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Hematopoese e Regulação da Produção de Células Sanguíneas

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Luís Felipe Rocha 
Anemias e Perda de Sangue 
Medicina 
 
Hematopoese 
Locais 
• Primeiras semanas de gestação- saco vitelínico 
é o principal local, as células tronco derivam da 
aorta dorsal 
• Depois de 6 semanas até 6 a 7 meses de vida 
fetal, o figado e o baço são os principais sítios 
(fase hepatoesplenica) até 2 semanas após o 
nascimento 
• A partir de 6 a 7 meses de vida fetal ate a vida 
adulta e senilidade- a medula óssea é o sitio 
mais importante 
Na medula, as células em desenvolvimento situam-se 
fora dos seios medulares, e as maduras são liberadas 
nos espaços sinusais e microcirculação ate chegar a 
circulação geral. 
Nos primeiros anos toda a medula é hematopoetica, 
com o passar dos anos ocorre uma substituição por 
tecido adiposo, de modo que no adulto a medula é 
confinada ao osso central. Porem a medula óssea 
gordurosa pode voltar a ser hematopoetica, assim 
como outros órgãos (extra-medulares) como baço e 
figado. 
 
Células tronco hematopoeticas e Células Progenitoras 
A hematopoese inicia com células tronco pluripotentes 
que dão origem a linhagens distintas. Elas possuem a 
capacidade de se autorrenovar, sobretudo quando a 
medula é irradiada ou sofre ação de quimioterápicos, e 
também no próprio processo de proliferação celular. 
As células tronco hematopoiéticas são escassas e 
residem em ninhos especializados, durante a 
diferenciação celular passam pela fase de progenitoras 
hematopoiéticos. 
 
Exemplo: o primeiro precursor mieloide misto da 
origem aos granulócitos, eritrócitos, monócitos e 
megacariócitos é chamado de CFU (UNIDADE 
FORMADORA DE COLÔNIA). A medula também é o 
local primário de origem da linhagem linfoide que se 
diferenciam em precursores linfoides comum. 
A capacidade de autorrenovação mantem a 
celularidade geral medular constante. As células 
precursoras respondem a determinados fatores 
hematopoiéticos de forma a aumentar a produção 
seletiva de uma linhagem especifica de acordo com a 
necessidade. 
 
Estroma da medula óssea 
A medula óssea constitui um estroma/microambiente 
adequado para a sobrevivência, autorrenovação e 
formação das células progenitoras diferenciadas. 
Dessa forma, o estroma e composto por uma rede 
vascular, adipócitos, fibroblastos, células endoteliais e 
macrófagos que secretam colágeno, glicoproteínas e 
glicosaminoglicanos além de outros fatores de 
crescimento. 
Luís Felipe Rocha 
Anemias e Perda de Sangue 
Medicina 
 
 
Células tronco mesenquimais/ células estromais 
mesenquimais multipotentes associam com os 
osteoblastos para formar ninhos e fornecer fatores de 
crescimento, moléculas de adesão e citocinas que dão 
suporte as células tronco. 
Obs. As células tronco podem circular pelo sangue 
periférico em pequena quantidade, elas atravessam o 
endotélio vascular em um processo de mobilização 
decorrente do aumento dos fatores de crescimento 
(fator estimulador de colônias granulociticas) e podem 
retornar a medula a depender de fatores 
quimiotaticos. 
Regulação da hematopoese 
O processo começa com mitoses da célula tronco que 
origina uma célula comprometida a autorrenovação e 
outra comprometida a diferenciação. 
Fatores de crescimento hematopoeticos 
São hormônios glicoproteicos que regulam a 
proliferação e diferenciação das progenitoras 
hematopoeticas, podem agir no local de produção (nos 
ninhos, nas células tronco e nas progenitoras) ou 
circular no plasma. 
São responsáveis pela: 
• Proliferação celular 
• Diferenciação 
• Maturação 
• Prevenir apoptose 
• Função da célula madura 
 
