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enem-prova2-18-8-2019

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SIMULADO ABERTO
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, dispostas
da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às questões
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo com as
instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência,
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve os 30 minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas
no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
6. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
7. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES e o
CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar
seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos que antecedem o término
das provas.
1.o DIA
RESOLUÇÕES 
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
A leitura engrandece a alma.
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 11/07/2019 11:59 Página 1
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Obs.: Confira a resolução das questões de sua versão. 
18/8/2019
VERSÃO
����
VERSÃO
������	
VERSÃO
����	
VERSÃO
�	
�
1 C C C C
2 C C C C
3 B B B B
4 E E E E
5 A A A A
6 E A D D
7 D A A E
8 C A E D
9 C A E E
10 B A D D
11 A B E A
12 B A C A
13 A A D C
14 A A B B
15 C B D E
16 D D B D
17 C B E D
18 A A E E
19 A B A E
20 D E D C
21 E C D D
22 A C D B
23 A C B E
24 A D A A
25 B C D D
26 A B E D
27 D C A B
28 D A A A
29 D A A D
30 E D D E
31 D D E B
32 A D C D
33 E D A D
34 B E A E
35 E D D A
36 B D C C
37 D E A A
38 C D A B
39 D D A C
40 D E B C
41 E E C A
42 E D B A
43 E E C A
44 A E E A
45 D E D A
VERSÃO
����
VERSÃO
������	
VERSÃO
����	
VERSÃO
�	
�
46 C A E D
47 C D E E
48 B A D D
49 D D C D
50 B E C A
51 A A B A
52 C A C B
53 A B B A
54 D A A C
55 A C A C
56 A B B C
57 B C B E
58 A B C E
59 D A B C
60 D B E C
61 C B C B
62 D B D A
63 E D D A
64 D B C C
65 E A C B
66 C A A D
67 C C D D
68 A B E A
69 D C C D
70 E C C E
71 C C D C
72 C C E C
73 D D E C
74 D C D C
75 E C D E
76 C C C C
77 C C D B
78 B C B B
79 B D A B
80 B E A C
81 B D A D
82 A D A B
83 A D D D
84 B D B A
85 C D A D
86 C E C B
87 C E B A
88 D E D D
89 E E C C
90 E C C E
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 01/07/2019 17:26 Página 2
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 3
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
Scientists find gene that erases memories
Researchers from the Massachusetts Institute of
Technology have found the gene that could help
people forget traumatic experiences. They say the
research could benefit people with painful memories.
Soldiers, crime victims and people who survived
natural disasters are some of the people this research
could help. Many of these people suffer from very bad
stress because of their memories. It is an illness called
post-traumatic stress disorder (PTSD). The scientists
found the memory gene in mice. They hope that one
day they can erase painful memories in humans. They
think they can replace upsetting memories with more
positive thoughts and feelings. This would help
millions of people who suffer from PTSD. 
Disponível em: https://breakingnewsenglish.com/1309/130925-
post-traumatic-stress-disorder.html. Acesso em: 10 jun. 2019.
Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology
descobriram um gene que 
� pode causar experiências traumáticas em pessoas
que possuam memórias dolorosas.
� pode fazer soldados, vítimas de crimes e de
desastres naturais sobreviverem a experiências
traumáticas sem lesões físicas.
� um dia, eles esperam, pos si bilitará que me mó rias
ruins sejam apagadas.
� diferencia os ratos dos humanos, uma vez que estes
não têm memórias que precisem ser apa gadas.
� pode causar uma doença pós-traumática conhe -
cida como PTSD.
Resolução
Encontra-se a alternativa correta no seguinte trecho
do texto:
“They hope that one day they can erase painful
memories in humans.” 
*to erase = apagar
*painful = dolorosas
Resposta: C
Japan – earthquake, tsunami and 
nuclear crisis (2011)
In many ways, Japan is still reeling from the
devastating earthquake and tsunami of March 2011 and
the nuclear crisis and huge leaks of radiation it set off.
The earthquake and tsunami led to soul searching
in a nation already worn down by two lost decades of
economic growth, a rapidly aging and now shrinking
population, political paralysis and the rapid rise of its
longtime rival, China.
The government will now focus on removing the
fuel stored at the site, opening up the ravaged reactors
themselves and eventually dismantling the plant, a
process that is expected to take at least four decades,
Mr. Noda said.
But for many of the people of Fukushima, the
crisis is far from over. More than 160,000 people
remain displaced, and even as the government lifts
evacuation orders for some communities, many are
refusing to return home.
Disponível em: http//topics.nytimes.com. Acesso em: 24 fev. 2012.
(adaptado).
O excerto do artigo publicado no site do jornal The
New York Times, acerca da situação em que o Japão
se encontrava em 2011, expõe o tema: 
� Mudanças governamentais devido ao vazamento
radioativo. 
� Devastação total do país após o terremoto e o
tsunami. 
� Crise nacional decorrente da oscilação sísmica. 
� Eventual evacuação de comunidades após crise
nuclear. 
� Desativação de usina nuclear rumo ao fim da crise. 
Resolução
Lê-se no texto:
“In many ways, Japan is still reeling from the
devastating earthquake and tsunami of March 2011
and the nuclear crisis and huge leaks of radiation it
set off.”
*to reel = cambalear, vacilar
*leaks = vazamentos
*to set off = detonar, desencadear
Resposta: C
QUESTÃO 01
QUESTÃO 02
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:46 Página 3
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 4
Leia a tirinha de Charlie Brown e sua turma para
responder à questão.
Disponível em: www.gocomics.com.
A reação dos personagens no último quadrinho indica
que eles
� discordam da opinião de Charlie Brown.
� não são jogadores talentosos.
� não gostam de jogar beisebol.
� estão cansados da vida.
� acham beisebol entediante.
Resolução
No terceiro quadrinho, Charlie Brown afirma que a
maneira com que uma pessoa atua no campo pode
ser a mesma maneira com que ela age no jogo da
vida. No último quadrinho, os personagens falam
“Não diga isso!”
Resposta: B
Are you not a fan of noisy chewers? Is living with
loud eaters your own personal version of hell? Your
annoyance could be affecting you beyond your
enjoyment at dinner table. A new study on how
learning is affected by misophonia – the scientific term
for extreme sensitivity to noises like chewing,
slurping, and eating – suggests that people who are
particularly sensitive to certain noises could have a
harder time with information retention when
subjected to those noises. (...)
“Some people are especially sensitive to relatively
subtle specific background sounds like chewing,”
study author Logan Fiorella told TIME, “and this
sensitivity can be distracting enough to impair
learning.” (...) 
Theeffects of misophonia can go beyond
impaired learning or just a mild level of annoyance. A
study on misophonia published last year found that
those who have more extreme sensitivity may
experience more extreme distress when subject to
“trigger noises.” Anxiety, anger, even panic attacks
can be triggered when a person with extreme
misophonia hears distracting noises like chewing or
loud breathing.
Disponível em: https://www.bustle.com/p/misophonia-may-affect-
peoples-ability-to-learn-new-information-according-to-a-study-
8225736. Acesso em: 10 jun. 2019.
De acordo com o texto, as pessoas com algum nível
de misofonia
� não podem mascar chiclete enquanto estudam.
� relaxam ao som de música instrumental.
� são incapazes de reter qualquer tipo de infor -
mação.
� devem usar constantemente fones de ouvido.
� têm dificuldade em reter informações quando
sujeitas a sons a sua volta.
Resolução
Lemos a informação no seguinte trecho do texto:
“A new study on how learning is affected by
misophonia – the scientific term for extreme
sensitivity to noises like chewing, slurping, and eating
– suggests that people who are particularly sensitive
to certain noises could have a harder time with
information retention when subjected to those
noises.”
*sensitivity = sensibilidade
*to chew = mastigar
*to slurp = sorver ruidosamente
Resposta: E
QUESTÃO 04
QUESTÃO 03
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:46 Página 4
What makes us help others? 
What makes us selfish?
Kitty (Catherine) Genovese was a 28-year-old New
York City woman stabbed to death near her home in
the Kew Gardens section of Queens, New York, in
1964. It took her about a half-hour to die, as she
crawled on the streets shouting for help. 
At the time, newspapers reported that over three
dozen people saw or heard her crying for help after
she was stabbed, but they did nothing. Instead of
calling the police, they closed their windows. They did
not want to get involved. No one called until the final
assault, each of them perhaps thinking that someone
else would do it. Eventually, someone did call, but it
was too late. 
Later reports cast doubt on the complete accuracy
of the original New York Times story about the
incident. That story was based on the initial police
report. The number of witnesses who heard the
screams may have been closer to a dozen, and the
number who actually saw something may be a
half-dozen. Still, a half-dozen did not respond, and the
incident became a symbol of the alienation of the big city. 
Sadly, news reports are filled with stories about
ordinary humans acting inhumanely as apathetic
bystanders. Search for “people ignore man dying on
street” in Google, and you will get thousands of results. 
Disponível em: www.newsweek.com. Acesso em: 10 jun. 2019.
Qual é o objetivo do texto?
� Estimular a reflexão sobre o crescimento do
egoísmo nas sociedades atuais.
� Relatar um crime que ocorreu em Nova Iorque.
� Citar bons exemplos de pessoas que ajudam o
próximo.
� Relatar um estudo desenvolvido por alunos da
faculdade de Psicologia.
� Identificar as causas do aumento da violência em
Nova Iorque.
Resolução
No texto: 
“Sadly, news reports are filled with stories about
ordinary humans acting inhumanely as apathetic
bystanders.”
*inhumanely = desumanamente
*apathetic bystanders = espectadores apáticos
Resposta: A
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS 
TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
España tiene más de 44 millones de habitantes y
su especial situación geográfica, como puente entre
África y Europa, ha producido uno de sus rasgos más
importantes, el mestizaje: España es un crisol de
gente y culturas con una riqueza única.
