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SEMIOLOGIA CARDIO

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BULHAS CARDÍACAS 
Som normal dos fechamentos das válvulas 
B1 
• Fechamento das válvulas 
atrioventricular: mitral (localizada 
entre o átrio esquerdo e o 
ventrículo esquerdo) e tricúspide 
(localiza entre o átrio direito e o 
ventrículo direito) 
• Possui som mais fechado “tum” 
• Coincide com o pulso arterial 
 
 
B2 
• Fechamento das válvulas 
semilunares: aorta (localiza entre o 
ventrículo esquerdo e a artéria 
aorta) e pulmonar (localiza entre o 
ventrículo direito e a artéria 
pulmonar) 
• Possui som mais aberto “ta” 
 
Ambas as bulas são melhores auscultadas com o diafragma do estetoscópio 
Essa diferença de timbre acontece porque as valvas semilunares se fecham e se abrem 
por diferença de pressão, já as valvas atrioventriculares possuem cordoalhas tendíneas 
(“linha” que tensiona e puxa a valva para baixo) que são ligadas aos músculos papilares 
Sístole: contração da câmara cardíaca; entre B1 e B2(distancia menor) 
Diástole: relaxamento da câmara cardíaca; entre B2 e B1(distancia maior) 
SEMIOLOGIA 
CARDIOVASCULAR 
Ana Carolina Guimarães XXXI 
 
DESDOBRAMENTO FISIOLÓGICOS DA B2 
-Som “trá”, som duplo 
-Ocorre na inspiração e desaparece com a expiração (é normal) 
-Motivo: quando inspiramos, aumentamos o volume e diminuimos a pressão torácica. 
Isso faz com que o retorno venoso aumente, o ventrículo direito então demora mais 
para esvaziar causando atraso no fechamento da valva pulmonar, caracterizando o 
desdobramento da B2 
*Caso esse desdobramento ocorra durante a expiração o paciente tem alguma patologia 
FONESE DAS BULHAS 
• Hipofonetica- a altura da intensidade do som menor que o normal 
Hipofonese de B1: 
- Se refere a uma patologia em alguma valva atrioventricular onde ocorre uma 
insuficiência, ou seja, não se fecha efetivamente e, por isso, seu som fica reduzido. 
- Tambem pode ser gerado hipofones graves: 
Processo infamatório crônico que evolui para calcificação da valva gerando dificuldade 
em se abrir efetivamente, ou seja, ocorre uma estenose. Se não há abertura efetiva 
também não vai haver fechamento efetivo, fazendo com que a bulha também fique 
hipofonética nesse caso. Ela é desenvolvida por sequelas de febre reumática, uma 
infecção de garganta purulenta e bacteriana na infância não tratada em até 9 dias em 
pessoas suscetíveis, como mulheres em condições socioculturais ruins, que infecciona 
também a valva. É gerado então um processo crônico dessa valva e depois de anos perde 
sua função pois acaba se calcificando. Outros fatores geradores são a idade, alcoolismo, 
sedentarismo ou qualquer outro hábito que leva a inflamação 
 
• Hiperfonetica- a altura da intensidade do som maior que o normal 
Hiperfonese de B1: 
- Se refere a uma patologia em alguma valva atrioventricular onde o som da bulha fica 
aumentado. Um exemplo é quando ocorre uma estenose leve que ainda permite uma 
boa abertura da valva, se há uma boa abertura haverá um bom fechamento. Acontece 
quando há uma calcificação inicial, assim o cálcio batendo em outro cálcio ao fechar 
produz um som mais alto do que as estruturas fibrosas da valva. 
Hiperfonese de B2: 
- Causada por hipertensão arterial sistêmica e hipertensão arterial sistêmica pulmonar 
 
• Normofonetica- som normal (ritmo cardíaco normal em dois tempos) *Prontuário: “RCR 
2T” (ritmo cardíaco regular em dois tempos, ou seja, só ausculta de B1 e B2), pode 
também colocar para ausculta normal “BNRF 2T” (bulhas normofonéticas e 
normorritimicas em dois tempos) 
 
