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Ergonomia no Design de Interiores

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Prévia do material em texto

Ergonomia Aplicada ao 
Design de Interiores
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Angela Costa Diniz
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira
Posto de Trabalho
• Introdução;
• Análise da Tarefa;
• Projeto do Posto de Trabalho;
• Arranjo Físico do Posto de Trabalho;
• Dimensionamento do Posto de Trabalho;
• Posto de Trabalho com Computadores.
• Entender como projetar um bom posto de trabalho.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Posto de Trabalho
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Posto de Trabalho
Introdução
O posto de trabalho é o arranjo físico ou o leiaute dos equipamentos e mobiliários 
que o operador necessita para executar seu trabalho nas fábricas ou nos escritórios. 
Nesta unidade, você irá receber as informações necessárias para dar início ao 
projeto do posto de trabalho, revendo alguns conceitos, mas com definições mais 
objetivas em relação à antropometria para planejar o ambiente. Aqui, também 
apresentaremos as propostas mais novas que surgiram no mercado para se obter 
maior conforto no posto de trabalho e oportunizar novas interações entre as pes-
soas e seus cargos.
Análise da Tarefa
A primeira parte do projeto de um posto de trabalho é a análise detalhada da 
tarefa. A tarefa refere-se a um conjunto de atividade e ações humanas que pos-
sibilitam a realização de um objetivo. A análise da tarefa deve ser feita a fim de 
evitar onerosas modificações corretivas após a implementação do projeto. Máqui-
nas, acessórios, mesas e cadeiras existentes antes do projeto obrigam o designer a 
considerá-los, e isso poderá restringir o arranjo desses objetos. A análise da tarefa 
antes da aquisição desses elementos contribui para selecionar quais são os mais 
adequados e adaptados às necessidades do trabalho. A análise realiza-se em três 
níveis: descrição da tarefa, descrições das atividades e ações, e a revisão crítica 
(LIDA; BUARQUE, 2016, p. 299).
No nível de descrição da tarefa deve-se identificar quais são os aspectos da tarefa e 
as condições necessárias para sua execução. Podemos questionar os seguintes itens:
• Definir os objetivos da atividade: Para que serve a tarefa? O que será executado? 
O que será produzido? Em qual quantidade? Qual qualidade se pretende atingir?
• Identificar o tipo de pessoa que irá trabalhar no posto: A maioria é de 
homens ou de mulheres? Qual o grau de instrução ou de treinamento? São 
jovens ou pessoas mais velhas? Possuem habilidades específicas? Possuem 
experiências anteriores? Quais dimensões antropométricas? 
• Listar os equipamentos técnicos e compreender o que é preciso para o 
funcionamento de cada um: Quais máquinas serão utilizadas? Quais mate-
riais envolvidos? O que vem de fora e o que será produzido? Qual é a flexibi-
lidade da máquina? É possível adaptar máquinas, equipamentos ou materiais?
• Compreender a aplicação: Qual é a relação do posto dentro do sistema pro-
dutivo? Tem uso isolado ou integrado à linha de produção? Quantos postos 
de trabalho devem ter? Qual a duração prevista da tarefa? Quantas unidades 
serão produzidas?
8
9
• Considerar as condições operacionais do trabalhador: O operador traba-
lhará sentado ou em pé? A tarefa envolve esforços físicos e desconfortáveis? 
Há riscos de acidentes? Há necessidade de equipamentos de proteção individual?
• Oferecer condições favoráveis no ambiente: Como deve ser o ambiente 
físico do posto de trabalho? O local terá temperaturas extremas, ruídos, vibra-
ções, emanações de gases, poeira, umidade? Como promover a ventilação? 
Qual tipo e intensidade de iluminação necessária? Quais cores no ambiente 
contribuem para o conforto do operador?
• Compreender a hierarquia de trabalho: Quais são os horários e os turnos? 
São trabalhos feitos em grupo? Quem é a chefia, e como o restante se relacio-
na com ela? Como se dá a alimentação? Qual seria a remuneração? Há plano 
de carreira?