Es uno de los países más antiguamente poblados
de Europa y posee restos prehistóricos de gran valor
(Atapuerca, en Burgos). Sus primeros habitantes
conocidos fueron los íberos y por ello los pueblos
mediterráneos que los visitaron (fenicios, griegos y
cartagineses) la llamaron Iberia. […]
El mestizaje de la población es ya un hecho que
se completa con la llegada de Colón a tierras
americanas en 1492, lo que pone en contacto a la
población española con la indígena americana.
BALEA, Amalia; RAMOS, Pilar.
Viva la Cultura: Cultura Española. Madri: EnClave– ELE/SEJER, 2006. 
De acordo com o texto, podemos inferir que
� o termo íberos surgiu depois da chegada de
Colombo ao continente americano em 1492.
� a mestiçagem do povo espanhol é fruto da mescla
entre espanhóis e os povos conquistados na
América Latina.
� a mestiçagem do povo espanhol se deve a vários
processos: históricos, geográficos, econômicos etc. 
� a mestiçagem ocorreu em todos os países euro peus,
porém apenas na Espanha foi visto como riqueza. 
� os espanhóis desconhecem sua história, por isso
não aceitam os processos migratórios da atua lidade.
Resolução
A mestiçagem espanhola se deve a vários processos:
históricos (é um país com registros de povoamentos
muito antigos), geográficos (a proximidade com o
norte da África e com outros países europeus) e
econômicos (a busca por novas terras e mercados por
meio das grandes navegações).
Resposta: C
QUESTÃO 05
QUESTÃO 01
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 5
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:46 Página 5
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 6
La emigración juvenil en España y el desempleo
El desempleo en el mercado laboral es la situación
en la cual la población que, estando en la edad,
condiciones y disposición de trabajar, carece de
puesto de trabajo. Pero el desempleo conlleva más
cosas, entre otras cosas muchos costos, la aflicción
humana, la pérdida de la dignidad, la pérdida de la
producción y ahorros.
Una situación de desempleo trae consigo grandes
problemas sociales que pueden verse reflejados tanto
en la interacción con la sociedad como con la misma
persona, sobre todo si estamos hablando de un
desempleo de larga duración. A medida que pasa el
tiempo en el que la persona se encuentra más tiempo
desempleada se va creando un sentimiento de
indefensión aprendida en el que el desempleado se
ve en situación desesperada a la que no ve solución
por mucho que lo intente por lo que esto será un
aliciente para que deje de buscar cómo cambiar la
situación en la que se encuentra. Todo esto es un
grave golpe para la autoestima y un factor para
fomentar el conformismo desde la juventud a aceptar
empleos por debajo de la formación académica
recibida. En cuanto a la sociedad existe un rechazo
social para aquellas personas que se encuentran en
una situación de desempleo y precariedad. […]
Disponível em:
https://elpsicologoyprecariedadlaboraljuvenil.wordpress.com/
2015/05/04/la-emigracion-juvenil-en-espana-y-el-desempleo/.
Acesso em: 29 maio 2019 (adaptado).
Marque a alternativa que menciona uma possível
consequência do desemprego que não está contem -
plada no texto:
� problemas sociais.
� rejeição social.
� trabalho informal ou ilícito. 
� descrença na possibilidade de voltar a trabalhar.
� perda da dignidade e das economias. 
Resolução
O texto não comenta nada sobre atividades ilícitas. 
Resposta: C
Disponível em: http://www.chistes21.com/chiste/27548_diferentes-
opiniones. Acesso em: 29 maio 2019.
O autor do quadro acima utiliza as respostas dos
alunos para
� criticar as diferenças culturais e o pluralismo
econômico.
� destacar os diferentes problemas e realidades
existentes no mundo.
� destacar o cinismo internacional e a negação dos
problemas do mundo.
� criticar a divisão do mundo entre ricos e pobres.
� destacar o empenho das nações em resolver os
problemas do mundo.
Resolução
Podemos entender que as personagens representam
diferentes realidades (de acordo com cada nacio -
nalidade) e que os problemas enfrentados por uns
são praticamente desconhecidos por outros.
Resposta: B
QUESTÃO 02 QUESTÃO 03
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 14:42 Página 6
Los humanos somos tan elementales como
cobayas. Siria lleva largo tiempo chapoteando en un
lago de sangre, pero sus muchos muertos nos la
refanfinflan.Las pobres víctimas de Boston, en
cambio, nos han impactado, y hemos seguido la feroz
caza del sospechoso con vengativo interés. Es injusto,
desde luego, pero es lógico, porque pertenecemos a
la misma tribu que los bostonianos y sus bombas
pueden ser mañana nuestras bombas. En cualquier
caso, ni las piernas mutiladas en la maratón ni la
persecución implacable del checheno animan a
pensar en la bondad humana. Son sucesos que
fomentan el desconsuelo y reafirman el cuento de que
el hombre es un lobo para el hombre. Así que tal vez
sea el momento de decir que, en efecto, somos como
lobos, y menos mal, porque son animales que cuidan
amorosamente de sus crías, de sus viejos, de sus
enfermos. […]
Disponível em:
https://elpais.com/elpais/2013/04/22/opinion/1366625480_994747.html.
Acesso em: 29 maio 2019 (adaptado).
No texto, a autora comenta o comportamento da so -
cie dade (ocidental) em relação às desgraças que atin -
gem a humanidade. Com base na leitura do
frag mento acima, o termo refanfinflan (do verbo
refanfinflar) sig nifica
� ser solidário.
� ser cruel. 
� ser verdadeiro.
� ser preconceituoso.
� ser indiferente.
Resolução
O termo destacado significa ser indiferente a algo ou
alguém. No texto, a autora utiliza a expressão “per -
tencemos à mesma tribo” quando destaca o caso do
atentado terrorista ocorrido na Maratona de Boston.
Resposta: E
Me gritaron negra
Tenía siete años apenas,
apenas siete años,
¡Que siete años!
¡No llegaba a cinco siquiera!
De pronto unas voces en la calle
me gritaron ¡Negra!
¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra!
“¿Soy acaso negra?” – me dije ¡SÍ!
“¿Qué cosa es ser negra?” ¡Negra!
Y yo no sabía la triste verdad que aquello
escondía. ¡Negra!
Y me sentí negra, ¡Negra! 
Como ellos decían ¡Negra! 
Y retrocedí ¡Negra!
Como ellos querían ¡Negra!
Y odié mis cabellos y mis labios gruesos
y miré apenada mi carne tostada
Y retrocedí ¡Negra!
Y retrocedí… […]
Y pasaba el tiempo,
y siempre amargada
Seguía llevando a mi espalda
mi pesada carga
¡Y cómo pesaba! …
Me alacié el cabello,
me polveé la cara,
y entre mis cabellos siempre resonaba
la misma palabra
¡Negra! ¡Negra! ¡Negra! ¡Negra […]
SANTA CRUZ, Victoria. Disponível em:
https://www.geledes.org.br/me-gritaron-negra-a-poeta-victoria-
santa-cruz/. Acesso em: 29 maio 2019 (adaptado).
QUESTÃO 04 QUESTÃO 05
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 7
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:46 Página 7
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 8
A poetisa, coreógrafa e compositora peruana Victoria Santa Cruz é uma importante defensora da cultura
afro-latina, com especial ênfase na valorização da rica cultura afro-peruana. 
O poema busca destacar 
� a construção da autoimagem do negro distorcida pelo preconceito.
� que o negro não se importa com a opinião de terceiros sobre sua cor.
� que o racismo vem do próprio negro, e não da sociedade.
� que o racismo só se concretiza por meio de palavras como negra ou negro. 
� o preconceito em relação à aparência física da pessoa.
Resolução
O poema destaca que a menina só começa a pensar em sua cor a partir dos comentários que ouve, isto é, as
opiniões alheias fazem a menina identificar sua cor como algo negativo.
Resposta: A
Questões de 06 a 45
QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Nas tirinhas, a quebra da expectativa é muito importante para a construção do humor, visto que esse tipo de
composição é planejado para um leitor que busca divertir-se com histórias leves e de fácil assimilação. No
entanto, essa tirinha assume também um papel crítico ao
� fazer uso do discurso indireto para aproximar pai e filha da realidade em que estão inseridos. 
� lançar mão da ambiguidade para levar o leitor a refletir sobre a necessidade de a mensagem ser objetiva para
não haver falhas no entendimento.
� provocar no leitor uma reflexão incômoda sobre a sua função na sociedade, ilustrada pelo pai, que se
envergonha diante da pequenez de sua indignação.
� satirizar pessoas que dão mais importância às trivialidades cotidianas do que às questões sociais, pelo juízo
de valor em “tão importante” expresso na fala da filha.
� expressar a indignação da filha, ficando claro o tom reprovatório à atitude de pessoas como seu pai.
Resolução
Além de fazer um recorte da realidade em que se insere, essa tirinha provoca o público-alvo, levando-o a refletir
sobre um fato de interesse social. Ademais, isso só é possível pela manipulação de recursos linguísticos e
extralinguísticos, tais como o superlativo na expressão “tão importante”, o qual revela uma marca de pes -
soalidade do autor em forma de juízo de valor expresso por uma de suas personagens mais icônicas, a Mafalda.
Resposta: D
QUESTÃO 06
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:46 Página 8
Disponível em: www.saude.gov.br/campanhas/15831-campanha-
de-enfrentamento-ao-racismo-no-sus. Acesso em: 11 jun. 2019.
A campanha publicitária acima é tão crítica quanto
informativa, pois provoca o leitor para que denuncie as
práticas racistas que presenciar. Para isso, esse cartaz
� relaciona a ilustração à expressão “Não fique em
silêncio” de modo a fazer uma releitura do clás si -
co aviso do “Psiu” afixado em hospitais, ape lando
para a ideia de que o racismo também é uma
ques tão de saúde pública e deve ser denun ciado.
� contrapõe a imagem clássica da enfermeira que
zela pelo silêncio para impor uma prática pouco
usual, a denúncia, justificando o imperativo em
“Não fique em silêncio”, porque o racismo é um
mal social que pode afetar a saúde das pessoas.
