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Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez • Possuem efeito bem localizado ou em áreas maiores – da cintura para baixo, por exemplo. • O anestésico geral tem como objetivo principal a perda da consciência, o que não acontece na anestesia local. • A anestesia não interrompe apenas o processo doloroso, todos os processos desencadeados pela neurotransmissão podem ser interrompidos – sensação térmica, propriocepção e a função motora. Fisiopatologia da dor • A dor é uma experiência sensorial subjetiva e complexa, com natureza cognitiva e emocional. Comumente gerada por estímulos nocivos, mas não restrita a eles. • Na presença de um estímulo nocivo ou injúria ao nervo, a dor somática será desencadeada. - O sistema sensorial/discriminativo determina a intensidade, duração e localização da dor. - O sistema afetivo/motivacional envolve o sofrimento e os aspectos emocionais da dor. - O sistema cognitivo avalia a intensidade de acordo com o medo ou a ansiedade. • Ainda, há processos de dor sendo desencadeados também na ausência de estímulo nocivo, como por exemplo a dor psicogênica ou a dor neuropática (central). Estimulam os mesmos sistemas. • Muitos fatores estão envolvidos com o processo de dor: - Fisiológicos: a fisiopatologia desencadeia o processo de dor. - Afetivos: ansiedade, depressão, sofrimento. - Socioculturais: cultura, dinâmica familiar, profissão. - Comportamento: comportamentos de dor, comunicação. - Cognitivos: atitudes, forma de enfrentar a dor, significado dessa dor na convivência e na realização de atividades diárias. - Sensoriais: severidade, localização, qualidade da intensidade de dor. • Processos químicos, físicos ou térmicos podem ativar os nociceptores, presentes nas fibras c – fibras amielinizadas e nas fibras a-delta – fibras mielinizadas. Esses nociceptores conduzem a informação de injúria até o corno dorsal da medula espinhal. A partir dele, há sinapse com interneurônios e depois com neurônios pertencentes às vias ascendentes de dor, até chegar ao encéfalo. Golan et al, cap 11, 2014. • No cérebro, o segundo neurônio faz sinapse com um terceiro neurônio no tálamo, o qual se projeta para várias regiões. • Logo, a ativação dos nociceptores transmite a informação dolorosa ao SNC através do corno dorsal da medula espinhal, ascende e chega ao encéfalo. • Ainda, existe uma via que tentará modular/inibir o processo de dor, que é a via descendente. Fármacos utilizados no controle da dor • São utilizados: anti-inflamatórios, anestésicos locais, opioides, agonista a2 (clonidina) e outros associados Anestésicos locais Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez como adjuvantes no tratamento – anticonvulsivantes, antidepressivos, hipnóticos e relaxantes musculares. Anestésicos locais • Promovem a perda da sensibilidade local, em função da inibição da gênese e propagação do potencial de ação. • O efeito é reversível. À medida que o anestésico sai da região, é metabolizado e eliminado, o neurônio retorna ao seu funcionamento normal. • O anestésico local é injetado ao redor ou próximo ao nervo, já que se aplicado dentro dele poderia causar lesão neuronal. História • Originado a partir da molécula de cocaína. Os indivíduos mastigavam as folhas e sentiam a boca anestesiada. • Albert Niemann isola o composto em 1860, sendo introduzida na clínica em 1884 como anestésico oftalmológico. • Da origem a: Procaína (1905), lidocaína (1943), prilocaína (1950). Estrutura química • A estrutura química determina algumas diferenças entre os grupos. • Os dois grupos são determinados pela estrutura química – grupo éster ou grupo amida. • Todos são bases fracas. • Possuem o pKa em torno de 8 a 10. Exemplos de anestésicos locais com ligação amida. Outro exemplo: etidocaína. Exemplos de anestésicos locais com ligação éster. Outro exemplo: cloroprocaína. Eventos iônicos durante o potencial de ação Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez • Durante o potencial de ação neuronal, há um processo de despolarização neuronal, que acontece em função do grande influxo de sódio na célula (curva vermelha). • A partir do pico desse PA, começa a haver uma repolarização da célula e posteriormente hiperpolarização. Isso por conta da corrente de potássio que vai para o meio extracelular. Canal de sódio sensível à voltagem • Já que o canal de sódio é responsável pela despolarização, o mecanismo de ação dos anestésicos locais é: impedir a gênese e propagação do potencial de ação, ao bloquear os canais de sódio voltagem dependentes. • A imagem apresenta um exemplo de canal de sódio, com 2 