeito para com o 
meio ambiente, visando diminuir o descarte incorreto de materiais na natureza.
	 Este	 estudo	 tem	 caráter	 dissertativo	 e	 bibliográfico,	 visando	 expor	 o	
tema	e	seus	desdobramentos	através	de	concepções	iniciais,	reflexivas	e	efetivas,	
bem como busca na literatura já publicada analisar e discutir tais contribuições 
para um embasamento prático e teórico que habilitam a produção e discussão 
do trabalho.
106
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO
4 ANÁLISES E DISCUSSÕES 
O trabalho teve como objetivo demonstrar como a decoração de interiores 
pode ser harmoniosa e criativa com diversos meios sustentáveis, usando diversas 
maneiras de reutilização de materiais. 
Para isso, foram pesquisadas técnicas e materiais utilizados e seus diversos 
usos na decoração de interiores. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Percebemos que a questão da sustentabilidade é fundamental para nós e 
para as gerações futuras. 
É evidente que a decoração de interiores, assim como a construção civil, 
tem uma grande contribuição nos danos causados ao meio ambiente. Por estes 
motivos o presente artigo espera esclarecer que decorar sem agredir o meio 
ambiente não pode ser considerado somente como tendência, mas práticas a serem 
seguidas	daqui	em	diante.	A	criatividade	de	profissionais	do	ramo	e	de	nossas	
atitudes aliada a sustentabilidade em nossos lares, através do reaproveitamento 
do	que	seria	jogado	no	lixo,	pode	tornar	qualquer	ambiente	agradável,	confortável	
e	sofisticado.	Mais	do	que	inovar,	temos	que	ter	um	“novo	olhar”,	um	olhar	que	
se preocupa com o futuro do planeta em que vivemos. 
Atualmente,	existem	esforços	por	meio	de	empresas	para	produzir	produtos	
com conceito 100% sustentáveis, além de termos a opção de optar pelo artesanato e/ 
ou	reaproveitamento	do	que	já	não	utilizamos	mais	ou	que	iríamos	jogar	no	lixo.	O	
Ecodesign vem para contribuir com as questões ecológicas de muitas empresas e do 
planeta, pois o impacto ambiental provocado pelas indústrias é bem menor quando se 
trabalha com os princípios de um projeto Ecodesign. 
Apesar de todos os princípios apresentados nesse artigo, na busca de um 
planeta mais sustentável, os métodos de redução dos impactos ambientais devem 
ser utilizados de acordo com a necessidade de cada ambiente e de acordo com a 
possibilidade econômica do usuário. 
Conclui-se que a decoração produz em cada um de nós sensações diferentes, 
mas ao termos a consciência de que a decoração voltada para um mesmo objetivo, ou 
seja, um planeta melhor, mais sustentável, a sensação se torna algo encantador, pois 
sabemos que estamos fazendo bem para nó e para o planeta.
 As alternativas mostradas neste artigo são apenas uma pequena 
contribuição para minimizar os impactos ambientais, mas que servem como 
reflexão	para	ações	sustentáveis	dentro	e	fora	dos	nossos	lares.
FONTE: Adaptado de <https://www.fag.edu.br/upload/ecci/anais/5b8d77607abe6.pdf>. Acesso em: 
6 jan. 2021.
107
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A matéria-prima utilizada na indústria de objetos representa uma variedade 
de	 recursos	 na	 finalização	 do	 produto,	 proporcionando	 a	 produtividade	 e	
desempenho dos materiais utilizados. Assim, amplia outras atividades, que 
resulta na escolha adequada para o fornecimento de insumos.
• Nos projetos que os designers desenvolvem, já se sabe a importância de qual 
matéria-prima	que	o	profissional	irá	trabalhar.
• Os objetos utilizam como fonte a tendência do homem para a troca e para o 
comércio.
• O objeto tem função tanto social quanto pragmática.
• Os objetos compõem um conforto no nosso cotidiano, e tudo o que é utilizado 
em nosso dia a dia são objetos que funcionam como meios agradáveis e usuais, 
para usufruirmos na vida de modo geral.
•	 Os	projetos	de	objetos	são	contextualizados	e	entendidos	numa	sequência	de	
procedimentos	 e	 buscam	 uma	 resolução	 de	 problemas	 existentes,	 evitando	
assim danos na fabricação. 
Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem 
pensando em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao 
AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
108
1 A ergonomia é um conceito muito utilizado e requisitado no design, 
proporcionando objetos e ambientes. Descreva as características para o 
desenvolvimento de um objeto ergonômico.
2 Os designers apresentam suas próprias personalidades durante o processo 
de criação, cada qual na sua maneira de desenvolvimento das peças e sua 
maneira de trabalhar. Descreva as características dos critérios de processo 
para o desenvolvimento de uma peça. 
3 Alguns setores das indústrias são responsáveis por suprimentos para o 
desenvolvimento	de	um	produto,	em	específico	como	de	minerais	industriais	
ou	não	metálicos.	Sobre	o	exposto,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a) ( ) Matérias-primas naturais e matérias-primas sintéticas.
b) ( ) Ergonomia e Materiais industriais.
c) ( ) Design e materiais não metálicos.
d) ( ) Funcionalidade, Ergonomia e Design.
4 Cada designer apresenta um projeto de objeto visando uma tendência 
para troca e para o comércio A partir desse conceito, assinale a alternativa 
CORRETA conforme o modo de apresentação.
a)	 (			)	 A	tendência	não	está	relacionada	ao	processo	de	cada	profissional	para	a	
concepção da peça, na utilização, dando início ao seu processo de criação.
b)	 (			)	 A	tendência	está	relacionada	à	apresentação	dos	produtos	ao	cliente	final.	
c)	 (			)	A	tendência	está	relacionada	ao	maquinário	necessário	para	finalização.
d) ( ) O objetivo dos objetos funcionais, além do conforto, é atender às 
exigências	e	necessidades	do	cotidiano	do	ser	humano.	
5 Alcançar o bem-estar em nossos lares envolve, muitas vezes, mudanças de 
atitude que estão diretamente ligadas à forma de decoração em nosso lar. 
Buscamos muitas vezes usar em nossa decoração objetos que nos remetam 
bem-estar e boas recordações. A partir desse pressuposto, assinale a 
alternativa CORRETA relacionada a função do ambiente: 
a) ( ) Estão relacionadas às técnicas e métodos que podem ser empregados 
nos espaços.
b) ( ) Servem-nos apenas para o processo de descanso.
c) ( ) Nos servem como abrigo, descanso, esperança, lembranças e muitas 
vezes como demonstração do nosso poder aquisitivo e de estilo de 
vida, ostentação, através de objetos e tipo de decoração que compõe 
cada ambiente.
d) ( ) Nenhuma alternativa está correta.
AUTOATIVIDADE
109
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industriais. São Paulo: Edgard Brücher, 2001.
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intranet.df.sebrae.com.br/download/uam/Pesquisa/Artesanato/Termo%20de%20
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COLÓQUIO DE MODA, 6., 2010, São Paulo. Anais [...]. São Paulo: Anhembi 
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DESENVOLVIMENTO. Manual de Oslo: proposta de diretrizes para coleta e 
interpretação de dados sobre inovação. 3. ed. 2005. Rio de Janeiro: FINEP, 2005. 
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SLACK, N. et al. Administração da Produção. 2.ed. São Paulo: Altas, 2008.
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engenharia. São Paulo: Makron Books, 1998.
VARGAS, R. V. Gerenciamento de projetos: estabelecendo diferenciais 
competitivos. 6. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2005.
113
UNIDADE 3 — 
PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE 
EMBALAGENS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• aprender os conceitos de linguagem das embalagens;
• diferenciar a história das embalagens;
• entender a importância da sustentabilidade das embalagens; 
• conceituar as tendências das embalagens;
• distinguir os princípios do planejamento e controle das embalagens;
•	 identificar	materiais	e	processos	de	fabricação;
• compreender a importância da ergonomia e conforto das embalagens;
•	 conhecer	o	processo	de	criação	das	embalagens.
Esta	unidade	está	dividida	em	três	tópicos.	No	decorrer	da	unidade,	
você	 encontrará	 autoatividades	 com	 o	 objetivo	 de	 reforçar	 o	 conteúdo	
apresentado.
TÓPICO	1	–	HISTÓRIA	DO	DESIGN	COM	ÊNFASE	NAS	EMBALAGENS
TÓPICO	2	–	DESENVOLVIMENTO	DA	PRODUÇÃO	DA	EMBALAGEM
TÓPICO	3	–	CRIAÇÃO	PROJETUAL	DA	EMBALAGEM
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
114
115
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1 — 
HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE NAS EMBALAGENS
A embalagem é originalmente e necessariamente um dos itens principais 
no	mercado	do	consumidor,	que	une	as	ideias	e	a	criatividade	dos	designers	de	
embalagens.	Ela	possui	várias	 funcionalidades	para	 facilitar	o	armazenamento	
e	proporcionar	condições	favoráveis	na	utilização	e	práticas	do	cotidiano,	como	
transporte	e	conservação	do	produto	(MESTRINER,	2001).
O designer tem como papel fundamental colocar a sua criatividade no 
campo	projetual,	tendo	como	prioridade	a	integração	das	relações	do	consumidor	
no	mundo	do	mercado,	além	de	hostilizar	ferramentas	metodológicas	para	novas	
ideias	no	setor	e	alcançar	as	metas	designadas	(MESTRINER,	2001).
Mestriner	 (2001)	 admite	 a	 importância	 de	 práticas	 adequadas	 à	
sustentabilidade	 no	 setor	 de	 embalagense	 no	 entretenimento	 empresarial,	
questionando	determinados	modelos	e	inovações	no	desenvolvimento	de	produtos.	
A	 partir	 desses	 pressupostos,	 no	 Tópico	 1	 estudaremos	 os	 seguintes	
temas:	 (1)	 a	 compreensão	 da	 linguagem	 e	 da	 estética,	 funcionalidade	 das	
embalagens;	 (2)	 estudo	 dos	 elementos	 compositivos	 da	 criatividade	 dos	
designers;	 (3)	 identificação	e	abordagem	da	 importância	e	da	necessidade	da	
sustentabilidade	das	embalagens.
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN 
DA EMBALAGEM
Neste	subtópico	estudaremos	a	história	e	o	processo	de	desenvolvimento	da	
linguagem	das	embalagens	específicas	e	na	relação	com	o	homem,	abordaremos	a	
importância	da	ferramenta	do	marketing	e	a	necessidade	específica	do	suporte	da	
comunicação	visual	(MESTRINER,	2001).
Contextualizando	 o	material	 de	 informação,	 podemos	 entender	 como	 a	
linguagem	visual	da	embalagem	tem	um	papel	fundamental	de	atração	frente	ao	
consumidor,	revertendo	em	valores	importantes	ao	consumo	(FANTONI,	2003).
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
116
FIGURA 1 – OBJETOS DE EMBALAGENS
FONTE: <encurtador.com.br/tJKTU>; <encurtador.com.br/bLNV4>; encurtador.com.br/eluO2>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
A estética de uma embalagem é muito relevante e fundamental para 
um	produto,	 também	 é	 um	 fator	 essencial	 na	 apresentação,	 pois	 apresenta	 as	
estratégias	de	projeto,	produção	e	venda	final,	além	de	definir	um	produto	de	
qualidade	(FANTONI,	2003).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE NAS EMBALAGENS
117
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DAS EMBALAGENS
 A linguagem da embalagem é entendida como uma competência na 
relação	entre	a	produção,	o	consumidor	e	o	designer,	já	que	abrange	as	questões	
estruturais,	estéticas,	na	economia	e	na	mercadologia	(FANTONI,	2003).
As competências de uma embalagem aliam-se a um bom projeto na 
elaboração	do	designer,	com	a	intenção	de	causar	uma	boa	impressão	de	formas,	
cores,	dimensões	e	prováveis	movimentos.	Com	isso,	aderem-se	determinados	
valores	(MESTRINER,	2001).