� sugere o “Disque denúncia” como a forma mais
eficaz de combate ao racismo no Brasil. Por essa
razão, o não silenciamento é ratificado pela ilus -
tração da mulher com o dedo em riste.
� usa a expressão “Faz mal à saúde”, compreen -
dendo o racismo como uma mazela social que
deve ser combatida entre as pessoas negras,
maiores vítimas desse mal.
� imita um ambiente hospitalar, apelando para o
caráter lúdico da ilustração em consonância com
a linguagem, aconselhando o leitor a agir favo -
ravel mente ao combate à discriminação racial.
Resolução
A imagem da enfermeira com o dedo em riste, simu -
lando o pedido de calar-se ou ficar em silêncio dentro
de um hospital, já está cristalizada no imaginário da
maioria das pessoas. Portanto, o cartaz é intertextual
na medida em que se vale desses mesmos elementos
para construir sua mensagem, porém inverte os
valores – calar x não calar –, sugerindo a denúncia
necessária para combater um mal social, o racismo.
Resposta: A
QUESTÃO 07
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 9
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:46 Página 9
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 10
TEXTO I
AMARAL, T. do. A Cuca, 1924. Disponível em:
www.paisefilhos.uol.com.br. Acesso em: 30 abr. 2019.
TEXTO II
A Cuca é um dos principais seres mitológicos do
folclore brasileiro. Ela é conhecida popularmente
como uma velha feia na forma de jacaré que rouba as
crianças desobedientes.
A origem dessa lenda está em um dragão, Cuca,
das lendas portuguesas. Essa tradição foi trazida para
o Brasil na época da colonização.
Diz a lenda que a Cuca rouba as crianças que de -
so bedecem a seus pais. A Cuca dorme uma noite a
cada sete anos e, quando fica brava, dá um berro que
dá para ouvir a dez léguas de distância. Pelo fato de a
Cuca praticamente não dormir, alguns adultos tentam
amedrontar as crianças que resistem a dormir, di -
zendo que, se elas não dormirem, a Cuca irá pegá-las.
Disponível em: www.sohistoria.com.br/lendasemitos/cuca/.
Acesso em: 20 abr. 2019.
A artista Tarsila do Amaral afirmou, em uma carta que
escreveu para sua filha, enquanto estava em Paris,
que estava pintando quadros “bem brasileiros” e
descreveu A Cuca como “um bicho esquisito, no meio
do mato, com um sapo, um tatu e outro bicho
inventado”. Considerando a pintura de Tarsila do
Amaral (Texto I) e a história da origem da personagem
folclórica “Cuca” (Texto II), deduz-se que o quadro
visa a
� construir uma imagem positiva da colonização
brasileira.� promover uma reflexão sobre a influência euro -
peia no Brasil.
� reproduzir imageticamente lendas e mitos de
origem ibérica.
� incentivar a leitura de obras sobre o folclore luso-bra -
sileiro.
� valorizar a paisagem brasileira e o imaginário
folclórico.
Resolução
O quadro A Cuca, de Tarsila do Amaral, exalta a pai -
sagem brasileira (por meio da representação da flora
e da fauna) e a cultura popular (por meio da repre -
sentação da personagem folclórica “Cuca”), como é
carac te rístico do Modernismo, especificamente do Mo -
 vi mento Antropofágico, do qual fez parte.
Resposta: E
Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar flor da janela me faz morrer
Ando tão à flor da pele
Meu desejo se confunde com a vontade de não ser
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele tem o fogo do juízo final
Ando tão à flor da pele
Qualquer beijo de novela me faz chorar
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar flor na janela me faz morrer
BALEIRO, Z. “À flor da pele”.
Na construção de textos poéticos, autores utilizam
com frequência elementos para construir a coesão
pretendida. Nas três estrofes do texto em questão,
repete-se a relação semântica de
� finalidade, segundo a qual se interligam duas
partes, em que uma apresenta o meio para uma
ação, e a outra, sua realização.
QUESTÃO 08
QUESTÃO 09
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� adversidade, segundo a qual se interligam duas
partes, em que uma apresenta orientação argu -
mentativa distinta e oposta à outra.
� condicionalidade, segundo a qual se interligam
duas partes, em que uma resulta ou depende de
circunstâncias apresentadas na outra.
� temporalidade, segundo a qual se interligam duas
partes, situando no tempo o que é relatado nas
partes em questão.
� causalidade, segundo a qual se interligam duas
partes, em que uma contém a causa, e a outra, a
con sequência.
Resolução
As relações de causa e consequência estão expressas,
respectivamente, nos versos ímpares e pares.
Resposta: E
Doce veneno
Na mesma época em que os europeus desem -
barcaram na América, uma mania alimentar invadia
a Inglaterra e um sabor exótico, maravilhosamente
do ce, chegava das Índias Orientais: o açúcar. Os in -
gleses temperavam quase tudo com o novo produto,
até mesmo batatas, carnes, ovos e vinho. A moda to -
mou conta do país rapidamente. Se pudesse, muita
gen te comeria açúcar puro na colher. A maioria, po -
rém, não podia, já que o item era bastante caro. A
pai xão, aliás, fez muitos ricos ficarem com dentes es -
curos e podres. E os pobres, que não tinham acesso a
tanto açúcar, chegavam a ponto de pintar os dentes
de preto.
Revista Mente e Cérebro, n .o 246, ano XIX, 2013.
O emprego dos elementos de coesão contribui para a
construção de sentido de um texto e para a obtenção
dos objetivos pretendidos pelo autor. A análise des -
ses elementos no texto mostra que o conectivo
� “até mesmo” introduz uma generalização.
� “Se” instaura uma situação tida como certa.
� “porém” reforça a ideia do grande consumo de
açúcar. 
� “aliás” indica uma consequência da ingestão de
açúcar.
� “E” justifica a existência de “dentes escuros e
podres”.
Resolução
O conectivo “aliás”, no trecho, insere a consequência
da paixão pela ingestão de açúcar (“dentes escuros e
podres”) para o grande desejo de consumo de açúcar
(“paixão”). Em a, o conectivo significa “inclusive” e
insere uma especificação (“inclusive batata”); em b,
instaura uma possibilidade ou hipótese; em c, indica
uma oposição entre o desejo da maioria de consumir
açúcar e o consumo efetivo de poucos por se tratar
de um produto caro na época; em e, trata-se de ideia
de consequência (“pintavam os dentes de preto”),
visto que desejavam parecer pertencer à alta socie -
dade. 
Resposta: D
O artista brasileiro Ernesto Neto presta home -
nagem às tradições e rituais dos huni kuin, um grupo
de povos indígenas que vivem na floresta amazônica.
Com cerca de 8.000 membros espalhados pelas
comunidades das aldeias no noroeste do Brasil, os
huni kuin continuam a lutar por seus direitos à terra e
pela preservação de sua cultura. Sua colaboração com
o artista é uma maneira de fazer com que sua voz seja
ouvida, simbólica e tangivelmente, através da própria
expressão criativa de Neto.
A nova peça de Neto para a exposição ‘BOA’
reflete fortemente a cultura dos huni kuin, particular -
mente seu desejo de alcançar felicidade e harmonia,
e de respeitar a sabedoria atemporal da natureza. De -
senhando a partir da forma da cabeça de uma jiboia,
‘yubẽ brushka’ oferece aos visitantes do museu um
momento de descanso da agitação da vida cotidiana.
A instalação experiencial compreende elementos tran -
çados que formam um espaço escultural, preenchido
com carpetes felpudos e pequenos assentos costu -
QUESTÃO 10
QUESTÃO 11
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rados. (...) ‘Yubẽ bushka’ baseia-se nos temas que
Neto adotou por mais de 20 anos – a unidade da hu -
manidade e da natureza, a sensualidade, a experiência
e a produção de energia positiva.
Disponível em: www.designboom.com/art/ernesto-neto-boa-
kiasma-helsinki-huni-kuin-04-05-2016. Acesso em: 30 mar. 2019.
O conceito de obra de arte que pode ser depreendido
da expressão artística de Ernesto Neto pode ser iden -
tificado por
� destacar a função prática e útil da obra para a
sociedade.
� expressar a subjetividade do artista desvinculada
da realidade.
� elaborar obra que rompe com as referências
estéticas contemporâneas. 
� mimetizar a realidade por meio de elementos
sustentáveis.
� promover a reflexão sobre a sociedade por meio
da interação.
Resolução
Ao elaborar uma obra que remete à comunidade
indígena huni kuin, Ernesto Neto propõe uma re -
flexão sobre a condição de vida dessa comunidade
por meio de experiências interativas.
Resposta: E
Ponto e vírgula em crise
Hoje vamos falar de uma das espécies mais
ameaçadas de extinção da língua portuguesa: o ponto
e vírgula. Antes, eu queria fazer uma pesquisa. Quem
já usou o ponto e vírgula esta semana, por favor,
levante a mão.
Ninguém.
Agora quem tenha usado pelo menos uma vez
este mês.
Ninguém.
Este ano alguém usou?
Ok, o senhor de pincenê, fraque, cartola e longas
suíças ali ao fundo.
Ninguém mais? Ninguém mais.
Este é problema do ponto e vírgula: ninguém mais
se lembra dele. (...)
Conscientemente, você poderá usá-lo na luta
contra o empobrecimento estilístico; inconscien te -
men te, só quando fica sem saber como separar duas
orações coordenadas não unidas por conjunção e que
guardem relação entre si.
Revista Língua Portuguesa, edição 74, jan. 2019.
Em razão de sua multiplicidade e suas peculiaridades,
a linguagem divide-se em diferentes funções bus -
cando-se revelar as intenções do emissor ao produzir
uma mensagem. Nesse texto, predomina a função
metalinguística, já que seu objetivo é
� expor dados concretos de modo objetivo sobre o
uso do ponto e vírgula.
� influenciar o receptor sobre a importância do
ponto e vírgula para o texto.
� utilizar o código como tema da mensagem para
explicar o próprio código.
� transmitir a realidade sobre a pontuação sob a
perspectiva do emissor.