ANAMNESE 
1. Dispneia: quando o sangue não chega adequadamente nos pulmões vai haver um 
acumulo de liquido, enche os alvéolos e isso diminui a oxigenação e falta de ar 
2. Dor torácica: 
A dor precordical, que é em volta do coração, possui três características se ela piora com 
o exercício físico, se ela melhora com o repouso e se ela se localiza precordial 
• A definitivamente anginosa- possui as três características e é de origem 
isquêmica 
• B possivelmente anginosa- possui duas características 
• C possivelmente não anginosa- possui uma característica 
• D definitivamente não anginosa- não possui nenhuma característica, então é de 
origem cardíaca 
*Angina é a dor provocada pela falta de sangue do musculo cardíaco, ela precede o 
infarto do miocárdio. Quando há entupimento da luz do vaso, produz ácido lático e 
produz dor 
3. Sincope: perda transitória da consciência 
4. Palpitação: perda do ritmo 
5. Edema: quando o coração não consegue bombear adequadamente, chega menos 
sangue nos rins e ele começa a filtrar pouco, consequentemente urinar pouco. Assim o 
liquido retem no corpo e as pernas incham 
 
PONTOS DE AUSCULTA 
 
- Tem que auscultar em 
sentido horário ou anti-
horario, não pode ser 
aleatório 
 
SOPROS SISTÓLICOS 
O sopro será um som arrastado que vai significar alguma alteração da 
linearidade/homogeneidade do fluxo sanguíneo que faz com que ele fique turbulento 
(hemácias se chocam) e produza som. Na grande maioria das vezes a alteração será na 
valva e podem ocorrer por estenose aórtica e pulmonar ou por insuficiência mitral e 
tricúspide 
 
ESTENOSE AÓRTICA: 
• Acontece pelo adoecimento das valvas, pode ser por um processo de asteroclerose 
(inflamação das valvas e vasos cardíacos) que gera acumulo de gordura e cálcio e assim 
altera a consistência das valvas, por febre reumática não tratada ou por algum defeito 
congênito da valva. As causas estão diretamente ligadas a idade do paciente. 
• Essa inflamação dificulta sua abertura, promovendo resistência ao fluxo. Então as 
hemácias passam a transitar de forma turbulenta, o que gera um som que é escutado 
como um sopro durante a sístole no foco aórtico, indicando que a válvula aórtica não 
abriu direito 
• No início da contração ventricular a valva não abre completamente, então pouco sangue 
é ejetado e o sopro começa com baixa intensidade. No entanto, a medida que o 
ventrículo percebe essa resistência, ela força a contração pois precisa jogar sangue na 
aorta e o fluxo sanguíneo então aumenta. Dessa maneira, o som aumenta de 
intensidade, pois maior será o choque contra as valvas. Porém vai chegar um momento 
em que o coração não vai mais comportar o fluxo intenso, a partir disso o sofro volta a 
diminuir de intensidade. 
• Esse tipo de sopro é classificado como forma de diamante (crescente e decrescente) 
• O sopro termina antes da segunda bulha porque, na última fase da sístole, as pressões 
dentro dos ventrículos praticamente se igualam às pressões na aorta e na pulmonar, 
não havendo quase nenhuma ejeção de sangue neste momento. 
• Como o fluxo turbulento é do ventrículo esquerdo para a aorta, o sofro pode irradiar do 
ventrículo esquerdo para a região cervical direita (para o pescoço) 
• Todos os sopros cardíacos são gerados com alta frequência de onda, ou seja, são sopros 
suaves (também chamados de rude, por ser um som mais sujo e granuloso), com 
exceção de estenose mitral e tricúspide. 
• Para os suaves a ausculta deve ser com o diafragma do estetoscópio (lado maior) 
 
 
INSUFICIÊNCIA MITRAL 
• Ocorre pela deficiência do fechamento das valvas devido as rupturas das cordoalhas 
tendíneas. Isso pode acontecer por infarto, Doença de Chagas pois o coração incha e a 
valva se torna insuficiente ou por infecção das cordoalhas tendíneas. 
• Auscultada logo após a B1 no foco mitral, pois a valva mitral deveria estar fechada desde 
a contração isovolumétrica como em toda sístole. Com a deficiência nesse fechamento, 
haverá um fluxo voltando para o átrio (regurgitação) e se chocando com a estrutura 
valvar. 
• O átrio, por ser uma câmara de capacitância e ter uma parede fina, consegue se dilatar 
e acomodar o excesso de sangue e não oferecerá nenhuma resistência nessa 
regurgitação, fazendo com que o som produzido nesse sopro seja constante em seu 
todo, ou seja, forma de barra (homogêneo/ não muda de intensidade). 
• É um sopro suave igual da estenose,porém possui um timbre mais delicado, musical, 
fino 
• Como o refluxo que gera o sopro é do ventrículo esquerdo para o átrio esquerdo, vai se 
irradiar do foco mitral para região axilar 
 
