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TCC Brasil x China - FINAL

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE 
Centro de Ciências Sociais e Aplicadas 
 
 
 
 
 
 
A EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DA CHINA NO 
MERCADO INTERNACIONAL E SEU IMPACTO NAS 
EXPORTAÇÕES AGROPECUÁRIAS BRASILEIRAS 
 
 
 
 
Alicia Fernanda de Araújo Silva Salgueiro 
Daniel da Silva Mamprim 
 Gabriela Aparecida Sousa Pinto 
Julia Souza Morales 
Victor Bueno de Lima Nisi 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
Alicia Fernanda de Araujo Silva Salgueiro 
Daniel da Silva Mamprim 
 Gabriela Aparecida Sousa Pinto 
Julia Souza Morales 
Victor Bueno de Lima Nisi 
 
 
 
 
A EVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO DA CHINA NO MERCADO 
INTERNACIONAL E SEU IMPACTO NAS EXPORTAÇÕES 
AGROPECUÁRIAS BRASILEIRAS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Centro de Ciências Sociais e 
Aplicadas da Universidade Presbiteriana 
Mackenzie, como exigência para a obtenção 
do grau de Bacharel em Administração com 
ênfase em Comércio Exterior. 
 
 
 
Orientador: Profº. Petronio De Tilio Neto 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
 
 
RESUMO 
 
O ponto inicial desta pesquisa tem como a evolução da participação da China no 
mercado internacional e seus impactos no mercado agrícola, tendo como base neste assunto no 
ano de 2020 e as maiores dificuldades diante a pandemia mundial, causando problemas na 
economia global. 
Neste trabalho foram abordados os principais aspectos desde a transformação da China 
abrangendo grandes mercados mundiais mostrando a crescente potência no mercado 
agropecuário, historicamente de base agrária, tendo sua transformação principal com a 
globalização. Analisando os hábitos de consumo, o modo de negociação com o Brasil e os 
panoramas da indústria e acordos expressivos entre ambos os países. 
Como processo da pesquisa, foram utilizados entrevistas com pessoas que trabalham no 
meio observado onde, foram adicionados visões expressivas, destacando: facilitadores das 
exportações, as retrações devido ao COVID-19 e percepções de mercado para os próximos 
cinco anos. 
Entre os resultados encontrados, destacam-se: a não concentração do PIB chinês em 
apenas um agronegócio; o grande impacto da pandemia em acordos e sua instabilidade diante 
o cenário mundial, porém visibilidade de que a economia chinesa não terá grandes impactos a 
longo prazo para recuperação, compensado por meio de trocas comerciais e devido ao tamanho 
do seu consumo de mercado. 
 
 
Palavras-Chave: Comércio Exterior; China; Agronegócio; Exportações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The starting points of this research were the evolution of China’s participation in the 
international market and the impacts on the agricultural market based on this matter. In the year 
of 2020, the difficulties have been higher due to the worldwide pandemic, causing major 
problems in the global economy. 
In this assignment we approached the main aspects since the transformation of China, 
covering its participation in big worldwide markets, showing the increasing potential player in 
the agricultural market, historically based on agrarian features, having its prime transformation 
through globalization. We also reviewed the consumption habits, the method of negotiation 
with Brazil, the industry overview and the striking agreements between both countries. 
The process of this research was interviewing people that work in the livestock 
production and trading area. Through that we could add expressive insights, highlighting: 
exporting facilitators, the retractions due to the COVID-19 impacts and the key insights of the 
market for the next five years. 
Amongst the results obtained, stands out: the Chinese GDP is not centred in just one 
business; the huge impact of the pandemic in agreements and its instability in the worldwide 
scenario, but the explicit visibility that the Chinese economy will not have long term impacts 
for its recovery, being compensated through commercial trades and greatly influenced due to 
their consumption market size. 
 
 
Key Words: International Business; China; Agriculture; Exports 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 5 
2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................................ 6 
2.1 História da China ............................................................................................................................ 6 
2.2 Economia base e contemporânea .................................................................................................... 8 
2.3 O Consumo e a Agropecuária Brasileira ........................................................................................ 9 
2.4 Negociações com a China ............................................................................................................. 10 
2.5 Cenário Atual ................................................................................................................................ 13 
2.6 Acordos internacionais mais expressivos ..................................................................................... 14 
2.7 Impactos do Governo Bolsonaro .................................................................................................. 15 
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................................................... 16 
4. ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................................................... 18 
4.1 Análises das Entrevistas ............................................................................................................... 18 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 21 
5.1 Recomendações ............................................................................................................................ 22 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 22 
ANEXOS ................................................................................................................................................ 28 
ANEXO A – Categorização das entrevistas ....................................................................................... 28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
INTRODUÇÃO 
 
Na atual contemporaneidade, falar sobre China não é mais tão simples. Após anos de 
reconstrução e reestruturação do país em diversas áreas, a China se tornou uma das principais 
economias do mundo, barateou processo de produção e desenvolveu novas tecnologias que lhe 
tornaram competitiva no mercado internacional (NONNENBERG; LEVY; NEGRI; COSTA, 
2008). 
Para atingir tamanha proporção de crescimento, em relativamente pouco tempo, a China 
usou de artifícios econômicos e políticos que merecem destaque. Faz-se, com isso, necessário 
uma introdução de tais aspectos que possibilitaram ao país se tornar uma potência econômica 
mundial em um curto prazo (DANA, 2018). Trazer segmentações a tal discernimento, por sua 
vez, pode ser de grande valia para introduzir as variáveis que conduziram o hoje é conhecido 
como “Efeito China”. 
Para embasar tal expressão, é necessário trazer a compreensão da perspectiva na qual 
este trabalho se desenvolverá. Dito isso, o Efeito China pode ser entendido, como sugere o 
economista Felipe Lage, integrante do Departamento de Pesquisa Econômica do BNDES, por 
meio de um efeito prático. Em 2018, por exemplo, para cada 1% de crescimento (participação) 
da China em um determinado tipo de mercado, as empresas do mercado alvo, no qual empresas 
chinesas participaram, perdem 0,8% de participação. (LAGE, 2018). 
 
 
Fonte: BNDES, 2018. 
 
Destaforma, nota-se que o “Efeito China”, está atrelado a uma reação agressiva dos 
mercados, ao mesmo passo que, aderir ao efeito também seria abrir oportunidade de negócios 
internacionais, contudo com prazo de validade uma vez que a grandeza de participação e 
desenvolvimento das empresas nacionais de cada país são grandezas inversamente 
proporcionais. 
Dessa forma, para compreender o dinâmico foco do mercado chinês, segmentar fatos 
históricos que contribuíram para que a China se tornasse o que é hoje, pode clarear aspectos 
vividos na atualidade e trazer correlações causais em uma análise feita ao desenvolver deste 
trabalho (ROMERO, 2011). A segmentação escolhida se baseia em uma linha cronológica de 
fatos que em conjunto, construíram para formar o que se conhece hoje como China desde 
aspectos culturais até econômicos. 
6 
 
Tal segmentação, que se baseia em uma estrutura cronológica, tem o intuito de 
demonstrar a evolução bem como o progresso da história da China como país e futuramente 
como potência econômica e a título de conhecimento bélica. Será abordada a história do país e 
demonstrado os efeitos subsequentes aos dias atuais, em complemento aos dias atuais a 
contextualização da globalização e os efeitos ao país, depois a economia base (tecidos, 
porcelanas, tapeçarias, ópio, entre outros), seguindo então para a economia contemporânea. Por 
fim serão abordados os acordos internacionais mais expressivos, em relação entre os países 
(Brasil e China), bem como, o chamado efeito China e suas aplicações. 
Com base na expressão “efeito China” e na atual postura político-econômica do Brasil, 
este trabalho tem como problema de pesquisa: Quais são os possíveis cenários de 
desdobramento da relação entre o Brasil e a China no agronegócio internacional e suas 
implicações econômicas? 
De acordo com Escher (2018), a expressão representa o reflexo na bolsa de valores, 
aceleramento ou não da economia global, apreciação ou depreciação do câmbio, assim como a 
elevação dos preços das commodities, sendo notório como este efeito sustenta o crescimento 
do Brasil. Isso se correlaciona tanto com as mudanças da China quanto com suas características 
especificas e seus efeitos. 
A crescente relação com a China pode ser uma possibilidade muito promissora para a 
economia brasileira. O maior obstáculo é a definição das prioridades e estratégias chinesas, que 
entra em conflito com a fragilização econômica e política do Brasil. Consequentemente fica 
mais difícil alinhar mutuamente as estratégias que podem beneficiar as duas nações via um 
segmento tão central nos padrões de consumo atuais. Enquanto o interesse da China é que o 
Brasil exporte grãos in natura, onde o valor agregado se dá dentro do seu território, para o 
interesse brasileiro, a agregação de valor seria a alternativa preferida, até por razões fiscais e de 
emprego. Caso existisse uma política de favorecimento à agregação de valor dentro do 
território, este conflito de interesses poderia ser consequentemente resolvido (LEUSIN 
JUNIOR, 2017). 
Para Leusin Junior (2017), relacionado ao fato de que a China tem se mantido em um 
nível de autossuficiência alimentar apropriado, começa a ser percebido como existem 
oportunidades para que o Brasil direcione estratégias mais alinhadas e integradas no comércio 
internacional no agronegócio chinês. 
Com isso, o objetivo geral deste trabalho é levantar informações e dados que dizem 
respeito ao agronegócio brasileiro e chinês. Como objetivos específicos, temos a apuração de 
atuação da China em suas negociações com o Brasil, os impactos econômicos dos acordos 
firmados entre Brasil e China para com outros países, e, por último, a averiguação das 
oportunidades de novos negócios e crescimento brasileiro. 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 História da China 
 