� estabelecer contato com o leitor para checar o
recebimento da mensagem.
Resolução
No trecho “Conscientemente, você poderá usá-lo na
luta contra o em pobrecimento estilístico; inconscien -
temente, só quando fica sem saber como separar
duas orações coodernadas não unidas por conjunção
e que guar dem relação entre si”, o autor utiliza o
ponto e vírgula para ilustrar sua explicação a respeito
do uso desse mesmo sinal de pontuação. Assim,
nota-se que há o uso da linguagem, ou seja, do
código, para explicar a própria linguagem.
Resposta: C
Inédito de Paulo Freire aborda compromisso
Uma série de entrevistas, palestras, participações
em seminários estão reunidas em Pedagogia do Com -
promisso, de um dos maiores educadores brasileiros,
Paulo Freire. Os conteúdos, sempre de improviso,
acon teceram não apenas no Brasil, mas em diversos
países. O livro é dividido geograficamente: a parte I
traz as falas ocorridas na Argentina, com uma entre -
vista interessantíssima. (...) O Brasil está na segun da
parte, e Educação Popular e processos de apren -
dizagem devia ser lido por todo professor. (...)
A reunião dos textos foi tutelada por Nita Freire,
também educadora e filha de educadores, que se
QUESTÃO 12
QUESTÃO 13
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casou com Paulo em 1986 e, desde sua morte, em
1997, vem disseminando sua obra. Essencial.
Revista Língua Portuguesa, edição 75, fev. 2019.
Os gêneros textuais definem-se principalmente por
sua função social e organizam-se em razão do
objetivo que cumprem na situação comunicativa. A
análise dos elementos constitutivos desse texto
demonstra que, além de descrever brevemente a obra
de Paulo Freire, sua função também é
� vender o livro anunciado.
� expor a opinião dos leitores.
� instruir o receptor sobre a leitura.
� apresentar opinião sobre o livro.
� questionar o assunto tratado no livro.
Resolução
O texto apresentado é uma resenha do livro de Paulo
Freire, por isso o autor não só traz uma breve des -
crição sobre o assunto abordado, mas também
transmite sua opinião a respeito da obra. Nota-se
essa avaliação no uso dos adjetivos “interes -
santíssima” e “essencial”.
Resposta: D
Há alguns anos, os psicólogos Paul Thibodeau e
Lera Boroditsky, da Universidade Stanford (EUA),
publicaram um trabalho em que analisavam os
resultados de um debate sobre políticas contra a cri -
minalidade usando duas metáforas. Quando o pro -
blema era ilustrado como se fosse um predador
devo rando a comunidade, a resposta era endurecer a
vigilância policial e aplicar leis mais severas. No en -
tanto, quando o problema era exposto como um vírus
que infectava a cidade, os entrevistados optavam pela
adoção de medidas para erradicar a desigualdade e
melhorar a educação.
REBÓN, M. El País, 28 abr. 2018.
Devido à relação que a linguagem estabelece com o
comportamento humano, ela pode ser estudada,
também, pela psicologia. O resultado da pesquisa
noticiada pelo jornal mostra que
� a população leiga demonstra dificuldade em in -
terpretar metáforas no dia a dia.
� as metáforas poderiam influenciar a tomada de
decisões no âmbito das políticas públicas.
� os textos que apresentam problemas em forma
de metáforas são mais atrativos aos leitores.
� a população norte-americana teme mais os vírus
do que os grandes predadores.
� a utilização de metáforas incentiva a participação
política de uma comunidade.
Resolução
A diferença entre as metáforas apresentadas influen -
ciou a proposição de soluções.
Resposta: B
Nem as grandes montanhas se livram do plástico.
Um estudo encontrou, no ponto mais remoto dos
Pirineus, uma concentração de microplásticos similar
à que podemos achar numa capital como Paris ou nas
cidades industriais chinesas. Levadas até lá pelo
vento, essas partículas podem percorrer vários quilô -
metros até cair, arrastadas pela chuva ou a neve. As
cordilheiras, os vales e outros ambientes naturais
poderiam abrigar o plástico que falta nas estatísticas.
CRIADO, M. A. El País, 15 abr. 2019.
Muitas vezes, a primeira frase de uma notícia resume
aquilo que será apresentado adiante. Na notícia
acima, a coerência estabelecida entre a primeira frase
e o restante do texto ocorre, pois
� os Pirineus ficam a muitos quilômetros de distân -
cia de Paris. 
� o acesso ao local inóspito foi um desafio para os
pesquisadores.
� chuva e neve são escassas em regiões de grande
altitude.
� pontos remotos em grandes montanhas são, em
geral, inabitados.
� os cientistas não esperavam encontrar plástico
em grandes altitudes.
Resolução
Os cientistas não esperavam encontrar plástico em
regiões onde não se produz lixo, ou seja, em regiões
inabitadas.
Resposta: D 
QUESTÃO 14
QUESTÃO 15
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TEXTO I
Gêneros da cantoria
A cantoria se faz, geralmente, de acordo com um
certo processo temático, inicia-se com a apresentação
dos cantadores, quando alguém narra suas proezas e
as suas habilidades. Depois fazem os cantadores as
saudações aos presentes, louvando os méritos de
uns, referindo-se à atividade de outros etc. É a cha -
ma da louvação, dirigida principalmente aos donos da
casa onde se faz a cantoria ou aos promotores da
reunião.
Prossegue a cantoria com a variação de assuntos:
coisas do momento surgem nos repentes, ideias so -
bre mitologia, geografia, gramática etc. aparecem nas
obras feitas. O fim da cantoria é a despedida: encerra-se
quando não há vencedores ou vencidos, ou quan do,
sentindo-se derrotado, um dos cantadores deixa o
terreno. Nas diversas fases da cantoria, usam-se os
vários gêneros ou “regras” da poesia popular.
DIÉGUES JÚNIOR, M. Disponível em:
www.flogao.com.br/arievaldocordel/56343056. 
Acesso em: 30 mar. 2019.
TEXTO II
Cantadores do Nordeste
Anteontem, minha gente,
Fui juiz numa função
De violeiros do Nordeste
Cantando em competição.
Vi cantar Dimas Batista,
Otacílio, seu irmão.
Ouvi um tal de Ferreira,
Ouvi um tal de João.
Um, a quem faltava um braço,
Tocava cuma só mão;
Mas, como ele mesmo disse,
Cantando com perfeição,
Para cantar afinado,
Para cantar com paixão,
A força não está no braço,
Ela está no coração. (...)
BANDEIRA, M. Estrela da tarde.
Manuel Bandeira exalta em seu poema os repentistas
após ter assistido, como juiz, a alguns dos grandes
nomes do “repente” da época. Confrontando o poe -
ma com o texto de Manuel Diégues Júnior, pode-se
afirmar que os cantadores nordestinos costumavam 
� descrever suas habilidades antes da apresen -
tação.
� louvar aqueles que promoviam a apresentação.
� narrar peripécias inspiradas na vida do repentista.
� reproduzir trechos de importantes obras clássicas.
� finalizar a cantoria expulsando o derrotado do
palco.
Resolução
De acordo com o texto I, depois de os cantadores
serem apresentados por alguém que narra suas
habilidades, eles dirigem uma louvação “aos donos
da casa onde se faz a cantoria ou aos promotores da
reunião”.
Resposta: B
ITURRUSGARAI, A.
Ocorre, no cartum apresentado, a caracterização de
dois personagens divergentes. Esses personagens se
distinguem não apenas pela aparência revelada pela
imagem visual, mas também pelo recurso verbal,
caracterizado pela enumeração de
QUESTÃO 17
QUESTÃO 16
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:46 Página 14
� substantivos próprios, elencados pelo persona -
gem de boné com o intuito de valorizar seu conhe -
cimento de moda.
� adjetivos simples, elencados por ambos os perso -
nagens, para caracterizar a vaidade fútil das novas
gerações.
� nomes próprios, elencados pelo segundo perso -
na gem, com a finalidade de expor seu conhe -
cimento das teorias filosóficas que influenciam a
área da moda.
� termos estrangeiros, elencados pelo personagem
de boné, com o objetivo de valorizar a empresa
nacional, ao apontar os defeitos das interna -
cionais.
� substantivos próprios, elencados pelos persona -
gens, mas com finalidades diferentes: um para
exibir seu status (padrão social); o outro para
valori zar seu conhe cimento.
Resolução
Ambos os personagens elencam substantivos pró -
prios. O personagem de boné usa nomes de marcas
fa mosas, representando a valorização fútil de marcas
e da moda. Já o outro personagem lista nomes de
pensadores, valorizando, assim, o conhecimento, e
não a aparência.
Resposta: E
TEXTO I
DAHMER, A. Malvados. Disponível em: https://deposito-de-
tirinhas.tmblr.com/. Acesso em: 2 maio 2019.
TEXTO II
Mudança de curso
“Hoje eu vou contar pra vocês a história do Museu
Nacional.” No mês do incêndio que destruiu a mais
antiga instituição científica do Brasil, a historiadora e
antropóloga Lilia Schwarcz deu início ao seu próprio
espaço de “descoberta e democratizaçãoda história”
no YouTube, o Canal da Lili. De lá pra cá, tem usado a
plataforma para oferecer dados, documentos, refe -
rências e contextos para assuntos que brotam do
noticiário e se multiplicam cheios de ruído por feeds
e timelines. 
“Estamos vivendo um momento em que as redes
sociais têm um papel imenso na formação dos bra -
sileiros”, afirma. “Venho acreditando que é preciso
que acadêmicos, pesquisadores, intelectuais e histo -
riadores tomem um lugar na cena pública para ajudar
na formação desse grupo leitor que escolheu as redes
sociais como uma forma de se posicionar no debate.” 
E eles são muitos: 140 milhões – 66% da popu la -
ção brasileira – é usuária de mídias sociais, segundo
o mais recente relatório da Data Reportal sobre o uso
da internet no mundo. A pesquisa revela que o
brasileiro passa em média nove horas por dia conec -
tado, cerca de três delas checando suas redes, outras
três assistindo a vídeos. O YouTube é o site que mais
capta a atenção dos brasileiros e é a rede social mais
citada pela população com acesso à internet (95%). 
