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Planal. REV ISTA PLANALOCT 2020 Sobrevivendo a uma P A N D E M I A PARTICIPAÇÃO DOCENTE ANA DAS NEVES HYLARINA SILVA KEZAUYN MIRANDA PLANAL-REVISTA #01 --P-- LAN --AL-- michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 4 E D I T O R A P. 33 Michelli Antoniani Souza e Curinga Nasci em Patú, mas vivi a minha infância em Umarizal, Portalegre e, especialmente, no sítio Estaleiro —onde mora a minha avó Miriam. Desde pequena, desenvolvi um carinho especial pelos animais e pela natureza. Estive sempre brincando pelos riachos, mangueiras, nos dias de chuva ou de sol. Acredito que devo muito da minha personalidade às experiências vivenciadas nesses lugares singelos, ao lado das minhas irmãs e de muitos primos. Durante a minha adolescência, após sair da casa dos meus pais, Rubens e Zenaide, pude me ver mais madura, mais decidida e, também, com mais coragem para encarar novos desafios. Hoje, aos 20 anos, sou muito grata por tudo que já vivenciei até aqui. Tenho certeza de que estou no caminho certo para trilhar mais histórias inesquecíveis ao lado das pessoas que me inspiram a ser melhor. TÉCNICA EM BIOCOMBUSTÍVEIS - IFRN GRADUANDA EM ODONTOLOGIA - UFRN michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 5 L O C A L I Z E - S E Em boas mãos — Planalto, Natal|RN —Mariana Basílio —Representado graficamente. P. 7 P. 8 Contribuidores — Lucas e Míria P. 8 Contribuidores — Renata e Vitor michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 6 P. 16 Visita — UBS Rosângela Lima PLANAL TOP P. 10 Encontro — SaCi e o cenário da aprendizagem P. 12 Palestra — Covid-19 em foco P. 28 Passeio e Reflexao — Visita Exploratória P. 35 Palestra Online — Webnário michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 7 P. 45 Webnario — A educação em saúde no contexto da pandemia P. 38 Discurso e Reflexao — Eu tenho um sonho - Martin Luther King P. 42 Webnario — Comunidade e liderança P. 48 Intervençao Online — P. 49 Agradecimentos — PLANAL TOP P. 50 Bibliografia — michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 8 MãosEM BOAS A disciplina Atividade Integrada de Educação Saúde e Cidadania – SACI, foi criada na UFRN em 2000.2. Em 2009.1, passou a fazer parte do PROGRAMA PET-SAÚDE NATAL. Conta com a participação dos alunos dos cursos de medicina, odontologia, nutrição, educação física, fisioterapia, enfermagem e biomedicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. C O N T R I B U I D O R E S Ainda que de forma remota, a disciplina tem nos axiliado no aprimoramento de habilidades nas relações interpessoais, nos fazendo refletir sobre as questões éticas nos relacionamentos com colegas e equipe. Os alunos são gratos pelo empenho dos professores e demais profissionais que tornam possível o desenvolvimento online do SaCi; também são felizes pelo fato da disciplina estar em boas mãos. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 9 Mãos LUCAS XAVIERODONTOLOGIAO Planalto é uma unidade maravilhosa, eu cheguei a ir para a minha unidade no Poti e fiz a comparação, a infraestrutura do Planalto é muuuuito melhor! Sério! Tudo novinho. Os funcionários de lá são muito legais, eles foram bem abertos aos alunos. A gente deu algumas palestras lá na unidade e foi muito bom porque no início utilizavamos termos bem acadêmicos e ao longo das palestras fomos adaptando a linguagem para o melhor entendimento da população, porque, infelizmente, a maioria lá carece de acesso à informação como nós conhecemos. O Planalto parece que é a única unidade que faz passeio exploratório de ônibus, da UFRN, inclusive, mas mesmo assim a gente consegue entender bem os determinantes sociais e desenvolver um olhar etnográfico daquela população inserida naquela região. As professoras, Hylarina e Pricicilla são maravilhosas, a preceptora Ana das Neves também, sempre está disposta a nos ensinar com sua vivência. C O N T R I B U I D O R E S MÍRIA CURINGA CIRURGIÃ-DENTISTA A experiência do SACI foi muito interessante para conhecer a dinâmica do SUS e a relação de unidade de saúde com a comunidade. Foi de extrema importância conhecer como é feita a divisão das áreas e o vínculo formado pela unidade de saúde e a população adscrita. Apesar do deslocamento para a unidade, as atividades eram muito gratificantes. Algumas vezes nos deparávamos com situações bem difíceis, onde famílias viviam com tão pouco e em condições precárias de saúde, mas era isso que nos dava ânimo para conseguir realizar as ações de forma mais proveitosa para todos. A SACI é uma disciplina indispensável para os cursos da saúde, pois é por causa dela que é possível ver na prática como o SUS é importante e como devemos valorizá-lo, exatamente porque conseguimos conhecer diversas realidades, o que nos motiva a trabalhar sempre com empatia e humanização. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 10 C O N T R I B U I D O R E S RENATA THUYZA SILVA ENFERMAGEM Minha experiência com o SaCi ocorreu em 2018.1, na USF Nova Cidade. A princípio, foi um grande impacto, pois tive uma das minhas primeiras experiências com a rotina dos trabalhadores da atenção primária, além de conhecer pessoas maravilhosas da comunidade e saber de suas dificuldades com o descarte inadequado de lixo em nossos passeios exploratórios. Os momentos mais marcantes, principalmente para a minha forma de enxergar minha vida acadêmica, foram as intervenções que pudemos fazer, nas quais vi para quem eu queria trazer uma atenção em saúde de qualidade. Era uma população bem ativa em questões da USF, principalmente os idosos. Lembro-me de uma atividade de “Tenda do Conto” que fizemos com eles, onde pude conhecer histórias marcantes e me emocionar com elas. Até hoje, agradeço ao SaCi e ao POTI/ SaCi II por me proporcionarem momentos que continuam me marcando e uso para seguir em frente, conhecendo meu objetivo como estudante e futura profissional. VITOR MESQUITA MEDICINA A disciplina Saúde e Cidadania conseguiu ser marcante pra mim em diversos aspectos. Eu tinha acabado de chegar em Natal e ainda não possuía muitos vínculos, acho que conhecer pessoas novas, de outros cursos, foi muito importante, é tanto que carrego algumas dessas amizades até hoje. O caráter multidisciplinar também deve ser destacado, uma vez que ao concluirmos nossa graduação iremos nos deparar com essa realidade, e foi muito bom, desde cedo, compartilhar experiências, medos e até mesmo alguns sonhos com os colegas. Finalizo meu relato comentando sobre a intervenção final da disciplina, que ressalta alguns desses aspectos. Nós produzimos uma horta comunitária na Unidade Básica de Saúde de Panatis e realizamos a conscientização aos usuários sobre a importância de uma alimentação saudável e balanceada por meio de panfletagem; isso só foi possível graças a um bom engajamento da equipe, pois ao longo do processo todos aderiram à ideia, deixando algo realmente benéfico para a população. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 11 SaCi & o Cenário da Aprendizagem Encontro de apresentação da disciplida de Saúde e Cidadania, no auditório da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal|RN. 27 DE FEVEREIRO DE 2020 E N C O N T R O michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 12 O primeiro encontro da disciplina Saúde e Cidadania ocorreu no auditório da reitoria da UFRN, tendo como o objetivo central a apresentação da disciplina e a sua forma de avaliação. Além disso, foram abordados temas de extrema importância: ataque à educação; movimento estudantil; feminismo; movimento negro. Assuntos esses que foram bem explanados pelas alunas Brisa e Kezauyn. Para alegrar a manhã, o grupo “Lar Fabiano de Cristo”, vindo do bairro Felipe Camarão, fez uma bela apresentação com tambores e também com demonstrações de algumas modalidades de artes marciais. A aula foi finalizada após o primeiro contato entre os componentes das equipes, os professorese os monitores. Com imensa gratidão, faço parte da equipe da UBS Rosângela Lima – Planal"top”, tendo como preceptora a enfermeira Ana, a docente Hylarina e monitora Kezauyn. E N C O N T R O Fonte: Arquivo disciplina Saci (2020.6), 2020. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 13 Covid19 EM FOCO P A L E S T R A A palestra sobre o novo Corona Vírus, voltada para os participantes da disciplina de Saúde e Cidadania, foi ministrada pelo Dr. Klauber Luz e pela Dra. Roberta Dantas. 05 DE MARÇO DE 2020 michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 14 P A L E S T R A Fonte: Arquivo disciplina Saci (2020.6), 2020. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 15 Fonte: Arquivo disciplina Saci (2020.6), 2020. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 16 A reunião teve, por objetivo, informar e minimizar dúvidas acerca da temática. Além disso, também debateu-se sobre algumas fake news que circulam na mídia. A primeira fala foi do Dr. Kleber Luz, o qual apontou algumas características do Covid19, tais como: ser um vírus de carácter respiratório muito semelhante à gripe, tendo como meio de transmissão o contato com tosse, espirros, gotículas de saliva ou coriza de pessoas contaminadas. Os infectados podem apresentar sintomas como tosse, febre e, em casos mais graves, pneumonia. Sobre a prevenção, recomendou- se lavar as mãos frequentemente, não tocar o rosto e evitar locais com aglomeração. Frisou-se, também, que o vírus possui uma letalidade razoavelmente baixa, porém é extremamente perigoso para pessoas que se encontram no grupo de risco (idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas ou imunológicas). Na sequência, a Dra. Roberta Dantas discorreu sobre a problemática da saúde pública e como a população reage de forma inadequada em relação às doenças que estão presentes no nosso cotidiano, como a Dengue e a Malária. Ainda em sua fala, questionou algumas fake news que circulam nas mídias, sendo algumas delas propagadas até mesmo advindas do governo atual. Para finalizar, demonstrou- se a maneira correta de higienizar as mãos, uma medida simples e de extrema importância para evitar a contaminação pelo Covid19 e outras inúmeras doenças. P A L E S T R A Fonte: Arquivo disciplina Saci (2020.6), 2020. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 17 Ubs ROSÂNGELA LIMA V I S I T A Neste encontro, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a UBS Enfermeira Rosângela Lima. Também tiveram momentos para tomar café e refletir sobre o SUS. 12 DE MARÇO DE 2020 michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 18 V I S I T A Fonte: Arquivo disciplina Saci (2020.6), 2020. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 19 P A R A D E S F R U T A R C H U V A CAFÉ & REFLEXÕES POÉTICAS Chovia muito (o sol sentiu preguiça para dar o ar da graça, e então decidiu descansar mais um pouco). Enquanto isso, toda a cidade já estava em seu estado de caos diário, banhando-se aos alagamentos. Alunos do Grupo Tutorial (GT) Rosangela Lima se deslocavam em direção ao Planalto, entusiasmados com a primeira de muitas visitas à UBS Rosangela Lima. Logo cedo, foram acolhidos carinhosamente pela preceptora Ana das Neves e pela professora Hylarina, as quais também fariam parte da nova família. Exploraram cada pedacinho da UBS, podendo ver com seus próprios olhos os desafios enfrentados diariamente pelo serviço de saúde pública, o qual é grandemente atacado pelo “desgoverno”, que busca sucatear ainda mais o SUS. Sentiram o cheiro de abrigo, respeito e amor, mas também dos suaves toques de negligência. Em seguida, decidiram dar uma pausa para aquecer a vida com café. Risos, conversas e planejamentos misturavam-se ao gosto do forte café e das inúmeras comidas dispostas à mesa. Um momento ideal para o entrosamento da equipe, que estava a se conhecer melhor. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 20 P A R A D E S F R U T A R Para finalizar a manhã, a roda de conversa foi formada. Refletia- se sobre os cortes realizados na saúde e como isso influencia diretamente a população mais carente. Mudanças na forma de atuação das equipes da unidade de saúde da família serão necessárias, em razão de terem que atender um maior número de pacientes para conseguirem mais verbas para a UBS. Em vista disso, terão que diminuir o tempo por consulta e as visitas realizadas à domicilio. Tais medidas sobrecarregam grandemente os profissionais da saúde e, consequentemente, a qualidade do serviço ofertado. Um futuro incerto estava por vir, ninguém podia imaginar que esse seria o primeiro e último encontro presencial na UBS Rosangela Lima. A COVID-19 veio com pressa e decidiu ficar, restando apenas a opção de se adaptar. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 21 P A R A I N F O R M A R A Unidade Básica de Saúde Enfermeira Rosângela Lima foi inaugurada no dia 21 de agosto de 2017, localizada na Rua Santa Beatriz, Planalto. O nome da UBS, inicialmente, era o mesmo da rua onde se localizava, mas, após sua inauguração, veio a trocar de nome para homenagear a enfermeira Rosangela, a qual faleceu após complicações de saúde. A unidade conta com 3 equipes de estratégia de saúde da família, em que cada uma é responsável por atender cerca de 3.450 pessoas por mês, abrangendo um território com aproximadamente 10.500 pessoas. A UBS é muito bem estruturada, com ambientes climatizados, áreas amplas e com acessibilidade tanto para idosos como também para pessoas com deficiências especiais, um espaço externo e estacionamento. Entrega da UBS Enfermeira Rosângela Lima Foto: Joao Maria Alves michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 22 P A R A I N F O R M A R Além disso, desfruta de um quadro de profissionais incríveis, que realizam o seu trabalho com amor e dedicação, ofertando um serviço de excelência à população do Planalto. São disponibilizados os serviços de clínica médica, enfermagem, teste do pezinho, vacinas, farmácia, grupos de apoio voltados aos idosos, hipertensos e diabéticos, bem como para a saúde mental. Infelizmente a UBS enfrenta algumas dificuldades, como a falta de determinados medicamentos importantes na farmácia e alguns serviços que ainda não são ofertados, como por exemplo o odontológico, que apesar de já possuir todos os equipamentos necessários, ainda não há o profissional especializado no quadro da equipe. Entrega da UBS Enfermeira Rosângela Lima Foto: Joao Maria Alves michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 23 H O M E N A G E M U M A A L M A I L U S T R E michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 24 i n m e m o r i a m Rosangela Lima Uma profissional incrível e de bom coração, que despertava os melhores sentimentos naqueles que a rodeavam. Ariane Marcedo e Ana das Neves foram algumas das pessoas privilegiadas por terem convivido com Rosangela, as quais me concederam depoimentos sobre ela. H O M E N A G E M ENFERMEIRA ARIANE ROSE S, MACEDO Rosangela Lima!! O "Plano Alto" onde se encontra e se encontrou aqui no "Planalto" coloca no mais "Alto" patamar a importância da sua passagem terrestre, de forma meiga, sábia e apaixonada pelo SUS. Nesse encontro da atuação do SUS na responsabilidade pela formação de profissionais da saúde em ações