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turmafevereiro-Geografia-Crise de 29 e o Keynesianismo-18-02-2021 -64645cda76fe0f8a94a0d41c66b6443f

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1 
Geografia 
 
Crise de 29 e o Keynesianismo 
Objetivos 
• Entender o contexto, o significado e as consequências da crise do liberalismo; 
• Perceber a modificação da postura estatal ante os novos desafios econômicos; 
• Perceber o papel do contexto produtivo que cercava a crise. 
Se liga 
É valido assistir a aula anterior, “Fordismo e a produção em massa” , que contém conceitos que serão 
utilizados nessa aula. 
Curiosidade 
A crise de 29 é considerada a pior crise econômica da história da humanidade. Na época, os EUA eram 
responsáveis por quase 50% da produção mundial. 
Teoria 
 
A Crise de 29, ou Grande Depressão, foi um momento de crise financeira das principais potências, que 
acarretou uma crise mundial em 1929. É uma crise do liberalismo. Com o otimismo pós-guerra (Primeira 
Guerra Mundial), observou-se o aumento da produção possibilitado pelo Fordismo. Todavia, esse otimismo e 
crescimento não se manifestaram no consumo, em parte, porque não houve aumento do poder de compra 
dos trabalhadores. Assim, produzia-se mais do que se consumia. Genericamente, essas foram as condições 
para a crise de superprodução de 1929. Cuidado!! Não é uma crise do Fordismo (modelo produtivo), e sim do 
modelo econômico, liberalismo. 
 
O liberalismo 
O liberalismo defendia a economia de livre mercado, ou seja, uma economia que se “autorregula”. Ele tinha 
também como características o individualismo e a defesa da propriedade privada. Foi na decadência do 
mercantilismo e com o firmamento do capitalismo que surgiu a teoria do liberalismo econômico. Essa teoria 
se baseava na não-intervenção de qualquer agente externo à economia (Estado, leis, políticas, reis), pois, de 
acordo com ela, o mercado consegue se autorregular sem a intervenção do Estado. É a ideia da “mão 
invisível” que regula a economia a partir dos demais princípios básicos como a livre concorrência, que 
causaria uma espécie de seleção das melhores lojas e empresas, e da lei da oferta e da procura, na qual os 
preços se autorregulam no mercado a partir da relação entre disponibilidade dos produtos e demanda. 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Geografia 
 
A crise de 29 
O consumismo era uma importante bandeira pregada nesse contexto, no qual a capacidade de expandir o 
mercado consumidor estava limitada. Com estoques cheios, os bancos concediam créditos, empréstimos 
para que a população pudesse acessar a modernidade que estava sendo produzida. Outra característica de 
uma democracia liberal é a redução de direitos trabalhistas, uma vez que é o Estado o responsável por 
assegurá-los. Ou seja, havia cosumo sem que houvesse de fato poder de compra por parte dos trabalhadores. 
A crise de 29, portanto, foi uma crise de superprodução e de concessão de créditos, que levou a quebra dos 
bancos e da Bolsa de Valores de Nova York, assim como fechamento de fábricas, desemprego e 
consequente redução do consumo. 
 
 
Os dizeres: "O melhor padrão de vida do mundo. Não há jeito melhor que o jeito americano" 
Em frente ao cartaz, desempregados na fila de alimentos durante a Grande Depressão. 
 
O Keynesianismo 
O Keynesianismo, assim como o liberalismo, é uma doutrina econômica que foi instaurada para reaquecer a 
economia no contexto de crise liberal. O cientista econômico John Maynard Keynes já vinha apontando para 
a possibilidade de uma crise econômica, devido a não interferência do Estado na economia. Ele defendia que 
o Estado deveria ser atuante (forte) na economia, para ajudar o capitalismo nos momentos de crise, naturais 
desse sistema. O Estado seria, portanto, responsável por prover não somente os direitos básicos da 
população, como acesso a serviços de saúde e educação, mas também por realizar grandes obras em setores 
estratégicos, como transporte, energia e infraestrutura, além de controlar as empresas e a atuação financeira, 
ampliando o setor estatal. O aumento da atuação pública garantiria uma boa qualidade de vida e 
reaquecimento do consumo. É o que ficou conhecido como Estado de bem estar social, ou Welfare State. 
Após a crise do liberalismo, Keynes, que já apontava para seu esgotamento, passou a ser um grande 
referencial na economia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Geografia 
 