Revista Cult, edição 243, mar. 2019.
O comportamento criticado na tirinha é retomado no
tex to II de forma mais objetiva. Neste, apresenta-se
um novo projeto que, inspirado em tal conduta, pro -
cura
� incentivar o uso excessivo do celular conectado à
rede mundial de computadores.
� mostrar que é preciso ter acesso a conteúdos
importantes fora das mídias eletrônicas.
� diminuir o tempo gasto na web por meio do uso
de outras plataformas.
� auxiliar na formação, afastando o internauta do
conteúdo exposto na internet.
� atingir os internautas com conteúdos relevantes,
pouco encontrados nas redes sociais.
QUESTÃO 18
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Resolução
A tirinha critica o uso excessivo do celular, quase
sem pre conectado às redes sociais, que raramente
apresentam conteúdo que contribua de forma rele -
vante para a formação do cidadão. O projeto apre -
sentado no texto II busca fazer um bom uso desse
tempo gasto nas redes sociais, oferecendo aos
internautas, por meio da plataforma do YouTube,
conteúdos elaborados por acadêmicos, pesquisa -
dores, intelectuais e histo riadores.
Resposta: E
Disponível em: https://tinyurl.com/y6k4xryn. 
Acesso em: 8 mar. 2019. Original colorido.
O humor do quadrinho é construído por meio do pa ra -
doxo, figura de pensamento definida, no dicio nário
Houaiss, como “pensamento, proposição ou argu men -
to que contraria (...) ou desafia a opinião con sa bida, a
crença ordinária e compartilhada pela maio ria”. Na
narração apresentada, essa contradição ocorre na
� concepção de um ser todo-poderoso e, ao mesmo
tempo, capaz de falhar.
� oposição entre a criança insone e sua fala
acadêmica e formal.
� postura tranquila do pai e inquietação do filho
insone.
� substituição da tradicional história de ninar e
desespero do filho.
� contradição entre a capacidade da criança e a
incapacidade do pai.
Resolução
O paradoxo é construído a partir da oposição entre a
concepção de um ser onipotente que, ao criar uma
pedra impossível de ser carregada por ele mesmo,
provaria ser todo-poderoso – pois criara a pedra –,
mas, ao mesmo tempo, seria capaz de falhar – já que
não conseguiria carregar a própria criação.
Resposta: A
TEXTO I
Brasil só perde para os EUA em tempo de
visualização de vídeos on-line
A cada minuto são geradas 500 novas horas de
conteúdo no YouTube mundial. Não se sabe quanto
dessa produção é brasileira. O Google, dono da pla ta -
forma, não divulga dados regionais, mas informa que
o país ocupa o segundo lugar mundial em tempo de
visualização de vídeos on-line, atrás apenas dos EUA.
Chamados de criadores pelo YouTube e de in -
fluen ciadores digitais pelo mercado (que inclui
também instagramers, facebookers e afins), os pro -
dutores de conteúdo digital cresceram em número e
fama; muitos ganharam status de celebridade.
O fenômeno ganhou força por aqui há três anos,
e sua curva continua ascendente. Segundo a Rede
Snack, rede multiplataforma de canais reconhecida e
homologada pelo YouTube, há cerca de 310 mil canais
de vídeo on-line no país.
QUESTÃO 19
QUESTÃO 20
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:46 Página 16
(...)
Ainda que se dediquem mais a uma determinada
rede social, os criadores costumam estar presentes
em todas. Os fãs acompanham a vida do ídolo em
postagens que vão do frequentemente irrelevante ao
absolutamente pessoal.
Disponível em: http://temas.folha.uol.com.br/influenciadores-
digitais/a-fama/brasil-so-perde-para-os-eua-em-tempo-de-
visualizacao-de-videos-on-line.shtml. Acesso em: 3 maio 2019.
TEXTO II
Disponível em: https://deposito-de-tirinhas.tumblr.com/.
Acesso em: 3 maio 2019.
O texto I trata de um novo fenômeno da internet que
tem ganhado enorme visibilidade entre os internautas
brasileiros. Relacionando os dois textos, nota-se que
esse mesmo tema é abordado na charge do texto II
de forma
� otimista, ao confirmar a condição de celebridade
dos influenciadores digitais.
� opinativa, ao apresentar a fama dos produtores
digitais de modo significante.
� crítica, ao mostrar o crescimento da fama dos
criadores de conteúdo digital.
� irônica, ao sugerir que a fama dos influenciadores
digitais não tem nenhum valor.
� negativa, ao revelar que internautas acompanham
os produtores digitais diariamente.
Resolução
Segundo o texto I, os influenciadores digitais têm ga -
nhado status de celebridade em função da crescente
visibilidade dos conteúdos produzidos. Na charge, a
comparação entre ser famoso na internet e ser rico no
banco imobiliário deixa clara a crítica irônica à fama
desses criadores, levando em conta que ser rico em um
jogo de tabuleiro não tem nenhum valor real.
Resposta: D
Não tem coisa pior do que tentarmos falar com as
gírias e expressões dos mais jovens. Fica parecendo
a gente querer instalar uma nova versão de software
em um computador com sistema operacional antigo:
as linguagens não "batem" e ou não roda ou não dá
para instalar. A gente acaba sempre se traindo quando
deixa escapar um termo mais antigo. 
Mas melhor assim. Cada um com sua forma ca -
rac terística de falar e a possibilidade de nos encantar
com as gírias, sotaques, expressões e maneiras de se
expressar.
MOTA, D. Disponível em: https://www.promoview.com.br/
live-marketing/aquela-do-portugues.html. Acesso em: 13 jun. 2019.
A variação linguística é o fenômeno pelo qual as
línguas se mantêm vivas, já que evidencia a criação
dinâmica de novas possibilidades de expressão em
uma sociedade. Sobre esse tema, o autor se vale de
uma estratégia argumentativa ao empregar
� um paradoxo computacional.
� uma intertextualidade entre ser humano e com -
putador.
� uma ressalva após a exposição da tese.
� uma analogia entre computadores e pessoas.
� uma ironia que deprecia a condição humana.
Resolução
A estratégia argumentativa utilizada pelo autor do
texto é a comparação entre as pessoas ou falantes e
os computadores (seus sistemas operacionais e
programas ou softwares). Essa comparação é in -
troduzida pela expressão “Fica parecendo” e, por
isso, difere-se de uma metáfora.
Resposta: D
QUESTÃO 21
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Redes sociais
Trocar ideias digitalmente começou 
há mais de 40 anos
Antes da popularização da internet (que data dos
anos 60, mas era restrita a universidades até os anos
90), o telefone, a carta e o telegrama eram os métodos
utilizados para entrar em contato com amigos e
familiares. A primeira forma de comunicação popular
por computador surgiu em 1972. O BBS (Bulletin
Board System) permitia a conexão entre um compu -
tador e um servidor central, através de um número de
telefone. As pessoas no mesmo servidor podiam se
conectar entre si. Como um interurbano custaria os
olhos da cara, os usuários de um BBS geralmente
eram moradores deuma mesma cidade.
Quando a internet chegou ao público geral – no
Bra sil foi em 1994 –, surgiram novas opções. Com o
e-mail, tornou-se possível conversar de forma prática
e rápida com qualquer pessoa que também tivesse
um endereço eletrônico, mesmo que ela estivesse a
milhares de quilômetros de distância, e sem custo.
Fóruns de discussão promoviam debates sobre diver -
sos assuntos, sem que os membros precisassem se
encontrar na vida real.
Revista AH – Aventuras na História, edição 187, 2018.
Os gêneros textuais são textos materializados que
circulam socialmente. Pelas estratégias linguísticas
exploradas, conclui-se que o texto “Redes sociais”
pertence ao gênero
� diário, pelo relato de experiências cotidianas.
� editorial, pela apresentação da opinião da revista.
� injuntivo, pela intenção de orientar o interlocutor.
� notícia, pela apresentação de informações.
� resenha, pela análise crítica de um momento
social.
Resolução
O texto pertence ao gênero textual notícia, pois
apresenta informações a respeito do surgimento das
redes sociais numa perspectiva histórica.
Resposta: D
[...] a ciência continua a trazer evidências de que
realmente colocar o corpo em movimento é fun -
damental para uma vida saudável:
– Todo movimento é válido: reduza o tempo sen -
tado. O termo do momento é NEAT (Non-Exercise
Activity Thermogenesis), que significa gasto ener -
gético com atividades físicas espontâneas ou não
planejadas. Trocar o elevador pela escada, ficar em pé
(ou andar) quando fala ao telefone, caminhar até a
padaria… Esses pequenos movimentos incluídos na
ro tina fazem diferença para a saúde. Estudos com pro -
vam que uma pessoa ativa pode gastar até 2.000 ca -
lorias a mais por dia do que uma pessoa inativa. Esse
número é muito superior ao gasto calórico médio em
uma hora de atividade na academia (uma hora de
musculação consome entre 300 e 500 calorias).
“Não adianta a pessoa fazer meia hora de esteira
de manhã e ficar oito, dez horas no dia sentada na
frente do computador. Quando a gente está sentado,
os grandes músculos do corpo relaxam e a queima
ca lórica é muito reduzida. Isso está relacionado a
ganho de peso, aumento da pressão arterial e di -
minuição do bom colesterol (HDL)”, afirma o médico
Luiz Fernando Sella, especialista em Medicina do
Estilo de Vida.
BANHARA. A. Disponível em:
https://www.metrojornal.com.br/colunistas/2019/05/06/3-motivos-
definitivos-para-voce-incluir-mais-movimento-no-seu-dia-a-
dia.html. Acesso em: 13 jun. 2019.
É sabido que realizar atividades físicas ajuda a pre -
venir doenças, a emagrecer, a dormir melhor, além de
garantir energia e disposição. O texto acima, além de
reforçar essas ideias, reconhece que
� os movimentos executados diariamente valem
mais do que os exercícios físicos executados em
academias.