Essas questões podem ter respostas intuitivas para afazeres cotidianos, recorren-
tes no dia a dia de todos nós. Mas, ao se tratar de tarefas específicas, levantamentos 
e análises deverão ser feitos de forma detalhada, principalmente em ambientes 
insalubridades, ou com riscos altos de acidentes (LIDA; BUARQUE, 2016, p. 300).
O próximo nível é a descrição das atividades e ações atribuídas à interface ho-
mem-máquina-ambiente. A descrição das atividades levanta informações a respeito 
das interações em nível sensorial do homem. Em nível motor ou das atividades 
musculares, refere-se aos controles manuseados. 
As informações devem considerar: o canal sensorial envolvido (auditivo, visual 
ou cinestésico); tipos e características dos sinais (intensidade, forma, frequência, dura-
ção); dispositivos de informação (luzes, sons, displays visuais, mostradores digitais 
e analógicos). Os controles evolvem os movimentos do corpo e de seus membros, 
alcances manuais, e as características dos movimentos (velocidade, força, precisão 
e duração). Além da tipologia e dos instrumentos de controle como botões, pedais, 
alavancas, volantes. 
As ações referem-se a um conjunto de atividades para exercer um trabalho. Por 
exemplo, dirigir, que envolve a troca de marchas, o controle dos pedais, segurar e 
girar o volante, movimentar o câmbio etc. Essas e outras atividades e ações podem 
ser registradas pela observação direta, por amostragem e por filmagem (LIDA; 
 BUARQUE, 2016, p. 300).
A revisão crítica das atividades e ações das tarefas visa avaliar as condições que 
podem provocar dores e lesões osteomusculares nos postos de trabalho. As tarefas 
que são altamente repetitivas, como a digitação ou a montagem de peças, devem 
ser aliviadas aumentando-se o tempo do ciclo – aumentando o número de tarefas 
e de ações no ciclo – ou intercalando com outras tarefas que solicitem movimentos 
musculares diferentes à primeira tarefa. As tarefas estáticas, como segurar uma 
peça ou acionar um pedal, devem ser eliminadas ou aliviadas, pois envolvem con-
trações estáticas da musculatura (LIDA; BUARQUE, 2016, p. 301).
9
UNIDADE Posto de Trabalho
Projeto do Posto de Trabalho
A primeira etapa para projetar o posto de trabalho é a definição dos objetivos, 
das principais especificações e dos recursos disponíveis.Assim, saberemos o grau 
de informatização ou automação do posto de trabalho. Pode-se definir quais itens 
existentes serão aproveitados, ou se há necessidade de adquirir novos equipamentos. 
Muitas vezes, será necessário somente readequar postos existentes, como ajustar 
alturas de mesas e cadeias, melhorar a iluminação, ou providenciar acessórios como 
apoio de braços, de pé ou de telas. Outras vezes, o projeto aumentará sua abrangên-
cia, pela aquisição de novas máquinas ou pelo remanejamento na organização do 
trabalho, além de restrições tecnológicas, financeiras e de prazo que o projeto poderá 
enfrentar – sendo assim, o projetista deve conciliar as restrições apresentadas com as 
necessidades do trabalhador (LIDA; BUARQUE, 2016, p. 302).
A segunda etapa é obter informações sobre a tarefa, equipamentos, posturas e 
o ambiente. Para isto, pode-se realizar uma análise ergonômica AET (Análise Er-
gonômica do Trabalho), que se refere à NR17 de Ergonomia. É uma análise abran-
gente, que inclui um estudo detalhado dos postos de trabalho, a fim de detectar 
os fatores de riscos ocupacionais, de absenteísmo e rotatividade. Além de detectar 
sintomas nos colaboradores, como fadigas físicas, visuais e mentais, dores locali-
zadas em regiões corporais, desconfortos ambientais (ruídos, poeiras, vibrações, 
calor, reflexos e sombras) – itens capazes de fornecer subsídios para as soluções 
ergonômicas para a empresa, adequando-a à legislação.