 
Fonte de fatores de crescimento: 
• Células do estroma 
• Rim- eritropoetina 
• Figado- trombopoetina 
Eles podem agir sinergicamente na proliferação e 
diferenciação, podem também estimular a produção 
de outro fator de crescimento ou de receptores. 
Exemplo: a formação de granulócitos e monócitos é 
intensificada por processos inflamatórios ou infecção 
mediante a liberação de IL-1 e TNF que estimulam as 
células do estroma a produzirem fatores de 
crescimento. Já o fator de crescimento transformador- 
beta (TGF-beta) e IFN-gama pode diminuir a 
hematopoese, assim exerce um papel importante no 
desenvolvimento de anemia aplasica. 
 
 
Luís Felipe Rocha 
Anemias e Perda de Sangue 
Medicina 
 
Receptores de fatores de crescimento 
Pertencem a família dos receptores hematopoeticos 
que possuem domínios intracelulares e extracelulares, 
quando ocorre o acoplamento ocorre a sinalização 
para a transcrição de genes específicos, dessa forma 
uma proteína errada ou um gene alterado pode causar 
alteração da proliferação e diferenciação das células do 
tecido hematopoiético. 
 
Eritropoese e Aspectos Gerais das Anemias 
A cada dia são produzidos em torno de 10¹² novos 
eritrócitos a partir de uma célula tronco, a eritropoese 
passa pela progenitora CFU ( unidade formadora de 
colônias granulociticas, eritrocíticas, monociticas e 
megacariociticas), BFU ( unidade de formação 
explosiva eritroide) e CFU ( CFU eritroide) até o 
precursor proeritroblasto ( célula grande, citoplasma 
azul-escuro, núcleo central com nucléolo e cromatina 
levemente condensada). 
O proeritroblasto após várias divisões origina o 
eritroblasto (citoplasma azul-claro a medida em que a 
[RNA] declina junto aos ribossomos com a 
condensação da cromatina. 
Por fim, o núcleo do eritroblasto maduro é expelido ou 
sofre cariorexis gerando o reticulócito nele ainda há 
RNA ribossômico e síntese de hemoglobina. 
O reticulócito é um pouco maior que o eritrócito 
maduro e fica 1 a 2 dias na medula óssea, mas também 
pode circular no sangue periférico até o 
amadurecimento até a catabolização completa do 
RNA. Podem ainda sofrer ação de macrófagos 
esplênicos de modo a finalizar a maturação. 
Os eritrócitos maduros são bicôncavos, sem núcleo, 
com coloração rósea. Um único proeritroblasto origina 
16 eritrócitos maduros. Os eritrócitos nucleados são 
estão presentes no sangue periférico normal- costuma 
aparecer quando há eritropoiese fora da medula ou em 
doenças da medula óssea. 
Síntese da hemoglobina 
A hemoglobina é uma proteína especializada em 
transportar O2 aos tecidos e transportar CO2 ate os 
pulmões. Cada molécula de hemoglobina A ( HB-A) 
normal do adulto contem 4 cadeias polipeptídicas (2 
alfas e 2 betas) cada uma com um grupo HEME, no 
sangue do adulto há pequena quantidade de duas 
outras hemoglobinas- Hb F e Hb A 2. 
O HEME é sintetizado nas mitocôndrias a partir do 
succinil CoA através da enzima ácido gama-
aminolevulinico e Vit. B6 que limita o processo. Ao final 
o Fe2+ combina-se com o HEME e junta-se a globina 
formada pelos ribossomos formando a hemoglobina. 
 