A China é uma das civilizações mais antigas e conhecidas do mundo, falar da história 
de um país e um povo milenar com uma evolução cultural (em aspectos como educação, saúde, 
trabalho IDH, etc.), responsáveis por descobertas como a pólvora, a bússola e o papel 
demonstram um histórico relevante em suas contribuições para o mundo (CHINAVISTOS, 
2017). 
Além disso, suas contribuições para diversas técnicas de agricultura e navegação 
influenciaram diretamente nas descobertas, mais tarde, dos quatro cantos do mundo. Com um 
dos maiores Impérios já vistos pela humanidade, formados antes da ascensão do Império 
7 
 
Romano com fundação de 27 a.C, a história chinesa também é marcada por grandes influências 
em obras arquitetônicas, ou peças de arte inestimáveis como gerações de vasos Ming 
(CHINAVISTOS, 2017). 
Em suma, também se pode citar a forte tradição familiar que norteava sistemas sociais 
desde a política até mesmo os setores privados com nomes de famílias sendo perpetuados por 
meio da cultura geracional que Antiga China proporcionava (CHINAVISTOS, 2017). 
Baseada em uma cultura anteriormente em sua grande maioria agrária, o país se manteve 
de fato por muitos anos nesta condição não apenas por questões físicas do país, mas também 
por pressões de países mais desenvolvidos que enxergavam na China uma ameaça, o que 
atualmente comprova-se na prática do mercado global o que muitos países temiam muitos anos 
atrás (OLIVEIRA, 2017). 
Para uma contextualização de eventos mais influenciadores, começar com a invasão 
Mongol e a conquista da china entre os anos de 1271 a 1368, sobre a fundação e comando da 
dinastia Yuan, este pode ser marcado como o início do desenvolvimento econômico 
independente do país. Em 1369 é instalada a dinastia Ming, marcada pela urbanização e pelo 
crescimento da indústria manufatureira de produtos com seda (produto reconhecido até hoje 
pelo mercado como diferenciado), papel e porcelana. Aumento do poderio do exército e 
formações de frotas navais e tropas terrestres crescem exponencialmente, consequentemente, 
este reforço se consolidou com a reforma da Muralha da China ganhando canhões e torres de 
vigia. Entre 1616 e 1644 os Manchus invadem o império da dinastia Ming e instaram a dinastia 
Qing (1644-1911). Neste período o governo tenta proibir a exportação de ópio para os ingleses, 
em detrimento do número de viciados chineses que o mercado causava e os efeitos sócios 
prejudiciais, inclusive o abalo na balança comercial. Tal fato culminou no reino Unido e outras 
potências como EUA, Rússia, França, Alemanha e Japão forçando o país a abrir seu mercado e 
a conceder “privilégios comerciais” a suas empresas (OLIVEIRA, 2017). 
Após este período inicia-se a República da China em 1911, neste momento se começa 
o processo de construção da China que se conhece hoje, contudo enfraquecida por rebeliões e 
guerras as monarquias marcadas pelas dinastias é encerrado. Dessa forma surge uma figura 
nomeada como presidente pela primeira vez na história, Sr. Yuan Shiakai ex-primeiro-ministro, 
assume após o Estado forçar Sun Yat-Sen um militar entregar o poder. Mas, após uma tentativa 
de auto proclamar-se Imperador, o então presidente é alvo da oposição que resulta em sua 
abdicação ao cargo (CHINAVISTOS, 2017). 
A transição conturbada de um país Império para um regime de República em 1928, 
liderados por Chiang Kai-shek, a China é unificada novamente com subdivisões de governos 
regionais. Nove anos depois, em 1937, com o Movimento Nazista em ascensão e a formação 
das Forças Beligerantes, ou seja, a Aliança (Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otomano e 
Itália*) e a Entente (Reino Unido, França, Rússia e Estados Unidos) o Japão no ano de 1937 
invade a China, que só é liberta de seu poder e influência em 1945 com fim da II Guerra Mundial 
(CHINAVISTOS, 2017). 
Após este período de instabilidade e domínio do Japão, o comunismo na China se 
diverge na opinião popular levada ao período de batalhas dentro do país de 1945 a 1949 para 
tentar acabar com o comunismo. Como se sabe, atualmente a China é governada pelo Partido 
Comunista, o que demonstra a derrota das batalhas contra comunismo no período citado. OPartido Comunista então assume e se consolida em 1949 (OLIVEIRA, 2017). 
Depois deste período histórico instável e de diversos atrasos tanto culturais como 
tecnológicos, o Partido Comunista sob comando de Mao TseTung, inicia o que se denominou 
“Grande Salto Adiante” desenvolvido entre 1958 a 1960, fato que custou aproximadamente 10 
milhões de vidas devido a fome (CHINAVISTOS, 2017). 
Em 1966 com a recuperação progressiva do país, não se abstendo das consequências 
deste processo, o país lança a Revolução Cultura para livrar a China da “burguesia liberal”, 
8 
 
pode-se considerar dentre outras dificuldades encontradas na próxima uma década e meia que 
apesar de todo o processo como um todo ter sido feito de forma “abrupta”, os resultados vieram 
em meados de 1990, com rápido crescimento econômico e o vislumbre do que a China seria em 
poucos anos dali em diante (OLIVEIRA, 2017). 
Após anos de luta em questões territoriais, um fato que consolidou a independência 
chinesa foi a devolução da colônia britânica de Hong Kong em 1997, hoje símbolo do país de 
poderio e influência de desenvolvimento tecnológico, cultural e social (CHINAVISTOS, 2017). 
Após a onda da globalização em meados de 1941, período entreposto entre a II Guerra 
Mundial e seu respectivo fim, a China iniciou um processo de progresso econômico mais 
incisivo uma vez que obteve vantagens na guerra, não tantas como os Aliados, lado vencedor 
da guerra, porém enxergou a oportunidade de ascensão (NOSSO MUNDO, 2018). 
A globalização chinesa se iniciou de fato em 1987 com o anúncio da Estratégia de 
Desenvolvimento em Três Passos, sendo que o primeiro dos três passos seria dobrar o PIB 
chinês de 1980 e garantir que a população tivesse alimentação e vestuário para todos. O passo 
foi concluído ainda no final da década de 1980. Já o segundo passo seria quadruplicar o PIB 
relativo à década de 1990(1980-1999), tal metal foi completada antes do previsto em 1995. Por 
fim, como terceiro passo foi aumentar o PIB per capita para níveis de países desenvolvidos em 
2050 (NOSSO MUNDO, 2018). 
Dessa forma, notam-se as projeções relativas a visão que a China tem com os objetivos 
já traçados para 2050, isto que no ano de 2030 segundo o economista ChauHue, mestre em 
Finanças pela Fundação Getúlio Vargas, a China já terá alcançado a posição de maior PIB do 
mundo (NOSSO MUNDO, 2018). 
 