O New Deal e a recuperação econômica 
Franklin Delano Roosevelt, inspirado nas ideias de Keynes, lançou o New Deal (Novo Acordo), em 1933, para 
recuperar a economia americana a partir do aumento do consumo. Lembre-se: a crise de 1929 tinha sido 
resultado da superprodução e estagnação do consumo. Roosevelt fundamentou-se nas ideias de Keynes para 
recuperar a economia. Fizeram parte das medidas desse Novo Acordo: 
• Pleno emprego e estabilidade; 
• Aumento dos salários; 
• Menos horas de trabalho; 
• Aumento dos direitos trabalhistas e previdenciários; 
• Obras públicas em setores estratégicos; 
• Controle da produção; 
• Fiscalização bancária e de outras instituições financeiras; 
• Subsídios à pequenas empresas. 
 
Todas essas ações buscavam o crescimento do número de empregos, da renda e do consumo, recuperando 
a economia americana. Esse Estado forte na economia ficou conhecido como Estado Keynesiano ou Estado 
do Bem-Estar Social. Nos Estados Unidos, foi responsável por consolidar o American Way of Life (estilo de 
vida americano). Na Europa, está associado a diversos ganhos sociais pela população desse continente. 
 
 
 
 
 
 
4 
Geografia 
 
 
Exercícios de fixação 
 
1. Apesar da crise de 29 não ter sido a crise do fordismo, mas a crise do modelo liberal, pode-se dizer que 
o modelo produtivo citado também correspondeu em parte do problema econômico que ocorreu há 
época. No entanto, foi a partir do rompimento com o liberalismo que o modelo Keynesiano permitiu 
que o fordismo chegasse ao seu auge, os anos dourados dos anos 50. 
 
Dito isso, assinale a alternativa que indica um aspecto do fordismo que contribuiu para a crise de 29. 
a) Produção fragmentada e mão de obra alienada 
b) Produção em série e acumulação de estoques 
c) Obsolescência programada e contratação qualificada 
d) Maquinização da produção e desemprego estrutural 
 
 
2. A quebra da bolsa de valores expôs uma fragilidade do modelo liberal, que guiava o mercado, as 
revoluções industriais e os meios de produção. Milhares de investidores tentavam vender suas ações, 
e ninguém pensava em comprar naquele momento. 
 
Escreva qual conceito liberal ficou exposto como fragilidade no texto e o explique. 
 
 
3. Enquanto o ____________ é um modelo econômico no qual o estado possui forte intervenção na 
economia, o ________ foram as medidas adotadas para consolidar esse modelo no contexto da crise de 
29, onde o estado subsidiou empresas, garantiu a continuidade da circulação econômica por meio da 
manutenção de postos de trabalho e outras medidas sociais. 
 
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna 
a) Liberalismo e Livre Mercado 
b) Neoliberalismo e Consenso de Washigton 
c) Keynesianismo e New Deal 
 
 
4. Liberalismo, Keynesianismo e Neoliberalismo são modelos 
a) Econômicos 
b) Produtivos 
c) Políticos 
d) Sociais 
 
5. Elabore uma frase que associa corretamente a ideia do 1) estilo de vida americano, o 2) consumismo, 
o 3) fordismo e a 4) crise de 29. Aponte em seguida as consequências da crise de 29 no Brasil. 
 
 
 
 
5 
Geografia 
 
Exercícios de vestibulares 
 
 
1. “Para Keynes (...) para criar demanda, as pessoas deveriam obter meios para gastar. Uma conclusão 
daí decorrente é que os salários de desemprego não deveriam ser considerados simplesmente como 
débito do orçamento, um meio por intermédio do qual a demanda poderia aumentar e estimular a oferta. 
Além do mais, uma demanda reduzida significava que não haveria investimento suficiente para produzir 
a quantidade de mercadorias necessárias para assegurar o pleno emprego. Os governos deveriam, 
portanto, encorajar mais investimentos, baixando as taxas de juros (...),bem como criar um extenso 
programa de obras públicas, que proporcionaria emprego e geraria uma demanda maior de produtos 
industriais.” 
O texto refere-se a uma teoria cujos princípios estiveram presentes 
a) no “New Deal”, planejamento econômico baseado na intervenção do Estado, elaborado devido à 
crise de 1929. 
b) na obra MEIN KAMPF, que desenvolveu os fundamentos do nazismo: ideia da existência da raça 
ariana. 
c) no Plano Marshall, cujo objetivo era recuperar a economia europeia através de maciços 
investimentos. 
d) na criação da Comunidade Econômica Europeia, organização que visa o livre comércio entre os 
países. 
e) no livro O CAPITAL, onde se encontram os princípios básicos que fundamentam o socialismo 
marxista. 
 