Obs Efeito venture: o coração bate em forma de furacão (rodando) de modo que faz o 
sangue rodar sempre da ponta do ventrículo esquerdo para a aorta, por isso, mesmo a 
valva mitral estando totalmente insuficiente, grande parte do sangue segue em direção 
a aorta 
INTENSIDADE DOS SOPROS 
I,II e III: sem frêmito 
O I é o sofro mais difícil de auscultar e 
normalmente é preciso de manobras, II 
é mais fácil que o I e o III é facilmente 
auscultado 
IV, V e VI: com frêmito 
O IV é fácil e possui frêmito, V é 
auscultado com o esteto de lado e o VI é 
auscultado só de encostar o esteto no 
paciente 
• Frêmito é a sensação tátil do sopro, ou seja, aqueles que conseguem ser palpados 
• Intensidade do sofro não reflete a gravidade da doença 
• Sopro grave indica a frequência do som que pode ser auscultado melhor com a 
campanula 
 
 
SOPROS DIASTÓLICOS 
Os sopros diastólicos mais comuns são por consequência da insuficiência aórtica (da mesma 
forma acontece na insuficiência pulmonar) e da estenose mitral (da mesma forma acontece 
na estenose tricúspide). 
Quando se tem dúvida se um sopro é sistólico ou diastólico, basta palpar o pulso carotídeo, 
caso o sopro coincida com o pulso ele é sistólico, caso contrário diastólico. 
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA 
• A valva aórtica vai controlar a passagem de sangue do ventrículo esquerdo para a 
aorta, abrindo na sístole e fechando na diástole para impedir o refluxo sanguíneo. 
Essa valva se abre por diferença de pressão, pois no início da sístole o ventrículo está 
cheio (pressão esta alta) e a aorta está vazia (pressão esta baixa). À medida que o 
sangue vai para a aorta, há uma inversão da pressão e isso vai fazer com que a valva 
se feche. Porem se houver deficiência na valva, parte do sangue que foi ejetado para 
a aorta retorna para o ventrículo, isso gera um fluxo turbulento com um som que se 
ouve em forma de sopro diastólico que se inicia depois da B2 
• Esse sopro pode ocorrer por uma inflamação da valva devido sequelas de febre 
reumática (infecção de garganta que ocorre antes dos quinze anos por uma bactéria 
especifica), uma vez que a bactéria pode se alojar na valva causando uma cicatriz 
quando o paciente atinge a meia idade. Também pode ocorrer por problemas 
congênitos em paciente crianças, como a formação da valva com duas válvulas. E em 
pessoas idosas por arteriosclerose, provocado por pressão alta, excesso de glicemia 
e colesterol que inflama a valva por deposito de cálcio e gordura, causando uma 
alteração anatômica e dificultando seu fechamento 
OBS: Valva é um conjunto de válvulas; ex: a valva aórtica tem três válvulas 
• Os sopros diastólicos da valva aórtica se auscultam melhor no foco aórtico acessório, 
enquanto que os sopros da estenose aórtica sistólico se ausculta melhor no foco 
aórtico principal. 
• O sopro começa com intensidade alta porque existe uma grande diferença de 
pressão entre o ventrículo que está vazio e o átrio que está cheio, mas à medida que 
se processa a diástole, o ventrículo que recebe sangue do átrio vai encher e a aorta 
se esvazia, de modo que a pressão se inverte até o ponto que não cabe mais sangue 
no ventrículo e então o reflexo para no meio da diástole, ou seja, o sopro tem forma 
decrescente 
• É suave, melhor auscultado com o diafragma. Todos eles são difíceis de auscultar, 
uma vez que não podem ser classificados por intensidade e não possuem frêmitos. 
• Geralmente não há irradiação 
 
