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Anatomia - sistema urinário

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1)Descrever as características anatômicas externas dos Rins; vit
Características dos rins
-11 cm de comprimento; 6 cm de largura; 3 cm de espessura; mulheres-135 g de peso médio; homens-
150g de peso médio. O rim direito é mais baixo que o esquerdo, devido a sua associação com o fígado.
-É dividido em:
● Dois pólos: superior e inferior;
● Duas faces: anterior e posterior;
● Duas margens: lateral e medial.
Anatomia externa
● Parte côncava é voltada para a coluna vertebral;
● Hilo renal: situa-se na margem medial, no seio renal e serve de entrada e saída de
vasos sanguíneos, vasos linfáticos, dos nervos e ureter.
● Existem 3 camadas que circundam o rim;
○ cápsula fibrosa: mais profunda, lâmina lisa de tecido conjuntivo denso e é
contínuo com o revestimento do ureter.
○ cápsula adiposa: intermediária, massa de tecido adiposo que circunda a
cápsula fibrosa, protege o rim contra traumas e o âncora a cavidade
abdominal..
○ Fáscia renal: superficial, camada fina de tecido conjuntivo denso que ancora
o rim às estruturas vizinhas e à parede abdominal.
2)Descrever de maneira objetiva as principais funções dos Rins; vit
1) Regula a composição iônica do sangue: regula quantidade de íons Na+, Cl-, Ca2+
2) Regula o volume do sangue: faz isso pela conservação ou eliminação de água na
urina.
3) Regula pressão arterial: secreta enzima renina, que ativa o sistema
renina-angiotensina-aldosterona, o aumento de renina provoca aumento da pressão
arterial.
4) Mantém osmolaridade do sangue: isso por meio da regulação da perda de água e
solutos, mantendo uma osmolaridade do sangue constante; 300 miliosmóis por litro.
5) Produz hormônios: produz 1,25-colecalciferol (calcitriol), a forma ativa da vitamina
D que atua na regulação do cálcio.
6) Regula nível de glicose no sangue: rim utiliza a glutamina na gliconeogênese.
7) Excreta escórias metabólicas e substâncias estranhas: Por meio da formação de urina,
os rins ajudam a excretar escórias metabólicas – substâncias que não têm função útil
no corpo. Algumas escórias metabólicas excretadas na urina resultam de reações
metabólicas no organismo. Estes incluem amônia e ureia resultantes da desaminação
dos aminoácidos; bilirrubina proveniente do catabolismo da hemoglobina; creatinina
resultante da clivagem do fosfato de creatina nas fibras musculares e ácido úrico
originado do catabolismo de ácidos nucleicos. Outras escórias metabólicas excretadas
na urina são as substâncias estranhas da dieta, como fármacos e toxinas ambientais.
8) Mantém o equilíbrio de água.
3)Descrever a Fáscia Renal e as relações anatômicas dos Rins; vit
Fáscia renal
É uma camada de tecido conjuntivo, que circunscreve a cápsula adiposa e também segmentos da parte
abdominal da aorta e da veia cava inferior próximo aos rins e aos ureteres; subdivisão em delgada lâmina
pré-renal e uma resistente lâmina retroretal.
A fáscia renal é um denso envoltório de tecido conjuntivo elástico que envolve cada rim e a glândula
suprarrenal a ele associada, juntos com uma camada de gordura pararrenal circundante.O rim e seus vasos
estão embebidos em uma gordura pararrenal, a qual é mais espessa nas margens renais e se estende para o
seio renal no hilo.
Inicialmente, foi dividida em duas entidades separadas, a fáscia posterior de Zuckerkandl e a fáscia
anterior de Gertora, as quais se fundiam lateralmente, mas hoje isso não é considerado correto. Pois na
verdade;
● A fáscia renal não é feita de duas fáscias distintas fundidas.
● Definiu a fáscia como sendo uma única estrutura multilaminada.
● Se estende anterolateralmente atrás dos rins como uma bolha bilaminada, que em um
ponto variável se divide em;
○ lâmina anterior delgada;(pré-renal): posterior ao peritônio parietal e é
parcialmente aderida a ele.