 
2. A grave crise econômico-financeira que atingiu o mundo capitalista, na década de 30, tem suas origens 
nos Estados Unidos. A primeira medida governamental que procurou, internamente, solucionar essa 
crise foi o “New Deal”, adotado por Roosevelt, em 1933. Uma das medidas principais desse programa 
foi o(a): 
a) encerramento dos investimentos governamentais em obras de infraestrutura. 
b) fim do planejamento e da intervenção do Estado na economia. 
c) imediata suspensão da emissão monetária. 
d) política de estímulo à criação de novos empregos. 
e) redução dos incentivos à produção agrícola. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Geografia 
 
3. TEXTO I 
A Europa entrou em estado de exceção, personificado por obscuras forças econômicas sem rosto ou 
localização física conhecida que não prestam contas a ninguém e se espalham pelo globo por meio de 
milhões de transações diárias no ciberespaço. 
ROSSI, C. Nem fim do mundo nem mundo novo. Folha de São Paulo, 11 dez. 2011 (adaptado). 
 
TEXTO II 
Estamos imersos numa crise financeira como nunca tínhamos visto desde a Grande Depressão iniciada 
em 1929 nos Estados Unidos. 
Entrevista de George Soros. Disponível em: www.nybooks.com. Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado). 
 
A comparação entre os significados da atual crise econômica e do crash de 1929 oculta a principal 
diferença entre essas duas crises, pois: 
a) o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento dos EUA na I Guerra Mundial e a atual crise é o 
resultado dos gastos militares desse país nas guerras do Afeganistão e Iraque. 
b) a crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de superprodução industrial nos EUA e a atual crise 
resultou da especulação financeira e da expansão desmedida do crédito bancário. 
c) a crise de 1929 foi o resultado da concorrência dos países europeus reconstruídos após a I Guerra 
e a atual crise se associa à emergência dos BRICS como novos concorrentes econômicos. 
d) o crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de proteções ao setor produtivo estadunidense e a 
atual crise tem origem na internacionalização das empresas e no avanço da política de livre 
mercado. 
e) a crise de 1929 decorreu da política intervencionista norte-americana sobre o sistema de comércio 
mundial e a atual crise resultou do excesso de regulação do governo desse país sobre o sistema 
monetário. 
 
 
4. Ante a grande depressão de 1929, o economista John M. Keynes defendia o déficit público como uma 
forma de enfrentar a recessão. Nos Estados Unidos, o Presidente Franklin Roosevelt, a partir de 1930, 
financiou obras públicas a fim de diminuir o desemprego. A partir desse período, as mudanças na 
política econômica propiciaram: 
a) a oposição do governo norte-americano ao desenvolvimento do intervencionismo na economia. 
b) a intervenção do Estado na economia, como estratégia de ampliação do mercado de trabalho. 
c) a consolidação dos grupos econômicos que impediam a intervenção estatal. 
d) o fechamento do comércio europeu ao capital norte-americano. 
e) a livre aplicação do capital pela iniciativa privada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
Geografia 
 
 
 
5. “Cenas de agonia se passavam, nas salas de clientes dos vários corretores. Ali, os que poucos dias 
antes haviam-se regalado em ilusões de riqueza, viam todas as suas esperanças esmagadas num 
colapso tão devastador, tão além de seus mais desenfreados temores, que tudo parecia irreal. 
Buscando salvar um pouco da ruína, mandavam vender suas ações "no mercado", quando descobriam 
que não apenas haviam perdido tudo, mas ainda estavam em débito com o corretor. 
E então, reviravolta irônica: a sacudida seguinte do louco mercado elevava os preços para onde eles 
poderiam haver vendido e conseguido um substancial equilíbrio de caixa restante. Toda jogada era 
errada naqueles dias. O mercado parecia uma coisa insensata, se vingava louca e impiedosamente dos 
que julgavam dominá-lo." 
24/out/1929 - BELL, Elliot V. New York Times. In LEWIS, John - O Grande Livro do Jornalismo. Rio de Janeiro: José Olympio, 
2008, p 107. 
 
