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Prof. MSc. Alexandre Oliveira UNIDADE I Perícia Econômico-financeira A sociedade moderna necessita de profissionais para solucionar os seus problemas, relacionados aos assuntos e às controvérsias econômicas. Objetivo: Desenvolvimento de habilidades para o mercado de trabalho de perícia, e assistência técnica judicial e extrajudicial, na área econômico-financeira. Apresentação da disciplina Organização do capítulo: A atuação profissional da perícia econômico-financeira; Ambiente institucional e regulamentação da atividade; Atividades profissionais e as relações entre a auditoria, a perícia e a arbitragem; Aspectos institucionais para a perícia econômico-financeira. Unidade I Perícia econômico-financeira é um campo de atuação profissional do economista. Oferece as respostas aos fatos econômicos e financeiros específicos: Com análises, avaliações, investigações e cálculos; Por meio de relatórios com a emissão de parecer técnico do economista; Com subsídio à tomada de decisão do contratante ou do demandante do respectivo serviço. Iniciativa privada: funcionário ou prestador de serviços, assistente perito economista para as empresas, as consultorias, os escritórios de advocacia e as assessorias. Iniciativa pública: servidor público ou perito nomeado pela Justiça. Introdução Definição de perícia econômico financeira: É um conjunto de procedimentos e habilidades técnicas que têm, por objetivo, a emissão de parecer sobre as questões de valorização econômica, relações patrimoniais, montantes, efeitos econômico-financeiros, por meio de análises, dos exames, das avaliações, dos arbitramentos ou das certificações. Unidade I Economia Institucional e a Teoria dos Contratos Incompletos: Instituições condicionam a economia popular; Mercados e contratos incompletos; Custos de transação; Práticas abusivas em contratos financeiros; Justiça ou outras formas de solução de conflitos. Referências: Ronald Coase (1937), Williamson e North (1970), dentre outros. Unidade I Mercado de trabalho e ética profissional: Normas: Conselho Fed. Economia (COFECON) e Conselho Reg. Economia (CORECON). Princípios éticos: a) Conduta ética; b) Imparcialidade; c) Honestidade; d) Independência; e e) Qualidade técnica. Unidade I COFECON/CORECON: regulamentar e fiscalizar o exercício da profissão do economista, garantir o desenvolvimento do trabalho econômico e contribuir para o progresso do país. Profissional: solicitar o registro profissional. Unidade I Figura 1. Peritos Fonte: Adaptado de: CARDOZO, 2016 apud CREPALDI, 2019, p. 92. Livro-texto de Perícia Econômico-Financeira da UNIP. Perito-assistente Contratado e indicado pela parte Economista registrado Exerce a atividade pericial; profundo conhecedor Perito do juízo Nomeado pelo juiz, árbitro ou autoridade Perito oficial Investido por lei; órgão especial (Estado)* PERITOPERITO Perito-assistente Contratado e indicado pela parte. Economista registrado Exerce a atividade pericial; profundo conhecedor. Perito do juízo Nomeado pelo juiz, árbitro ou autoridade. Perito oficial Investido por lei; órgão especial (Estado)*. Sobre o mercado de trabalho e a ética profissional do economista, no exercício da atividade de perícia econômico-financeira, assinale, a seguir, o termo que não corresponde aos seus princípios éticos? a) Conduta ética. b) Parcialidade. c) Honestidade. d) Independência. e) Qualidade técnica. Interatividade Sobre o mercado de trabalho e a ética profissional do economista, no exercício da atividade de perícia econômico-financeira, assinale, a seguir, o termo que não corresponde aos seus princípios éticos? a) Conduta ética. b) Parcialidade. c) Honestidade. d) Independência. e) Qualidade técnica. Resposta Campo profissional do economista (áreas): Perícias judiciais e extrajudiciais; Avaliações; Arbitramentos; Auditoria; Planejamento de Projeção e Análise Econômico-Financeira; Estudos, análises e pareceres, pertinentes à macro e à microeconomia. Unidade I Campo profissional do economista (alguns exemplos de práticas do profissional): Assessoria, consultoria e pesquisa econômico-financeira; Estudos de mercado e de viabilidade econômico-financeira; Planejamento, formulação, implementação, acompanhamento e avaliação econômico- financeira, de política tributária e finanças públicas; Perícia judicial e extrajudicial, e assistência técnica, mediação e arbitragem, em matéria de natureza econômico-financeira, incluindo os cálculos de liquidação; Análise financeira de investimentos, dentre outros. Unidade I Figura 2. Tipos de perícia Fonte: Adaptado de: CARDOZO, 2016 apud CREPALDI, 2019, p. 67. Livro-texto de Perícia Econômico-Financeira da UNIP. Perícia Judicial Poder Judiciário Perícia