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HEMOGRAMA - MDD IV

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HEMOGRAMA
Não fecha diagnóstico sozinho, mas é útil para complementar e acompanhar; 
É a contagem de componentes celulares do sangue; 
Sangue: tecido líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo dos animais vertebrados;
funções: manutenção da vida do organismo por meio do transporte de nutrientes, água, resíduos do metabolismo celular, toxinas, oxigênio, CO2, hormônios, eletrólitos + defesa imunológica + hemostasia; 
Adulto: +- 8% do peso corporal → plasma + elementos figurados (células); 
90% do plasma é água + magnésio, cloro, potássio, cálcio.. + proteínas (albumina, fibrinogênio, imunoglobulinas,…); 
Elementos figurados: hemácias, leucócitos, plaquetas (fragmento de megacariócito → forga coágulo); 
Tecnica laboratorial
Durante a fase pré analítica, os principais fatores que podem alterar o resultado final são: questões fisiológicas do próprio paciente (idade, gênero e outras peculiaridades), inadequações
de coleta e manipulação da amostra e fatores endógenos (anticorpos do paciente, medicamento de uso contínuo, entre outros); 
Fase analítica: principal fator é a análise equivocada das células sanguíneas; 
Fase pós-analítica: interpretação errônea das análises obtidas na fase anterior e identificação inadequada; 
Utiliza sangue venoso! 
Requisição e coleta
Fase pré-analítica
O hemograma pode ser coletado a qualquer hora e não requer jejum; 
evitar coleta de hemograma após exercício físico (neutrofilia induzida) + nas 2 horas que sucedem refeição com gordura;
Atenção para a: 
pressão do garrote: muito apertado pode gerar estouramento das hemácias → amostra com sangue hemolisado; 
calibre da agulha;
ângulo da agulha;
vácuo vs. seringa;
reação do paciente;
curativo e pós-coleta; 
Tubos para coleta: o tubo tem que ter anticoagulante para evitar a aglutinação das células sanguíneas; 3 tipos de anticoagulantes: 
EDTA: quelante de cálcio; usado no hemograma; tubo roxo; quelante de cálcio que gruda no cálcio que está no plasma → impede cascata de coagulação e sangue fica fluido dentro do tubo!
Heparina: útil pra estudo eritrocitário; promove aglutinação de leucócitos e plaquetas; tubo verde; 
Citrato: ideal para coagulograma; tubo azul; mantém todos os fatores de coagulação integros;
Fase analítica
Contagem automática por máquinas; 
o equipamento alinha célula por célula e passa na frente de vários lasers que capturam informações de tamanho e complexidade → citometria de fluxo → vai colocando imagens no gráfico; 
Quando o equipamento libera suspeita → faz microscopia!
pega a amostra que deu a suspeita → põe gota de sangue na lâmina → outra lâmina por cima → cora no panótipo (corante para estruturas ácidas e básicas) → microscópio; 
Qualquer alteração de contagem/ morfologia a maquina indica!
Quem tem que estar no sangue periférico é a hemácia sem núcleo! 
podem aparecer reticulócito, mas se começar a aparecer muita fase de desenvolvimento circulando → problema!
A presença de prómielócitos e mieloblastos no sangue circulante indica que a medula está produzindo muitas células e liberando antes do desenvolvimento → problema! 
“desvio a esquerda” → aparece fases anteriores do desenvolvimento da célula que deveria estar na circulação; 
Liberação dos resultados
Tem um padrão de liberação: 
Valores de referência mudam de população pra população; 
Cabe ao laboratório avisar por método imediato de comunicação ao médico requisitante sempre que algum dado do hemograma demonstrar que o paciente está sob alto risco de consequências graves e imediatas! 