2.2 Economia base e contemporânea 
 
A base da economia chinesa historicamente se pautou em três produtos macro, 
evidentemente que o país se desenvolveu em diversos outros produtos, contudo os mais 
relevantes em volume e reconhecimento que podem ser citados são: porcelanas (vasos da 
dinastia Ming), tapeçarias (a seda apesar de popularizada se tornou importante após alguns 
anos) e o ópio. 
Segundo Ramos (2014), professor de História na Universidade de São Paulo USP, o 
ópio, apesar de uma droga atualmente proibida em diversos países, foi parte fundamental do 
crescimento da economia chinesa, pois exportava para Grã Bretanha em meados do século XIX, 
contudo a crise após a proibição da importação pela Grã Bretanha abalou a economia chinesa 
o que resultou em 1839 até 1842 na Guerra Anglo-Chinesa, que mais tarde desencadearia a 
segunda Guerra do Ópio entre os anos de 1856 até 1860. Fato que abalou a relação entre os 
países, mas principalmente a economia chinesa na época (NOSSO MUNDO, 2018). 
A China, sempre foi conhecida pelas tapeçarias e tecidos desde algodão até vestuários 
de seda, o que desenvolveu o país exponencialmente foi sua capacidade de mão de obra a ser 
explorada, com mais de 1 bilhão de habitantes a mão de obra se tornou o diferencial do país 
frente ao mercado externo (ROMERO, 2011). 
Contudo, este mesmo atributo benéfico trouxe ao país diversas discussões sobre as 
condições de trabalho e exploração do país. Devido a isto, o país sofreu sérias revisões das 
condições de trabalho no país, devido a alguns escândalos como os de trabalho escravo com 
marcas como Nike, Coca-Cola, Victoria Secret, entre outras (ROMERO, 2011). 
Mas após isso, atualmente o país se mantém em destaque por sua alta capacidade 
produtiva e alta participação direta e indireta em grandes economias mundiais. Além do alto 
índice de avanço em pesquisa e tecnologia (ROMERO, 2011). 
Para Barroz de Castro referente à tecnologia a empresa chinesa usa a última tecnologia 
disponível em seu setor, mas também a penúltima, a antepenúltima e até a primitiva, o que exige 
9 
 
muita engenharia, nenhuma empresa ocidental combina tecnologias assim (ROMERO, 2011). 
O que explica porque os chineses conseguem dar sucessivos tombos nos custos e aumentar a 
diversidade dos produtos oferecidos. 
 
2.3 O Consumo e a Agropecuária Brasileira 
 
O consumo é representado por meio da revolução, por meio das mudanças dos hábitos 
dos seres humanos dentre os séculos, assim como seus conceitos e precedentes de bens com 
características marcadas pelo lado ocidental a partir do século XVI. (MCCRACKEN, 2003) 
Historicamente, a comercialização de alimentos é antiga, uma vez que ainda no período 
pré-histórico era utilizada a produção própria para consumo, sendo alterado o excedente para 
tribos próximas e a troca de outros alimentos, sendo a moeda um objeto posterior para 
autenticação destas trocas nos períodos atuais. No presente, a globalização e as diferentes 
economias mundiais alteraram os gostos e preferências dos consumidores, obrigando uma nova 
dinâmica de comercialização dos produtos e o ciclo de vida dos perecíveis (MENDES; 
PADILHA JUNIOR, 2010) 
Para Mendes e Padilha Junior (2010), o conceito do agronegócio, engloba as operações 
totais de produção (incluindo armazenamento, processamento e distribuição) dos produtos 
produzidos até seu consumidor final, ou seja, todos os agentes que estão em seu conjunto 
(governo, mercados e entidades financeiras) compõem a cadeia total na qual está inserido a 
agropecuária. 
A grande mudança na comercialização dos alimentos se teve quando, os consumidores 
antigamente viam como necessidade a obtenção de alimentos e hoje, com a grande diversidade 
de fontes, a competição ganhou força pela preferência do mesmo. Portanto, as empresas focam 
na produção (quantidade) para atender o mercado interno e o externo e pelo consumo aplicado 
pelo marketing, que nada mais é aplicar ao consumidor que o mesmo precisa especificamente 
do produto, fundamentado pela empresa aplicadora da comercialização, como explicam 
Mendes e Padilha Junior (2010). 
É importante ressaltar que o futuro da agropecuária brasileira é reservado pelas 
perspectivas macroeconômicas e oscilações constantes presentes como taxas cambiais e 
inflações para as questões exportadoras, além da lenta infraestrutura em andamento de 
transportes e armazenagens compostas no Brasil que, são fatores que colocam concorrentes de 
outros países em vantagem pela demanda global. (MARTHA JUNIOR; ALVES; CONTINI; 
RAMOS. 2010). 
Como ressaltam Martha Junior, Alves, Contini e Ramos (2010), o simples aumento da 
produção deverá contar ainda mais com técnicas sustentáveis atuais, respeito ambiental assim 
como exigências internacionais de técnicas sanitárias, adotando assim novas produções que não 
façam emissão de gases tóxicos que possam causar algum tipo de perda de valor das 
mercadorias brasileiras. 
 Historicamente, a agricultura brasileira foi ampliada na fase da abertura comercial no 
país (início dos anos 1990). Por mais que a interação com mercados internacionais tenha 
desfavorecido essa interação, os anos seguintes tiveram a valorização da taxa cambial e as 
conversões dos preços praticados internacionalmente para com os domésticos, tornando-os 
melhores para os produtores brasileiros. Isso reforçou o conceito das mudanças 
macroeconômicas diretamente para o setor agropecuário, assim como suas 
variáveis(SPOLADOR, 2006). 
Segundo a Embrapa (2019), que é a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, nos 
últimos anos o Brasil conquistou aumentos significativos na produção agropecuária,o que fez 
com que ele saísse da condição de importador e passasse a condição de exportador de alimentos 
para o mundo. Boas consequências resultam dessa guinada na produção agropecuária. O preço 
10 
 
da cesta básica, por exemplo, reduziu consideravelmente e o país passou a ser um dos principais 
“players” do agronegócio mundial. Com o avanço tecnológico, hoje se consegue produzir mais 
em cada hectare de terra, o que auxilia na preservação dos recursos naturais. 
Um dos indicadores de tal aumento de produção brasileira, segundo a Embrapa (2019), 
está nos números de produção de grãos entre 1975 e 2017. Enquanto na primeira data se 
produzia cerca de 38 milhões de toneladas, na segunda já se produzia seis vezes mais, ou seja, 
236 milhões de toneladas numa área que é apenas o dobro da primeira. 
A Embrapa (2019) ainda afirma que a partir da década de 1990, com uma crescente 
demanda dos produtos brasileiros e políticas de estabilização da economia, impulsionou ainda 
mais o setor agrícola brasileiro. Tendo aumentado o saldo da balança agrícola quase dez vezes 
entre 1990 e 2017, nesse último ano chegando aos US$ 81,7 bilhões, este setor passou a ser o 
principal responsável pelo superávit da balança comercial do Brasil. 
Ainda segundo a Embrapa (2019), foi de grande importância para o PIB (Produto 
Interno Bruto) brasileiro o intenso processo de organização e modernização pelos quais 
passaram as cadeias produtivas do agronegócio. Com isso, a produção de insumos e o 
processamento e a distribuição dos produtos do agronegócio ganharam cada vez mais espaço. 
No ano de 2016 o agronegócio foi responsável por 23% do PIB e por 46% do valor das 
exportações. Além disso, o setor é responsável por empregar cerca de 19 milhões de 
trabalhadores. 
Colabora muito para o crescimento da produção agropecuária o fato de o Brasil ser um 
país abundante em recursos naturais, com extensas áreas agricultáveis e com abundância de 
água, calor e luz. No entanto, segundo a Embrapa, uma pesquisa feita pela mesma aponta que 
o principal fator responsável pelo aumento da produção brasileira foi o investimento feito ao 
longo de 50 anos em pesquisas agrícolas. 
Ao analisar a previsão de produção agrícola e do crescimento populacional para os 
próximos anos, a FAO (do inglês, Food and Agriculture Organization, da ONU) convocou um 
fórum para discutir novas ideias para os desafios vindouros. Isso porque as perspectivas de 
aumento populacional apontam que, até 2050, a população mundial crescera em 2,3 bilhões de 
pessoas, totalizando 9,1 bilhões de seres humanos sobre a Terra. Essa perspectiva supostamente 
exigiria que a produção agrícola mundial deva aumentar em cerca de 70%, segundo a FAO 
(AGÊNCIA SAFRAS, 2009). 
Segundo a FAO e a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento 
Econômico), a tendência é que na próxima década o comércio agrícola internacional tenha uma 
ligeira baixa. Isso porque, na última década, houve um impulso no setor por conta da demanda 
chinesa por carnes e pescados, de quase 6% ao ano. É perspectiva também, segundo essas 
agências, que as exportações agrícolas seguirão concentradas em poucos fornecedores, sendo 
eles, na América do Sul, o Brasil e a Argentina, na América do Norte, os Estados Unidos, na 
Oceania, a Austrália e na Europa, o conjunto dos países que formam a União Europeia. 
Especula-se, também, que o Brasil e os Estados Unidos continuem dominando o mercado 
internacional da soja, com 80% do total da exportação, e que o Brasil continue com uma fatia 
de 20% do mercado internacional de carne bovina- que é o mesmo percentual da participação 
da União Europeia nas exportações de trigo (BEEFPOINT, 2017). 
 
