Buscar

Design de Mobiliário, Objetos e Embalagem

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 176 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 176 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 176 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Indaial – 2021
Design De Mobiliário, 
objetos e eMbalageM
Prof.a Bruna Soares
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Prof.a Bruna Soares
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
S676d
Soares, Bruna
Design de mobiliário, objetos e embalagem. / Bruna Soares. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2021.
166 p.; il.
ISBN 978-65-5663-376-3 
ISBN Digital 978-65-5663-372-5
1. Design do mobiliário. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo 
da Vinci.
CDD 747
apresentação
Prezado acadêmico, seja bem-vindo ao Livro Didático da disciplina 
de Design de Mobiliário, Objetos e Embalagem. Este livro abarca conceitos 
fundamentais para o desenvolvimento dos projetos de mobiliário, objetos 
e embalagens. 
Para o desenvolvimento de um projeto de mobiliário, objetos e 
embalagens de excelência, é fundamental a elaboração de diversos processos 
industriais, com ênfase na conceituação dos estudos e aplicações dos 
materiais estruturais. A produção desse processo parte do desenvolvimento 
da linguagem gráfica, interpretação e análise do mobiliário, objetos e 
embalagem e dos elementos necessários para definir produtos e projetos. 
O estudo deve ser desenvolvido por meio da padronização, normatização 
técnica e parâmetros técnicos e de projeto. 
Na Unidade 1 você encontrará temas que abordam os conceitos 
básicos, os princípios de linguagem e estética do design do mobiliário, a 
história e teoria do mobiliário, além da indústria moveleira sustentável. 
O estudo também é caracterizado pelo desenvolvimento da produção do 
mobiliário, com enfoque nos seguintes temas: mercadologia e tendência, 
gerenciamento de projeto e gestão da produção mobiliária. A unidade finaliza 
com abordagem da criação projetual do mobiliário, a partir dos materiais do 
processo de fabricação, ergonomia, percepção e conforto de mobiliário.
Na Unidade 2, o estudo se caracteriza na produção de objetos. O 
estudo parte dos fundamentos de linguagem e estética do objeto, a história e a 
teoria do objeto, além dos recursos e matérias-primas para o desenvolvimento 
de objeto sustentável. O estudo também é caracterizado pelo desenvolvimento 
da produção do objeto, com enfoque nos seguintes temas: mercadologia 
e tendência, gerenciamento de projeto e gestão da produção de objetos. A 
unidade finaliza abordando a criação projetual do objeto a partir dos materiais 
do processo de fabricação, ergonomia, percepção e conforto de objeto.
Na Unidade 3, conforme as unidades anteriores, seguindo a mesma 
metodologia, os estudos partem dos fundamentos de linguagem e estética 
de embalagem, história e a teoria da embalagem, além dos recursos e 
matérias-primas para o desenvolvimento da embalagem sustentável. O 
estudo também é caracterizado pelo desenvolvimento da produção da 
embalagem, com enfoque nos seguintes temas: mercadologia e tendência, 
gerenciamento de projeto e gestão da produção de embalagem. A unidade 
finaliza abordando a criação projetual da embalagem, a partir dos materiais 
do processo de fabricação, ergonomia e percepção.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Espera-se que esses estudos contribuam para a sua formação 
profissional, e que os conteúdos apresentados neste caderno de ensino 
possibilitem a aprendizagem e o desenvolvimento dos mobiliários, objetos 
e embalagens.
Prof.a Bruna Soares
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
suMário
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO .............................. 1
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO ............................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO .......... 3
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DO MOBILIÁRIO ......................................................... 4
2.2 ESTÉTICA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO ................................................................................ 5
3 HISTÓRIA E TEORIA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO ........................................................... 10
3.1 HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO ..................................................................................................... 10
3.2. DESIGN DE MOBILIÁRIO ......................................................................................................... 11
3.2.1 Mobiliário Egípcio ............................................................................................................... 12
3.2.2 Mobiliário da Mesopotâmia ............................................................................................... 12
3.2.3 Mobiliário Grego .................................................................................................................. 13
3.2.4 Mobiliário Romano .............................................................................................................. 14
3.2.5 Mobiliário Bizantino ............................................................................................................ 14
3.2.6 Mobiliário Gótico ................................................................................................................. 15
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DE MOBILIÁRIO .............................................................. 17
4.1 SUSTENTABILIDADE ................................................................................................................. 17
4.2. INDÚSTRIA MOVELEIRA SUSTENTÁVEL ........................................................................... 17
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 19
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 20
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃODO MOBILIÁRIO ........................... 23
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 23
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA .............................................................................................. 23
2.1 MERCADO MOVELEIRO ........................................................................................................... 24
2.2 TENDÊNCIAS MOBILIÁRIAS .................................................................................................. 27
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO ................................................ 28
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO MOBILIÁRIO ....................................................... 28
3.1.1Gerenciamentos de projeto mobiliário .............................................................................. 29
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DE MOBILIÁRIO ........................................................................... 30
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO ............................ 30
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DOS MOBILIÁRIOS................................................................... 32
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 33
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 34
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO .......................................................... 35
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 35
2 MATERIAL E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE MOBILIÁRIO ....................................... 35
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA MOVELEIRA ................................................. 36
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DO MOBILIÁRIO ............................................................... 37
3 ERGONOMIA, PERCEPÇÃO E CONFORTO DE MOBILIÁRIO ........................................... 38
3.1 MOBILIÁRIO ERGONÔMICO ................................................................................................... 38
3.2 CONFORTO E FUNCIONALIDADE DOS MÓVEIS .............................................................. 41
4 PROJETO DO MOBILIÁRO ........................................................................................................... 42
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DO PROJETO MOBILIÁRIO .................................................. 43
4.2 PROJETO COM ÊNFASE NO MOBILIÁRIO ........................................................................... 44
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 46
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 51
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 52
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 54
UNIDADE 2 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE OBJETO ...................................59
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM OBJETOS ..................................... 61
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 61
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN DO OBJETO .................. 61
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DO OBJETO ................................................................. 62
2.2 ESTÉTICA DO OBJETO ............................................................................................................... 64
3 HISTÓRIA E TEORIA DO OBJETO .............................................................................................. 66
3.1 HISTÓRIA DO OBJETO ............................................................................................................... 66
3.2 DESIGNERS DE OBJETOS .......................................................................................................... 67
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DO OBJETO ........................................................................ 70
4.1 SUSTENTABILIDADE ................................................................................................................. 71
4.2 RECURSOS PARA DESENVOLVIMENTO DE OBJETO SUSTENTÁVEL .......................... 71
4.3 MATÉRIAS-PRIMAS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL PARA OBJETOS ..................... 73
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 75
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 76
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DE OBJETOS ................................... 79
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 79
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA DO OBJETO ...................................................................... 79
2.1 MERCADO DO DESIGN DE OBJETOS .................................................................................... 80
2.2 TENDÊNCIAS NA PRODUÇÃO DE OBJETOS ...................................................................... 83
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO DO OBJETO ........................ 85
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO DOS OBJETOS ...................................................... 86
3.2 GERENCIAMENTOS PROJETUAL DE OBJETOS .................................................................. 87
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DE OBJETO ...................................................................................... 89
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DE OBJETOS ..................................... 90
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DOS OBJETOS ............................................................................ 90
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 92
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 93
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DE OBJETOS................................................................... 95
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 95
2 MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE OBJETO ................................................ 95
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA OBJETO ........................................................... 96
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE OBJETOS ........................................................................ 97
3 ERGONOMIA, PERCEPÇÃO E CONFORTO DE OBJETO ..................................................... 97
3.1 OBJETOS ERGONÔMICO .......................................................................................................... 98
3.2 CONFORTO E FUNCIONALIDADE DOS OBJETOS ............................................................. 99
4 PROJETO DO OBJETO .................................................................................................................. 100
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DE OBJETOS ............................................................................ 101
4.2 PROJETO COM ÊNFASE DE OBJETOS .................................................................................. 102
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 103
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................107
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 108
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 109
UNIDADE 3 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS ....................... 113
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE NAS EMBALAGENS ..................... 115
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 115
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN DA EMBALAGEM .......... 115
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DAS EMBALAGENS ................................................ 117
2.2 ESTÉTICA DO DESIGN DAS EMBALAGENS ...................................................................... 118
3 HISTÓRIA E TEORIA DA EMBALAGEM ................................................................................ 121
3.1 HISTÓRIA DA EMBALAGEM ................................................................................................. 121
3.2 DESIGNERS DE EMBALAGENS ............................................................................................. 123
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DA EMBALAGEM .......................................................... 124
4.1 RECURSOS PARA DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS ......................................... 125
4.2 MATÉRIAS-PRIMAS DE BAIXO IMPACTO AMBIENTAL PARA EMBALAGENS........ 127
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 129
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 130
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM ........................ 133
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 133
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA DA EMBALAGEM ........................................................ 134
2.1 MERCADO DO DESIGN DE EMBALAGENS ....................................................................... 134
2.2 TENDÊNCIAS NA PRODUÇÃO DE EMBALAGENS ......................................................... 138
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO DA EMBALAGEM .......... 140
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS ........................................... 140
3.2 GERENCIAMENTOS PROJETUAL DE EMBALAGENS ..................................................... 141
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DA EMBALAGEM ....................................................................... 143
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DE EMBALAGENS ........................ 143
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DAS EMBALAGENS ............................................................... 144
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 146
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 147
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DA EMBALAGEM ....................................................... 149
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 149
2 MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DA EMBALAGEM .................................. 149
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS ..................................... 150
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE EMBALAGENS ........................................................... 151
3 CRIATIVIDADE, PERCEPÇÃO E FUNCIONALIDADE DE EMBALAGENS ................... 151
3.1 EMBALAGENS CRIATIVAS ..................................................................................................... 152
3.2 FUNCIONALIDADE DE EMBALAGENS .............................................................................. 153
4 PROJETO DA EMBALAGEM ....................................................................................................... 154
4.1 PROCESSOS NA CRIAÇÃO DE EMBALAGENS ................................................................. 155
4.2 PROJETO COM ÊNFASE DE EMBALAGENS ....................................................................... 156
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 157
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 161
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 162
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 164
1
UNIDADE 1 — 
PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE 
MOBILIÁRIO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• aprender os conceitos de linguagem do mobiliário;
• diferenciar a história do mobiliário;
• entender a importância da sustentabilidade na indústria moveleira; 
• conceituar as tendências mobiliárias;
• distinguir os princípios do planejamento e controle da produção;
•	 identificar	materiais	e	processos	de	fabricação;
• compreender a importância da ergonomia e conforto de mobiliário;
• conhecer o processo de criação do projeto.