 
ESTENOSE MITRAL 
• No início da diástole, o átrio esquerdo está cheio de sangue e o ventrículo esquerdo 
está vazio, o sopro começa de grande intensidade e diminui ao longo da diástole, 
pois à medida que o ventrículo se enche de sangue, vai diminuindo sua capacidade 
de armazenar sangue até que atende sua capacidade máxima e sopro desaparece no 
meio na diástole. No final da diástole o átrio contrai para ejetar no ventrículo mais 
25% do sangue que estava dentro dele, ou seja, no final esse sopro aumenta no 
chamado reforço pré sistólico. Sua forma clássica é decrescente no início e 
crescente no final e ocupa toda a diástole. 
• Existe um nítido intervalo entre a segunda bulha e o início desses sopros. Isso porque, 
nesse período, as pressões intra-atriais e intraventriculares são quase iguais e passa 
pouco sangue pelos orifícios valvares. 
• Obs: em pessoas com arritmia não vai haver a segunda parte do sopro devido ao 
aumento do átrio esquerdo, assim o átrio deixa de contrair e reforço pré sistólico 
desaparece 
• Sopro em ruflar 
• Esse sopro possui baixa frequência de onda, ou seja, é grave e portanto melhor 
auscultado com a campanula no foco mitral 
• Geralmente não há irradiação 
 
 
MANOBRAS CARDIOLÓGICAS 
São artifícios para deixar o sinal semiológico mais evidente 
RIVERO CARVALHO 
• Inspiração profunda, isso amplia a caixa toráxica reduzindo sua pressão e aumenta 
o retorno venoso do lado direto, portanto mais sangue vai passar nas válvulas 
doentes e isso aumenta a intensidade dos sons. 
• Aumenta os sopros de origem direita, exceção da insuficiência pulmonar 
• Essa manobra serve para diferenciar se o sopro é de origem esquerda ou direita e 
serve também para auscultar melhor o sopro, pois a inspiração aumenta sua 
frequência 
Ex: paciente com sopro que se ausculta no foco mitral e no tricúspide (eles tem a 
mesma forma, sopro em barra), ai pede-se para o paciente inspirar, se o sopro 
aumentar de intensidade é de origem tricúspide, pois está no lado direito e se não 
modificar ele é de origem esquerda. 
MANOBRA DE VALSAVA 
• Soprar contra o dorso da mão, fazendo o paciente espirar com resistência, isso 
aumenta a pressão intratorácica reduzindo o retorno venoso dos dois lados, ou seja, 
nessa manobra todos os sopros vão reduzir sua intensidade com exceção do 
prolapso da valva mitral e da cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva 
• Essa manobra serve quando se tem um sopro de insuficiência mitral e quer saber se 
sua etiologia é devido ao prolápso da valva mitral ou se a etiologia do sopro de 
estenose aórtica é devido a estenose da valva aórtica ou a cardiopatia hipertrófica 
obstrutiva. Assim quando realizado essa manobra, sopros devido ao prolapso da 
valva mitral e a cardiopatia hipertrófica, aumentam a intensidade. 
• A manobra de valsava tem o mesmo efeito que o ortostatismo (mandar o paciente 
ficar em pé) 
• Não é recomendado para determinados pacientes com doenças cardíacas e 
dependem muito do débito cardíaco. Quando tem um quadro de desidratação 
(diminui o volume circulante) e ainda realiza essa manobra, o débito cardíaco ficará 
muito reduzido e pode causar hipotensão/ síncope. 
ACOCORAMENTO 
• Consiste em pedir o paciente para que fique de cócoras, nessa posição haverá um 
aumento do retorno venoso por comprimir a veia das pernas e isso aumenta a 
resistência vascular periférica porque também comprime as artérias das pernas. Essa 
manobra aumenta a intensidade da maioria dos sopros, com exceção do prolapso 
da valva mitral e cardiopatia hipertrófica 
• Essa manobra serve para aumentar o retorno venoso durante uma hipotensão 
HANDGRIP 
• Apertar as mãos com força, pois isso contrai os capilares e o sangue fica “preso” na 
aorta então vai haver aumento da resistência vascular periférica 
• Os sopros que vão contra a pressão da aorta vão diminuir de intensidade como na 
estenose aórtica e os sopros que estão a favor da pressão da aorta aumentam de 
intensidade como os sopros da insuficiência mitral, comunicação interventricular e 
insuficiência aórtica. 
Ex: sopro da insuficiência mitral o sangue vai do VE para AE, se aumentar a pressão 
da aorta esse refluxo vai aumentar 
• Essa manobra serve quando se tem dúvida se o sopro é sistólico ou diastólico, apósa manobra se o sopro aumentar de intensidade é diastólico e serve também para 
auscultar melhor os sopros da IM, CIV e IAO 
PULSO PARADOXAL 
• Queda da pressão arterial sistólica de 10 mmHg ou mais na fase inspiratória da 
respiração 
• Durante a inspiração acontece a manobra de Rivero Carvalho que aumenta o retorno 
venoso. Para abrigar esse maior volume de sangue o ventrículo direito dilata e o 
esquerdo permanece inalterado, mas se esse paciente possuir algum problema no 
pericárdio ou uma hiper insuflação pulmonar que comprime o coração, o VD não 
consegue dilatar, então o septo é empurrado para abrigar todo o sangue 
(tamponamento cardíaco), ou seja, vai haver diminuição do volume do ventrículo 
esquerdo e consequentemente diminuição da pressão arterial sistólica 
Obs: pressão sistólica é a maior pressão, ela acontece após o sangue ter sido ejetado do 
VE 
• Também pode ser avaliado esse quadro auscultando os sons de Korotkoff (durante 
a aferição da pressão), o normal é que o som continue audível quando infla o 
manguito até 10 unidades menores na sístole que o valor anterior durante a 
inspiração. 
 