de integração ensino- serviço, tivemos, nós preceptores, alunos e professores a oportunidade de aprender que a paixão por aquilo que nos move é propulsora de mudanças tão necessárias para o enfrentamento das reais necessidades da população e consequentemente, para qualidade da Atenção Básica da Saúde. A USF de Planalto - Rosângela Lima, a partir do seu exemplo, se apresenta como um cenário de perspectivas onde o "cuidado" que ali é ofertado por todos que fazem o serviço e por aqueles que passam por lá, possam "aprender a aprender" que a humanidade conclama uma ciência e ações que possam ir além do "eu" e alcançar o "outro" em suas reais necessidades biopsicosociais do viver.ENFERMEIRA ANA DAS NEVES Rosangela Lima nasceu em Natal, formou-se Enfermeira, trabalhou na Secretaria Estadual de Saúde e foi municipalizada, atuando nas unidades de saúde do município. Ela foi uma pessoa especial e profissional de grande valor, formando uma verdadeira família com aqueles com quem trabalhou. Como companheira de trabalho, incentivava a equipe, sabia reconhecer as qualidades de cada um, sem receio de ter suas próprias qualidades ofuscadas. Era uma verdadeira estrela com brilho próprio, sorriso encantador, que irradiava grande felicidade. Ela era comprometida com seu trabalho, um exemplo de profissional e amiga. Sempre compreensiva, escutava a todos com atenção, jamais transferiu suas responsabilidades para outros. Rosângela era uma alma bondosa, sempre disposta a lutar pelo bem- estar do próximo e zelar pelas vidas que chegavam até as suas mãos. Não vamos nunca deixar que o tempo apague as boas lembranças deixadas por essa convivência com a Família Rosângela Lima, pois somos gratos por sua vida, amizade, companheirismo e dedicação e sabemos que cada um com quem trabalhou, fazia também parte de sua vida de uma forma especial. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 25 ENSINO REMOTO O RETORNO As aulas, iniciadas presencialmente, foram adaptadas para o ensino remoto após a Covid-19 ter se tornado uma pandemia. 08 DE SETEMBRO DE 2020 michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 26 A COVID-19 foi, no início do ano, muito subestimada. A grande maioria da população não imaginava que esse vírus causaria tantos danos à nossas vidas. Esperava-se que a quarentena, iniciada no dia 17 de março, durasse pouco tempo, porém isso não ocorreu. Ao longo de seis meses, as aulas da UFRN permaneceram suspensas em decorrência a pandemia. Para tentar amenizar os prejuízos no calendário acadêmico, aprovou-se o retorno das atividades, mas de forma remota. Para que isso fosse possível, muitas disciplinas passaram por modificações e desafios desse novo formato pedagógico.omo algo As atividades do SaCi retornaram no dia 10 de setembro, com uma roupagem totalmente nova: preceptores, professores e alunos passaram a realizar os encontros virtualmente, utilizando a plataforma do Google Meet. Outra mudança ocorrida foi a junção dos GTs Rosângela Lima, Nova Cidade e Ponta Negra, com o intuito de agregar ainda mais as discursões propostas durante as aulas. algo michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 27 Visita EXPLORATÓRIA P A S S E I O E R E F L E X Ã O Uma nova forma de conhecer a área atendida pela UBS Enfermeira Rosângela Lima -Por meio do Google Maps, é possível percorrer ruas e visualizar seus componentes. 17 DE SETEMBRO DE 2020 michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 28 P A S S E I O E R E F L E X Ã O Fonte: Arquivo pessoal. PLANAL Mesmo que de forma remota, é possível identificar diferentes problemas do bairro Planalto: descaso quanto à infraestrutura, o saneameto básico e o lazer. Visita adaptada michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 30PLANAL Fonte: Arquivo disciplina Saci (2020.6), 2020. Fonte: Arquivo disciplina Saci (2020.6), 2020. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 31 Fonte: Arquivo disciplina Saci (2020.6), 2020. Fonte: Arquivo disciplina Saci (2020.6), 2020. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 32 AA COMUNIDADE José Saramago já dizia: “A pior cegueira é a mental, que faz com que não reconheçamos o que temos a frente.” Muitas pessoas veem, mas não observam, o outro não importa. Parte daí a importância de se empregar técnicas de observação para a realização de pesquisas etnográficas. Segundo Sarti¹, para se obter êxito nesse trabalho, faz-se necessário treinar o olhar-observador do pesquisador a fim de soltar preconceitos e abraçar a empátia. Com esse propósito em mente, os GTs Rosangela Lima, Nova Cidade e Ponta Negra deba elencaram pontos significativos para serem observados durante o passeio exploratório virtual, no qual cada GT conheceria o bairro onde está localizada a sua UBS. O GT Rosângela Lima, através do Google Maps, teve como principal finalidade identificar os indicadores sociais do Planalto, assim como relacioná-los à vida dos moradores daquele local. Apesar de os alunos não estarem, pessoalmente, andando naquele território, foram capazes de observar o descaso muito atrelado