� os exercícios físicos, ao combinarem-se com ativi -
dades motoras ao longo do dia, são mais efetivos
na obtenção de resultados.
� os exercícios executados em academia são inefi -
cazes caso não se façam outras atividades cor -
porais ao longo do dia.
� os movimentos executados diariamente ou em
academia são avaliados principalmente a partir da
perda de caloria que geram.
QUESTÃO 22 QUESTÃO 23
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:46 Página 18
� os exercícios de musculação e de esteira devem
ser substituídos por utilizar escada, ficar em pé e
caminhar.
Resolução
No texto, fica claro que é essencial um perfil ativo ao
longo do dia para que haja resultados na saúde cor -
poral da pessoa, mesmo se ela já praticar ativi dades
físicas isoladas.
Resposta: B
Caminhos para a abstração
Ao analisar a obra de Wassily Kandinsky, o
cubismo, e o orfismo de Robert Delaunay, a questão
da abstração pictórica tornou-se o tema central para
Paul Klee durante os anos 1910. Além da arquitetura,
a natureza também servia de modelo para a lin gua -
gem da forma abstrata de Klee. Nesse sentido, seu
olhar se deslocou do exterior para o interior do objeto.
Ele afirmava: “A arte não reproduz o visível, ela torna
visível”. Estava conven cido de que deveria repre -
sentar a estrutura e a construção inerentes à natureza
e à arquitetura. Inspirado pela estilística do campo de
cor de Delaunay, a quem visitou no ateliê parisiense
do artista, e a partir da experiência cognitiva viven -
ciada na viagem à Tunísia em 1914, Klee alcançou a
maestria no trabalho com a cor.
In: Paul Klee: equilíbrio instável. Folder da exposição ocorrida no
Centro Cultural do Banco do Brasil, São Paulo, entre 13/2/2019 e
29/4/2019. Ministério da Cidadania. Governo Federal.
No texto, obtemos informações e características que
contribuíram para consolidar conceitos estéticos do
pintor suíço-alemão Paul Klee. A função da linguagem
predominante neste tipo de texto é
� referencial, porque se trata de texto impessoal,
em que o uso da terceira pessoa predomina para
fornecer informações precisas e objetivas.
� emotiva, porque se evidencia a necessidade de
transmitir ao leitor valores e opiniões pessoais
sobre a obra de Paul Klee.
� poética, porque os recursos metafóricos e conota -
tivos visam a destacar a mensagem de maneira
expressiva.
� fática, porque está centrada no canal de comu -
nicação, com o objetivo de estabelecer contato
dialógico com o receptor.
� conativa, porque o objetivo do texto é convencer
o leitor da importância da arquitetura na formação
da obra do artista.
Resolução
Trata-se da função referencial, por se tratar de texto
explicativo a respeito da trajetória do pintor, com o
objetivo de fornecer informações que auxiliem a com -
preensão de sua trajetória, entrelaçada com sua
evolução artística.
Resposta: A
As figurinhas do WhatsApp, ferramenta lançada
pelo principal aplicativo de mensagens do mundo em
novembro do ano passado, certamente já chegaram
até você em algum momento. Mas como fazer as suas
próprias e compartilhar com os contatos, nos grupos
e no privado?
Uma forma de tornar mais visual e divertida a
conversa, as figurinhas do WhatsApp não são exata -
mente pioneiras nos aplicativos de troca de
mensagens. A ferramenta foi o diferencial do Tele -
gram por muito tempo, além de ter sido incor porada
ao Facebook Messenger antes do lançamento pelo
WhatsApp, que também pertence a Mark Zuckerberg.
Tecnologia – IG@. Disponível em:
https://tecnologia.ig.com.br/dicas/2019-02-05/como-fazer-
figurinhas-do-whatsapp.html. Acesso em: 13 jun. 2019.
Considerando o texto e a imagem e sabendo que os
aplicativos de comunicação tendem a repro duzir
virtualmente diversos aspectos da comunicação física,
as figurinhas do WhatsApp têm por objetivo
QUESTÃO 24
QUESTÃO 25
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 19
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:46 Página 19
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 20
� representar a expressão facial dos interlocutores,
possibilitando a visualização de suas reações.
� diferenciar-se das figurinhas do Telegram, já que
estas não divertiam os interlocutores.
� facilitar a reprodução dos chamados “memes” no
aplicativo, por meio de sua visualização durante a
conversa.
� possibilitar uma resposta divertida e dinâmica,
que gera comicidade na interlocução.
� consolidar maneiras diferenciadas de se comu -
nicar em aplicativos, distanciando-se da oralidade.
Resolução
Segundo o texto, as figurinhas tornam a conversa
mais visual e divertida, o que é apropriado à dinamici -
da de do ato comunicativo. Elas não necessariamente
refletem a expressão facial dos interlocutores (alter -
nativa a), como é possível verificar na própria ima gem
da notícia, ou somente reproduzem os cha mados
memes (alternativa c), os quais nem foram citados no
texto, nem têm o intento de se diferenciar das
figurinhas do Telegram (alternativa b). Além disso,
justa mente pela sua dinamicidade é que não se
afastam da oralidade (alternativa e).
Resposta: D
Disponível em: https://nacoesunidas.org/onu-mulheres-e-
cartunistas-divulgam-charges-para-criticar-desigualdades-de-
genero/. Acesso em: 8 maio 2019 (adaptado).
A charge ironiza as desigualdades de gênerona busca
por oportunidades de ascensão no mercado de
trabalho. Seu efeito de humor consiste em
� desalinhar o espaço, a altura das escadas e da
mesa, de modo a privilegiar o candidato mais
capacitado a ocupar a função.
� demarcar o lugar doméstico das mulheres como o
da invisibilidade e o espaço doméstico dos ho -
mens como o da visibilidade. 
� desassociar o adjetivo “ambicioso” da marca de
gênero em “que não perca tempo cuidando das
crianças ou passando roupa”. 
� considerar o universo dos serviços domésticos
como imprescindíveis para as exigências e nece s -
sidades do mercado de trabalho. 
� contrastar a suposta igualdade entre homem e
mulher, postos lado a lado, com uma desigual -
dade que interdita a ascensão feminina. 
Resolução
O humor da charge se constrói a partir de contrastes.
A suposta igualdade de oportunidades entre os gê -
neros na busca de ascensão no mercado de trabalho
é contrastada pela diferença de tamanho das escadas
e por uma desigualdade concreta quanto aos papéis
sociais, a qual determina para a mulher a du pla
jornada. 
Resposta: E
TEXTO I
O adeus de Teresa
A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus...
E amamos juntos... E depois na sala
“Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala...
E ela, corando, murmurou-me: “adeus.”(...)
ALVES, C. Espumas flutuantes. São Paulo: FTD, 1998.
QUESTÃO 26
QUESTÃO 27
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TEXTO II
Teresa
A primeira vez que vi Teresa 
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna
Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que o 
[resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando 
[que o resto do corpo nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face 
[das águas.
BANDEIRA, M. Libertinagem. In: __________. Poesia e prosa
completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993.
Apesar de pouco mais de uma década separar a
morte do autor do Texto I (Castro Alves faleceu em
1871) do nascimento do autor do Texto II (Manuel
Bandeira veio ao mundo em 1886), eles estão inse -
ridos em um tema literário. Essa relação permite
perceber que o diálogo que o segundo poema man -
tém com o primeiro se dá por meio da 
� desestabilização da forma, da linguagem e do
convencionalismo lírico que marca o poema de
Castro Alves.
� rejeição ao encantamento dos sentidos como ma -
neira possível de vivenciar a experiência amorosa.
� reiteração do verbo ver (“vi”) como representação
do tema romântico da paixão à primeira vista. 
� indicação do amor romântico, cuja máxima é a
idealização da amada, com o eu lírico destruído
pelo desencanto da vida.
� concepção da descoberta amorosa como um
encanto lento, que cresce gradativamente por
causa do olhar atento. 
Resolução
O tema amoroso, na releitura feita por Manuel
Bandeira, é, nas duas estrofes iniciais, carregado de
tons prosaicos, afastando-se, portanto, do conven -
cionalismo lírico – linguagem solene, rigor formal e
paixão romântica – evidente no poema de Castro
Alves. 
Resposta: A
O pensamento
O ar. A folha. A fuga.
No lago, um círculo vago.
No rosto, uma ruga.
ALMEIDA, G. de. “O pensamento”. Disponível em:
http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL599741-
9980,00-POESIA+JAPONESA+DEIXA+MARCA+NOS+
MODERNISTAS+BRASILEIROS.html. Acesso em: 8 maio 2019.
O poema acima, de Guilherme de Almeida, é com -
posto por três versos e adota uma sequência métrica
de 5-7-5 sílabas. Esse tipo de texto, de origem oriental,
denomina-se haikai e é caracterizado por apresentar
� linguagem sintética.
� temática ufanista.
� tom sarcástico.
� crítica social.
� abordagem espiritualizada.
Resolução
Já desde a sua origem, no Japão, o haikai é um
poema diminuto, caracterizado pela concisão. Essa
característica é respeitada por Guilherme de Almeida
em “O pensamento”. 
Resposta: A
QUESTÃO 28
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acabou a farra
formigas mascam
restos da cigarra
LEMINSKI, P. La vie em close. In: __________. Toda poesia.
São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
No poema acima, Paulo Leminski estabelece um
diálogo com um gênero textual caracterizado como
uma história curta em prosa ou verso e que tem um
caráter alegórico. Trata-se, portanto, de 
� apólogo, pois é uma narrativa com preceito moral.
� relato, pois enumera uma série de acon teci men -
tos.
� elegia, pois verbaliza a tristeza do enunciador.
� lenda, pois relata uma história fictícia. 
� epopeia, pois se refere à luta pela sobrevivência.