Os	designers	precisam	evoluir	cada	vez	mais	para	uma	visão	abrangente	
do	 processo,	 indo	 além	 das	 questões	 relacionadas	 exclusivamente	
com	o	desenho	como	a	forma,	as	cores,	imagens	e	letras	que	são	sua	
especialidade	para,	no	caso	do	design	de	embalagem,	atuarem	também	
como	geradores	de	ideias,	sentimentos	e	percepções	que	se	incorporem	
ao	 produto	 constituindo	 ao	 mesmo	 tempo	 expressão	 e	 atributo	 de	
seu	conteúdo.	Isto	representa	uma	nova	fronteira	para	a	atuação	dos	
designers	e	eles	terão	neste	campo	de	atuação	muito	mais	a	contribuir	
com	sua	sensibilidade	e	sua	expertise	(MESTRINER,	2001,	p.	74).
FIGURA 2 – FUNDAMENTOS DAS EMBALAGENS
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/05/0d/60/050d60864f5991e6b56329fbc7416246.jpg>; 
<https://i2.read01.com/SIG=k8itp8/3049774f42694458414c.jpg>. Acesso em: 8 jan. 2021.
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
118
Na	construção	de	uma	linguagem	propriamente	dita	de	uma	embalagem,	
devem	ser	incorporadas	funções	específicas,	que	identifiquem	com	mais	facilidade	
seu	conteúdo	por	meio	de	uma	forma	adequada	(SUDJIC,	2010).	
Uma	 árvore	 tem	 coerência:	 o	 contorno	 de	 sua	 silhueta,	 a	 forma	
da	folha,	os	anéis	de	seu	tronco,	a	 forma	de	suas	raízes,	 tudo	 isso	é	
formado	pelo	mesmo	DNA;	e	 tem	a	mesma	categoria.	E,	num	certo	
nível,	queremos	que	os	objetos	feitos	pelo	homem	reflitam,	ou	imitem,	
essa	 propriedade.	 Quando	 vemos	 que	 não	 a	 possuem,	 ficamos	
decepcionados	(SUDJIC,	2010,	p.	17).
Visto	 isso,	 a	 identificação	 de	 um	 design	 estrutural	 é	 necessária	 para	
diferenciar	os	produtos	por	meio	de	sua	forma,	sendo	uma	ferramenta	poderosa,	
a	 fim	 de	 permitir	 uma	 rápida	 identificação	 entre	 determinados	 produtos	
(SUDJIC,	2010).
2.2 ESTÉTICA DO DESIGN DAS EMBALAGENS
Estudos	 apontam	 que	 é	 fundamental	 uma	 proposta	 inteligente	 para	
uma	embalagem,	ou	seja,	um	design	bem	elaborado,	com	atributos	visuais,	que	
constroem	e	proporcionam	algo	desejável	e	atraente,	tanto	para	o	produto	como	
para	o	consumidor	(cliente)	(MATOS,	2005).
Além	da	estética	visual	do	produto,	atribui-se	também	a	um	bom	atrativo,	
como	a	qualidade	e	as	especificações	nas	embalagens,	 iniciando	uma	provável	
apropriação	ou	não	do	produto	pelo	consumidor	(MATOS,	2005).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE NAS EMBALAGENS
119
FIGURA 3 – A ESTÉTICA DA EMBALAGEM
FONTE: Adaptada de <http://www.portubrasil.com.br/35-exemplos-de-embalagens-criativas/>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
Por definição, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) enumera as 
características e significados da embalagem e seus componentes: 
• Embalagem – Invólucro, recipiente ou qualquer forma de acondicionamento, removível 
ou não, destinada a cobrir, empacotar, envasar, proteger ou manter, especificamente ou 
não, os produtos.
• Embalagem externa – Embalagem destinada a conter a embalagem interna. 
• Embalagem interna – Embalagem que está em contato direto com o produto. 
• Embalagem primária – Acondicionamento que está em contato direto com o produto 
e que pode se constituir em recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de proteção, 
removível ou não, destinado a envasar ou manter, cobrir ou empacotar matérias-primas, 
produtos semielaborados ou produtos acabados.
• Embalagem secundária – A que protege a embalagem primária para o transporte, 
armazenamento e distribuição.
• Rótulo – Identificação impressa, litografada, pintada, gravada a fogo, a pressão ou 
autoadesiva, aplicada diretamente sobre recipientes, embalagens, invólucros ou 
qualquer protetor de embalagem externo ou interno, não podendo ser removida ou 
alterada durante o uso do produto e durante o seu transporte ou armazenamento.
FONTE: <http://www.respostatecnica.org.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NTY0MQ==>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
IMPORTANT
E
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
120
FIGURA 4 – EMBALAGENS E RÓTULOS
FONTE: Adaptada de <http://www.abre.org.br/premio_2018/vencedores_bronze.php>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
A	 estética	 da	 mercadoria	 cumpre	 sua	 função	 somente	 no	 tocante	
às	 necessidades.	 No	 caso	 de	 determinadas	 mercadorias,	 ela	 precisa	
aguçá-las	e	coagi-las	com	toda	 intensidade.	Seu	sucesso	está	em	uma	
determinada	necessidade	de	 exigir	 imperiosamente	 a	 apropriação	da	
mercadoria	anunciada.	A	forma	da	apropriação	fica	em	aberto.	Ela	pode	
apenas	colocar	no	mundo	imagens	para	as	quais	os	seus	destinatários	
afluem,	ansiosos	por	mercadorias.	Desse	modo,	o	sinal	de	sucesso	deve	
ser	visto	não	só	no	volume	de	vendas	(HAUG,	1997,	p.	50-51).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE NAS EMBALAGENS
121
A estética no design de embalagem é uma imagem remetida como 
linguagem	visual,	necessariamente	com	várias	informações	que	compõem	uma	
característica	 individual	 e	 apresentam	 ao	 consumidor	 experiências	 sensoriais.	
Com	 isso,	promove-se	uma	dependência	do	seu	 repertório,	 em	que	a	 ilustração	
bem	posta	é	primordial	(MESTRINER,	2001).
3 HISTÓRIA E TEORIA DA EMBALAGEM
Desde	 o	 início	 da	 humanidade,	 já	 era	 decorrente	 a	 necessidade	 de	
proteger	e	transportar	alimentos.	Na	Grécia	antiga,	por	volta	do	ano	1000	a.C.,	
por	 exemplo,	 os	médicos	 embalavam	os	 remédios	 em	 recipientes	de	 bambu	 e	
jarros	de	barros	(MOURA;	BANZATO,	2003).
No	 decorrer	 do	 avanço	 de	 cada	 época,	 exigia-se	 uma	 corporação	 cada	
vez	com	mais	recurso	e	efeitos	visuais,	e	em	1830,	os	rótulos	de	identificação	de	
uma cor eram usados em todas as embalagens para diversos tipos e formas de 
produtos	(MOURA;	BANZATO,	2003).
Em	 1850,	 George	 Baxter	 inventou	 o	 método	 de	 cromolitografia,	 que	
permitia	 criar	 impressões	 coloridas.	 Com	 esta	 ideia	 e	 técnica	 inovadora,	 as	
imagens	proporcionam	a	possibilidade	de	uma	visualização	coerente,	que	torna	
os	produtos	mais	atraente	e	vendáveis	(EVANGELISTA,	2001).	
3.1 HISTÓRIA DA EMBALAGEM
A	 história	 da	 embalagem	 surgiu	 há	milharesde	 anos,	 tendo	 como	 sua	
base	as	necessidades	do	homem	primitivo	para	transportar	seus	alimentos.	Como	
caçador	e	a	procura	de	abrigos	novos,	o	homem	daquela	época	sentia	a	necessidade	
de	algum	recipiente,	como	artefatos	da	natureza,	para	o	transporte	de	alimentos	e	
água,	para	suas	longas	e	intermináveis	viagens	(EVANGELISTA,	2001).
FIGURA 5 – RECIPIENTES NATURAIS
FONTE: <encurtador.com.br/vBHU5>; <encurtador.com.br/jrsv1>. Acesso em: 8 jan. 2021.
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
122
A	natureza,	por	sua	eficiência,	proporcionava	a	conservação	de	alimentos,	
como	 cascas	 ou	 películas	 do	 reino	 vegetal	 e	 animal,	 como:	 bananas,	 noz,	
amendoim,	vagens	etc.,	já	no	mundo	animal	seriam	os	ovos,	conchas,	cascos	de	
tartaruga	etc.	(EVANGELISTA,	2001).
Geram	um	mundo	experimental,	de	um	pensar	e	agir	em	hipóteses	–	
do	que	seria	possível,	se	nem	sempre	provável.	O	que	da	amplitude	à	
imaginação	é	essa	nossa	capacidade	de	perfazer	uma	série	de	atuações,	
associar	 objetos	 e	 eventos,	 poder	 manipulá-los,	 tudo	 mentalmente,	
sem	precisar	de	sua	presença	física	(OSTROWER,	2009,	p.	20).
FIGURA 6 – EMBALAGENS DE VIDROS
FONTE: <http://cmykdigest.com/wp-content/uploads/2020/03/Global-Embalagens-de-vidro-
Market.jpg>. Acesso em: 8 jan. 2021.
Com	 a	 necessidade	 de	mais	 conservação	 de	 alimentos,	 surgiu	 um	 dos	
modelos	mais	antigos,	utilizado	até	hoje,	que	é	o	vidro.	O	vidro	surgiu	nos	anos	
3.000	a.C.,	criado	pelos	egípcios.	Com	o	vidro,	aprimoravam	e	conservavam	os	
alimentos,	além	de	servir	também	como	objeto	de	decoração	(MOURA,	2003).	
Já	 no	 Século	 XVIII,	 devido	 à	 Revolução	 Industrial,	 a	 produção	 de	
embalagens	 alterou	 um	 comportamento	 de	 mercado,	 exigindo	 uma	 inovação	
de	embalagens	mais	 conservadoras	de	alimentos	a	um	preço	acessível.	Assim,	
desenvolveu-se	uma	produção	em	escala	de	vidros.	(MOURA,	2003).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE NAS EMBALAGENS
123
3.2 DESIGNERS DE EMBALAGENS
Conforme	 o	 trecho	 anterior,	 o	 desenvolvimento	 das	 embalagens	
vem	 acompanhando	 a	 história	 da	 sociedade	 desde	 que	 o	 homem	 percebeu	 a	
necessidade	de	 transportar	 e	 conservar	 alimentos	 e	 objetos	para	 suas	viagens,	
surgindo	alguns	recipientes	(CAMARGO,	NEGÃO,	2007).
 Os designers entram nesse mundo das embalagens como criadores 
fundamentais	 dos	 projetos,	 exercendo	 um	 papel	 importante,	 com	 pesquisas	
para	 cada	 produto	 específico,	 estética	 e	 valores.	 As	 primeiras	 embalagens	
foram	desenvolvidas	de	modo	artesanal	e	cumpriam	basicamente	as	funções	de	
contenção,	proteção	e	transportes	de	alimentos	(CAMARGO,	NEGÃO,	2007).
FIGURA 7 – DESIGNERS DE EMBALAGENS
FONTE: <https://www.flexoglobal.com/graphics/press-releases/2019/dalim-05.png>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
O papel dos designers de embalagens como princípio fundamental é 
projetar	e	desenvolver	uma	atividade	multidisciplinar	que	envolve	várias	áreas	
do conhecimento:
•	 Marketing	(ferramenta	de	comunicação).
•	 Projeto	(estética).
•	 Produção	(material	e	conhecimento	técnico).
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
124
FIGURA 8 – PROJETO DE EMBALAGEM
FONTE: <http://blog.indumak.com.br/projeto-de-desenvolvimento-de-embalagem/>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
O desenvolvimento da embalagem necessariamente passa por 
várias	 etapas,	 incluindo	 o	 estudo	 de	 cada	 produto	 para	 a	 execução	 de	 um	
projeto.	 É	 essencial	 que	 todos	 os	 envolvidos	 na	 cadeia	 produtiva	 tenham	 um	
comprometimento	 neste	 processo,	 conheçam	 cada	 aspecto	 e	 compartilhem	
informações	e	responsabilidades	para	que	o	resultado	em	uma	embalagem	seja	
eficiente	(ROMANO,	1996).
