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7° PERIODO - SAÚDE MENTAL E CUIDADOS DE ENFERMAGEM EM PSIQUIATRIA

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Delírio: quando a gente cria ideias que não são 
reais só que na nossa mente, são reais para a 
pessoa que está sentindo o delírio. 
 
Alucinação: quando eu vejo algo que não existe, 
só está na nossa mente, pode sentir cheiro, 
toques, parece que tudo é real. 
 
 
 
Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 1 -CONCEITO 
“a definição oficial de saúde possui implicações 
legais, sociais e econômica, segundo a OMS, saúde 
é um estado de completo bem-estar, físico, mental 
e social” 
 
SAÚDE MENTAL... 
A OMS afirma que não existe definição oficial para 
saúde mental. Mas pode ser descrita como “o estar 
de bem-estar no qual o individuo realiza as suas 
capacidades, pode fazer face ao stress normal da 
vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera e 
contribui para comunidade em que se insere 
 
OS SEGUINTES ITENS FORAM 
IDENTIFICADOS COMO CRITÉRIO DE SAÚDE 
MENTAL: 
1. Atividade produtiva em relação a si próprio 
2. Crescimento, desenvolvimento e autorrealização 
3. Integração e resposta emocional 
4. Autonomia e autodeterminação 
5. Percepção apurada da realidade 
6. Domínio ambiental e competência social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOENÇA MENTAL 
É o mesmo estado que surge quando as pessoas não 
conseguem desenvolver ou manter-se em 
funcionamento harmônico para viver com seu grupo 
cultural ou em sociedade, não conseguindo 
transformar suas possibilidades em realidade. 
• Estado de sofrimento mental 
• Perda da capacidade de comunicação 
• Perda da capacidade normativa: patologia da 
liberdade 
 
PSIQUIATRIA 
Ciência que trata as doenças mentais, é a área do 
conhecimento médico-cientifico que ocupa dos 
estudos dos transtornos mentais em seus diferentes 
aspectos: etiológicos, clínicos, prognostico de 
prevenção e tratamento. 
 
PSICOPATOLOGIA 
• Fundamentação teórica em que se baseia a 
psiquiatria 
• Define os sinais e sintomas, agrupando-se em 
diferentes entidades psicopatológicas 
 
LOUCURA 
Visão romântica, excêntrico, insensato, contestador 
 
O QUE SIGNIFICA A SAÚDE MENTAL? 
• Fatores socioculturais: presença ou não de 
rede social, expectativa da sociedade e do meio 
cultural, influência da família, de amigos, 
modelos de papeis sociais 
• Fatores psicológicos: processo cognitivo como 
níveis de resiliência e fatores estressores 
• Fatores biológicos: genética, metabolismo e/ou 
fatores externos que influenciam o organismo 
 
ID – EGO – SUPEREGO 
• ID: inato e instintivo, anormal, inconsciente, 
principio do prazer 
• EGO: formado a partir do ID, moral, 
pragmático, consciente, princípio da realidade 
• SUPEREGO: formado a partir do EGO, Hiper 
moral, funciona de forma não consciente 
principio do dever. 
 
NEUROSE 
São as neuras que criamos na nossa cabeça e isso 
nos causa ansiedade, depressão, temos noção que 
aquilo está nos afetando, e a gente sabe o que é real 
e o que é imaginário, não tem quebra com a 
realidade. 
 
PSICOSE 
A psicose te causa vários processos de pensamentos 
e a pessoa não sabe o que é real e o que é 
imaginário, elevado grau de decomposição da 
personalidade, o contato com a realidade é muito 
atingido, o psicótico fica impossibilitado de atuação 
social, tendencia à deterioração dos costumas, 
comportamentos imprevisíveis, desigualdade, 
antissocial. 
 
“a diferença entre o neurótico e o psicótico é que o 
psicótico acha que 2+2 são 5. O neurótico sabe que 
não 4, mas ele não se conforma com isso” 
COMUNICAÇÃO TERAPEUTICA 
 
EXPRESSÃO -> da oportunidade do paciente se 
expressar. 
 
 
CLARIFICAÇÃO: fase que vou perguntar a 
ele, tentar responder, estimular ele á falar 
suas sensações, seus sentimentos. 
 
 
VALIDAÇÃO: quais orientações eu vou fazer, para 
onde irei encaminhar esse paciente, meu 
diagnóstico. 
 
OBJETIVO: 
• Descobrir e utilizar sua capacidade 
• Reconhecer potencial e limitações 
• Ajustar-se 
• Enfrentamento dos esafios 
• Não buscar modular sujeitos 
 
COMUNICAÇÃO EM EQUIPE 
• Respeito as formações 
• Considerando os saberes individuais 
• TRANSDISCIPLINARIDADE 
 
 
Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 2 – REFORMA PSIQUIATRICA E 
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
REFORMA PSIQUIATRICA -> contextualização 
Histórica 
Antiguidade: 
• Nau dos loucos 
• Sangria e correntes 
 
CONSOLIDAÇÃO DA PSIQUIATRIA – 1° 
REFORMA 
Pinel 1801 -> tratamento moral 
• Pai da psiquiatria 
• Reconheceu que teria que separar essas pessoas 
em atendimentos específicos 
• Um dos primeiros profissionais que olhou a 
doença mental como uma doença especifica 
 
FINAL DO SECULO XIX 
PSIQUIATRIA ORGANICISTA 
Kraepelin – cura no corpo 
• Malarioterapia, hidroterapia e 
eletroconvulsioterapia 
• As praticas físicas acabaram sendo 
deturpadas e virando uma forma de tortura 
Malarioterapia: Faziam a doença atingir o paciente 
para que a febre da malária desse convulsões e com 
isso ele seria “curado” 
 
“mente influencia o corpo, e o corpo influencia a 
mente” 
 
SECULO XX 
PRINCIPIO DA NOVA REFORMA 
• Biografia de Beers – EUA 1908 
• Bion e os grupos terapêuticos 
• Freud e a subjetividade 
• Maxuel Jones – comunidades terapeuticas 
• Gerald caplan – prevenção e coletividade 
 
PSIQUIATRIA NO BRASIL 
• Organicista – eugenia 
• Preventivista – comunitária – juliano moreira 
• Reforma psiquiátrica e psicoterapias 
 
LUTA ANTIMANICOMIAL 
• Franco basaglia – Itália. Promoveu a importante 
reforma no sistema de saúde mental italiano. 
• Comparou os hospitais psiquiátricos aos campos 
de concentração nazistas de Adolf Hitler 
• LEI N° 180, ano 1978 (LEI BASAGLIA) 
estabeleceu a abolição vigente ate o presente 
momento. 
 
MOVIMENTO DA REFORMA PSIQUIATRICA 
• Modificar o sistema de tratamento clínico da 
doença mental, eliminando gradualmente a 
interação como reforma de exclusão social 
• Conceder direitos de cidadania aos portadores 
de transtornos mentais 
 
MATERIALIZAÇÃO DA REFORMA 
I CONFERENCIA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL 
– JUNHO 1989 
• LEI 10.216 – 6 ABRIL 2001 
• PORTARIA GM 336/02 – SERVIÇOS 
 
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
• Desvia o foco da medicalização 
• Incorpora a interdisciplinaridade e 
multiprofissionaridade 
• Estimula a autonomia possível aos sujeitos 
portadores de transtornos mentais. 
 
Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 3 -RAPS 
REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL NO SUS 
E OS CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
 
1.REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE 
Para ser instituída, deve conter, no mínimo, ações e 
serviços de: 
I. Atenção primária 
II. Urgência e emergência 
III. Atenção psicossocial 
IV. Atenção ambulatorial especializada e hospitalar; 
e 
V. Vigilância em saúde 
2. HISTÓRICO 
• Nos anos 70 – modelo que, nos casos indicados, 
substituísse o isolamento do hospital 
especializado e fosse entrado no convívio com a 
família e a comunidade (BRASIL, 2011) 
• I conferencia nacional de saúde mental 1987 
– criação do SUS 1988 
• Anos 90 – II CN – declaração de Caracas 
(importante) 
• Lei 10.216/01 – redireciona o modelo 
assistencial em saúde mental – III CN 
• a politica nacional de saúde mental, apoiada 
na lei n° 10.216/01. Preconiza um modelo que 
inclui um tratamento aberto com base 
comunitária (BRASIL, 2011) 
 
EXPANSÃO E CONSOLIDAÇÃO DA REDE DE 
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
• redução programa dos leitos psiquiátricos 
• expansão e qualificação da RAPS – programa 
anual de reestruturação da assistência 
psiquiátrica hospitalar no SUS – PNASH 
• inclusão de ações de saúde mental na atenção 
básica 
• atenção integral a usuários de álcool e outras 
drogas 
• programa permanente de formação de 
profissionais para a saúde mental 
 
3. REDE DE CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL 
 
 
3.1 COMPOSIÇÃO DE UMA REDE DE 
SERVIÇOS DE SAÚDE MENTAL 
Atenção básica: 
• Unidade básica 
• Núcleode apoio a saúde da família 
 
Atenção psicossocial estratégica 
• Centro de atenção psicossocial 
 
Atenção hospitalar 
• Leitos em hospitais gerais 
 
Estrategiais de Desinstitucionalização 
• Serviços de residências terapêuticos 
• Programa de volta pra casa 
 
 
 
3.2.1 SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO 
BÁSICA 
Atenção básica: 
• Importante estratégia de aumento do acesso 
aos cuidados em saúde mental 
• Incentivar a incorporação das ações de saúde 
mental na ESF 
 
Estratégia saúde da família – ESF 
• Possibilitar ações de vigilância em saúde mental, 
localizando e atuando nas áreas de risco 
geradoras de sofrimento mental. 
 
Núcleo de atenção integral na saúde da família – 
NASF 
• Apoio matricial às equipes de saúde da família – 
aumento da capacidade resolutiva 
 
 
 
 
 
3.1.1 CENTROS DE ATENÇÃO 
PSICOSSOCIAL - CAPS 
Portaria GM/MS 336/02 
• Serviço aberto e comunitário 
• Referencia e tratamento para pessoas com 
transtornos graves e persistentes 
• Regular a porta de entrada da rede de 
assistência em saúde mental 
• Equipe multidisciplinar 
 
3.2.2 CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
-CAPS 
Atenção diária que possa promover a redução das 
internações em hospitais psiquiátricos. Articula 
estrategicamente a rede e a política de saúde 
mental; suporte às ações de SM na atenção básica 
Promover a reinserção social do indivíduo através de 
ações intersetoriais 
 
3.2.3 MODALIDADES DE CAPS 
 
 
3.1.3 SERVIÇO DE RESIDENCIA 
TERAPÊUTICO -SRT 
Portaria MS 106/2000 
 
• Dispositivo essencial para o processo de 
desinstitucionalização 
• Devem estar localizadas no espaço urbano e 
atender às características de uma moradia 
• Deve acolher no máximo 8 pessoas, e contam 
com a supervisão de cuidadores 
• Devem estar vinculados a um CAPS 
 
 
 
 
 
 
 
3.2.4 SERVIÇO DE RESIDÊNCIA 
TERAPEUTICO - SRY 
 
3.1.4 PROGRAMA DE VOLTA PARA CASA 
• Destinado a pessoas egressas de longa 
internações 
• Foi criado pela lei federal 10.708 em 2003 
• Auxilio-reabilitação psicossocial 
• Compromisso do gestor em garantir a 
assistência extra-hospitalar ao paciente egresso 
de internações 
 
3.2.6 LEITOS DE ATENÇÃO INTEGRAL 
• Leitos em CAPS III 
• Serviços hospitalares de referencia para AD 
• Leitos em hospitais gerais 
 
Desafios 
• Necessidade de ampliação destes serviços 
• Superação da resistência entre os profissionais 
• Serviço deve estar articulado à rede de saúde 
mental 
• A rede deve oferecer como suporte e para 
compartilhamento de casos 
• Necessidade de revisão da normatização dos HG 
 
4. RAPS/ BELÉM/ ANANINDEUA 
MUNICÍPIO 
• NASF 
• UBS’s 
• CAPS (4) – CAPSI/ CASA DE SAÚDE MENTAL DO 
ADULTO (CAPSIII)/ CASA MENTAL ÁLCOOL E 
DROGAS (CAPS AD)/ CASA MENTAL 
MOSQUEIRO (CAPS II). 
 
ANANINDEUA- CAPS i/CAPS ad e CAPS II. 
ESTADO 
• CAPS AMAZÔNIA (I) 
• CAPS MARAJOARA (AD) 
• CAPS RENASCER (III) 
• CAPS GRÃO PARÁ (III) 
• CAPS ICOARACI 
• HG – GASPAR VIANNA 
• URGENCIA – PSM 
 
NOVAS MUDANÇAS – NOVA POLÍTICA DE 
SAÚDE MENTAL 
Portaria GM/MS nº 3449/2018 de 25 de outubro 
de 2018 
Institui Comitê com a finalidade de consolidar 
normas técnicas, diretrizes operacionais e 
estratégicas no contexto da política pública sobre o 
álcool e outras drogas, que envolvem a articulação, 
regulação e parcerias com organizações da 
sociedade civil denominadas Comunidades 
Terapêuticas. 
 
Portaria SAS/MS 544 de 7 de maio de 2018 
Define diretrizes para o cadastro do novo porte de 
Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras 
Drogas do Tipo IV (CAPS AD IV) 
 
4 FORMAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE 
MENTAL 
• Cursos de especialização, aperfeiçoamento e 
atualização em saúde mental 
• Residências multiprofissionais em Saúde Mental; 
Supervisão Clínico-Institucional. 
 
Novas estratégias no MS: 
Ampliar apoio de cursos à distância; 
tele saúde. 
 
 
 
 
 
http://mds.gov.br/obid/nova-politica-nacional-de-saude-mental/portaria-gm-ms-no-3449-2018-de-25-de-outubro-de-2018
http://mds.gov.br/obid/nova-politica-nacional-de-saude-mental/portaria-gm-ms-no-3449-2018-de-25-de-outubro-de-2018
http://mds.gov.br/obid/nova-politica-nacional-de-saude-mental/portaria-gm-ms-no-3449-2018-de-25-de-outubro-de-2018
http://mds.gov.br/obid/nova-politica-nacional-de-saude-mental/portaria-gm-ms-no-3449-2018-de-25-de-outubro-de-2018
http://mds.gov.br/obid/nova-politica-nacional-de-saude-mental/portaria-sas-ms-544-de-7-de-maio-de-2018
http://mds.gov.br/obid/nova-politica-nacional-de-saude-mental/portaria-sas-ms-544-de-7-de-maio-de-2018
http://mds.gov.br/obid/nova-politica-nacional-de-saude-mental/portaria-sas-ms-544-de-7-de-maio-de-2018
http://mds.gov.br/obid/nova-politica-nacional-de-saude-mental/portaria-sas-ms-544-de-7-de-maio-de-2018
http://mds.gov.br/obid/nova-politica-nacional-de-saude-mental/portaria-sas-ms-544-de-7-de-maio-de-2018
Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 4 – CAPS 
Os centros de atenção psicossocial (CAPS), entre 
todos os dispositivos de atenção à saúde mental, 
têm valor estratégico para a reforma psiquiátrica 
brasileira. Com a criação desses centros, possibilita-
se a organização de uma rede substitutiva ao 
hospital psiquiátrico no país. 
 
O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à 
população de sua área de abrangência realizando o 
acompanhamento clínico e a reinserção social dos 
usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos 
direitos civis e fortalecimento dos laços famílias e 
comunitários. 
 
 
QUEM PODE SER ATENDIDO NO CAPS? 
Pessoas com transtornos mentais severos e 
persistentes (adultos e, também crianças e 
adolescentes), incluindo as enfermidades 
secundárias ao uso de substancias psicoativas 
 
Levando em mãos seus documentos: 
• RG, cpf, comprovante de residência e 
carteirinha do SUS 
• Acompanhado por responsável 
 
QUEM PODE ATENDER? 
Uma equipe multiprofissional, mais os médicos e 
nutricionistas tem outras funções que acabam não 
conseguindo fazer esse atendimento 
 
QUAIS SÃO OS TIPOS DE CAPS 
Os CAPS podem ser de tipo I, II, II, álcool e drogras 
(CAPSad) e infanto-juvenil (CAPSi), para sua 
implantação deve-se primeiro observar o critério 
populacional, cujos parâmetro são definidos da 
seguinte forma. 
 