Norma regulamentadora NR17 – Ergonomia: http://bit.ly/39xljRL
Ex
pl
or
A terceira etapa de projeto do posto refere-se ao arranjo físico e ao dimensiona-
mento. O arranjo físico, ou o leiaute, deve possibilitar a postura básica e os movi-
mentos do trabalhador em relação às máquinas, equipamentos e materiais a serem 
utilizados. Passando pelos itens abaixo:
• Definição da localização dos equipamentos básicos do posto de traba-
lho: mesa, bancada, cadeira, computador, impressora e outros;
• Definição da localização do trabalhador, incluindo postura e seus prin-
cipais movimentos de alcance;
• Estabelecimento das prioridades para as ações/operações manuais, 
aproximando os comandos do alcance principal;
• Localização dos dispositivos de informação, colocando-se aqueles mais 
importantes dentro da área normal de visão;
• Estabelecimento do fluxo de entrada e saída de materiais. (LIDA; BUARQUE , 
2016, p. 304)
Com estas informações, você já poderá iniciar um esboço do projeto, conside-
rando que o operador ocupe a parte central e todos os elementos materiais posicio-
nados ao seu redor, dando início à fase de dimensionamento de todos os elementos 
10
11
e posicionamentos levantados. Ao considerar dimensionamentos antropométricos 
e dos elementos que constituem o posto de trabalho, deve-se:
• Dimensionar o local de trabalho do operador, baseando em medidas 
antropométricas – relativas a um grupo de usuários ou a tabelas – res-
peitando medidas máximas e mínimas de cada variável;
• Determinar as faixas de variações das medidas antropométricas para 
altura de assentos, superfícies de trabalho, alcances e apoios em geral;
• Dimensionar as máquinas, equipamentos e materiais, indicando os 
pontos de operação e de entrada saída de materiais;
• Providenciar espaços adequados para acomodação e movimentação 
dos braços, pernas e tronco e eventuais mudanças de posturas;
• Providenciar espaços para circulação, entrada e saída de materiais, ser-
viços de manutenção e outros. (LIDA; BUARQUE, 2016, p. 305)
Esses elementos são suficientes para elaborar o anteprojeto do posto de trabalho 
em escala.
A próxima etapa é a construção de modelo para teste. O modelo, ou ‘ mock-up’, 
é uma simulação, sem uso obrigatório dos materiais e equipamentos reais. Ele ser-
ve para testar arranjos e dimensionamentos do posto de trabalho, sendo de fácil 
construção e modificação de baixo custo, a fim de realizar estudos volumétricos 
das alternativas do projeto. De preferência construído em escala real, 1:1 (um para 
um), de modo que as pessoas possam sentar e simular operações. Desta forma, é 
possível verificar se uma máquina caberá no espaço disponível, ou se deverá ser 
substituída por uma mais compacta (LIDA; BUARQUE, 2016).
O exemplo da imagem a seguir é um mock-up de um espaço físico, que discute a 
habitação mínima. Você pode ver, nas fotos, que os alunos montaram com madeira 
e papelão o que seria o ambiente e o mobiliário interno, testando suas medidas, se 
há espaços livres de folgas para o corpo se movimentar e se as medidas das circu-
lações são suficientes.
Figura 1 – Alunos construindo o mock-up estudo para habitação mínima
Fonte: Adaptado de IMBRONITO, 2019, p. 62
11
UNIDADE Posto de Trabalho
Após testes no modelo, a produ-
ção de mobiliários, veículos e máqui-
nas utiliza-se do protótipo, inclusive 
em perfeito funcionamento, podendo 
ser ligado ou desligado, a fim de ser 
testar seus movimentos, velocidade, 
forças necessárias, iluminamento, ní-
vel de ruídos ou isolamentos térmicos 
e acústicos (LIDA; BUARQUE, 2016, 
p. 306). Na construção civil ainda é 
pouco utilizado, pois ele se refere pro-
priamente à construção do produto.