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DA EMBALAGEM
Embalagens	 sustentáveis	 são	uma	 forma	de	 reduzir	os	danos	causados	
pelos	descartes,	considerando	como	principalmente	o	uso	de	material	orgânico	
ou	 recicláveis,	 que	 não	 demandam	muita	 energia	 e	 recursos	 naturais	 em	 sua	
produção	 e	 que,	 após	 o	 seu	 descarte,	 tenham	 impactos	 ambientais	 reduzidos,	
podendo	ser	medidos	por	meio	da	Avaliação	de	Ciclo	de	Vida	(ACV)	de	produtos	
(MANZINI,	2008).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE NAS EMBALAGENS
125
As embalagens de alumínio podem ser consideradas sustentáveis, pois são 
infinitamente recicláveis. Além disso, o alumínio não é tóxico para o organismo (mas é 
preciso tomar cuidado com o bisfenol, um tipo de plástico que reveste latas de alimentos 
e age como um disruptor endócrino).
FONTE: <https://www.ecycle.com.br/6316-embalagens-sustentaveis.html>. Acesso em: 
8 jan. 2021.
INTERESSA
NTE
FIGURA 9 – SUSTENTABILIDADE
FONTE: <https://semeandoautores.com.br/sustentabilidade-reciclagem/>. Acesso em: 8 jan. 2021.
A sustentabilidade é um tópico muito explorado no mundo todo e em 
todas	as	áreas.	A	indústria	produtiva	foi	aderindo	a	essa	ideia	para	estimular	o	
consumo,	não	muito	diferente	para	o	mundo	dos	designers,	nas	suas	criações	
e	 desenvolvimento,	 para	 o	 uso	 correto	 de	 matérias-primas	 (MANZINI;	
VEZZOLI,	2002).
4.1 RECURSOS PARA DESENVOLVIMENTO DE 
EMBALAGENS
A complexidade dos projetos de embalagens é fundamental para o 
desenvolvimento	 no	 desempenho	 e	 na	 finalização	 do	 produto,	 atendendo	 à	
necessidade	do	mercado	físico	e	virtual	(ZAVADIL;	SILVA,	2013).
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
126
Os	 requisitos	 importantes	 para	 uma	metodologia	 no	 desenvolvimento	
de	 embalagens,	 segundo	 Rotandaro,	 Miguel	 e	 Gomes	 (2010),	 sugerem	 uma	
priorização	de	algumas	relevantes	etapas:
•	 aspectos	do	produto,	focando	as	informações	como	aparência,	necessidade	de	
proteção,	detalhamento	de	distribuição	etc.;
• projeto do transporte;
•	 material	adequado,	especificando	o	tipo	de	proteção	necessária;
•	 avaliação	do	projeto,	cujo	foco	principal	recai	sobre	os	custos	da	embalagem.
FIGURA 10 – EMBALAGENS ESPECÍFICAS
FONTE: <http://www.portubrasil.com.br/wp-content/uploads/2017/04/018.jpg>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
No	 processo	 de	 desenvolvimento	 de	 embalagens,	 os	 designers	
responsáveis	 devem	 estabelecer	 uma	 pesquisa	 e	 unir	 informações,	 avaliando	
a	 relação	do	 consumidor	 com	o	 produto,	 aderindo	um	processo	 específico	de	
comunicação	efetiva.
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE NAS EMBALAGENS
127
4.2 MATÉRIAS-PRIMAS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL 
PARA EMBALAGENS
As	matérias-primas	 utilizadas	 nas	 embalagens	 são	muito	 variadas.	As	
pesquisas	de	desenvolvimento	estão	avançando	nos	estudos	mais	aprofundados	
para	que	novos	produtos	e	insumos	cheguem	ao	mercado	consumidor.
	 A	 matéria-prima,	 especificamente	 as	 sustentáveis,	 são	 uma	 excelente	
ferramenta	no	desempenho	de	uma	embalagem,	atuando	como	um	“vendedor	
oculto”	nas	gôndolas,	pois	assume	um	papel	importante	de	novas	personalidades,	
como	beleza	e	sofisticação	(EVANGELISTA,	2001).
Citaremos	 alguns	 dos	materiais	 e	 insumos	mais	 tradicionais	 utilizados	
para	elaboração	de	embalagens	sustentáveis:
•	 Os	adesivos	termoplásticos,	desenvolvidos	para	a	aplicação	por	equipamentos	
automáticos.
•	 O	metal,	como	folhas	de	flandres,	alumínio	e	fibra	de	lata.
•	 A	 madeira,	 considerada	 a	 primeira	 embalagem	 modernas,	 utilizada	 para	
transportes	de	produtos.
•	 O	 papel	 cartão,	 uma	 folha	 de	 papel	 espessa	 e	 rígida,	 formada	 de	 pasta	 de	
celulose.
•	 O	papel	kraft,	um	papel	resistente,	em	tons	de	marrom,	dependendo	da	origem	
da	celulose.
•	 O	plástico,	que	é	utilizado	em	diversas	embalagens	como	filmes,	sacos,	tubos,	
engradados	e	frascos.
•	 Vidro,	que	é	um	dos	materiais	mais	antigos	usados	na	fabricação	de	embalagens.	
Uma das iniciativas de preservação do meio ambiente é a reciclagem dos 
itens que consumimos, entre eles as latas de aço. Material 100% reciclável, as latas de 
aço podem ser revalorizadas infinitas vezes e virar ferramentas, automóveis, geladeiras, 
dobradiças, maçanetas, vigas para construção civil e novas embalagens.
 “A lata de aço pode ser facilmente separada de outros materiais por meiode um 
processo magnético, que facilita a triagem para a reutilização. A sustentabilidade do aço 
ainda pode ser comprovada em seu processo de fabricação, pois as embalagens de aço pós 
consumo são fundamentais para a fabricação de novo aço”, comenta Thais Fagury, presidente 
da Associação Brasileira de Embalagem de Aço (Abeaço). Segundo dados mais recentes do 
Instituto Aço Brasil, 8,9 milhões de toneladas de sucata de aço foram recicladas em 2017.
FONTE: <https://www.temsustentavel.com.br/10-curiosidades-sobre-latas-de-aco/>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
INTERESSA
NTE
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
128
FIGURA 11 – MATÉRIA-PRIMA SUSTENTÁVEL
FONTE: <https://observatorio3setor.org.br/noticias/escola-implanta-projeto-com-foco-na-
gestao-sustentavel-lixo/>. Acesso em: 8 jan. 2021.
A	demonstração	do	avanço	na	pesquisa	e	desenvolvimento	de	embalagens	
de	baixo	 impacto	ambiental,	 especificamente,	apresenta	os	principais	 insumos	ou	
matérias-primas	das	embalagens	sustentáveis,	expondo	como	principal	caraterística	
serem	úteis,	ativas	e	inteligentes	(LAKATOS	e	MARCONI,	2008)
129
Neste tópico, você aprendeu que:
•	 Na	 história	 da	 embalagem	 que	 se	 torna	 viável	 um	 estudo	 de	 grande	
conhecimento por análises dos projetos desenvolvidos e sobre os modos de 
mediação	 e	 comunicação	 tecnológica,	 acentuando	 cada	 estilo,	 qualidade,	
funcionalidade	e	estética	do	produto	de	cada	época.
•	 A	embalagem	requer	a	criatividade	de	um	designer	de	embalagens,	remetendo	
um	desempenho	em	pesquisas,	informações	e	aderindo	a	estudos	para	compor	
as	necessidades	necessárias	para	idealizar	o	produto		
• A sustentabilidade e reciclagem de matérias-primas em todas as áreas 
produtivas	 aderiram	 à	 necessidade	 de	 eliminar	 lixos	 para	 evitar	 uma	
agressão	ao	meio	ambiente,	além	de	estimular	e	 incentivar	o	consumo	de	
embalagens	sustentáveis.	
•	 O	desenvolvimento	 e	os	 recursos	 sustentáveis	 se	definem	nas	necessidades	do	
presente	e	do	futuro,	pois	estabelece	um	grande	aumento	no	setor	econômico,	
além	da	proteção	ambiental.
•	 A	 estética	 é	 fundamental,	 principalmente	 na	 aparência	 da	 embalagem,	 pois	
proporciona	soluções	e	estratégias	de	projeto,	produção	e	venda	final,	além	de	
definir	também	um	produto	de	qualidade.
RESUMO DO TÓPICO 1
130
1	 Na	história	e	o	processo	de	desenvolvimento	da	linguagem	das	embalagens	
específicas	na	relação	com	o	homem	é	abordada	a	importância	da	ferramenta	
do	marketing	e	a	necessidade	específica	do	suporte	da	comunicação	visual	
(MESTRINER,	 2001).	A	partir	 desses	pressupostos,	 assinale	 a	 alternativa	
CORRETA com as características de abordagem da história da embalagem: 
FONTE: MESTRINER, F. Design de embalagens – curso básico. São Paulo: Makron Books, 2001.
a)	 (			)	 Importância	da	ferramenta	do	marketing	e	suporte	da	comunicação	visual.
b)	(			)	Importância	da	ferramenta	do	marketing	e	comunicação	da	moda.
c)	 (			)	Comunicação	visual	da	moda	e	do	design	projetual.
d)	(			)	Importância	da	ferramenta	do	marketing	e	comunicação	da	mídia.
2	 A	estética	no	design	de	embalagem	é	uma	imagem	que	insere	a	linguagem	
de	elementos	visuais.	A	partir	desses	pressupostos	assinale	 a	 alternativa	
CORRETA	com	os	tópicos	condizentes:
a)	 (			)	 Não	remete	como	linguagem	visual.
b)	(			)	Remete	como	linguagem	visual,	mas	não	é	necessário	informações
c)	 (			)	Remete	 como	 linguagem	 virtual,	 necessariamente	 com	 várias	
informações,	que	não	compõe	uma	característica	individual.
d)	(			)	Remete	 como	 linguagem	 visual,	 necessariamente	 com	 várias	
informações,	compondo	uma	característica	individual.
3 Os designers entram neste mundo das embalagens como criadores 
fundamentais	dos	projetos,	exercendo	um	papel	importante,	com	pesquisas	
para	cada	produto	específico,	estética	e	valores.	As	primeiras	embalagens	
foram desenvolvidas de modo artesanal e cumpriam basicamente as 
funções	de	 contenção,	proteção	e	 transportes	de	alimentos	 (CAMARGO,	
NEGÃO,	2007).	A	partir	desses	pressupostos,	descreva	o	papel	principal	
dos	designers.
4	 O	papel	dos	designers	de	embalagens,	como	princípio	fundamental,	é	de	
projetar	e	desenvolver	uma	atividade	multidisciplinar	que	envolve	várias	
áreas	do	conhecimento.	A	partir	desses	pressupostos,	descreva	quais	são	as	
atividades	principais	que	envolvem	as	áreas	do	conhecimento	do	designer.
5	 Os	requisitos	importantes	para	uma	metodologia	no	desenvolvimento	de	
embalagens.	 Segundo	Rotandaro,	Miguel	 e	Gomes	 (2010),	 sugerem	uma	
priorização	 de	 algumas	 relevantes	 etapas.	A	 partir	 desses	 pressupostos,	
assinale	a	alternativa	CORRETA	de	algumas	etapas	de	priorização:	
 
FONTE: ROTANDARO, R. G.; MIGUEL, P. A. C.; GOMES, L. A. V. Projeto do produto e do 
processo. São Paulo: Atlas, 2010, 193p.
AUTOATIVIDADE
131
a)	 (			)	 Aspectos	 do	 produto,	 projeto	 do	 transporte;	 material	 adequado,	
avaliação	do	projeto.
b)	(			)	Material	especifico,	transporte	por	terra,	avaliação	do	projeto.
c)	 (			)	Marketing,	material	específico,	aspecto	do	projeto.
d)	(			)	Ferramentas	adequadas,	materiais	adequados,	aspecto	do	produto.
132
133
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 2 — 
DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM
Nos	 tempos	atuais	de	consumo,	a	 competividade	 tem	sido	algo	que	as	
empresas	estão	enfrentando	diariamente,	quando	o	mercado	está	desenvolvendo	
cada	vez	mais	produtos	semelhantes,	com	características	idênticas	e	mesmo	preço	
ou	até	com	menor	valor.
A	inovação	e	a	criatividade	solucionam	necessariamente	um	propósito	
de	 que	 um	 produto	 possa	 continuar	 no	 mercado.	 Há	 milênios	 de	 anos,	
a	 embalagem	 surgiu	 para	 conservar,	 armazenar	 e	 principalmente	 para	 o	
transporte	de	produtos.	Com	a	inovação	nos	dias	de	hoje	e	com	a	criatividade,	
as embalagens se tornaram um produto de consumo essencial para o mercado 
consumidor	(TASCHNER,	2010).
