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AULA 8 - Sistema digestivo de grandes animais - ruminantes 28-09

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28/09/2020
SEMIOLOGIA – 2º SEMESTRE 2020
SISTEMA DIGESTIVO DE GRANDES ANIMAIS: RUMINANTES
-Nos bovinos, a língua faz o papel de apreensão e arranchamento do alimento, portanto, não tem os dentes superiores.
- Fome (precisa de alimentos) X apetite (vontade de alimentos específicos).
· Apetite: 
- Normorexia (apetite normal); 
- Diminuído: Inapetência
- Aparente: apetite seletivo, que alimentos em especifico
- Real: algum distúrbio 
- Aumentado: Polifagia
- Fisiológico: gravidez
- Patológico: falta de algum nutriente
- Depravado: como coisas que não deveriam, não são costumeiros
- Osteofagia: come/roi ossos
- Coprofagia: come fezes
- Infantofagia (suínos): come os filhotes
- Aerofagia (equinos): engole ar
- Geofagia: come terra
· Ingestão de água: 
- Diretamente relacionado com estação do ano, espécie, trabalho, idade (animais idosos perdem o interesse pela agua) e alimentos (alimentos salgados induzem maior ingestão hídrica)
- Normodipsia
- Polidipsia: consome mais agua – estação do ano, idade, tipo de trabalho ou alguma patologia.
- Hipodipsia ou Oligodipsia: consome menos agua – tempo frio ou aumento de parotida, inflação de faringe
- Adipsia: não consome nada de agua – RAIVA.
· Mastigação
Reduzir o tamanho do alimento + Umedecer o bolo alimentar = Deglutição
- Articulação temporomandibular – movimento de inseradeira (circular)
Velocidade da mastigação: varia entre espécie e idade
· Deglutição
Tempo bucal: alimento faz o bolo e é jogado para glote
Tempo faríngeo: quando a faringe abre para passagem de ar e alimento, levando o bolo alimentar para o esôfago
Tempo esofágico: movimento peristáltico do esôfago até o estomago 
- Disfagia: dificuldade para deglutição e não para o tipo de alimento oferecido.
· Desenvolvimento dos pré-estômagos
Proporção ruminorreticular jovem x adulto	
- Em ruminantes recém nascidos, o rumen não está completamente desenvolvido, para que não ocorra a fermentação do leite - goteria esofágica leva o leite diretamente ao reticulo
Pré-ruminante (animal jovem, quando ainda não ruimina, ou seja, não possui o rumen completamente desenvolvido)→ ruminante (completo a partir dos três meses de idade, quando o animal começa a se interessar por alimentos sólidos, é estimulado o desenvolvimento completo do rumen)
Desenvolvimento do rúmen
- Estímulo mecânico: alimentos fibrosos - mastigação
- Estímulo químico: fermentação - rumen (maior desenvolvimento das mucosas e papilas do rumen, para que haja a fermentação)
· Fechamento da goteira reticulo-omasal (esofagica
- Ingestão voluntária e tranquila de alimentos solidos
- Odor e sabor da dieta líquida preservados
- Volume ingerido não deve exceder a capacidade física abomasal (8 litros)
- Inadequado fechamento provoca putrefação do leite (cheiro de leite azedo/podre)
- Sondagem esofágica: aspirar e ver se o leite esta talhado, caso sim, indica que a goteira não foi corretamente fechada)
- Proteção imunológica
- Imunização passiva: ingerir colostro nas primeiras 24 horas.
- Mucosa especializada na absorção de imunoglobulinas
· Estratificação do conteúdo ruminal
- PERCUSSÃO E AUSCULTAÇÃO DO RUMEN: 
- Ruminação inicia-se 30 - 90 min após a alimentação e dura de 10 - 60 segundoss.
- Os animais despendem cerca de 7 horas/dia com a ruminação (movimentos de mastigação). – MESMO ALIMENTO.