PROJETO TERAPÊUTICO 
Um conjunto de atendimentos que respeite a sua 
particularidade 
• Atendimento intensivo: diário ou + de 
18/mês 
• Atendimento semi-intensivo: ate 12 dias 
ou 9 a 17/mês 
• Atendimento não-intensivo: de 3 a 8/mês 
 
 
 
QUAIS SÃO OS TIPOS DE CAPS 
Os CAPS podem ser de tipo I, II, II, álcool e drogras 
(CAPSad) e infanto-juvenil (CAPSi), para sua 
implantação deve-se primeiro observar o critério 
populacional, cujos parâmetro são definidos da 
seguinte forma. 
QUEM FAZ O PROJETO TERAPÊUTICO 
• Inicial: terapeuta de referencia 
• Terapeuta de referência: 
o Monitorar junto com o usuário o seu 
projeto terapêutico 
o Responsável junto ao ministério da 
saúde 
• Equipe multidisciplinar 
 
MAPA DE ATIVIDADES 
• Atividades individuais agendas: consulta 
médica, atendimento psicológico, consulta 
nutricionista 
• Atividades individuais não agendadas: 
atendimento com assistente social, enfermeiro e 
farmacêutico (obrigatório durante atendimento 
médico) 
• Visitas domiciliares: assistente social e 
enfermeiro 
• Atividades em grupo 
• Atividades físicas em oficinas ou aulas 
• Grupos terapêuticos: grupos psicodinâmicos, 
grupos de apoio a família, grupo de alta, etc. 
• GRT: grupo de referencia técnica 
• Atividades comunitárias: festas e eventos 
programados 
• Oficinas terapeuticas 
 
 
 
 
 
OFICINAS TERAPÊUTICAS 
• Leitura de texto em grupos 
• Vídeos 
• Planejamento de 
 
Oficinas expressivas: espaços de expressão plástica 
(pintura, argila, desenho etc.), expressão corporal 
(dança, ginástica e técnicas teatrais), expressão 
verbal (poesia, contos,leitura e redação de textos, 
de peças teatrais e de letras de música), expressão 
musical (atividades musicais), fotografia, teatro. 
 
Oficinas geradoras de renda: culinária, mercearia, 
costura, fotocópias, venda de livros, fabricação de 
velas, artesanato em geral, cerâmica, bijuterias, 
brechó, etc. 
 
Oficinas de alfabetização: esse tipo de oficina 
contribui para que os usuários que não tiveram 
acesso ou que não puderam permanecer na escola 
possam exercitar a escrita e a leitura, com um 
recurso importante na (re)construção da cidadania. 
 
CONCLUINDO O PROJETO TERAPÊUTICO 
• Considerar todas as atividades, incluindo as 
refeições 
• Discussão com equipe multidisciplinar em 30 
dias 
• Apresentação e fechamento com o usuário 
• Alteração sempre que necessário 
 
QUAL O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CAPS 
O trabalho do profissional de enfermagem dentro 
dos CAPS AD se constitui na reabilitação 
psicossocial que inclui a reinserção do sujeito nas 
atividades diárias, no mundo do trabalho e nos 
espaços comunitários. 
 
 
Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 5 – A POLÍTICA NACIONAL DE 
ATENÇÃO AOS USUÁRIOS DE ALCOOL E 
OUTRAS DROGAS 
PRINCÍPIOS DA REFORMA PSIQUIÁTRICA 
• Reorientação do modelo assistencial; 
• Mudança da maneira de cuidar: da cultura de 
internação ao acolhimento da crise; 
• Mudança da maneira de olhar: convívio 
social; 
• Atenção Psicossocial – Dispositivos. 
 
As políticas brasileiras na área das drogas já foram 
muito moralistas. 
 
Punição e que tinham falhas de caráter. 
 
Atualmente as políticas buscam criar ações que 
garantam aos usuários, o direito a ter acesso aos 
cuidados que necessitarem. 
 
Usuário tem direito a ajuda ou orientação. 
 
PANORAMA GERAL DA POLÍTICA 
NACIONAL AOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL E 
OUTRAS DROGAS 
• MS – PNS álcool e outras drogas / 2004. 
• – Portaria GM/336/02 
o Assistência a saúde mental 
o CAPS 
o CAPS ad 
• Ênfase na Reabilitação e Reinserção social dos 
usuários de álcool e outras drogas. 
 
Cuidado – Ações para estruturar redes de atenção 
de saúde e de assistência social para o atendimento 
aos usuários de drogas e seus familiares 
 
Autoridade – ações para reduzir a oferta de crack e 
outras drogas ilícitas, pela repressão ao tráfico, crime 
organizado e pela garantia de condições de 
segurança. 
 
Prevenção – ações para fortalecer vínculos 
familiares e comunitários e reduzir fatores de risco 
para o uso de drogas. 
 
Visa, também, integrar diversos Ministérios 
Governamentais, uma vez que essa problemática 
atinge outros segmentos da sociedade, bem como, 
agir no tratamento, prevenção e redução de danos 
aos usuários de álcool e drogas. 
• Focada na redução de danos 
 
POLÍTICA DE REDUÇÃO DE DANOS 
Portaria nº 1.028/GM, de 1 de julho de 2005 
• Informação, educação e aconselhamento 
• Disponibilização de insumos de proteção à 
saúde e de prevenção ao HIV/Aids e hepatite 
• Estabelecer que as ações de informação, 
educação e aconselhamento tenham por 
objetivo o estímulo à adoção de 
comportamentos mais seguros no consumo de 
produtos, substancias ou drogas que causem 
dependência, e nas práticas sexuais de seus 
consumidores parceiros sexuais. 
• Desestímulo ao compartilhamento de 
instrumentos utilizados para consumo de 
produtos, substâncias ou drogas que causem 
dependência. 
• Orientação sobre prevenção e conduta em caso 
de intoxicação aguda (overdose) 
• Orientação para prática do sexo seguro. 
 
POLÍTICA NACIONAL SOBRE DROGAS 
DECRETO Nº 9.761, DE 11 DE ABRIL DE 2019 
• Art. 4º Fica revogado o decreto anterior; 
• Terapia de abstinência; 
• Leitos hospitalares devem estar disponíveis para 
acolher, proteger e tratar os dependentes. 
• Aumento da internação involuntária; 
• Aumento da Hospitalização; 
• Inserção das comunidades terapêuticas; 
• Aprovação da terapêutica de 
Eletroconvulsioterapia pelo SUS. 
 
OS CAPS AD - POLÍTICAS E AÇÕES 
TERAPÊUTICAS 
Portaria GM/816 de 30/04/2002 
• Criação de 250 CAPS ad 
(fortalecimento da rede de assistência); 
 
Além dos CAPS ad, a rede apoia-se em: 
• Leitos psiquiátricos em hospitais gerais; 
• Internação domiciliar; 
• Inserção comunitária de serviços. 
 
 
Consultório na rua: essas equipes possuem 
profissionais de várias formações que atuam de 
forma itinerante nas ruas desenvolvendo ações 
compartilhadas e integradas às Unidades Básicas de 
Saúde, CAPS, Serviços de Urgência e Emergência e 
outros pontos de atenção. 
 
Unidade de acolhimento: oferece acolhimento 
transitório às pessoas de ambos os sexos, com 
necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e 
outras drogas. Elas funcionam como casas onde as 
pessoas que estejam em tratamento nos CAPS tem 
apoio profissional e podem viver por um período. 
Acolhem até 15 adultos por até 6 seis meses, 
apoiando seus moradores na busca de emprego, 
estudo e outras alternativas de moradia. São 
espaços abertos, de acolhimento sempre voluntário. 
 