Após o protótipo ser aprovado nos 
testes, chegaremos à última etapa, que 
é a elaboração de manuais de uso, os 
quais especificam o processo de fabri-
cação do posto de trabalho, incluindo 
os desenhos técnicos e descrição dos 
materiais e processos produtivos. Poderá ser mais completo ainda se incluir os custos 
estimados de fabricação. Um manual de uso também é elaborado, mostrando como 
o produto deve ser instalado e operado. Além da confecção de manuais de treina-
mento e manutenção.
Abaixo, temos as imagens de uma pesquisa de tema ‘Habitação sem perda de 
espaço’, do estúdio Why Factory da TUDelft, que demonstram as etapas do desen-
volvimento de projeto. Este projeto visa a otimização do espaço por meio de levan-
tamento antropométrico e de estudos sobre fotografia e filmagens dos movimentos 
corporais e o espaço que eles percorrem. O resultado são modelos com formatos e 
dimensões suficientes para as atividades do ser humano naquele espaço.
Figura 3 – Observação do indivíduo por meio de softwares
Fonte: Archdaily
Figura 2 – Mock-up para estudo para habitação mínima
Fonte: Adaptado de IMBRONITO, 2019, p. 62
12
13
Figura 4 – Corte do projeto
Fonte: Archdaily
Figura 5 – Modelo do projeto
Fonte: Archdaily
Podemos viver sem desperdiçar espaço? – Pesquisa da TUDelft aborda o uso eficiente do 
espaço: http://bit.ly/2vvCnIWEx
pl
or
Arranjo Físico do Posto de Trabalho
O arranjo físico é o estudo da distribuição espacial ou o posicionamento dos 
elementos que compõem o posto de trabalho. Ele mostra como serão posicionados 
os diversos materiais e instrumentos dentro do posto de trabalho. Para isso, alguns 
critérios devem ser considerados: 
• A importância: colocar o componente mais importante em posição de des-
taque, para o operador manipular e visualizar o instrumento de trabalho. Por 
exemplo, o velocímetro e volante em posição frontal ao motorista;
13
UNIDADE Posto de Trabalho
• A frequência de uso: os componentes mais utilizados devem estar em des-
taque e fáceis de alcançar. Por exemplo, o teclado à frente da tela e o mouse, 
ao lado;
• O agrupamento funcional: os elementos com funções semelhantes criam sub-
grupos organizados em blocos. Por exemplo, organização de painel de controle; 
• A sequência de uso: quando há uma ordem ou sequência operacional. Por 
exemplo, o primeiro botão a ser acionado está na primeira posição, e os de-
mais seguirão a ordem de acionamento. Geralmente, em ordem da leitura, ou 
de cima para baixo;
• A intensidade de fluxo: os elementos de maior intensidade de fluxo são próxi-
mos entre si. Podem ser materiais, movimentos corporais ou informações. Por 
exemplo: movimentos visuais de um painel de avião;
• Ligações preferenciais: elementos reunidos pela sua tipologia. Por exemplo, 
movimentos de controle como alavanca, sinais visuais, sinais auditivos etc.
Os primeiros critérios,como importância, frequência de uso e agrupamento 
funcional referem-se à natureza dos elementos. Já os critérios de sequência, inten-
sidade de fluxo e ligações preferenciais referem-se às interações entre eles (LIDA e 
BUARQUE, 2016).
Dimensionamento do Posto de Trabalho
O dimensionamento correto do posto de trabalho é uma etapa fundamental 
para o bom desempenho da pessoa que ocupará esse posto. Isso permite que o 
trabalhador mantenha uma postura natural (não forçada) e realize movimentos har-
mônicos. Lembre-se que é possível que a pessoa passe horas ao dia, durante anos, 
no mesmo posto. As posturas forçadas ocorrem quando:
• Alturas de mesas e cadeiras e alcances incompatíveis com as medidas 
antropométricas;
• Espaços insuficientes para movimentos corporais das pernas e dos pés. 