○ lâmina posterior espessa (retroretal) : parcialmente aderida à parte posterior
do tronco, firmemente, pela fáscia transversal e pelas fáscias musculares.
Relações anatômicas
Os rins irão ter associações com vários órgãos;
● abaixo da glândula adrenal;
● polos inferiores se encontram 2,5 cm das crista ilíaca;
● Estreita área medial do rim está relacionada com parte descendente retroperitoneal do
duodeno
● Acima do hilo, a margem medial é relacionada com a glândula suprarrenal e, abaixo,
com a origem do ureter.
● Inferiormente e lateralmente está relacionada com a flexura direita retroperitoneal do
intestino grosso e medialmente com a parte do intestino delgado intraperitoneal
● Metade lateral da face anterior está relacionada com o baço
● pancreas retroperitoneal
● estômago
● flexura esquerda retroperitoneal do intestino grosso
● início do cólon descendente
● alças intraperitoneais do jejuno[ramos dos vasos cólicos esquerdo
● Inferiormente, movendo-se em uma direção medial e lateral, estão os músculos psoas
maior, quadrado lombar, o tendão aponeurótico do músculo transverso do abdome, os
vasos subcostais e os nervos subcostal, ilio-hipogástrico e ilioinguinal.
● O pólo superior do rim direito está nivelado com a 12ª costela, e o do rim esquerdo
com a 11ª e 12ª costelas.
● O hilo do rim:
○ veia renal;
○ artéria renal;
○ pelve renal
4)Defina e comente as alterações anatômicas presentes na ectopia renal, agenesia e rim em
ferradura.
● Ectopia Renal: caracterizado pelo rim em posição anormal, podendo ser apenas um
ou ambos os rins. resulta da falha na migração deste da cavidade pélvica para a fossa
renal. Tem-se a ectopia cranial é usualmente intratorácica e a ectopia caudal pode ser
classificada em abdominal, ilíaca (lombar) ou pélvica (sacral), a maioria dos rins
ectópicos estão localizados na pelve mas alguns ficam na parte inferior do abdome.
Rins pélvicos e outras formas de ectopia resultam da falha dos rins em ascender.
Rins pélvicos são próximos um do outro e usualmente se fundem para formar um rim
discóide (“panqueca”), os rins formam uma massa única, mediana, situada na
cavidade pélvica ou ao nível da bifurcação aórtica, de aspecto achatado, não
reniforme, lobulado, com o sistema coletor anteriorizado e ureteres curtos, que
drenam em orifícios independentes ou em ureter único
Às vezes, um rim cruza para o outro lado, resultando em ectopia renal cruzada e 90%
desses rins são fundidos. Um tipo incomum de rim anormal é o rim fundido
unilateral. Nesses casos, os rins em desenvolvimento se fundem após deixarem a
pelve, e um rim atinge sua posição normal, carregando consigo o outro rim
● Agenesia: caracterizada pela ausência de um ou dois rins, resulta quando os brotos
uretéricos não se desenvolvem ou os primórdios (pedículos dos brotos) dos ureteres
degeneram. A falha dos brotos em penetrar no blastema metanefrogênico resulta em
falha do desenvolvimento do rim porque os néfrons não são induzidos pelos túbulos
coletores a se desenvolverem a partir do blastema. A agenesia renal provavelmente
tem uma causa multifatorial. Há evidência clínica de que a involução in utero
completa de rins policísticos (muitos cistos) poderia levar à agenesia renal, com um
ureter com uma terminação cega no mesmo lado.
➔ Agenesia Renal Unilateral: rara, ocorre 1 em cada 1000 RN e os homens
são mais afetados que as mulheres e o rim esquerdo é o que costuma ser mais
ausente. A agenesia renal unilateral muitas vezes não causa sintomas e não é
descoberta na infância porque o rim presente sofre hipertrofia compensatória
e executa a função do rim que está faltando.