 
B3 e B4 
São bulhas acessórias, melhor auscultadas durante a fase diastólica do ciclo 
Sons rápidos e curtos como B1 e B2, porém existem diferenças: 
• B3 e B4 possuem menor frequência então é melhor auscultado com a campanula 
(já B1 e B2 ausculta melhor com o diafragma) 
• B3 e B4 são sempre melhor auscultadas no foco mitral e tricúspide (B2 é 
auscultada melhor na base do coração, nos focos aórtico e pulmonar) 
• B3 e B4 não sofrem nenhum tipo de interferência na inspiração (B1 e B2 podem 
sofrer influência da inspiração) 
*Diástole é dividida em quatro fases 
1. Relaxamento isovolumétrico: ventrículo relaxa mas todas as válvulas estão 
fechadas 
2. Enchimento rápido: a valva átrio ventriculares se abrem e haverá uma diferença 
de pressão entre as câmaras, fazendo com que 70% do sangue passe para o 
ventrículo 
3. Enchimento lento: o átrio continua mandando sangue para o ventrículo, uma vez 
que as válvulas ainda estão abertas 
4. Contração atrial: o átrio se contrai ejetando o restante de sangue para o 
ventrículo 
 
B3- GALOPE VENTRICULAR 
• Ocorre na fase de enchimento rápido, ou seja, no início da diástole 
• Som do sangue do átrio caindo em um ventrículo que não se esvaziou 
adequadamente na sístole. Isso indica que houve um déficit sistólico com um 
volume residual excessivo, ou seja, o sangue que está lá vai se chocar com o 
sangue que veio naturalmente do átrio, gerando a bulha acessória B3 
• Indica que o ventrículo tem sobrecarga de volume 
• Está geralmente relacionada a insuficiência cárdica com dilatação do ventrículo 
(cresce pra fora- hipertrofia excêntrica) para comportar todo o sangue com o 
ictus cordis desviado 
• Acontece logo depois da B2 
• Seu som parece com um desdobramento de B2 porém não piora na inspiração. 
• O som é diastólico mas ele representa uma disfunção sistólica 
• É considerado normal em pessoas jovens e não indica doença cardíaca 
• Pode ou não ser patológica 
B4- GALOPE ATRIAL 
• Ocorre na fase de contração atrial, ou seja, no final da diástole 
• Acontece quando tem alguma doença espessando o musculo cardíaco ou 
aumentando a pressão na aorta, como em uma hipertensão arterial não 
controlada ou na estenose aórtica. Assim, o ventrículo esquerdo cresce para 
dentro- hipertrofia concêntrica e isso reduz o tamanho da câmera. Então ele é 
todo preenchido de sangue na fase do enchimento rápido. Quando chega na fase 
da contração atrial, o sangue que está no átrio vai se chocar com o sangue que 
está no ventrículo, pois ele não consegue dilatar mais para comportar o restante 
do sangue. 
• O som é gerado em devido a força que o átrio está fazendo em decorrência de 
um ventrículo que está cheio e não dilatou adequadamente 
• Indica que o ventrículo tem sobrecarga de pressão 
• Possui disfunção diastólica 
• Som exatamente igual B3 e parece com o som de desdobramento de B1 
• É sempre patológica 
 