subunidades beta e uma subunidade alfa, além de uma alça intracelular que funciona como região de inativação – essa alça está na subunidade alfa, entre as regiões III e IV. - • O canal de sódio pode estar nas conformações: - Em repouso: não há fluxo iônico - Fechado. - Aberto: À medida que a voltagem celular é alterada, ocorre a abertura e o influxo de sódio. - Inativo: a abertura do canal iônico é ocluída. Diferente da fechada. É impossível gerar um novo potencial de ação quando o canal está inativo – chamado de período refratário da célula. • Para que exista a possibilidade de abertura do canal, a conformação inativa precisa retornar à fechada em repouso. • O anestésico local tenta manter o canal na conformação inativa, já que ela não permite o potencial de ação mesmo na presença de estímulos dolorosos. Mecanismo de ação do anestésico local • Para que o anestésico local realize sua ação, necessita se encontrar na forma não ionizada, a qual ultrapassa a bicamada lipídica e acessa à região intracelular. • Dentro da região intracelular, o fármaco ioniza. A forma ionizada terá acesso ao poro do canal de sódio voltagem dependente e consequentemente o local de bloqueio/inativação. • Há teorias nas quais se diz que o anestésico local poderia ter acesso direto à região de ligação através da bicamada lipídica, sem a necessidade de entrar até o meio intracelular. • A imagem mostra a afinidade do anestésico local de acordo com sua conformação. - A conformação em repouso possui baixa afinidade pelo anestésico local. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez - As conformações fechada, aberta ou inativa possuem alta afinidade pelo anestésico. • O efeito final será manter o canal na conformação inativa e prolongar a duração do período refratário. • A tabela mostra os diferentes efeitos do anestésico e sua afinidade. Bloqueio fásico ou uso dependente • Quanto maior for a frequência de despolarização neuronal, mais fácil será a ligação da molécula ao local de ação e, consequentemente, o impedimento da propagação do potencial de ação. • Isso é importante em casos em que o tecido já está lesionado, provocando que as fibras nociceptivas disparem em altas frequências, gerando a possibilidade de acesso mais rápido do anestésico local ao seu sítio de ligação. Basicamente, se o paciente já está com dor na região, o efeito do AL tende a ser ais rápido do que em indivíduos que ainda não estão sentindo a dor. Propagação do impulso em fibra mielinizada • Existe grade diferença entre a presença/ausência da bainha de mielina e a ação do anestésico. • Em fibras mielinizadas, o potencial de ação ocorre mais rapidamente, já que é ¨saltatório¨ - ocorre a despolarização nas regiões dos nós de ranvier. É nessa região onde há uma alta concentração de canais de sódio voltagem dependente. Com isso, viu- se que para que uma fibra mielinizada seja totalmente bloqueada, é necessáriobloquear pelo menos 4 nós de ranvier. • Em uma fibra sem mielina, os canais de sódio estão um ao lado do outro e não tão espaçada como nas mielínicas. Logo, fibras sem mielina são mais sensíveis ao efeito do anestésico, se comparadas com fibras mielínicas – onde o anestésico precisa se difundir e de fato bloquear os canais (de pelo menos 4 nós). • Na tabela é possível observar os diferentes tipos de fibra, a localização anatômica, mielínicas ou não, função e sensibilidade clínica ao bloqueio. • A e B são mielinizadas; As C são sem mielina. Percebe-se a diferença da sensibilidade entre elas. • Por conta dessa sensibilidade, a primeira sensação que se tem a perda é da dor – já que os nociceptores são formados por fibras C. Temperatura e sensibilidade tátil também são rapidamente bloqueadas. • As fibras a delta – também associadas a dor, possuem mielina, porém, com um diâmetro menor – o que facilita a sensibilidade ao bloqueio do anestésico local. • Neurônios com as fibras A alfa, que conduzem funções motoras e proprioceptivas, são menos sensíveis, já que possuem um diâmetro elevado – o que significa que sua velocidade de condução é rápida pelos nós de ranvier estarem mais distantes. São as últimas a serem bloqueadas. • Por essas diferenças, é possível realizar anestesia local que tenha perda de dor, mas não necessariamente com bloqueio motor – que às vezes não é necessário. • O nível de bloqueio dependerá da via de administração, do tipo de anestésico aplicado... De acordo com os diferentes tipos de fibras, pode se fazer um bloqueio diferencial. Primeiro é bloqueada a sensação de dor, depois a sensação térmica, a função tátil, a pressão profunda (propriocepção) e por último, a função motora. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez Farmacocinética Absorção • Esses fármacos são bases fracas, que precisam ultrapassar a bicamada lipídica para ter acesso ao poro do canal e bloqueá-lo. • Deve ser evitado a chegada do fármaco à corrente sanguínea. Por conta disso, são associados a vasoconstritores (adrenalina, por exemplo), para realizar vasoconstrição, diminuir a absorção sistêmica e manter o anestésico por maior tempo naquela região. Evita-se também altas doses. • Inicialmente, é observado um efeito vascular bifásico – há o bloqueio do tônus simpático nos vasos, promovendo vasodilatação – o que aumentaria a absorção sistêmica (não recomendado). Por isso é crucial a associação ao vasoconstritor, exceto nas áreas onde há um baixo fluxo sanguíneo. • Observar se há inflamação na região – a inflamação gera uma diminuição do pH tecidual, com maior proporção dos anestésicos locais na sua forma ionizada, o que dificulta a passagem pela bicamada lipídica. Distribuição • Assim que entra na corrente sanguínea, o fármaco vai se distribuir para os tecidos. • Diferente de outros fármacos, quanto maior a fração livre, pior – já que essa fração livre acaba tendo acesso a outros tecidos. Isso é um risco, já que pode atuar em tecidos com muitos canais de sódio voltagem dependente, gerando efeitos colaterais. • Maior vascularização, facilita a distribuição – pior. • Os principais sistemas acometidos por esses efeitos adversos serão o sistema cardiovascular e o sistema nervoso central. Eliminação • Existem diferenças entre os dois grupos químicos. Os ésteres são metabolizados no plasma por colinesterases, já as amidas possuem metabolismo hepático – importante atentar-se a presença de insuficiência hepática antes da utilização dos anestésicos. • Se o fármaco possuir um clearance alto, o AL apresentará maior margem de segurança – será eliminado mais rapidamente, com menor risco de efeitos adversos. Comparação Tabela de comparação entre os anestésicos locais. Para a prática clínica, é necessário saber que a escolha será perante a avaliação de risco/toxicidade. Associações • Os AL podem ser associados com: - Vasoconstritores: epinefrina, norepinefrina, levonorfedrina, fenilefrina. - Opióides: melhora a anestesia e analgesia. - Alfa 2 adrenérgicos (clonidina) – analgesia. Vantagens da associação com vasoconstritores • Prolongar o efeito farmacológico, impedindo o uso de doses muito elevadas. • Diminuição do risco de efeitos sistêmicos. • Diminui a chance de sangramento local. • Permite utilizar doses menores. Não podem ser usados em áreas com baixo fluxo sanguíneo, pois existe o risco de causar necrose. Contraindicações ao uso de vasoconstritores associados a AL • Absolutas: - Doenças cardiovasculares: angina insável, IAM menos de 6 meses, CRM menos de 6 meses, AVE menos de 6 meses, arritmias refratárias, HAS grave não tratada ou não controlada., ICC intratável ou não controlada. - Hipertireoidismo não controlado. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez - DM não controlado. - Feocromocitoma. - Hipersensibilidade a sulfitos. • Relativas: - Uso de antidepressivos tricíclicos, inibidores da MAO, compostos fenotiazínicos. Beta-bloqueadores não seletivos, cocaína (cronicamente). Reações alérgicas • Os anestésicos locais raramente causam reações alérgicas. Quando observadas: - Nos fármacos tipo éster, é em função da liberação de um metabólito durante a metabolização – PABA – os indivíduos têm reação ao metabólito. - Preservativos da formulação: metilparabeno ou metabissulfito. Toxicidade sistêmica • Se o indivíduo receber uma dose além da necessária, há o risco de toxicidade sistêmica. • No SNC, observa-se um quadro de depressão do sistema, evoluindo para um quadro de insuficiência respiratória. Porém, em alguns indivíduos pode-se observar inicialmente um quadro de inquietação e tremor, podendo evoluir para convulsões. Isso acontece já que o AL tende a bloquear mais rapidamente neurônios com função inibitória no SNC – gerando hiperexcitabilidade (é raro de acontecer). É mais frequente o quadro de depressão. • SCV: Há uma diminuição na excitabilidade elétrica, na velocidade de condução e força de contração do miocárdio. Consequentemente, há hipotensão, arritmias cardíacas e dilatação arteriolar. OBS: a lidocaína é utilizada clinicamente como fármaco antiarrítmico, por conta do efeito. • Há sinais clínicos para avaliar a intensidade da toxicidade sistêmica. Por isso o anestesista deve manter o contato verbal e visual com o indivíduo durante o procedimento. - Sintomas iniciais: discurso acelerado e fala empastada, distúrbios