Centro de referência especializado para 
população em situação de rua: O Centro Pop é um 
espaço de referência para o convívio grupal, social e 
o desenvolvimento de relações de solidariedade, 
afetividade e respeito. Serviço Especializado para 
Pessoas em Situação de Rua, proporcionar vivências 
para o alcance da autonomia e estimular, a 
organização, a mobilização e a participação social. 
 
Comunidade terapêutica: o modelo da 
abstinência, em oposição ao modelo defendido 
pela redução de danos (Redução gradativa). É 
exigido a abstinência como condição para o início 
do tratamento. Pacientes interrompem o vínculo 
com a comunidade exterior e começam a participar 
de uma rotina disciplinarizada que alterna trabalhos 
diversos, práticas de espiritualidade religião e 
acompanhamento médico. 
 
O QUE É O ALCOOLISMO? 
Classificação: 
• Alcoolista Leve; 
• Alcoolista Moderado; 
• Alcoolista Pesado. 
 
Ações Governamentais de controle e fiscalização: 
• Levantamento feito pelos ACS durante 
visitas; 
• Proibição da droga; 
• Maiores taxas de impostos; 
• Obrigatoriedade de alerta de riscos nas 
carteiras de cigarro. 
 
A experimentação do álcool, tem iniciado cada vez 
mais cedo. No ano de 2006, 13% dos entrevistados 
tinham experimentado bebidas alcoólicas com idade 
inferior a 15 anos. Esse percentual subiu para 22% 
em 2012. Aumento do uso de maneira mais precoce 
entre as mulheres. 
 
Desenvolver estratégias voltadas para o público 
mais jovem é de fundamental relevância; 
 
Efeitos negativos do uso sobre este grupo etário são 
maiores - adolescência um período crítico e de risco 
para o início do uso. 
 
Comorbidades associadas como, por exemplo, a 
depressão, que se apresenta com maior prevalência 
entre abusadores de álcool. Identificou-se que 5% 
da população brasileira já realizou alguma tentativa 
de suicídio, destas 24% associadas ao consumo de 
álcool, o que remete à necessidade de atuar 
diretamente sobre tal realidade. 
 
Representatividade de internações entre os 
transtornos mentais e comportamentais, devido ao 
uso de todas as substâncias psicoativas. 
 
 
O QUE É SER USUÁRIO? 
Denomina-se usuário, conforme o artigo 28 da nova 
Lei de Drogas, aquele que: "adquirir, guardar, tiver 
em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em 
desacordo com determinação legal ou 
regulamentar". 
 
O QUE É SER TRAFICANTE? 
No pensamento atual, denomina-se traficante o 
sujeito ativo do crime de tráfico ilícito de 
entorpecentes. 
 
O artigo 33 da Lei 6.368/76, estabelece que: Art. 33 
- Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, 
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter 
em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, 
prescrever, ministrar, entregar a consumo ou 
fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem 
autorização ou em desacordo com determinaçãolegal ou regulamentar 
 
Face ao exposto, e devido as subjetividades que 
envolvem essas diferenciações sobre usuário e 
traficante segue o link com mais informações: 
 
Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 6 – TRANSTORNOS DO 
PENSAMENTO – ESQUIZOFRENIA (F20.0) 
Características principais: distorções e alterações 
do pensamento, do senso percepção, na expressão 
afetiva, nos movimentos e comportamento. São 
distinguidos em: 
Sintomas positivos: (caracterizam a psicose) 
• Pensamento: desagregação/eco e 
sonorização/roubo ou inserção (pensamento 
extraído da mente) / difusão (seus pensamentos 
são ouvidos) /delírios. 
o Tipos de delírios: persecutórios, 
grandeza, ciúme, de culpa, místico, de 
controle 
• Sensopercepção: alucinações auditivas, visuais, 
tátil, olfativa e gustativa. Youtube (escute as 
vozes da esquizofrenia) 
• Comportamento bizarro 
 
Sintomas negativos: ausência ou insuficiência de 
comportamento normal. 
• Pensamento: 
o Alogia: ausência da comunicação verbal 
e não verbal (expressa a pobreza de 
pensamento) 
• Afetividade: 
o Embora afetivo: não exteriorizam as 
emoções. 
o Inexpressividade: importante sintoma 
para detectar precocemente a doença 
• Atividade: 
o Apatia ou abulia: dificuldade em iniciar 
ou continuar uma atividade 
o Anedonia: falta de prazer que sinaliza 
indiferença em relação à atividades 
prazerosas. 
 
Sintomas desorganizados: 
• Discurso desorganizados – associação ou 
interrupção. Ex: por que você está aqui no caps? 
– não quero estar aqui. A hora esta e quando 
surge oportunidade ...” 
• Comportamento desorganizado ou 
inapropriado: riem ou choram em ocasiões 
impróprias, agir de modo incomum em público, 
maneirismos estereotipados comportamento 
bizarro. 
• Verificação do conhecimento I / o solista. 
 
TIPOS DE ESQUIZOFRENIA: PARANÓIDE 
Paranoide: caracterizada pela presença de delírios e 
de modo geral são acompanhados por alucinações. 
 
Formas de delírios: 
• Erotomaníaco: é amada por alguém de status 
superior 
• Grandioso: acredita em seu potencial e poder 
acima do que é razoável (ser uma divindade ou 
celebridade) 
• Ciumento: acredita que o parceiro sexual é infiel 
• Persecutório: acredita estar sendo vigiado ou 
perseguido ou alguém de seu relacionamento 
sendo maltratado. (síndrome capgras-sócia) 
• Somático: julga ter defeito físico ou problema 
de saúde. (síndrome cotard – parte do corpo está 
alterada, sumiu...) 
• Alucinações: 
o Aptidões cognitivas relativamente 
preservadas 
o Melhor prognóstico em relação à 
▪ Discurso desorganizado 
▪ E emotividade 
 
TIPOS DE ESQUIZOFRENIA: 
DESORGANIZADO 
Desorganizado ou hebefrênico: 
• Rupturas na fala e no comportamento com 
emotividade inapropriada, risos imotivados, 
incongruência emocional, comportamento 
bizarro, pueril, imprevisível. 
• Delírios e alucinações inconscientes e 
fragmentados, com escasso contato com a 
realidade. 
 
TIPOS DE ESQUIZOFRENIA: CATATÔNICO 
Catatônico: predomínio de distúrbios 
psicomotores, alternando-se entre polos opostos, 
como: 
• Hiperatividade, hipercinesia, movimentos 
estereotipados, trajetos faciais proeminentes, 
momento de agitação violenta (furor catatônico) 
• Estupor catatônico, flexibilidade cérea, 
obediência automática, extremo negativismo 
(resistência a instruções) 
• Ecopraxia: imitação automática dos movimentos 
• Alterações na fala: 
o Mutismo ou alogia: breves respostas ou não 
fala 
o Ecolalia: repetição automática das palavras 
TIPOS – ATÍPICOS 
Indiferenciado: possuem os principais sintomas de 
esquizofrenia, mas não atendem aos critérios dos 
outros tipos, com leve predomínio dos sintomas 
negativos. 
 
Residual: pelo menos um episódio de esquizofrenia, 
exibindo sintomas remanescentes: crenças 
negativas, ideias incomuns, isolamento social, 
inatividade e isolamento afetivo. 
 
Verificação do conhecimento II 
 
SINAIS PRODRÔMICOS 
Podem surgir ate duas décadas antes da 
manifestação da esquizofrenia: 
• Retraimento social e introversão 
• Manifestação de desconfiança e isolamento 
• Na adolescência não estabelecem 
relacionamento afetivo com o sexo oposto 
• Aparente interesse por assuntos filosóficos, 
esotéricos ou ficção. 
 
TRATAMENTO 
Neurolépticos 
1. Antipsicóticos convencionais “típicos” 
(eficácia em 60% casos) 
• Haloperidol (haldol) 
• Clorpromazina (thorazine) 
• Perfenazina e flufenazina (só genérico) 
 
2. Segunda geração ou “atípicos” 
• Clozapina (clozaril) – e.c agranulocitose 
• Risperidona (risperdal) 
• Olanzapina (zyprexa) entre outros.... 
 
