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Avaliação psicológica: aspectos teóricos e práticos capítulos 1 ao 7

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RESUMO DOS CAPÍTULOS 1 AO 7
Avaliação psicológica: aspectos teóricos e práticos
O primeiro capítulo trata da confusão entre avaliação psicológica e testagem
psicológica, que se dá desde o início da utilização do conceito de avaliação
psicológica, pois ela era entendida apenas como aplicação de testes psicológicos,
quando na verdade os testes são agregados a avaliação psicológica para se obter
informações sobre o psiquismo do indivíduo.
Com o intuito de diminuir a confusão foi criada a cartilha de avaliação psicológica em
2013 pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), nela estão escritos os conceitos
de avaliação psicológica e testagem psicológica, o primeiro consiste em um
processo que envolve a integração provenientes de diversas fontes e técnicas,
dentre elas estão os testes, entrevistas, observações e análises de documentos ou
seja, se refere ao modo de conhecer fenômenos e processos psicológicos através
de procedimentos de diagnóstico e prognósticos. E o segundo é uma etapa
específica da avaliação psicológica e sua principal fonte de informação diz respeito
as informações obtidas pela aplicação dos testes psicológicos de diferentes tipos.
Os testes e avaliação psicológica tiveram suas raízes na França nas primeiras
décadas do século XX. O primeiro teste (Escala Binet-Simon de Inteligência) foi
desenvolvido para identificar crianças com “retardo mental” e assim orientar a
inserção dessas crianças em classes apropriadas das escolas de Paris. Durante a
primeira e segunda Guerra Mundial também foram utilizadas as testagens
psicológicas para selecionar os recrutas, com o tempo isso foi mudando e os testes
eram aplicados também com outros objetivos como: personalidade, desempenho no
trabalho, funcionamento mental, entre outros.
De acordo com o CFP a avaliação psicológica é um processo técnico-científico de
coleta de dados, estudo e interpretação de informações a respeito dos fenômenos
psicológicos que são resultados da relação do indivíduo com a sociedade. A
avaliação psicológica é uma prática exclusiva do profissional de Psicologia. Para sua
realização, o psicólogo deve usar determinadas estratégias, entre elas estão:
método, técnicas e instrumentos apropriados.
O processo de avaliação psicológica deve servir como instrumento para atuar sobre
os indivíduos ou grupos, modificando as possíveis visões cristalizadas que venham
a prejudicar esses indivíduos ou grupos.
Segundo a cartilha de avaliação psicológica cabe ao psicólogo planejar e realizar o
processo avaliativo com base em aspectos técnicos e teóricos. Também cabe ao
psicólogo analisar de forma crítica os resultados obtidos, com o objetivo de
identificar se estes oferecem elementos seguros e suficientes para tomada de
decisões.
O CFP enumera 27 competências que os estudantes de Psicologia devem
desenvolver durante a sua formação. Essas são: histórico do paciente, questões
éticas, legislação envolvida, questões técnicas do processo de avaliação, ter
conhecimento dos testes e saber administrá-los. E é de suma importância que a
avaliação seja contextualizada, considerando os determinantes biopsicossociais de
cada indivíduo.
Sobre a elaboração de documentos provenientes das avaliações psicológicas, no
manual destaca que os psicólogos devem basear-se somente nas técnicas
psicológicas que consistem na coleta de dados, estudos e interpretações a respeito
do avaliado. No documento deve conter somente informações que são necessárias,
assegurando o sigilo; alguns dos documentos são: declaração, atestado psicológico,
laudo psicológico e parecer psicológico.
Quanto aos aspectos éticos, o psicólogo deve possuir o domínio e se manter
atualizado quanto ao uso dos instrumentos utilizados nas avaliações, buscar estar
sempre atualizado e utilizar somente os instrumentos listados no SATEPSI.
Os testes podem diferir em relação a vários aspectos: a forma, o grau, o formato. Os
testes são utilizados como ferramentas em diversas situações e a eficácia deles está
relacionada a quantidade de informações disponíveis sobre como interpreta-los,
resultante de pesquisa científica acumulada. Atualmente, pode-se encontrar a
utilização de testes psicológicos em diversos contextos, como: escolas, empresas,
trânsito, etc.
Para que um teste esteja em condições de uso ele precisa atender aos requisitos
técnicos e científicos, éticos e dos direitos humanos. Na resolução CFP n. 002/2003
foram descritos cinco propósitos mais comuns para o uso dos testes: descrição;
classificação diagnóstica; predição; planejamento de intervenções e
acompanhamento.
O segundo capítulo trata essencialmente do papel da observação e entrevista, que
são técnicas fundamentais para o processo de avaliação psicológica e distintas do
teste psicológico. A partir da observação, o pesquisador pode perceber aspectos
comportamentais que podem estar ligados a eventos externos. A observação
envolve quatro dimensões: testagem de teoria, experimental, estruturada/não
estruturada, o observador participante ou não participante; e não possui como
característica gerar resultados concretos, porém é de suma importância, podendo
contribuir com o processo de resultados concisos. Já na entrevista, o entrevistador
consegue saber o que aflige o entrevistado através de perguntas, ou seja, é a
maneira mais direta do avaliador saber o que o sujeito necessita. A entrevista na
avaliação psicológica conta com dois aspectos importantes: a estruturação (roteiro)
e a condução da entrevista. Além disso, a entrevista tem como objetivo chegar a um
diagnóstico.
O terceiro capítulo aborda os aspectos históricos da testagem psicológica, tanto no
contexto internacional, como no nacional. Com o surgimento da ciência psicológica,
em meados do séc. XIX, foram estabelecidas bases psicométricas para efetuar as
avaliações psicológicas, apresentando menos interferências do avaliador no
resultado. Cabe ressaltar que nem todos os testes utilizavam números, porém os
que utilizam eram mais valorizados por aproximarem-se mais das ciências exatas e
naturais.
No que diz respeito ao surgimento da testagem no mundo, são destacadas por
Pasquali(2001-2011) as contribuições de Galton, e principalmente os trabalhos de
Binet, quem desenvolveu o primeiro teste psicológico, criado para avaliar aptidões
humanas visando a área acadêmica e mais tarde sendo usado como referência para
obter o Quociente de inteligência (QI). Apesar da notória importância de Binet, foi
Spearman quem estabeleceu as bases da Psicometria através da análise fatorial,
apresentando evidências empíricas que apoiaram a teoria do fator geral da
inteligência. Em seguida, foi iniciada a Era dos Testes de Inteligência, bastante
utilizados para recrutamento de soldados na Primeira Guerra Mundial. A década de
1930, ficou conhecida como Década da Análise Fatorial; entre 1940 e 1980 foi o
período conhecido como Era da Sistematização e a partir de 1980 é chamada Era
da Psicometria Moderna, baseada no modelo de TRI (Teoria de Resposta ao Item).
Já no que diz respeito ao surgimento da testagem no Brasi é dividido em períodos,
sendo o primeiro destacado pela produção médico-científica acadêmica, o segundo
pelo estabelecimento e difusão da psicologia no ensino das universidades, o terceiro
pela criação dos cursos de graduação em Psicologia, o quarto pela implantação de
pós-graduação e por fim, o último período pela criação de laboratórios de pesquisa
em avaliação psicológica. Um fator primordial é a criação do SATEPS, em 2001,
resultando na elaboração de critérios de avaliação da qualidade dos testes
psicológicos.

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