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
TÓPICO 2 – DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
TÓPICO 3 – CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
O termo móvel é originalmente do latim mobilis, e o mobiliário origina-se 
de uma palavra do Francês mobilier. A palavra surgiu no século XIX, abrangendo 
uma série de conjuntos de objetos, móveis e várias funcionalidades para dar ao 
ser humano condições confortáveis e práticas para o cotidiano, como trabalho, 
descanso e lazer (CAVALCANTI, 2001).
A função do designer inserido no campo projetual tem como prioridade 
a interação das relações do homem com o seu meio e para isso utiliza algumas 
ferramentas metodológicas para nortear suas ideias (BORGES,2011).
Manzini e Vezzoli (2005), salientam a importância de práticas orientadas 
à sustentabilidade no entretenimento empresarial e questionam determinados 
modelos de desenvolvimento. 
Dentro deste contexto, o designer emerge como um importante agente no 
processo de transição para uma sociedade sustentável ao apresentar os cenários 
factíveis e visões compartilhadas de futuros possíveis e sustentáveis para as 
organizações e aplicando estratégias ambientais conscientes desde as fases iniciais 
do projeto (FERREIRA, 2008).
A partir desses pressupostos, no Tópico 1, estudaremos os seguintes temas: 
(1) a linguagem e a estética do design de mobiliário; (2) estudo e o entendimento 
dos designers; e (3) a importância da sustentabilidade na indústria moveleira.
2 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM E ESTÉTICA DO DESIGN 
DE MOBILIÁRIO
A estruturação do conteúdo inicia com a história e surgimento do Design 
de mobiliário e a industrialização. A evolução do mobiliário tem seu marco 
histórico	na	Era	Industrial,	logo	após	o	fim	da	Segunda	Guerra	Mundial	(1945).	
Com os desdobramentos sociais e industriais, fez-se a produção da padronagem. 
Com a dinâmica da vida continuada, a mercadologia e tendências propiciam 
novas	áreas	de	atuações	ao	profissional	Design	de	Mobiliário.	
UNIDADE 1 — PRODUÇÃOE DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
4
A História do Mobiliário remete ao momento inicial em que o homem 
procura uma habitação para se proteger e conviver e se estende aos dias 
atuais. A evolução do mobiliário perpassa pela história sociopolítica, 
artística e cultural, por meio dos diversos períodos e regiões. O móvel 
acompanha as necessidades dos habitantes e das moradias, dos mais 
variados territórios; acompanha os estilos e maneiras regionais, 
evolui e aperfeiçoa-se segundo o avanço das técnicas; e se transforma, 
adaptando-se à modernidade e ao conforto (MARTINI, 2016, p. 12).
Com os avanços econômicos e sociais, o desenvolvimento do design 
se	destaca	nas	atividades	produtivas	e	também	no	ensino,	qualificando	ainda	
mais	profissionais.
2.1 FUNDAMENTOS DE LINGUAGEM DO MOBILIÁRIO
Caro acadêmico, você sabia que tão antiga quanto a arte da arquitetura, 
a história do mobiliário surgiu ainda na antiguidade? O mobiliário tem uma 
linguagem peculiar, ocasionando uma conjuntura do design de mobiliário e da 
arquitetura de interiores modernos brasileiros (MORAES, 2006).
Há 5.000 anos os egípcios já utilizavam técnicas e ferramentas na produção 
dos móveis. O crédito para o surgimento do móvel é frequentemente atribuído 
aos antigos egípcios. Esses povos já decoravam suas pequenas cabanas com 
mobiliários (cadeiras e mesas), pinturas, murais, esculturas e vasos (MARTINI, 
2016). O mobiliário egípcio é testemunho inicial das artes, mas a decoração de 
interiores,	os	móveis	e	os	acessórios	fizeram-se	notáveis	nas	civilizações	em	todo	
o mundo ao longo da História (MORAES, 2006).
O design do mobiliário em frente aos acontecimentos históricos no 
período	de	1947	a	 1968,	buscou	a	harmonização	e	uma	 identificação	direta	de	
objetos,	ambientes	e	edificações,	valorizando	os	locais	e	as	tradições	da	cultura	
brasileira	(SANTOS,	2014).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
5
FIGURA 1 – MOBILIÁRIOS BRASILEIROS
FONTE: <encurtador.com.br/lER18>; <encurtador.com.br/etTZ1>; <encurtador.com.br/juwA1>; 
<encurtador.com.br/fjry2>. Acesso em: 6 jan. 2021.
No século XX, os arquitetos modernos desenvolveram um mecanismo 
no processo de produção e criação do design de móveis, principalmente nos 
assentos, priorizando o conforto e visualização (TEIXEIRA, 2010).
2.2 ESTÉTICA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO
Nas	 décadas	 de	 1950	 e	 1960,	 romperam-se	muitas	 barreiras,	 iniciando	
como ponto de partida um estudo de design histórico e teórico de um conceito de 
design	nacional,	voltado	às	atividades	profissionais.	
Segundo Dantas (2005), é preciso investigar cuidadosamente um conjunto 
histórico antes deste período, tendo uma acertabilidade típica do mobiliário nacional 
Os móveis no Brasil, como mobílias e objetos decorativos, eram todos 
importados	até	a	década	de	1940,	sendo	assim,	nada	era	de	produção	nacional.	
Inspirados nos modelos da Europa, algumas fábricas iniciaram sua própria 
produção,	principiando	o	mobiliário	brasileiro	(SANTOS,	2014).	
Inicialmente, no século XX, eram utilizadas as madeiras escuras e curvadas 
para	 revestimentos	 e	 acabamentos	 palhinhas	 (TEIXEIRA,	 1996).	 Atualmente,	 é	
comum a presença de palhas nos móveis, decorações e objetos.
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
6
FIGURA 2 – MÓVEL DE PALHINHA
FONTE: <http://ngrevista.com.br/wp-content/uploads/2019/11/P%C3%A1gina-20-768x427.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O mercado nacional se destaca e cresce no pós-guerra, a produção dispara 
e há um crescimento exuberante no mercado nacional, suprindo as necessidades do 
crescimento	e	urbanização	da	sociedade	(TEIXEIRA,	1996).	
O clima e os materiais disponíveis no país, como madeiras e tecidos, é um 
fato preocupante para a época na produção de móveis nacionais, adequando-se 
às	limitações	aqui	encontradas	(SANTOS,	2014).
FIGURA 3 – MÓVEL DE MADEIRA E TECIDO
FONTE: <https://www.casasbahia-imagens.com.br/Control/ArquivoExibir.
aspx?IdArquivo=853199272>; <https://www.casasbahia-imagens.com.br/Control/ArquivoExibir.
aspx?IdArquivo=865587949>. Acesso em: 6 jan. 2021.
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
7
George Wachavchik criou um fato histórico na arquitetura e no mobiliário 
na	década	de	 1930,	 introduzindo	 casas	 altamente	modernas	 no	 estado	de	 São	
Paulo	(SANTOS,	2014).	
Warchavchik, revolucionário da época, defende as ideias de móveis 
racionalistas em suas obras, implantando materiais em metal, muito utilizados 
nas	peças	europeias	 (SANTOS,	2014).	A	estética	dos	móveis	nacionais	abrange	
uma	estrutura	misturando	madeiras,	metais	e	couros	(TEIXEIRA,	1996).
FIGURA 4 - MÓVEL DE METAL
FONTE: <http://italianleather.com.br/wp-content/uploads/2019/04/bauhaus-brno-chair-sq-1-
1024x1024.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Conhecidos por desenvolver um estilo distinto e moderno construído com 
base no princípio da simplicidade, professores e alunos da escola Bauhaus projetaram 
alguns dos móveis mais emblemáticos do século XX.
 Os móveis da Bauhaus foram projetados para serem funcionais acima de todas 
as outras qualidades. Despojados de seus elementos básicos, componentes fundamentais 
como mesas ou pernas foram tipicamente reduzidos a formas geométricas simples.