O texto acima relata uma crise que 
a) provocou transformações estruturais na economia europeia que, com déficit de produção, buscou 
matéria-prima em outros continentes, dando início ao moderno imperialismo. 
b) provocou uma reestruturação das instituições financeiras americanas com o objetivo de evitar a 
ampliação da crise e a consequente contaminação da economia mundial. 
c) não afetou a economia latino-americana, tradicionalmente agrária, tendo em vista que a crise foi 
motivada fundamentalmente pela superprodução industrial. 
d) demonstrou a fragilidade do capitalismo liberal e conduziu à adoção de medidas saneadoras que 
ampliaram a participação do Estado na economia. 
e) levou a Europa a adotar medidas livre-cambistas, como estratégia para conter o avanço da crise 
financeira em seu território. 
 
 
6. No fim da década de 20, após anos de prosperidade, uma grave crise econômica, conhecida como a 
Grande Depressão, começou nos EUA e atingiu todos os países capitalistas. J. K. Galbraith, economista 
norte-americano, afirma que “à medida que o tempo passava tornava-se evidente que aquela 
prosperidade não duraria. Dentro dela estavam contidas as sementes de sua própria destruição.” 
Dias de boom e de desastre in J.M. Roberts (org), História do Século XX. 
 
São características da Crise de 1929: 
a) o aumento da produção automobilística, a expansão do mercado de trabalho e a falta de 
investimentos em tecnologia. 
b) a destruição dos grandes estoques de mercadorias, o aumento dos preços agrícolas e o aumento 
dos salários. 
c) a cultura de massa com a venda de milhões de discos, as dívidas de guerra dos EUA e o aumento 
do número de empregos. 
d) a superprodução, a especulação desenfreada nas bolsas de valores e a queda da renda dos 
trabalhadores. 
e) o aumento do mercado externo, o mito do American way of life e a intervenção do Estado na 
economia. 
 
 
 
 
 
8 
Geografia 
 
 
7. O New Deal visa restabelecer o equilíbrio entre o custo de produção e o preço, entre a cidade e o campo, 
entre os preços agrícolas e os preços industriais, reativar o mercado interno – o único que é importante 
–, pelo controle de preços e da produção, pela revalorização dos salários e do poder aquisitivo das 
massas, isto é, dos lavradores e operários, e pela regulamentação das condições de emprego. 
CROUZET,M. Os Estados perante a crise. In: História geral das civilizações. São Paulo: Difel, 1966(adaptado). 
 
Tendo como referência os condicionantes históricos do entre guerras, as medidas governamentais 
descritas objetivavam 
a) flexibilizar as regras do mercado financeiro. 
b) fortalecer o sistema de tributação regressiva. 
c) introduzir os dispositivos de contenção creditícia. 
d) racionalizar os custos da automação industrial mediante negociação sindical. 
e) recompor os mecanismos de acumulação econômica por meio da intervenção estatal. 
 
 
 
8. O colapso deflagrado no mundo pela crise financeira dos anos 20 teve como principal ato o craque da 
Bolsa de Valores de Nova York, em outubro de 1929. Como consequência dessa crise, podemos 
destacar: 
a) os preços e salários subiram,aumentando a oferta de empregos na área industrial europeia. 
b) a Europa recuperou sua prosperidade com altos investimentos dos fundos particulares norte-
americanos. 
c) o Brasil manteve-se fora da crise com contínuos aumentos das exportações do café. 
d) o mundo todo foi afetado drasticamente, quando a Inglaterra abandonou o padrão-ouro, 
permitindo a desvalorização da libra. 
e) nos primeiros anos da década de 30, a indústria alemã duplicou a sua produção, acarretando o 
crescimento do comércio mundial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Geografia 
 
9. 
 
