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AULA 4 - CUIDADO INTEGRAL AOS PACIENTES NAS DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS (meningite)

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Cuidado integral aos 
pacientes nas doenças 
infecto-parasitarias 
AULA 4 – MENINGITE 
Epidemiologia: 
No Brasil, a doença meningocócica é endêmica, com 
ocorrência de surtos esporádicos, maior prevalência 
em menores de 5 anos. O meningococo é a 
principal causa de meningite bacteriana no país. 
Acomete indivíduos de todas as faixas etárias, porém 
aproximadamente 30% dos casos notificados 
ocorrem em crianças menores de 5 anos de idade. 
Os maiores coeficientes de incidência da doença são 
observados em lactentes, no primeiro ano de vida. A 
letalidade da doença no Brasil situa-se em torno de 
20% nos últimos anos. Na fora mais grave, a 
meningococcemia, a letalidade chega a quase 50% 
 
Meningite 
A meningite é um processo inflamatório das 
meninges, membranas que envolvem o encéfalo e 
medula espinhal. 
A infecção é geralmente, causada por infecção do 
líquido que circula entre as meninges, cérebro e 
medula espinhal. 
 
 
Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, 
como bactérias, vírus, parasitas e fungos, ou 
também por processos não infecciosos. 
As meningites bacterianas e virais são as mais 
importantes do ponto de vista da saúde pública, 
devido sua magnitude, capacidade de ocasionar 
surtos, e no caso da meningite bacteriana, a 
gravidade dos casos. 
 
 
 
 
 
Neisseria meningitidis 
• Sorotipo C é o mais prevalente no Brasil 
o < 12 meses: B 60,5%, C 21,1% 
o 12 – 13 meses: B100% 
o 24 – 59 meses: B 25%, C 58% 
• Meningococcemia sem meningite é a forma com 
maior letalidade 
• Aumento da sensibilidade reduza à penicilina 
(30-80%) 
• Período de incubação curto (1 a 3 dias) 
 
Streptococcus pneumoniae 
• 25 a 60% de taxas de colonização em crianças 
• Letalidade de 30%, evolução abrupta 
• Incubação de 1 a 3 dias 
 
Haemophilus influenzae 
• Sorotipo B é o mais envolvido em doenças 
invasivas (Hib) 
o Responsável por 45% dos casos pré-
vacinação 
o Responsável por 7% dos casos pós-
vacinação 
• Pico de incidência entre 6 e 18 meses 
• Evolução insidiosa 
MENINGITE VIRAL 
Dentre os vírus, os principais do gênero 
ENTEROVÍRUS. Neste grupo estão incluídos os 
poliovírus, vírus echo, vírus coxsackie A e outros 
enterovírus. 
 
Principais agentes etiológicos 
 
1. Reservatórios -> homem 
2. Transmissibilidade -> varia de acordo com o 
agente etiológico 
 
 
 
Neisseria 
Meningitidis 
(doença 
meningocócica-
meningococo) 
 
 
 
 
 
 
 
Assintomático podem transmitir 
 
nas infecções por enterovírus predomina a via 
fecal-oral podendo ocorrer também por via 
respiratória. 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
ADULTO 
• Febre 
• Cefaleia 
• Vômitos 
• Convulsões (20 a 30%) 
• Rash e choque 
• Rigidez de nuca, Brudzinsk e Kerning 
• Ataxia 
• Alteração do campo visual 
• Fotofobia 
• Irritabilidade 
• Letargia 
 
LACTENTES 
• Febre ou hipotermia 
• Irritabilidade, choro intenso 
• Convulsões (30%) 
• Depressão dos reflexos 
• Vômitos, diarreia 
• Apneia 
• Abaulamento de fontanela 
• Inapetência 
• Letargia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPLICAÇÕES 
As convulsões estão presentes em 20% das crianças 
com meningite meningocócica. E a 
meningococcemia (infecção generalizada), o coma 
pode sobrevir em algumas horas. Associa-se a 
elevadas taxas de letalidade. 
 
Complicações das meningites bacterianas 
• Perda da audição 
• Distúrbio e linguagem 
• Retardo mental 
• Anormalidade motora 
• Distúrbios visuais 
 
Em geral, nos casos de enterovírus não há 
complicações, a não ser que o indivíduo seja 
portador de alguma imunodeficiência. 
 