· Estabelecimento da microbiota rumenal
Colonização inicia-se logo após o nascimento – lambedura da mãe na boca do filhote
Bactérias anaeróbias facultativas Gram (+) (lactobacilos)
Bactérias anaeróbias Gram (–)
Leveduras
Protozoários
- Dieta alimentar
· Identificação do animal
- Sexo: corte, leite, engorda
- Raça: enole, zebuíno, olandes, entc
- Cor: claro, escurp, etc
- Idade: fechamento de goteira esofágica, diarreia em bezerros, começo da digestão fermentativa, interesse por alimentos sólidos e etc.
- Processos entéricos e abomasais → animais lactentes (que mamam)
- Distúrbios fermentativos e traumáticos → adultos
- Espécie: Distúrbios frequentes em animais leiteiros ou de corte
· Anamnese Geral
- Animal: Duração da doença: super aguda, aguda, subaguda ou crônica
- Ambiente: Criação extensiva ou confinamento – quando alimenta os bezerros na mamadeira pode ocasionar falsa via, oferecer excesso de leite, etc (faz parte do confinamento)
- Alimentação: Fermentação; Mudança no manejo alimentar (quantidade e/ou qualidade); Adaptação; Relação volumoso/concentração (muitos grãos ocasiona distensão de abomaso) e Frequência
- Inspeção: Contorno abdominal (rumen fica do lado esquerdo, qualquer aumento ali pode indicar timpanismo de rumen, já se for aumento do lado direito, indica timpanismo ou deslocação de omaso e abomaso); Postura; fezes grudadas no rabo ou períneo, tipo de fezes (consistência, coloração, presença de sangue, etc)
- Problema primário digestório
- Avaliação cardiovascular: FC, choque circulatório, Perfusão Periférica, Mucosas
- Avaliação respiratória: FR
- Hidratação: maior que 5%? Está ingerindo agua? 	
- Temperatura
· Composição do sistema digestório:
- Boca, Faringe e Esôfago: palpar e auscultar esofago é importante; abrir boca e avaliar e palpar dentes e palato, verificar existência de lesões.
- Rúmen, Retículo e Omaso
- Abomaso
- Intestinos (Delgado e Grosso)
- Glândulas anexas (Fígado e Pâncreas)
· Boca:
- Função: preensão; mastigação; insalivação (formação do bolo alimentar)
- Inspeção externa: Fechamento da boca (articulação temporomandibular); Lesões; Simetria dos lábios ou da rima labial
- Inspeção interna: Língua; Bochechas; Arcadas dentárias (Congestão – mucosa da boca de bovinos é mais escura, chegando a ser meio arrocheada, então é mais difícil verificar se esta congesta –, Corpo estranho, Lesões); Gengivas; Palato
- Observar a resistência dos maxilares
- Língua:
- Avaliar tônus lingual (textura mole, rígida ou firma)
- Avaliar a superfície (presença de tumores, coloração por igual ou não)
- Faringe: 
- Tórus lingual (aquela parte elevada da língua de bovinos, lá no fundo da boca)
- Palpação interna e externa: sensibilidade e corpo estranho
- Esôfago
- Inspeção externa: aumento de volume (megaesôfago); observar fechamento de glote
- Palpação:
- Direta: alteração na forma e contorno
- Indireta: obstrução ou estenose	
- Rúmen: 
- Inspeção direta do flanco esquerdo
- Na parte mais baixa do rúmen tem a parte solida da digestão, na parte mais medial tem parte liquida e a parte mais superior a parte gasosa
- Distensão: dorsal e/ou ventral
- Retração: dorsal
- Contração ruminal
- Presença de cicatriz
· Palpação
- Fossa paralombar esquerda: grau de repleção e tipo de material -> pressão no flanco esquerdo e espera cerca de um minuto para sentir a vibração da ruminação
- Superficial: palma da mão ou pontas dos dedos; avalia intensidade e frequência das contrações
- Profunda: mão fechada; avalia o tipo de conteúdo; resistência e sensibilidade
- Retal: Melhor; Identificação dos órgãos
· Auscultação do Rúmen
- Ritmo
- Normal (++) 
- Bovinos: 7 a 12 mov/5 min
- Ovinos: 7 a 14 mov/5 min
- Caprinos: 6 a 12 mov/5 min
- Hipomotilidade (+- ou +) – baixo – menor número de fezes, muitas vezes ressecadas
- Hipermotilidade (+++) – alto – maior numero de fezes ou até fezes moles, chegando a diarreia	
- Duração
- Contração primária: ciclo de mistura