➔ Agenesia Renal bilateral: é associada ao oligoidrâmnio, uma condição que
se desenvolve porque pouca ou nenhuma urina é excretada para a cavidade
amniótica. Essa condição é rara e é incompatível com a vida pós-natal. Cerca
de 20% dos casos de síndrome de Potter são causados por agenesia renal
bilateral. Esses bebês têm uma aparência facial característica: os olhos são
largamente separados e apresentam pregas palpebronasais (pregas
epicânticas), as orelhas estão em posição baixa, o nariz é largo e chato, o
queixo é recuado, e há anormalidades dos membros respiratórios. Bebês com
agenesia renal bilateral geralmente morrem logo após o nascimentode
hipoplasia pulmonar que leva a insuficiência respiratória
● Rim em ferradura: caracterizada pela fusão dos polos dos rins, usualmente são os
polos inferiores que se fundem. O grande rim em forma de U geralmente se localiza
na região púbica, anterior às vértebras lombares inferiores. A ascensão normal dos
rins fundidos é impedida porque eles ficam presos pela raiz da artéria mesentérica
inferior. O istmo, situado mais comumente na frente da aorta ou da veia cava inferior,
une as duas massas renais e pode conter parênquima funcionante ou corresponder a
uma faixa de tecido fibroso.
Um rim em ferradura usualmente não produz sintomas porque o seu sistema coletor
se desenvolve normalmente e os ureteres entram na bexiga. Se o fluxo de urina for
impedido, pode aparecer sinais e sintomas de obstrução e/ou infecção.
5)Descrever a Macroestrutura interna dos Rins;
O rim após o nascimento apresenta uma delgada cápsula fibrosa composta de tecido rico em colágeno com
algumas fibras elásticas e musculares lisas. O rim pode ser dividido em uma medula interna e um córtex
externo:
● Medula interna: consiste em várias pirâmides renais em forma de cone, a base de cada
pirâmide fica voltada para o córtex renal e seu ápice – papila renal – voltada para o
hilo renal.
● Córtex externo: área de textura fina, que se estende da capsula fibrosa as bases das
pirâmides renais e nos espaços entre elas. Dividido em zona cortical externa e zona
justamedular interna. A parte do córtex que se estende entre as pirâmides recebe o
nome de colunas renais.
O hilo renal conduz a um seio renal central, recoberto pela cápsula renal e quase todo preenchido pela
pelve e vasos renais, o espaço remanescente está preenchido por gordura. Dentro do seio renal, os túbulos
coletores dos néfrons dos rins se abrem nos ápices das papilas renais para drenar para os cálices renais
menores, os quais são expansões em forma de funil do trato urinário superior. A cápsula renal cobre a face
externa do rim e se continua através do hilo para delinear o seio e se fundir com a adventícia que reveste os
cálices renais menores. Cada cálice renal menor circunda uma única papila ou, mais raramente, grupos de
duas ou três papilas. Os cálices renais menores se unem para formar os cálices renais maiores. Os cálices
maiores drenam para o infundíbulo. A pelve renal é normalmente formada da junção de dois infundíbulos,
um do cálice polar superior e um do cálice polar inferior, mas pode haver um terceiro, o qual drena os
cálices na porção média do rim. A pelve renal em forma de funil afi la-se quando passa inferomedialmente
e atravessa o hilo renal para se tornar contínua com o ureter.
6)Descrever a vascularização arterial e suas relações anatômicas (Das artérias renais as arteríolas
Glomerulares);
Uma única grande artéria renal, um ramo lateral da parte abdominal da aorta, supre cada rim.
Normalmente, esses vasos surgem imediatamente inferiores à origem da artéria mesentérica superior entre
as vértebras LI e LII . A artéria renal esquerda, em geral, surge um pouco superior à direita; e a artéria
renal direita é mais longa e passa posteriormente à veia cava inferior.
À medida que cada artéria renal se aproxima do hilo renal, ela se divide em ramos anterior e posterior, que
suprem o parênquima renal. São comuns as artérias renais acessórias. Elas originam‑se da face lateral da
parte abdominal da aorta, seja acima ou abaixo das artérias renais primárias, entram no hilo com as artérias
primárias ou passam diretamente para o rim em algum outro nível e, comumente, são chamadas de artérias
extra‑hilares.
