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Júlia Figueirêdo – PERDA DE SANGUE OMISSÃO DE DIAGNÓSTICO E O CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA: O Código de Ética Médica, no capítulo V, que trata da relação médico-paciente, postula que é vetado ao médico “deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal”. Mesmo com essa disposição moral e ética, o baixo grau de compreensão ou o estado emocional do indivíduo e de sua família podem motivar a escolha pela não comunicação. Nesses casos, o profissional acredita estar agindo de acordo com o princípio da não maleficência, porém a privação de informações diagnósticas pode implicar em prejuízos, ao impedir que o paciente vivencie esse momento e possa ressignificar suas implicações. Percebe-se, portanto, que a comunicação profissional adequada tem como finalidade respeitar a autonomia do paciente, considerando-o como um ser que extrapola o atual estado de doença. Esse respeito também deve se estender àqueles que não desejam, por vontade própria, ter ciência de seu diagnóstico, uma vez que essa escolha também está firmada no conceito de livre arbítrio.
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