Função 
Quando o O2 é desacoplado, as cadeias betas são 
separadas permitindo a entrada do 2,3 difosfoglicerato 
e diminuindo a afinidade da molécula pelo O2- evento 
responsável pela forma sigmoide da curva de 
dissociação da Hb. 
A pressão parcial de O2 no sangue arterial é de 
26,6mmHg. O aumento da afinidade por O2 desloca a 
curva para esquerda e a diminuição da afinidade 
desloca a curva para direita. 
A troca de oxigênio é feita entre saturação de 95% 
(sangue arterial) com tensão média de 95mmHg e no 
sangue venoso a saturação é de 70% com tensão de 
40mmHg 
 
 
Luís Felipe Rocha 
Anemias e Perda de Sangue 
Medicina 
 
Eritrócito maduro 
• Capaz de passar repetidas vezes pela 
microcirculação 
• Conter Fe2+ 
• Manter o equilíbrio osmótico 
• Sobreviver em média 120 dias 
• Formato bicôncavo e flexível 
• Gera energia por meio da glicólise anaeróbia 
 
Eritropoetina 
É um hormônio polipeptídio 90% produzido pelas 
células intersticiais peritubulares renais e 10% no 
figado. Não há reserva pré-formada. 
Estimulo para produção: 
• Baixa tensão de oxigênio no tecido renal 
A hipóxia induz fatores que levam a produção dohormônio, essa produção aumenta em: 
• anemia- quando a hemoglobina é incapaz de 
carregar O2 por motivos metabólicos ou 
estruturais 
• O2 atmosférico está baixo 
• disfunção cardíaca 
• disfunção pulmonar 
• disfunção renal que impeça o aporte 
sanguineo 
Mecanismo de ação 
• A eritropoetina age sobre as células 
progenitoras eritropoeticas 
• Intensifica a biossíntese do HEME, proteínas de 
membrana expressão de genes 
antiapoptoticos e receptores de tranferrina. 
• Aumenta a liberação de reticulócitos 
A exposição crônica a eritropoetina pode gerar 
deformidades em lactentes- deformidades ósseas 
incluindo a protrusão do maxilar. 
A hipóxia também estimula a neoformação vascular 
por meio do VEGF reduzindo a transferrina 
O aumento a eritropoetina pode ser decorrente de 
tumor secretor gerando poliglobulia e a queda ocorre 
em nefropatia grave e na policitemia severa. 
 
Indicações para o uso da eritropoetina 
Utilizada no tratamento de anemias causada por 
nefropatia, útil também para tratar anemias por outras 
causas. É administrada via SC 3X/semana ou 1X a cada 
1 ou 2 semanas ou a cada 4 semanas. 
A principal indicação é em casos de nefropatia em 
estágios finais com ou sem dialise. 
O ferro oral ou parenteral é importante para maximizar 
a resposta à eritropoetina- seus efeitos colaterais 
incluem o aumento da PA, trombose, reação local. A 
medula necessita de outros integrantes para a 
eritropoiese eficiente sendo eles: cobalto, vitamina 
B12, e B9, C, E, B6, tiamina e riboflavina, além de 
hormônios andrógenos e tiroxina- a deficiencia de 
algum pode levar a anemia. 
 
Síndrome Anêmica 
Definida pela diminuição da concentração de 
hemoglobina no sangue abaixo dos valores de 
referencia para o sexo ou idade. 
 
Luís Felipe Rocha 
Anemias e Perda de Sangue 
Medicina 
 
Em geral, considera-se uma anemia quando a Hb está 
abaixo de 13,5g/dL em homens adultos e abaixo de 
11,5g/dL em mulheres adultas. 
Dos 2 anos até a puberdade Hb abaixo de 11g/dL indica 
anemia, RNs tem alto nível de Hb sendo 14g/dL ao 
nascer considerado o limite inferior. 
A redução da Hb geralmente acompanha a redução do 
hematócrito Ht, podendo permanecer normais- pois 
alterações no volume total do plasma e da massa total 
de Hb circulante é o que determinam a concentração 
de hemoglobina. 
A redução do volume plasmático pode mascarar 
anemia, já o aumento do volume plasmático 
(esplendomegalia e gravidez) pode provocar uma 
anemia mesmo com a massa total circulante de 
eritrócitos normais. 
Após grande perda de sangue, a anemia não é 
imediatamente aparente, por que o volume total de 
sangue fica reduzido- a reposição dura até 1 dia e só 
então a anemia torna-se aparente. 
 