Mais comum na meningococcemia 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
• Em diagnóstico clínico e laboratorial 
 
Doença meningocócica – bacteriana: 
Cultura PUNÇÃO LOMBAR – principalmente líquido 
cefalorraquidiano (LCR), sangue e raspado de lesões 
petequeais → considerada padrão ouro para 
diagnóstico da doença meningocócica, por ter alto 
grau de especificidade. 
 
Meningite viral 
• Sorologia (pesquisa de anticorpos IgG e IgM) – 
soro. 
• PCR – líquor e fezes 
 
 
 
CASOS SUSPEITO 
Crianças acima de 1 ano de idade e adultos com 
febre, cefaleia, vômitos, rigidez de nuca e outros 
sinais de irritação meníngea (Kerning e Brudzinski), 
convulsões e/ou manchas vermelhas no corpo 
 
Nos casos de meningococcemia, atentar para 
eritema/exantema, além de sinais e sintomas 
inespecíficos (sugestivos de septicemia), como 
hipotensão, diarreia, dor abdominal, dor em 
membros inferiores, mialgia, rebaixamento do 
sensório, entre outros. 
 
Em crianças abaixo de 1 ano de idade é importante 
considerar, para a suspeita diagnóstica, sinais de 
irritabilidade, como choro persistente, e verificar a 
existência de abaulamento de fontanela. 
 
Notificação: doença de notificação compulsória, 
sendo os surtos e os aglomerados de casos ou 
óbitos de notificações imediatas (24 horas) 
 
TRATAMENTO 
Doença meningocócica: a antibioticoterapia deve 
ser instituída o mais precocemente possível, de 
preferência, logo após a punção lombar e a coleta 
de sangue para hemocultura 
• Nunca retardar o TTO por causa da gravidade da 
doença. 
 
 
 
O tratamento antiviral específico não tem sido 
amplamente utilizado. Em geral, utiliza- se o 
tratamento de suporte, com avaliação criteriosa e 
acompanhamento clínico. 
 
PREVENÇÃO 
A quimioprofilaxia para doença meningocócica está 
indicada para os contatos próximos de casos 
suspeitos de doença meningocócica. 
O antibiótico de escolha para a quimioprofilaxia é a 
rifampicina, que deve ser administrada em dose 
adequada e simultaneamente a todos os contatos 
próximos, preferencialmente nas primeiras 24h até 
48 horas da exposição à fonte de infecção (doente). 
 
Vacina Meningocócica C 
• A imunização primária consiste de duas doses, 
aos 3 e 5 meses 
• Via intramuscular 0,5ml 
• O reforço, preferencialmente, aos 12 meses de 
idade, podendo ser administrado até os 4 anos 
de idade 
• A vacina meningocócica C também está indicada 
para adolescentes de 11 a 12 anos 
o PRIVADA meningo ACWY e B 
 
Outras vacinas utilizadas para prevenir 
meningites bacterianas 
• BCG (bacilo Calmette-Guerin) previne a 
meningite tuberculosa 
• Pneumocócica 10 valente previne a 
meningite pneumocócica 
• Pentavalente previne a meningite 
ocasionada pelo Haemophilus influenzae 
 
 
 
CASO CLÍNICO 
Uma criança do sexo feminino, 6 anos de idade, 
internada na Unidade de pediatria foi diagnosticada 
com doença meningocócica, apresentando febre, 
náuseas, rigidez de nuca, com esporádicas crises 
convulsivas. Apresenta momentos de irritabilidade 
e diurese reduzida: 
 
Qual a prescrição dos cuidados de enfermagem? 
Começar a antibioticoterapia prescrita pelo médico 
o mais rápido possível, os sinais vitais devem ser 
monitorados continuamente juntamente com o 
estado neurológico do paciente. Monitorar a função 
respiratória, sempre ficar atento se caso o paciente 
apresente cianose ou algum tipo de alteração 
respiratória, manter a ingestão de líquidos, sempre 
ficar atento para não ocorrer uma sobrecarga hídrica 
já que a nossa paciente esta apresentando uma 
diurese reduzida, manter o quarto com uma 
iluminação reduzida para ajudar na fotofobia para 
ajudar nos sintomas da cefaleia, e ficar de olho no 
estado geral do paciente já que ele pode evoluir 
rapidamente para uma septicemia.

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