Eritrograma
Avalia a série vermelha → hemáceas + tecido eritroblástico da medula que as da origem; avalia massa, forma e tamanho dos eritrócitos circulantes; 
Função: identificar, quantificar e ajudar na investigação diagnóstica; 
Estuda a: 
contagem de hemácias;
dosagem de hemoglobina (Hb);
hematócrito (HT); 
índices hematimétricos: volume corpuscular médio (VCM) + hemoglobina corpuscular média (HCM) + concentração hemoglobínica corpuscular média (CHCM) e amplitude de distribuição das hemácias (RDW); 
Contagem de eritrócitos - RBC
Varia de acordo com a idade e o gênero → homens > mulher; 
essa diferença acontece porque os hormônios andrógenos aumentam a sensibilidade do tecido eritroblástico a eritropoetina e os estrógenos desestimulam a eritropoese; 
A contagem é feita por contadores automáticos → valor menos utilizado na prática que a dosagem de hemoglobina ou valor do hematócrito → ou seja, não deve ser usada sozinha para diagnóstico; 
VR: 4,1 a 5,4/mm3 para mulheres adultas e 4,5 a 6,2/mm3 em homens adultos;
 abaixo: eritrocitopenia; quando vem acompanhado de diminuição de Hb → anemia; 
 superiores: eritrocitose - policitemia; quando acompanhado do aumento de Ht e Jb → poliglobulia; 
 Diferentes valores para recém-nascidos, lactentes e crianças até alcançar a idade adulta; 
Concentração de hemoglobina (HGB ou Hb):
A hemoglobina é uma proteína que fica dentro da hemácia;
O equipamento estoura a hemácia e a hemoglobina vai ficar misturada no plasma → Hb dosada por espectrofotometria; 
Hematócrito (HCT):
Faz uma razão entre o volume de massa dos eritrócritos e o volume de plasma do sangue total → da o valor em porcentagem → exprime a concentração de eritrócitos obtidos por centrifugação do sangue não coagulado; 
Põe tubo no leitor e vê que 40% do volume total de sangue são hemácias: 
correlaciona-se melhor que a contagem de eritrócitos com a viscosidade sanguínea sendo, portanto, o parâmetro mais utilizado para avaliar alterações volêmicas; 
VR: 
Homens adultos: 42 a 52%;
Mulheres adultas: 37 a 47%;
O valor do hematócrito costuma ser 3x maior que a dosagem da hemoglobina; 
Elevado: aumento do número de hemácias + diminuição do volume de plasma (desidratação);
Baixo: anemia; 
Indices hematimétricos
Descrevem características da hemácia com relação ao tamanho, quantidade e relação de hemoglobina dentro dele; 
4.1: VCM
Valor médio do volume das hemácias → calculado dividindo o hematócrito pelo numero de eritrócitos presentes no volume; 
medida direta do tamanho da hemácia; 
resultado expresso em fentolitros (fL); 
VR: igual para os 2 sexos → 80-98fL
Acima: macrocitose;
Abaixo: microcitose;
4.2 HCM
Dosar quantidade ("peso “) de hemoglobina dentro de uma hemácia → expresso em pg (picogramas); 
VR: não varia entre os 2 sexos → entre 27 e 32 pg; 
Usado para determinar o tipo de anemia! → quando maior o VCM, maior o HCM (quanto maior o eritrócito, mais hemoglobina dentro); 
calculada pelo computador dividindo-se a dosagem de hemoglobina pelo número de eritrócitos presentes em um mesmo volume de sangue; 
4.3 CHCM - Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média 
Avalia a quantidade (concentração) de hemoglobina média em 100mL de eritrócitos:
faz uma normalização; 
VR: não varia entre os 2 sexos: 32 a 37 g/dL; 
Usado para determinar o tipo de anemia!
Leva em conta o volume celular (Ht%), enquanto o HCM apenas relaciona o Hb total com o n de eritrócitos; 
4.4 RDW - Red blood cells Distribuition Width → amplitude de distribuição dos eritrócitos 
Mede a variação no tamanho das hemácias!