- Contração secundária: ciclo da eructação
- Natureza
- Alimentos ricos em fibras
- Alimentos energéticos
· Percussão
Realizar a percussão na fossa paralombar esquerda (rúmen) e direita (omaso e abomaso)
- Som timpânico: saco dorsal; presença de gás
- Som submaciço: porções mais ventrais; ingesta pastosa (material fibroso + líquido) - mistura
- Som “ressoar de tambor”: timpanismo – como um tambor
- Som maciço: sobrecarga alimentar
-> Lembrar de associar: PERCUSSÃO + AUSCULTAÇÃO e inspeção
· Provas da presença de resposta dolorosa
- Prova do beliscamento dorsal ou da cernelha -> livro feitosa, mas muitos dizem que não funciona
- Prova do bastão: cartilagem xifóide até prepúcio ou úbere -> parou de ser feito -> BEM ESTAR ANIMAL!
- Prova dos planos inclinados
- Resultado positivo: gemido; inquietação;contração muscular com pausa respiratória
· Abomaso: 
- Em lactentes está à esquerda, em adultos à direita - NORMAL
- Proporcionalmente maior e mais longo em pequenos ruminantes
- Exames avaliam alterações de posicionamento (timpanismo)
- Inspeção: 
- Deslocamento à direita (DAD)
- Deslocamento à esquerda (DAE) – mais difícil de acontecer
· Palpação
Peq. RU em decúbito lateral esquerdo
Bovinos: palpação + auscultação sempre junto; prova do balotamento (sucussão) – raramente é feito → som de líquido + gás
- Indireta: punção com agulha (só se auscultou e viu que tem muito gás, tendo a certeza da presença de timpanismo); ponto equidistante entre cartilagem xifóide e umbigo; Areia: atrito com o metal da agulha –ausculta raspação; Coloração vermelho-ferrugem: hemorragia
- pH: 5 – 7 é o normal
· Percussão
- Dígito-digital: animais jovens
- Indireta: animais adultos
- Som normal: submaciço (líquido + gás), borborigmos
- Deslocamento → som de “ping” (tilintares); percussão + auscultação
	
Fígado: 
- mais importante órgão metabólico – metabolismo de carboidrato, proteínas e gorduras;
- bovinos: entre 10º e 12º EIC
- pequenos ruminantes: entre 8 e 12º EIC
- difícil palpação, por causa das vertebras, portanto, sua alteração é mais perceptível por mudança de coloração de mucosas.
- Avaliação baseada na anamnese, inspeção das mucosas
- Exames complementares: provas de função hepática; biópsia hepática
- Inspeção: Inspeção direta: pouco elucidativa em animais sadios; contorno abdominal evidente
Palpação: 
- Ponta dos dedos por trás do arco costal direito
- Em condições normais não é palpável
- Hepatomegalia: bordo espessado e arredondado
- possível verificar isso apenas em animais magros, cooperativos
- Pressão com dedos nos EIC: ocasiona dor
Percussão
- Realizada nos EIC da área hepática (3 últimas costelas)
- Som normal: som maciço
- Avalia a extensão da área hepática e dor
- Porção proximal dorsal: sobreposição pulmonar; som submaciço
· Alças intestinais
Região posterior do lado direito
- tipo de fezes indica a saúde das alças intestinais
Inspeção
Aumento de volume do flanco direito: timpanismo
Palpação
- Profunda: pode revelar sensibilidade
- Retal (ou digital): mais elucidativa; torção, estreitamento, sensibilidade
- Percussão: 
- Porção dorsal – Porção ventral
- Som timpânico – Som submaciço
- Inversão do som: alteração do posicionamento; repleção das alças
Auscultação:
- Som hidroaéreo: borborigmos; frequencia reduzida, pouca intensidade; duração limitada
- Aumento da frequência e intensidade: enterites
- Diminuição da frequência e intensidade: obstrução; diarreia
 * Examinar região anal
· EXAMES COMPLEMENTARES
Paracentese abdominal
- punção do abdômen 
- Cavidade peritoneal
- Posição: animal em estação (adultos); decúbito lateral esquerdo (bezerros)
- Colheita: próximo ao local suspeito
· Laparotomia exploratória
- Vantagens:
- mais esclarecedor
- realizado com o animal em posição quadrupedal
- custo moderado e fácil execução
- raras complicações pós-operatórias
- Estabelecer antímero (suspeita) – SABER ONDE VAI ABRIR PARA NÃO FAZER CAGADA!