2.4 Negociações com a China 
 
Considerando o contexto mais recente, o parceiro comercial com mais crescente 
importância no mercado brasileiro é a China, tanto referente à compra de mercadorias ou 
produtos originalmente brasileiros, nas importações, quanto nas exportações, pela venda de 
produtos ou serviços da China para o Brasil, notando que, desde o ano de 2004, os produtos 
11 
 
chineses começaram a cada vez mais aparecer no Brasil em contrapartida do volume dos 
produtos brasileiros na China (BAUMANN, 2010). 
É importante ressaltar também que as exportações Brasileiras têm uma alta concorrência 
com grandes mercados como Estados Unidos da América, Argentina e México por parte da 
China, por conta do dinamismo pregado pelo mercado Chinês (BAUMANN, 2010) 
É válido salientar que o mercado externo foi um dos grandes propulsores para o 
desenvolvimento nacional agrícola com um alto potencial, atraindo cada vez mais investidores 
visando exportações internacionais e dando maior poder para as empresas estruturadas 
brasileiras para suporte ao padrão exigido internacionalmente. Apesar da nova demanda, o 
mercado doméstico não foi prejudicado, tampouco sofreu com preços elevados contando que a 
indústria soube incrementar as demandas (CARVALHO, 2017). 
Conforme explica Gomide (2017), a relação entre Brasil e China é um processo de 
interdependência econômica, onde o país menos desenvolvido depende de recursos 
pertencentes ao país desenvolvido, e traz implicações políticas e sociais. O estudo foi feito tendo 
como base a região (destino das importações) e setorial (os produtos envolvidos) sendo que na 
China, ela não contém uma concentração regional, abrangendo a área toda do país. 
Se referindo às oportunidades externas, como explicado por Reuters (2019), a China foi 
altamente afetada pela peste suína africana, um de seus maiores fornecedores, fazendo o 
aumento das exportações brasileiras subir em 20% comparado ao ano de 2018, ressaltando que 
a procura do país asiático o Brasil se deve pela qualidade já conhecida e possibilidade imediata 
de atendimento a sua alta demanda. 
Peduzzi (2019) abordou a audiência pública na Câmara dos Deputados em Maio de 2019 
e citou o entendimento de Tereza Cristina, ministra da agricultura, pecuária e Abastecimento 
(MAPA) que a peste suína é uma janela especial de oportunidade das exportações de carne 
suína brasileira para os países asiáticos, ainda mais para a China. A ministra visitou os países e 
declarou a necessidade de proteína animal desses países. Dizendo ainda que todos os 
exportadores do mundo juntos não conseguem suprir a demanda dos chineses por carne suína 
e que se seguido o combinado e todas as exigências chinesas, o Brasil terá mercado. 
 Como citado por Augusto Queiroz (2019), durante o mês de maio, mês de apresentação 
da feira internacional SIAL CHINA, foram negociados mais de USD 500 milhões durante o 
evento, sendo um momento propício para presença da indústria brasileira no país. 
 Mesmo com o cenário favorável, as ações da multinacional JBS tiveram queda no fim 
de maio de 2019 devido ao aumento de exportações de proteína animal da União Europeia para 
a China, que se manteve em 26% de aumento de carne suína no primeiro trimestre ante o mesmo 
período em 2018 (GUSHIKEN, 2019). 
Na primeira quinzena de setembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos 
(USDA) anunciou a venda de 204 mil toneladas de soja para a China. E vem sendo cada vez 
mais afirmado que os volumes podem aumentar gradativamente (POPOV, 2019). 
Existe um rumor de que os Estados Unidos tenham negociado 600 mil toneladas, mas 
até o presente momento o USDA anunciou apenas essas 204 mil. Fazia um tempo considerável 
que a China não comprava volumes relevantes de soja dos EUA (POPOV, 2019). 
Para Daniel Popov (2019), essa compra mostra boa vontade entre os países em relação 
ao embate comercial. A China anunciou que também adiou os aumentos de tarifas previstas 
para produtos dos Estados Unidos, incluindo a soja que com essa venda parece marcar a trégua 
parcial. 
Segundo Popov (2019), esse acordo parcial completa o cenário positivo no mercado da 
soja, juntamente com a estimativa de uma quebra ainda maior na produção do grão nos Estados 
Unidos, anunciado pelo USDA. 
Para o diretor da Arc Mercosul,Matheus Pereira, a China pode comprar de 1 a 2 milhões 
de toneladas de soja dos Estados Unidos entre novembro-dezembro, dizendo que pode chegar 
12 
 
até 4 ou 5 milhões de toneladas. Afirma também que isso sim pode trazer vantagens para o 
produtor brasileiro já que os preços são firmados com base em Chicago, que está subindo por 
conta do acordo (POPOV, 2019). 
Pereira acredita que o Brasil não sentirá impactos negativos com isso. Segundo o 
mesmo: 
Eu não diria que essas compras irão tirar as vendas do Brasil, até porque os embarques 
acontecem em um período que os estoques brasileiros estarão apertados. A situação 
só deve ficar ruim para o país caso a guerra comercial acabe, porque aí, com maior 
oferta global, os prêmios pagos cairiam (POPOV, 2019). 
 
O Ministério da Agricultura informou, também no início de setembro de 2019, que mais 
25 frigoríficos brasileiros foram autorizados a vender carne para a China pelas negociações que 
foram conduzidas pelo próprio Ministério, pelo Ministério das Relações Exteriores e pela 
Embaixada do Brasil na China. Com isso, o total de plantas habilitadas para exportação passa 
de 64 para 89. 
Dos novos estabelecimentos autorizados 17 são produtores de carne bovina, 6 de frango, 
1 de suínos e 1 de asinino (carne de jumento). 
Assim, o grande volume que os chineses já compram, irá aumentar ainda mais, 
continuando como os maiores parceiros comerciais do agronegócio brasileiro. De janeiro a 
julho de 2019, o país comprou US$ 1,75 bilhão em carnes. Somando todos os produtos da 
agropecuária, a China trouxe ao Brasil US$ 16,41 bilhões (NOSSO MUNDO, 2018). 
Pode-se observar que a habilitação dos frigoríficos ocorreu não só pelo bom 
relacionamento entre as nações, mas também pelo aumento crescente na busca por proteína 
desde o final de 2018, devido à crise da peste suína africana. No caso da carne bovina, os 
chineses ajudaram na alta de 14,2% no ano (G1, 2019). 
Conforme explica Machado e Matsushita (2019), a globalização atuou como um 
fenômeno potencial de polarização entre os capitais dos países ricos e enfrentamentos dos 
países ocidentais e não ocidentais, surgindo assim, ambientes nos quais o Estado atue no caráter 
estratégico e integrante economicamente. 
O tipo de acordo intergovernamental onde barreiras são reduzidas ou extintas em 
conjunto de associações criadas por países para o crescimento mútuo econômico se deu como 
Bloco Econômico, diminuindo assim as diferenças culturais, aumentado a ajuda mútua entre as 
nações e maior alcance de pessoas (MACHADO; MATSUSHITA, 2019). 
O aumento desses blocos se deu por fatores citados por Machado e Matsushita (2019) 
como: economias semelhantes buscando alianças e maior competitividade; Regionalismo dos 
Estados Unidos da América; desmanche da União Soviética e o efeito do regionalismo de países 
em desenvolvimento, o que levou posteriormente a criação de órgãos regulamentares como o 
Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) e atualmente a Organização Mundial do 
Comércio (OMC). 
A tendência mundial é a formação de blocos que façam a redução ou isenção de 
impostos ou tarifas de mercadorias integrando o maior volume de produção, eficiência na 
produção e comercialização geral para o maior consumo (MACHADO; MATSUSHITA, 2019). 
Conforme apresentado por Fernandes, Garcia e Cruz (2015) em 2013, a China 
despontou como a responsável pelo crescimento em produção, com altos investimentos com 
fonte de financiamento são empresas privadas, ressaltando o ponto de abertura comercial e 
maior investimento globalizado no país. 
Além dos Estados Unidos e a Alemanha, a China entra cada vez mais no âmbito central 
para estratégias de negócios, incluindo inovações e empreendimentos que requerem patentes, 
indicando mais uma vez, um aumento nos investimentos tecnológicos local, alocado ao 
dinamismo de produção ao seu crescimento econômico (FERNANDES; GARCIA; CRUZ, 
2015). 
13 
 