 Os designers da Bauhaus queriam criar objetos esteticamente agradáveis, mas 
também queriam que seus produtos estivessem disponíveis para um grande público – o 
design simples de cada peça tornava mais fácil produzi-los com eficiência.
FONTE: <http://italianleather.com.br/10-designs-imperdiveis-da-bauhaus/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
INTERESSA
NTE
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
8
Ainda	falando	das	décadas	de	1940	e	1950,	ocorreu	uma	grande	utilização	
de madeiras maciças e placas de compensado, em alguns casos, o couro é 
substituído pelo tecido, utilizado em encostos e assentos, amenizando o custo 
(TEIXEIRA,	1996).
FIGURA 5 - MADEIRA MACIÇA DE 1940
FONTE: <https://i.pinimg.com/564x/34/b6/fb/34b6fb87f6a8205c23a756ede9183e0b.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O pioneiro do design moderno nacional é o ícone português Joaquim 
Tenreiro, que defendia a qualidade moveleira e utilizava madeira de Jacarandá 
e palhinha como revestimento, diferente da estética de mobiliário do brasileiro 
José	Zanine	Caldas,	que	idealizava	uma	cultura	específica	e	inovadora	e	utilizava	
chapas	e	recortes	de	compensado	(TEIXEIRA,	1996).	
Zanine, além de dedicado as suas obras de arte, fazia um bom 
aproveitamento de toda chapa, aderindo beleza, desperdício e racionalização 
(SANTOS,	2014).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
9
FIGURA 6 - DESIGN JOAQUIM TENREIRO
FONTE: <http://www.iarq.com.br/wp-content/uploads/2017/02/1-2.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Obteve-se uma produção que conjugou o espírito moderno do 
despojamento e da simplicidade ao uso de nossos materiais, 
assegurando ao móvel então produzido, uma qualidade universal 
e	 artisticamente	 elaborada,	 o	 que	 alterou	 de	 maneira	 significativa	 o	
aspecto do mobiliário brasileiro. [...] houve uma concepção de conforto, 
permitindo melhor ajustamento ao corpo, trazendo uma multiplicidade 
de	formas,	recurvas	e	adelgaçadas	(SANTOS,	2014,	p.	117).
Após	 a	 Segunda	 Guerra	 Mundial	 (1945),	 com	 a	 inserção	 da	 Revolução	
Industrial,	foi	inserido	mais	indústrias	capacitadas	e	qualificadas	nas	produções	de	
mobílias em série, com o objetivo de preços mais acessíveis no mercado, atendendo 
como público-alvo a classe média, e ainda mantendo a qualidade do produto.
Em	1951,	notou-se	uma	carência	de	profissionais	qualificados	no	mercado.	
Lina Bo Bardi, coordenadora do Instituto de Arte Contemporânea (IAC) em São 
Paulo, insere o ensino de design. Por falta de verbas do governo, resistiu apenas 
três	anos	(SANTOS,	2014).
João Batista Vilanova Artigas, professor, arquiteto, engenheiro e urbanista, 
defende	as	necessidades	em	inserir	o	ensino	de	design	na	universidade.	Em	1962,	
foi então inserido o curso de design na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da 
Universidadede São Paulo (FAU-USP), visto que desenho industrial é o estudo 
do objeto e do seu uso. O resultado dessa intervenção deverá ser um designer 
caracteristicamente brasileiro, ligado nitidamente ao nosso patrimônio artístico, 
popular	e	erudito	(NIEMEYER,	1998).
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
10
FIGURA 7 – UNIVERSIDADE FAU-USP
FONTE: <https://imagens.usp.br/wp-content/uploads/FAU_Aula-Habit%C3%A1culos_
Foto-Cec%C3%ADlia-Bastos-121-506x337.jpg>; <https://www.causp.gov.br/wp-content/
uploads/2020/04/FAU_USP_Ana_Carolina_Coelho_229.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
No	ano	de	 1963	 nasceu	 o	primeiro	 curso	 superior	 em	design,	 a	 Escola	
Superior de Desenho Industrial (ESDI), incentivado pela Escola de Ulm, da 
Alemanha,	pelo	corpo	docente	de	ex-alunos	(MORAES,	2006).	Em	1975,	a	escola	
foi anexada à Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), aderindo assim 
um ensino acadêmico.
3 HISTÓRIA E TEORIA DO DESIGN DE MOBILIÁRIO
Com enfoque no conhecimento histórico dos estilos, os assuntos abordados 
estão organizados para melhor familiarização de acordo com a ordem cronológica 
tempo/espaço. Do mundo antigo a era da globalização, conheça um pouco da 
evolução, técnicas e criações humanas relacionadas ao design de mobiliário.
Entender o panorama histórico dos estilos é fundamental para análise 
crítica	 do	 contexto	 atual,	 uma	 vez	 que	 o	 reflexo	 de	 sua	 evolução	 consolida	 o	
profissional	atual.	Contudo,	saber	o	que	é	design	e	gostar	de	design	é	fundamental	
para a organização do ambiente. 
3.1 HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO
A história do mobiliário adequa-se aos lares desde o período neolítico 
(7.000	a.C.),	visados	tecnicamente	pela	dinastia	do	antigo	Egito	(2680-2407	a.C.).	
Na Idade Média e Renascença, os poucos móveis que existiam eram apenas 
utilizados pelos nobres, como cama e arcos, encontrados em palácios e mosteiros 
(BORGES,	2007).
No	século	XVII,	especificamente	na	França,	surge	um	aperfeiçoamento	
de	 cortes	 diferentes	 e	 criativos	 de	 móveis.	 Em	 1662	 a	 1667,	 o	 rei	 Henrique	
Navarra	iniciou	uma	centralização	mais	realista,	unificando	o	artesanato	e	arte	
(BORGES,	2007).		
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
11
FIGURA 8 – MÓVEIS DO SÉCULO XVIII
FONTE: <https://pmiltonarquitetura.files.wordpress.com/2012/08/mobi_interior-3.
jpg?w=529&h=311>. Acesso em: 6 jan. 2021.
A academia de arte e ciências fundada por Jean Baptiste Colbert inseriu 
o estilo barroco na época de Louis XIV, na Europa. Consequentemente a França 
ampliou, levando os estilos de Louis XV e Louis XVI até o Empire e para toda a 
Europa. No século XVIII, os alemães Abraham e David Roentgen, marceneiros e 
moveleiros,	profissionais	excelentes	da	época,	eram	muito	requisitados	na	Europa	
(ALBRECHT,	1992).
3.2. DESIGN DE MOBILIÁRIO
No início da história do Design de mobiliário, utilizava-se em excesso as 
madeiras, mas com estudos e criatividade em ascensão na era pós-industrial, outros 
materiais são explorados como metal e pedra, proporcionando a entrada do plástico.
Basicamente, o design de mobiliário buscava além do conforto, 
funcionalidade e estética, sempre buscando fortemente uma tendência de projeto 
dentro da arquitetura de interiores relacionado à cada época e local. Henrique 
Navarra	iniciou	uma	centralização	mais	realista,	unificando	o	artesanato	e	arte	
(SANTOS,	2014).
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
12
3.2.1 Mobiliário Egípcio
No Egito, a inspiração eram os deuses. O mobiliário se resumia em 
tamboretes,	mesas	e	 cadeiras.	Pesquisadores	firmavam	que	 tais	peças	eram	de	
restos originais encontrados na tumba da rainha Heteferes. Os encostos e braços 
das cadeiras eram talhados em alto relevo, simbolizando os deuses e cultos 
religiosos,	os	pés	em	forma	de	patas	de	animais,	revestidas	em	ouro,	marfins	e	
outros materiais luxuosos (FAZIO, 2011). 
FIGURA 9 – CADEIRA REVESTIDA EM OURO
FONTE: <https://furniturecart.files.wordpress.com/2013/04/sitamun-throne.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O design egípcio é caracterizado por cores vivas, pinturas, desenhos 
estilizados, utilização de símbolos místicos, pirâmides, entre outros elementos. 
As pirâmides arqueológicas tiveram início à medida que ocorriam os rituais 
religiosos, preocupados com os rituais da morte (FAZIO, 2011). Os móveis 
resistentes eram “feitos para durar” após a morte dos faraós.
Características do mobiliário egípcio:
• Materiais utilizados: couro, pedras preciosas e tecidos.
• Móveis desenvolvidos na época: cama, cadeira, bancos, vasos, arcas entre outros.
• Móveis baixos e formas de desenhos diversos. 
3.2.2 Mobiliário da Mesopotâmia
O mobiliário da Mesopotâmia se resumia apenas em tronos sem encostos, 
os assentos talhados e os pés retos, simples, os murais expostos com gravuras 
bem trabalhadas de deuses e rainhas (FAZIO, 2011). 
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
13
FIGURA 10 – TRONOS SEM ENCOSTO
FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/_cQQHJj9j-d0/TVGxqXeX18I/AAAAAAAAA9M/
irG6H5oWpnU/s1600/mesopotamia.png>. Acesso em: 6 jan. 2021.
 O povo mesopotâmico se desenvolveu ao longo dos séculos em terras 
férteis localizadas nos rios Tigre e Eufrates.