E, de partes móveis de equipamentos;
• Posicionamentos e arranjos inconvenientes dos mostradores (displays) e 
controles (botões e teclados). (LIDA; BUARQUE, 2016, p. 310)
[...]
Os dimensionamentos devem considerar a maioria dos usuários, para 
que se sintam confortáveis. Assim, a postura adequada do corpo, os 
movimentos corporais necessários, os alcances dos movimentos, as 
medidas antropométricas dos ocupantes do cargo, a iluminação neces-
sária, a ventilação, as dimensões das máquinas, equipamentos e fer-
ramentas, e, a interação com outros postos de trabalho são itens que 
devem ser considerados. 
14
15
As dim ensões mais importantes para adaptação do posto de trabalho a 
seus usuários são: 
• altura das superfícies de trabalho;
• alcances normais e máximos das mãos;
• espaços para acomodar as pernas e realizar movimentações laterais 
do corpo;
• dimensionamento das folgas;
• altura para a visão e ângulo visual. (LIDA; BUARQUE, 2016, p. 310, 311)
Essas dimensões são proporcionais com a estatura e podemos ver isto no grá-
fico abaixo.
Tarefa visual
Tarefas de precisão
Tarefas leves
Tarefas pesadas
Altura da mesa
Espaço para pernas
Altura do assento
150 160 170 180 190
Estatura (cm)
Al
tu
ra
 do
 tr
ab
al
ho
 (c
m
)
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
150
160
Postura em pé
Postura sentada
Figura 6 – Alturas recomendadas para superfícies de trabalho
Fonte: Adaptado de IIDA e BUARQUE, 2016, p. 311
A altura ideal da superfície de trabalho na postura em pé, para trabalhos pesa-
dos, é a altura dos cotovelos, rebaixando a superfície em 25 centímetros, pendendo 
o braço para baixo. Na postura em pé, para trabalhos leves, a altura da superfície 
prevê o rebaixo de 5 centímetros em relação à altura dos cotovelos. Lembre-se que 
se deve considerar a altura média da população, ou os extremos, assim como as 
diferenças entre homens e mulheres.
A altura dos assentos para o trabalho sentado deve estar na altura poplítea entre 
35,1 a 48,0 centímetros a partir do piso. A superfície de trabalho deve estar na 
altura dos cotovelos, entre 19,1 e 28 centímetros do assento, ou 2 a 3 centímetros 
abaixo dela.
15
UNIDADE Posto de Trabalho
Tabela 1 – Principais dimensões para antropometria estática 
(5°, 50° e 95° percentis), resumidas da norma alemã DIN 33402 de 1981
Medidas de antropometria estática (cm)
Mulheres Homens
5° 50° 95° 5° 50° 95°
1 C
OR
PO
 EM
 PÉ
1,1 Estatura, corpo ereto
1,2 Altura dos olhos, em pé, ereto
1,3 Altura dos ombros, em pé, ereto
1,4 Altura do cotovelo, em pé, ereto
1,5 Altura do centro da mão, braço pendido, em pé
1,6 Altura do centro da mão, braço erguido, em pé
1,7 Comprimento do braço, na horizontal, até o centro da mão
1,8 Profundidade do corpo, na altura do tórax
1,9 Largura dos ombros, em pé
1,10 Largura dos quadris, em pé