à população mais pobre. O acesso ao saneamento básico e ao lazer, por exemplo, estavam escassos. A população daquela localidade, por consequência, encontra-se em situação de risco, já que tais indicadores afetam diretamente a saúde mental e física dos indivíduos. Um olhar sobre indicadores e diagnósticos michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 33 E Q U I P E ONLINE De acordo com Piancastelli, Faria e Silveira², os seres humanos tem a necessidade de exercer atividades em grupo. Os indivíduos unem esforços para alcançar os objetivos em comum -de modo mais prático e com um melhor resultado. Um exemplo prático está sendo vivido neste ano de 2020. A sociedade encontra-se em uma grave de crise decorrente novo coranavírus, obrigando a população a manter o isolamento social para tentar diminuir os impactos da pandemia. Diante disso, houve urgência em efetuar modificações nos moldes tradicionais de muitas atividades, públicas e privadas. Muito passou a ser realizado via online. O ensino acadêmico, por exemplo, passou a ser realizado no formato remoto. Diversas etapas dos trabalhos em equipe se adaptaram com o auxílio do Google Meet, Google Docs e de redes sociais. Assim, quebrando as barreiras da distância física, as habilidades de atuação interpessoais se fizeram indispensáveis para efetivar os planos traçados. O GT Rosangela Lima conseguiu, de fato, operar em equipe. Foram levadas em consideração as habilidades e restrições de seus membros, em respeito à diversidade do grupo. Embora o trabalho seja realizado virtualmente, a equipe pode somar forças, fazendo com que nenhum membro fique sobrecarregado ou recluso. O resultado sempre é gratificante quando se trabalha de forma democrática. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 34 P A R A R E F L E T I R S O C I E D A D E &SUS Buscando informações no Google, encontramos diversas matérias falando do SUS como um dos maiores sistemas de saúde mundial, com 30 anos de existência. Por que, então, é difícil encontrar cidadãos que consigam imaginar o impacto desse sistema para nossas vidas? Cidadãos que reconheçam o SUS em sua complexidade, como um sistema que atua em áreas que vão desde o saneamento básico até cirurgias de emergência? Esses são questionamentos que nos direcionam a um dos princípios do próprio Sistema Único de Saúde (SUS): o princípio de controle social. É preciso considerar, primeiramente, o controle social como sendo um princípio que regulamenta a participação comunitária no nosso Sistema Único de Saúde. Infelizmente, na prática, é complicado interferir em um diálogo que não faz parte do nosso dia a dia. Não é comum, por exemplo, encontrar alunos de ensino básico em debates sobre o que é, realmente, o SUS, e como nós, os cidadãos, podemos contribuir para a sua melhoria. Apesar disso, e presente na Lei, o princípio de controle social garante nosso direito de intervir em muitos âmbitos do SUS. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 35 P A R A R E F L E T I R É graças a esse direito de intervir que nós, os cidadãos, temos a possibilidade de moldar o Sistema Único de Saúde do nosso país. Podemos dialogar sobre melhores horários de funcionamento para as nossas unidades de saúde; sobre as necessidades sanitárias das escolas das nossas crianças; sobre campanhas que devem ser realizadas para intervir em algum âmbito de nossa comunidade; enfim, é preciso considerar o SUS como um sistema que é feito para nós e, por isso, deve ser feito com a contribuiçãoda sociedade em geral, por isso a importância da existência do principio do controle social. Finalmente, também podemos pensar no controle social como um princípio que nos permite reivindicar a informação sobre ele mesmo. Sim, é imprescindível que os cidadãos conheçam os seus direitos, e mais ainda quando eles se relacionam a outros direitos tão importantes quanto à saúde. Devemos, portanto, nos posicionar ativamente frente os setores da nossa comunidade, adquirindo, assim, mais informações que nos tornam cada vez mais aptos a contribuir para o bem estar geral. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 36 P A L E S T R A O N L I N E “Efeitos das desigualdades no contexto da pandemia” Webnário OBrasil é um dos países do mundo com maior concentração de renda. De acordo com o IBGE, no ano de 2019, o abismo entre a renda de ricos e pobres aumentou, já que apenas 1% da população recebia, em média, R$28.659 mensais. Em contrapartida, a metade dos cidadãos brasileiros ganhavam apenas R$850 mensais, havendo uma disparidade de 33,7 vezes com relação aos demais.4 Segundo Badziak e Moura7, em seu artigo “Determinantes sociais da saúde: um conceito para efetivação do direito à saúde”, a saúde está diretamente ligada a outros direitos -à educação, lazer e segurança. Caso haja ineficiência nas políticas públicas para esses outros setores, será impossível obter melhoria na saúde da população. O Webnário, realizado no dia 8 de outubro, contou com a presença dos preceptores, professores e alunos de todos os GTs, tendo como principal foco abordar os efeitos das desigualdades no contexto da pandemia. O epidemiologista Iron de Andrade, responsável pelo Comitê Especialista da Secretaria do Estado de Saúde, discutiu sobre os pontos relacionados à COVID-19. Por sua vez, a especialista em Saúde Pública, Ângela Ferreira, debateu sobre a cresce da desigualdade social no Brasil decorrente da pandemia. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 37 P A L E S T R A O N L I N E Vivemos um momento crítico: diariamente sofremos ameaças à saúde e direitos básicos estão sendo negados. A cada dia a fome se torna realidade de muitas famílias -pais estão desempregados e muitas crianças ficam vulneráveis. A COVID-19 veio para mostrar uma face cruel da sociedade: todos estamos no mesmo mar, porém nem todos no mesmo barco. " Fonte: Exame.com michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 38 Martin Luther King Jr. & os líderes comunitários D I R C U R S O E R E F L E X Ã O O norte-americano Martin Luther King Jr. foi considerado um dos maiores ícones do século XX. Isso deve-se à liderança que desempenhou na luta pelos direitos civis dos negros, nos Estados Unidos da América, durante as décadas de 1950 e 1960. Em consonância com Pinheiro e Borges, Martin Luther King Jr. era um grande líder carismático, pois possuía uma enorme capacidade de discursar em público, assim como cativar inúmeras pessoas para buscar os seus direitos civis, as quais participavam das gigantescas manifestações pacificas contra as leis de segregação racial vigentes nos estados do Sul dos Estados Unidos. Em decorrência disso, King recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1964, porém, infelizmente, foi assassinado quatro anos mais tarde, pelo criminoso James Earl Ray. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 39 P A S S E I O E R E F L E X Ã O Partindo da esfera global, a existência de um líder comunitário é de extrema importância, pois é ele que guiará a comunidade a buscar pelo desenvolvimento local, assim como superar os problemas sociais presentes naquele território. Tais líderes realizam um essencial papel no processo de transformação da comunidade, pois mesmo com tantas adversidades ali presentes, lutam para obter uma melhor qualidade de vida para os moradores que vivem naquele lugar. Vivemos em uma sociedade marcada profundamente por desigualdade social, racismo, machismo, homofobia, e outros tantos problemas. Diante dessa configuração, precisamos nos unir para somar nossas forças e lutar contra essa situação. E, quando se tem um bom líder guiando, conseguimos alcançar nosso objetivo mais rápido, pois eles iluminam nosso caminho e nos incentivam a ir mais longe.8 9 michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 40 D I S C U R S O E R E F L E X Ã O E U T E N H O U M S O N H O - Martin Luther King Jr. Imagem: Martin Luther King Jr. saúda a multidão durante a Marcha sobre Washington. Fonte: Toda Matéria michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 41 D I S C U R S O E R E F L E X Ã O" Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano. Tenho um sonho que um dia esta nação levantar- se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: "Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais". Tenho um sonho que um dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade. Tenho um sonho que um dia o estado do Mississípi, um estado deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça. Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu carácter. Tenho um sonho, hoje. Tenho um sonho que um dia o estado de Alabama, com os seus racistas malignos, cujos lábios do governador atualmente pronunciam palavras de recusa, seja transformado numa condição onde pequenos rapazes negros, e moças negras, possam dar-se as mãos com outros pequenos rapazes brancos, e moças brancas, caminhando juntos, lado a lado, como irmãos e irmãs." 10 michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 42 P A L E S T R A O N L I N E “COMUNIDADE E LIDERANÇA” Webnário OWebnário sobre Comunidade e Liderança contou com a ilustre presença de Miguel Carcará, rapper, grafiteiro, orientador social, pedagogo, educador popular, coordenador do movimento Cultura Nossos Valores, e também líder da comunidade da Redinha. O debate foi conduzido por Jaqueline Pontes, tutora PET Saúde e docente do Departamento de Fisioterapia. Fonte: Arquivo disciplina Saci (2020.6), 2020. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 43 P A L E S T R A O N L I N E No decorrer do webnário, algumas perguntas foram direcionadas a Carcará, as quais questionavam sobre como está a questão cultural durante a pandemia e também se as políticas públicas abarcam a saúde, cultura e educação dentro da comunidade. Diante de tais questões, Carcará explicou que as atividades culturais antes realizadas foram paralisadas temporariamente por causa da Covid-19, e, em razão disso, passaram a arrecadar máscaras, cestas básicas e produtos de higiene pessoal, para que pudessem distribuir aos participantes do projeto. Atualmente, com a queda de casos confirmados, Carcará falou que está ocorrendo o retorno gradual das atividades. Quanto às políticas públicas, ele respondeu que há uma grande limitação, pois a informação é a chave para se ter tais direitos, mas, infelizmente, muitos morados ainda não a têm. Diante de tal desinformação, consentem que se tenha um descaso público, já que não lutam pela implementação de uma saúde digna, cultura e educação adequada. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 44 P A L E S T R A O N L I N E Quando falamos da História do povo negro, sempre nos lembramos da violência inenarrável da escravidão, mas não devemos nos esquecer de que nas lutas pela sobrevivência e pela superação da violência sempre estiveram presentes a criação de alegria, de beleza e de prazer. Estes são os presentes do povo negro para o mundo. - Angela Davis ara finalizar o webnário, foi abordado um temade extrema importância: o racismo. A sociedade brasileira é extremamente racista, sendo uma questão cultural, trazida desde a escravidão até os dias atuais. Dessa forma, vemos diariamente ataques à população negra, sendo muitas vezes realizados por aqueles que deveriam nos proteger, a polícia. Ao falar sobre tal tema, Carcará expressa “Não queremos mais morrer ou matar, queremos ocupar espaço”. Com isso, Carcará, como líder da comunidade da Redinha, busca o direito à educação da periferia, pois, sem sombra de dúvidas, a educação é o primeiro passo mudar esse cenário de injustiças. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 45 P A L E S T R A O N L I N E "A EDUCAÇÃO EM SAÚDE NO CONTEXTO DA PANDEMIA” Webnário Jaqueline Pontes – Tutora PET Saúde, docente do Departamento de Fisioterapia. Graduada em Fisioterapia pela UFPB (1989), mestre em Psicologia da Educação pela PUC-São Paulo (1997) e doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (2002). Eymard Vasconcelos – Graduado em Medicina, Mestre em Educação, Doutor em Medicina Tropical, Pós-doutorado em Saúde Pública, Professor do Departamento de Promoção da Saúde no Centro de Ciências Medicas na UFPB, Coordenador da Rede de Educação Popular em Saúde e Coordenador do Grupo de Pesquisa de Educação Popular em Saúde. Participação de Ângela Ferreira - Especialista em Saúde Pública e Endodontia, Mestre em Endodontia, Doutora em Odontopediatria Deborah Melo – Graduada em Fonoaudiologia, Mestranda do Departamento de Odontologia no programa de Saúde Coletiva. Fonte: Arquivo disciplina Saci (2020.6), 2020. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 46 P A L E S T R A O N L I N E j osé Saramago diz “é preciso sair da ilha para ver a ilha”, como sujeitos inseridos em uma sociedade, é necessário sair do conforto da sua bolha social e reparar no outro, ter um olhar empático. É dessa maneira que os profissionais da saúde devem agir, sempre com uma mente aberta, respeitando os valores e necessidades do outro. O conceituado Dr.Eymard Vasconcelos participou do webnário tecendo algumas importantes reflexões acerca da educação em saúde e como ela foi afetada durante a pandemia. Uma das falas mais enriquecedoras proferida por ele foi: “Os profissionais de saúde que tem uma mente aberta, vão entrar em um mundo infinito de dilemas humanos – entrar nas profundezas da crise existencial trazida pela doença e a proximidade com a morte”. Dessa maneira, ao adentrar na área da saúde, esse profissional deve observar as distintas perspectivas, conectar-se de forma mais efetiva com o paciente e, além disso, estar preparado para vivenciar diferentes choques, pois verá diariamente as mazelas humanas. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 47 P A L E S T R A O N L I N E A pandemia fez com que houvesse uma desorganização dos conteúdos pré-determinados do calendário acadêmico, impossibilitando que os alunos tivessem um real e efetivo mergulho na realidade humana, algo que aconteceria durante os encontros presenciais nas UBSs. Então, para driblar essa crise, novos moldes passaram a serem empregados, para que assim pudessem transferir alguns ensinamentos necessários aos discentes, para eles os utilizem quando de fato ocorrer tal contato. Dessa forma, ao se tornarem profissionais da área da saúde, devem se portar como aprendizes, sempre trocando saberes e experiencias com os seus pacientes. Os profissionais da saúde estão na linha de frente lutando contra a Covid-19, os quais vivenciam coisa inimagináveis, que são capazes de retirar as forças de qualquer um. Mesmo diante de tudo isso, se deve manter sempre o brilho no olhar, buscar se renovar a cada dia e aprender a lidar com a imprevisibilidade. Em concordância com Dr. Eymar, é preciso dançar conforme o caos e deixa se queimar pelo fogo, para renascer das cinzas de forma fascinante e inovadora.11 michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 48 i n t e r v e n ç ã o ONLINE Para finalizar a disciplina Saúde e Cidadania, realiza-se, normalmente, uma intervenção na UBS, porém, devido a pandemia, houve algumas modificações, passando agora a utilizar ferramentas digitais para alcançar os