Extrajudicial Arbitral (Lei de Arbitragem*) Estatal [MP – PF – CPI – TCU – COAF (UIF)]** Voluntária Figura 3. Atuação do perito-assistente economista Fonte: autoria própria. Livro-texto de Perícia Econômico-Financeira da UNIP. Justiça Conflito Advogado A Assistente- perito economista A Advogado B Assistente- perito economista B Perito economista Sobre a atuação do perito economista e do assistente técnico-perito economista, assinale a alternativa correta: a) O perito economista é nomeado pelo juiz e o assistente técnico-perito economista é escolhido pelo advogado da parte. b) O perito economista é escolhido pelo advogado da parte e o juiz realiza a nomeação do assistente técnico-perito economista. c) O assistente técnico-perito economista é escolhido, diretamente, pelo cliente da causa. d) O perito não tem atuação no processo. e) O assistente técnico-perito economista não tem atuação no processo. Interatividade Sobre a atuação do perito economista e do assistente técnico-perito economista, assinale a alternativa correta: a) O perito economista é nomeado pelo juiz e o assistente técnico-perito economista é escolhido pelo advogado da parte. b) O perito economista é escolhido pelo advogado da parte e o juiz realiza a nomeação do assistente técnico-perito economista. c) O assistente técnico-perito economista é escolhido, diretamente, pelo cliente da causa. d) O perito não tem atuação no processo. e) O assistente técnico-perito economista não tem atuação no processo. Resposta Figura 4. A atividade da perícia econômico-financeira Fonte: Adaptado de: CARDOZO, 2016 apud CREPALDI, 2019, p. 5. Livro-texto de Perícia Econômico- Financeira da UNIP. . PERÍCIA ECONÔMICO- FINANCEIRA Normas Perito Provas Quesitos Laudo Parecer -Judicial -Extrajudicial Normas Perito Provas Quesitos Laudo Parecer- Judicial- Extrajudicial PERÍCIA ECONÔMICO- FINANCEIRA Figura 5. Folha de Rosto do Laudo Pericial: Unidade I – Modelo de Laudo Pericial Fonte: https://pt.slideshare.net/PauloB ueno/laudo-pericial-modelo. Acesso em: 13 ago. 2020. Figura 6. Sumário do Laudo Pericial: Unidade I – Modelo de Laudo Pericial Fonte: https://pt.slideshare.net/PauloBueno/laudo-pericial-modelo. Acesso em: 13 ago. 2020. Figura 7. Apresentação do Laudo Pericial: Unidade I – Modelo de Laudo Pericial Fonte: https://pt.slideshare.net/ PauloBueno/laudo- pericial-modelo. Acesso em: 13 ago. 2020 Figura 8. Emissão de Parecer Técnico no Laudo Pericial: Unidade I – Modelo de Laudo Pericial Fonte: https://pt.slideshare.net/ PauloBueno/laudo- pericial-modelo Acesso em: 13 ago. 2020 Figura 11. Conclusão do Laudo Pericial: Unidade I – Modelo de Laudo Pericial Fonte: https://pt.slideshare.net/PauloBueno/ laudo-pericial-modelo Acesso em: 13 ago. 2020. Tabela 1. Diferenças entre a perícia e a auditoria Fonte: Adaptado de: CARDOZO, 2016 apud CREPALDI, 2019, p. 69. Livro-texto de Perícia Econômico-Financeira da UNIP. Perícia Auditoria Executada somente por pessoa física e pelo profissional de nívelsuperior. Pode ser executada tanto por pessoa física quanto por pessoa jurídica. A perícia se prende ao caráter científico de uma prova, com o objetivo de esclarecer controvérsias. Tende à necessidade constante. Exemplo: auditoria de demonstrações financeiras, repetindo-se anualmente. É específica, restrita aos quesitos e aos pontos controvertidos, especificados pelo condutor judicial. Pode ser específica ou não. Exemplo: auditoria de recursos humanos ou em toda empresa. Sua análise é irrestrita e abrangente. Feita por amostragem. Usuários do serviço: as partes e, principalmente, a Justiça. Usuários do serviço: sócios, investidores, administradores. Tabela 2. Distinção entre o perito economista e o assistente-perito economista Fonte: Adaptado de: CARDOZO, 2016 apud CREPALDI, 2019, p. 98. Livro-texto de Perícia Econômico- Financeira da UNIP. Perito economista Assistente-perito economista 1. Nomeado pelo juiz. 1. Indicado pelo litigante. 2. Perito habilitado. 2. Economista habilitado. 3. Sujeito ao impedimento ou à suspeição. 3. Não está sujeito ao impedimento. 4. Recebe os seus honorários mediante um alvará determinado pela Justiça. 4. Recebe os seus honorários, diretamente, da parte que o indicou. 5. O prazo para a entrega dos trabalhos é determinado pelo juiz. 5. O prazo de manifestação para opinar sobre o laudo do perito é de 10 dias após a publicação. 