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Estudos Epidemiológicos Ciência que estuda o processo saúde- doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva; Propõe medidas especificas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, a administração e a avaliação das ações de saúde. Bons profissionais de saúde utilizam tanto sua vivência clínica quanto as melhores evidências disponíveis na sua tomada de decisão. Observação e análise de processos de doenças e sugestões de tratamento com base em estudos científicos; Eliminação de mitos e empirismo; Segurança na prática clínica e em epidemiologia; Uso consciente, explícito e judicioso da melhor evidência existente nas tomadas de decisões para os pacientes de modo individual. PIRÂMIDE DOS NÍVEIS DE EVIDÊNCIAS: O desenho dos estudos epidemiológicos se baseiam: 1) Nos recursos financeiros disponíveis; 2) No tempo disponível; 3) Na prevalência dos fatores de exposição, sendo raro (ex: irradiação) ou comum (ex: colesterol); 4) Na frequência do evento É importante conhecer as vantagens e desvantagens de cada modelo, as suas vulnerabilidades aos vieses de seleção e observação, e a capacidade de inferência; A escolha do desenho de estudo é um dos pontos metodológicos da maior importância no planejamento da pesquisa. Odontologia baseada em evidências Melhor evidência disponível Habilidades clínicas do profissional Percepção do paciente ESTUDOS Quanto ao tempo Transversal Longitudinal Quanto a unidade de estudos Individual Ecológico QUANTO AO TEMPO: Transversal: └ Recorte instantâneo do tempo de exposição e efeito Longitudinal: └ Coleta de dados feita ao longo do tempo de forma organizada └ Pode ser retrospectivo (análise no passado) ou prospectivo (análise do futuro) QUANTO AO MODO DE INTERVENÇÃO NAS PESSOAS AO FATOR EM FOCO: Experimentais: └ O pesquisador intervém na população estudada Observacionais: └ Pesquisador não intervém na população estudada QUANTO AO PROPÓSITO GERAL: Descritivos: └ Descreve o padrão de ocorrência das doenças, perfil grupos populacionais, etc. └ Agregação e análise de dados; └ Ex: relato de caso ou série de casos Analítico: └ São testadas hipóteses específicas de associação causal entre as variáveis; └ Pressupõem a existência de um grupo de referência, o que permite estabelecer comparações; └ Testar hipótese; └ Estudo de coorte: definem indivíduos por alguma variável e os acompanham por um determinado tempo, para verificar a ocorrência de alguma doença; └ Estudo caso controle: indivíduos com a doença, são comparados, quanto a exposição a um ou mais fatores, a grupo de indivíduos semelhante ao grupo de casos, chamado de controle (sem a doença). Podem ser utilizados para investigar a etiologia de doenças ou de condições relacionadas à saúde; Um grupo ou série de pacientes que têm um determinada doença de interesse (caso) e um grupo de indivíduos sem a doença (controle) ou grupo de comparação são selecionados para investigação; São estudos epidemiológicos observacionais, longitudinais, retrospectivos e analíticos; O investigador está olhando para o passado a partir da doença para uma possível causa e ambos já ocorreram; ESTUDOS Observacionais Descritivo Relato de caso Série de casos Analítico Caso controle Coorte Quanto ao propósito geral Experimentais Ensaio Clínico Quanto ao modo de intervenção CASO CONTROLE X COORTE: Diferença fundamental: característica que identifica os indivíduos que participarão da investigação (seleção) Estudos de coorte: Exposição Estudos caso-controle: Doença; REALIZAÇÃO: 1. Selecionar uma amostra de uma pessoas (casos) com a doença população 2. Selecionar uma amostra de uma população sob risco sem doença (controles) 3. Medir (em geral, não diretamente) as variáveis preditoras. VANTAGENS: Eficiente em doenças raras; Permites examinar fatores etiológicos múltiplos para uma única doença; Relativamente barato e rápido. DESVANTAGENS: Somente um desfecho pode ser analisado; Grande susceptibilidade a vieses: └ Especialmente viés de aferição e seleção; └ Fatores de confusão; Estudo observacional no