objetivos traçados pelo Grupo Tutorial. No dia 19 de novembro, todo o GT Rosangela Lima se reuniu na plataforma do Google Meet para definir qual seria o produto final voltado à comunidade. Tendo em vista a piora da saúde mental dos moradores do Planalto em decorrência do distanciamento social, foi debatido entre a equipe da UBS Rosangela Lima como poderia tratar sobre tal tema de forma virtual e que acolhesse a comunidade em geral. Dessa forma, concluíram que o objetivo da equipe era utilizar os recursos audiovisuais para transmitir maneiras de como lidar com a ansiedade. Para alcançar um maior número de pessoas das diferentes faixas etárias, foi pensado a elaboração de diferentes produtos para conseguir atingir tal objetivo. Três tipos de intervenções foram planejadas, a primeira delas foi a vinheta, a qual será transmitida na rádio local, em que ensinará uma técnica de respiração para realizar quando estiver ansioso. Para informar a população sobre os sintomas de ansiedade, onde buscar ajuda e como diminuir a ansiedade será elaborado um folder para ser distribuído na própria UBS, e para complementar tudo isso, vídeos na plataforma do Tiktok serão produzidos, para que possam enviar nos grupos de apoio da UBS, assim como serem divulgados no Instagram e em outras redes sociais. Dessa maneira, poderá ajudar a população a lidar de melhor com a saúde mental em tempos de pandemia. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 49 Saci M I N H A E X P E R I Ê N C I A Gratidão, essa é a palavra que define a minha experiência com o Saci. Graças a ele pude conhecer, mesmo que de maneira remota, as várias faces que o Planalto tem, além de grandes ensinamentos que adquiri durante todos os encontros. Fui profundamente marcada pelo Webnário - A Educação em Saúde no Contexto da Pandemia, que teve a presença do médico Eymard Vasconcelos, pois ao ouvi-lo percebi que fiz a escolha certa de curso e apaixonei-me ainda mais por essa área tão maravilhosa: a saúde coletiva. A G R A D E C I M E N T O S Quero agradecer a todos que fizeram parte da família Planalto, especialmente a Hylarina, Ana e Kezauyn, que tanto colaboraram com o meu aprendizado. Sou grata pelas palavras otimistas de Hylarina, que me deram forças para seguir acreditando que daria tudo certo. O meu sincero obrigada aos meus colegas, que juntos, conseguimos realizar nossos objetivos, com respeito, apoio e dedicação. Sou imensamente grata por ter tido uma experiencia tão singular que a disciplina Saúde e Cidadania me proporcionou. michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 50 B I B L I O G R A F I A ¹ SARTI, Cynthia. Porque usar técnicas etnográficas no mapeamento. In: LESCHER, Auro Danny; et. at. Cartografia de uma rede: reflexões sobre um mapeamento da circulação de crianças e adolescentes em situação de rua da cidade de São Paulo. [São Paulo: USP, 1998]. P. 6-10 ² PIANCASTELLI, Carlos Haroldo; FARIA, Horácio Pereira de; SILVEIRA, Marília Resende da. O trabalho em equipe. P.45-50. Texto obtido através do Programa da Disciplina “Saúde e Cidadania”, no curso de Odontologia, turma 2020.1, por meio do Sistema Acadêmico – SIGAA, da UFRN (acesso restrito aos alunos da Disciplina). ³ VILAR, Rosana Lúcia Alves de. Saúde e Cidadania. Natal, 1994. f. apostila. 4 Cerioni, Clara. Extrema pobreza cresce pelo quinto ano seguido e deve ‘explodir’ com a pandemia. Exame., Brasil, 8 de abr. de 2020. Disponível em: <https://exame.com/brasil/60-dos-moradores-das-favelas-nao- tem-renda-para-mais-uma-semana/> Acesso em: 19 de out. de 2020. IBGE mostra abismo maior entre ricos e pobres. 5 Desigualdade cresce e assistência cai. Rede Brasil Atual. São Paulo, 6 de mai. de 2020. Disponível em: <https://www.redebrasilatual.com.br/economia/2020/05/ibge-mostra-abismo-crescente-entre-ricos-e- pobres-desigualdade-cresce-e-assistencia-cai/> Acesso em: 19 de out. de 2020. 6 População do Planalto recebe UBS para atender mais de dez mil pessoas. Prefeitura de Natal. Natal, 21 de ago. de 2017. Disponível em:< https://natal. rn.gov.br/noticia/ntc-26739.html> Acesso em: 11 de setembro de 2020. 7 BADZIAK, R. P. F; MOURA, V. E. V. Determinantes sociais da saúde: um conceito para efetivação do direito à saúde. R. Saúde Públ. Santa Cat. 2010; 3(1): 69-79 michel l icur inga@ufrn.edu.br P A G E 51 B I B L I O G R A F I A 8 BORGES, R. C. O; PINHEIRO, D. R. C. Relacionamento da liderança comunitária com o processo de desenvolvimento local. Fortaleza-CE, 2007. 9 FERNANDES, Cláudio. Martin Luther King. Brasil Escola. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/martin-luther-king.htm>. Acesso em 30 de out. de 2020. 10 Bezerra, Juliana. Martin Luther King. Toda Matéria. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/martin-luther-king/>. Acesso em 30 de out. de 2020. 11 VASCONCELOS, E. M. Redefinindo as práticas de saúde a partir de experiências de educação popular nos serviços de saúde. Rev. Interface, 2001; 8:121-126p. PLANAL R E V I S TA P R I M E I R A E D I Ç Ã O O C T 2 0 2 0
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