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Reconhecimento materno - reprodução animal nas fêmeas

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Reprodução animal nas fêmeas 
Reconhecimento materno 
A definição do termo reconhecimento materno da gestação foi originalmente usado por Roger (1969) 
para descrever estratégias observadas em diferentes espécies para prevenir a luteólise e manter a sobrevida 
do corpo lúteo (CL). 
Ou seja, a manutenção do corpo lúteo é baseada no reconhecimento materno da prenhez, no qual 
uma série de eventos depende do desenvolvimento sincronizado do embrião e de um endométrio receptivo. 
Para sinalizar a sua presença no útero, o embrião previne a luteólise enquanto se sobrepõe, e, então, 
adere-se ao endométrio. A eficiência da sinalização depende do grau de contato entre o trofoblasto e o 
endométrio, assegurado pelo alongamento do concepto nos ruminantes e suínos e por migração intrauterina 
nos equinos. 
Em ruminantes, o corpo lúteo produz ocitocina assim como progesterona. A ocitocina estimula o 
endométrio a sintetizar prostaglandina a qual tem sido identificada como a principal causa da luteólise em 
ruminantes (assim como em suínos e equinos). Nos ruminantes, o interferon-tau (IFN-t) é produzido pelo 
trofoectodema, inibindo a formação de receptores de ocitocinas. Portanto, na presença do embrião, a 
ocitocina não pode estimular a síntese de PGF2α e a luteólise é evitada. Além disso, o IFN-t estimula a 
produção de histotrofo das glândulas endometriais. 
Outra estratégia para a manutenção da prenhez é vista na égua. O contato direto célula a célula 
entre o trofoblasto e o endométrio é evitado até o dia 21 pela cápsula e é lentamente estabelecida após isto. 
A cápsula é capaz de tornar o concepto esférico do equino para migração ao longo de toda a superfície do 
endométrio entre 12 e 14 vezes por dia durante os dias 6 a 17 da prenhez a fim de evitar a luteólise. Esta 
migração tem se mostrado essencial para a manutenção da prenhez. 
Em carnívoros, também, um sinal para o reconhecimento materno da prenhez foi identificado. Nos 
caninos os períodos de metaestro e dietro são longos. Em condições normais estas fases do ciclo estral 
podem levar de 20 a 30 dias e, em muitos casos, a cadela não prenhe desenvolve uma síndrome 
denominada pseudoprenhez na qual o corpo lúteo mantém sua produção de progesterona por longos 
períodos. Na maioria dos casos há uma reversão do quadro, mas algumas vezes há uma necessidade de 
tratamento. Devido ao longo período do corpo lúteo, os sinais embrionários para o reconhecimento da 
prenhez podem ser menos importantes ou até desnecessários em cães. Portanto, o aumento dos níveis de 
hormônio pituitário luteotrófico, a prolactina, parece ser responsável pela manutenção do corpo lúteo no final 
da gestação de cadelas.

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