PORQUE AS VEZES NÃO USAM OS 
REMEDIOS? 
Efeitos colaterais: 
• Sintomas extrapiramidais (Parkinson) 
o Acinesia: ausência de expressão facial, 
lentidão motora, fala monótona 
o Discinesia tardia: movimentos involuntários 
na face 
o Alternativa: drogas injetáveis de longa 
duração 
o Estimulação eletromagnética 
o Eletroconvulsoterapia 
o Vínculos (psicoterapias) 
Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 7 – CRISES PSIQUIATRICAS 
O atendimento aos portadores de quadros agudos, 
de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, deve 
ser prestado por todas as portas de entradas do SUS. 
 
Emergência psiquiátrica 
Distúrbio do pensamento, sentimentos ou ações que 
envolvem risco de vida ou risco social grave, 
necessitando de intervenções imediatas e 
inadiáveis (horas-minutos) 
• Ex: violência, suicídio, automutilação, 
autonegligência, juízo crítico muito 
comprometido. 
 
Urgência psiquiátrica 
Distúrbio do pensamento, sentimentos ou ações que 
implicam risco menores de vida ou social, 
necessitando de intervenções a curto prazo (dias-
semanas) 
• Comportamento bizarro, quadros agudos de 
ansiedade, síndrome conversivas. 
 
Situações eletivas 
A rapidez da intervenção não é critério 
essencialmente importante 
• Ansiedade leve, distúrbios de 
relacionamento interpessoal, informações 
sobre medicação, fornecimento de receitas. 
 
QUAIS OS TIPOS DE INTERNAÇÕES 
PSQUIATRICAS PERMITIDAS NO BRASIL? 
PARTE I 
 
“Avaliação exame do estado mental” – a mente 
humana é uma integridade indivisível, mas o 
funcionamento psíquico pode ser analisado em 
diversas funções mentais 
 
Funções mentais: 
• Consciência 
• Atenção 
• Sensopercepção 
• Orientação 
• Memória 
• Inteligência 
• Afetividade 
• Pensamento 
• Conduta 
• Linguagem 
 
Síndrome de perturbação da conduta – “a 
agitação e agressividade se observa diferentes 
patologias” 
 
Caso 1 
O ACS Alexandre trouxe o relato bastante detalhado 
de um conjunto de alterações comportamentais 
apresentadas por Bernardo. O dr. João identifica 
imediatamente a necessidade de avaliar o quanto 
antes o paciente. Entretanto já a partir do relato do 
ACS, pode iniciar um exercício diagnóstico 
preliminar. Considerando estes aspectos quais são 
os principais sinais e sintomas presentes no relato de 
Alexandre? 
 
 
 
Quais as origens da agitação psicomotora? 
• Exógena (externo-droga, tóxico, infecção) 
o Comprometimento de consciência pode 
ir desde a confusão ao coma 
o Varia durante o dia 
 
• Psicogênica: 
o Uma situação psicotraumática numa 
personalidade premórbida suscetível, 
pode levar a uma agitação de tipo 
psicogênica 
o Própria de personalidades muito 
primitivas, desestruturadas e que 
descompensam facilmente 
 
• Endógena: 
o Frequente em psicoses esquizofrênicas, 
psicoses maníacas ou depressivas. 
 
 
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS 
1. Agitação psicogênica 
• Desequilíbrio emocional, descontrole 
• Linguagem elevada, exaltada, loquaz, às vezes 
ameaçadora 
• Gestos exagerados de rechaço ou de 
aproximação 
• Vocifera ameaças suicidas e homicidas 
• Rechaça ajuda a gritos 
• Lesões leves de autoagressão 
• Existe situação conflitiva prévia 
• Discursoabordos os motivos 
• Personalidade primitiva, com déficit 
intelectual, propensos a explosões 
incontroláveis. Excepcionalmente, é possível 
em personalidades normais. 
 
2. Paciente psicótico 
• Principais característica: distorção da 
realidade 
• Alterações da sensopercepção: alucinações 
visuais, auditivas, cinestésicas; ilusões 
• Alterações do pensamento: delírios mais, 
ou menos, estruturados. 
 
3. Agitação psicomotora 
• “É o aumento da atividade mental e motora, 
de tal maneira, que chega a ser desordenada 
e incontrolável, e portanto, perigosa para o 
individuo e para os demais” 
• Inicio de periculosidade: 
▪ Comportamento da consciência 
▪ Atitude tensa e ameaçadora 
▪ Antecedentes de violência 
▪ Agitação intensa 
 
4. Violência 
• Quadros psicóticos 
• Quadros de intoxicação exógena por 
substancias psicoativas (álcool e drogas) 
• Quadros depressivos severos e/ou agudos (as 
assim chamadas crise de “DNV” pelos clínicos) 
• Quadros pós comiciais (pós convulsão) 
• Quadros metabólicos 
• Quadros neurológicos/neurocirúrgicos 
 
5. Suicídio 
• Risco de suicídio: ideação suicida, presença 
de um plano suicida, tipo de plano, presença 
de comorbidades, tentativas prévias, tentativa 
atual, risco de recidiva. 
• Avaliar a probabilidade de que a ideação 
suicida leve ao ato suicida e tenha como 
desfecho a morte autoinduzida 
• Considera-se que um plano plenamente 
factível, com um método de fácil acesso e 
uma alta probabilidade de êxito letal indicam 
alto risco de suicídio. 
 
6. Síndromes ansiosas 
• Egodistônica (os sintomas contrariam e 
perturbam a própria pessoa): angustia, 
irritabilidade e/ou labilidade, tensão, insônia, 
dificuldade de concentração 
• Sintomas físicos: taquicardia, tontura, cefaleia, 
dores musculares, dores gástricas, 
formigamentos, suor frio, tremores, falta de 
ar, náuseas 
• Despersonalização, desrealização 
• Medo de morrer ou de enlouquecer 
• Por dias, meses ou crises intermitentes 
 
7. Intervalo lúcido 
• Fase de certas doenças mentais, na qual os 
sintomas desaparecem, dando a impressão 
de que o paciente voltou a ser um individuo 
normal. 
 
 
 
PARTE II 
Abordagem inicial, manejo e intervenções com 
técnicas farmacológicas 
 
Tratamento das urgências 
• Dependera do diagnostico, da gravidade, do 
risco vital, do lugar de procedência do 
paciente, se hospitaliza ou não 
• Poderá bastar uma intervenção breve ou 
somente encaminhamento a uma clinica 
• A orientação à família é fundamental 
 
O profissional da saúde deve! 
• Adotar atitudes que não causam lesão ao 
paciente 
• Evitar se expor desnecessariamente 
• Adotar uma atitude sóbria, empática 
• Respeitar a dignidade do paciente. 
 
Manejo ambiental 
• Retirada de objetos que podem ser usados 
para agredir (tesouras...) 
• Fácil acesso a portas 
• Atendimento precoce e com privacidade 
• Observação contínua 
• Redução de estímulo externos 
• Afastamento de pessoas que podem ser 
desestabilizadores a pessoa em sofrimento 
 
Manejo 
• Apresenta-se e situar o serviço e a equipe 
• Não fazer ameaça, não constranger, não 
humilhar 
• Evitar movimentos bruscos ou atitudes 
ameaçadoras 
• Olhar diretamente a pessoa, mantendo certa 
distancia 
• Falar pausadamente, com clareza e firmeza 
• Fazer perguntas claras, diretas e objetivas 
• Não confronte 
• Estimular a falar 
• Mostrar-se disposto a ajudar 
• Diminuir a tensão do momento 
 
Descarte a possibilidade de psicose iminente 
Comportamento do paciente durante a entrevista é 
o preditor mais importante de violência iminente: 
• Paciente com as mãos fechadas, com a 
musculatura tensa, sentado na ponta da 
cadeira, inquieto 
• Paciente que fala alto, de forma ameaçadora 
ou que blasfema 
• Paciente desconfiado ou com o humor 
irritado, exaltado ou eufórico 
• Paciente intoxicado por álcool ou por 
drogas. 
 