6. Profissional de confiança do juiz. 6. Profissional de confiança da parte. Assinale a seguir uma característica que não corresponde ao exercício profissional do perito economista, em relação ao assistente-perito economista? a) Nomeado pelo juiz. b) Perito habilitado. c) Recebe os seus honorários mediante um alvará determinado pela Justiça. d) O prazo para a entrega dos trabalhos é determinado pelo juiz. e) Profissional de confiança da parte. Interatividade Assinale a seguir uma característica que não corresponde ao exercício profissional do perito economista, em relação ao assistente-perito economista? a) Nomeado pelo juiz. b) Perito habilitado. c) Recebe os seus honorários mediante um alvará determinado pela Justiça. d) O prazo para a entrega dos trabalhos é determinado pelo juiz. e) Profissional de confiança da parte. Resposta Figura 12. Fases da perícia Fonte: autoria própria. Livro-texto de Perícia Econômico- Financeira da UNIP. Planejamento Preparação RealizaçãoRelatório Acompanhamento Planejamento PreparaçãoAcompanhamento Relatório Realização Tabela 3. Comparação entre a arbitragem e a Justiça comum Fonte: autoria própria. Livro-texto de Perícia Econômico- Financeira da UNIP. Arbitragem Justiça comum Tramitação simples. Tramitação complexa. Sentença arbitral em única instância. Sentença recorrível. Prazo definido entre as partes. Prazo definido pela Justiça. Ampla possibilidade de diálogo. Possibilidade restrita de diálogo. Árbitros escolhidos pelas partes. Juiz imposto pelo Poder Judiciário. Processo sigiloso. Processo público. TÍTULO VII DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre-iniciativa, tem, por fim, assegurar a todos uma existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I. Soberania nacional; II. Propriedade privada; III. Função social da propriedade; IV. Livre-concorrência; V. Defesa do consumidor; Unidade I TÍTULO VII DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA VI. Defesa do meio ambiente, inclusive mediante o tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços, e de seus processos de elaboração e prestação; VII. Redução das desigualdades regionais e sociais; VIII.Busca do pleno emprego; IX. Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras, e que tenham a sua sede e administração no país. Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. Unidade I Figura 13. Ramos do Direito Fonte: autoria própria, com referência em LENZA (2014). Livro-texto de Perícia Econômico- Financeira da UNIP. Direito Público Interno Constitucional Penal Processual, etc. Externo Internacional Privado Civil Empresarial, etc. Direito PrivadoPúblico Interno, Constitucional, Penal, Processual etc. Externo, Internacional Civil, Empresarial etc. Meios de solução de conflitos judiciais, arbitragem e mediação: A Lei 9.307/96, alterada pela Lei 13.129/2015 trata do instituto da arbitragem; Definição de regras de solução extrajudicial de conflitos com os procedimentos, os prazos e as condições para os acordos; Alternativa à morosidade da Justiça e aos seus altos custos econômico-financeiros. Arbitragem e mediação Tabela 4. Comparação: negociação, arbitragem, mediação e conciliação (formas extrajudiciais de solução de controvérsias) Fonte: autoria própria. Livro-texto de Perícia Econômico- Financeira da UNIP. Negociação Arbitragem Mediação Conciliação Relação direta entre as partes. Presença de terceiro: árbitro. Presença de terceiro: mediador. Presença de terceiro: conciliador. Processos de conversas e concessões recíprocas. Tem o poder de decisão. Objetiva reestabelecer a comunicação entre as partes. Objetiva postura mais ativa do que a mediação, na busca pela solução da controvérsia. Em caso de frustração se recorre a mediação. Busca por consenso, mas impõe a sentença em caso de divergência. Atua, apenas, como facilitador das negociações. Não apenas observa, mas propõe medidas às partes. 100% extrajudicial. Lei 13.105/15; Leis 9.307/96 13.129/15. Lei 13.105/15; Lei 13.140/15. Lei 13.105/15. A atividade de perícia econômico-financeira é uma especialização do bacharel em Ciências Econômicas. Para entendê-la, estudou-se a Economia Institucional e a Teoria dos Contratos Incompletos. O economista deve analisar o mercado de trabalho e a ética profissional, sobretudo com um exame das normas técnicas profissionais, advindas do COFECON e do COFECON-SP, bem como as relações entre a auditoria, a perícia e a arbitragem. Deve se atentar para os tópicos mais importantes do Código Civil, do Código de Processo Civil e da legislação sobre a solução de conflitos judiciais, de arbitragem e de mediação. Em síntese Indique a seguir a alternativa que não corresponde a uma das formas extrajudiciais de solução de controvérsias? a) Acórdão. b) Negociação. c) Arbitragem. d) Mediação. e) Conciliação. Interatividade Indique a seguir a alternativa que não corresponde a uma das formas extrajudiciais de solução de controvérsias? a) Acórdão. b) Negociação. c) Arbitragem. d) Mediação. e) Conciliação. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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