Identifica dupla população de hemácias;
VR: 10 a 15%; 
Anormalidades eritrocitárias
Anisocitose → variação em tamanho da célula;
Normocitose: tamanho normal;
Microcitose: menor que o tamanho normal;
Macrocitose: maior que o tamanho normal; 
Poiquilocitose → variação na forma/formato da célula; 
Policromasia → alteração na coloração da célula;
Normocromia: concentração normal de hemoglobina;
Hipocromia: diminuição da concentração de hemoglobina; 
HCM alterado; 
Contagem de reticulócitos → reflete a função medular frente a uma anemia;
Anemia regenerativa: quanto maior a anemia maior a porcentagem e contagem absoluta de reticulócitos circulantes; na maioria das vezes tem estímulo para que a medula tente repor as hemácias; 
Anemia arregenerativa: numero de reticulócitos é baixo em relação a hemoglobina; não tem estímulo para regeneração; 
Anemia hemolítica em recém nascidos = pede exame de reticulócitos;Histograma e RDW
São um subproduto do VCM individual → indispensável na avaliação da heterogeneidade volumétrica!
Histograma = curva que o computador gera quando recebe medidas individuais do VCM de cada eritrócito;
O computador mede o coeficiente de variação da curva e fornece o RDW (Red Blood Cell Distribution Width = amplitude de distribuição dos eritrócitos); 
Na anemia ferropriva → prejuízo na formação da hemoglobina devido a deficiência de ferro, mas haver períodos de maior absorção e, por este motivo, são encontrados tanto eritrócitos microcíticos quanto macrocíticos caracterizando uma anisocitose precoce; 
Na anemia sideroblásticas → defeito da síntese de heme = varia de eritrócito para eritrócito → RDW elevado → anisocitose acentuada; 
Beta-talassemia minor → o defeito genético na síntese da globina é igual em todos os eritrócitos → gera uma população microcítica homogênea = baixo RDW (isocítica); 
Na anemia das doenças crônicas em que pode haver microcitose, e na anemia da insuficiência renal crônica, o RDW também não costuma estar aumentado; 
Leucograma
Contagem global dos leucócitos;
Contagem diferencial dos leucócitos;
Determinação de alterações qualitativas (morfologia das células - como desvio a esquerda); 
VR: 4.000 a 11.000/mm3. São relatados valores diferentes para lactentes e crianças, separados por grupos etários.
Leucócitos: células de defesa → maioria encontrada na medula óssea (90%); destes 10% dos leucócitos circulantes, apenas 40% estão disponíveis na corrente sanguínea, estando os outros 60% concentrados nos tecidos periféricos;
Leucocitose e leucopenia como números isolados NÃO tem interpretação → tem que saber “quem" esta aumentado ou diminuído dentro dos tipos de leucócitos → precisa do leucograma completo; 
Os leucócitos são compostos por neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos e podem ser classiicados em granulócitos e agranulócitos; 
Relembrando
Neutrófilos → o tipo mais comum!
Neutrófilos + eosinófilos + basófilos = granulócitos → tem núcleo irregular e tem grânulos no citoplasma;
Os neutrófilos maduros são os polimorfos nucleares (PMN) e são chamados de segmentados porque seus núcleos sofrem seguidas segmentação durante o processo de maturação; 
representam de 36 a 66% dos leucócitos e possui uma contagem absoluta de 2000 a 7500/mm3; 
Os neutrófilos jovens são os blastos, promielócitos, mielócitos,
metamielócitos e bastões (ou bastonetes) → em condições normais, os bastões podem estar presentes no sangue (VR: 2 a 4% dos leucócitos e contagem absoluta de 100 a 400/mm3), sem
associação com alguma patologia, visto que são as formas jovens mais “próximas” dos polimorfos nucleares. 
Mas, a presença de um percentual maior de células jovens indica que pode haver um processo infeccioso em curso; 
Neutropenia: pancitopenia (defeitos na MO) + IDPs + infecções virais + quimioterapia; 
Neutrofilia: infecções bacterianas (piogênicas) + doenças inflamatórias agudas + leucemia mieloide crônica; 
A neutropenia consiste na redução da contagem de neutrófilos no sangue. Se for grave, há aumento no risco e na gravidade de infecções causadas por bactérias e fungos. 