No rim, a artéria renal se divide em várias artérias segmentares, que irrigam diferentes segmentos do rim.
Cada artéria segmentar emite vários ramos que penetram no parênquima e passam ao longo das colunas
renais entre os lobos renais como as artérias interlobares. Um lobo renal consiste em uma pirâmide renal,
um pouco da coluna renal em ambos os lados da pirâmide renal, e o córtex renal na base da pirâmide renal.
Nas bases das pirâmides renais, as artérias interlobares se arqueiam entre o córtex e a medula renais; aqui,
são conhecidas como artérias arqueadas. As divisões das artérias arqueadas produzem várias artérias
interlobulares. Estas artérias irradiam para fora e entram no córtex renal. Neste local, emitem ramos
chamados arteríolas glomerulares aferentes. Cada néfron recebe uma arteríola glomerular aferente, que se
divide em um enovelado capilar chamado glomérulo. Os glomérulos capilares então se reúnem para formar
uma arteríola glomerular eferente, que leva o sangue para fora do glomérulo. Os capilares glomerulares
são únicos entre os capilares no corpo, porque estão posicionados entre duas arteríolas, em vez de entre
uma arteríola e uma vênula. Como são redes capilares e também têm participação importante na formação
de urina, os glomérulos são considerados parte tanto do sistema circulatório quanto do sistema urinário.As
arteríolas eferentes se dividem para formar os capilares peritubulares, que circundam as partes tubulares do
néfron no córtex renal.
7)Descrever a vascularização venosa dos Rins;
Várias veias renais contribuem para a formação das veias renais direita e esquerda, e ambas são anteriores
às artérias renais. Mais importante ainda, a veia renal esquerda mais longa cruza a linha mediana anterior
em direção à parte abdominal da aorta e posterior à artéria mesentérica superior, e pode ser comprimida
por um aneurisma em um desses dois vasos.
As arteríolas eferentes se dividem para formar os capilares peritubulares, que circundam as partes
tubulares do néfron no córtex renal. Estendendo-se de alguns capilares glomerulares eferentes estão
capilares longos, em forma de alça, chamados arteríolas retas, que irrigam porções tubulares do néfron na
medula renal. Os capilares peritubulares por fim se unem para formar as veias interlobulares, que também
recebem sangue das arteríolas retas. Em seguida, o sangue flui pelas veias arqueadas para as veias
interlobares, que correm entre as pirâmides renais. O sangue sai do rim por uma veia renal única que
emerge pelo hilo renal e transporta o sangue venoso para a veia cava inferior..
8)Descrever a drenagem linfática;
Os vasos linfáticos renais começam em três plexos, em torno dos túbulos renais, sobre a cápsula renal, e no
corpo adiposo pararrenal (os dois últimos se conectam livremente). Vasos coletores do plexo intrarrenal
formam quatro ou cinco troncos que seguem a veia renal para terminar nos linfonodos aórticos laterais; os
vasos coletores subcapsulares se unem a eles quando deixam o hilo. O plexo perirrenal drena diretamente
para os mesmos linfonodos
9)Descrever a inervação Renal.
Ramos do plexo e gânglios celíacos, gânglios aorticorrenais, nervo esplâncnico torácico inferior, primeiro
nervo esplâncnico lombar e plexo aórtico formam um denso plexo de nervos autonômicos em torno da
artéria renal. Pequenos gânglios ocorrem no plexo renal, o maior geralmente atrás da origem da artéria
renal. O plexo continua no rim em torno dos ramos arteriais e supre os vasos e glomérulos renais, e
especialmente os túbulos corticais. Axônios dos plexos em torno das artérias arqueadas inervam arteríolas
eferentes justamedulares e arteríolas retas, que controlam o fl uxo sanguíneo entre o córtex e a medula sem
afetar a circulação glomerular. Axônios do plexo renal contribuem para os plexos uretérico e gonadal.