auditivos, desorientação, náusea, ansiedade, distúrbios gustativos, dificuldade de acomodação visual, agitação. - Progressão: sonolência (exceto com a lidocaína), queda do tônus muscular, queda da FR e da PA, convulsão tônico-clônica generalizada, hipotensão, arritmias cardíacas, parada respiratória, parada cardíaca. Apesar do AL ser utilizado a princípio para um efeito bem localizado, existe o grande risco de toxicidade sistêmica. Principalmente quando não associado a um vasoconstritor ou com doses incorretas. Tratamento da toxicidade sistêmica • Prevenir a toxicidade sistêmica do AL, aspirando antes de injetar, para ter certeza de que não está sendo por via intravenosa. A injeção deve ser lenta, mantendo o contato verbal com o paciente e fazendo a associação com vasoconstritores. • Conhecer a farmacocinética. • Monitorizar a PA, FC e ECG. • Ter disponível a oxigenioterapia. – Possível depressão respiratória. • Ter disponíveis anticonvulsivantes e relaxante muscular. • Ter disponível efedrina e atropina, para reversão de quadros de hipotensão. • Ter disponível equipamento para fornecer O2, ventilação mecânica e o carrinho de cardioversão. Aplicação clínica • Tópica: mucosas da boca, nariz, garganta e esôfago. - Feitacom cremes e soluções. Usa-se normalmente lidocaína, tetracaína, dibucaína ou a mistura EMLA – lidocaína e prilocaína, um adesivo que atinge 5 mm e dura 1h. Benzocaína na forma de pastilhas. - Baixo risco de toxicidade. Só há se forem doses altas e em grandes áreas. • Infiltrativa: injeta sem considerar o trajeto dos nervos. - Utilizada em cirurgias menores, como biópsias e suturas. Procaína, lidocaína e bupivacaína. As duas primeiras são associadas com adrenalina ou fenilefrina. - Para realizar o bloqueio das terminações nervosas, a injeção do AL no tecido não leva em consideração o trajeto do nervo – banha-se a região onde o nervo está presente. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez - Pode ter diferentes níveis de profundidade, depende da quantidade injetada. - Normalmente são utilizados grandes volumes. • Por bloqueio de campo ou bloqueio de nervos periféricos: determina-se uma área específica. - Bloqueio de nervos – exemplo: plexo braquial, nervo ciático e femoral, nervo intercostal. O fármaco escolhido depende da duração. O posicionamento da agulha é essencial para evitar lesões neurais permanentes nesses plexos e nervos. • Regional intravenosa – chamada de bloqueio de Bier. Raramente utilizada. Para cirurgia de mão, onde se infla manguito no braço, faz a medicação IV, e o manguito pode ficar inflado por no máximo 2 h. Depois é desinflado lentamente, para que o AL não saia rapidamente para o sistema. Raqui x peridural • Anestesia espinhal: raquianestesia. - Administrada entre L4 e L5 no espaço subaracnóide, que contém líquor – entre a aracnoide e a pia-máter. - Há técnicas específicas realizadas pelos anestesistas na raquianestesia. Para ter certeza de que a agulha está no local certo, é possível observar o gotejamento de líquor. • Anestesia epidural. - Na anestesia peridural, é escolhida uma área a ser anestesiada – cervical, torácica ou lombar. - O AL é administrado no espaço epidural, entre o ligamento amarelo e a dura-máter. - Há uma perda de resistência, já que a região possui uma pressão negativa. - Sinal da Gota – sinal de Gutierrez: colocar uma gota de soro na seringa e ela é aspirada a medida que se chega na região (pela pressão negativa). Vantagens • Raquianestesia: - Menor período de latência; - Maior relaxamento muscular; - Menor quantidade; • Peridural: - Menor risco de lesar o SNC; - Menor risco de extravasamento de líquor. - Permite uso de cateteres para aplicações repetidas. Universidade Federal do Rio de Janeiro Campus Macaé Enfermagem Angie Martinez AL e técnicas Utilização clínica • Procaína: - Ação curta, baixa potência; - Uso: anestesia infiltrativa, odontológica. • Tetracaína: - Ação longa, muito potente. - Uso: anestesia espinhal, tópica. • Benzocaína: - Uso: tópico em ferimentos e lesões ulcerosas. • Prilocaína: - Pouca vasodilatação. - Metemoglobinemia. • Lidocaína: - AL mais utilizado. - Ação de duração intermediária. - Uso: anestesia infiltrativa, bloqueio de nervos periféricos, anestesia tópica, peridural, espinhal. • Bupivacaína: - Longa duração, muito potente. - Uso: anestesia epidural, espinhal, nervos periféricos, anestesia infiltrativa, trabalho de parto. - Maior cardiotoxicidade. - Mistura enantiômérica: S75+R25. (conformação do carbono quiral). • Ropivacaína: - Menor cardiotoxicidade; - S-enantiômero é menos tóxico, então é vendido isoladamente.
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