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A historia da psicopatologia no BR

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FACULDADE DE INTEGRAÇÃO DO SERTÃO
BACHARELADO EM PSICOLOGIA 
5º PERÍODO 
PROF: RENATA GUARANÁ
PSICOPATOLOGIA I
ANIELLE IMACULADA SANTANA BARBOSA
A HISTÓRIA DA PSICOPATOLOGIA NO BRASIL
Resumo
Serra Talhada/PE
2021
Resumo: A história da Psicopatologia no Brasil - Café Filosófico, Benilton Bezerra
Apesar de a Psicopatologia se apresentar como elemento da área médica e proponha se identificar como uma atividade científica, ela não é. A psicopatologia é uma laboração permanente, ao menos nos últimos 200 anos, de quando gerou o pensamento de doença mental e concebeu a psiquiatria, onde tudo em que discorre em volta dela é uma atividade constante de definição daquilo que é normalidade e do que é diferença, não ainda que a patologia seja a diferença que consideramos patológica, então é por isso que carece de alguma intervenção. As delimitações entre normalidade, diferenças e patologia é uma atividade frequente da sociedade desde que se estabeleceu esse campo exclusivo da psicopatologia.
Acerca de 1952 com a origem da psicofarmacologia, algo se transformou completamente e o impacto dos psicofármacos só tem aumentado. No qual antigamente tomar um antidepressivo era motivo a esconder, atualmente tornou se algo natural. O comercio farmacêutico possui um grande resultado, um dos setores econômicos mais rendáveis, em que resultou um efeito influente na transição do padrão da psicopatologia e psiquiatria. Outra peça essencial foi a crise da legitimidade da psiquiatria que aconteceu nos anos 60 e 70, atacadas de todos os lados, devido a repreensores externos a psiquiatria que enunciavam que os diagnósticos psiquiátricos não tinham credibilidade alguma, em comparação aos diagnósticos médicos eram muitos baixos. Pois cada psiquiatra diagnosticava de uma maneira pessoal. Dentre as escolas francesa, alemã, inglesa e americana, cada uma seguia uma técnica de qualificação, quanto a isso no Brasil existiam os discípulos das escolas francesas, americanas, inglesas e alemãs, especialmente a francesa e alemã, no qual isso provocava com que fosse quase impossível instituir pesquisas multicêntricas. O diagnóstico psiquiátrico na atualidade é tão comum que apenas psiquiatras podem dar diagnósticos e consequentemente medicam, visto que quem mais medica antidepressivo e tranquilizantes são os médicos em geral.
Para além da indústria farmacêutica, da crise de legitimidade dos diagnósticos, do avanço do conhecimento biológico e do trabalho corporativo dos psiquiatras de se converterem em médicos respeitados, possuímos outros elementos na nossa conjuntura social que desempenha com que a psicopatologia tenha ocupado o destino atual. Se assumimos a ideia de que a origem e a circulação dessas categorias não se dão no vácuo, e sim em certas conjunturas, que é por esse motivo que um psiquiatra americano do século XVIII consegue elaborar um diagnóstico com a drapetomania. Já no Brasil possuíamos o banzo, diagnóstico cedidos para os escravos. Sendo assim a circunstancias em que os conceitos psicopatológicos afloram junto as sistematizações psiquiátricas, são um pano de fundo para essas categorizações que de alguma forma se expressão. O contexto histórico social em que vivemos nos últimos 30/40 anos, é o cenário em que podemos categorizar de maneira sucinta de pós moderno, modernidade tardia que se configura como uma sociedade que perdeu a potência dos seus objetivos narrativos em que as grandes agencias econômicas, as que instituem o nosso mundo, quem estabelecem o que é certo e errado, o bom e o ruim, o normal e o que não é. todas essas perderam seus poderes, de uma maneira em que hoje estamos cada vez mais independentes com relação a elas. 
Atualmente nós debatemos de tudo, tudo é matéria de opção pessoal, inclusive a anatomia na atualidade apoiamos que seja matéria de escolha pessoal, se nasce homem vira mulher, se nasce mulher vira homem. Estamos cada vez mais atraídos a praticar essa autonomia, a pensar sobre o que nós consideramos ser o certo e errado, apontar em baixo de todos os valores, ou seja, eles só prestam quando concordamos com eles, ou melhor, estamos diariamente colocados a pensar sobre modelos devemos seguir. Diferentemente das sociedades anteriores as nossas, no qual você se inseria naquelas normas sem o poder de refletir individualmente sobre tais questões. É essa reflexibilidade junto a destradicionalização que faz com que o discurso cientifico receba uma categoria de valor antes inexistente. Pois atualmente o discurso cientifico é único que é portador de uma verdade que não pode ser discutida. Quaisquer uma das outras são, mas a ciência é o único discurso em que se manifesta como uma verdade concreta.
Ademais também é preciso recordar as evoluções da tecnologia biológica, na atenção dos sofrimentos psíquicos, é indiscutível que com os antipsicóticos dos anos 50, tranquilizantes dos anos 60 e os antidepressivos dos anos 70, a nossa vida em algumas questões mudou para melhor, as pessoas que possuem problemas psicóticos hoje vivem uma vida social que seria impraticável sem ajuda dos neurolépticos e antipsicóticos, onde todos nós podemos recorrer a essas medicações de alguma maneira, em que antes éramos restritos.
Portanto no mundo em que a flexibilidade, e a pluralidade de relações é tida como sendo uma característica da vida cotidiana, acaba por se transformar num critério de normalidade, ao mesmo tempo em que as pessoas que são conectadas a outros valores, simplesmente são colocadas como não normais ou não somente diferentes, mas sim patológicas. Assim essa divisa entre a normalidade e a patologia hoje é decerto umas das áreas mais fascinantes da Psiquiatria e da medicina, pois ela envolve a todos. A homossexualidade possivelmente tenha sido a primeira dos anos 70, no qual o movimento gay foi primeiro a afirmar que eles eram simplesmente distintos da massa estatística e que isso não tinha nada a ver com patologia. 
Vivenciamos no campo da psicopatologia que nos dias de hoje é bastante promitente e singular, ascendido pelo movimento das deficiências. esta que era elaborada num modelo de tragédia pessoal, no qual perder uma função era viver uma tragédia, era se botar como um objeto de cuidados, mediado pela pena, por estar em estado desastroso. O movimento da deficiência modificou isso radicalmente, na intenção de reconhecer que a condição humana de todos é de dependência. No qual todas as pessoas são deficientes de alguma coisa. Sendo assim o movimento da deficiência ao revelar que necessidade humana é de dependência permanente no que varia apenas no grau, no que em certos momentos todos iremos depender de alguém, logo, diante disso não podemos conceituar a deficiência a uma tragédia, mas sim consentir que ela é um aspecto da existência humana. O movimento nos avisa o quanto compensa reparar nas características que nos definem. Deslocando a imagem de doença mental do cérebro, do psiquismo individual para a conexão com o mundo, é uma sugestão que deixa muito mais envolvente as alternativas que se pode desenvolver para enfrentarmos o sofrimento que inevitavelmente viveremos.
Vivenciamos uma época nos quais não são apenas só medicamentos, como também as práticas alternativas que passaram a ser agregadas a nossa cultura, com a desidratação dos aspectos valorativos ou espirituais.

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