PULSOS ARTERIAS
Quando os pulsos arteriais são palpados, alguns critérios devem ser utilizados para 
avaliar seu estado 
• simetria (os pulsos precisam ser palpados bilateralmente e, a maioria, 
simultaneamente) 
• amplitude (normal, aumentada ou reduzida) 
• duração (normal, reduzida ou estendida) 
• estado da parede arterial (se há enrijecimento) 
• frequência de pulso: é diferente da frequência cardíaca. Taquisfigmia >100 bmp; 
bradisfigmia<50 bmp 
• se há uma grande diferença pode desconfiar de arritmias/fibrilação atrial, é 
chamado de déficit de pulso
• ritmo: regular ou não, arritmias 
• tensão ou dureza (se refere a dificuldade em comprimir o pulso, em casos de 
hipertensão é difícil) 
Tipos de pulso: 
- Pulso parvus et tardus: tem baixa amplitude mas tem longa duração (se fala que ele 
fica muito tempo alisando seu dedo), esse pulso indica que a sístole desse ventrículo 
tem o volume reduzido e, por isso, ela terá duração maior para tentar compensar a 
quantidade de volume de sangue jogado na aorta, isso ocorre na ESTENOSE AÓRTICA 
GRAVE 
- Pulso em martelo dágua/magnus: tem grande amplitude e pequena duração, 
indicando que o volume de sangue jogado na aorta durante a sístole é muito grande, 
isso ocorre na INSUFICIÊNCIA AÓRTICA (joga o que recebe do átrio e o refluído da aorta) 
- Pulso alternante: é regular mas a amplitude varia (ora bombeia fraco, ora bombeia 
forte), é comum em quadros de falência do ventrículo esquerdo, insuficiência cardíaca 
grave terminal. Isso acontece porque o coração não consegue bombear muito bem, é 
como se ele cansasse e recuperasse a energia em alguns momentos. 
 
Pulso radial: 
a arteia sempre quando uma relação com uma eminencia óssea, a referencia é o 
processo estiloide do rádio. É palpado com a polpo do indicador e o dedo médio 
Pulso braquial: 
 Essa artéria é auscultada durante uma das etapas da aferição de pressão arterial, ela 
também é utilizada como referência para posicionar o manguito do esfigmomanômetro. 
A referência é o epicôndilo medial (a artéria braquial fica mais ou menos 3 cm para 
dentro a partir dessa referência). 
Pulso carotídeo: 
A referência nesse caso é a cartilagem tireóidea (a artéria estará mais lateralmente, na 
mesma altura). A palpação desse pulso é utilizada em casos de emergência para avaliar 
se o paciente tem pulso central (ao contrário ele estará em parada/morto), também 
pode ser palpado para identificar o tipo de sopro (a pulsação coincide com o sopro 
sistólico) e a ausculta dessa artéria é importante em casos de AVC isquêmico por 
exemplo (uma das causas frequentes é o estreitamento/estenose das carótidas e isso 
produz um sopro carotídeo). 
Em casos de pacientes mais idosos ou com doenças cardíacas como hipertensão, 
diabetes, doenças coronarianas, não é interessante uma palpação prolongada do pulso 
carotídeo e nem simultânea dos dois lados, pois, se tiver uma placa de aterosclerose se 
soltando/instável naquele local, a palpação oferece o risco de se soltar por completo e 
provocar um AVC no paciente. Se na ausculta carotídeo apresentar sopro carotídeo, o 
ideal é não palpar. 
Em qualquer paciente não é recomendado a palpação carotídea bilateral 
simultaneamente, pois pode provocar um estrangulamento e até causar um hipofluxo 
para o cérebro levando ao desmaio. Ademais, não deve ser palpável por mais que 10 
segundos, pois essa região apresenta barorreceptores que atuam no controle da 
pressão arterial, caso eles sejam pressionados por esse período o organismo entenderá 
que a pressão do paciente aumentou e irá desencadear mecanismos compensatórios 
desnecessários nesse caso (leva a hipotensão aguda e a síncope) 
Pulso da aorta abdominal: 
Essa artéria se encontra na porção esquerda da região abdominal, ela possui muitas 
terminações nervosas em sua parede então sua palpação pode se tornar dolorida. 
Quando se tem um pulso muitoforte com uma massa e dor a palpação nessa artéria 
desconfia-se de aneurisma de aorta, doença grave. 
*Essa artéria geralmente não é palpável mas quando for significa que ela está dilatada 
Pulso femoral 
A referência nesse caso será uma linha imaginária traçada da sínfise púbica até a crista 
ilíaca antero superior, a artéria femoral poderá ser palpada em algum ponto abaixo 
dessa linha, nunca acima. Essa artéria é importante para a referência da veia femoral 
para realizar o acesso central, todos os cateteres serão inseridos ali 
Pulso poplíteo 
Não é possível palpar bilateralmente simultaneamente, pois será necessário utilizar as 
duas mãos ´abraçando` o joelho para que possa sentir a artéria na parte posterior. 
Pulso tibial posterior 
A referência nesse caso é o maléolo medial (a artéria está logo atrás) 
Pulso pedioso 
A referência é uma linha imaginária entre o primeiro dedo e o segundo dedo do pé, 
nesse caso o ideal é que a palpação ocorra bilateralmente simultaneamente. 
Geralmente o bom estado desse pulso exclui a necessidade da palpação do poplíteo e 
femoral. 
 