10)Descrever a microestrutura interna dos Rins;
Os rins podem ser divididos em córtex e medula. O córtex possui estruturas vasculares denominadas corpúsculos
renais (ou de Malpighi), onde o sangue é filtrado. O fluido formado dessa filtração percorre um
sistema tubular nas regiões cortical e medular, onde sofre modificações e torna-se urina. Os túbulos da medula,
devido ao arranjo e à diferença de comprimento, formam estruturas cônicas chamadas de pirâmides medulares. A
base dessas pirâmides situa-se no limite entre o tecido cortical e medular e seu ápice (papila) é voltado para o
hilo. O rim humano possuide 6 a 18 pirâmides medulares, sendo, portanto, multilobular. Os ductos coletores da
urina abrem-se na extremidade da papila, na qual existe uma área perfurada por 10 a 25 orifícios (área crivosa).
Cada papila projeta-se em um cálice menor, e esses unem-se em dois a quatro cálices maiores, que por sua vez,
desembocam na pelve renal.
O lobo renal é formado por uma pirâmide e pelo tecido cortical que recobre sua base e seus lados. Já o lóbulo
renal é constituído por um raio medular e pelo tecido cortical que fica ao seu redor, delimitado pelas artérias
interlobulares.
● Túbulo urinífero
O túbulo urinífero do rim é formado por duas porções funcionais e embriologicamente distintas, o néfron e o
túbulo coletor. Em número aproximadamente de 600 a 800 mil em cada rim, os néfrons são constituídos por uma
parte dilatada, o corpúsculo renal ou de Malpighi, pelo túbulo contorcido proximal (TCP), pelas partes delgada e
espessa da alça de Henle e pelo túbulo contorcido distal (TCD). O túbulo coletor conecta o TCD aos seguimentos
corticais ou medulares dos ductos coletores. Cada túbulo urinífero é envolvido por uma lâmina basal, que se
continua com o escasso tecido conjuntivo do rim.
● Corpúsculo renal
O corpúsculo renal é constituído por um tufo de capilares, denominado glomérulo, sendo este envolvido por uma
cápsula designada cápsula de Bowman. Essa cápsula contém dois folhetos, um interno (ou visceral), junto aos
capilares glomerulares, e outro externo (ou parietal), que forma os limites do corpúsculo renal. O folheto parietal
da cápsula de Bowman é constituído por
um epitélio simples pavimentoso, que se apoia na lâmina basal e em uma fina camada de fibras reticulares. Já o
folheto visceral é formado por células, modificadas durante o período embrionário, que adquirem características
próprias. Essas células são chamadas de podócitos.
Entre os dois folhetos da cápsula de Bowman há o espaço capsular, que recebe o líquido filtrado por meio da
parede dos capilares e do folheto visceral da cápsula. Ainda é possível perceber, no corpúsculo renal, um polo
vascular pelo qual penetra a arteríola aferente e sai a arteríola eferente, e um polo urinário, no qual tem início o
TCP. A arteríola aferente, ao penetrar o corpúsculo renal, se divide em vários capilares, que formam alças. Os
podócitos são constituídos por um corpo celular, de onde partem diversos prolongamentos primários que dão
origem aos prolongamentos secundários. Essas células apresentam mobilidade, pois contêm actina, além disso,
localizam-se sobre uma membrana basal, na qual são presos por proteínas denominadas integrinas. Seus
prolongamentos envolvem completamente o capilar, e o contato com a membrana basal é feito pelos
prolongamentos secundários. Entre os prolongamentos secundários existem espaços denominados fendas de
filtração, fechados por uma membrana com cerca de 6 nm de espessura
constituída pela proteína nefrina, que se liga de forma transmembrana com os filamentos citoplasmáticos de
actina dos podócitos.
Os capilares glomerulares são do tipo fenestrado, sem diafragmas nos poros das células endoteliais. Existe uma
membrana basal glomerular entre as células endoteliais e os podócitos. Essa membrana é a barreira de filtração
glomerular. Normalmente, há a fusão das membranas basais do endotélio e dos podócitos para a formação dessa
barreira. A barreira de filtração glomerular é constituída por três camadas: a lâmina rara interna, a lâmina densa e
lâmina rara externa. As lâminas raras contêm fibronectina que estabelece ligações com as células. Já a lâmina
densa é constituída por um feltro de colágeno tipo IV e lâmina, em uma matriz que contém proteoglicanos
eletricamente negativos (aniônicos). As moléculas com carga elétrica negativa retêm moléculas carregadas
positivamente e o colágeno tipo IV junto a lâmina constituem uma barreira física para macromoléculas. Assim,
partículas com mais de 10 nm de diâmetro dificilmente atravessam essa membrana basal. O mesmo acontece com
proteínas de massa molecular maior do que a da albumina (69 kDa).