 
2.5 Cenário Atual 
 
A indústria alimentícia foi dona do melhor desempenho nacional em outubro de 2019. 
O setor, que cresceu 3,4% em relação ao mês anterior, foi impulsionado pela maior produção 
de carnes bovinas e de aves. Segundo André Macedo, que é gerente na Coordenação da 
indústria do IBGE, o setor das carnes foi estimulado pela demanda oriunda da China, país que 
sofreu enormes perdas em 2019 com uma epidemia da peste suína africana. Ainda segundo o 
gerente, “é algo que estamos identificando desde setembro, com o incremento da produção do 
complexo de carnes, e que permanece em outubro” (BEEFPOINT, 2019). 
Empresários e funcionários envolvidos no ramo da proteína animal, assim como seus 
consumidores, foram capazes de constatar um aumento abrupto de 30% no preço da carne nos 
últimos 40 dias. Números mostraram que, considerando apenas novembro, a carne, no Brasil, 
teve alta de 8,09%, gerando grande impacto na inflação (de 0,51%) avaliada pelo Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) (GORTÁZAR, 2019). 
André Braz, especialista em preços do Instituto de Economia da Fundação Getúlio 
Vargas, diz que “o pico foi uma combinação da demanda interna devido às festas de fim de ano 
e à demanda altíssima da China, causada por restrições em outros mercados, que aconteceram 
junto com a desvalorização de 16% do real em novembro, tornando as exportações mais 
favoráveis”. Esse conjunto de fatores fez com que a demanda se tornasse tão alta que os 
produtores brasileiros foram incapazes de atender os compatriotas e os chineses. De janeiro a 
outubro, o país asiático importou 320.000 toneladas de carne bovina brasileira, o que acarretou 
o aumento das exportações em 11% neste período. Algo semelhante aconteceu ao Uruguai em 
agosto, quando a alta demanda da China lhes forçou a importar carne de baixa qualidade do 
Brasil, Paraguai e Argentina (GORTÁZAR, 2019). 
Enquanto o país vive uma alta demanda chinesa e os residentes pagam muito mais pela 
carne no mercado interno, frigoríficos têm sido obrigados a fazer ofertas recordes por bois nas 
fazendas. O buraco deixado pela peste suína na criação de porcos na China já é sentido nos 
índices de inflação no Brasil e ainda pressiona margens da maior parte dos frigoríficos do país, 
de acordo especialistas (REUTERS, 2019). 
Além do aumento por procura após novas habilitações de indústrias de bovinos pelos 
chineses - que passaram de 16 no início do ano para 40 unidades atualmente, segundo a 
Abrafrigo –, o dólar em máximas históricas frente ao real também favorece as exportações. 
Com base em todos os acontecimentos, o preço da arroba do boi gordo, acompanhado pelo 
indicador ESALQ/B3, atingiu um recorde de 204,05 reais. Tal preço, segundo especialistas, 
não é sustentável, e o mercado deve se reajustar muito em breve (REUTERS, 2019). 
Subidas meteóricas nos preços geralmente são acompanhadas de fortes quedas. Com o 
preço da carne, acredita-se, não será diferente. O governo chinês já tomou medidas para reduzir 
os preços de importação, que estavam impactando fortemente a taxa de inflação. Em novembro, 
os preços dos alimentos na china subiam a uma taxa de 19% ao ano- com inflação próxima aos 
4%. Pequim decidiu tomas três decisões: 1) reduziu o crédito às importadoras; 2) abriu o canal 
cinza para entrar produtos por Hong Kong e Vietnã- por meio do contra bandeamento e 3) 
anunciou grandes vendas de carne em estoque. Essas medidas já foram suficientes para que, já 
em dezembro, a inflação na cesta de alimentos caísse para 17% ao ano (BEEFPOINT, 2019). 
Outra variável na equação dos preços é o progresso do Coronavírus por países da Ásia 
e Europa, que tem sido o principal assunto do mercado financeiro e agrícola. O avanço do vírus 
que não respeita fronteiras já fez com que as bolsas internacionais fechassem com quedas 
acentuadas e, também, com que o preço do dólar tivesse uma alta elevada no Brasil, juntamente 
com a queda dos preços das commodities. 
14 
 
O analista de mercado Pedro Dejneka, da consultoria MD Commodities, afirma que o 
surto do vírus jáafetou a economia chinesa. O fato de o avanço da doença ter acontecido 
próximo ao Ano Novo chinês, fazendo-se necessário que o governo expandisse o feriado mais 
importante do país “acaba trazendo impactos no curto prazo. Este é o feriado mais esperado da 
China e acarreta uma grande atividade econômica, mas já sofreu em relação a essa pandemia” 
(CANALRURAL, 2020). 
De acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), por enquanto, o 
avanço do novo Coronavírus não deve afetar a demanda por proteína animal. Assim como para 
a consultoria BMJ, especializada em comércio internacional, que aposta que a demanda por 
produtos brasileiros só poderia ser afetada se a renda média dos chineses caísse, o que não deve 
acontecer nos próximos anos. Mas nem todos estão otimistas, o diretor da consultoria MBAgro, 
José Carlos Hausknecht, após o término do feriado de Ano Novo, os embarques devem ser 
retomados, mas com altas chances de acontecerem em menores volumes (CANALRURAL, 
2020). 
Os maiores frigoríficos do Brasil, JBS e BRF, afirmam que 
o Coronavírus na China pode ajudar a impulsionar as importações para aquele país, ao levantar 
inquietações quanto à segurança alimentar no país. O presidente da BRF, Lorival Luz, disse 
que a disseminação pode aumentar as vendas de produtos de carne congelados e processados, 
por passarem por checagens de segurança federais antes de serem embarcados para fora do país 
(VEJA, 2020). 
Segundo o presidente da JBS, Gilberto Tomazoni, a China aumentou as importações de 
proteína animal durante a epidemia de Sars nos anos 2000. Lembrou também que recentemente 
a demanda chinesa por carne brasileira já saltou após uma epidemia de peste suína africana. A 
JBS assinou um contrato com a WH Group que tem como meta o abastecimento do Mercado 
Chinês com até 3 bilhões de reais por ano não só em carne bovina, mas também de frango e 
suína. A WHGroup tem comércio em aproximadamente 60 mil lugares na China. 
 
2.6 Acordos internacionais mais expressivos 
 
Muitos acordos têm sido feitos entre o Brasil e a China com a prerrogativa de facilitar o 
comércio, estreitar relações diplomáticas e, também, o intercambiar conhecimento e tecnologia. 
No âmbito da primeira prerrogativa mencionada, pode-se citar, como exemplo, o Acordo de 
Assistência Mútua Administrativa em Matéria Aduaneira (MINISTÉRIO..., 2012). Este acordo 
prevê uma ajuda mútua entre os órgãos responsáveis pela questão aduaneira dos dois governos 
na tentativa de trazer segurança e agilidade aos processos de investigação, prevenção e 
repressão a infrações aduaneiras. O acordo ainda facilita a troca de informações obtidas entre 
os órgãos, justamente para conferir agilidade aos processos supracitados (MINISTÉRIO..., 
2012). 
No âmbito da ciência e tecnologia, pode-se citar o Memorando de Entendimento Entre 
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia 
da China, Sobre a Criação de Centro Conjunto Para Satélites Meteorológicos (MINISTÉRIO..., 
2012). Este acordo tem o intuito fortalecer a cooperação entre os dois países com a criação de 
centro conjunto para observações sobre satélites meteorológicos. O acordo prevê o intercâmbio 
de conhecimento e informação com a formação de uma plataforma de comunicação para que 
ambos os países executem, em conjunto, projetos de pesquisa, desenvolvimento, formação e 
capacitação humana (MINISTÉRIO..., 2012). 
Ainda na área de ciência e tecnologia, os dois países se comprometeram, também, por 
meio do Memorando de Entendimento Entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação 
do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da China Para a Criação do Centro Brasil-
China de Biotecnologia (MINISTÉRIO..., 2012), a compartilharem esforços para o 
15 
 
desenvolvimento na área de biotecnologia. Esses esforços se traduzirão em criar plataformas, 
grupos de pesquisa e centros de desenvolvimentos de biotecnologia que possam promover o 
intercâmbio de informação e conhecimento entre os dois países (MINISTÉRIO..., 2012). 
Há, também, o Acordam de Serviços Administrativos Entre CAPES e o China 
Scolarship Council (CSC) (MINISTÉRIO..., 2012) que prevê o intercâmbio de universitários 
brasileiros para universidades chinesas. O acordo tem o evidente intuito de compartilhar 
conhecimento acadêmico e cultura entre os jovens de ambos os países (MINISTÉRIO..., 2012). 
No que diz respeito a agricultura e o desenvolvimento sustentável, os governos do Brasil 
e da China assinaram o Plano Estratégico Para o Fortalecimento da Cooperação Agrícola Entre 
o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento da República Federativa do Brasil e o 
Ministério da Agricultura da China (MINISTÉRIO..., 2012). Esse acordo tem como metas 
estreitar a relação diplomática e comercial entre os dois países, traçar, em conjunto, planos e 
estratégias para desenvolvimento tecnológico da agricultura que permita uma maior produção 
com menor impacto ambiental e, por meio de ajuda mútua, tornar ambas as economias mais 
competitivas no mercado internacional (MINISTÉRIO..., 2012). 
 
