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Memoria POR Anibal Neves Anube 2020 Memória Memória A memória é a capacidade de registrar, manter e evocar as experiências e os fatos já ocorridos. A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recupera informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória biológica), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial). Conceito Memória Para a psicologia: A “memória é qualquer indicação que a aprendizagem persistiu através do tempo”. Ou seja, é como se fosse uma base para o conhecimento de cada indivíduo. Memória Apreensão Capacidade de adicionar novas memórias Retenção Capacidade de armazenar novas memorias Evocação Capacidade de tornar consciente em dado momento o material armazenado Reconhecimento Capacidade de sentir-se familiarizado com determinada experiência já armazenada na memória Quatro estágios de formação de memória Memoria Estruturas cerebrais envolvidas Memoria Memória de trabalho Memória episódica Memória semântica Memória de procedimentos Tipos de memória classificados segundo a estrutura cerebral Memoria Uma combinação de atenção e memoria imediata Permite manter e manipular informações novas Exemplo: ouvir numero telefónica, reter e depois digita-lo Estruturas cerebrais Regiões corticais pré-frontais Memoria de trabalho Áreas de Broca e de Wernicke Áreas frontais direitas Memoria Contar o que foi feito na noite anterior é um típico Refere-se à recordação consciente de fatos reais. Perda de memória obedece à lei de Ribot ( recentes e depois antigos) Memoria de Episódica Estruturas cerebrais Regiões da face medial dos lobos temporais Hipocampo Córtices entorrinal e perirrinal. Memoria Refere-se a memoria de aprendizagem, conservação e utilização de algo. Arquivo geral de conceitos e conhecimentos factuais do indivíduo. É o registro e à retenção de conteúdos em função do significado que têm. Estruturas cerebrais Memoria Semântica Regiões inferiores e laterais dos lobos temporais, sobretudo no hemisfério esquerdo (diferentemente da memória episódica que depende das regiões mediais desses lobos). Memoria É automática, geralmente não-consciente. Não é expressa por palavras Por exemplo: tocar um instrumento musical As áreas cerebrais envolvidas são: Área motora suplementar (lobos frontais) Os gânglios da base O cerebelo Memoria de Procedimento Memoria Classificação Qualitativa Memoria Categorias Temporais de Memoria Memória e organização da tarefas Working memory É, na verdade, a combinação de habilidades de atenção (capacidade de prestar atenção e de concentração) e da memória imediata Por exemplo: Ouvir um número telefônico, retê-lo na mente, para, em seguida, discar. Quando ao se dirigir em uma cidade desconhecida, perguntar sobre um endereço, receber a informação e a sugestão do trajeto e, mentalmente, executar o itinerário de forma progressiva. A memória de trabalho é, de modo geral, explícita e declarativa. Memória e organização da tarefas A memória de trabalho refere-se a um amplo conjunto de habilidades que permite manter e manipular informações novas (acessando-as em face à antigas). Tais informações (verbais ou visuoespaciais) são mantidas ativas, geralmente por curto período (poucos segundos até, no máximo, 1 a 3 minutos), a fim de serem manipuladas, com o objetivo de selecionar um plano de ação e realizar determinada tarefa. O conteúdo mnêmico Memória e organização da tarefas A memória de trabalho também é vista como um gerenciador da memória. Seu papel não é tanto formar arquivos, mas, antes, o de analisar e selecionar as informações que chegam constantemente e compará-las com as existentes nas demais memórias, de curta ou de longa duração. Esse processo requer mecanismos neurais adequados à seleção de informações pertinentes, mantendo-as on-line por breve período, até que a decisão e a resposta adequada sejam tomadas Memória e Esquecimento Memória e Esquecimento Definição de esquecimento O esquecimento é a cessação da memória que se tinha. Trata-se de uma acção involuntária que supõe deixar de conservar na memória alguma informação que tinha sido adquirida Memória e Esquecimento O esquecimento é uma condição necessária à memoria, não sendo considerada doença. O esquecimento permite que as informações inúteis, conflituosas sejam afastadas, impedindo assim, perturbações que dificuldades à adaptação a nossa realidade Memória e Esquecimento Esquecimento Esquecimento normal, fisiológico Esquecimento por repressão Esquecimento por recalque Por desinteresse do indivíduo ou por desuso. Quando se trata de conteúdo desagradável ou pouco importante para o indivíduo, podendo, no entanto, o sujeito, por esforço próprio, voltar a recordar certos conteúdos reprimidos (que ficam estocados no préconsciente Certos conteúdos mnêmicos, devido ao fato de serem emocionalmente insuportáveis, são banidos da consciência, podendo ser