Ainda vale ressaltar que a pressão hidrostática dos capilares glomerulares é muito elevada em relação a outros
capilares, sendo essa pressão da ordem de 45 mmHg. Isso propicia a formação do filtrado glomerular, que tem
concentrações de cloreto, glicose, ureia e fosfato semelhantes à do plasma sanguíneo, no entanto, quase não
existem proteínas, pois as macromoléculas não atravessam a barreira de filtração glomerular.
-Células mesangiais
Além das células endoteliais e dos podócitos (citados acima), os glomérulos contêm células mesangiais
mergulhadas em uma matriz mesangial. Elas se situam, normalmente, nos espaços entre duas ou mais alças
capilares. Também podem ser encontradas na parede dos capilares glomerulares, entre as células endoteliais e a
lâmina basal. A função dessas células é fornecer suporte estrutural aos glomérulos. Também sintetizam a matriz
extracelular, fagocitam e digerem substâncias normais e patológicas retiradas pela barreira de filtração e
produzem moléculas biologicamente ativas, como prostaglandinas e endotelinas.
As células mesangiais também apresentam receptores para angiotensina II, tornando-as contráteis. A ativação
desses receptores reduz o fluxo sanguíneo glomerular. Receptores para o hormônio ou fator natriurético atrial
também se fazem presentes nessas células. Logo, os efeitos desse hormônio, como vasodilatação e relaxamento
das células mesangiais, com aumento do volume de sangue nos capilares e a área disponível para filtração,
também são passíveis de acontecer.
● TCP
A partir do polo urinário do corpúsculo renal, o folheto parietal da cápsula de Bowman continua como TCP
revestido por epitélio cuboide ou colunar baixo. As células do TCP possuem o citoplasma basal fortemente
acidófilo devido à presença de numerosas mitocôndrias alongadas. O citoplasma apical apresenta microvilos, que
formam a orla em escova. Como essas células são largas, em cada corte transversal de túbulo proximal aprecem
apenas três a quatro núcleos esféricos. Os limites entre as células desses túbulos são dificilmente observados ao
microscópio óptico, pois elas têm prolongamentos laterais que se interdigitam com os das células adjacentes.
O citoplasma apical das células dos túbulos proximais contém canalículos que partem da base dos microvilos e
aumentam a capacidade de o TCP absorver macromoléculas. Nos canalículos se formam vesículas de pinocitose,
que introduzem na célula macromoléculas que atravessam a barreira de filtração glomerular, principalmente
proteínas com massa molecular abaixo de 70 kDa.
● Alça de Henle
A alça de Henle é uma estrutura em formato de U que consiste em um seguimento delgado interposto a dois
seguimentos espessos. No córtex, os néfrons possuem alças de seguimento delgado descendente muito curto, sem
seguimento delgado ascendente. Por outro lado, os néfrons justamedulares têm alças de Henle muito longas,
estendendo-se até a profundidade da medula renal. Essas alças têm seguimentos espessos curtos e seguimento
delgado longo, tanto descendente como ascendente. Isso se torna importante para a produção de um gradiente de
hipertonicidade no interstício da medula renal, o que torna a urina hipertônica. Assim, esse mecanismo contribui
para a água seja poupada no corpo, conservando-a conforme as necessidades.
Vale ressaltar que a parte delgada da alça de Henle é formada por epitélio simples pavimentoso e porção espessa
por epitélio simples cúbico.