A história em quadrinhos apresenta uma característica fundamental do modo de produção capitalista 
na atualidade e uma política estatal em curso em muitos países desenvolvidos. 
Essa característica e essa política estão indicadas em: 
a) liberdade de comércio – ações afirmativas para grupos sociais menos favorecidos 
b) sociedade de classe – sistemas de garantias trabalhistas para a mão de obra sindicalizada 
c) economia de mercado – programas de apoio aos setores econômicos pouco competitivos 
d) trabalho assalariado – campanhas de estímulo à responsabilidade social do empresariado 
e) livre circulação de mercadorias – projetos que visam diminuir as barreiras fiscais entre os Estados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
Geografia 
 
10. “A depressão econômica gerada pela Crise de 1929 teve no presidente americano Franklin Roosevelt 
(1933 - 1945) um de seus vencedores. New Deal foi o nome dado à série de projetos federais 
implantados nos Estados Unidos para recuperar o país, a partir da intensificação da prática da 
intervenção e do planejamento estatal da economia. Juntamente com outros programas de ajuda 
social, o New Deal ajudou a minimizar os efeitos da depressão a partir de 1933. Esses projetos federais 
geraram milhões de empregos para os necessitados, embora parte da força de trabalho norte-
americana continuasse desempregada em 1940. A entrada do país na Segunda Guerra Mundial, no 
entanto, provocou a queda das taxas de desemprego, e fez crescer radicalmente a produção industrial. 
No final da guerra, o desemprego tinha sido drasticamente reduzido”. 
EDSFORD, R. America’s response to the Great Depression. Blackwell Publishers, 2000 (tradução adaptada). 
 
A partir do texto, conclui-se que: 
a) o fundamento da política de recuperação do país foi a ingerência do Estado, em ampla escala, na 
economia. 
b) a crise de 1929 foi solucionada por Roosevelt, que criou medidas econômicas para diminuir a 
produção e o consumo. 
c) os programas de ajuda social implantados na administração de Roosevelt foram ineficazes no 
combate à crise econômica. 
d) o desenvolvimento da indústria bélica incentivou o intervencionismo de Roosevelt e gerou uma 
corrida armamentista. 
e) a intervenção de Roosevelt coincidiu com o início da Segunda Guerra Mundial e foi bem sucedida, 
apoiando- se em suas necessidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 
Geografia 
 
Gabaritos 
 
Exercícios de fixação 
 
1. B 
A produção em série fordista acumulava estoques, que eram estimulados pelas propagandas e ideologia 
consumista para serem vendidos. Acontece que isso gerou um desbalanço na oferta de crédito dos bancos 
que buscavam estimular esse consumismo. A maquinização da produção e desemprego estrutural são 
características da terceira e quarta revolução industrial. 
 
2. Lei da oferta e da procura - um dos princípios que guia o livre mercado. Quando há muita oferta de um 
determinado produto e pouca procura, o preço tende a baixar para atrair essa procura e circular a oferta 
extra. Quando há muita procura e pouca oferta, o preço pode subir, pois há garantia de venda pela alta 
procura. 
No caso exposto da quebra da bolsa de valores, todos queriam vender, logo havia muita oferta, e nenhuma 
procura, o que baixou o preço das ações e investimentos. Cabe ressaltar que a população no geral já 
percebia as contradições dessas leis, como a da livre concorrência e da oferta e da procura, que geravam 
vulnerabilidades sociais. Mas no contexto exposto, o impacto foi no setor macroeconômico, o que afetou 
a economia em escala. 
 
3. C 
O contexto da crise de 29 foi a virada do modelo liberal para modelos onde o Estado se torna um agente 
central na economia, a nível hegemônico nos países do mundo. 
 
4. A 
Liberalismo, Keynesianismo e neoliberalismo são modelos econômicos. Conceitualmente, divergem 
quanto o papel do Estado e das empresas no setor econômico. É comum confudir com modelos políticos 
e associar, por exemplo, o Keynesianismo com modelos socialistas. O socialismo, assim como o 
capitalismo, é um modelo político. É possível existir um modelo de Estado interventor na economia numa 
ditadura militar, como foi o caso brasileiro. 
 