151,0
140,2
123,4
95,7
66,4
174,8
61,6
23,8
32,3
31,4
161,9
150,2
133,9
103,0
73,8
187,0
69,0
28,5
35,5
35,8
172,5
159,6
143,6
110,0
80,3
200,0
76,2
35,7
38,8
40,5
162,9
150,9
134,9
102,1
72,8
191,0
66,2
23,3
36,7
31,0
173,3
161,3
144,5
109,6
76,7
205,1
72,2
27,6
39,8
34,4
184,1
172,1
154,2
117,9
82,8
221,0
78,7
31,8
42,8
36,8
2 C
OR
PO
 SE
NT
AD
O
2,1 Altura da cabeça, a partir do assento, tronco ereto
2,2 Altura dos olhos, a partir do assento, tronco ereto
2,3 Altura dos ombros, a partir do assento, tronco ereto
2,4 Altura do cotovelo, a partir do assento, tronco ereto
2,5 Altura do joelho, sentado
2,6 Altura poplítea (parte inferior da coxa)
2,7 Comprimento do antebraço, na horizontal, até o centro da mão
2,8 Comprimento nádega-poplítea
2,9 Comprimento da nádega-joelho
2,10 Comprimento nádega-pé, perna estendida na horizontal
2,11 Altura da parte superior das coxas
2,12 Largura entre os cotovelos
2,13 Largura dos quadris, sentado
80,5
68,0
53,8
19,1
46,2
35,1
29,2
42,6
53,0
95,5
11,8
37,0
34,0
85,7
73,5
58,5
23,3
50,2
39,5
32,2
48,4
58,7
104,4
14,4
45,6
38,7
91,4
78,5
63,1
27,8
54,2
43,4
36,4
53,2
63,1
112,6
17,3
54,4
45,1
84,9
73,9
56,1
19,3
49,3
39,9
32,7
45,2
55,4
96,4
11,7
39,9
32,5
90,7
79,0
61,0
23,0
53,5
44,2
36,2
50,0
59,9
103,5
13,6
45,1
36,2
96,2
84,4
65,5
28,0
57,4
48,0
38,9
55,2
64,5
112,5
15,7
51,2
39,1
3 C
AB
EÇ
A
3,1 Comprimento vertical da cabeça
3,2 Largura da cabeça, de frente
3,3 Largura da cabeça, de perfil
3,4 Distância entre os olhos
3,5 Circunferência da cabeça
19,5
13,8
16,5
5,0
52,0
21,9
14,9
18,0
5,7
54,0
24,0
15,9
19,4
6,5
57,2
21,3
14,6
18,2
5,7
54,8
22,8
15,6
19,3
6,3
57,3
24,4
16,7
20,5
6,8
59,9
4 M
ÃO
S
4,1 Comprimento da mão
4,2 Largura da mão
4,3 Comprimento da palma da mão
4,4 Largura da palma da mão
4,5 Circunferência da palma
4,6 Circunferência do pulso
4,7 Cilindro de pega máxima (diâmetro)
15,9
8,2
9,1
7,2
17,6
14,6
10,8
17,4
9,2
10,0
8,0
19,2
16,0
13,0
19,0
10,1
10,8
8,5
20,7
17,7
15,7
17,0
9,8
10,1
7,8
19,5
16,1
11,9
18,6
10,7
10,9
8,5
21,0
17,6
13,8
20,1
11,6
11,7
9,3
22,9
18,9
15,4
5 P
ÉS
5,1 Comprimento do pé
5,2 Largura do pé
5,3 Largura do calcanhar
22,1
9,0
5,6
24,2
9,7
6,2
26,4
10,7
7,2
24,0
9,3
6,0
26,0
10,0
6,6
28,1
10,7
7,4
Fonte: LIDA e BUARQUE, 2016, p. 208
Quanto aos alcances, lembrar da área de trabalho normal, que corresponde à 
área que os braços percorrem ao do eixo dos cotovelos, apoiados na mesa, sem 
flexioná-los. E a área de alcance máximo, que corresponde ao espaço que os bra-
ços esticados podem alcançar, sem flexionar o dorso (sem debruçar o corpo na 
mesa). Os alcances são dimensionados pelo extremo inferior da população. Assim, 
95% da população pode alcançar sem dificuldade.
Já as tarefas repetitivas devem ter maior atenção visual, sendo posicionadas à 
área normal de trabalho.