CONTENÇÃO FÍSICA É IGUAL CONTENÇÃO 
MECÂNICA? 
Contenção mecânica: ao contrario do que muitas 
vezes se pensa, a reação do paciente à contenção 
mecânica é, no final do tratamento de gratidão, ao 
se dar conta de que foi impedido de agir de forma 
destrutiva durante seu episódio de agitação 
 
“a única norma legal que pode aplicar à contenção 
física de paciente é a lei n° 10.216 de 6 de abril de 
2001, que no artigo 2°, item VIII do paragrafo único, 
declara ser direito do paciente “ser tratado em 
ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos” 
Sendo indubitavelmente a restrição física um meio 
invasivo, deduz-se que sua aplicação deve ser 
excepcional e cercada de todos os cuidados, para 
que a ação sobre o paciente seja a menos lesiva 
possível. 
 
Consta na resolução n° 1.598/2000, do conselho 
federal de medicina, a indicação e prescrição de 
contenção física ao paciente psiquiátrico pelo 
médico. 
 
Parecer técnico COREN-MS n° 004/2004: o 
enfermeiro possui competência técnica e legal para 
realizar a prescrição da contenção e/ descontenção 
física de pacientes em risco para a violência dirigida 
a si mesmo ou aos outros, constituindo atividade 
compartilhada com o profissional médico, 
independente da presença deste. 
 
A contenção mecânica pode desencadear 
complicações clinicas graves, como desidratação, 
redução da perfusão em extremidades, fraturas, 
depressão respiratória e ate mesmo morte súbita. 
 
A adequação do comportamento da equipe no 
manejo da situação é um aspecto fundamental para 
a prevenção de agressão física ou danos materiais. 
 
• Em dois pontos (somente MMSS) 
• Em quatro pontos (MMSS e MMII) 
• Em cinco pontos (MMSS, MMII e TORAX) 
• Lençol de contenção 
• Faixa de contenção no leito 
• Grupo de apoio – com auxílio de 8 pessoas 
 
Dois pontos 
 
 
Quatro pontos 
 
Lençol de contenção 
 
 
Faixa de contenção no leito 
 
 
Manejo afetivo 
• É comumente utilizado em crianças, tentando 
com isso acalmá-la. 
• Técnica: 
o A – Abraçar a criança por trás e ficar 
conversando com ela em tom suave e 
calmo. 
o B – Abraço de urso, sempre conversando 
com a criança 
 
Contenção química 
Tranquilização rápida: entende-se por 
tranquilização rápida a obtenção de redução 
significativa dos sintomas de agitação e 
agressividade sem a indução de sedação mais 
profunda ou prolongada. 
 
 
Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 8 – SINDROME DE BURNOUT 
Burnout é um “incêndio interno”, um “esgotamento 
dos recursos físicos e mentais” 
 
É “esgotar-se para atingir uma meta irrealizável” 
imposta pelo próprio individuo ou pela sociedade 
 
Tal esgotamento vai ocorrer na área da vida onde há 
mais expectativa de sucesso – em geral no trabalho. 
 
Condições crônicas manifestada por: fadiga 
persistente, falta de energia, adoção de condutas de 
distanciamento afetivo, insensibilidade, indiferença 
ou irritabilidade relacionadas ao trabalho de uma 
forma ampla, além de sentimentos de ineficiência e 
baixa realização pessoal. 
 
DESMISTIFICANDO O ESTRESSE 
 
 
 
FADIGA DE COMPAIXÃO: estado de exaustão físico 
e emocional resultante da compaixão vivida pelos 
profissionais que cuidam de indivíduos em situação 
de sofrimento físico e/ou mental 
 
12 ESTÁGIOS DO BURNOUT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRÍADE DE MASLACH 
• Exaustão emocional: caracterizada por cansaço 
extremo e sensação de não ter energia para 
enfrentar o dia de trabalho 
• Despersonalização: adoção de atitude de 
insensibilidade ou hostilidade em relação às 
pessoas que devem receber o serviço/cuidado 
• Perda da realização pessoal: sentimentos de 
incompetência e de frustação pessoal e 
profissional. 
 
 
 
 
 
Aspectos gerais 
• Prevalência 25 a 60% 
• Mais comum entre profissionais prestadores 
de serviços (relação direta com cliente) 
• É fator de risco para 
o Transtornos mentais 
o Doenças cardiovasculareso DM2 
o Inflamação sistêmica 
o Disfunções de imunidade 
• Profissões de maior risco: 
o Médico/enfermeiro 
o Professor 
o Assistente social 
o Policial/bombeiro 
o Telemarketing 
• Doença que vem do trabalho e que afeta o 
trabalho 
o Absenteísmo 
o Diminuição da performance do 
colaborador 
 
Consequências sobre a saúde 
• Insatisfação profissional 
• Perda de memória 
• Despersonalização 
• Estresse relacionado ao trabalho 
• Doenças cardiovasculares 
• Exaustão emocional 
• Violência no trabalho 
• Burnout 
 
Burnout em profissionais da saúde 
• Perda de produtividade em todos os setores 
assistenciais 
• Aumento dos custos com saúde 
• Insatisfação com trabalho e alto turnover 
• Acometimento de performance profissional 
interfere diretamente na segurança do 
paciente. 
 
 
Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 9 – TRANSTORNO DE ANSIEDADE 
 
 
Definições: 
• Ansiedade: estado de humor negativo 
caracterizado por tensão física, apreensão 
em relação ao futuro (inquietação/elevação 
dos batimentos cardíacos e tensão muscular) 
• Medo: reação de alarme imediata ao perigo 
(reação emergência fuga/luta) 
• Ataques de pânico: experiencia abrupta de 
intenso medo ou desconforto agudo com 
sintomas físicos 
 
Contribuições biológicas 
• Fatores genéticos: pesquisas demostram 
possíveis fenes criam tendencia ao 
nervosismo 
• Fatores bioquímico: tônus simpático 
aumentado pelos neurotransmissores. 
Ansiedade – sistema límbico / pânico – 
tronco encefálico 
 
Contribuições psicológicas 
• Freud: situação de medo infantil 
• Ação dos pais: superproteção leva ao senso 
de incontrabilidade 
• Explicações cognitivas ou de 
condicionamento (traumas) 
 
Contribuições sociais 
• Acontecimentos estressantes – vulnerabilidade 
(trauma) 
 
 
 
 
 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE 
GENERALIZADA 
• Caso TAG (Barlow & Durand, 2008) 
• Critérios DSM-IV: seis meses de preocupação 
excessiva (expectativa apreensiva) caracterizada 
por tensão muscular, agitação mental, 
suscetibilidade à fadiga, irritabilidade e 
dificuldade para dormir, para relaxar e se 
concentrar. Pode ocorrer sintomas físicos como 
taquicardia, cefaleia, dor muscular, boca seca, 
parestesias, sudorese, etc – 
 
Diferencial: tensão muscular (pessoas sempre 
tensas) 
Tratamento psicológicos: confrontam-se imagens 
que provocam ansiedade e os pensamentos de 
enfrentamento. Ensinar e relaxar 
 
Terapêutica medicamentosa: 
• Benzodiazepínicos (risco de acidentes e 
dependência física e psicológica) 
• Antidepressivos: (imipramina, paroxetina, 
venlafaxina) (Barlow 7 Durand, 2008) 
 
SÍNDROME DO PÂNICO 
• Caso TPA: auto encarcerada 
• Características: presença de ataques de medo e 
desespero, ocorrendo predominantemente de 
modo espontâneo, repetitivo e de forma 
desproporcional ao estimulo desencadeante 
• Sintomas na crise: taquicardia, dor no peito ou 
desconforto toráxico, sudorese, tremores, 
sensação de falta de ar ou sufocamento, 
formigamento de extremidades, sensação de 
morte iminente, medo de enlouquecer, calor ou 
frio, sensação de irrealidade 
 
DIFERENCIAÇÕES 
Transtorno de pânico: 
• Crises espontâneas com palpitações, falta de 
ar, tremores no corpo, transpiração 
excessiva, sensação de desfalecimento e 
morte eminente. Dura de 10 a 30 minutos 
• Não ocorre por uso de drogas ou condições 
de saúde 
• Não confundir com fobias, TOC, estresse pós 
traumático 
 