● TCD
Semelhante à parte espessa do alça de Henle, o TCD é impermeável a água e à ureia e é capaz de realizar
o transporte de íons. É revestido por epitélio simples cúbico. Nos cortes histológicos, é possível distingui-los
dos TCP por apresentarem células menores, portanto possuem maior número de núcleos em cada corte
transversal. Além disso, o TCD não tem orla em escova e tem células menos acidófilas por apresentarem menor
quantidade de mitocôndrias.
Algo que chama a atenção nos TCD é a formação de células de parede modificada, as quais ocorremquando o
TCD se aproxima no corpúsculo renal do mesmo néfron. As modificações são caracterizadas por células
cilíndricas, altas, com núcleos alongados e próximos uns dos outros. Além disso, a maioria dessas células possui
complexo de Golgi na região basal.
Nos cortes corados é possível observar uma estrutura escura denominada mácula densa. A mácula densa é
sensível ao conteúdo iônico e ao volume de água no fluido tubular, produzindo moléculas sinalizadoras que
promovem a liberação da enzima renina na circulação. A renina é liberada pelas células justaglomerulares,
que são células musculares lisas modificadas da túnica média da arteríola aferente (às vezes, também da arteríola
eferente).
● Túbulos e Ductos coletores
A urina passa dos TCD para os túbulos coletores, que desembocam em tubos mais calibrosos denominados
ductos coletores. Esses últimos se dirigem para as papilas renais. Tanto os túbulos como os ductos coletores
seguem um trajeto retilíneo. Os túbulos coletores mais delgados são revestidos por epitélio cúbico. À medida que
se fundem e se aproximam das papilas, suas células se tornam mais altas, até se transformarem em cilíndricas. Ao
mesmo tempo, aumenta o diâmetro do tubo.
Em toda sua extensão, os túbulos coletores são formados por células com citoplasma que se cora fracamente
pela eosina e cujos limites intercelulares são nítidos. Essas células são claras ao microscópio eletrônico e pobre
em organelas. Os ductos coletores da medula participam dos mecanismos de concentração da urina.
● Interstício renal
O interstício renal é o espaço entre os néfrons e os vasos sanguíneos e linfáticos. Ele é muito escasso no córtex,
porém aumenta na medula. O interstício contém pequena quantidade de tecido conjuntivo, com fibroblastos,
algumas fibras colágenas e, principalmente na medula, uma substância muito hidratada e rica em proteoglicanos.
No interstício da medula existem células secretoras denominadas células intersticiais, que contém gotículas
lipídicas no citoplasma e participam da produção de prostaglandinas e prostaciclinas. No córtex, as células
intersticiais produzem 85% da eritropoetina do organismo (o restante é produzido no fígado).
a)Néfron;
Os néfrons são as unidades funcionais dos rins. Cada néfron consiste em duas partes:
● um corpúsculo renal, onde plasma sanguíneo é filtrado, e;
● um túbulo renal, pelo qual passa o líquido filtrado (filtrado glomerular)..
Estreitamente associado a um néfron está a sua irrigação sanguínea, que acabou de ser descrita. Os dois
componentes de um corpúsculo renal são o glomérulo e a cápsula glomerular (cápsula de Bowman), uma
estrutura epitelial de parede dupla que circunda os capilares glomerulares. O plasma sanguíneo é filtrado
na cápsula glomerular, e então o líquido filtrado passa para o túbulo renal, que tem três partes principais.
Em ordem de recebimento do líquido que passa por eles, o túbulo renal consiste em um (1) túbulo
contorcido proximal (TCP), (2) alça de Henle e (3) túbulo contorcido distal (TCD). Proximal denota a
parte do túbulo ligado à cápsula glomerular, e distal indica a parte que está mais longe. Contorcido
significa que o túbulo é espiralado em vez de reto. O corpúsculo renal e os túbulos contorcidos proximais e
distais se localizam no córtex renal; a alça de Henle se estende até a medula renal, faz uma curva fechada,
e então retorna ao córtex renal
b)Corpúsculo Renal;
É uma pequena estrutura arredondada. Possui glomérulo central de vasos e a cápsula glomerular. Existem
milhares em cada rim e seu número diminui com a idade.