A alternância das posturas deve ser prevista para tarefas de longa duração. E é 
o desenho dos mobiliários que irá permitir essas movimentações. Alguns postos de 
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trabalho permitem tanto a postura de pé quanto a sentada. Esta será uma superfí-
cie alta para o trabalho de pé, e, o assento poderá ter rodízios para ser removido 
facilmente, e, terá apoio para os pés na altura de 40 a 50 cm do assento. Pode-se 
prever peças de apoio para as nádegas ou para os pés enquanto o assento não está 
sendo utilizado, possibilitando a postura semi sentada (LIDA e BUARQUE, 2016).
As folgas e os espaços para movimentações são importantes, pois movimentos 
mais contidos contraem os músculos do corpo, diminuindo a velocidade e causando 
estresse e erros. Recomenda-se espaço entre o assento e o tampo da mesa de 20 
cm no mínimo. Também espaço frontal livre de 60 a 80 cm, e laterais de 5 cm de 
cada lado na altura da cintura (em um assento), e 10 cm na altura dos ombros. Aqui, 
devemos adotar o percentil superior, de 95º da população.
Quanto ao dimensionamento das circulações, o espaço das folgas ganha im-
portância, pois quanto mais ampla a largura do corredor, menos se devia de obs-
táculos. A NBR 9050 recomenda a largura mínima de 90 cm, que permite a um 
cadeirante circular.
Para o trabalho visual, a altura dos olhos de 150 centímetros é a média para 
mulheres na posição de pé, e para os homens, 160 centímetros. Na posição senta-
da, a altura média dos olhos em relação ao piso é de 73 centímetros para mulherese 79 centímetros para os homens. Quando estamos sentados com postura ereta, 
geralmente preferimos visualizar objetos 20º abaixo da linha dos nossos olhos, com 
desvio-padrão de 12º. Assim, devemos considerar a posição de tarefas visuais, da 
sinalização, de avisos e cartazes. 
Os móveis que compõem os postos de trabalhos são, em sua maioria, produzi-
dos em série. E a mesma peça pode ser destinada para tarefas diferentes. Assim, 
a antropometria de seus usuários deve apresentar diferenças. A solução para isto é 
a flexibilidade e a presença de ajustes dimensionais do mobiliário. Estes podem ser 
acessórios adicionais nos postos de trabalho, incluídos conforme as necessidades 
do trabalhador (LIDA; BUARQUE, 2016).
Posto de Trabalho com Computadores
Durante muito tempo recomendou-se uma postura ereta para os digitadores, 
com pernas, coxas e tronco formando um ângulo reto, de 90º. Contudo, verificou-
-se que os digitadores mudam constantemente suas posturas inclinando o corpo 
para frente e para trás, a fim de aliviar as partes do corpo que estão sendo compri-
midas. Desta forma, é importante que o mobiliário permita essas movimentações 
(LIDA e BUARQUE, 2016).
Para permitir as movimentações do corpo, os assentos devem permitir a inclina-
ção de 90º a 120º, e devem ser largos e altos para descarregar o peso do corpo . 
As características desejáveis para os assentos são: altura do assento regulável, bor-
das arredondadas, estofamento pouco espesso, eixo giratório, amortecimento ver-
tical e cinco patas com rodas. 
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UNIDADE Posto de Trabalho
Para as mesas de computador, as recomendações são a seguintes: superfície 
com altura regulável entre 70 a 120 centímetros, e mecanismo de fácil ajuste para 
alturas; espaço livre sob a mesa para o movimento das pernas; apoios para os an-
tebraços (inclusive para manusear o mouse); ajuste de distância visual para a tela; 
quando existir documentos a serem transcritos, estes devem estar em uma super-
fície inclinada e ajustável; e, a mesa deve ter área para consulta de material (LIDA; 
BUARQUE, 2016).
Uma produtora americana desenvolveu um assento que permite o trabalho nas 
posturas sentada, deitada e de pé. O mobiliário demonstrado na imagem a seguir 
possui inúmeros ajustes que permitem a variação da posição enquanto o monitor e 
demais telas são utilizadas. A postura do corpo neste tipo de cadeira assemelha-se 
à posição que o corpo toma quando está boiando, momento que o corpo relaxa por 
estar livre de qualquer contração muscular. 