Transtorno de pânico com agorafobia 
• Evitar onde se possa vir a ter uma crise ou 
passar mal: transporte público, cinema, 
aglomerações ou estar só. 
• A esquiva agorafábica é uma maneira de 
enfrentar os ataques de pânico 
 
TRATAMENTO 
• Antidepressivos: benzodiazepínicos de alta 
potência (Alprazolam) 
• Exercício de exposição gradual (criar mini 
ataques) combinados com mecanismo de 
enfrentamento para reduzir ansiedade 
• Exercício de relaxamento ou reeducação 
respiratória 
 
TRANSTORNO DE STRESS PÓS-
TRAUMÁTICO 
• Agudo: 3 meses 
• Crônico: 6 meses 
 
Sintomas: 
• Revivência persistente do evento: 
lembranças (flashbacks) e pesadelos 
• Esquiva aos estímulos que recorde o trauma 
• Entorpecimento da responsividade 
emocional (sintomas depressivos) 
• Dificuldades em dormir, sonhos intrusivos, 
pesadelos, dificuldade de concentração, 
reações de sobressalto 
 
Tratamento 
• Encarar o trauma original para desenvolver 
mecanismos eficientes de enfrentamento. 
Como? 
• Exposição imaginaria em sessões seguidas 
• Expressar os sentimentos em uma única 
ocasião pode ser mais prejudicial 
• Antidepressivos ISRSs (inibidores seletivos 
da recaptação de serotonina) 
 
TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO 
• Obsessões: pensamentos, imagens ou 
impulsos intrusivos que assumem o 
comendo da vida mental 
• Compulsões: pensamentos ou ações 
utilizadas para suprimir as obsessões 
• Rituais: atos estereotipados, repetitivos que 
levam ao alívio da ansiedade 
• Caso TOC 
 
Portadores da doença sofrem de muitos medos, 
como por exemplo o de contrair doenças ou 
cometer alguma falha. Em virtude desses medos, 
evitam as situações que possam provoca-los – 
comportamentos chamados de evitação. As 
evitações, embora não especificas do TOC, são em 
grande parte, as responsáveis pelas limitações que o 
transtorno acarreta. 
 
EXERCÍCIO 
Com relação à assistência para a pessoa com 
transtorno obsessivo compulsivo (TOC) que lava as 
mãos compulsivamente, qual das seguintes 
alternativas NÃO é indicada que o enfermeiro 
realize? 
a) Manter sempre o banheiro fechado para que 
a pessoa não tenha como lavar as mãos 
b) Explicar o comportamento à pessoa 
portadora de transtorno, uma vez que parece 
não compreender sua inadequação 
c) Oferecer atividades terapeuticas manuais e 
lúdicas, que auxiliem na mudança do foco da 
obsessão 
d) Acompanhar a pessoa nas atividades de 
higiene, auxiliando na realização do 
comportamento de maneira não compulsiva. 
e) Estimular a interação social. 
 
Com relação aos transtornos de ansiedade, aos 
medicamentos utilizados e à assistência de 
enfermagem a pacientes com esse quadro, julgue os 
itens que se seguem. A agorafobia é um exemplo 
de transtorno fóbico-ansioso que se caracteriza pelo 
medo do agora; pessoas com esse transtorno 
tendem a desejar o futuro desesperadamente numa 
tentativa hiperansiosa de suprimir a vivencia do 
momento 
Certo ou errado? justifique. 
Resposta: errado! Agorafobia é medo de estar em 
locais com muita gente. 
 
Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 11 – TRANSTORNOS DE HUMOR 
Caracterização dos TH 
PERDER CONTROLE DO HUMOR (estado emocional) 
E AFETOS (expressão externa do tom emocional), 
levando a características extremas variando de: 
• Deprimido: incapacidade de experimentar 
prazer (anedonia), sentimento de menos valia 
(baixa estima), indecisão, tristeza, angustia, 
tendência a chorar. Sintomas físicos: fadiga, 
padrões de sono e apetite alterados. 
• Mania: entusiasmo, alegria e euforia exagerados 
e extremo prazer em cada atividade. Acreditam 
ser capazes de realizar o que desejarem. Fala 
rápida, empolgada, irritada e as vezes 
incoerentes (expressar varias ideias de uma vez). 
 
Transtornos depressivos 
• EPSÓDIO DEPRESSIVO MAIOR: Critérios para o 
diagnóstico 
• Pelo menos duas semanas com (pelo menos 5 
sintomas) 
1. humor deprimido na maior parte do dia, 
quase todos os dias 
2. Acentuada diminuição do interesse ou 
prazer em todas ou quase todas as 
atividades/maior parte do dia. 
3. Peso 
4. Sono 
5. Agitação ou retardo PSM 
6. Fadiga 
7. Inutilidade/culpa 
8. Indecisão/concentração 
9. Pensamentos recorrentes de morte 
• N Misto; C prejuízo ocupacional; D descartar 
drogas/patologia; E diferenciar de luto, 
preocupação mórbida, ideação suicida, psicose.• Caso TDM 
 
Do luto à Depressão! 
• Você já perdeu alguém que ama? O que 
você sentiu? 
• Depressão grave após uma perda (divórcio, 
viuvez, etc) não é considerado um 
transtorno, a menos que curse com sintomas 
graves (ideação suicida e sintomas 
psicóticos, incapacitação). 
• Duração normal: primeiros meses até um 
ano, recorrendo em datas especiais 
• Reação de luto patológica: lembranças 
intrusivas, anseios dolorosamente fortes 
pelo ente querido e esquiva de pessoas ou 
lugares que lembrem o ser amado (ou 
inversamente não querer sair do cemitério). 
• Tratamento: estresse pós traumático 
 
Transtorno distímico 
Os sintomas são mais leves e permanecem por 
longos anos. 
 
Caso clinico: 
Solteiro, 38 anos, advogado há 10 anos. Procurou 
tratamento por sentir-se desolado com a vida e com 
dificuldades de tomar decisões importantes como 
marcar a data do casamento e procurar um emprego 
melhor. Refere ter sido sempre um menino triste, 
que nunca achou a vida bonita ou teve momentos 
de alegria duradoura. Mas, conseguiu viver bem até 
a faculdade. Com a mudança para São Paulo passou 
a sentir-se inferior, sem energia para competir ou 
buscar aprimoramento intelectual. Hesita em casar 
para evitar a paternidade. Seu pai era severo, crítico 
e reservado. 
 
Transtorno bipolar 
De acordo com o DSM.IV e o CID-10, (manuais 
internacionais de classificação diagnóstica), o 
transtorno bipolar pode ser classificado nos 
seguintes tipos: 
• Transtorno bipolar Tipo I: O portador do 
distúrbio apresenta períodos de mania, que 
duram, no mínimo, sete dias, e fases de humor 
deprimido, que se estendem de duas semanas a 
vários meses. 
• Transtorno bipolar Tipo II: Há uma alternância 
entre os episódios de depressão e os de 
hipomania (estado mais leve de euforia, 
excitação, otimismo e, às vezes, de 
agressividade), sem prejuízo maior para o 
comportamento e as atividades do portador. 
• Transtorno bipolar não especificado ou 
misto: Os sintomas sugerem o diagnóstico de 
transtorno bipolar, mas não são suficientes nem 
em número nem no tempo de duração para 
classificar a doença em um dos dois tipos 
anteriores. 
• Transtorno ciclotímico: É o quadro mais leve 
do transtorno bipolar, marcado por oscilações 
crônicas do humor, que podem ocorrer até no 
mesmo dia. O paciente alterna sintomas de 
hipomania e de depressão leve que, muitas 
vezes, são entendidos como próprios de um 
temperamento instável ou irresponsável. 
 