Resolução
As fábulas ou apólogos são composições alegóricas,
escritas em prosa ou verso, das quais se depreende
uma sentença moral. Nesse texto de Leminski, há a
imagem da cigarra, que conota tradicionalmente o
ócio e a diversão, e a da formiga, símbolo do
trabalhador preocupado com o futuro. No poema de
Leminski, as formigas ainda devoram as cigarras. 
Resposta: A
Inda estava longe, bem longe a vitória do aboli -
cionismo, quando Bom-Crioulo, então simplesmente
Amaro, veio, ninguém sabe donde, metido em roupas
d’algodãozinho, trouxa ao ombro, grande chapéu de
palha na cabeça e alpercatas de couro cru. Menor
(teria dezoito anos), ignorando as dificuldades por que
todo homem de cor passa em um meio escravocrata
e profundamente superficial como era a Corte –
ingênuo e resoluto, abalou sem ao menos pensar nas
consequências da fuga.
Nesse tempo o “negro fugido” aterrava as po -
pula ções de um modo fantástico. Dava-se caça ao
escravo como aos animais, de espora e garrucha,
mato adentro, saltando precipícios, atravessando rios
a nado, galgando montanhas... Logo que o fato era
denunciado – aqui-del-rei! – enchiam-se as florestas
de tropel, saíam estafetas pelo sertão num clamor
estranho, medindo pegadas, açulando cães, rompen -
do cafezais. Até fechavam-se as portas, com medo...
Jornais traziam na terceira página a figura de um
“moleque” em fuga, trouxa ao ombro, e, por baixo, o
anúncio, quase sempre em tipo cheio, minucioso,
explícito, com todos os detalhes, indicando estatura,
idade, lesões, vícios, e outros característicos do
fugitivo. Além disso, o “proprietário” gratificava
generosamente a quem prendesse o escravo.
CAMINHA, A. O bom-crioulo. São Paulo: Ática, 1991.
O romance realista-naturalista brasileiro, ao buscar o
máximo de objetividade em sua representação do
mundo, tinha por intuito transformar a obra de arte
em arma de combate às instituições, que, aos olhos
dos escritores dessa vertente, eram ultrapassadas. No
texto acima, essa característica se evidencia pelo(a)
� doutrinação dos ideais republicanos e positivistas.
� crítica à política imperial marcada pela frivolidade.
� defesa do abolicionismo, embora não se mostre
a crueldade social.
� relato objetivo a fim de denunciar a situação do
escravo fugido.
� valorização do sistema agrário modificado pelo
trabalho escravo.
Resolução
O trecho do romance de Adolfo Caminha relata com
objetividade a realidade do “negro fugido”, exposto
à violência e depreciado, a ponto de ter mais rebai -
xada ainda a condição humana.
Resposta: D
QUESTÃO 29
QUESTÃO 30
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O coração
O coração é o colibri dourado 
Das veigas puras do jardim do céu. 
Um – tem o mel da granadilha agreste, 
Bebe os perfumes, que a bonina deu.
O outro – voa em mais virentes balças, 
Pousa de um riso na rubente flor. 
Vive do mel – a que se chama – crenças –, 
Vive do aroma – que se diz – amor. – 
ALVES, C. Espumas flutuantes. São Paulo: FTD, 1997.
A valorização do sentimento amoroso é uma marca
da poesia romântica da qual o poeta Castro Alves
(1847-1871) é expoente. No texto acima, o poeta, para
caracterizar o amor, vale-se da
� metonímia, para relacionar a experiência pessoal
à universal.
� comparação ou símile, para igualaro universo
particular ao geral.
� personificação, para tornar claro o raciocínio
exposto.
� ironia, para satirizar a leviandade dos seus
sentimentos.
� metáfora, para idealizar a natureza da realidade
abordada.
Resolução
A metáfora “O coração é um colibri dourado” é a
imagem pela qual o eu lírico desenvolve seu lirismo,
buscando uma analogia entre a variedade de ações
do pássaro e a diversidade de manifestações amo -
rosas.
Resposta: E
Estou lutando desde o princípio destas explica -
ções sobre a desagregação da nossa amizade, contra
uma razão que me pareceu inventada enquanto
escrevia, para sutilizar psicologicamente o conto. Mas
agora não resisto mais. Está me parecendo que entre
as causas mais insabidas, tinha também uma espécie
de despeito desprezador de um pelo outro... Se no
começo invejei a beleza física, a simpatia, a perfeição
espiritual normalíssima de Frederico Paciência, e até
agora sinto saudades de tudo isso, é certo que essa
inveja abandonou muito cedo qualquer aspiração de
ser exatamente igual ao meu amigo. Foi curtíssimo,
uns três meses, o tempo em que tentei imitá-lo.
Depois desisti, com muito propósito. E não era porque
eu conseguisse me reconhecer na impossibilidade
completa de imitá-lo, mas porque eu, sinceramente,
sabei-me lá por quê! não desejava mais ser Frederico
Paciência!
ANDRADE, M. de. Contos novos. Belo Horizonte/Rio de Janeiro:
Villa Rica, 2012.
Nesse excerto, nota-se a reflexão sobre a capacidade
da linguagem de captar a essência dos fatos. No texto de
Mário de Andrade, esse procedimento se evidencia em
� “e até agora sinto saudades de tudo isso”.
� “Depois desisti, com muito propósito”.
� “uma razão que me pareceu inventada enquanto
escrevia”.
� “porque eu, sinceramente, sabei-me lá por quê!”.
� “me reconhecer na impossibilidade completa de
imitá-lo”.
Resolução
Em “uma razão que me pareceu inventada enquanto
escrevia”, tem-se a problematização da capacidade
da linguagem de representar a essência do senti men -
to; o narrador recorre à metalinguagem para expor a
complexidade que há entre a intenção do sujeito em
manifestar sua subjetividade e a maneira de realizá-la
pela escrita.
Resposta: C
QUESTÃO 32QUESTÃO 31
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o mar urrava
como um fauno
após o coito
ANDRADE, O. de. “O mar urrava”. Disponível em:
https://www.alashary.org/frase/MjQzOTU/. Acesso em: 26 maio 2019.
A proposta modernista da poética oswaldiana era a
de “ver com olhos livres”, sem limitações, sem
fórmulas, procurando soluções artísticas próprias e
originais. Nesse poema de Oswald de Andrade, um
elemento retomado da tradição artística é
� a presença de mitologia clássica. 
� a utilização do verso branco.
� a tópica da natureza amena. 
� a euforia com a expansão marítima.
� a expressão do amor sublimado.
Resolução
No poema, há retomada da tradição artística na com -
paração do som do mar ao urro de um fauno, divin -
dade campestre da mitologia romana, metade
ho mem, metade animal, com pés de cabra e cornos,
que vivia nos bosques e protegia os rebanhos.
Resposta: A
No hotel da Cachoeira, que é cômodo e mesmo
suntuoso, moços alemães bebem whisky e jantam
jantares feitos especialmente para eles. Mulheres
vieram da Bahia para dormir com esses moços loiros
e simpáticos. São filhos dos donos daquelas fábricas
de onde saíram as mulheres operárias. Conversam
em meio às bebidas e falam na salvação da Alemanha
pelo hitlerismo, na próxima guerra mundial que eles
vencerão. E quando a bebida tiver subido para as
cabeças cantarão hinos guerreiros. Uma criança
interrompe o jantar e diz:
– Uma esmola que minha mãe está morrendo...
Mas a lua cheia, que saiu dos morros e está sobre
o rio, não é vista pelos loiros alemães. Na beira do rio,
os maridos das operárias cantam ao violão e as
mulheres apresentam crianças à lua:
Benção dindinha lua
Tome bebezinho pra você
E me ajude a criar 
AMADO, J. Jubiabá. Rio de Janeiro: Record, 1995.
A obra Jubiabá, publicada em 1935, participa do ciclo de
narrativas de heróis sociais da literatura brasileira, en -
ga jados na defesa dos direitos dos desfavorecidos. No
tre cho do romance de Jorge Amado, há uma mul ti pli ci -
dade de tempos verbais distintos que confere ao enredo
� uma abordagem do tempo presente, em simul -
taneidade com fatos passados e futuros.
� uma fragmentação cubista da realidade que que -
bra a lógica linear do tempo e do espaço.
� uma alternância de foco narrativo para acentuar
a discrepância entre o ponto de vista dos alemães
e o dos operários.
� uma atmosfera mística na qual se revela fantas -
ticamente o futuro dos alemães e o dos bra si leiros.
� um foco narrativo oscilante que representa pers -
pectivas de personagens diversas da trama. 
Resolução
O trecho narra as ações das personagens no tempo
presente (“é”, “bebem”, “jantam”, “conversam”,
“falam” etc.). De forma onisciente, o narrador tam -
bém conta fatos passados (“vieram”, “saíram”) e
identifica, nos discursos dos alemães, os seus anseios
e ações futuras (“vencerão”, “cantarão”).
Resposta: A
Devido a um e outro motivo, à medida que re -
montamos na história temos a impressão duma
presença cada vez maior do coletivo nas obras; e é
certo, como já sabemos, que forças sociais condi -
cionantes guiam o artista em grau maior ou menor.
Em primeiro lugar, determinando a ocasião da obra
ser produzida; em segundo, julgando da necessidade
da obra ser produzida; em terceiro, se vai ou não se
tornar um bem coletivo.
Os elementos individuais adquirem significado
social à medida que as pessoas correspondem a ne -
cessidades coletivas; e estas, agindo, permitem por
sua vez que os indivíduos possam exprimir-se, en -
contrando repercussão no grupo. As relações entre o
QUESTÃO 34
QUESTÃO 35
QUESTÃO 33
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artista e o grupo se pautam por esta circunstância e
podem ser esquematizadas do seguinte modo: em
primeiro lugar, há necessidade de um agente indivi -
dual que tome a si a tarefa de criar ou apresentar a
obra; em segundo lugar, ele é ou não reconhecido
como criador ou intérprete pela sociedade, e o destino
da obra está ligado a esta circunstância; em terceiro
lugar, ele utiliza a obra, assim marcada pela socie -
dade, como veículo das suas aspirações individuais
mais profundas.