3.2.3 Mobiliário Grego
No mobiliário da Grécia continental, segundo pesquisadores, há poucas 
peças existentes da antiguidade, apenas anéis, pequenas peças em bronze, cerâmicas, 
e algumas decorações que ornamentavam o salão do trono. Era baseada em uma 
tendência ornamental em elementos arquitetônicos, a praticidade e a comodidade, 
como a cama grega, utilizada para dormir e para comer, com uma parte horizontal 
inclinando a altura da mesa, sem apoios para os pés (MOURA, 2015).
FIGURA 11 – MOBILIÁRIO GREGO
FONTE: <https://3.bp.blogspot.com/_4ee9u1Xu2wI/SOgHO6IdyJI/AAAAAAAACFo/
uvDdHn4bAxU/s320/klismos.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
14
Enquanto os outros povos investiam em construções relacionadas à 
arquitetura militar, religiosa e residencial, os gregos e romanos foram responsáveis 
por obras arquitetônicas com enfoque aos espaços de manifestações e cidadania 
(MOURA, 2015).
3.2.4 Mobiliário Romano
O	 mobiliário	 romano	 na	 Era	 Cristã	 revela-se	 uma	 influência	 forte	 da	
Grécia, o bronze e o mármore se destacam como tendência principal, decorações 
utilizadas em mesas retangulares e redondas, facilitando a praticidade, as bases 
dobráveis para melhor comodidade e versatilidade (GOMEZ, 2012).
FIGURA 12 – CADEIRA DOBRÁVEL
FONTE: <https://www.essenciamoveis.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/09/banco-
dobravel.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Os romanos foram os responsáveis por introduzir a “combinação” estética 
e	conforto	(MOURA,	2015).	Na	época,	as	camas	ficavam	na	sala	principal	e	não	
no dormitório.
3.2.5 Mobiliário Bizantino
Apesar de poucos mobiliários do período bizantino, há relatos e estudos, 
as peças eram solicitadas por famílias poderosas, palácios e igrejas imperiais, 
ornamento um espaço luxuoso (MOURA, 2015).
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
15
FIGURA 13 – MÓVEL BIZANTINO
FONTE: <https://www.wdl.org/pt/item/641/view/1/1/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O estudo aponta que as peças eram confeccionadas com cobre retorcido, 
com formatos de patas de animais, similar ao mobiliário romano, em uma forma 
mais audaciosa, destacando a riqueza e glamour, além do cobre, havia uma 
junção	de	marfim	em	relevos	com	a	mistura	de	madeira	nobre,	ornamentando	o	
estilo e poder do período (GOMEZ, 2012).
Características projetuais do mobiliário bizantino.
• Utilização mosaicos.
• Revestimentos cromático.
•	 Escultura	com	marfim.
3.2.6 Mobiliário Gótico
O design gótico inseriu no mundo arquitetônico algo bem diferente dos 
mobiliários citados, idealiza um diferente e arrojado móvel, além de praticidade, 
introduz novas formas (MOURA, 2015).
	Um	móvel	gótico	identificado	como	aparador,	com	um	espaço	para	apoiar	
objetos, logo abaixo um espaço fechado com portas e prateleiras, para guardar 
peças,louças e objetos pessoais, parecendo com uma cristaleira.
Pesquisadores	 afirmam	 que	 as	 decorações	 são	 talhadas	 na	 madeira	
(portas) com desenhos folheados, arcos e colunas, verdadeiro mix arquitetônico, 
não esquecendo das cadeiras com revestimento nos assentos com tapeçaria 
(MOURA, 2015).
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
16
FIGURA 14 – MÓVEL GÓTICO
FONTE: <https://i.pinimg.com/236x/37/48/aa/3748aa0547a57a40428e70d201be1cab.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
A evolução dos estilos do design de interiores foi ocorrendo ao longo dos 
grandes movimentos artísticos, como: Art Nouveau, Bauhaus, Le Corbusier e Minimalismo 
(VELA et al. 2016). O design de interiores do período moderno é mais simples, decorrente 
das mudanças e tendências. Existe uma pluralidade de ideias de cunho individual e coletivo 
no período, tendo diversas origens como a Bauhaus, na Alemanha; Le Corbusier, na França 
e Frank Loyd Right nos Estados Unidos (BENEVOLO, 2004). 
 Caro acadêmico, após este estudo do início histórico dos primeiros mobiliários, 
recomenda-se sua continuação para entendimento da produção dos móveis 
contemporâneos. Segue link sugerido para estudos: https://www.academia.edu/9102100/
HISTORIA_DO_MOBILIARIO.
DICAS
TÓPICO 1 — HISTÓRIA DO DESIGN COM ÊNFASE EM MOBILIÁRIO
17
4 DESIGN E SUSTENTABILIDADE DE MOBILIÁRIO
Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de um equilíbrio, 
conforto, deve presar à harmonia, acrescentando uma ótima estética e 
funcionalidades.
4.1 SUSTENTABILIDADE
A sustentabilidade não se limita apenas a utilização de matérias-primas 
naturais	 e	 certificados,	 mas	 uma	 grande	 utilização	 de	 restos	 de	 produtos	
fabricados	em	edificações,	reaproveitamentos,	como	materiais	alternativos,	como	
bambu, juta, sisa e pedras sintéticas (FERREIRA, 2008).
Um reaproveitamento bem interessante, arrojado e inovador, está no 
exemplo de móveis de papelão recobertos com compensados de madeiras 
descartados em madeireiras, aproveitando as sobras de couros para revestir em 
cadeiras e bancos decorativos (FERREIRA, 2008).
FIGURA 15 – SUSTENTABILIDADE
FONTE: <http://sustentarqui.com.br/wp-content/uploads/2014/08/
HugoFrancaMontagem-e1408058920635.png>. Acesso em: 6 jan. 2021.
4.2. INDÚSTRIA MOVELEIRA SUSTENTÁVEL
A indústria moveleira precisa se preocupar com o meio ambiente e se 
adequar à sustentabilidade, ou seja, reaproveitar os materiais necessários para 
cada artigo em questão.
Existem madeiras de demolição, aproveitadas de forma direta no processo 
de fabricação de móveis mais sustentáveis, reaproveitando resíduos que seriam 
enviados para o aterro sanitário, mas com a criatividade e inteligência, de modo que 
os projetos se concentram em reaproveitar todos os resíduos e lixos prováveis para 
decorações de objetos estilizados conforme necessidade de cada obra em questão, 
atendendo assim às exigências de cada arquiteto (OLIVEIRA et al.,	2009)	.
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
18
FIGURA 16 – INDÚSTRIA MOVELEIRA
FONTE: <http://www.sindimol.com.br/wp-content/uploads/2012/03/DSC_0110-640x425.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
A sustentabilidade dá-se no processo de fabricação de produtos que 
atendem aos requisitos socioambientais, mantendo a qualidade e bom gosto, 
priorizando sempre o bom senso da economia, falando também socialmente 
e ambientalmente.
19
Neste tópico, você aprendeu que:
• A história do design em mobiliários acentua-se na qualidade de cada época, 
se adequando aos lugares e etnias, o estilo de uma linguagem que se adapta a 
cada sistema de espaço e tempo em questão.
• O modernismo e a cultura vêm se estilizando com as expressões de designers 
de	épocas,	tendo	uma	narrativa	de	atividade	específica,	buscando	valorizar	as	
origens, linguagens, aspectos e produções, misturando materiais e formando 
uma arte excepcional.
•	 Os	 designers	 se	 reinventam,	 diversificando	 criatividade	 com	 materiais,	
tanto naturais como nativos, ou até industrializados, para uma composição 
incomum, aprimorando as artes arquitetônicas e inserindo nas produções 
objetos e artesanatos idealizando um diferencial.
• A sustentabilidade não se limita apenas a utilizações de matérias-primas 
naturais	 e	 certificadas,	 mas	 uma	 grande	 utilização	 de	 restos	 de	 produtos	
fabricados	em	edificações,	reaproveitamentos.
• A sustentabilidade dá-se no processo de fabricação de produtos, que atende os 
requisitos socioambientais, mantendo a qualidade e bom gosto.
RESUMO DO TÓPICO 1
20
1 A história é a maneira necessária para a abordagem do design de móveis. 
Basicamente, o design de mobiliário busca além do conforto, funcionalidade 
e estética, sempre buscando fortemente uma tendência de projeto dentro 
da arquitetura de interiores relacionada à cada época e local. Henrique 
Navarra	iniciou	uma	centralização	mais	realista,	unificando	o	artesanato	e	
arte. A partir desses pressupostos, assinale a alternativa CORRETA com as 
características do mobiliário egípcio: 
a) ( ) Cores vivas, pinturas, desenhos estilizados, utilização de símbolos 
místicos, pirâmides entre outros elementos.
b) ( ) Cores frias, pinturas, desenhos estilizados, utilização de símbolos 
místicos, pirâmides entre outros elementos.
c) ( ) Cores vivas, pinturas, desenhos estilizados, utilização de símbolos 
místicos e construção imperial. 
d) ( ) Cores vivas, pinturas, vidros, utilização de símbolos místicos, pirâmides 
entre outros elementos.
