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Intoxicação por Cannabis

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Toxicologia Veterinária 
Intoxicação por maconha, canabinóides sintéticos e canabidiol
em cães e gatos
Profª Iliani Bianchi Brioschi  
           
Alunas: Giseli Cavalcanti
        Luiana Santos
    Vânia Melo 
TOXICOLOGIA VETERINÁRIA
1
Nome científico: cannabis sp. (subsp. Indica, Sativa e Ruderalis e híbridas
 -> cruzamento)
Nome popular: Maconha, cânhamo, ganja, hemp, marijuana, suruma, haxixe ..
Família: Cannabaceae
Distribuição e Habitat: Subespontânea. Oriunda da Ásia. Distribuição Mundial com preferência por climas tropicais e subtropicais. No Brasil é cultivada legalmente em larga escala por associações que fabricam extratos medicinais em São Paulo, Santa Catarina, João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba. E por centenas de famílias espalhadas pelo território brasileiro que adquirem o habeas corpus judicialmente para o plantio e fabricação da medicação em casa.
FOTO: www.dy0jheo4nexsf.cloudfront.net/media/wysiwyg/articles/Eir_Health_Hepm_species_1.png
www.gov.br/inpi/pt-br/servicos/academia/arquivo/arquivos-biblioteca/dissertacao-isadora-picalo-quiuqui.pdf
2
* FITOCANABINÓIDES
CBD – THC – CBN ...
* TERPENOS
Miraceno, limoneno, terpinoleno, eucalipitol...
* FLAVONÓIDES
Silimarina, luteolina, cannflavina A e B ...
Compostos terapeuticamente ativos
www.biovera.com.br/processos-de-extracao-de-canabidiol-da-cannabis-medicinal/
Formas de apresentação 
In Natura
Canabinóides Sintéticos
Mimetizam os canabinóides
Canabidiol 
4
Sistema Endocanabinóide
É o sistema responsável pela homeostase de todo organismo!
Os endocanabinóides se ligam aos receptores (acoplados à proteína G) e realizam várias funções de neurotransmissão, incluindo inibição da adenilato ciclase, inibição dos canais de cálcio dependentes de voltagem, estimulação das proteínas quinases e estimulação dos canais de potássio. 
Existem patologias que causam disfunções nesse sistema, e aí entra o tratamento com os fitofármacos e os fármacos sintéticos com canabinóides isolados.
Receptores
Cb1/cb2
Endocanabinóides
2-ag
Anandamida (AEA)
Enzimas regulatórias
5
CB1 está envolvido na função cognitiva, emoção, movimento, fome e neuroproteção em eventos pós-traumáticos e doenças degenerativas, na percepção da dor, efeitos cardiovasculares, gastrointestinais e respiratórios. 
CB2 está envolvido com modulação da resposta imunológica e presente em maior quantidade nos órgãos periféricos
Princípio Tóxico: THC que é um canabinóide psicoativo primário e principalmente canabinóides sintéticos (THC e CBD).
Sistema afetado: SNC, pois o THC se liga ao receptor CB1 (gânglios da base e cerebelo).
Partes tóxicas da planta: THC -> botões de flores, folhas, caules e raízes. As sementes não contêm níveis notáveis ​​de THC.
Animais sensíveis: Cães possuem maior nº de receptores canabinóides (CB1) no cérebro (comparado com humanos) -> mais sensíveis às propriedades psicoativas do THC. Já os felinos são mais resistentes ao THC (comparando com os cães). 
Via de exposição: Ingestão, inalação de fumaça. 
 