2.7 Impactos do Governo Bolsonaro 
 
O governo atual do Presidente Jair Bolsonaro vem estreitando relações com o governo 
chinês desde sua posse em 2019. Dois encontros foram promovidos pelos os governos além 
da11º reunião de cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do 
Sul. 
Segundo (GORTAZAR, 2019) na viagem realizada em meados de outubro pelo 
presidente brasileiro a China, Brasil está interessado em aumentar suas exportações a China, 
especialmente no âmbito dos produtos agrícolas, e também em captar investidores para as 
privatizações de empresas públicas e no setor de infraestruturas. 
A China é o nono maior investidor no Brasil, com um interesse destacado em 
infraestrutura e energia, o qual a torna teoricamente ainda mais interessante para este Governo 
que promoveu licitações em ambos os setores (GORTAZAR,2019). 
Os dois mandatários assinaram um total de oito acordos de cooperação, em áreas que 
vão da carne bovina processada às energias renováveis. Visam também a agilizar trâmites 
alfandegários mútuos, facilitar os contatos entre suas respectivas chancelarias e incentivar 
intercâmbios estudantis (GORTAZAR,2019). 
A ministra brasileira de Agricultura, Tereza Cristina, manifestou sua esperança de que 
a China certifique mais unidades de processamento de carne no Brasil para que possam exportar 
ao gigante asiático, onde a demanda disparou devido à epidemia de gripe suína que afeta suas 
criações. 
“Uma parte considerável do Brasil precisa da China, e a China também precisa do Brasil. 
O Brasil é um mar de oportunidades, e queremos compartilhá-las com a China”. Com estas 
palavras, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, concluiu sua visita de três dias a Pequim. 
O novo encontro entre os mandatários foi realizado no Palácio do Itamaraty, onde foram 
assinados 13 acordos e memorandos de entendimento nas áreas de política, economia, 
comércio, agricultura, inspeção sanitária, transporte, saúde e cultura. 
O presidente Xi Jinping avaliou como positivos os esforços do governo brasileiro para 
o desenvolvimento socioeconômico do Brasil e disse que a China quer fortalecer a amizade e 
cooperação, bem como aumentar e melhorar o comércio e os investimentos no país. Segundo 
ele, os dois países concordaram em intensificar os contatos de alto nível e fazer bom uso da 
Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) e de outros 
mecanismos bilaterais. 
16 
 
Para Xi Jinping, Brasil e China são os maiores mercados emergentes do mundo, em um 
contexto de mudanças do comércio global, e devem se esforçar juntos para que a cúpula do 
Brics obtenha resultados e emita um sinal positivo de que seus membros. 
O encontro entre os dois chefes de Estado ocorre menos de um mês depois de o 
presidente Jair Bolsonaro visitar a China. 
A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Em 2018, o fluxo de comércioentre os 
dois países alcançou a marca de US$ 98,9 bilhões. O país asiático também é um dos principais 
investidores em áreas cruciais, como infraestrutura e energia (VERDÉLIO, 2019). 
Brasil e China querem ainda criar um ambiente favorável para o comércio e 
investimento no setor de serviços e encorajar o investimento do setor privado. Outro ato 
assinado hoje estabelece uma plataforma de intercâmbio de informações e cooperação para 
fomentar investimentos (VERDÉLIO, 2019). 
Em declaração à imprensa, Bolsonaro disse que o governo e o empresariado brasileiro 
querem ampliar e diversificar o comércio com a China. Para o presidente, os atos assinados dão 
impulso a essas relações. “Essa relação bilateral em várias áreas, inclusive com aceno do 
governo chinês em agregar valor naquilo que nós produzimos, tudo isso é muito bem-vindo”, 
disse. 
 
 
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Para se obter maior conhecimento e analisar um bom número de variáveis que envolvem 
o problema de pesquisa, foi utilizado o método de pesquisa exploratória, onde é possível 
encontrar padrões e possíveis motivos para a evolução da China no mercado internacional. 
Como fontes de informações para a pesquisa foram utilizadas fontes secundárias: 
diversos artigos e matérias de sites especializados. Com isso, obteve-se uma série de 
informações diferentes que conjecturam sobre um conceito fixo do motivo que a China segue 
evoluindo no mercado internacional e quais suas ações para se consolidar entre as economias 
mais desenvolvidas no mundo. 
Além dos artigos, revistas, matérias e livros, foram utilizadas fontes primárias: 
entrevistas semiestruturadas realizadas com o Gerente Regional de Exportação e o Diretor de 
Exportação da empresa JBS S.A., que nos dias atuais é uma das maiores indústrias de alimentos 
do mundo, na busca de coletar mais informações para este trabalho. A entrevista 
semiestruturada é assim chamada por ter perguntas pré-formuladas e um norte a ser seguido. 
No entanto, o entrevistador é livre para não fazer todas as perguntas ou até mudá-las de ordem, 
permitindo que o ritmo da entrevista possa ser ditado pelo próprio entrevistado (NCASTRO, 
2018). 
Em relação à empresa entrevistada, a companhia JBS S.A. opera no processamento de 
carnes bovina, suína, ovina e de frango e no processamento de couros e mantém exportações 
com o mercado chinês diariamente. Além disso, ocorreu, também, entrevista com o 
representante da Câmara de Comércio e Indústria Brasil China, organização sem fins lucrativos 
que tem como objetivo promover o intercâmbio e a cooperação nos campos econômico, 
acadêmico e cultural entre Brasil e China e fomentar a relação entre seus povos, contando com 
o apoio da comunidade empresarial, dos meios diplomáticos e do governo. Após a coleta de 
dados, as informações foram digitalizadas, transcritas e feita a identificação de cada 
participante. 
Foram utilizados, como instrumento de coleta de dados para entendimento do impacto 
da evolução Chinesa nas exportações agropecuárias brasileiras, uma abordagem qualitativa. 
17 
 
Com isso, foi possível ter uma visão atual de como o mercado reage com esta constante 
evolução, para fundamentar a pesquisa além dos conceitos teóricos vistos ao longo do trabalho. 
 Já para a análise dos dados obtidos, usou-se método de Flick (2013), cujo passo inicial 
foi selecionar o material a ser utilizado. Em seguida, analisou-se, como sugere esse autor, a 
situação em que os dados foram obtidos. Segundo Flick (2013, p. 137), 
 
(...) você vai analisar a situação da coleta de dados (como o material foi gerado, quem 
estava envolvido, quem estava presente na situação da entrevista, de onde vieram os 
documentos a serem analisados e assim por diante). 
 
 Depois, ainda de acordo com Flick (2013), foi feito o direcionamento da análise, ou seja, 
definiu-se o que pretende ser extraído do material coletado. Em seguida, foi dado o 
direcionamento teórico da pesquisa, para que os dados sejam analisados tendo um norte que os 
guie. Depois disso, segundo Flick, 
 
(...) Você vai selecionar a técnica analítica (...) e definir as unidades. A “unidade de 
codificação” define qual é “o menor elemento do material que pode ser analisado, a 
mínima parte do texto que pode cair em uma categoria”; a “unidade contextual” define 
qual é o maior elemento no texto que pode cair em uma categoria; e a “unidade 
analítica” define que passagens “são analisadas uma após a outra” (FLICK, 2013, p. 
138). 
 
 Depois desses passos dados, segundo Flick (2013), bastou dar seguimento à análise 
propriamente dita e estruturar o texto da melhor forma possível. 
 As entrevistas foram conduzidas tomando como base o roteiro a seguir: 
 
ROTEIRO 
 
PERGUNTAS AO EXPORTADOR 
1)Qual o principal fator que dificulta e qual facilita as exportações hoje? 
a) Você percebe impactos maiores na economia agora do que em tempos passados? Se sim, o 
que você atribui? 
b) Existia alguma dificuldade antes da epidemia? E agora, com a epidemia? 
2)Existe diferença entre as exportações realizadas do Brasil para a China com os outros países? 
3)Dizem que era visível uma crise na China antes mesmo do Coronavírus, você teve essa 
percepção? 
a) O que acha que pode ter causado? 
4) Onde você vê o mercado nos próximos 5 anos? (Onde estivemos, onde estamos e onde 
estaremos) 
5) Quais são os maiores desafios para atender altas demandas? 
a) Como têm feito para driblar esses desafios? 
6) Quais são os riscos para o mercado brasileiro? 
18 
 
7) Qual sua percepção da cultura “Plant Based”? Pode ameaçar a empresa de alguma forma? 
8)O que vocês atribuem para a o Brasil ser ainda um grande exportador de material in natura? 
9)As constantes mudanças econômicas fazem ter um plano a longo prazo pelos exportadores? 
10)Você considera que há muita burocracia para empresas que desejam se tornar exportadoras 
ou são as oportunidades de mercado que a “obrigam” ser multinacionais? 
11)A aproximação do governo atual brasileiro com a China afeta nas relações comercias Brasil-
China? É possível sentir um impacto imediato desta aproximação? 
PERGUNTAS A ABIEC 
1)Qual impacto foi mais evidente diante do grande boom de demanda da China em setembro 
de 2019? 
a) Vocês acham que foi uma união de eventos que acarretou isso ou um evento único? 
2)Como vocês viram isso interferir nos demais mercados dos quais o Brasil exporta? 
3)Dizem que era visível uma crise na China antes mesmo do Coronavírus, você teve essa 
percepção? 
a) O que acha que pode ter causado? 
4)Como você vê a China reagindo nos próximos meses de recuperação do vírus? 
5) Você vê algum risco para o mercado brasileiro? E não 
 
6)A aproximação do governo atual brasileiro com a China afeta nas relações comercias Brasil-
China? É possível sentir um impacto imediato desta aproximação? 
 