2	 O	mobiliário	romano	na	Era	Cristã	revela-se	uma	influência	forte	da	Grécia:	
o bronze e o mármore se destacam como tendência principal, decorações 
utilizadas em mesas retangulares e redondas, facilitando a praticidade, as 
bases dobráveis para melhor comodidade e versatilidade. A partir desses 
pressupostos, assinale a alternativa CORRETA com as características dos 
móveis na Era Romana:
a) ( ) Utilização de revestimentos cromáticos.
b) ( ) As salas eram integradas com a área de serviço.
c) ( ) As pirâmides eram as obras arquitetônicas relevantes da época.
d)	(			)	As	camas	ficavam	na	sala	principal	e	não	no	dormitório.
3 A indústria moveleira precisa se preocupar com o meio ambiente, se 
adequando à sustentabilidade, ou seja, reaproveitamentos os materiais 
necessários para cada artigo em questão. A sustentabilidade dá-se no 
processo de fabricação de produtos, que atende os requisitos socioambientais, 
mantendo a qualidade e bom gosto, priorizando sempre o bom senso da 
economia, falando também socialmente e ambientalmente. A partir desses 
pressupostos, assinale a alternativa CORRETA com as características da 
indústria moveleira sustentável: 
a) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de equilíbrio e 
conforto, deve presar à harmonia, acrescentando desconforto visual.
b) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de equilíbrio e 
conforto, deve presar à harmonia, acrescentando apenas funcionalidade. 
AUTOATIVIDADE
21
c) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de equilíbrio e 
conforto, deve presar à harmonia, acrescentando uma ótima estética e 
funcionalidades.
d) ( ) Fundamentalmente, o mobiliário sustentável, além de desequilíbrio e 
conforto, deve presar à harmonia, acrescentando uma ótima estética e 
funcionalidades.
4	 Apesar	 de	 poucos	 mobiliários	 do	 período	 bizantino,	 há	 relatos	 que,	 as	
peças eram solicitadas por famílias poderosas, palácios e igrejas imperiais, 
ornamento um espaço luxuoso. A partir desses pressupostos, descreva 
características do mobiliário bizantino.
5 A história do design em mobiliários acentua-se na qualidade de cada 
época, se adequando com os lugares e etnias, o estilo de uma linguagem 
que se adapta a cada sistema de espaço e tempo em questão. A partir desses 
pressupostos, descreva as principais diferenças de cada época.
22
23
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Mundialmente, as organizações que atuam em diversos ramos da economia 
priorizam namaioridade investimentos de capacitação de colaboradores e 
gerenciamento, assimilando ótimos resultados e desempenho em cada setor 
designado. O setor moveleiro atualmente possui grande participação na economia 
mundial, fortalecendo a indústria de móveis, despertando um grande interesse 
nos investidores e microempreendedores (SERRA, 2005).
Este setor engloba diversos tipos de matérias-primas, processos de 
produção,	equipamentos	específicos,	materiais	em	geral,	maquinários	e	mão	de	
obra	capacitada	e	qualificada,	resultando	um	controle	e	planejamento	eficiente	
na execução do produto. Antecede uma organização formada por uma estrutura 
estratégica	e	operacional,	muitas	vezes	com	deficiência,	que	ocasiona	perdas	e	
controle dos processos em questão (OLIVEIRA et al.,	2009).
 Para um bom funcionamento e para e conter os desperdícios, é inserido 
um Planejamento e Controle de Produção, fato que auxilia na geração de 
empregos, aumentando a economia mundial e brasileira. O setor moveleiro 
vem conquistando seu espaço e mostra como é imprescindível a implantação do 
Planejamento e Controle de Produção e um bom gerenciamento para a excelência 
na produção dos materiais (SERRA, 2005).
A partir desses pressupostos, no Tópico 2, estudaremos os seguintes 
temas: (1) compreensão da tendência no mercado moveleiro; (2) a complexidade 
do processo de desenvolvimento e o gerenciamento dos projetos na produção; 
e	(3)	a	qualificação	de	um	planejamento	e	da	gestão	na	produção	do	mobiliário.
2 MERCADOLOGIA E TENDÊNCIA
O mercado é muito promissor inovando as tendências. As exigências 
dos consumidores geram dinamismo e criatividade devido ao acesso facilitado 
às informações, fazendo com que as empresas realizem pesquisas de mercado e 
ofereçam produtos diferenciados e modernos.
 
24
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
O papel da indústria de móveis e mobiliários está se tornando cada vez 
mais necessário, com atribuições que vão desde a criação de projetos 
baseados nos princípios da sustentabilidade, conforto através de 
estudo da ergonomia, funcionalidade, melhoria da qualidade e valor 
estético, passando pela introdução de novos materiais (vime, bambu 
etc.), desenvolvimento de embalagens, até a promoção dos produtos 
com	 desenvolvimento	 de	 materiais	 gráficos,	 editoriais	 e	 criação	 de	
web sites (SERRA, 2005, p. 12).
Devido ao aumento da concorrência, as empresas precisam se preparar 
com as mudanças do mercado, trazendo assim a necessidade de analisar as 
futuras tendências de mercado e satisfazer os desejos de cada cliente.
2.1 MERCADO MOVELEIRO
O setor moveleiro pode ser considerado um dos mais antigos a nível 
mundial, pois deriva dos carpinteiros e artesãos produtores de móveis, que com 
a revolução industrial passaram a utilizar máquinas e ferramentas, visando obter 
economias de esforço e tempo. 
Os avanços proporcionados pelo processo industrial permitiram a 
padronização e os ganhos de escala, de maneira que os móveis deixaram de serem 
produtos artesanais para se tornarem produtos industrializados e reproduzidos 
em séries (FERREIRA et al., 2008). Segue quadro com o dinamismo concorrencial:
QUADRO 1 – DINAMISMO CONCORRENCIAL
Design: o design é o único fator de inovação próprio da indústria moveleira. O design é um bem 
imaterial que se exterioriza na forma de um objeto, entretanto, não deve estar relacionado apenas 
à aparência e à estética dos produtos. O design está vinculado a todos os aspectos relacionados 
à concepção do produto que permitam a empresa se diferenciar e construir vantagens sobre os 
concorrentes: manufaturabilidade, ergonomia, qualidade, durabilidade, conforto, utilização de 
novos materiais, estratégias de distribuição e marketing, entre outros. Desta maneira, as inovações 
em design propiciam a criação de uma “identidade própria” para os móveis de uma empresa, se 
constituído em um dos elementos chave para as condições de concorrência nesta indústria. Cabe 
destacar, que o design original é um bem passível de ser apropriado sendo protegido pelas leis 
de propriedade industrial (TIGRE, 2006).
Máquinas e equipamentos: com relação ao padrão tecnológico das máquinas e equipamentos 
utilizados por esta indústria, a grande mudança ocorrida nas últimas décadas foi a substituição 
da base eletromecânica pela microeletrônica, o que permitiu maior aproveitamento dos materiais, 
maior	flexibilidade	na	produção	e	melhor	qualidade	nos	produtos.	Apesar	de	esta	indústria	ser	
intensiva em mão de obra, as inovações tecnológicas estão permitindo uma redução em seu uso, 
principalmente em segmentos que possam ser transformados em processos contínuos, como é o 
caso da produção de móveis retilíneos seriados.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
25
Materiais:	com	relação	aos	materiais,	verificam-se	grandes	mudanças	decorrentes	das	inovações	
ocorridas nas indústrias química e petroquímica: materiais compostos, plásticos mais resistentes, 
novas tintas etc. Entretanto, a principal tendência observada na indústria moveleira mundial é 
a substituição das madeiras nativas, dado o aumento das restrições ecológicas. Estas madeiras 
nativas	estão	sendo	substituídas	tanto	pelas	madeiras	reflorestáveis,	como	o	pinus	e	o	eucalipto,	
como pelas chapas e painéis de madeira reconstituída. Dentre as inovações trazidas pela indústria 
de painéis, destaca-se o MDF – Medium Density Fiberboard –, que revolucionou a indústria 
moveleira	desde	que	foi	introduzido	no	mercado	europeu	nos	anos	1980.	Este	novo	tipo	de	chapa	
apresenta resistência mecânica e estabilidade dimensional, que a transformam no substituto mais 
próximo da madeira maciça. Além do MDF, a indústria de painéis tem lançado uma variedade de 
novos tipos de chapas de madeira reconstituída, para diferentes aplicações. Cabe destacar que, 
na maioria dos móveis, é utilizada uma combinação de chapas e de madeiras maciças, visando 
melhoria	da	qualidade	e	redução	dos	custos.	Por	fim,	observa-se	a	crescente	utilização	de	outros	
materiais combinados com a madeira, como o vidro, os metais, as pedras, os couros e os plásticos.
FONTE: FERREIRA et al. (2008, p. 2-3)
O setor moveleiro se destaca no uso da fabricação de matérias-primas, 
seguindo	uma	classificação,	como	em	residências,	escritórios	e	instituições.
Na indústria moveleira, segue uma sequência de madeiras torneadas e 
ou em linha reta, priorizando as matérias-primas como aglomerados, painéis e 
compensados. No mundo moveleiro, as indústrias se adequam às ampliações 
de variedade de matérias-primas, utilizando frequentemente madeiras maciças, 
madeiras como aglomerados, MDF, MDP, OSB e compensado (SERRA, 2005).
O processo de execução de um móvel na produção necessita de 
maquinários	e	equipamentos	adequados	para	a	finalização	do	produto,	ornando	
uma	parceria	de	fornecedores	de	(SOUZA,	2017),	como:
• Metais.
