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1º Bimestre, Aula 1 (03.03) Doacao de Medula Ossea Consiste no transplante de células tronco hematopoéticas, conhecida popularmente como transplante de medula óssea. Nem todo banco de sangue faz a captação da medula óssea, depende da sua competência. • Medula óssea (M. O.) 1. Tecido hematopoético localizado nas extremidade dos ossos.• Função do tecido: A partir de células tronco hematopoéticas ocorre a produção de células (hemácias, leucócitos e plaquetas).• Se nasce com medula óssea vermelha (hematopoiética) em todos os ossos e conforme a idade avança a medula óssea vermelha vai sendo substituída pela amarela (tecido adiposo). Após a vida adulta, existem locais específicos onde se tem maior quantidade de medula óssea vermelha, principalmente crânio, esterno, costelas, mandíbula, crista ilíaca e vértebras. • Transplante: Procedimento de retirar a medula óssea de um doador saudável e a transplantar a um receptor doente. • Oncohematologias (linfomas e leucemias): Produção anormal de uma linhagem celular.→ Aplasia medular: Parada da produção de algum tipo celular ou total das células.→ Anemias congênitas: Deficiência genética que leva a produção de hemácias não funcionais ou alterações na sua estrutura que faz com que esta seja retirada da circulação precocemente, como anemia falciforme. → Outros.→ Quem necessita do transplante: Indivíduos com doenças congênitas (onde se tem mutações e alterações) com produção anormal de células sanguíneas. • A medula do receptor deve ser zerada para prepará-lo para a doação (quimioterapia ablativa) e o doador deve ser compatível. A chance de se encontrar uma medula compatível no Brasil é de 1 em 100 mil e no mundo é de 1 em 1 milhão. Dentro da família, se tem 25% de chance de encontrar compatibilidade. • Quando se faz um transplante de medula óssea, o médico tira todas as células sanguíneas da medula ineficaz do receptor e funde uma medula óssea nova. Se tiver uma divergência em relação ao tipo ABO, a nova medula óssea pode trocar de tipo sanguíneo (mudando a quantificação genética para antígenos eritrocitários). Se destrói a célula-tronco antiga para colocar a nova, o gene também muda. Quem pode se cadastrar como doador de medula óssea?2. A celularidade de idoso é inversamente proporcional à de um recém-nascido.→ Quando se tem alta celularidade, a medula óssea se recompõe em 48 horas.→ Indivíduos entre 18 e 54 anos, em bom estado de saúde, sem doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue e precisa apresentar um documento com foto emitido por órgão público. • Como funciona? 3. É feito o cadastro, em que se tem apresentação de documento com foto e preenchimento de ficha com dados pessoais.• É feito a coleta inicial de 5 ml de sangue venoso do doador, não sendo necessário estar em jejum. O sangue é mandado para laboratório e é analisado para identificar sua tipagem HLA (teste genético para definir o antígeno leucocitário humano), avaliando a histocompatibilidade. • Os dados genéticos (tipagem HLA) do doador são armazenados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), ficando em contato com o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME). O candidato ficará cadastrado até 60 anos. • Se identificado um paciente com medula compatível com do candidato, este é convocado ao hemonúcleo.• São feitos exames complementares (triagem clínica e laboratorial com testes sorológicos e imunohematológicos + análise da qualidade e comportamento de vida) para a confirmação da compatibilidade. • Se a compatibilidade for confirmada, o doador será consultado para decidir a doação. • Se autorizada a doação, é feito um exame clínico para certificar o bom estado de saúde do doador. Não há nenhuma exigência quanto às mudanças de hábito de vida, de trabalho ou alimentação. Se acertado, faz a extração medular. • O cadastro deve ser sempre mantido atualizado.• Procedimento de extração medular4. O transplante de medula óssea é a extração das células da medula óssea do doador (saudável e compatível) e substituição da medula óssea do paciente (doente). • As fontes de CTH podem ser da medula óssea, do cordão umbilical ou do sangue periférico (por meio de estímulo). (1) Doação de Medula Óssea (1º BIM) As fontes de CTH podem ser da medula óssea, do cordão umbilical ou do sangue periférico (por meio de estímulo).• Método direto: Anestesia + centro cirúrgico. Punção na região da bacia/crista ilíaca, com duração de aproximadamente 40 minutos. O governo custeia todo o procedimento. ▫ Desvantagens: Como o sangue é anticoagulado, o cálcio sérico pode diminuir; eletrólitos também podem diminuir.→ Método indireto (Aférese): Doador ingere medicamento CSF que estimula a medula óssea, aumentando a velocidade de proliferação das células sanguíneas durante 4 horas. O doador as libera para o sangue periférico, onde são captadas por aférese, extraídas diretamente do braço do doador por meio de um cateter. Retira-se o sangue total (que é retornado para o doador por outro acesso) e se separa as CTH. A quantidade de MO extraída é <10% e a recuperação das células do organismo do doador ocorrer após cerca de 15 dias. O número de células na aférese é menor que na punção ilíaca. ▫ Método alternativo: Célula tronco do cordão umbilical também pode ser usada para tratamento de doenças por possuir células tronco hematopoéticas e mesenquimais. É indicado dependendo do peso e do tamanho do paciente porque o número de CTH é baixa e deve ser suficiente para suprir a necessidade do mesmo. Normalmente, é utilizada para crianças. ▫ Métodos a critério médico:• Após o transplante pode ocorrer remissão parcial ou completa (quando o problema não volta após 5 anos).• Tipos de transplante5. O tipo de transplante depende do tipo de doador.• Autólogo/autogênico: Células tronco hematopoiéticas provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). As células da medula ou do sangue periférico do próprio paciente são coletadas e congeladas para uso posterior. A vantagem é a compatibilidade e a desvantagem é a recidiva da doença. A indicação terapêutica depende da conduta médica, da onde está a alteração clonal e do tipo de alteração citogenética. • Alogênico: Células tronco hematopoiéticas provê de outro indivíduo (doador), de acordo com o nível de compatibilidade do material sanguíneo. Pode ser relacionado (membro da família que apresenta consanguinidade, geralmente irmão) ou não relacionado. As fontes podem ser da medula óssea, sangue periférico ou sangue do cordão umbilical. A vantagem é a maior possibilidade de remissão da doença (pois não é autólogo) e as desvantagens são a incompatibilidade e a doença do enxerto contra o hospedeiro. • Singênico: Doação entre irmãos gêmeos idênticos, onde um irmão irá ter as mesmas características genéticas do outro. As fontes podem ser punção direta da medula óssea ou sangue periférico. Mais raro de ocorrer. • O maior risco do pós-transplante de medula óssea é a Doença do Enxerto Contra Hospedeiro (DECH). Ocorre quando as células tronco do doador agem contra as células do tecido do receptor, já que o receptor é imunodeprimido e o doador não. Pode ocorrer em nível medular ou em nível gastrointestinal. O teste de tipagem HLA é feito para prevenir que isto ocorra. Existem médicos que têm a conduta de realizar o transplante alogênico para causar a Doença do Enxerto Contra Hospedeiro por ser uma desvantagem que pode virar uma vantagem quando as células transplantadas matam as células do paciente que possuem alterações genéticas.
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