Figura 7 – Postura corporal de relaxamento máximo
Fonte: Adaptado de LEHMANN IN: IIDA e BUARQUE, 2016, p. 242
Figura 8 – Cadeira que permite diversas posturas durante trabalho
Fonte: divulgação
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Empresa Altwork: http://bit.ly/2UQFiqm
Ex
pl
or
Com isso, pode se concluir que a variação de posturas pode auxiliar na preven-
ção de fatores de risco de lesão musculoesquelética em trabalhadores de escritório. 
Porém, deve-se lembrar de variar a posição, e, para isso, alertas sonoros foram 
propostos para lembrar o operador de alterar a posição (BARBIERI, 2015).
A visualização do monitor se dá por caracteres escuros no fundo claro, ou claros 
no fundo escuro. Apesar do fundo escuro ser comumente utilizado pelos usuários 
de softwares de CAD, esta situação produz uma situação incômoda. Denominada 
como brilho relativo, a sensibilidade da retina é diminuída, reduzindo a capacidade 
visual e a acuidade visual aos contrastes. (LIDA; BUARQUE, 2016).
A recomendação das normas brasileiras para iluminamento do posto de traba-
lho é entre 500 e 700 lux. Apesar de alguns autores defenderem a diminuição do 
iluminamento em áreas com monitores para 300 lux. Contudo, deve-se aumentar 
a intensidade de luz quando há documentos a serem transcritos para até 1000 lux – 
podendo se utilizar de luminárias individuais nestas áreas. 
As fontes de luz e o próprio reflexo do monitor podem causar ofuscamento no 
operador. Para evitar isso, fontes difusas ou indiretas podem ser eliminadas, assim 
como superfícies refletoras. Com luminárias que possuam aletas, filtros leitosos ou 
ângulos da incidência da luz menores que 45º em relação vertical. 
Figura 9 – Posicionamentos de luminárias para evitar ofuscamento
Fonte: Adaptado de IIDA e BUARQUE, 2016, p. 325
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UNIDADE Posto de Trabalho
Esta unidade, sobre o projeto de posto de trabalho, conclui-se aqui. Passando 
pelas definições das tarefas, identificações de suas atividades e revisão. A utilização 
de modelos é uma garantia do desempenho do produto, e é a ferramenta tridimen-
sional que podemos utilizar. Nós devemos propor novas interações, mas sempre 
considerando o existente e as soluções que atendam às necessidades do operador.
A disciplina de ergonomia termina, e esperamos que a conscientização e a obtenção 
de conhecimentos tornem seu projeto mais eficiente para o conforto de seus usuários.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Remodelação e Ampliação de uma indústria em funcionamento
http://bit.ly/31O1hzQ]
AD Editorial Team – Pavilhão da Holanda na Bienal de Veneza 2018 aborda as implicações das novas tecnologias 
no espaço construído
http://bit.ly/2ULXOA6
Norma Técnica: ISO 6385:2016 – Ergonomics principles in the design of work systems
http://bit.ly/3bAGtAg
ABNT ISSO/CIE 8995-1 2013: Iluminação de ambientes de trabalho – Parte I
http://bit.ly/2OQB2Dn
Norma regulamentadora NR17 – Ergonomia
http://bit.ly/39xljRL
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UNIDADE Posto de Trabalho
Referências
BARBIERI, D. F. A variação da postura durante o uso do computador melhora 
a exposição física de trabalhadores? – efeito do uso de mesas com altura 
ajustável. Tese de doutoramento, Universidade Federal De São Carlos, 2015.
LIDA, I.; BUARQUE, L. Ergonomia: projeto e produção. 3. ed. São Paulo: 
Blucher, 2016.
IMBRONITO, M. I. 4 x 4 x 4: Mock up de habitação / Maria Isabel Imbronito. São 
Paulo: Editora Quelônio: 2019.
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Outros materiais