recuperados apenas em circunstâncias especiais (ficam estocados no inconsciente). Memória e Esquecimento O esquecimento é devido à: Interferências entre os conteúdos aprendidos A falha na recuperação dos conteúdos mnésicos Esquecimento motivado (esquecimento de recordações desagradáveis) Memória e Esquecimento Interferências entre os conteúdos aprendidos Ocorre quando certos conteúdos mnésicos perturbam e impedem a reactualização da informação que procuramos O esquecimento não significa que a recordação de algo desapareceu, mas sim outro conteúdo mnésico semelhante ao que tentamos recuperar provocou uma confusão entre elementos informativos, tornando-se assim uma barreira na reactualização da informação pretendida Memória e Esquecimento A falha na recuperação dos conteúdos mnésicos Deve-se essencialmente de modo deficiente de como a informação é codificada A informação armazenada na memoria permanece intacta e disponível , contudo, perdida temporariamente em muitos casos. Alguns estudos defendem que não estando o material memorizado perdido, então não se trata de lembrar mas sim reconhecer Memória e Esquecimento Esquecimento motivado Memória e Esquecimento Esquecimento motivado Factores que influenciam o processo de memorização O nível de consciência e estado geral do organismo O indivíduo deve estar desperto, não muito cansado, bem-nutrido, calmo, etc.) Atenção global e capacidade de manutenção de atenção concentrada sobre o conteúdo a ser fixado Capacidade do indivíduo concentrar-se Do ponto de vista psicológico, a memoria depende de: Factores que influenciam o processo de memorização Sensopercepção preservada Interesse e colorido emocional relacionado ao conteúdo mnêmico a ser fixado, assim como do empenho do indivíduo em aprender- vontade e afetividade Conhecimento anterior Elementos já conhecidos ajudam a adquirir elementos novos Capacidade de compreensão do conteúdo a ser fixado Do ponto de vista psicológico, a memoria depende de: Factores que influenciam o processo de memorização Organização temporal das repetições Distribuição harmônica e ritmada no tempo auxilia na fixação de novos elementos Canais sensoperceptivos envolvidos na percepção, Já que, quanto maior o número de canais sensoriais, mais eficaz a fixação (p. ex., o método audiovisual de ensino de línguas). Do ponto de vista psicológico, a memoria depende de: Factores que influenciam o processo de memorização Alterações de Memoria Quantitativas Amnésia anterógrada e retrógrada Qualitativas Memoria Hipermnésias Hipomnésias Amnésias Hipermnésias A hipermnésia traduz mais a aceleração geral do ritmo psíquico que uma alteração propriamente da memória. Alterações Quantitativas Memoria Amnésias É a perda da capacidade de fixar ou a da capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos. Pode ser: Amnésia psicogénica Amnésia orgânica Amnésia psicogénica Há perda de elementos mnêmicos focais, os quais têm valor psicológico específico (simbólico, afetivo). Por exemplo:Esquecer o dia do seu aniversário. E conseguir lembrar outros acontecimentos que ocorreram neste dia. Alterações Quantitativas Memoria Amnésia orgânica Menos selectiva Segue a lei de Ribot. Alterações Quantitativas Dano Amnésia retrógrada Amnésia anterógrada Amnésia anterógrada e retrógrada Amnesia Alterações de Memoria Paramnésias O indivíduo apresenta lembrança deformada que não corresponde à sensopercepção original. Pode ser: Ilusões mnêmicas Alucinações mnêmicas Ilusões mnêmicas Ocorre acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro de memória. Por isso, a lembrança adquire caráter fictício Alterações Qualitativas Alterações de Memoria Alucinações mnêmicas São verdadeiras criações imaginativas Podem surgir de modo repentino. Não corresponde a qualquer acontecimento real. Fabulações (ou confabulações) São invenções, produtos da imaginação do paciente, que preenchem um vazio da memória. Sem intenção de mentir ou enganar o entrevistador. Alterações Qualitativas Memoria Criptomnésias Trata-se de um falseamento da memória, em que as lembranças aparecem como fatos novos ao paciente. Não reconhece as lembranças, como tendo vivenciado mas sim como uma descoberta Alterações Qualitativas Obrigado Referência Paulo Dalgalarrondo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2ª edição. Artmed Editora. Porto Alegre.2008 Diogo T. Correia. Manual de Psicopatologia. 2ª edição.LIDEL. Lisboa.2014 Mike R. Schoenberg;James G. Scott:The Little Black Book of Neuropsychology. A Syndrome-Based Approach. Springer; New York. 2011. Bryan Bold; Ian Q. Whishaw. Fundamentals of Human Neuropsychology. 5th Ed. John Stirling; Rebecca Elliott. Introducing Neuropsychology, 2nd edition. Taylor & Francis e-Library.2008. Eric A. Zillmer; Mary V. Spiers; William C. Culbertson. Principles of Neuropsychology, 2nd Edition. Thomson Wadsworth. Belmont, USA. 2008
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