O	desenvolvimento	de	embalagens	possui	uma	atualidade	no	mundo,	com	
grande	participação	na	 economia.	Assim,	 fortalecem	o	mercado	dos	produtos,	
instigam um interesse no mundo dos investidores e microempreendedores e os 
envolvidos	no	negócio	tiram	seus	lucros	(TASCHNER,	2010).
	As	 empresas	 especializadas	 em	 desenvolvimento	 de	 embalagens	 têm	
como	papel	fundamental	desempenhar	os	produtos	com	eficiência	e	qualidade	
no	 seu	 funcionamento.	 É	 necessário	 conter	 os	 desperdícios	 e	 inserir	 um	 setor	
específico	de	Planejamento	e	Controle	de	Produção	(PCP).	
O	 PCP	 é	 um	 setor	 que	 planeja	 e	 auxilia	 na	 gestão	 operacional	 das	
empresas,	 adquirindo	 o	 envolvimento	 das	 operações	 e	 a	 consolidação	 eficaz.	
A	 implementação	 deste	 setor	 visa	 a	 garantia	 de	 qualidade	 e	 produtividade,	
desempenhando	 e	 designando	 funções	 para	 cada	 profissional	 envolvido	
(TASCHNER,	2010).
A	 partir	 desses	 pressupostos,	 no	 Tópico	 2	 estudaremos	 os	 seguintes	
temas:	 (1)	 a	 tendência	 no	 mercado	 das	 embalagens	 e	 sua	 evolução;	 (2)	 Os	
processos de desenvolvimento de uma embalagem e o gerenciamento dos 
projetos	 na	 produção;	 (3)	 a	 qualificação	de	 um	planejamento	 e	 da	 gestão	 da	
produção	das	embalagens.
134
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA DA EMBALAGEM
A	 mercadologia	 tem	 como	 compromisso	 importante	 a	 dominação	
das	 empresas,	 priorizando	medidas	 de	 desenvolvimento	 econômico	 e	 social	 e	
obtendo	uma	visão	direta	com	a	possibilidade	de	criação	efetiva	no	mercado	de	
embalagens	nas	indústrias	e	suas	tenências	(BOYO;	WESTFALL,	1984).
FIGURA 12 – MERCADO DE EMBALAGEM
FONTE: <encurtador.com.br/diDGO>; <encurtador.com.br/bcgSV>. Acesso em: 8 jan. 2021.
O	mercado	exige	uma	pesquisa	do	produto	já	existente,	com	o	intuito	de	
identificar	quais	os	diferenciais	 competitivos	entre	os	 concorrentes,	 como	uma	
aceitação	e	o	potencial	para	novos	produtos.	Com	isso,	é	possível	ter	determinados	
valores,	 qualidade,	 cores,	 design	da	 embalagem	e	 seus	 conceitos	 (SAMARA;	
BARROS,	2007).
2.1 MERCADO DO DESIGN DE EMBALAGENSO	designer	é	um	profissional	com	um	papel	importante	para	o	mercado	das	
embalagens,	além	de	estar	presente	desde	o	início	da	construção	da	embalagem	
até	a	entrada	no	mercado,	e,	consequentemente,	na	valorização	do	consumidor	
(TASCHNER,	2010).
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM
135
FIGURA 13 – DESIGN DE EMBALAGENS
FONTE: < https://www.dezin.info/wp-content/uploads/2020/10/Patterns-for-packaging-cdr-file-
free-6.jpg>. Acesso em: 8 jan. 2021.
	Uma	das	funções	do	designer	é	poder	criar	novas	ideias,	sugerir	mudanças	
e	 questionar	 a	 maneira	 de	 como	 as	 embalagens	 são	 utilizadas,	 produzidas	 e	
descartadas	pelos	consumidores	(MANZINI;	VEZZOLI,	2008)
Nossa	relação	com	as	coisas	está	repleta	de	significados,	construídos	a	
cada	experiência	que	temos.	Neste	sentido,	é	 fundamental	recordar	o	
papel	como	agente	de	mediação,	entre	nós	e	o	mundo	em	que	vivemos.	
Através	das	coisas,	materializamos	nossas	convicções,	ideais,	sonhos	
e	sentimentos.	Desta	maneira,	o	design	tem	um	papel	fundamental	na	
construção	de	valores	em	nossa	sociedade	(FUENTES,	2006,	p.	35).
	O	designer	pesquisa	e	rotula	no	mercado	uma	inclusão	nas	embalagens	de	
informações,	fazendo	assim	com	que	o	material	promova	o	seu	descarte	ideal	em	
locais	adequados,	além	de	incentivar	a	reciclagem	das	embalagens	e	direcionar	ao	
desenvolvimento	sustentável	(TASCHNER,	2010).
136
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
FIGURA 14 – DESIGN MERCADOLÓGICO
FONTE: <encurtador.com.br/cfoSX>; <encurtador.com.br/ikDP0>; <encurtador.com.br/syFKU>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
As	embalagens	no	mercado	têm	a	 função	de	distribuir	a	utilização	no	
seu	 uso	 e	 aderir	 um	design	 favorável	 e	 atrativo.	Com	 esse	 propósito,	 foram	
acrescidas	pelas	 empresas	alguns	 relevantes	 itens,	que	melhoram	o	 consumo	
excessivo no mercado:
•	 Facilitar	a	armazenagem:	a	embalagem	deve	ser	projetada	para	redução	de	custos.
•	 Proteger	 e	 conservar	 o	 produto:	 a	 embalagem	 deve	 servir,	 também,	 para	 a	
proteção	do	produto	nos	pontos	de	venda.
•	 Posicionar	o	produto:	posicionar	o	produto	nas	gôndolas	ou	prateleiras.
•	 Facilitar	o	uso	do	produto:	a	embalagem	deve	ser	adequada	ao	tipo	de	uso	
do	produto.
•	 Mercadológica:	tem	a	função	e	obrigação	de	seduzir	o	consumidor	através	de	
um	design	atrativo	e	chamativo.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM
137
FIGURA 15 – ARMAZENAMENTO
FONTE: <https://www.diariodepetropolis.com.br/Conteudo/Dados_DRPTR14/acervo/1/202005/
fotos/0640_x_0439_20200526152448_7MU1Q.jpg>. Acesso em: 8 jan. 2021.
A	embalagem	se	tornou	uma	arma	poderosa	para	a	mídia	de	marketing,	
pois	acarreta	uma	carga	consigo:	a	marca,	a	qualidade	e	valores	dos	produtos	
(KOTLER;	ARMSTRONG,	1998).	
As	 decisões	 sobre	 embalagens	 sempre	 se	 basearam	 em	 fatores	 como	
custo	 e	 produção,	 e	 sua	 função	 primordial	 era	 conter	 e	 proteger	 o	 produto.	
Recentemente,	 porém,	 numerosos	 fatores	 tornaram-na	 uma	 importante	
ferramenta	de	marketing.	Com	o	crescimento	do	autosserviço,	as	embalagens	
hoje	 têm	várias	 tarefas	 de	 venda	 –	 desde	 atrair	 a	 atenção	dos	 consumidores	
até	descrever	o	produto	e	 realizar	a	venda.	Hoje	 se	conhece	o	poder	de	uma	
boa embalagem para suscitar no consumidor um reconhecimento imediato da 
empresa	ou	da	marca	(KOTLER;	ARMSTRONG,	1998).
Pode ser que o ambiente em que a sua embalagem vai estar seja agressivo. É 
imprescindível que você conheça toda a cadeia de distribuição, os veículos, os transbordos 
de carga e os espaços usados para estocagem. Alguns cuidados devem ser tomados para a 
especificação da embalagem para transporte:
• Não pode ser pesada demais: o peso total deve ser adequado para ser carregada por 
uma pessoa.
• Quando os produtos são objeto de roubo sistêmico, pode-se codificar a identificação 
deles, sempre com o conhecimento do cliente.
• Podem ser usados fechamentos que inibam a abertura e o roubo do conteúdo.
• Podem ser dotadas de detalhes para facilitar a abertura no ponto de venda.
FONTE: <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/tecnicas-para-embalagens-
de-produtos,d0da347ea5b13410VgnVCM100000b272010aRCRD>. Acesso em: 8 jan. 2021.
ATENCAO
138
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
Percebe-se	 que	 a	 embalagem	 possui	 outros	 meios	 de	 comunicação	
utilizados	pelas	empresas	nas	campanhas	publicitárias	e	propagandas,	 com	as	
características	de	contato	direto,	sensorial,	tátil	e	intelectual	com	o	consumidor	
(KOTLER;	ARMSTRONG,	1998).
2.2 TENDÊNCIAS NA PRODUÇÃO DE EMBALAGENS
 A	 tendência	 na	 produção	 de	 embalagens	 tem	 uma	 relação	 entra	 as	
imagens	feitas	pelo	olhar	do	consumidor,	formando	um	caminho	que	percorre	
toda	a	face	da	embalagem	em	si.	“[...]	o	olho	completa	as	conexões	que	faltam,	
mas	 relaciona	 automaticamente,	 e	 com	maior	 força	 as	 unidades	 semelhantes”	
(DONDIS,	2007,	p.	45).	“No	mundo	do	design,	tendemos	a	associar	emoção	com	
beleza.	Construímos	coisas	atraentes,	coisas	mimosas,	coisas	coloridas.	Por	mais	
importantes	que	sejam	esses	atributos,	não	são	eles	que	impulsionam	as	pessoas	
em	sua	vida	quotidiana”	(NORMAN,	2008,	p.	67-68).	
FIGURA 16 – TENDÊNCIA DE EMBALAGENS
FONTE: <https://www.des1gnon.com/wp-content/uploads/2014/02/Des1gnon_tendencia_
embalagem_thumb.jpg>. Acesso em: 8 jan. 2021.
A	tendência	das	embalagens	é	uma	propensão	que	segue	um	determinado	
movimento	significativo	da	atualidade.	Trata-se	de	uma	inovação	para	os	tempos	
atuais	de	cada	época,	que	seguem	um	caminho	de	aceitação	e	inspiram	padrões	de	
diversos	projetos	com	algumas	características	criativas	como	(NORMAN,	2008):
•	 Formas	geométricas:	cores	vivas.
•	 Transparências	e	brancos:	expressão	simples	e	clareza.
•	 Papel	Kraft:	inovação	do	material.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM
139
•	 Alto	contraste:	com	preto	e	branco.
•	 Toque	de	aquarela:	colorido.
•	 Branco	como	a	tela:	minimalista	com	letras	coloridas.
•	 Ilustrações	curiosas:	divertidos	e	explicativos.
FIGURA 17 – TENDÊNCIAS CRIATIVAS
FONTE: Adaptada de <https://www.des1gnon.com/2014/02/7-tendencias-aplicadas-nas-
embalagens/>. Acesso em: 8 jan. 2021.
140
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO DA 
EMBALAGEM
O desenvolvimento e gerenciamento de um projeto de embalagem exige 
uma	 atividade	 considerável,	 especificamente	 de	 em	uma	 empresa,	 e	 qualquer	
que	seja	a	organização,	uma	corporação	pode	gerenciar	problemas	que	se	tornam	
rotinas,	baseadas	em	ideias	conclusivas.	(PMI,	2017).
Tendo	 em	 vista	 que	 os	 projetos	 podem	 variar	 de	 complexidade,	
duração	ou	tamanho,	eles	devem	ser	notados	pelas	empresas	como	
distintos	entre	si.	Desse	modo,	cada	projeto	deve	ser	administrado	
de	 tal	 maneira	 a	 adequar-se	 as	 suas	 especificidades,	 atividades,	
incertezas	e	ambientes	 interno	e	externo	(JUNIOR;	PLONSKI,	2011	
apud	RAMOS,	2017,	p.	12).
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
O processo no desenvolvimento de embalagens inclui exclusivamente 
o	pensar	e	o	sentir,	consciente	e	inconsciente	do	produto	em	questão.	Para	um	
bom	desempenho	de	desenvolvimento	de	embalagens,	deve-se	considerar	alguns	
momentos	significativos	como	(TORRANCE,	1974):
•	 Insight:	 que	 é	 o	 momento	 de	 captação	 e	 estruturação	 de	 possibilidades,	
indagando	as	ideias	necessárias.
