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Arte bizantina

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Arte Bizantina
Dividido em duas partes pelo Imperador Teodósio no ano de 395, o Império Romano passa a ser Império Romano do Ocidente, com sua capital em Roma, e Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla, e que se tornaria o Império Bizantino depois de diversos fatos decisivos e invasões ocorridas ao longo dos anos. Pouco tempo antes, por volta do ano 390, Teodósio decretara também o cristianismo como religião oficial do império (embora ela já viesse sendo praticada de forma mais livre desde 313). Neste momento, a capital do Império Bizantino passava por um período de grandeza com um grande número de novos convertidos ao cristianismo, o que fez com que a arte tivesse grande influência religiosa.
A arte bizantina tinha o objetivo de externar a autoridade do imperador, a quem consideravam sagrado e um representante de Deus, além de propagar a nova religião. Sua então oficialização, cooperou para que a arte obtivesse um caráter grandioso que externa poder e riqueza, diferente do que acontecia na arte cristã primitiva onde as obras eram constituídas com simbologias simples e eram executadas por homens do povo convertidos à religião.
Com esse objetivo, uma série de medidas e técnicas foram adotadas para melhor executarem a ideia, por exemplo, estabeleciam regras de postura, gestos, cores e outros aspectos que poderiam representar, para obter um olhar de respeito, admiração e veneração do observador da obra. Uma característica adotada neste momento também, foi a da frontalidade, como os egípcios faziam. Algumas vezes, chegavam até mesmo a representar as personalidades oficiais como seres divinos ou santificados. O artista devia seguir as determinações estabelecidas para a criação de suas obras, o que impedia um trabalho autoral.
A quantidade de novos convertidos fez com que o imperador ordenasse a construção de algumas igrejas, que deviam ter grandes espaços para comportar tantos fiéis. A arquitetura se destaca neste período então, pois amplas igrejas e basílicas vão surgindo. Igrejas e basílicas estas que obtiveram grande destaque também pelos mosaicos ricos em detalhes que as revestiam paredes e abóbadas. Sendo os bizantinos, o povo que mais obteve sucesso nesta arte, onde representavam o imperador e figuras sagradas, como vemos a obra O milagre dos pães e dos peixes, c. 520 d.C, Mosaico da Basílica de Santo Apolinário, em Ravena.
Surge nesta época também os ícones, que eram quadros que representavam figuras sagradas, como Cristo, santos e apóstolos. Era desenvolvida com técnicas que alcançassem e reforçassem o aspecto de luxo e poder que a arte bizantina se preocupava em reforçar neste período. Os ícones eram expostos nas igrejas, mas logo, com sua popularização, passaram a ser encontrados também em ambientes familiares.
A arte bizantina contribuiu de maneira significativa no desenvolvimento da arte. Com o domínio do mosaico e técnicas para trabalha-los de maneira elogiável com cores e representações de figuras sagradas, essa arte influenciou outros grande períodos e movimentos na concepção de obras artísticas com temas religiosos. Além de suas grandes igrejas que influenciaram a arquitetura dos seguintes povos também.

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