- esquerdo → rúmen, retículo ou omaso
- direito → omaso, abomaso, alças intestinais, fígado
Exploração da cavidade
- Procurar aderências, mas não manipular/desfazer
- Colheita e avaliação de líquido peritoneal 
- Explorar os órgãos
· Ruminotomia exploratória
- Avaliação do conteúdo rumenal; quantidade, composição e grau de trituração
- Inspeção e palpação da parede rumenal 
- Verificação do retículo (corpos estranhos, aderências)
- Avaliação do orifício reticuloomasal (transtorno vagal - SNC)
- Verificação do Omaso e Abomaso pela parede rumenal
- Procedimento terapêutico: líquido rumenal, ATB
· Exame do líquido rumenal:
- ANALISE IMEDIATA!
- Avaliação física: cor, consistência, odor, sedimentação, flutuação
- Avaliação química: pH, redução do azul de metileno, conteúdo de cloretos
- Avaliação microbiológica: protozoários (densidade, atividade e contagem global), bactérias (gram e contagem global)
· Avaliação física: 
- Odor: 
- Aromático: normal
- Ácido: acidose/refluxo abomasal
- Pútrido ou repugnante: decomposição
- Amoniacal: alcalose
- Sem odor: inatividade microbiana; alimento pouco fermentável
- Consistencia: 
- Levemente viscosa: normal
- Muito viscosa: contaminação saliva; timpanismo espumoso
- Pouco viscosa ou ‘aquosa’: inatividade microbiana; jejum prolongado
 -Tempo de sedimento e flutuação
 - 4 – 8 min (normal)
 -rápida sedimentação com flutuação retardada ou ausente (acidose / jejum)
- rápida flutuação com formação de espuma (putrefação / timpanismo espumoso)
- muitas vezes conteúdo permanece misturado por tempo prolongado
· Avaliação química
- pH: Influenciado por ingestão de alimento/saliva (pH 5,5 - 7)
- pH 7 – 7,5 → pastagem
- pH 5,5 – 6,5 → concentrado
 - pH alcalino → jejum de +24hs, alcalose, putrefação rumenal
 - pH ácido → acidose, refluxo abomasal
- pH neutro (6,2 – 7): inatividade microbiana. timpanismo
Potencial redox (prova de redução do azul de metileno - PRAM)
- avalia metabolismo fermentativo anaeróbio da população bacteriana
- feito com 1mL de azul de metileno a 0,03% em 20mL de fluido rumenal
- 3 – 6 min (normal)
 -Máximo de 15 min de avaliação
-Conteúdo de cloretos
- filtrar amostra em 5 camadas de gaze
 - Pipetar de 5-10mL e centrifugar por 15min a 3000rpm
- utilizar kit comercial e fazer leitura
- maior que 30mEq/L (normal)
- menos que 30mEq/L → desordem primária no abomaso ou intestino delgado, acometimento rumenal secundário
· Avaliação microbiológica
- Protozoários
- 1 gota em lâmina coberta por lamínula → análise imediata!
- percentual de infusórios vivos (P, M, G)
- densidade (+++ até –)
- motilidade (+++ até –)
- Bactérias:
- esfregaço do fluido rumenal corado pelo método de Gram
- Exame de fezes
- Provas de função hepática
- Hemograma

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