•	 Elaboração:	questionamento,	levantando	e	testando	as	ideias.
•	 Inspiração:	ideias	flexíveis,	pesquisando	o	mercado	atual.
FIGURA 18 – DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
FONTE: <http://www.kubos.com.br/wp-content/uploads/2013/08/etapas_embalagem1.png>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM
141
A concepção de uma embalagem deve levar em conta o prazer da desembalar. 
A dificuldade de desembalar um produto pode lhe conferir aspectos negativos, bem como 
se deve considerar esse ritual tão ou até mais importante que o design ou o material 
da embalagem. Um exemplo claro da importância do desembalar são asembalagens 
japonesas. Na cultura oriental, embalar um produto é um ato de amor, de demonstração 
de carinho; um dos canais encontrados para extravasar sentimentos é justamente a 
embalagem. A especialidade dos japoneses na área da embalagem se desenvolveu 
principalmente nas tradicionais lojas onde depuravam suas técnicas baseadas nos métodos 
herdados de gerações anteriores. As características das embalagens tradicionais japonesas 
são o trabalho manual e o emprego de materiais naturais para sua confecção.
FONTE: <https://www.eosconsultores.com.br/gestao-de-projetos/>. Acesso em: 12 set. 2020.
INTERESSA
NTE
O	 desenvolvimento	 de	 embalagens	 requer	 uma	 atenção	 especial	 para	
um processo com atividade multidisciplinar envolvendo várias áreas de 
conhecimentos	indispensáveis	(TORRANCE,	1974):
•	 Marketing:	ferramenta	de	comunicação.
•	 Projeto	da	embalagem:	estética	e	funcionalidade.
•	 Produção:	matéria-prima	e	conhecimento	técnico	do	processo	produtivo.
3.2 GERENCIAMENTOS PROJETUAL DE EMBALAGENS
O gerenciamento de projeto de embalagens inclui muitos fatores 
essenciais	na	execução	de	um	processo	e	atividades	com	sucesso,	pois	identifica,	
define	 e	 coordena	 uma	 equipe	 eficaz	 e	 qualificada	 para	 finalizar	 o	 produto	
(FUENTES,	2006).
FIGURA 19 – GERENCIAMENTO DE EMBALAGENS
FONTE: <https://www.moultonlogistics.com/hs-fs/hub/285195/file-1310146389-jpg/
images/164355102.jpg?width=294&height=196&name=164355102.jpg>. Acesso em: 8 jan. 2021.
142
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
No	gerenciamento	existem	alguns	processos	para	um	desempenho	eficaz,	
que	aplicam	uma	apresentação	dentro	do	grupo	de	desenvolvimento,	que	são:	
•	 Desenvolver	o	termo	de	abertura	do	projeto.	
•	 Desenvolver	o	plano	de	gerenciamento	de	projeto.
•	 Orientar	e	gerenciar	o	trabalho	do	projeto.
•	 Monitorar	e	controlar	o	trabalho	do	projeto.
•	 Realizar	o	controle	integrado	de	mudanças.
•	 Encerrar	o	projeto	ou	fase.
Para gerenciar um projeto é necessário ter uma certificação na área de 
gerenciamento de projetos, é uma discussão frequente entre profissionais do setor. Ela 
não garante um bom emprego, aumento salarial ou promoção, mas funciona como uma 
comprovação de que o profissional tem habilidades técnicas para atuar como gerente de 
projetos. A certificação auxilia na tomada de decisão de quem está contratando, mas não 
garante a competência do profissional. Quem tem interesse em obter uma certificação 
deve ficar atento às opções existentes no mercado.
FONTE: <https://gdeprojetos.wordpress.com/category/curiosidades/>. Acesso em: 8 jan. 2021.
IMPORTANT
E
 O objetivo de gerenciamento é fornecer aos colaboradores da empresa 
as	 informações	 indispensáveis	 para	 o	 acompanhamento	 de	 tarefas	 e	 o	
desenvolvimento	 do	 seu	 desempenho.	 As	 instruções	 verbais	 e	 descritas	 aos	
funcionários	devem	ser	bem	interpretadas,	evitando	erros	de	comunicação	que	
podem	acarretar	um	aumento	de	custo	do	projeto	(PINTO,	2003).
FIGURA 20 – GERENCIAMENTO DE PROJETO
FONTE: <https://bsbr.com.br/gerenciamento-integracao-projeto>. Acesso em: 8 jan. 2021.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM
143
Segundo	 Valeriano	 (1998),	 o	 gerenciamento	 de	 projetos	 é	 uma	
complexidade	 de	 atividades	 em	 que	 necessariamente	 depende-se	 de	 recursos,	
itens	específicos	definidos	pelo	cliente	e	harmonização	de	sincronia	de	ações	em	
seu	desenvolvimento,	controle	e	negociação.
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM
A	gestão	de	produção	da	embalagem	é	fundamental	para	o	processo	de	
qualquer	organização.	Surgiu	para	controlar	e	administrar	toda	a	entrada	e	saída	
dos	materiais	(BALLOU,	2012).	
Segundo	Ballou	(2012),	um	gerente	competente	é	essencial	para	as	gestões	
atuais	e	futuras.	O	controle	dos	estoques	de	matérias-primas	é	essencial	para	as	
grandes	 necessidades	das	 empresas	 no	 que	diz	 respeito	 a	 administrar	melhor	
seus	materiais.	
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DE 
EMBALAGENS
A	 importância	 do	 Planejamento	 e	 Controle	 da	 Produção	 (PCP)	 nas	
indústrias	de	embalagens	enfatiza	uma	competência	através	da	visão	profissional,	
por	meio	da	demonstração	dos	impactos	positivos	da	administração	da	produção	
e	os	efeitos	de	um	planejamento	não	coerente	(CHIAVENATO,	2005).
O	 projeto	 contextualiza	 as	 principais	 vertentes	 do	 Planejamento	 e	
Controle	da	Produção	(PCP),	rebatendo	no	mercado	a	produtividade	crescente	
das	indústrias	das	embalagens	(CHIAVENATO,	2005).
Para	 produzir	 e	 bem	 é	 necessário	 planejar,	 organizar,	 dirigir	 e	
controlar.	Para	atender	os	requisitos	de	eficiência	e	eficácia,	a	produção	
precisa	repousar	em	um	sistema	de	planejamento	e	controle	confiável.	
Há	muita	 atividade	 a	 ser	 planejada,	 organizada	 e	 coordenada	 para	
que	a	produção	ocorra	da	melhor	maneira	possível.	A	complexidade	
do	 sistema	 produtivo	 exige	 necessariamente	 um	 esquema	 de	
planejamento	e	controle	[...]	(CHIAVENATO,	2005,	p.	101).
A	função	do	PCP	é	aumentar	a	eficiência	e	desenvolvimento	do	processo	
produtivo	da	empresa.	Consiste	em	manter	a	finalidade	de	atuar	sobre	os	meios	
de	produção	a	fim	de	aumentar	 a	 eficiência	 e	 cuidar	para	que	os	objetivos	de	
produção	sejam	alcançados.	As	funções	são:
•	 Planejar	a	produção:	planejar	o	processo	produtivo,	programando	materiais,	
máquinas	e	estoques.
•	 Monitorar	 e	 controlar	 a	 produção:	monitorar	 e	 controlar	 o	 desempenho	 da	
produção	em	relação	ao	que	foi	planejado.
•	 Direcionar	áreas	distintas	da	empresa:	o	PCP	mantém	uma	rede	de	relações	
com	as	demais	áreas	da	empresa.	
144
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
FIGURA 21 – PCP
FONTE: <https://www.portalchambril.com.br/media/2018/04/img-1-3.png>. Acesso em: 8 jan. 2021.
Produção
Finanças
Vendas
Engenharia
Compras
Almoxarifado
Contabilidade 
e Custos
RH
PCP
Segundo	Chiavenato	(2005),	o	planejamento	de	uma	produção	deve	ser	
bem	administrado,	principalmente	para	uma	otimização	de	recursos	de	entrada	
e	saída	de	uma	empresa	para	se	alcançar	determinados	objetos	designados.
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DAS EMBALAGENS
A	 Gestão	 de	 produção	 de	 embalagens	 exige	 uma	 administração	 de	
produções	e	operações	que	diz	respeito	às	atividades	orientadas.	Com	isso,	evita-
se	o	desperdício,	 além	de	aplicar	processos	produtivos	necessários	na	finalização	
(MOREIRA,	1998).
Na	gestão	de	produção	é	essencial	a	consciência	de	saber	o	que	fazer	e	
como	executar,	de	maneira	 eficiente	 e	 econômica.	O	processo	de	gestão	 segue	
um	propósito,	princípios	e	valores	pré-estabelecidos,	com	o	intuito	de	alcançar	os	
objetivos	e	metas	(MOREIRA,	1998).
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM
145
FIGURA 22 – CICLO GESTÃO NA PRODUÇÃO
FONTE: <https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Imagens%20SebraeNA/
xpg12,P20,P285,P29.png.pagespeed.ic.xrQyZ4Muby.webp>. Acesso em: 8 jan. 2021.
Segundo	 Mayer	 (1992),	 em	 um	 sistema	 de	 produção	 é	 necessária	 a	
transformação	de	insumos	em	bens	e	em	serviços,	através	da	inserção	de	alguns	
principais	tipos	de	sistema	de	produção:
•	 Produção	 contínua:	 fluxo	 em	 linha	 de	 produção,	 apresentando	 sequências	
lineares.
•	 Produção	em	posição	fixa:	facilidade	na	execução	de	grandes	projetos,	exigindo	
a	posição	fixa	como	escolha.
•	 Produção	 em	 lotes:	 associada	 a	 cada	 característica	 específica	 do	 produto,	
aguardando	a	finalização	de	padronagem,	até	o	início	de	outro	lote.
146
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
•	 As	 organizações	 empresariais	 focam	 e	 atuam	 em	 setores	 de	 embalagens,	
priorizando,	 em	 investimentos	 capacitando	 colaboradores	 e	 gerenciando,	
aderindo	resultados	e	desempenhos	excelentes	em	cada	setor	designado.
•	 A	 gestão	 de	 produção	 da	 embalagem	 é	 fundamental	 para	 o	 processo	 de	
qualquer	organização.
•	 O	objetivo	de	qualificar	um	profissional	é	uma	proposta	eficaz	para	uma	empresa,	
inserindo	assim	novos	procedimentos	de	gerenciamento,	que	permitem	evitar	
as	falhas	atuais	no	processo	degestão	dos	projetos	de	embalagens.
•	 O	processo	de	gestão	segue	um	propósito,	princípios	e	valores	pré-estabelecidos,	
com	o	intuito	de	alcançar	os	objetivos	e	metas
•	 Para	produzir	e	bem	é	necessário	planejar,	organizar,	dirigir	e	controlar.	Para	
atender	os	requisitos	de	eficiência	e	eficácia,	a	produção	precisa	repousar	em	
um	sistema	de	planejamento	e	controle	confiável.
147
1	 O	designer	é	um	profissional	com	um	papel	 importante	para	o	mercado	
das	 embalagens,	 além	de	estar	presente	desde	o	 início	da	 construção	da	
embalagem	até	a	entrada	no	mercado,	e,	consequentemente,	na	valorização	
do	consumidor.	A	partir	desses	pressupostos,	descreva	o	significado	de	um	
designer	como	profissional.		
2	 A	função	do	PCP	é	aumentar	a	eficiência	e	o	desenvolvimento	do	processo	
produtivo	da	empresa,	consistindo	em	manter	a	finalidade	de	atuar	sobre	
os	meios	de	produção	 a	fim	de	 aumentar	 a	 eficiência	 e	 cuidar	para	 que	
os	objetivos	de	produção	sejam	alcançados.	A	partir	desses	pressupostos,	
descreva	com	as	suas	palavras	as	características	de	eficiência.	