7
Absorção: THC -> rápida por inalação. 
Lenta por ingestão (potencializada se ingerido com alimentos gordurosos).
Metabolização: Fígado (+) e sofre recirculação entero-hepática. Devido ao caráter lipofílico, o THC é rapidamente distribuído nos tecidos e atravessa a barreira hematoencefálica. Isso representa um curto período plasmático, mas com meia-vida biológica longa.
Excreção: 85% nas fezes via excreção biliar; 15% de meia-vida excretada por via renal (urina) 30 horas; 
80% do THC é excretado em 5 dias.
Foto:www.jornalciencia.com/donos-que-fumam-maconha-proximos-de-seus-caes-estao-deixando-os-animais gravemente-intoxicados
Foto:peperson.wordpress.com/tag/cachorro-maconheiro/
8
Sinais Clínicos 
Início em minutos (inalado), dentro de 60 minutos (oral).
Letargia
Depressão do SNC
Ataxia
Vômitos (especialmente se material vegetal foi ingerido)
Incontinência urinária / gotejamento
Aumento da sensibilidade ao movimento ou som
Midríase
Hiperestesia
Ptialismo
Bradicardia.
Foto: Paciente Nalu. Arquivo pessoal
Exposição a canabinóides sintéticos
Efeitos psicotrópicos potentes e maior afinidade para o receptores canabinóides do que a maconha tradicional, resultando em efeitos clínicos mais graves. 
A exposição pode ocorrer por inalação ou ingestão. 
Sinais clínicos: Hiperestesia, miose, hiper-responsividade a estímulos, ataxia, agressão, respiração leve, acidose no cão.
São mais propensos a envolver sinais graves, como tremores e convulsões, em comparação com a maconha, e todos os casos foram considerados graves o suficiente para justificar a avaliação veterinária.
Comparação entre o local de manejo recomendado para cães e gatos expostos a maconha (ou seja, produtos contendo THC), canabinóides sintéticos e produtos contendo apenas CBD.
Diagnóstico 
Diagnóstico específico: Não há teste específico para 
pacientes veterinários!
Espectrometria de massa de cromatografia (LC / MS) -> 
Padrão ouro para a triagem de drogas em humanos e animais. 
Diagnóstico não-específico: RX, urinálise, hematócrito/proteína total para monitorar o estado de hidratação, eletrólitos (sódio se carvão ativado em múltiplas doses for administrado e o potássio se estiver gravemente sintomático), glicose e perfil renal (no caso de ocorrer hipotensão e causar problemas de perfusão).
Diagnóstico diferenciais: álcoois (etanol, metanol, etilenoglicol, dietilenoglicol, propilenoglicol), opiáceos, benzodiazepínicos, relaxantes musculares, tranqüilizantes, brometalina, (rodenticida), lactonas macrocíclicas (ivermectina, milbemicina) e outras drogas ilícitas (LSD, cogumelos alucinógenos), plantas tóxicas.
Tratamento
Tratamento
DESCONTAMINAÇÃO -> eméticos, carvão ativado (1-4 g / kg + sorbitol 1ª dose, 0,5-1 g / kg sem sorbitol a cada 6 a 8 horas), pode ser feita a lavagem estomacal se a quantidade ingerida for muito grande.
SUPORTE -> Fluidoterapia IV (não aumenta excreção de canabinóides), rotação corporal, lubrificação ocular 4 a 6 horas.
TERMORREGULAÇÃO -> hipotermia associa-se à exposição a maconha, hipertermia associa-se à exposição a maconha sintética. 
MONITORAMENTO -> casos leves – em casa – ambiente seguro, limpo, sem estímulos auditivos e visuais.
Casos graves – clínica - sinais vitais e pressão arterial de 1 a 6 horas 
MEDICAMENTOS -> Agitação: butorfanol (0,1–0,4 mg / kg IM ou IV) 1 / acepromazina (0,01–
0,2 mg / kg IV lento, IM ou subcutâneo). 
Tremores: metocarbamol (44-220 mg / kg IV lento )
Convulsões: diazepam (0,5-1,0 mg / kg IV), fenobarbital, propofol, levetiracetam
Bradicardia: atropina
PROGNÓSTICO
Favorável com cuidados de suporte.
A maioria dos animais se recupera da exposição à maconha em 24 a 36 horas. 
Casos severos pode ser afetado por até 72 horas. 
 A mortalidade em animais de estimação por intoxicação por maconha é extremamente rara. 
Dose letal mínima: superior a 3 a 9 g de material vegetal por Kg.
Referências:
Brutlag A, Hommerding H. Toxicology of Marijuana, Synthetic Cannabinoids, and Cannabidiol in Dogs and Cats. Vet Clin North Am Small Anim Pract. 2018 Nov;48(6)1087-1102. 
Rios O., Sousa K., Intoxicação por Cannabis sativa: Desafios relacionados à clínica de animais de companhia, PUBVET v.14, n.9, a651, p.1-9, Set., 2020.
Conclusão
O encaminhamento para intervenção veterinária é baseado em uma avaliação de risco individual completa incluindo, mas não se limitando a, sinalização do paciente, dose, sinais clínicos anteriores, aparentes ou esperados, histórico médico e uso de medicamentos concomitantes.
17
Obrigada! 
Dúvidas?

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