Diagnostico diferencial 
• Déficit de atenção e hiperatividade 
• Transtorno de conduta 
• Transtorno de ansiedade 
• Síndrome do pânico 
• Esquizofrenia de inicio precoce 
• Abuso de drogas 
 
O transtorno afetivo bipolar (TAB) é um transtorno 
de humor caracterizado pela alternância de 
episódios de depressão, mania ou hipomania. É uma 
doença crônica que acarreta grande sofrimento, 
afetando negativamente a vida dos doentes em 
diversas áreas, em especial no trabalho, no lazer e 
nos relacionamentos interpessoais. A síndrome 
maníaca é um componente fundamental para o 
diagnóstico do TAB. Suas principais características 
são: 
a) autoimagem instável (p. ex., as pessoas 
flutuam entre se verem como bondosas ou 
cruéis) ou inconsistências nos valores, 
objetivos e aparência (p. ex., as pessoas são 
profundamente religiosas na igreja, mas 
profanas e desrespeitosas em outros 
lugares). 
b) lentificação ou diminuição de quase todos os 
aspectos de emoção e comportamento: 
velocidade de pensamento e fala, energia, 
sexualidade e capacidade de sentir prazer. 
c) comportamento excêntrico, pensamentos e 
crenças incomuns ou bizarras, sentimento de 
desconforto em ambientes sociais e 
dificuldade para ter relacionamentos 
íntimos. 
d) exaltação do humor, aceleração do 
pensamento com fuga de ideias e 
aumento da atividade motora, aumento 
de energia (com diminuição da 
necessidade de sono), pressão de fala e 
taquilalia, irritabilidade, paranoia, 
hipersexualidade e impulsividade. 
 
 
 
 
 
 
 
Usuário com diagnóstico de transtorno afetivo 
bipolar, apresentando um episódio agudamente 
maníaco com estado grave de agitação, comparece 
à unidade de saúde, acompanhado da genitora, em 
busca do médico que o acompanha. O médico 
encontra -se de férias, e eles são acolhidos pela 
equipe de enfermagem da unidade. Nesse caso, a 
conduta mais adequada deve ser 
a) providenciar o matriciamento para um 
centro de atenção psicossocial ou uma 
unidade de pronto atendimento, pois há 
necessidade de controle rápido da 
agitação e do comportamento agressivo. 
b) deixar o paciente em observação na unidade 
de saúde ou nos serviços residenciais 
terapêuticos, tentando acalmá-lo até sua 
completa estabilização, pois o seu 
tratamento, nesse momento, requer um 
planejamento de longo prazo. 
c) deixar o paciente em observação na unidade 
de saúde, tentando acalmá-lo até sua 
completa estabilização, e providenciar o 
matriciamento para uma unidade hospitalar 
psiquiátrica, pois o seu tratamento requer 
internamento. 
d) agendar uma consulta com o médico que o 
acompanha na unidade de saúde e orientar 
para voltar somente no dia da consulta, pois 
o seu tratamento, nesse momento, requer 
um planejamento de longo prazo. 
 
 
 
 
Saúde mental e cuidados 
de enfermagem em 
psiquiatria 
AULA 12 – TRANSTORNOS DE 
PERSONALIDADE 
• Características inatas – temperamentais 
• Características das experiencia/educação – 
caráter 
transtornos de personalidade geralmente começam 
a tornar-se evidentes durante o final da adolescência 
ou início da idade adulta; embora às vezes os sinais 
sejam aparentes mais cedo (durante a infância). 
 
Traços e sintomas variam consideravelmente em 
termos de quanto tempo eles persistem; muitos 
desaparecem com o tempo. 
 
Padrão disfuncional e leva um grau de sofrimento. 
 
Diagnóstico somente a partir dos 18 anos – 
Neurodesenvolvimento não consolidado. 
 
Etiologia: 
• Para a maioria dos transtornos de personalidade, 
os níveis de hereditariedade são de cerca de 
50%, o que é semelhante ou mais alto do que 
aqueles de muitos outros transtornos 
psiquiátricos maiores. 
• Esse grau de hereditariedade vai contra a 
suposição comum de que os transtornos de 
personalidade são falhas de caráter 
principalmente moldadas por um ambiente 
adverso. 
 
TIPOS DE TRANSTORNOS DE 
PERSONALIDADE 
O DSM-5 divide os 10 tipos de transtornos de 
personalidade em 3 grupos (A, B, e C), com base em 
características semelhantes. Mas a utilidade clínica 
desses grupos não foi estabelecida. 
 
O grupo A é caracterizado por parecer estranho ou 
excêntrico. Contempla os seguintes transtornos de 
personalidade e suas características distintivas: 
• Paranoide: desconfiança e suspeita 
• Esquizoide: desinteresse em outras pessoas 
• Esquizotípico: ideias e comportamentos 
excêntricos 
 
O grupo B é caracterizado por parecer dramático, 
emocional ou errático. Contempla os seguintes 
transtornos de personalidade e suas características 
distintivas: 
• Antissocial: irresponsabilidade social, 
desrespeito por outros, falsidade e 
manipulação dos outros para ganho pessoal 
– Sociopatia /Psicopatia (falta de empatia). 
• Borderline: intolerância de estar sozinho e 
desregulação emocional 
• Histriônico: busca atenção 
• Narcisista: autoestima desregulada e frágil 
subjacente e grandiosidade aparente 
 
O grupo C é caracterizado por parecer ansioso ou 
apreensivo. Contempla os seguintes transtornos de 
personalidade e suas características distintivas: 
• Esquivo: evitar contato interpessoal por 
causa de sensibilidade à rejeição 
• Dependente: submissão e necessidade de 
ser cuidado 
• Obsessivo-compulsivo: perfeccionismo, 
rigidez e obstinação 
 
 
 
Pontos chaves: 
• Transtornos de personalidade envolvem, 
traços de personalidade rígidos e mal 
adaptativos que são marcados o suficiente 
paracausar sofrimento significativo ou 
prejudicar o trabalho e/ou funcionamento 
interpessoal. 
• Os tratamentos só se tornam eficazes depois 
que os pacientes percebem que seus 
problemas são internos, não causados 
externamente. 
• Terapias psicossociais são o principal 
tratamento 
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-paranoide-tpp
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-esquizoide-tpe
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-esquizot%C3%ADpica-tpe
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-antissocial-tpas
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-borderline-tpb
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-histri%C3%B4nica-tph
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-narcisista-tpn
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-da-personalidade-esquiva-tpe
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-dependente-tpd
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/transtornos-de-personalidade/transtorno-de-personalidade-obsessivo-compulsiva-tpoc
• Fármacos ajudam a controlar os sintomas 
específicos somente em casos 
selecionados—p. ex., para controlar 
ansiedade significativa, explosões de raiva e 
depressão 
• Os transtornos de personalidade são muitas 
vezes resistentes à mudança, mas muitos 
gradualmente se tornam menos graves ao 
longo do tempo. 
 
EXERCÍCIO 
Segundo os Critérios Diagnósticos do DSM – 5, um 
padrão difuso de inibição social, sentimentos de 
inadequação e hipersensibilidade à avaliação 
negativa que surge no início da vida adulta e está 
presente em vários contextos caracteriza o 
Transtorno de Personalidade: 
a) Evitativa 
b) Borderline 
c) Antissocial 
d) Dependente 
e) Obssessiva-compulsiva. 
 
Determinado paciente apresenta um padrão 
persistente e inflexível que abrange uma faixa ampla 
de situações pessoais e sociais. Ele relata 
dificuldades de adaptação social que lhe causam 
prejuízo funcional ou sofrimento subjetivo 
significativo. Diz que guarda rancores 
persistentemente, desconfia das pessoas e não se 
dispõe a perdoar insultos, injúrias ou menosprezo 
dos quais pensa ter sido alvo. Ele costuma recusar-
se a responder perguntas pessoais, afirmando que 
tais informações “não são da conta de ninguém”. 
Também sente, com frequência, que seu caráter ou 
sua reputação foram atacados e, de alguma forma, 
desrespeitados. Relata, ainda, difícil convivência e 
apresenta frequentes problemas em 
relacionamentos íntimos. Ele diz ter reações raivosas 
com rápidos contra-ataques quando se sente 
insultado. 
Considerando-se que esse paciente não apresenta 
outros sintomas além dos mencionados, é correto 
afirmar que, nesse caso, o diagnóstico mais provável 
é de transtorno da personalidade 
a) esquizotípica. 
b) esquizoide. 
c) paranoide. 
d) borderline. 
e) evitativa.

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