3	 A	função	do	PCP	é	aumentar	a	eficiência	e	desenvolvimento	do	processo	
produtivo	 da	 empresa.	 Consiste	 em	manter	 a	 finalidade	 de	 atuar	 sobre	
os	meios	de	produção	 a	fim	de	 aumentar	 a	 eficiência	 e	 cuidar	para	 que	
os	 objetivos	 de	 produção	 sejam	 alcançados.	A	 partir	 desse	 pressuposto,	
assinale	a	alternativa	CORRETA	das	funções:	
a)	 (			)	Desenvolvimento	 do	 produto,	 monitorar	 e	 controlar	 a	 produção,	
direcionar	áreas	distintas	da	empresa.
b)	(			)	Planejar	 insumos,	 monitorar	 as	 horas,	 direcionar	 áreas	 distintas	 da	
empresa.
c)	 (			)	Planejar	a	produção,	monitorar	e	controlar	a	produção,	direcionar	áreas	
distintas	da	empresa.
d)	(			)	Projeto	do	produto,		controle	de	produção,	direcionar	áreas	distintas	da	
empresa.
4	 A	tendência	das	embalagens	é	uma	propensão	que	segue	um	determinado	
movimento	 significativo	 da	 atualidade.	 Trata-se	 de	 uma	 inovação	 para	
os	tempos	atuais	de	cada	época,	que	seguem	um	caminho	de	aceitação	e	
inspiram	padrões	de	diversos	projetos	com	algumas	características	criativas	
como	(NORMAN,	2008):	A	partir	desses	pressupostos,	assinale	a	alternativa	
CORRETA com os critérios importantes a serem aplicados:
a)	(			)	Formas	geométricas,	transparências,	papel	comum.
b)	(			)	Formas	geométricas,	transparências	e	brancos,	alto	contraste,	toque	de	
aquarela,	ilustrações	curiosas.	
c)	 (			)	Transparências	e	brancos,	papel	kraft,	alto	contraste,	toque	de	aquarela,	
branco,	ilustrações	curiosas.
d)	(			)	Formas	 geométricas,	 transparências	 e	 brancos,	 papel	 Kraft,	 alto	
contraste,	toque	de	aquarela,	branco,	ilustrações	curiosas.
AUTOATIVIDADE
148
5	 Segundo	 Mayer	 (1992),	 em	 um	 sistema	 de	 produção	 é	 necessária	 a	
transformação	 de	 insumos	 em	 bens	 e	 em	 serviços,	 através	 da	 inserção	
de	 alguns	 principais	 tipos	 de	 sistema	 de	 produção:	 A	 partir	 desses	
pressupostos,	assinale	a	alternativa	CORRETA	com	os	critérios	importantes	
a serem aplicados:
a)	(			)	Produção	contínua,	Produção	em	posição	fixa,	Produção	em	lotes
b)	 (			)	 Planejamento	do	produto,	Produção	em	posição	fixa,	Produção	em	lotes.
c)	 (			)	Produção	 contínua,	 Facilidade	 do	 produto,	 Flexibilidade,	 Venda	 e	
Qualidade.
d)	(			)	Planejamento	do	produto,	Produção	contínua,	Flexibilidade,	Logística	
e	Comunicação.
149
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 3 — 
CRIAÇÃO PROJETUAL DA EMBALAGEM
Este	trabalho	estuda	o	desenvolvimento	e	a	criação	do	projeto	e	o	processo	
integrado.	Assim,	damos	vida	a	uma	embalagem	e	compreendemos	o	desempenho	
do	designer,	além	de	instigarmos	a	criatividade,	a	funcionalidade	e	os	desenhos	
criativos	até	o	último	item	a	ser	finalizado	(LIRA;	CARVALHO,	2006).
 O designer tem o papel fundamental de inserir no projeto as tendências 
do	mercado.	 Este	 processo	 deve	 ser	 feito	 através	 de	 uma	 pesquisa,	 união	 de	
ideias	 e	 a	 integração	das	 relações	do	 consumidor	 com	o	meio	 em	que	vive.	 É	
necessário	 utilizar	 as	 ferramentas	metodológicas	 para	 formar	 o	 produto	 ideal	
(LIRA;	CARVALHO,	2006).
A embalagem tem como objetivo o desenvolvimento de um projeto 
inicial,	que	 resulta	em	um	 item	que	 tem	como	um	 intuito	de	cativar	possíveis	
consumidores	do	próprio	produto.	(MOREIRA,	1998).
A	partir	desses	pressupostos,	no	Tópico	3 estudaremos os seguintes temas: 
(1)	O	desenvolvimento	 e	 compreensão	de	materiais	no	processo	de	 fabricação	
das	embalagens;	(2)	a	ergonomia,	funcionalidade	e	conforto	da	embalagem;	(3)	
Compreendes	e	analisar	o	desenvolvimento	do	projeto	da	embalagem.
2 MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DA 
EMBALAGEM
Necessariamente,	 é	 fundamental	 conhecer	 os	passos	 iniciais	 do	projeto	
para	 que	 durante	 o	 desenvolvimento	 seja	 possível	 minimizar	 transtornos	 ou	
contratempos,	 nas	 escolhas	 adequadas	 de	 materiais,	 inserindo	 um	 processo	
produtivo	eficaz	para	cada	tipo	de	produto	(OSTROWER,	1998).
No	processo	de	produção	tradicional,	por	exemplo,	o	papel	e	a	madeira	
são	as	principais	fontes	de	celulose	utilizada.	A	madeira	em	si	é	composta	de	água	
e	a	fração	sólida	dela	mesma,	consiste	com	alguns	componentes	como:	celulose,	
hemicelulose,	lignina	e	materiais	orgânicos	e	inorgânicos	(AMARAL,	2008).
150
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA DE 
EMBALAGENS
Definir	 quais	 materiais	 utilizados	 na	 indústria	 de	 embalagens	 em	 um	
produto	 é	 um	 passo	 importante	 para	 a	 finalização	 de	 um	 projeto.	 Há	 uma	
ampla	 variedade	 disponível	 no	mercado,	 de	metais	 e	 de	 plásticos	 inovadores	
(NAVARRO;	NAVARRO,	2007).
FIGURA 23 – MATERIAIS PARA EMBALAGENS
FONTE: <encurtador.com.br/jtAO1>; <encurtador.com.br/ceqxS>; <encurtador.com.br/iMNX0>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
Segundo	Navarro	 e	Navarro	 (2007),	 são	 classificados	 alguns	 principais	
materiais de embalagens:
•	 Embalagens	metálicas:	umas	das	embalagens	mais	antigas	e	modernas,	e	os	
mais	utilizados	são	o	alumínio,	o	aço	inox	e	a	folha	de	flandres	(um	composto	
de	ferro	e	estanho).
•	 Embalagens	de	vidros:	fabricado	há	milênios	de	anos,	o	vidro	apresenta	ima	
capacidade	de	proteção	do	conteúdo	contra	odores	e	contaminantes	externos.
•	 Embalagens	 plásticas:	 são	 extremamente	 versáteis	 e	maleáveis,	 além	 de	 ser	
mais	barato,	são	utilizados	em	transporte,	por	serem	mais	leves	e	práticos.
•	 Embalagens	de	papéis:	podem	ser	recicláveis,	também	com	um	baixo	custo	e	
fáceis	de	serem	produzidas,	embalagens	de	papel	são	extremamente	populares	
para	produtos	não	perecíveis	ou	como	segunda	embalagem.
•	 Embalagens	 bioplásticas:	 sustentável,	 tem	 um	 grande	 impacto	 ambiental,	
criados	a	partir	de	vegetais,	como	milho,	batata	e	mandioca.
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DA EMBALAGEM
151
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE EMBALAGENS
O	 processo	 de	 fabricação	 de	 embalagens	 e	 a	 produção	 transformam	 a	
matéria-prima	até	na	finalização	do	produto,	sempre	obedecendo	uma	sequência	
de	qualidade,	de	ideias,	criatividade	e	projetos	(LIRA;	CARVALHO,	2006).
FIGURA 24 – PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE EMBALAGEM
FONTE: <https://exame.com/wp-content/uploads/2019/07/prima-1-1-1.
jpg?quality=70&strip=info&resize=680,453>. Acesso em: 8 jan. 2021.
Segundo	Lira	 e	Carvalho	 (2006),	 a	 gerência	 recebe	o	pedido,	 repassa	
para	cada	área	específica,	emite	uma	ordem	de	produção	com	as	especificações	
do	produto,	 separa	 as	matérias-primas	 a	 serem	utilizadas,	 suas	 respectivas	
quantidades	e	o	total	a	ser	produzido	do	produto.
3 CRIATIVIDADE, PERCEPÇÃO E FUNCIONALIDADE DE 
EMBALAGENS
Caro	acadêmico,	como	é	de	se	esperar,	a	funcionalidade	da	embalagem	é	
um	fator	muito	importante	para	o	produto,	sendo	adequado	para	cada	mercado.	
O design cria as características físicas e as funcionalidades ergométricas das 
embalagens,	além	de	se	adaptar	à	utilização	dos	conteúdos	(MESTRINER,	2012).
152
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
3.1 EMBALAGENS CRIATIVAS
Oprocesso criativo das embalagens tem como papel fundamental do 
designer	 trabalhar	 exclusivamente	 em	 um	 mundo	 complexo	 que	 envolve	 o	
produto,	 a	 indústria	 e	 o	marketing.	 Isso	 faz	 com	 que	 este	 profissional	 fique	
atento	 a	 todas	 as	 etapas	 do	 processo	 que	 envolve	 a	 vida	 das	 embalagens	
(MESTRINER,	2012).
Se você tem um produto que muitas outras pessoas também produzem, tente 
mostrá-lo de maneira inovadora. Uma embalagem de mel deu um passo na direção certa 
ao usar uma caixa feita de cera de abelha, deixando de lado o típico recipiente de plástico 
ou de vidro. E o melhor de tudo: após usar o produto, você pode virá-lo de ponta-cabeça 
e usá-lo como vela. Você pode queimar o pacote, fazendo com que o produto se torne 
completamente livre de desperdícios.
FONTE: <https://www.cbd.org.br/artigos/design-de-embalagens-50-embalagens-criativas/>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
ATENCAO
FIGURA 25 – EMBALAGENS CRIATIVAS
FONTE: Adaptada de <https://br.qr-code-generator.com/qr-codes-on/food-packaging/>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DA EMBALAGEM
153
Ser criativo e humorado nas embalagens e ser também um pouco brincalhão 
com sua embalagem é divertido. Se você pode fazer alguém sorrir ao olhar para o seu 
produto, por que não fazer isso? Por exemplo, pincéis que atuam como pelos faciais 
nas embalagens com rostos ilustrados. As embalagens devem ser divertidas de olhar e, 
definitivamente, diferenciando de outros pincéis.
FONTE: <https://www.cbd.org.br/artigos/design-de-embalagens-50-embalagens-
criativas/>. Acesso em: 8 jan. 2021.
IMPORTANT
E
	Segundo	Mestriner	(2012),	o	design	de	embalagens	tem	como	principais	
atributos um diferencial no conhecimento dos hábitos e atitudes dos consumidores 
que	 relaciona	 os	produtos,	 apontando	 como	uma	poderosa	 ferramenta	para	 o	
marketing	 e	 sendo	 essencialmente	 um	 suporte	 de	 vendas,	 principalmente	 nas	
pequenas	empresas	que	não	dispõem	de	outro	tipo	de	comunicação	com	o	cliente.	
3.2 FUNCIONALIDADE DE EMBALAGENS
Hoje	 em	 dia,	 a	 funcionalidade	 e	 a	 aparência	 das	 embalagens	 têm	 um	
papel	muito	mais	 importante	do	que	apenas	proteger	o	produto	ou	promovê-
lo.	 A	 funcionalidade	 e	 a	 versatilidade	 se	 tornaram	 ferramentas	 estratégicas	
para	as	empresas,	assim,	a	embalagem	passou	a	 fazer	parte	do	produto	que	é	
comercializado	(CAMARGO;	NEGÃO,	2007).
FIGURA 26 – FUNCIONALIDADE DE EMBALAGENS
FONTE: Adaptada de <https://designdeembalagem.com.br/funcionalidades-das-embalagens>. 
Acesso em: 8 jan. 2021.
154
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
Existem alguns exemplos de funcionalidade de embalagens inovadoras:
•	 O	uso	da	embalagem	à	vácuo.
•	 Novas	bisnagas	de	creme	dental.
•	 Maioneses	de	potes	de	vidro	para	potes	de	plástico.
•	 Long	necks	de	alumínio	ao	invés	de	vidro.
•	 Rótulos	para	informar	o	consumidor.
•	 Garrafas	de	vinhos,	cervejas	e	outras	bebidas	com	tampa	de	rosca.