• Ferramentas adequadas como dobradiças, corrediças, articuladores, puxadores.
• Acessórios, incluindo ainda fornecedores de couro, indústria têxtil, compondo 
móveis de excelência, de estilo, qualidade e conforto.
26
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
FIGURA 17 – INDÚSTRIA MOVELEIRA
FONTE: <https://esbrasil.com.br/industria-moveleira/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
FIGURA 18 – MDF E MDP
FONTE: <encurtador.com.br/fgyHV>; <encurtador.com.br/htGM4>; <encurtador.com.br/hDHKT>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
Caro acadêmico, os principais produtores mundiais de móveis são China, 
União Europeia e Estados Unidos, sendo estes também os maiores consumidores mundiais. 
Na União Europeia, a Itália e a Alemanha se distinguem como maiores produtoras e como 
centros de excelência em design e tecnologia. No Brasil, as regiões Sul e Sudeste se destacam 
como principais produtoras de móveis e observam-se também, nessas regiões, as maiores 
áreas com plantios florestais, uma vez que na fabricação de seus móveis, há predominância 
de madeira. Os móveis de madeira são também segmentados em retilíneos e torneados. 
As principais matérias-primasdos primeiros são os aglomerados, painéis e compensados. 
INTERESSA
NTE
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
27
Os torneados têm como matéria-prima principal a madeira maciça, podendo também 
incluir painéis. As indústrias de processamento madeireiro têm ampliado o leque de seus 
produtos, de maneira que existe uma grande variedade de matérias-primas derivadas da 
madeira (madeira maciça, chapas de madeira reconstituída como aglomerado, MDF, MDP, 
OSB e compensado). 
FONTE: <https://www.bnb.gov.br/documents/80223/3585904/moveis_34-2018.pdf/
f0e0657f-a6c2-db33-f139-04d95692453e>. Acesso em: 6 jan. 2021.
2.2 TENDÊNCIAS MOBILIÁRIAS 
Tendência	significa	“seguir	algo”,	no	sentido	de	se	tratar	de	uma	espécie	de	
mecanismo social. No mercado atual, a tendência é fundamental para a indústria 
mobiliária, o design e o arquiteto inserem um processo criativo e inovador, 
seguindo um protocolo de determinados mercados, priorizando os lançamentos 
de cada região em ascensão (OLIVEIRA, 2006).
FIGURA 19 – TENDÊNCIA
FONTE: <https://digital.formobile.com.br/sites/formobile.com/files/styles/article_featured_
retina/public/jogo%20de%20cadeiras_0.jpg?itok=hXp6Pau7>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Na Alemanha surgiu um conceito chamado de Quarta Revolução, 
transformando grandes processos produtivos, instigando a criatividade, 
customizando	o	produto	até	a	venda	final.	No	mercado	brasileiro,	os	designers	
se	especializam	em	tendências	específicas,	atendendo	às	demandas	com	produto	
acabado, escritórios, móveis modulados, assim aproveitando melhor o espaço 
(DANTAS, 2005).
28
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
3 DESENVOLVIMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETO
O gerenciamento de projetos é uma boa gestão projetual, com pessoas 
capacitadas em conhecimento na área desejada, desempenhando assim uma boa 
produtividade	e	finalização	do	produto.
O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, 
ferramentas	e	técnicas	às	atividades	do	projeto	a	fim	de	cumprir	os	seus	
requisitos. O gerenciamento de projetos é realizado através da aplicação 
e integração apropriadas dos processos de gerenciamento de projetos 
identificados	para	o	projeto	(PMI,	2017,	p.	10).
Todos sabemos que o mercado de trabalho tem se tornando mais disputado 
e que o nível de exigência dos clientes tem aumentado consideravelmente. Assim, aplicar 
as metodologias de gerenciamento de projetos se torna imprescindível. Obviamente, 
cada empreendimento tem suas próprias particularidades, necessitando de estratégias 
específicas. É válido afirmar que gerir um projeto incorre na aplicação de conhecimentos, 
ferramentas e técnicas para que os objetivos definidos sejam alcançados. 
FONTE: <https://www.projectbuilder.com.br/blog/metodologias-de-gestao-de-projetos/>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
INTERESSA
NTE
3.1 PROCESSOS NO DESENVOLVIMENTO MOBILIÁRIO
O processo de desenvolvimento adere algumas áreas funcionais da 
empresa,	especificamente	a	produção	eficiente,	indo	desde	o	início	até	a	finalização	
do produto. Cheng (2000) descreve o processo e as áreas funcionais envolvidas 
em cada etapa:
• Planejamento do produto, segmento e estabelecimento do conceito, Marketing.
• Projeto do produto, projeto do processo e preparação para a produção.
• Lançamento: Marketing, P & D, Manufatura, Venda e Logística.
Para	uma	produção	eficaz,	necessita-se	a	redução	de	tempo	no	processo	
de	 desenvolvimento,	 tendo	 uma	 relevante	 importância,	 pessoas	 qualificadas	
desempenhando	uma	enorme	agilidade	e	eficiência	na	finalização	do	produto,	
obtendo	melhores	 resultados.	O	gerenciamento	é	 feito	através	da	 identificação	
e desdobramento das variáveis que compõem o desenvolvimento do produto, 
através de tabelas, matrizes e procedimentos de extração, relação e conversão 
(CHENG et al.,	1995).
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
29
A padronização é uma das estratégias no processo do desenvolvimento 
mobiliário. Está inserida em qualquer indústria produtiva. É necessária a inclusão 
de normalização, redução e sistema instigando a economia. A padronização 
intensifica	as	atividades	do	processo	do	valor	agregado,	possibilitando	melhorias	
no sistema produtivo (CHENG et al.,	1995).
FIGURA 20 – DIAGRAMA DE ISHIKAWA
Material Meio Ambiente
Método Mão de obra Máquina
Objetivo
CAUSAS EFEITO
 FONTE: <https://d1lc5plzz0mq74.cloudfront.net/wp-content/uploads/2015/08/21203011/
Ishikawa.png>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Goese	(1999,	p.	18),	afirma	que	“antes	de	definir	padrões,	faz-se	necessário	
identificar	 os	 processos	 para	 melhorias	 e	 compreensão	 do	 funcionamento	
da	 organização”.	 Campos	 (1992)	 compreende	 a	 identificação	 dos	 processos,	
resultando em um relacionamento causa-efeito, tendo como facilitador a diferença 
de causa e seus efeitos, como mostra o diagrama Ishikawa.
3.1.1Gerenciamentos de projeto mobiliário
O gerenciamento de projetos proporciona o desenvolvimento de 
competência como liderança, estratégia, capacidade de planejamento e tomada 
de	decisão,	habilidades	fundamentais	para	uma	boa	gestão	(PMI,	2017).	Kerzner	
(2007,	p.	30)	pondera	“que	são	diversos	os	fatores	externos,	que	podem	forçar	as	
empresas a adotarem o gerenciamento de projetos como forma de realizarem os 
seus projetos”. 
A	 execução	 de	 um	 projeto	 eficaz	 necessita	 de	 um	 gerenciamento	 e	
liderança capacitada na área, determinando uma equipe preparada com critério 
de	 organização	 e	 seleção	 de	 pessoas	 qualificadas,	 atingindo	 os	 objetivos	 e	
garantindo	o	sucesso.	Os	critérios	importantes	a	serem	aplicados	são	(PMI,	2017).
30
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
• Realismo.
• Capacidade.
• Flexibilidade.
• Facilidade de uso.
• Custo.
• Facilidade de informatização. 
O gerenciamento requer alguns fatores relevantes para a execução do 
projeto solicitado, considerando precisamente possível a implementação de 
proposta de trabalho como (CHENG et al.,	1995).
• Responsável pela área de Marketing.
• Equipe	qualificada	e	competente.
• Determinar metas e objetivos.
• Priorizar projetos de acordo com as metas e objetivos estabelecidos.
Os projetos coordenados pela gerência de pesquisa e desenvolvimento, 
durante a execução do projeto, realizam reuniões com gerentes de outras áreas 
funcionais, objetivando o alinhamento e um melhor desempenho e resultados, 
atingindo	as	metas	exigidas	(CHENG,	1995).
4 GESTÃO DA PRODUÇÃO DE MOBILIÁRIO
A	 gestão	 da	 produção	 define	 as	 atividades	 fundamentais	 que	 as	
organizações usam para realizar tarefas e atingir suas metas (RITZMAN; 
KRAJESWSKI,	2004).
As atividades desenvolvidas por uma empresa visam atender seus 
objetivos de curto, médio e longo prazo, se relacionando, na maioria das 
vezes, de forma complexa e transformando insumos e matérias-primas em 
produtos acabados.
4.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO DO 
MOBILIÁRIO
O PCP é responsável pela organização e aplicação de recursos produtivos 
de modo que atenda aos planos estabelecidos em três níveis organizacionais: 
estratégico, tático e operacional. Biazin e Godoy (2000) caracterizam esses níveis 
da seguinte forma:
• Nível estratégico:	onde	são	definidas	as	políticas	estratégicas	de	longo	prazo	
da organização e planejamento estratégico da produção, resultando em um 
Plano de Produção (PP) suprindo todas as necessidades produtivas dentro de 
um período de longo prazo.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DA PRODUÇÃO DO MOBILIÁRIO
31
• Nível tático:	onde	são	definidos	os	planos	de	médio	prazo	para	a	produção,	
resultando no Plano Mestre de Produção (PMP). O planejamento no nível 
estratégico é dividido detalhes para facilitar do controle e operação.