qual os indivíduos são classificados ou selecionados segundo o status de exposição expostos e não expostos, sendo seguidos para avaliar a incidência da doença em determinado período de tempo; Os estudos de coorte também podem ser utilizados para avaliar riscos e benéficos do uso de determinada medicação; Esse tipo de estudo geralmente é chamado de longitudinal pois os dados são coletados em diferentes pontos do tempo; Esses estudos podem ser úteis também para conhecer a história natural das doenças e para avaliar o seu prognóstico; REALIZAÇÃO: 1. Primeiramente, identifica-se a população de estudo e os participantes são classificados em expostos e não expostos a um determinado fator de interesse; 2. Depois, os indivíduos dos dois grupos são acompanhados para verificar a incidência da doença/condição relacionada à saúde entre expostos e não expostos; 3. Comparar a incidência em cada coorte. VANTAGENS: Podem ser usados para a avaliação de desfechos múltiplos; São menos sujeitos a vieses de seleção do que os estudos caso controle; Alguns estudos permitem que várias exposições possam ser avaliadas; Elucidar relação temporal entre exposição e doença; DESVANTAGENS: Pode ser ineficiente para o estudo de doenças raras ou aquelas com longos períodos de latência; Geralmente são muito caros; Perda de participantes ao longo do segmento. VIÉS NOS ESTUDOS DE CASO-CONTROLE E COORTE: Viés: todo pesquisador ao realizar um estudo epidemiológico pode estar sujeito a erros que podem interferir ou alterar o resultado desse estudo; Viés de Seleção: é formado se os grupos de expostos e não-expostos forem formados de maneira desigual, de diferentes grupos populacionais Viés de Aferição: uso de indicadores inapropriados para avaliação, baixa validade do instrumento da coleta, por exemplo: questionário mal elaborado. É uma pesquisa científica que pretende responder uma pergunta sobre determinada intervenção que pode ser com um medicamento, um produto para a saúde, uma vacina, enfim, uma intervenção que deve ser controlada a fim de avaliarmos a segurança e a eficácia desta intervenção; São estudos experimentais ou intervencionais, no qual o pesquisador além de observar intervém no estudo de alguma forma; Pode ser randomizado, quando a alocação dos grupos for aleatória, ou não randomizado, quando é alocado pelo próprio pesquisador; ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO: Estudo considerado como padrão-ouro; Os participantes do grupo controle e de intervenção são distribuídos de forma aleatória; Os participantes devem ter a mesma oportunidade de receber ou não a intervenção em ambos os grupos; Podem ser subclassificados em: └ Unicego: apenas a equipe sabe qual grupo em que o participante está; └ Duplo-cego: quando nem a equipe nem o participante sabe qual o grupo em que ele pertence; Também pode ser aberto, no qual todas partes envolvidas (médicos e pacientes) têm conhecimento sobre qual fármaco está sendo administrado a cada indivíduo participante; VANTAGENS: Alta credibilidade como produtor de evidências; Não há dificuldade de formação de grupo controle; A cronologia dos acontecimentos é determinada pela interpretação dos dados; DESVANTAGENS: Alguns participantes deixam de receber um tratamento potencialmente benéfico; Exigência depopulação estável e cooperativa; Por questões éticas muitas situações não podem ser investigadas; Requer estrutura administrativa e técnica de porte razoável; Usualmente caro e de longa duração. VIÉS NOS ENSAIOS CLÍNICOS: Viés do observador: └ Distorção (consciente ou inconsciente) na percepção ou no relato da medida pelo observador; └ Pesquisa tendenciosa; Viés do Instrumento: └ Defeito de um instrumento mecânico └ Falta de calibração de um instrumento └ Leituras errôneas Viés do Sujeito: Distorção originada pelo sujeito do estudo; Possibilidade do sujeito avaliado a apresentar dada característica tendenciosa; Autosseleção. Têm por objetivo determinar a distribuição de doenças ou condições relacionadas à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as características dos