4. ANÁLISE DOS DADOS 
 
4.1 Análises das Entrevistas 
 Tendo como metodologia de pesquisa entrevistas diretas, foram obtidas visões de 
pessoas que trabalham diretamente no mercado. Os entrevistados foram: Daniel Savazzi, diretor 
comercial da empresa Maled Trading localizada em Lins, São Paulo e com filial em Coral 
Springs na Flórida, Estados Unidos da América; sua entrevista foi realizada por vídeo chamada. 
A segunda entrevista foi efetuada com Natanael Carvalho, brasileiro que atua como Trader na 
Austrália na Swift & Company, grupo especializado em Trade; sua entrevista foi realizada por 
e-mail. A terceira entrevista foi com Marino Camardelli, brasileiro, atualmente representante 
comercial da Marfrig Global Foods na China; sua entrevista também foi realizada por e-mail. 
 A análise foi estruturada pela pré-categorização de perguntas, ressaltando os 
principais pontos das mesmas e utilizando-as como base para entendimento e exploração do 
tema para com o referencial teórico obtido. 
 Tendo como o panorama final do ano de 2019 e o primeiro semestre de 2020, sobre 
a pandemia global do Coronavírus, assunto ao qual, não é escopo do estudo, porém infactível19 
 
de não ser citado pelos entrevistados e tendo absoluta influência no mercado, é conteúdo a ser 
analisado. 
 Um dos primeiros pontos foi o facilitador das exportações, que para Daniel Savazzi, 
dono de frigorífico, é explorado a logística e a burocracia, em contraponto a Natanael Carvalho, 
trader atuante na Austrália e Marino Camardelli, representante que atua na China, que citam a 
demanda maior que a oferta e o fator econômico da desvalorização do real perante o dólar. Nas 
dificuldades das exportações, Daniel explora que o câmbio e a demanda por commodities são 
alguns empecilhos, enquanto Natanael, revela a redução atual de consumo, uma questão global 
afeta os consumos em bares, restaurantes e a economia mundial. Marino, por sua vez, ressalta 
o fator logístico como a falta de containers para as importações chinesas. 
 Entrando no tema da pandemia, todos concordam que as retrações econômicas é um 
ponto principal, e Daniel reforça a necessidade de renegociação de preços até mesmo antes da 
pandemia e a procura por carne congelada. Na negociação em si, todos concordam que não há 
problemas para vendas na China, porém Daniel aponta a concorrência com Hong Kong é alta, 
independente do mercado atual, enquanto Natanael reforça que a maior dificuldade é obter um 
cliente com saúde financeira que “não o deixe na mão”, fazendo conexão com o que foi 
explicado por Canal Rural (2020). 
 Nas diferenças entre exportações brasileiras com a China, Daniel revela que “O 
Chinês é um negociador nato, sabendo o timing perfeito do negócio” e revela que o crack que 
houve no último ano é devido a novos players no mercado sem experiência. Para Natanael, a 
diferença principal é o tipo de produto oferecido, como raça ou a dieta, porém ele ressalta que 
cada país tem o seu diferencial e que o Brasil é conhecido por ter grandes volumes e preços 
competitivos no mercado, atraindo assim todos os players, reforçado por Marino que também 
cita os preços como ponto significativo. 
 Sobre a percepção de uma nova crise chinesa, referência de Reuters (2019), Daniel 
revela que devido a peste suína ocorrida no ano de 2019, houve já a preocupação pela falta da 
proteína junto com o Ano novo chinês, sendo para ele, a redução ocorreria naturalmente junto 
com Marino que, tem o olhar reforçado com um mercado que teve preços renegociados 
recentemente, porém não categorizando uma crise. Contrapondo, Natanael que via o mercado 
com perspectivas otimistas, mas que novamente a pandemia apresentou um alto percentual de 
mortes nos rebanhos e ampliou a troca da proteína suína para aves e bovinos. Sua aposta é que 
a China voltará “as compras” assim que a pandemia acabar. 
 As perspectivas para o mercado nos próximos cinco anos são altas por todos: 
Natanael defende que nenhum outro país consegue oferecer o volume e a qualidade com preço 
competitivo e destaca o acesso a países como Estados Unidos da América, sendo um precedente 
para próximos mercados. Daniel também mostra visão do aumento de mercado e que para 
China, o Brasil continua sendo o principal fornecedor mesmo com sazonalidades, mas com 
expansão do mercado, contemplando com o que Escher (2018) explica. Marino ainda ressalta 
que, uma tendência é o foco nos destinos mais lucrativos para fábricas maiores e com 
habilitações por parte do governo asiático. 
 Para os desafios da alta demanda, Natanael prevê uma concorrência alta, porém o 
acesso ao produto é um desafio; para isso, ele atribui ao relacionamento com o cliente como a 
melhor maneira para manter a fidelidade, além de dividir informações com fornecedores e 
manter seus compromissos em dia. Já Daniel em sua empresa, o nicho de mercado explorado é 
de alta qualidade e players exclusivos, não competindo diretamente com tradings maiores, 
dando uma vantagem de acompanhar o fluxo completo com qualidade, também indicado por 
Gushiken (2018) sobre a multinacional JBS, enfatizado por Marino que explica que por 
trabalhar em uma empresa de grande porte, há maior facilidade com contratos de containers e 
prioridade na locação destas unidades. 
20 
 
 Assim como ressaltado por Martha Junior; Alves; Contini; Ramos (2010) sobre os 
riscos para o mercado financeiro, Daniel relembra a inflação na carne no final do ano de 2019 
e explica que para todos os frigoríficos a maior dificuldade será na aceleração da economia e 
na renda do brasileiro, o mesmo caindo, não pode remunerar o pecuarista melhor. Havendo o 
problema no Brasil, a maneira é ir atrás de mercados internacionais para equalizar o negócio, 
algo semelhante ao apontado por Natanael, que vê a economia como um ponto delicado devido 
à pandemia e as restrições mundiais. Marino relembra que grande parte das exportações são 
oriundas da Ásia, portanto o cenário também é voltado por uma economia retrativa. 
 Já na percepção da cultura Plant Based eles concordam que é um nicho com demanda, 
mas que há espaço para todos no mercado, não impactando diretamente as produções, 
atendendo a todos os públicos e um estilo de vida ainda novo, porém mais caro. Marino 
relembra o Tofu, alimento bastante consumido na China como uma opção do Plant Based. 
 Daniel vê que, o Brasil é um grande exportador de material in natura sendo pelos 
fatores de volume, preço e direciona a carne magra como a melhor da indústria, além da 
disponibilidade de carne todo ano, reforçado por Marino que também vê a grande capacidade 
de produção brasileira com a exportação monetizada em dólar como um grande atrativo. 
 Para as análises de longo prazo, Daniel vê que o mercado é muito dinâmico, e que 
empresas maiores com negócios em vários lugares do mundo conseguem tem essa facilidade, 
já para os players menores, o dia a dia precisa ser muito bem detalhado, divergindo do olhar de 
Marino que, mesmo trabalhando em uma grande empresa, vê que a indústria é obrigada a 
arriscar por conta de diferença de preços praticada no mercado. 
 A burocracia brasileira também é um ponto ressaltado por Daniel que, vê em grande 
parte a dificuldade do governo nas fiscalizações e compara que em outros países a fiscalização 
é feita de forma independente convergindo com o que é citado por Carvalho (2017), fazendo-
se questionar os padrões exigidos internacionalmente. Um ponto também expressado como 
burocrático é a questão trabalhista muito rígida no Brasil e na qual há muita rotatividade no 
ramo. No entanto, Marino vê que as barreiras exigidas são bem-vindas para evitar qualquer 
perda maior e considera o efeito destas medidas com a abertura de oportunidades de empresas 
menores terem a habilitação para a exportação. 
 Ao questionado das oportunidades que “obrigam” a empresa a ser multinacional, pela 
visão de Daniel, ele vê que há muitas coisas a serem melhoradas para uma competitividade 
maior e mais justa com os demais países e Marino vê que o preço do gado praticado em estados 
como São Paulo, é difícil uma empresa pequena sem habilitação comprar animais para competir 
com o preço de grandes empresas. 
 Em decorrência das análises feitas das entrevistas e os pontos levantados pelos 
entrevistados, é notório que existe uma correlação entre tamanho e facilidades mercadológicas, 
isso porque, o desenvolvimento de grandes empresas no setor abordado permite maior 
flexibilidade em diversos fatores como: logísticas, câmbio, preços (custos) burocracia, contato 
com entidades regulatórias, entre outros, demonstrando um desnível de mercado em que alguns 
enxergam como forças e outros (invariavelmente industrias menores) como fraquezas, apesar 
de que no Brasil ainda exista, mesmo que circunstancialmente, sinergia entre as cadeias de 
linhas produtivas verticais e horizontais (ou clusters). 
 Como mencionado anteriormente, pode-se verificar que no momento em que este 
trabalho fora redigido, dentre todos os fatores citados, não se pode deixar de acrescentar no 
fechamento, o reflexo do cenário de Pandemia, que está à frente e por trás de tudo isso, 
encurralando o mercado e forçando uma resposta rápida. Mas, de fato,apesar da grande 
expansão do setor nacional para o mundo, o fechamento de fronteiras acarretou em uma 
dependência maior na porcentagem do mercado nacional quanto aos resultados, entretanto, o 
consumo interno também decaiu devido à insegurança de fontes de renda, fazendo assim com 
21 
 