Aspectos clínicos da anemia 
A anemia pode gerar mecanismos compensatórios no 
sistema cardiovascular (aumento do volume sistólico e 
taquicardia) e na curva de dissociação de O2 da Hb. 
Alguns pacientes com anemia severa podem não 
apresentar sinal ou sintoma nenhum, já outros a 
anemia leve pode ser severa e incapacitante. 
Fatores que interferem na presença dos sinais clínicos: 
I. Velocidade de instalação da anemia: anemias 
rapidamente progressivas são mais 
sintomáticas que as de instalação lenta, pois há 
tempo para adaptação cardiovascular e da 
curva de dissociação de O2 da Hb. 
 
II. Intensidade da anemia: anemias leves não 
costumam causar sintomatologia, dessa forma 
são mais presentes abaixo de 9 a 10g/dL. E 
mesmo quando a anemia é severa (abaixo de 
6) de instalação gradual a sintomatologia pode 
ser mínima em jovens. 
 
 
 
 
III. Idade: idosos toleram menos a anemia do que 
jovens- devido a dificuldade de compensação 
cardiovascular. 
 
IV. Curva de dissociação de O2 da Hb: geralmente 
a anemia é acompanhada por aumento de 
2,3DBG nos eritrócitos e desvio da curva para 
direita- de modo que o O2 seja liberado mais 
imediato o que pode afetar diretamente o 
metabolismo do eritrócito. 
Sintomas 
• Dispneia aos esforços 
• Fraqueza 
• Letargia 
• Palpitação 
• Cefaleia 
Em idosos 
• Sintomas de insuficiência cardíaca 
• Angina de peito 
• Claudicação intermitente 
• Confusão mental 
• Distúrbios visuais 
Sinais 
Dividem-se em gerais e específicos 
Sinais gerais incluem: 
• Palidez de mucosas Hb < 9 a 10 g/dL 
• A cor da pele não é um sinal confiável 
• Hipercianose com taquicardia 
• Pulso amplo 
• Cardiomegalia 
• Sopro sistólico 
• Sinais de insuficiência cardíaca 
Sinais específicos- associados ao tipo particular da 
anemia 
• Coiloníquia (unha em colher) - déficit de Fe 
• Ictericia- anemias hemolíticas e megaloblástica 
• Ulceras de perna- anemia falciforme e 
hemolítica 
• Deformidades ósseas- talassemia maior 
 
 
Luís Felipe Rocha 
Anemias e Perda de Sangue 
Medicina 
 
Para investigação de uma síndrome anêmica é 
necessário: 
Exames gerais 
• Hemograma completo 
• Contagem de reticulócitos- função MO 
• Analise do esfregaço do sangue periférico 
• Bioquímica 
Exames específicos 
• Ferro, TIBC, ferritina sérica 
• LDL, bilirrubinas, hepatoglobulina 
• Hepatograma 
• Dosagem de B12 
• T4 livre e TSH 
• Eletroforese de Hb 
• Biopsia medular 
Hemograma 
É o exame complementar mais solicitado na pratica 
clínica que proporciona uma análise dos três principais 
componentes do sague (serie eritrocítica, serie 
leucocitária e seria plaquetária) a partir de um estudo 
quantitativo e qualitativo. 
Etapas da realização de um hemograma: 
1. Coleta e procedimento de amostra de sangue 
periférico 
2. Contagem das células e as determinações da 
série eritrocítica e plaquetária 
3. Microscopia do sangue para avaliação de 
anormalidades morfológicas 
Vieses do resultado 
Existem alguns fatores que podem interferir no 
resultado, esses fatores são agrupados em 3 fases: 
Fase pré-analítica 
1. Questões fisiológicas: idade, gênero 
2. Inadequação e manipulação da amostra 
3. Fatores endógenos: anticorpo e 
medicamentos 
Fase analítica 
1. Responsável por 5 a 15% das alterações 
2. Analise equivocada das células sanguíneas 
 