● Glomérulo e cápsula de bowman
c)Glomérulo;
Um glomérulo é uma coleção de vasos sanguíneos capilares contorcidos, unidos por uma delicada matriz
mesangial e suprido por uma arteríola que entra na cápsula oposta ao pólo urinário, onde o filtrado entra no
túbulo. Uma arteríola eferente emerge do mesmo ponto, o pólo vascular do corpúsculo. Os glomérulos são
simples na forma até os períodos finais da vida pré-natal; alguns permanecem assim aproximadamente seis
meses após o nascimento, a maioria amadurecendo aos seis anos e todos aos 12 anos.
d)Cápsula de Bowman;
Envolve o glomérulo e é revestido pela parede parietal, formada de epitélio escamoso simples e uma
parede glomerular, justa capilar visceral, composta de podócitos epiteliais especializados. Entre as paredes
da cápsula há um espaço urinário achatado, contínuo com o túbulo contorcido proximal. Os podócitos são
células estreladas e seus processos em forma de pé se curvaa, em torno dos capilares . O pés dos podócitos
se ramificam para formar os processos secundários e esses são origem aos pedicelos terminais. Os
pedicelos se integram firmemente uns aos outros separado por aberuras estreitas que são as fendas de
filtração.
e)Vasos Internos;
Ao penetrar o corpúsculo renal, a arteríola aferente divide-se em vários capilares, que constituem alças. Além disso,
há conexões diretas entre o vaso aferente e o eferente, pelas quais o sangue pode circular, mesmo sem passar pelas
alças do glomérulo. Nos capilares glomerulares circula sangue arterial, cuja pressão hidrostática é regulada
principalmente pela arteríola eferente, que tem maior quantidade de músculo liso do que a aferente.
Das arteríolas aferentes, o sangue passa para uma primeira rede de capilares, uma rede em forma de novelo,
chamada de glomérulo. O sangue que deixa os glomérulos passa para uma arteríola eferente, e, então, para uma
segunda rede de capilares, os capilares peritubulares, que cercam o túbulo renal. Nos néfrons justamedulares, os
longos capilares peritubulares que penetram na medula são chamados de vasos retos. Por fim, os capilares
peritubulares convergem para a formação de vênulas e pequenas veias, enviando o sangue para fora dos rins através
da veia renal.
A função do sistema porta renal é filtrar o fluido sanguíneo para o interior do lúmen do néfron, nos capilares
glomerulares, e, então, reabsorver o fluido do lúmen tubular de volta para o sangue, nos capilares peritubulares. As
forças que regem o movimento de fluido no sistema porta renal são semelhantes àquelas que regem a filtração de
água e moléculas para fora dos capilares sistêmicos em outros tecidos, como descreveremos em seguida.
f)Cálices e Pelves;
A parede da parte proximal do trato urinário é composta de três camadas, uma adventícia de tecido conjuntivo
externa, uma camada intermediária de músculo liso e uma mucosa interna. O revestimento mucoso dos cálices e
pelve é idêntico em estrutura ao do ureter. A adventícia consiste em tecido conjuntivo fibroelástico frouxo que se
funde com o tecido areolar retroperitoneal. Proximalmente, a camada se funde com a cápsula fibrosa do rim que
reveste o seio renal. O músculo liso dos cálices renais e pelve é composto de dois tipos distintos de células
musculares lisas. Um tipo de célula muscular é idêntica à descrita para o ureter e pode ser localizada
proximalmente desde a região pelveuretérica e pelve renal até os cálices menores. O outro tipo de células forma a
camada muscular de cada cálice menor e se continua nos cálices maiores e na pelve, onde estas formam uma
distinta camada interna. Essas células também formam uma delgada lâmina de músculo, que recobre cada cálice
menor e se estende pelo parênquima renal por entre as conexões de cálices renais menores próximos e, desta
maneira, ligam cada cálice renal menor a seus vizinhos. Esta discreta camada interna de músculo liso atípico acaba
na região pelveuretérica de forma que o ureter proximal é desprovido de uma camada interna. As células que atuam
como marca-passo e que iniciam a peristalse da pelve renal e uretérica estão localizadas nos cálices. Estas
permitem peristalsis coordenadas do ureter seis vezes por minuto.

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