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H No Brasil, funciona o sistema proporcional de lista aberta para os cargos de deputado federal, deputado estadual e vereador. O sistema proporcional tem a modalidade de voto único transferível, que também funciona com o cálculo de uma quota mínima de votos, mas com foco no candidato e não no partido. A quantidade é distribuída por meio de outra conta, a do quociente partidário, resultado do número de votos que cada partido recebeu dividido pelo quociente eleitoral. Assim para a manutenção do poder político, é necessário compromisso dos membros eleitos com seu eleitorado. Haveria então um problema a ser percebido no sistema proporcional de que sem o voto popular, um candidato não deveria ascender ao poder político, sendo esta uma consequência do princípio da soberania popular que conferiria um caráter de legitimidade para o sistema político. A crítica se dá no nível de representatividade política que se perde com o sistema proporcional. Ou seja, de que criaria um distanciamento da população que vota em seus candidatos. Cita o caso da eleição dos candidatos Enéas e Tiririca que, tendo sido muito votados em suas eleições, conseguiram para seus partidos mais vagas para os cargos, assumindo assim pessoas com pouca expressão de votos. Um outro ponto da crítica se dá em afirmar que o sistema proporcional no Brasil tem servido como instrumento de aquisição do poder político, atrelado a interesses puramente partidários, de corporação, e não da população ou do povo, logo esta crise de representatividade se dá num nível de crise de legitimidade do próprio sistema proporcional brasileiro, o qual, aparentemente, tem servido para a formação de centros ou núcleos de poder que se perpetuam no cenário eleitoral. Cabe ressaltar que o posteriormente, houve reformas eleitorais que visaram diminuir essa crise de representatividade, como por exemplo, estabelecer um mínimo de votos necessário para o candidato poder assumir o cargo do coeficiente eleitoral de seus partidos e o impedimento de coligações partidárias para os cargos do sistema proporcional. O termo presidencialismo de coalizão foi criado pelo cientista político Sérgio Abranches (1988) e significa o ato de fechar acordos e fazer alianças entre partidos políticos/forças políticas em busca de um objetivo específico. Para o professor Adriano Codato (2006), esses acordos entre partidos são, normalmente, com a finalidade de ocupar cargos em um governo. Na mesma linha, o professor Antônio Carlos Pojo do Rego (2015), o presidencialismo de coalizão é a forma com a qual o Poder Executivo conduz a administração pública, distribuindo postos administrativos em busca de apoio político e a formação de uma maioria parlamentar. Nesse sentindo, podemos compreender que para que um governo consiga colocar em prática sua agenda governamental, se faz necessário criar uma base de sustentação, de apoio, no Poder Legislativo. OBS. O presidente começa a governar, em seguida à sua eleição, com seu partido detendo um número de cadeiras no Congresso que é muito inferior ao que seria necessário para se formar uma maioria. Ponto Positivo - Por meio do presidencialismo de coalizão é possível ver a união de diversos partidos em prol de uma agenda de governo que pode beneficiar a população como um todo. O presidencialismo de Nas sociedades modernas, o conceito de representação virá legitimar, pela decisão da maioria presente, que a totalidade dos cidadãos acate a decisão tomada. Mas vai além dessa importância, pois cada um dos que não puderam estar presentes diretamente na decisão exercerá por meio do representante seu controle sobre o poder político. coalizão decorre do sistema de freios e contrapesos existentes entre os três poderes, considerado fundamental para o equilíbrio do poder político em uma república. O Poder Legislativo tem formas efetivas de fiscalizar e submeter o trabalho do Poder Executivo, o que em teoria é muito positivo, já que evita posturas ditatoriais por parte do chefe de governo, por exemplo. Ponto Negativo - O presidencialismo de coalizão tem um papel muito mais estratégico para os partidos e representantes do que para a população em si. Em primeiro lugar, a formação de uma coalizão ocorre para que determinado candidato ou partido vença as eleições presidenciais e que outros ganhem cargos nesse governo. A população, nesse caso, não está em primeiro plano. Há ainda a constante iminência de crises. Caso o Executivo conte com um presidente pouco hábil na arte de negociar, poderá ter sua governabilidade reduzida. Embora o Executivo conte com poder de agenda e tenha a competência constitucional de legislar – edição de medidas provisórias, por exemplo, o Legislativo tem nas mãos o poder de votar projetos de interesse do governo, podendo atrapalhar a execução de políticas públicas ao não votarem seus projetos. Logo, pode gerar instabilidade na ordem política do país Alguns analistas políticos como Samuel Pessoa, tem identificado o presidencialismo de cooptação, forma mais deturpada do presidencialismo de coalização, com o emprego de entrega e captação de emendas parlamentares, sistema historicamente conhecido como “varejão”, tornando o legislativo um balcão de negócios. Seria uma maneira do Poder Executivo garantir o apoio do Congresso por meio de financiamento a emendas parlamentares. Baseado no Texto: SOUZA, D.G; COSTA, J.S. DEMOCRACIA E REPRESENTAÇÃO POLÍTICA: UMA REFLEXÃO JUSFILOSÓFICA À LUZ DO SISTEMA PROPORCIONAL BRASILEIRO. Contribuiciones a las ciências sociales, 2014. Disponível em: http://repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/11410, último acesso em: 13/03/2021. É uma forma de consulta popular em que os cidadãos são consultados antes de uma lei ser constituída. O teor da lei a ser aprovada é definido pelo povo. O referendo também é uma consulta popular, previsto no Art. 14/CF, realizado após o projeto de lei em questão ter sido elaborado e aprovado no Congresso. Assim, o teor exato da matéria já foi definido pelos parlamentares. Tudo que a população pode fazer é aprovar ou rejeitar tal projeto. Mais uma vez, os referendos também são relacionados a questões de grande relevância para o país.
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