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Desenho Arquitetônico I

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Desenh� Arquitetônic� I
O desenho arquitetônico é simbólico, bidimensional, não reflete a escala
humana, não mostra cores, luzes ou cheiros. Deste modo, é apenas um plano
preconcebido com uma ideia que pode sofrer eventualidades e ser
modificada. Por isso, necessita de um processo de projeto para que possa
passar do simbolismo ao técnico e dominar a linguagem simbólica, pensando
criticamente as normas e convenções.
Técnicas de representação e etapas de processo de
projeto
A representação é importante em qualquer disciplina relacionada com o
projeto, pois é a forma visual de apresentar uma ideia de arquitetura. Estas
ideias são o que origina as edificações, partindo de um conceito de projeto,
que se traduz em croquis e se transformam em maquetes ou em um conjunto
de desenhos explorados em seus detalhes.
Para representar cada uma das etapas do desenvolvimento de um projeto de
arquitetura são necessárias habilidades práticas e treinamento constante por
parte dos projetistas.
Segundo Andrade, Ruschel e Moreira (2011), o processo de projeto pode ser
dividido em quatro etapas:
1. Análise
É o momento de identificar os problemas do projeto. Nesta etapa, são
definidas diretrizes, objetivos, critérios e possíveis soluções ou impactos
que o projeto irá causar para o cliente, ambiente etc. Ainda, é a fase de
levantamento e assimilação de condicionantes do projeto.
2. Síntese
Está associada ao processo criativo e decisório. Para Kalay (2004), a
síntese é constituída de passos indiscutíveis na busca de soluções dos
conflitos a partir de compatibilização de formas, materiais, hierarquias
de visuais, orientações predominantes, iluminação e de outros tantos
condicionantes que, quando articulados nesta etapa, vão constituir a
edificação.
3. Avaliação
A fase de avaliação visa medir e avaliar critérios qualitativos,
garantindo que a solução proposta seja a mais eficiente. Para esta
etapa, existem técnicas, métodos e simulações que podem auxiliar o
projetista a atingir resultados satisfatórios e soluções potenciais.
4. Representação
A última fase é a comunicação, por meio de desenhos, das fases
anteriores. As decisões que foram estabelecidas refletem em desenhos,
modelos, perspectivas, anotações etc, que servirão de registro de ideias
para a perfeita execução de uma arquitetura – independentemente de
sua escala.
Características fundamentais do desenho arquitetônico
Entendemos como características fundamentais do desenho de arquitetura
as plantas baixas, cortes, elevações e perspectivas que serão
representativos. Para que estas representações sejam legíveis a todas
as áreas (engenharia elétrica, hidráulica, marceneiros, carpinteiros,
projetistas etc) precisam respeitar as normatizações técnicas, as quais
definem a padronização de linguagem e informação a ser reproduzida.
A NBR é a sigla utilizada para Norma Brasileira aprovada pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT). Desse modo, as NBRs são uma espécie de norma
técnica – estabelecida em um consenso de pesquisadores e profissionais de
diversas áreas e aprovada por um organismo nacional ou internacional. A
ABNT é uma entidade privada e sem fins lucrativos, que visa a padronização
dos processos de projeto.
Desenhos 2D são aqueles que possuem duas dimensões: largura e altura, ou seja,
bidimensionais. Os desenhos 3D, são aqueles que possuem três dimensões:
largura, altura e profundidade, ou seja, tridimensionais. Ambos são
importantes na composição de projetos, auxiliando nos desenhos técnicos e
informativos (bidimensionais) e na compreensão volumétrica e formal
(tridimensionais).
Meios de expressão e representação
● Esboços e linhas de
construção: são uma forma de representação
de objetos de uma composição. São esboçados
em uma configuração geométrica.
● Croquis: os croquis são muito utilizados
na composição arquitetônica. É uma
ferramenta entre mão-olho-cérebro
(YEE, 2016). Emprega elementos como linhas,
tonalidades, texturas, formas e volumes.
Diagramas: são parte de um pensamento
projetual. É uma linguagem abstrata, por
meio de diagramações gráficas. Elementos
como setas, linhas (pontilhadas, tracejadas),
símbolos, textos são importantes para
explorar ideias. Os diagramas esquemáticos contêm uma perspectiva dos
projetos finais e um pouco de essência para o projeto construtivo. Podem ser
bidimensionais ou tridimensionais. Em casos bidimensionais, sua forma mais
comum de representação é através de esquemas ou gráficos à mão livre.