que os consumidores internos não realizassem gastos como eram feitos no cotidiano, até mesmo 
pelo reflexo de desemprego. 
 Por fim, à priori é impossível determinar um fechamento conclusivo para o atual 
cenário, não somente no segmento pesquisado, mas também diversos outros em decorrência a 
incerteza do mercado perante as consequências a médio e longo prazo da Pandemia de do 
COVID-19, levando a crer que, as medidas a serem tomadas não devem ser pró ativas em 
primeira instância e sim reativas, uma vez que não há como realizar previsões de mercado ou 
planejamentos internacionais pelas variáveis de recuperação de cada país, sendo assim manter 
o que pode ser mantido e reagir ao que surgir se adaptando e se reinventando é a melhor opção 
em um momento de mais perguntas do que respostas. 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Findando o trabalho de conclusão de curso, identificamos diversos aprendizados, 
principalmente a como pesquisar em fontes confiáveis e analíticas, também, como trabalhar 
diversas fontes tanto pra embasamento teórico quanto entrevistas. Outro ponto de aprendizado 
foi a parte de cronograma, principalmente por termos que adaptar as entrevistas ao prazo que 
nos foi dado. 
 Pelo tema abordado e o problema de pesquisa serem atuais, foi necessário uma 
continua interação com portais de notícias, pesquisas, artigos e fontes governamentais, e por 
fim, entendemos como nosso tema foi cirúrgico em decorrência da atualização que se fez 
necessária devido a um fato marcante como a Pandemia. 
 Tendo como problema de pesquisa investigar os possíveis cenários e desdobramentos 
da relação entre Brasil e China no agronegócio internacional, foi levado em conta as 
implicações econômicas destas relações, portanto, realizou-se um levantamento de 
informações que nos permitiu avaliar esta relação e acordos estabelecidos entre as duas nações, 
o impacto que a comercialização entre os mesmos possuem na economia de ambos e o 
entendimento das novas diretrizes que os governos atuais tem seguido, além de dados 
específicos que dizem respeito ao agronegócio brasileiro e chinês. 
 Mediante isso, foi possível responder aos nossos objetivos específicos, cujo o 
primeiro era apurar a atuação da China nas negociações com o Brasil. Verificou-se que 
atualmente a China adota uma estratégia de pulverizar seu PIB mundialmente, portanto possui 
negócios em cada região do mundo, tendo regiões mais concentradas que outras, enquanto o 
Brasil vem concentrando sua dependência fabril e tecnológica em suas relações com a China. 
A estratégia chinesa proporciona que a mesma busque possuir uma economia que tenha 
possibilidade de explorar oportunidades a nível mundial e esteja apta a desenvolve-la por meio 
da comercialização com demais mercados, sejam eles desenvolvidos ou emergentes. 
 Outro objetivo específico, a saber, analisar os impactos econômicos dos acordos 
firmados entre Brasil e China, teve sua análise prejudicada pela crise internacional de saúde 
que se apresentou. Este acordos internacionais firmados com a China, que uma vez trouxeram 
benefícios para a interação comercial entre as nações e proporcionou uma crescente econômica 
nos últimos anos para ambos, atualmente estão virtualmente congeladas em virtude da 
Pandemia do Coronavírus, o que fechou as fronteiras internacionais e fez com que houvesse 
bloqueios de cargas nos portos chineses. Tal fato tornou imprevisível a continuidade destes 
acordos e os impactos que os mesmo terão na economia brasileira e chinesa. 
 Tendo como último objetivo a averiguação das oportunidades de novos negócios e 
crescimento brasileiro, realizaram-se análises que foram fortemente afetadas pela Pandemia 
mundial. Antes da emergência sanitária, a parte do segmento de plant based era uma 
oportunidade bem chamativa pro mercado brasileiro, contudo não se pode afirmar que tal 
22 
 
segmento crescerá depois da crise justamente pela instabilidade que esta trouxe ao cenário 
mundial. A expectativa de planejamento do PIB brasileiro e do mundo é incerta, contudo, 
espera-se que o sistema econômico, no que diz respeito às trocas comerciais com a China, não 
sofra grandes alterações, levando em conta o tamanho do mercado chinês e o poderio de compra 
do mesmo. Não obstante, quando se analisa a demanda por carnes, percebe-se um novo 
direcionamento. O segmento de food service teve uma queda, que, no entanto, foi compensada 
por outros segmentos como mercados, indústria de enlatados, etc. Portanto espera-se que 
demanda pelo setor agropecuário brasileiro não sofra baixas em massa. 
 Para opiniões pessoais, conseguir compreender esse mercado de peso mais a fundo, 
nos permitiu ao fim do trabalho analisar de uma forma mais tangível as leis de ação e reação 
tanto econômicas como sociais, em ambos os países. Com isso, foi possível concluir que apesar 
da demanda chinesa por carnes do mercado brasileiro ter proporcionado uma elevação no PIB, 
estar comercialmente dependente do mercado Chinês pode trazer riscos ao PIB nacional, uma 
vez que desta maneira o Brasil perde seu poderio de negociação e fica exposto a problemas 
econômicos e sociais que a China possa vir a sofrer em um momento futuro. 
 Foi enriquecedor viver em um período em que nosso trabalho foi tão tangível ao longo 
do seu desenvolvimento, uma vez que nós como grupo além de construirmos um conhecimento 
sobre o tema do trabalho também vivemos as consequências dele em tempo real. 
 
5.1 Recomendações 
 As dificuldades do trabalho não estava necessariamente em sua execução, mas sim 
em seu tema, visto que o trabalho consiste em um tema atualizado em tempo real enquanto era 
desenvolvido, isso se refletiu claramente na dificuldade como achar entrevistados, uma vez que, 
candidatos aptos a serem entrevistados são de relativo difícil acesso tendo em vista a Pandemia 
de COVID-19 que causou certa desestabilização global. 
 As sugestões para próximos trabalhos estão em conseguir contatos mais quentes ou 
networking direto com entrevistado e o cuidado com a permissão do entrevistado para 
responder as entrevistas, pela linha tênue em questões de confidencialidade empresarial. E, 
analisar as mudanças que o mercado teve e as medidas dos governos brasileiro e chinês 
tomaram pra amenizar as consequências da Pandemia visto que encerramos o trabalho neste 
período. 
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REUTERS. Com exportação maior à China, carne fica mais cara no Brasil. Disponível em: 
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ROMERO, Cristiano. A china e o futuro do Brasil, segundo Barros de Castro. Disponível 
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27 
 
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Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2006. 
 
VEJA. Coronavírus na China deve impulsionar exportações de carne do Brasil. Disponível 
em: <https://veja.abril.com.br/economia/coronavirus-na-china-deve-impulsionar-exportacoes-
de-carne-do-brasil/> Acesso em: 27 fev. 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
ANEXOS 
 
ANEXO A – Categorização das entrevistas 
 
Perguntas Daniel Savazzi - 
Entrevistado 1 
Natanael Carvalho - 
Entrevistado 2 
Marino Camardelli 
- Entrevistado 3 
Fator 
Facilitador 
das 
exportações 
“Logística e Burocracia" "Demanda maior que a 
oferta. Depreciação do 
Real frente ao Dólar." 
"A demanda. O 
número de 
habitantes e 
demanda por 
produto é enorme" 
Fator que 
dificultador 
das 
exportações 
"Cambio e demanda por 
commodities" 
"Redução do Consumo. 
Crise do COVID-19, 
redução do faturamento" 
"A falta de 
containers, pois a 
CIA marítima o 
mesmo tem

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