• Nível operacional:	onde	são	definidos	programas	de	produção	de	curto	prazo.	
O PCP prepara a programação da produção com a administração de estoques, 
colocando em ordem, emitindo e liberando ordens de compra, fabricação e 
montagem, executando o acompanhamento e controle da produção.
O sistema de Planejamento e Controleda Produção (PCP) é aquele 
que planeja e programa todas as operações e atividades da organização, 
controlando-as	de	modo	que	consiga	ser	alcançado	um	aumento	na	eficiência	
de todo o sistema produtivo. 
Em outras palavras, o sistema PCP é quem planeja as atividades necessárias 
para a execução da produção, desde a aquisição de matérias-primas, mão de obra, 
controle de processos produtivos e setores, movimentação de produtos e serviços 
até	o	consumidor	final.	Utilizando	informações	sobre	a	capacidade	produtiva	e	
os estoques de produtos existentes, pode ser determinado o tipo de produto a ser 
produzido e a quantidade estimada de produção (ZOCCHE, 2011).
FIGURA 21 – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO
FONTE: <https://gmad.com.br/casa-do-mdf/wp-content/uploads/2019/07/lucro-2.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
O planejamento é uma função administrativa de otimização de recursos 
de entrada, que determina o que deve ser realizado para atingir os objetivos 
traçados	(CHIAVENATO,	2004).
32
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
4.2 GESTÕES NA PRODUÇÃO DOS MOBILIÁRIOS
Pozo (2010 apud REBOUÇAS; CAMPOS NETO; FERREIRA, 2015, p. 3) 
afirma	que:	
[...]	as	atividades	de	compras	não	são	um	fim	em	si	próprio,	mas	sim	
uma atividade de apoio fundamental no processo produtivo, suprindo 
as demandas de materiais. Ainda segundo o autor, as atividades 
de	 compras	 têm	 por	 sua	 finalidade	 manter	 a	 organização	 numa	
posição competitiva no mercado através de ações de negociações de 
preços, buscas de materiais alternativos e no incessante trabalho de 
relacionamento com fornecedor.
FIGURA 22 – GESTÃO NA PRODUÇÃO
FONTE: <https://www.moveisdevalor.com.br/portal/cache/image/10769-sebrae-estrategias-
setor-moveleiro-770x499.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
O mercado moveleiro exige uma gestão capacitada, diferenciando uma 
redução de custos de pedidos urgentes e a seleção de fornecedores adequados, 
garantindo a qualidade no processo produtivo, incluindo compras com melhor 
preço,	a	entrega	rápida,	qualidade	e	confiança	(MOREIRA,	2008).
33
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Mundialmente, as organizações que atuam em diversos ramos da economia 
priorizam na maioridade investimentos de capacitação de colaboradores 
e gerenciamento, assimilando ótimos resultados e desempenho em cada 
setor designado.
•	 É	necessária	uma	mudança	 e	 avaliação	do	desempenho	dos	profissionais,	do	
processo de desenvolvimento, da organização da equipe de trabalho e dos 
métodos utilizados.
• O objetivo inicial de propor um novo procedimento do existente, que permite 
colmatar as falhas atuais no processo de gestão dos projetos de moveleiros.
• A padronização é uma das estratégias no processo do desenvolvimento 
mobiliário. Está inserida em qualquer indústria produtiva. É necessária a 
inclusão de normalização, redução e sistema instigando a economia.
• O PCP é responsável pela organização e aplicação de recursos produtivos 
de modo que atenda aos planos estabelecidos em três níveis organizacionais: 
estratégico, tático e operacional.
34
1 O designer e o arquiteto inserem um processo criativo e inovador no 
desenvolvimento dos seus projetos e objetos, seguindo um protocolo 
de determinados mercados, priorizando os lançamentos de cada região 
em	 ascensão.	 A	 partir	 desses	 pressupostos,	 descreva	 o	 significado	 de	
Tendência Mobiliária. 
2 O PCP é responsável pela organização e aplicação de recursos produtivos de 
modo que atenda aos planos estabelecidos em três níveis organizacionais: 
estratégico, tático e operacional. A partir desses pressupostos, descreva as 
características dos três níveis. 
3 Na gestão de Produção de Mobiliário, existe um setor indispensável e 
eficiente	 para	 o	 fluxo	 e	 organização	 dentro	 da	 empresa	 ou	 indústria.	A	
partir desses pressupostos, assinale a alternativa CORRETA. 
a) ( ) PCP – Planejamento de Controle de Produção.
b) ( ) PDP – Planejamento de Desenvolvimento de Produção.
c) ( ) PMP – Plano Mestre de Produção.
d) ( ) PCB – Plano de Controle Básico.
4	 A	execução	de	um	projeto	eficaz	necessita	de	um	gerenciamento	e	 liderança	
capacitada na área, determinando uma equipe preparada com critério de 
organização	 e	 seleção	 de	 pessoas	 qualificadas,	 atingindo	 os	 objetivos	 e	
garantindo o sucesso. A partir desses pressupostos, assinale a alternativa 
CORRETA com os critérios importantes a serem aplicados:
a) ( ) Realismo, Desenvolvimento, Flexibilidade, Facilidade de Uso. 
b)	(			)	Planejamento,	Qualificação,	Flexibilidade,	Facilidade	de	Uso.	
c) ( ) Planejamento, Desenvolvimento, Flexibilidade, Facilidade de Uso. 
d) ( ) Realismo, Capacidade, Flexibilidade, Facilidade de Uso entre outros. 
5 O processo de desenvolvimento adere algumas áreas funcionais da 
empresa,	 especificamente	a	produção	eficiente,	 indo	desde	o	 início	 até	 a	
finalização	do	produto.	A	partir	desses	pressupostos	assinale	a	alternativa	
CORRETA com os critérios de processo segundo Cheng (2000):
FONTE: CHENG, L. C. Caracterização da gestão de desenvolvimento do produto: delineando o 
seu contorno e dimensões básicas. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE INOVAÇÃO E GESTÃO DE 
DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO, 2., 2000, São Carlos. Anais [...]. São Carlos: IGDP, 2000. 
a) ( ) Planejamento do produto, Projeto do produto e Lançamento. 
b) ( ) Planejamento do produto, Lançamento do produto, Flexibilidade.
c) ( ) Planejamento do produto, Facilidade do produto, Flexibilidade. 
d) ( ) Planejamento do produto, Desenvolvimento do produto, Flexibilidade.
AUTOATIVIDADE
35
TÓPICO 3 — 
UNIDADE 1
CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
1 INTRODUÇÃO
Este Tópico trabalha o desenvolvimento e a criação do projeto do 
mobiliário e compreende o papel do designer, partindo das primeiras ideias e 
desenhos	iniciais	até	o	último	item	a	ser	finalizado	(BONFIM	1995).
As fases do processo de produção são critérios estabelecidos pelo designer 
e	estão	na	maioria	das	vezes	acompanhados	de	outros	profissionais	de	grande	
importância, como o marceneiro (CAVALCANTI, 2001).
O designer tem como prioridade a interação das relações do ser humano 
com o seu meio, e para isso utiliza ferramentas metodológicas para formar as 
suas	ideias	(DIJON,1999).
O estudo tem como objetivo demonstrar o processo projetual de um 
mobiliário desenvolvido através do referido a um conjunto de informações. 
“Na análise ergonômica, encontra-se a base de todo o desenvolvimento 
da forma e das soluções desenvolvidas, e assim foram observados padrões e 
adequações de medidas ergonomicamente adequadas para melhor adaptação ao 
conceito do móvel multifuncional” (SOUZA et al.,	2017,	p.	14).
A partir desses pressupostos, no Tópico 3 estudaremos os seguintes temas: 
(1) O estudo e compreensão de materiais e processos de fabricação de mobiliário; 
(2) a ergonomia, percepção e conforto de mobiliário; e (3) o entendimento do 
projeto do mobiliário.
2 MATERIAL E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DE 
MOBILIÁRIO
Os designers, nas criações de projetos, direcionam a importância em saber 
qual	matéria-prima	que	o	profissional	irá	trabalhar,	pois	cada	material	envolve	
um	maquinário	específico.
36
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
2.1 MATERIAIS UTILIZADOS NA INDÚSTRIA MOVELEIRA
A produtividade no setor moveleiro representa uma ampla atividade e 
demanda	de	muitos	recursos	de	matérias-primas	das	florestas.	Até	a	finalização	
dos móveis e das madeiras processadas, amplia para outras atividades de 
produtos, associando o fornecimento de insumos. (MARTINI, 2016).
A	 matéria-prima	 deriva	 de	 insumos	 de	 madeiras	 de	 reflorestamento,	
introduzindo	 o	 aproveitamento	 econômico	 das	 florestas	 nativas	 e	 mudas	 de	
insumos para gerar as madeiras, considerada o principal item para a extração 
florestal,	alimentando	grande	parte	da	indústria	moveleira	(MARTINI,	2016).