SONS ADVENTÍCIOS 
ESTALIDO DE ABERTURA 
• Som agudo de alta frequência protodiastólico precedendo sopro de estenose 
mitral 
• *Pode ser confundido com B3 por ocorrerem no mesmo momento mas se 
diferencia porque B3 produz som de baixa frequência (melhor auscultado com a 
campanula) e o estalido de alta frequência (melhor auscultado com o diafragma) 
• Não depende do movimento de respiração, pode ocorrer tanto na espiração 
quanto na inspiração 
• Ocorre quando uma determina valva está calcificada e passa a gerar som em sua 
abertura (é mais comum na valva mitral), é acompanhado com o sopro estenose 
mitral. 
• Paciente que possui esse estalido queixa de fadiga, dispnéias aos esforços, 
congestão pulmonar que dificulta o sono, é algo comum porque pode ser 
causado por sequelas de febre reumática 
CLIQUE DE EJEÇÃO 
• É o mesmo mecanismo do estalido de abertura, mas precedendo o sopro de 
estenose aórtica com som agudo protosistólico 
• Ocorre normalmente por defeito na abertura da valva aórtica 
• Melhor auscultado no foco aórtico 
• Ocorre por algum defeito genético e por calcificação da valva devido a idade e 
sequelas de febre reumática 
CLIQUE NÃO EJETIVO 
• Som agudo mesosistólico no prolapso mitral 
• Ocorre uma alteração anatômica da valva. Durante a sístole a valva mitral está 
fechada mas em algumas pessoas uma parte da valva tende a elevar (o normal 
seria a valva ser rebaixada pelo fato se serem puxadas “para baixo” pelas 
cordoalhas tendíneas e se fecharem). Essa elevação é chamada de prolapso que 
gera um som porque devido ao não fechamento correto uma parte do sangue 
volta para o átrio esquerdo. (sopro de insuficiência mitral, a valva está insuficiente 
devido ao prolapso da valva mitral) 
• Muito parecido com o clique ejetivo, a diferença é que vai ser precedido por um 
sopro de insuficiência mitral (em barra, suave) e se ausculta no foco mitral 
• O paciente queixa de uma dor torácica átipica que não tem relação com o esforço 
físico e nem melhora com o repouso, tem palpitações. É um problema anatômico 
ou surge devido ao envelhecimento e alguma alteração das cordoalhas tendíneas 
ATRITO PERICARDICO 
• O coração é envolto por uma membrana fibrosa chamada de pericárdio que 
possui duas funções: proteger o coração ao isolá-lo das outras estruturas do 
mediastino e fixa o coração no tórax 
• Essa membrana é dividida em externa e interna, quando elas se movimentam 
em pessoas normais não existe nenhum tipo de som pois entre elas existe um 
líquido lubrificante que diminui o atrito 
• Se essa membrana inflamar ou adoecer, por uma infecção bacteriana, uma 
pancada muito forte ou por algum câncer que sofreu metástase. Quando a 
pericardite é desenvolvida, o liquido se torna espessado e as membranas vão se 
atritar e gera um som 
Obs: 90% dos atritos pericárdios são virais (paciente que melhora da gripe e 
começa a sentir dor no coração) 
• Dor atípica que não piora com esforço e nem melhora no repouso. A dor piora 
quando o paciente deita de cabeça (porque a parte de trás do coração é 
comprimida quando deitamos) pra cima e melhora quando senta com o peito 
pra frente (porque o coração fica pendente no tórax e não comprime o 
pericárdio) 
• É gerado um som grosseiro, semelhando com as crepitações da pneumonia 
porem se difere porque não necessita da respiração para ser auscultado 
• É um som trifásico: 1 sistólico e 2 diastólico 
• Som transitório, pois a depender da posição que o pessoa estiver, esse liquido 
vai se movimentar. Não é em todos os momentos que é possível ser auscultado 
• Como o pericárdio está inflamado ele vai começar a produzir liquido inflamatório 
que vai separar as membranas. Uma vez separas não há atrito e o som desaparce 
mas isso não quer dizer que o paciente melhorou, na verdade ele piorou porque 
esse liquido vai tamponar o coração então vai possuir pulso paradoxal. Caso ele 
não seja tratado vai haver queda de pressão, a jugular vai ingurgitar, as bulhas 
vão ficar hipofonéticas, então se esse liquido não for drenado o paciente entra 
em falência ventricular, pois os ventrículos não vão conseguir se dilatar para 
receber o sangue 
• Não é bulha, sopro e nem estalido. É um atrito 
 