•	 Versões	de	embalagens	menores	de	diversos	produtos	combatendo	o	desperdício.	
FIGURA 27 – FUNCIONALIDADE INOVADORAS
FONTE: <encurtador.com.br/bILP0>; <encurtador.com.br/rvAIR>. Acesso em: 8 jan. 2021.
Segundo	Camargo	e	Negão	(2007),	a	funcionalidade	de	embalagens	insere	
uma	 ergonomia	 específica	 e	 os	 valores	 dos	 produtos,	 pois	 reforça	 as	marcas,	
aprimora	a	produtividade	e	aumenta	a	capacidade	de	rendimentos.	A	tecnologia	
de	embalagens	entra	neste	ciclo	ao	dar	o	poder	de	modificar	o	mercado	e	aumentar	
as	vendas.
4 PROJETO DA EMBALAGEM
Para	um	projeto	de	embalagem	ser	um	sucesso,	adquire-se	a	necessidade	
de	 se	 ter	 alguns	 estágios	 de	 desenvolvimento,	 tendo	 em	 vista	 uma	 expressão	
cognitiva	direta,	com	noção	de	utilidade	em	cada	estágio:
•	 Pesquisa	de	tendência	do	produto	no	mercado.
•	 Adição	de	detalhes	específicos	e	informações	nas	embalagens	existentes.
•	 Criação	e	ideias	inovadoras,	com	funcionalidade	adicional.
Segundo	Moura	(2003),	com	o	projeto	concluído,	providencia-se	amostras	
da	embalagem	para	garantir	a	qualidade,	a	funcionalidade	e	solicita	a	análise	de	
conformidade	dos	aspectos	dimensionais,	até	a	aprovação	do	produto.
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DA EMBALAGEM
155
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DE EMBALAGENS
Na	criação	de	embalagens,	 inicialmente	surge	a	necessidade	de	proteger	
os	produtos	de	 insetos	 e	 roedores,	 com	o	 intuito	de	manter	 a	 conservação	do	
produto	no	transporte	por	longas	distâncias.	Surge	assim	a	evolução	do	processo	
de	criação	de	embalagens	junto	à	sociedade	e	o	mercado	(ABRENEWS,	1997)
Para	um	processo	na	criação	de	embalagem	seja	executado	com	sucesso,	é	
indispensável e interessante seguir várias etapas:
•	 Estudo	 de	 público:	 estudar	 e	 entender	 o	 público	 consumidor	 e	 seu	
comportamento,	para	iniciar	a	criação	da	embalagem.
•	 Estudo	de	mercado:	entender	o	mercado,	seus	concorrentes	e	os	pontos	de	venda.
•	 Estudo	de	 logística:	entender	o	 fabricante	do	produto,	de	como	é	 fabricado,	
embalado	e	distribuído.
•	 Definição	de	códigos	e	legislação:	rotular	e	seguir	as	regras	específicas	do	produto,	
como	valores	nutricionais,	validade,	código	de	barra,	pesos,	e	muitas	outras.
•	 Design	de	embalagem:	estudo	do	público,	produto,	mercado	e	normas,	depois	
do	estudo,	inicia-se	a	criação,	designando	o	processo.
FIGURA 28 – PROCESSO DE CRIAÇÃO
FONTE: <http://www.elizegarcia.com/o-processo-de-criacao-de-um-site/>. Acesso em: 8 jan. 2021.
Abrenews	 (1997)	 enfatiza	 que	 a	 criação	 de	 embalagens	 deve	 levar	 em	
conta	todo	um	processo	para	desenvolver	as	embalagens	que	protegem	o	produto	
durante	a	fabricação	e	transporte.
156
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
4.2 PROJETO COM ÊNFASE DE EMBALAGENS
O	projeto	de	embalagens	conta	com	a	eficiência	de	um	designer,	que	se	
baseia	em	estudos	de	tendências,	enfatiza	ideias	e	instiga	a	criação	na	finalização	
do	 projeto,	 atendendo	 assim	 aos	 requisitos	 da	 funcionalidade,	 conforto	 e	
qualidade	do	produto	(MOURA,	2003).
FIGURA 29 – PROJETO DE OBJETOS
FONTE: <encurtador.com.br/jqS07>; <encurtador.com.br/svBW5>. Acesso em: 8 jan. 2021.
	 Segundo	Moura	 (2003),	 o	 planejamento	 é	 fundamental	 e	 necessário	
para	o	estabelecimento	do	objetivo	de	um	projeto	até	o	desenvolvimento	final.	
Ele	adequa	e	controla	os	processos	operacionais,	além	de	passar	pelas	etapas	
de	 funcionalidade,	 criação,	 qualidade,	 e	 estética	 especificando	 cada	detalhe	
do	produto.
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DA EMBALAGEM
157
LEITURA COMPLEMENTAR
GERENCIAMENTO DE INFORMAÇÃO DE PROJETOS EM UMA 
INDÚSTRIA DE EMBALAGENS
Marciano	Ramos
1 INTRODUÇÃO 
Atualmente,	com	a	crescente	concorrência	entre	as	empresas,	os	setores	
de	desenvolvimento	de	novos	produtos	estão	sendo	cada	dia	mais	exigidos.	Este	
ambiente de competitividade amplia a demanda por produtos diferenciados e 
com	maior	excelência	em	seus	níveis	de	qualidade.
	Mundim	 (2002)	 aponta	 que	 a	 vantagem	 competitiva	 de	 uma	 empresa	
está	 ligada	a	sua	capacidade	de	 introduzir	novos	produtos	no	mercado,	sendo	
estes	tecnologicamente	atualizados	e	com	características	que	atendam	o	grau	de	
exigência	do	consumidor.	
Entretanto,	o	desenvolvimento	de	novos	produtos	se	caracteriza	por	ser	
um	processo	complexo	e	dinâmico	que	requer	o	envolvimento	de	várias	áreas,	
contando	 com	 a	 participação	 de	 pessoas	 de	 várias	 funções	 e	 especialidades.	
De	 acordo	 com	 Brettel	 et al.	 (2011),	 o	 desenvolvimento	 de	 novos	 produtos	 é	
reconhecido	 como	 um	 empenho	 multidisciplinar	 que	 abrange	 a	 integração	 e	
interconexão	de	diferentes	departamentos.	
Projeto	 é	 um	 esforço	 temporário	 empreendido	 para	 criar	 um	 produto,	
serviço	ou	resultado	exclusivo.	A	natureza	 temporária	dos	projetos	 indica	que	
eles	 têm	 um	 início	 e	 um	 término	 definidos	 (PMI,	 2017).	 Em	 outras	 palavras,	
todo	projeto	tem	um	tempo	prefixado	para	criar	um	produto,	um	serviço	ou	um	
resultado	singular	(VALERIANO,	2005).
	 A	 principal	 característica	 de	 qualquer	 tipo	 de	 projeto	 é	 que	 ele	 é	
arriscadoe,	 por	 isso,	 a	 gestão	 de	 projetos	 (ou	 gerenciamento	 de	 projetos)	
oferece	instrumentos	para	contornar	tantas	incertezas,	encontrando	maneiras	
de	limitar	os	riscos	(CARVALHO,	2012).	Ou	seja,	os	processos	dessa	área	de	
conhecimento	permitem	o	cumprimento	dos	prazos	de	acordo	com	o	planejado	
(CARVALHO,	2015).
	 Conforme	 Baxter	 (2011),	 para	 que	 sejam	 minimizadas	 as	 falhas	 no	
produto	final	 e	 este	 apresente	 total	 satisfação	do	 cliente,	 é	necessário	 avaliar	
todas	as	escolhas	feitas	durante	a	fase	do	projeto.	Nesse	sentido	de	interconexão	
entre	 os	 departamentos,	 devem	 apresentar	 uma	 excelente	 sinergia	 para	 que	
essas	escolhas	sejam	feitas	de	maneira	mais	correta.	
158
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
Diante	disso,	percebe-se	que	o	processo	deve	ser	conduzido	de	maneira	
sistemática,	e	para	que	isso	ocorra	faz-se	necessário	o	auxílio	de	ferramentas	de	
gestão	de	vários	processos	envolvidos.	
Compreendendo a complexidade do desenvolvimento de projetos 
e	 sabendo	 da	 importância	 de	 um	 bom	 gerenciamento	 da	 informação,	 o	
presente	estudo	tem	como	objetivo	avaliar	a	 informação	e	suas	ferramentas	de	
gerenciamento,	 para	 auxílio	 do	 processo	 no	 processo	 de	 desenvolvimento	 de	
novos	produtos	em	uma	empresa	de	embalagens	localizada	na	região	sudoeste	
do	Paraná.
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1	PROJETOS	
Cada	projeto	 cria	um	produto,	 serviço	 ou	 resultado	 exclusivo.	Embora	
elementos	 repetitivos	possam	estar	presentes	em	algumas	entregas	do	projeto,	
essa	 repetição	 não	muda	 a	 singularidade	 fundamental	 do	 trabalho	 do	 projeto	
e	 podem	 ser	 tangíveis	 ou	 intangíveis,	 por	 exemplo,	 prédios	 de	 escritórios	 são	
construídos	com	os	materiais	idênticos	ou	similares	ou	pela	mesma	equipe,	mas	
cada	um	é	exclusivo	–	com	diferentes	projetos,	circunstâncias,	fornecedores,	etc.	
(PMI,	2008).	Ou	seja,	as	atividades	são	consideradas	específicas	em	uma	empresa,	
e	qualquer	que	seja	a	organização,	uma	corporação	pode	gerenciar	problemas	que	
se	tornam	rotinas,	baseadas	em	amostras	históricas.	Na	verdade,	é	que	nenhuma	
empresa	no	mercado	atual	não	quer	 ser	 apenas	mais	uma,	 e	para	 alavancar	 a	
concorrência,	 usam	 do	 desafio	 de	 gerenciar	 atividades	 nunca	 realizadas	 no	
passado,	e	que	jamais	possam	vir	a	se	repetir	no	futuro.
	Diante	da	literatura	sobre	gerenciamento	de	projetos,	é	possível	alinhar	
um	conjunto	de	problemas	de	gestão	com	o	conjunto	de	habilidades	consideradas	
necessárias	para	resolvê-los,	assim,	a	natureza	complementar	dessas	perspectivas	
ficam	explicitas.	A	questão	não	é	discutir	se	primeiro	há	o	problema	e	depois	é	
necessária	a	habilidade	para	resolvê-lo	ou	oposto,	o	foco	é	destacar	que	diante	desse	
emparelhamento	há	um	apelo	 lógico	 inerente	à	 importância	das	competências	do	
gerente	de	projetos	(MEREDITH;	MANTEL,	2003).
	De	acordo	com	a	norma	ISO	10006	(1997),	um	projeto	é	definido	como	
sendo	um	processo	único,	consistindo	em	um	grupo	de	atividades	coordenadas	
e	controladas	com	datas	para	início	e	término,	empreendido	para	alcance	de	um	
objetivo	conforme	requisitos	específicos,	incluindo	limitações	de	tempo,	custo	e	
recursos.	Assim,	podem-se	perceber	dois	conceitos	essenciais	desta	definição:	um	
referente	à	temporalidade,	ou	seja,	todo	projeto	tem	um	começo	e	um	fim	bem	
determinado	e	outro	que	 se	 refere	 à	 singularidade,	 ou	 seja,	 que	o	produto	ou	
serviço	é,	de	algum	modo,	diferente	de	todos	os	similares	feitos	anteriormente.
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DA EMBALAGEM
159
2.1.1	Gestão	de	projetos	
Os	projetos	são	de	suma	importância	para	a	gestão	estratégica	de	negócios,	
pois	trazem	para	as	empresas	vantagens	competitivas.	Mesmo	tendo	conhecimento	
dessa	importância,	várias	organizações	descuidam-se	no	que	se	refere	à	gestão	e	
acabam	não	desempenhando	as	atividades	de	acordo	com	o	planejado,	 assim,	
um	dos	maiores	desafios	das	 organizações	 é	 justamente	 entregar	projetos	 que	
atendam	aos	prazos,	custos	e	especificações	(JUNIOR;	PLONSKI,	2011).