Considerações deste tipo fazem ver o que há de
insatisfatório e pouco exato nas discussões que
procuram indagar, como alternativas mutuamente
exclusivas, se a obra é fruto da iniciativa individual ou
de condições sociais, quando na verdade ela surge na
confluência de ambas, indissoluvelmente ligadas.
CÂNDIDO, A. Literatura e sociedade. 
São Paulo: T. A. Queiroz/Publifolha, 2000.
No fragmento acima, o crítico literário Antônio Cân -
dido comenta a intrínseca relação entre a arte e a
experiência social. A estratégia predominante para a
exposição e argumentação de conceitos é
� a conotação, que exemplifica os processos da
composição artística através de símbolos.
� a comparação, que relaciona as obras de caráter
individual e as produções coletivas.
� a gradação, que apresenta as transformações das
obras literárias ao longo da história.
� a enumeração, que articula determinantes simul -
tâneas do meio e da produção artística. 
� a suposição, que condiciona a literatura a uma
concepção considerada ideal para o crítico.
Resolução
No trecho acima, o autor utiliza duas vezes a estra -
tégia da enumeração para determinar o que é do
campo específico da coletividade e o que se refere às
circunstâncias individuais do autor que, em deter -
minada situação histórica, convergem articuladamen -
te para que se produza a obra literária.
Resposta: D
O popular não é pop. Lina Bo Bardi e Tarsila do
Amaral, faróis do pensamento visual do país, são pop.
Mas o popular em suas obras, aquilo que o contor -
cionismo verbal das etiquetas de museu às vezes
chama de naïf (1) ou outsider no trabalhode artistas
e arquitetos menos famosos, custa a seduzir o
establishment (2).
No mundo resplandescente dos museus de arte,
templos de estrutura metálica, pele de vidro e galerias
imaculadas, o popular incomoda e causa ruído. É a
obra relegada a uma segunda classe estética, aquilo
que escapa ao cânone mas chama a atenção pela
beleza rude, a “contribuição indigesta, seca, dura”
dos nordestinos, pobres, negros e índios, nas palavras
de Lina.
Maior desses templos no país, o Masp, desenha -
do pela arquiteta Lina Bo Bardi, faz agora um esforço
duplo para reenquadrar os momentos de desvio de
rota do modernismo mais linha-dura na obra dessas
mulheres. 
Duas exposições no museu da avenida Paulista,
uma dedicada à italiana Lina, que construiu alguns
dos marcos da paisagem urbana de São Paulo, e
outra com quase cem obras da pintora do Abaporu,
cele bram o momento em que elas rejeitaram o que
viram e aprenderam na Europa em nome de um
contato mais profundo e intenso com os modos de
viver do Brasil. Lina e Tarsila, nesse processo de
revisão de leituras fossilizadas na história da arte,
estariam aqui mais distantes de Roma e Paris, onde
estudaram, e mais perto do sertão e do mar, dois
ícones de uma vanguarda tropical que desbravou a
terra agreste.
Não é, nesse sentido, a Lina das linhas cristalinas
da Casa de Vidro nem a Tarsila das formas roliças e
exuberantes do auge do movimento antropofágico,
mesmo que tudo isso apareça ali como contraponto
às vedetes que são agora as carrancas adoradas por
Lina e seu mobiliário popular e as frutas na feira e
procissões católicas da roça de Tarsila.
MARTÍ, S. “Lado popular da obra de Lina Bo Bardi e Tarsila do
Amaral inspira mostras no Masp”. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/04/lado-popular-da-
obra-de-lina-bo-bardi-e-tarsila-do-amaral-inspira-mostras-no-
masp.shtml. Acesso em: 18 jun 2019 (adaptado).
QUESTÃO 36
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 25
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:47 Página 25
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 26
Notas: 
(1) Naïf: tipo de pintura, escultura etc. espontânea e autodidata,
desvinculada de escolas tradicionais e que resulta em composições
primitivas.
(2) Establishment: ordem ideológica, econômica, política e legal que
constitui uma sociedade ou Estado.
No excerto acima, Silas Martí comenta não só sobre o
conceito de estética, mas também a respeito do
sentido das obras que constam na exposição do
Museu de Arte de São Paulo (MASP) sobre Lina Bo
Bardi e Tarsila do Amaral. Ao discorrer criticamente
sobre a contraposição entre popular e pop, o autor
deixa evidente que
� a obra de Tarsila do Amaral e a de Lina Bo Bardi
não tiveram influência da Europa.
� a estética oficial rotula o popular não apenas
como pop, mas também canônico.
� os conceitos canônicos sobre estética resistem à
incorporação do que é popular.
� a estética presente na fase antropofágica de
Tarsila é a vedete dessa exposição.
� o articulista deprecia quadros que retratam “frutas
na feira” e festas religiosas.
Resolução
O conceito de belo considerado oficial pela cultura
que se impõe socioeconomicamente resiste em
aceitar como arte o que provém das camadas pop u -
lares, desprovidas não só de condições materiais,
como também de acesso ao aprimora mento do
potencial criativo, como se nota no segundo
parágrafo.
Resposta: C
Vi na TV um rapaz preto que cantava e tocava
violão. Sua musicalidade exuberante, sua afinação,
seu ritmo e sua fluência me entusiasmaram. Era exci -
tante que pudesse haver por perto alguém tão espe -
cial. Minha mãe, que sempre gostou de música – e
sempre gostou que eu gostasse de música –, me
ouviu elogiá-lo, e, toda vez que ele aparecia na tele -
visão, me chamava para vê-lo. Lembro com muito
gosto o modo como ela se referia a ele dizendo:
“Venha ver o preto que você gosta”. Isso de dizer “o
preto”, sorrindo ternamente como ela o fazia, tinha –
teve, tem – um sabor esquisito que intensificava o
encanto da arte e da personalidade do moço do vídeo.
Era como se se somasse àquilo que eu via e ouvia
uma outra graça, ou como se a confirmação da
realidade daquela pessoa, dando-se assim na forma
de uma bênção, adensasse sua beleza. Eu sentia
alegria por Gil existir, por ele ser preto, por ele ser ele
– e por minha mãe saudar tudo isso de forma tão
direta e tão transcendente.
VELOSO, C. Verdade tropical. São Paulo: Companhia das Letras,
1997 (adaptado).
As palavras e expressões não têm significado fixo,
pois seu sentido depende do contexto e da maneira
em que são usadas. Exemplo desse fenômeno pode
ser visto no texto de Caetano Veloso, em que a mãe
do autor, ao falar de Gilberto Gil, refere-se a ele como
“o preto que você gosta”, permitindo perceber que
ela utiliza de maneira expressiva a linguagem para 
� enaltecer o músico de modo a realçar a sua figura.
� expor o preconceito velado da mãe.
� revelar a relação de amizade que existia entre
ambos.
� dissipar a aversão que o filho tinha pela música.
� depreciar a qualidade musical e artística de Gil -
berto Gil.
Resolução
Caetano interpreta a fala da mãe como uma forma
direta e transcendente de realçar a figura de Gilberto
Gil.
Resposta: A
QUESTÃO 37
ENEM_PROVA2_18_8_ALICE_2019 28/06/2019 08:47 Página 26
Não é Natal
Nem ano bom
Nem um sinal no céu
Nenhum armagedom
Nenhuma data especial
Nenhum ET brincando aqui
No meu quintal
Nada de mais
Nada de mal
Ninguém comigo
Além da solidão
Nem mesmo um verso original
Pra te dizer
E começar uma canção
Só chamei porque te amo
Só chamei porque
É grande a paixão
Só chamei porque te amo
Lá bem fundo
Fundo do meu coração
GIL, G. “Só chamei porque te amo”. Disponível em:
https://www.letras.mus.br/gilberto-gil/46245/. Acesso em: 4 jun. 2019.
A composição acima é a versão que Gilberto Gil fez de
“I just called to say I love you”, famosa canção do
norte-americano Stevie Wonder. Nela, o jogo ex pres -
sivo entre as palavras que indicam negação e as que
indicam exclusão servem para o enunciador des tacar a
� eliminação de elementos irrelevantes em nome
da essência da realização afetiva. 
� alienação política do eu lírico em relação aos fatos
problemáticos do país.
� consciência da inutilidade das ações humanas em
relação ao destino do planeta. 
� crítica à futilidade da sociedade apegada a datas
comemorativas de apelo consumista.
� busca do ser apaixonado pela confirmação de
estar sendo correspondido sentimentalmente.
Resolução
O eu lírico indica não haver motivos para chamar o
ser amado, mas que o faz simplesmente porque lhe
tem amor. Assim, sua negação enfática serve para
eliminar fatores irrelevantes, introduzidos por expres -
sões negativas (“não”, “nem”, “nenhum”, “nenhu -
ma”, “nada”), buscando valorizar, por meio do
advérbio “só”, o essencial: a confissão sen timental. 
Resposta: A
Em matéria
de tino
menino
eu tenho dez
um destino
a meus pés
LEMINSKI, P. Toda poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
O poema acima é de Paulo Leminski, um dos maiores
nomes da poesia contemporânea brasileira. Nesse
texto, a expressividade vai além do aspecto visual
devido ao fato de
� serem explorados a sonoridade e o sentido.
� ocorrer a oposição entre o menino e o adulto.
� haver uma disposição que se aproxima do dísti co.
� simular tino num menino irresponsável.
� retomar a retórica discursiva e prolixa.
Resolução
Há um jogo de sentido e de sonoridade entre as
palavras “tino”, “dez” e “ destino”, que dão expres -
sividade ao texto.
Resposta: A
QUESTÃO 39
QUESTÃO 38
LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 27
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LC – 1.o dia � RESOLUÇÕES – Página 28
TEXTO I
Às vezes é preciso abandonar o barco,
A luta, o carrossel, o circo inteiro,
E partir como ave migratória para o norte
Em busca de terras de verão e sol,
Mas quando isto for preciso
Que se faça com rosto limpo,
A face descoberta e voltada para a frente,
Que não haja mentiras nem tristeza.

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