Os	 agentes	 de	 reflorestamento	 são	 empresas	 produtoras	 de	 celulose,	
siderurgia e produtos sólidos de madeiras, como madeira serradae chapas de 
madeiras, além de governos estaduais, pequenos produtores e outras empresas 
do	ramo	de	reflorestamento	(MARTINI,	2016).
O	reflorestamento	fornece	madeira	para	as	 indústrias	de	móveis	e	para	
outras	atividades	de	produtos,	 separados	e	ou	classificados	como	cadeia,	uma	
delas o pinus e eucalipto, destinado para indústrias de celulose e papel, siderurgia 
(carvão e vegetal) (MARTINI, 2016).
A	outra	cadeia	são	os	laminados,	as	esquadrias	e	os	painéis,	classificados	
como principais insumos básicos na indústria moveleira, já os blocos de madeira 
sólida (compensados e lâminas) e os reconstituídos (aglomerados, MDF, chapas, 
OSB e HDF) são considerados os produtos mais importantes (MARTINI, 2016).
FIGURA 23 – MATÉRIAS-PRIMAS
FONTE: <https://www.moveisdevalor.com.br/portal/cache/image/7860-Industria_em_
Rondonia-770x499.jpg> Acesso em: 6 jan. 2021.
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
37
Concluindo a cadeia principal de insumos necessários para a presença 
de	 tubos,	 fibras,	 pregos,	 colas,	 vidros,	 vernizes	 e	 tintas,	 elementos	necessários	
para a fabricação de móveis, dependendo de cada estilo de móveis produzidos 
(MARTINI, 2016).
2.2 PROCESSOS DE FABRICAÇÃO DO MOBILIÁRIO
O processo de fabricação é uma transformação inicial da matéria-prima 
até	a	finalização	do	produto	acabado,	engloba	um	conjunto	de	ideias,	projetos,	
matérias-primas, seguido de um sistema(plano) de organização para a montagem 
ou	industrialização	(MOREIRA,	2004).
O processo de fabricação ordena uma sequência, aderindo os maquinários 
adequados para o objetivo, contando com reforço do processo de conformação 
mecânica, forjamento e estampagem, incluindo tecnologia e equipamentos 
modernos	e	permitindo	um	controle	eficaz	no	processo	produtivo,	que	garante	a	
qualidade	do	produto	(MOREIRA,	2004).
De	 acordo	 com	 Pinheiro	 (1999	 apud	 TEIXEIRA,	 2010,	 p.	 17),	 “o	 setor	
moveleiro nacional é recente e encontra-se em fase de crescimento, adaptação ao 
mercado e o aperfeiçoamento de seu parque fabril”.
FIGURA 24 – LAYOUT
FONTE: <https://www.gabster.com.br/marcenaria/producao/3-passos-para-definir-um-layout-
ideal-na-marcenaria/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
No processo de fabricação, inicialmente é necessária uma coordenação 
competente,	 contratando	 pessoas	 qualificadas	 e	 adequadas	 para	 as	 operações.	
Além	disso,	é	necessário	planejar	sequências	operacionais	e	definir	o	fluxo	baseado	
nos	recursos	disponíveis.	É	importante	implantar	um	layout,	conforme	Figura	24.
38
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
3 ERGONOMIA, PERCEPÇÃO E CONFORTO DE MOBILIÁRIO
Caro acadêmico, lembre-se: sem ergonomia não existe projeto de 
mobiliário para o ser humano. O projetista design deve pensar nas características 
físicas e nas atividades das pessoas que utilizaram o mobiliário.
3.1 MOBILIÁRIO ERGONÔMICO
A ergonomia é uma prioridade na concepção dos espaços e no design 
de mobiliário, garantindo conforto, segurança e o bem-estar necessário. A 
Associação Internacional de Ergonomia (2000 apud GUÉRIN et al.,	2001)	define	
que é necessário que a ergonomia esteja no foco do desenvolvimento de todo e 
qualquer	projeto,	definindo	uma	disciplina	científica	relacionada	a	uma	aplicação	
de	teorias,	princípios,	dados	e	métodos	a	projetos	a	fim	de	otimizar	o	bem-estar	
humano e o desempenho global do sistema. 
Compreender as características dos corpos humanos é uma das principais 
tarefas de quem busca na ergonomia da forma humana uma ferramenta útil para 
alcançar a perfeição no projeto de mobiliário. Interessante notar que as etnias das pessoas 
representam um fator determinante para compreender a ergonomia humana previamente. 
Por exemplo, os orientais possuem tendência a serem baixos e magros, ao ponto que 
norte-americanos são marcantes em virtude da altura e largura. 
FONTE: <https://www.vivendodecoracao.com.br/por-que-sem-ergonomia-nao-existe-
projeto-de-mobiliario/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
IMPORTANT
E
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
39
FIGURA 25 – PARÂMETRO DA ERGONOMIA
FONTE: <https://vivendodecoracao.com.br/old/wp-content/uploads/2016/05/ergonomia-
humana-2-1030x793.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
Um bom começo para atender os requisitos de ergonomia em prol dos 
colaboradores dentro dos ambientes de trabalho são as cadeiras de escritório. Elas devem 
dispor de características como:
1- Apoio para os braços: eles auxiliam na função de sustentação com objetivo de aliviar 
a tensão dos ombros e coluna cervical, principalmente em postos de trabalho onde o 
tampo da mesa não permita o apoio dos braços do usuário;
2- Regulagem de altura: é importante para que os pés estejam apoiados no chão e 
o assento não esteja numa altura que comprima as coxas e prejudique a circulação 
sanguínea. Caso isso não seja possível, deve-se utilizar o apoio para os pés;
3- O encosto com apoio da curvatura da coluna vertebral, com possibilidade de regulagem 
de altura do apoio lombar, proporcionando liberdade de movimentos e adequando-se a 
postura de cada usuário.
4- Profundidade máxima do assento e borda frontal arredondada que não pressione a área 
posterior dos joelhos. Uma cadeira de porte maior que será compartilhada por usuários 
de estaturas diferentes deve ter dispositivo de regulagem dessa profundidade de assento.
5- Para uso contínuo no computador: regulagens independentes de inclinação do encosto 
e do assento.
INTERESSA
NTE
40
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
6- Assento que faça a devida distribuição do peso do corpo, sem ser excessivamente 
profundo e macio e nem mesmo duro e plano.
7- As espumas do estofamento devem ter alta resiliência, ou seja, com pouca ou nenhuma 
deformação no seu uso. 
FONTE: <https://funcional.com.br/ergonomia-qual-a-sua-importancia-no-mobiliario-
corporativo/>. Acesso em: 6 jan. 2021.
FIGURA 26 – CADEIRA ERGONÔMICA
FONTE: <https://funcional.com.br/wp-content/uploads/2019/03/ergonomia-funcional-235x300.jpg>. 
Acesso em: 6 jan. 2021.
	 	 	 Definições	 de	 ergonomia	 tem	 o	 objetivo	 de	 ressaltar	 	 o	 caráter	
interdisciplinar e seu objeto de estudo, a interação entre o homem e o 
trabalho, focando em uma das áreas da ergonomia, que trata das características 
da	 	 anatomia	 humana,	 antropometria,	 fisiologia	 e	 biomecânica,	 no	 âmbito	 da	
ergonomia física, objetivando melhorar o uso do produto, máquina ou sistema 
através de alterações de características físicas do produto, como dimensões, 
pesos, formas, resistências (GUÉRIN et al., 2001).
TÓPICO 3 — CRIAÇÃO PROJETUAL DO MOBILIÁRIO
41
FIGURA 27 – ERGONOMIA NO PROJETO DE MOBILIÁRIO E MOBILIZAÇÕES
FONTE: <https://vivendodecoracao.com.br/old/wp-content/uploads/2016/05/ergonomia-
humana.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2021.
A	 definição	 de	 ergonomia	 estabelece	 requisitos	 e	 parâmetros	 do	
mobiliário, além dos estudos e adequações, e faz necessária a análise de tarefas 
para o cumprimento de medidas e dimensões exigidas. Utilizada por Lima 
e	 Torres	 (2014),	 por	 se	 tratar	 de	 mobiliário	 multifuncional,	 faz-se	 analisar	 as	
diversas formas do uso de um determinado objeto.
3.2 CONFORTO E FUNCIONALIDADE DOS MÓVEIS
O design de um móvel exige uma perfeita junção, unindo o conforto e a 
funcionalidade, atualizando no passar dos anos, evoluindo assim estes quesitos 
(GUÉRIN et al., 2001).
42
UNIDADE 1 — PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MOBILIÁRIO
Cavalcanti	(2001)	complementa	que	somente	após	os	anos	1970	o	móvel	se	
ajustou completamente às novas exigências de moradia contemporânea. Período 
marcado principalmente por móveis característicos e que se adequaram às novas 
dimensões dos ambientes, pelo acúmulo de múltiplas funções e pela utilização de 
uma	mesma	peça	para	diversas	funções.	“Conforto	significa	muito	mais	que	algo	
físico;	conforto	de	verdade	é	tão	cultural	quanto	físico,	e	tem	significado	diferentes	
coisas para diferentes pessoas em diferentes tempos” (CONFORTO [...], 2018, s. p.).
FIGURA 28 – CONFORTO E FUNCIONALIDADE

Continue navegando