	 Projeto	 é	 um	 empenho	 temporário	 (de	 curto,	 médio	 ou	 longo	 prazo)	
dirigido	por	pessoas	 a	 fim	de	 realizar	 tarefas	 ou	 atividades	 inter-relacionadas	
com	 o	 objetivo	 de	 designar	 um	 produto	 ou	 serviço	 único.	 Para	 alcançar	 seu	
objetivo	são	utilizados	recursos	limitados	e	necessário	atender	as	especificações	
determinadas	no	escopo	do	projeto	com	o	prazo,	custos	e	padrões	de	qualidade.	
Tendo	em	vista	que	os	projetos	podem	variar	de	complexidade,	duração	
ou	tamanho,	eles	devem	ser	notados	pelas	empresas	como	distintos	entre	si.	Desse	
modo,	cada	projeto	deve	ser	administrado	de	tal	maneira	a	adequar-se	as	suas	
especificidades,	 atividades,	 incertezas	e	ambientes	 interno	e	 externo	 (JUNIOR;	
PLONSKI,	2011).
	 Segundo	 Clemente	 e	 Ghido	 (2013)	 um	 projeto	 abrange	 certo	 grau	 de	
incerteza,	pois	é	planejado	um	objetivo	baseando-se	apenas	em	algumas	hipóteses	
atreladas	 a	 estimativas,	 que	 devem	 ser	 arquivadas	 devido	 a	 sua	 significativa	
influência	no	projeto.	Essa	ligação	de	hipótese	e	estimativa	implica	na	incerteza	
de	conclusão	total	do	projeto.	Enfim,	a	gestão	de	projetos	é,	resumidamente,	o	
bom	13	emprego	de	conhecimentos,	planejamento,	controle	de	recurso	e	técnicas	
que	garantam	a	eficiente	e	eficaz	execução	de	projetos.
2.1.2.	Planejamento	do	projeto	
As	 atividades	 do	 planejamento	 do	 projeto,	 de	 forma	 genérica,	 devem	
empreender	esforços	no	sentido	de	identificar	todas	as	atividades,	recursos	e	a	
melhor	forma	de	integrá-los	para	que	o	projeto	siga	em	frente	com	o	mínimo	de	
erros,	o	planejamento	deve	prever	a	necessidade	de	integração	de	informação	e	
decisões	entre	as	áreas	funcionais	e	outros	projetos	da	empresa,	construindo	para	
a	melhor	coordenação	e	comunicação	no	projeto	Rozenfeld	et al.;	(2006).	
Diversas	 pesquisas	 (DAI;	WELLS,	 2004;	MULLALY,	 2006;	 JULIAN.	 2008)	
demonstram	que	a	percepção	de	desempenho	em	custos,	prazo	e	qualidade	dos	
projetos	gerenciados	em	organizações	que	contam	com	PMO	é	mais	positiva	que	
em	 organizações	 sem	 tais	 estruturas.	Adicionalmente,	 pesquisas	 têm	demonstrado	
que	os	PMO	não	são	estruturas	estáticas,	nem	com	um	conjunto	fixo	de	funções	
independentes	da	organização	onde	atuam.	Ao	contrário,	os	PMO	são	fortemente	
determinados pelo negócio da empresa e pelos objetivos de desempenho dos 
projetos	(AUBRY	et al,	2010).
160
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS
2.1.3.	Ciclo	de	vida	do	projeto:	fases
	Keeling	(2002)	afirma	que	qualquer	projeto	possui	diversas	fases,	e	cada	
uma	delas	tem	suas	próprias	características	e	necessidades.	Essas	diversas	fases	
caracterizam	o	ciclo	de	vida	do	projeto.	O	mesmo	autor	afirma	que	o	entendimento	
do	ciclo	de	vida	é	imprescindível	para	obter	sucesso	no	gerenciamento	de	projetos.	
Basicamente	4	(quatro)	fases	compõem	esse	ciclo	as	quais	serão	descritas	a	seguir,	
sob	a	visão	de	Clemente	e	Ghido	(2013):
• Iniciação:	nessa	fase	é	identificada	a	necessidade	do	projeto,	que	é	usualmente	
considerada como parte de um processo de planejamento estratégico da 
organização,	pois	nessa	etapa	são	realizadas	algumas	avaliações	importantes	
tais	como	o	limite	de	recursos	que	serão	disponíveis,	viabilidade	e	perspectivas.	
Após	 consolidada	 a	 ideia	 ou	 necessidade	 do	 projeto,	 o	 mesmo	 deve	 ser	
aprovado	14	por	gestores	então	serão	definidas	as	datas	de	início	e	conclusão,	
bem	como	os	objetivos,	os	benefícios	esperados,	análises	exigidas.
• Planejamento:	antes	de	começar	o	projeto	a	equipe	envolvida	deve	possuir	um	
determinado	tempo	para	elaborar	um	planejamento	detalhado,	de	maneira	que	
seja	possível	cumpri-lo.	Isso	permite	que	ao	longo	da	execução	do	projeto	não	
ocorram	falhas,	caos	ou	mesmo	frustrações.	São	envolvidas	no	planejamento	as	
seguintes	questões:	o	que	deve	ser	feito;	como	será	feito;	quem	o	fará;	quanto	
tempo	será	necessário;	quanto	custará;	e	quais	são	os	riscos.	O	planejamento	
torna-se	crucial	para	uma	realização	bem-sucedida.	
• Execução:depois	 de	 elaborado	 o	 plano-base,	 a	 terceira	 etapa	 a	 ser	 seguida	
é	 a	 execução.	 A	 equipe,	 que	 será	 liderada	 por	 um	 gestor	 do	 projeto,	 irá	
desempenhar	 as	 atividades	 que	 fazem	 parte	 do	 plano,	 as	 quais	 devem	 ser	
concluídas	no	tempo	que	foi	determinado	no	escopo.	Para	tanto	é	preciso	que	
tal	equipe,	realize	suas	tarefas	com	determinação,	eficiência,	eficácia	e	controle,	
a	fim	de	alcançar	seus	objetivos	e	atender	as	especificações.
• Encerramento:	 por	 fim,	 a	 fase	 de	 encerramento	 do	 projeto	 é	 composta	 por	
diversas	ações	 como:	 coletar	e	 fazer	pagamentos	finais;	 avaliar	e	 reconhecer	
o	 trabalho	 das	 pessoas;	 realizar	 uma	 avaliação	 pós-projeto	 onde	 deve-se	
identificar	lições	aprendidas	e	recomendações	relevantes	para	futuros	projetos	
bem	como	arquivar	documentos.	É	de	suma	importância	ter	um	feedback	do	
cliente e do patrocinador do projeto para determinar se os benefícios deste 
foram	alcançados,	além	de	avaliar	o	grau	de	satisfação	de	todos	os	envolvidos.
Neste	contexto,	para	que	o	processo	de	desenvolvimento	de	novos	projetos	
seja	aperfeiçoado,	faz-se	necessário	a	utilização	de	recursos	que	tornem	as	fases	
do	projeto	e	sua	gestão	mais	simplificadas	e	rápidas,	visto	o	grau	de	complexidade	
que	esse	processo	possui.	Sendo	assim,	as	utilizações	de	ferramentas	de	gestão	da	
informação	tornam-se	indispensável	para	se	alcançar	esse	objetivo.
FONTE: RAMOS, M. Gerenciamento de informação de projetos em uma indústria de embalagens. 
2017, 29 f. Trabalho de Conclusão de curso (Especialização em Engenharia de Produção) – 
Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2017. Disponível em: http://repositorio.roca.
utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/9918/1/PB_ESEP_II_2017_15.pdf. Acesso em: 8 jan. 2021. 
161
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
•	 A	produção	e	o	processo	dos	materiais	utilizados	na	indústria	de	embalagens	
representam	uma	atividade	de	recursos	de	matérias-primas	até	a	finalização	
do	produto.
•	 A	 funcionalidade	 é	 necessária	 e	 fundamental	 ao	 projeto	 das	 embalagens,	
incentivando	o	consumo	final.	
•	 O	projetista	designer	estuda	e	pesquisa	as	características	físicas	e	as	atividades	
dos	clientes	que	utilizarão	as	embalagens.
•	 O	 entendimento	 da	 produtividade	 da	 indústria	 e	 do	 mercado	 somam	 um	
estímulo	 de	 desejo	 do	 consumidor	 dos	 materiais	 adequados	 para	 cada	
embalagem	projetada	e	suas	funções.
•	 Na	 criação	de	 embalagens,	 inicialmente	 surge	 a	necessidade	de	proteger	 os	
produtos	 de	 insetos	 e	 roedores,	 com	 o	 intuito	 de	manter	 a	 conservação	 do	
produto	no	transporte	por	longas	distâncias.
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CHAMADA
162
1	 Definir	 quais	 materiais	 utilizados	 na	 indústria	 de	 embalagens	 em	 um	
produto	 é	 um	 passo	 importante	 para	 a	 finalização	 de	 um	 projeto.	 Há	
uma	 ampla	 variedade	 disponível	 no	 mercado,	 de	 metais	 e	 de	 plásticos	
inovadores.	Descreva	os	materiais	de	embalagens.
2	 Hoje	 em	 dia,	 a	 funcionalidade	 e	 a	 aparência	 das	 embalagens	 têm	 um	
papel	muito	mais	 importante	do	que	proteger	o	produto	ou	promovê-lo.	A	
funcionalidade e a versatilidade se tornaram ferramentas estratégicas para 
as	 empresas,	 assim	 a	 embalagem	 passou	 a	 fazer	 parte	 do	 produto	 que	 é	
comercializado.	Descreva	as	características	da	funcionalidade	das	embalagens.
3	 A	 funcionalidade	 de	 embalagens	 insere	 uma	 ergonomia	 específica	 e	 os	
valores	dos	produtos,	reforçando	as	marcas,	aprimorando	a	produtividade	
e	aumentando	a	capacidade	de	rendimentos.	A	partir	desse	pressuposto,	
assinale a alternativa CORRETA:
a)	(			)	A	 tecnologia	 de	 embalagens	 entra	 neste	 ciclo	 dando	 o	 poder	 de	
modificar	o	mercado	e	aumentando	as	vendas
b)	(			)	A	moda	nas	embalagens	entra	em	um	ciclo,	dando	o	poder	de	modificar	
o	mercado	e	aumentando	as	vendas.
c)	 (			)	As	embalagens	não	precisam	de	um	ciclo,	só	o	poder	de	modificar	o	
mercado,	aumentando	as	vendas.
d)	(			)	A	 tecnologia	 dentro	 da	 moda	 entra	 neste	 ciclo	 dando	 o	 poder	 de	
modificar	o	mercado	e	aumentando	as	vendas.
4	 Segundo	Moura	(2003),	com	o	projeto	concluído,	providencia-se	amostras	
da	embalagem	para	garantir	a	qualidade	e	a	funcionalidade.	A	partir	desses	
conceitos,	assinale	a	alternativa	CORRETA	com	o	que	deve	ser	feito	após:
a)	 (			)	Informação	 de	 design	 de	 moda	 e	 de	 conformidade	 dos	 aspectos	
dimensionais,	até	a	aprovação	do	produto.
b)	(			)	Solicitação	 de	 materiais	 para	 pinturas,	 acentuando	 os	 aspectos	
dimensionais,	até	a	aprovação	do	produto.
c)	 (			)	Criar	uma	análise	de	conformidade	dos	aspectos	tridimensionais,	até	o	
início	da	produção	do	produto.
d)	(			)	Solicitar	a	análise	de	conformidade	dos	aspectos	dimensionais,	 até	a	
aprovação	do	produto.
5	 O	projeto	de	 embalagens	 conta	 com	a	 eficiência	de	um	designer,	 que	 se	
baseia	 em	 estudos	 de	 tendências,	 enfatiza	 ideias	 e	 instiga	 a	 criação	 na	
finalização	do	projeto,	atendendo	assim	aos	requisitos	da	funcionalidade,	
conforto	e	qualidade	do	produto.	A	partir	desses	pressupostos,	assinale	a	
alternativa	CORRETA	com	as	características	do	projeto	de	um	objeto.
AUTOATIVIDADE
163
a)	(			)	Informações	e	métodos	que	podem	ser	empregados	em	certas	fases.
b)	(			)	Ergonomia	das	embalagens.
c)	 (			)	O	projeto	atende	a	uma	 tendência	no	mercado	 com	os	 requisitos	da	
funcionalidade,	conforto	e	qualidade	do	produto.	
d)	(			)	Processo	e	comportamento	das	embalagens.
164
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