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PsicopatologiaPsicopatologia O que é “ser normal?” Se entende como normal o comportamento habitual das pessoas, devendo-se considerar: - Época - Seguimento social - Faixa etária - Sexo - Região ⤷ Por exemplo: o que é normal para uma criança, para um adulto não é, como ter amigos imaginários. O conceito de normalidade implica na definição do que é saúde e doença mental e esta discussão é feita por várias áreas da saúde mental (psiquiatria legal ou forense, psiquiatria cultural, prática clínica, etc.) Critérios de normalidade Não é uma tarefa fácil distinguir o normal do anormal, onde momento, tempo e intensidade, são fatores que corroboram com o tornar claro o delineamento das fronteiras entre normal e o patológico. Psicopatologia: é o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano. Como conhecimento que visa ser cientifico, não inclui critérios de valor, nem aceita dogmas. Karl Jasper (1883-1969) foi um dos principais autores da psicopatologia. ⤷ afirmava que a psicopatologia auxilia a psiquiatria ⤷ o objeto de estudo é o homem (enfermidade), entretanto os limites consistem em que nunca se pode reduzir por completo o ser humano a conceitos psicopatológicos. Forma e Conteúdo Em geral, quando se estudam os sintomas psicopatológicos, dois aspectos básicos costumam ser enfocados: a forma dos sintomas e seu conteúdo. ⤷ Forma: estrutura básica, relativamente semelhante nos diversos pacientes. ⤷ Conteúdo: aquilo que preenche a alteração estrutural. ⤷ Por exemplo: uma pessoa que tem esquizofrenia tem alucinação (FORMA) mas cada um tem alucinações diferentes, podendo ser de perseguição, religioso, conteúdo de culpa, etc. (CONTEÚDO) Alteração da Consciência A consciência pode se alterar por processos fisiológicos e por processos patológicos. - Alterações normais da consciência: sono normal e o sonho - Alterações patológicas da consciência ⤷ Alterações patológicas quantitativas da consciência: rebaixamento do nível de consciência • Obnubilação da consciência ou turvação da consciência: rebaixamento em grau leve a moderado; diminuição do grau de clareza do sensório, com lentidão da compreensão e dificuldade de concentração; o indivíduo não se apresenta claramente sonolento; o indivíduo está perplexo, podendo o pensamento estar ligeiramente confuso. • Sopor: estado de marcante turvação da consciência no qual o individuo só desperta por estimulo enérgico, sobretudo de natureza dolorosa; o individuo apresenta-se sonolento; pode ter reação de defesa, mas é incapaz de qualquer ação espontânea. • Coma: grau mais profundo de rebaixamento de consciência; ausência de qualquer indicio de consciência; não é possível qualquer atividade voluntária consciente. - Alterações qualitativas da consciência • Estados Crepusculares: estreitamento transitório do campo da consciência, com conservação da atividade psicomotora global coordenada, permitindo atos automáticos; surge e desaparece de forma abrupta e te duração variável (horas, semanas); durante o estado crepuscular, ocorrem atos explosivos violentos e episódios de descontrole emocional; podem ocorrer quadros histéricos agudos. • Dissociação da Consciência: observa-se um estado semelhante ao sono, em geral desencadeado por acontecimentos psicológicos significativos (CS ou ICS) que geram grande ansiedade para o indivíduo; o indivíduo “desliga” da realidade para parar de sofrer. • Transe: estado de dissociação da consciência que se assemelha a um sonho acordado, diferenciando-se pela presença de atividade motora automática e estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários; acontece em contextos religiosos-culturais; não confundir transe religioso com transe histérico que é relacionado a conflitos interpessoais e transtornos psicopatológicos. • Estado hipnótico: estado de consciência reduzida e estreitada e de atenção concentrada, que pode ser induzido por outras pessoas; semelhante ao transe; o hipnotismo é uma técnica de concentração da atenção e de alteração induzida do estado de consciência. - Síndromes Psicopatológicas Associadas ao Rebaixamento do Nível de Consciência • Delirium: síndromes confusionais agudas. Quadros de rebaixamento leve a moderado acompanhado de desorientação temporo-espacial, dificuldade em concentrar-se, perplexidade, ansiedade em graus variáveis, agitação ou lentificação psicomotora, ilusões e/ou alucinações (quase sempre visuais), flutuação do quadro ao longo do dia, com piora ao anoitecer. NÃO É DELIRIO (ideia delirante; alteração do juízo da realidade) • Estado Onírico: o individuo entra num estado semelhante a um sonho muito vivido; há uma carga emocional marcante, com angústia, terror ou pavor; geralmente há uma amnésia consecutiva a este período; ocorre em psicoses tóxicas, síndrome de abstinência, e a quadros febris. • Amência: marcada incoerência do pensamento, perplexidade e sintomas alucinatórios oniróides. • Síndrome do Cativeiro: o individuo parece não-responsivo, mas é uma paralisia total dos nervos cranianos baixa e dos membros, com a preservação do nível de consciência e da respiração.