5. O estilo de vida americano era propagado pela mídia com valores consumistas, onde, para ser feliz, era 
preciso ter e consumir as modernidades produzidas pelo Fordismo na época. Acontece que esse 
consumismo foi estimulado pelos bancos a partir da concessão de créditos, o que gerou um desbalanço 
econômico que culminou na crise de 29, ou crise do liberalismo. No Brasil, a exportação de café sofreu 
grande impacto, nosso principal produto que sustentava nossas estruturas produtivas. Desse modo, o 
governo passou a comprar o próprio café, para não falir as fazendas, e a investir na industrialização interna, 
a fim de diminuir a dependência. Foi a política de Vargas que ficou conhecida como substituição de 
importações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
Geografia 
 
Exercícios de vestibulares 
 
1. A 
O New Deal, adotado por Roosevelt, em 1933, foi um programa econômico de governo que empregava as 
ideias de John M. Keynes, com o objetivo de recuperar a economia norte-americana após a crise de 1929. 
 
2. D 
Entre as principais medidas propostas pelo New Deal para a resolução dos impactos da crise de 1929, 
podem-se citar o aumento dos salários, a estabilidade no emprego, a redução das jornadas de trabalho e, 
consequentemente, a geração de novos empregos. 
 
3. B 
A diferença entre as duas crises refere-se às suas causas. A crise de 29 está relacionada a uma 
superprodução industrial e à falta de mercado no período em que o modelo fordista-taylorista estava em 
destaque. Já a crise de 2008 está relacionada a uma grande oferta de crédito bancário, em que foi 
desconsiderado o pagamento deste. 
 
4. B 
O New Deal marca o início de um Estado interventor, com o objetivo de recuperar a economia norte-
americana a partir do consumo. Para isso, o Estado buscou fazer grandes investimentos, garantindo o 
pleno emprego. 
 
5. D 
A crise da bolsa de Nova Iorque, em 1929, foi caracterizada por um considerável aumento de produção, 
não acompanhado pelo respectivo consumo. As empresas vendiam ações no mercado financeiro com 
valor alavancado, escorado na produção, mas a economia não dava contrapartida no consumo, e as taxas 
de juros praticadas eram altas, atraindo investidores do mundo todo, resultando em um surto especulativo. 
Com o estouro da bolha especulativa, ocorreram inúmeras falências e elevadas taxas de desemprego. 
Ficou evidente a fragilidade do capitalismo liberal, que facilitou a adoção de medidas saneadoras que 
ampliaram a participação do Estado na economia, através do New Deal, política implementada no primeiro 
governo de Franklin D. Roosevelt. 
 
6. D 
A crise de superprodução, a especulação financeira e a diminuição da renda dos trabalhadores, devido às 
demissões, estão entre as principais características dessa crise. 
 
7. E 
O New Deal (Novo Acordo) foi a política implementada por Franklin Delano Roosevelt,presidente dos 
Estados Unidos, para solucionar a crise econômica que assolou o país após a quebra da bolsa de Nova 
Iorque. Essa política representou um rompimento com o modelo liberal vigente. Baseando-se no 
Keynesianismo, o New Deal visava a solucionar a crise por meio da intervenção econômica do Estado. 
 
8. D 
Devido à forte junção entre capital financeiro e industrial, a crise de 1929 afetou todo o mundo. A Inglaterra 
foi um dos poucos países que garantiram uma paridade da sua moeda a um determinado peso em ouro. 
Com o fim dessa paridade (padrão-ouro) e a desvalorização da libra, as referências monetárias se 
tornaram artificiais. 
 
 
 
 
 
13 
Geografia 
 
9. C 
Na tirinha, Calvin tenta vender seu produto dentro da lógica capitalista e obter maior lucro, mas isso se 
mostra impossível, pois não há procura que dê o retorno desejado. A Lei da Oferta e da Procura possui 
limitações que podem obrigar os países a contrair dívidas externas e o Estado a conceder incentivos 
fiscais. No final da tirinha, ele pede para ser subsidiado. Subsídio significa uma concessão de dinheiro que 
o governo oferece para determinadas atividades, a fim de manter o preço do seu produto acessível para 
estimular as vendas, as exportações. 
 
10. A 
A questão evidencia a importância do Estado para a recuperação da economia, retomando importante 
conceito do intervencionismo keynesiano. Ressalta-se que ingerência é um substantivo feminino, cujo 
significado corresponde ao ato ou efeito de ingerir(-se); introdução, intromissão. Nesse sentido, 
ingerência do Estado significa intromissão, intervenção e, por isso, Keynesianismo. A alternativa E está 
errada, pois a intervenção de Roosevelt NÃO coincidiu com o início da Segunda Guerra Mundial.

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