● Perspectivas e projeções:
auxiliam no entendimento
tridimensional de imagens ou
ambientes. O observador pode ver um
ambiente ou objeto a partir de
diversas distâncias e direções
diferentes e as perspectivas e
projeções auxiliam na representatividade de acordo com o ponto do
observador. Também auxiliam quem está vendo um desenho na
compreensão de como aquele objeto, planta ou paisagem, ficará no
mundo real, ou seja, nas três dimensões pois permite visualizar altura,
profundidade e largura.
● Plantas, cortes, elevações: são representações gráficas ortogonais,
em duas dimensões
(bidimensionais). A planta baixa é
parte do desenho técnico, que
representa a base de uma casa
ou edifício, cotado a um metro e
meio (1,5m) de altura da planta
baixa. Toda planta baixa possui
uma escala específica, com
medidas reais de móveis e do
imóvel. A planta baixa pode ser
técnica ou humanizada. A planta
técnica contém informações
técnicas para execução como: medidas, escalas, metragem quadrada
dos ambientes, nomes dos ambientes, informações de nível etc. A planta
humanizada representa os móveis, revestimentos de piso, jardins e afins.
Esta representação usa cores e sombras.
As elevações ou fachadas são projetadas as arestas do volume (planta baixa).
São as vistas principais de uma edificação: frontal, posterior, lateral direita e
lateral esquerda. É uma forma de visualizar a edificação do lado externo. Nas
elevações devem aparecer os vãos de esquadrias (portas e janelas), elementos
da fachada (materiais e acabamentos), telhados, sombras, vegetação, etc.
Os cortes são uma representação gráfica ortogonal da construção. Estes,
buscam mostrar a dimensão vertical da edificação, em uma espécie de “fatia”.
Irá mostrar como as paredes são feitas, onde passam pilares e vigas, a altura
da edificação, como são detalhados os forros e a cobertura. A direção dos
cortes varia bastante. É importante que a edificação seja cortada em locais
onde tenham informações importantes que precisam ser mostradas, como
escadas, caixas d’água, coberturas, piscinas etc. Os cortes são em geral
nomeados de longitudinais e transversais. O corte longitudinal passa no
maior sentido da edificação, enquanto o corte transversal no menor sentido
da edificação.
Instrumentos, materiais e técnicas de desenho
Os instrumentos e materiais são importantes ferramentas de trabalho e
devem ser tratados com zelo, pois auxiliam na qualidade e facilidade da
representação de projetos, croquis e esboços.
● Lapiseiras de mina grossa são muito utilizadas no desenho de esboços
ou croquis, permitindo uma coordenação motora menos rígida. As
lapiseiras de mina fina são muito utilizadas no desenho técnico;
● Caneta nanquim;
● Réguas T e réguas paralelas;
● Folhas- variam do tamanho A6 até A0. A folha de ofício convencional é a
A4.
● Esquadros- guiam o traçado das linhas verticais e linhas com ângulos
mais específicos.Podem ainda ser de diversos materiais, mas os mais
eficientes são os feitos de acrílico transparente por sua durabilidade,
resistência e facilidade de limpeza;
● Compassos- principalmente para o desenho de círculos e raios
indeterminados;
● Transferidores- são muito úteis como instrumentos para medir e marcar
ângulos;
● Gabaritos- possuem aberturas que guiam o traçado de formas
predeterminadas, como círculos, equipamentos sanitários (de
banheiros) entre outros. Ainda, existem gabaritos em diversas escalas
ou séries graduadas baseado em frações de múltiplos de uma
polegada;
● Borrachas- devem ser macias, para facilitar apagar as marcas do
desenho e não borrar ografite;
● Mata-gatos- possuem cortes de várias formas e tamanhos para limitar
a área a ser apagada;
● Bigodes- são pequenas escovas que ajudam a limpar e manter a
superfície do desenho livre de restos de borrachas e outras partículas
de sujeira;
● Escalímetro- é uma espécie de “régua”, utilizada para trabalhar com as
escalas do desenho. A escala refere-se a uma proporção que determina
a relação entre uma representação e o tamanho real daquilo que é
representado (CHING, 2011). Ou seja, quando um projeto está em escala
1:25, significa que o desenho está 25 vezes menor que o tamanho real, se
tiver em escala 1:100, 100 vezes menor que o real e assim sucessivamente.
Os escalímetros possuem seis lados nas seguintes escalas de
arquitetura: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100 e 1:125.
Convenções gráficas para desenho

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