PROPEDÊUTICA BÁSICA 
• Pressão divergente: quando a diferença da pressão sistólica e diastólica é maior 
que 60, a sistólica aumenta e a diastólica cai (por exemplo 140x60mmHg), pode 
indicar insuficiência aórtica 
• Pressão convergente: quando a diferença da pressão sistólica e diastólica é 
menor que 40, sístole baixa e diástole alta; ex: 100x80; pode indicar estenose 
aórtica 
EXAMES 
Eletrocardiograma: reflete a atividade elétrica do coração; sugere sobrecarga e de qual 
câmera, se tem alguma cicatriz que acontece no infarto, de onde está vindo o estimulo 
elétrico e se o sistema de condução está funcionando normalmente 
Ecocardiograma transtorácico: vê a anatomia do coração, pede quando tiver alteração 
no eletrocardiograma, sopro cardíaco, história cardíaca congênita, para 
acompanhamento das valvas cardíacas 
Teste ergométrico: doenças isquêmicas (anginas tendem a se relacionar com atividade 
física) indicado para procurar alguma alteração no coração que só se manifesta no 
esforço 
Holter 24horas: um tipo de eletrocardiograma que é realizado para avaliar o ritmo do 
coração no período de 24 horas. Geralmente é solicitado quando o paciente apresenta 
sintomas frequentes de tonturas, palpitações ou falta de ar que podem indicar 
alterações cardíacas. 
M.A.P.A: monitorização da pressão arterial e consiste em um método que permite o 
registro da pressão arterial em um período de 24 horas, durante as atividades habituais 
do dia-a-dia e até quando a pessoa está dormindo. O MAPA é indicado para fazer o 
diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica ou para avaliar se um determinado 
tratamento medicamentoso para pressão alta está sendo eficaz. 
Ressonância magnética cardíaca: para ver o musculo cardíaco 
Angiocoronografia ou catetetismo: ver alterações anatomicas nas coronárias 
Cintilografia miocárdica: ver alterações na perfusão, injeta um contraste na veia do 
paciente e tirar uma tomografia e depois vai fazer o paciente andar na esteira ou aplicar 
um medicamento que simula uma atividade física e tirar outra tomografia. Ao final, se 
analisa o brilho, caso deixe de brilhar o paciente tem alguma alteração 
Ultra-som doppler vascular: para ver se tem obstrução nas artérias, ou seja, serve 
para diagnosticar má circulação sanguínea e estreitamento dos vasos, e identificar 
varizes e tromboses

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