indivíduos; Possibilita a avaliação das tendências no estado de saúde das populações (países); Oferece uma base para planejamento das ações nos serviços de saúde; Observa problemas a serem estudados através dos métodos analíticos e sugere áreas de interesse para investigação; Exemplos: └ Relato de caso; └ Série de casos; └ Estudo ecológico; └ Estudos transversais. ESTUDO DE CASO: Análise de modo detalhado de um caso individual que explica a dinâmica e a patologia de uma doença dada; Interesse em casos individuais; Descrição detalhada de casos clínicos, contendo características importantes sobre os sinais, sintomas e outras características do paciente, relatando os procedimentos terapêuticos utilizados, bem como, o desenlace dos casos. Tipo mais básico de estudo descritivo e que formula hipóteses sobre possíveis causas para doenças; Relato cuidadoso e detalhado feitos por um ou mais clínicos do perfil de um ou mais pacientes; Costuma ser primeira abordagem de temas; Descrição de terapias propostas para doenças raras; Tem um enfoque qualitativo, embora possa ser quantificadas; Muito comuns em periódicos da área da saúde, sendo muito utilizado em odontologia; O relato de caso individual pode ser expandido para uma série de casos, onde descreve características de um número de pacientes com uma determinada doença ou outro efeito; Vantagens: └ Facilidade de realização └ Baixo custo └ Possibilita a observação └ Intensiva de cada caso Desvantagens: └ Conclusões baseiam-se em poucos casos não há grupo controle para avaliação; └ Subjetividade na apreciação dos fatos; └ Não quantifica a prevalência na população; ESTUDOS ECOLÓGICOS: Tem origem na utilização de áreas geográficas como unidades de análise. Nos estudos ecológicos os dados já se encontram agregados, por isso também é chamado de estudo de agregados. Usam dados sobre populações inteiras ou grupos de pessoas para comparar as frequências da doença ou outro efeito entre diferentes grupos durante um mesmo período de tempo ou na mesma população em diferentes pontos do tempo; Compara-se a ocorrência da doença/condição relacionada à saúde e a exposição de interesse entre agregados de indivíduos (populações de países, regiões ou municípios, por exemplo) para verificar a possível existência de associação entre elas. Os grupos ou agregados pode ser classes em uma escola, industrias e áreas geográficas, como: cidades, regiões, estados ou países; Usado para avaliar a frequência das doenças em populações em diferentes pontos do tempo; Em estudos ecológicos geralmente são utilizados dados já coletados anteriormente para outros propósitos; Os estudos referem-se a população como um todo ao invés de indivíduos. Objetiva ver distribuição e comparações geográficas. Vantagens: └ Facilidade de realização └ Baixo custo └ Geram novas hipóteses └ Dispensam amostragem, fichas ou exames clínicos Desvantagens: └ Não é possível associar doença e exposição no nível individual; └ São medidas médias da população, e não valores individuais reais; ESTUDOS TRANSVERSAIS: Os estudos seccionais ou estudos de corte transversal ou estudo de prevalência observam simultaneamente, em um mesmo momento histórico, o fator causal e o efeito de um determinado agravo ou patologia; Não se presta à pesquisa de etiologia, revelando apenas medidas de associação entre o agravo e a condição atribuída, úteis para identificar grupos (fatores) de risco, gerar hipótese e descrever a prevalência de doenças. Medem a prevalência da doença (proporção da população que tem a doença num determinado momento); Vantagens: └ Medem prevalência └ Doenças comuns └ Úteis para planejamento de saúde rápidos, baratos e objetivos; └ Os dados se referem ao momento do contato examinador e examinado └ Estudos mais difundidos em epidemiologia └ Não há necessidade de seguimento das pessoas Desvantagens: └ Relação temporal entre exposição e doença └ Não se prestando a pesquisa de etiologia └ Dificuldade de investigação de doenças de baixa prevalência pois existem amostras de grande tamanho
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