A gravidade da neutropenia está relacionada com o risco relativo de infecção, sendo classificada como:
Leve (1.000 a 1.500/μl);
Moderada (500 a 1.000/μl);
Grave (< 500/μL);
Quando a contagem de neutrófilos cai para < 500/μL, a flora microbiana endógena (p. ex., na boca ou nos intestinos) pode causar infecções. A neutropenia por produção ineficaz da medula óssea pode ocorrer nas anemias megaloblásticas causadas por deficiência de vitamina B12 ou deficiência de ácido fólico.
Linfócitos → segundo tipo mais comum; 
Representam cerca de 15 a 45% dos leucócitos do sangue → principal linha de defesa contra infecções por vírus e contra surgimento de tumores!
Podem estar aumentados em processos virais ativos; 
Os linfócitos são as células atacadas pelos vírus HIV → um dos motivos da AIDS causar imunossupressão e levar a quadros de infecções oportunistas; 
Linfócitos atípicos são um grupo de linfócitos com morfologia diferente que podem estar presentes no sangue em quadros de infecções por vírus (como mononucleose, gripe, dengue...),
após uso de algumas drogas e em doenças auto-imunes (como lúpus, artrite reumatoide, síndrome de Guillain-Barré); 
Monócitos 
3 a 10% dos leucócitos circulantes e são ativados tanto em processos virais quanto bacterianos; 
responsáveis pela fagocitose (em sua forma ativa – macrófago) e pela defesa do organismo; 
Elevados em infecções crônicas como a tuberculose; 
Eosinófilos 
Combate a parasitoses e alergia; 
Representa apenas de 1 a 5% dos leucócitos circulantes; 
Podem estar aumentados em processos alérgicos, processos asmáticos ou em casos de infecção intestinal por parasitas; 
Basófilos
Menos comum → 0 a 2% dos glóbulos brancos circulantes. Podem estar elevados em processos alérgicos e/ou estados de
inflamação crônica; 
Leucocitose e leucopenia designam, respectivamente, as contagens acima e abaixo dos limites de referência, e recebem diferentes denominações de acordo com o tipo de leucócito afetado: 1) neutrofilia corresponde ao aumento de neutrófilos; 2) eosinofilia indica o aumento de eosinófilos;
3) basofilia remete ao aumento dos basófilos; 4) linfocitose é o aumento de linfócitos e 5) monicitose o aumento de monócitos. Já a diminuição de leucócitos pode ser denominada neutropenia, eosinopenia, monocitopenia e linfocitopenia; 
De modo geral, as infecções bacterianas cursam com neutrofilia acentuada, com aumento tanto de segmentados quanto de bastonetes, assim como o desaparecimento de eosinófilos circulantes. Nesses casos podem ser encontradas células jovens na circulação, as quais estão restritas à medula óssea em condições normais, caracterizando o desvio à esquerda.
Neutrófilos não ajudam na infecção viral → medula da preferência para produzir linfócito → neutropenia; 
Plaquetograma
São quantificadas por contadores automáticos, que também fornecem o volume plaquetário médio (VPM), dados similares aos obtidos para a série vermelha.
VR: iguais nos 2 sexos, independe da idade → 150.000 a
450.000/mm3; 
Trombocitopenia / plaquetopenia: plaquetas abaixo dos limites de referência; 
Trombocitose: acima dos valores de referência; 
Volume plaquetário médio: gera histograma; 
Fração plaquetária imatura (IPF): Plaquetas imaturas, ou seja, que acabaram de se desprender dos megacariócitos na medula óssea, possuem uma quantidade significativa de RNA, que pode ser evidenciada com um corante fluorescente, permitindo sua identificação durante a contagem feita por determinados contadores eletrônicos. A fração plaquetária imatura
apresenta valor de referência de 1,1a 6,1%.
Um aumento da porcentagem de plaquetas imaturas pode indicar uma produção aumentada de plaquetas, distinguindo trombocitopenias por destruição periférica de trombocitopenias por falta de produção.

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