Fase pós analítica 
1. Interpretação errônea das analises obtidas nas 
fases anteriores 
2. Identificação inadequada 
Tubos de coleta 
São três tubos específicos para cada situação 
1. Tubo EDTA- ROXO: contem quelante de cálcio- 
utilizado no hemograma 
2. Tubo de HEPATINA- VERDE: promove 
aglutinação de leucócitos e plaquetas- útil no 
estudo eritrocitário 
3. Tubo CITRATO- AZUL: ideal para coagulograma 
Eritrograma 
• Avalia a serie vermelha (hemácias e 
eritroblastos) 
• Identifica e quantifica de modo a investigar a 
causa da anormalidade 
• Composto pela contagem das hemácias, 
dosagem da hemoglobina- Hb, hematócrito- 
Ht, índices hemantimetricos (volume 
corpuscular médio- VCM, hemoglobina 
corpuscular médio- HCM, concentração 
hemoglobinica corpuscular media- CHCM, 
amplitude de distribuição das hemácias- RDW, 
analisa-se também a morfologia eritrocitária. 
Contagem de hemácias 
O numero de hemácias variam de acordo a idade, 
gênero sendo que homens apresentam valores 
maiores que mulheres, uma vez que os andrógenos 
aumentam a eritropoiese enquanto os estrógenos 
realizam a inibição. 
Seus valores devem ser interpretados juntos com a 
dosagem de hemoglobina- Hb e hematócrito- Ht, 
nunca de maneira isolada. 
 
 
 
• Valores inferiores: oligocitemia 
• Valores superiores: policitemia 
VR: 
Mulher adulta: 4,1 a 5,4/mm³ 
Homens adultos: 4,5 a 6,1/mm³ 
Luís Felipe Rocha 
Anemias e Perda de Sangue 
Medicina 
 
 
Dosagem de Hemoglobina- Hb 
Seus valores variam de acordo com o sexo: 
 
 
 
 
Hematócrito- Ht 
Corresponde a concentração de eritrócitos em uma 
determinada quantidade de sangue- parâmetro 
utilizado para analisar volemia 
 
 
 
 
 
Volume corpuscular médio- VCM 
É a media do volumedos eritrócitos, 
 
 
 
 
• Valores acima: macrocitose 
• Valores abaixo: microcitose 
Pode estar artificialmente aumentado pela leucocitose 
pronunciada, plaquetas grandes, crioaglutininas, 
intoxicação por metanol, hiperglicemia acentuada e 
reticulocitose pronunciada. Pode estar falsamente 
diminuído na hemólise ou fragmentação dos 
eritrócitos. 
 
Red Blood Cell Distribution Width- RDW 
Subproduto da avaliação do VCM, avalia a variação 
entre os tamanhos dos eritrócitos 
 
 
 
• Valores abaixo: indicam tamanho muito 
homogêneo- não costuma ser visto 
• Valores acima: excessiva heterogeneidade- 
ANISOCITOSE 
O RDW ajuda no diagnostico diferencial das anemias 
por deficiencia de síntese da hemoglobina 
• Ferropriva- prejuízo na formação da 
hemoglobina por déficit de ferro: eritrócitos 
microcíticos e macrociticos (anisocitose). 
• Sideroblástica- déficit na síntese do HEME, 
RDW extremamente elevado (anisocitose 
acentuada) 
• Beta-talassemias minor- defeito genético na 
síntese da globina em TODOS os eritrócitos 
(microcitose homogênea + RDW baixo) 
VR: 
Mulher adulta: 11,5 a 15,5/mm³ 
Homens adultos: 12,5 a 16,5/mm³ 
VR: 
Mulher adulta: 36 a 48% 
Homens adultos: 36 a 48% 
O Ht costuma ser 3X maior que a 
dosagem de Hb 
 
VR: 
80 a 98fL 
VR: 
11 a 15% 
Luís Felipe Rocha 
Anemias e Perda de Sangue 
Medicina 
 
• Anemia por insuficiência renal crônica- RDW 
geralmente sem alteração 
Hemoglobina Corpuscular Media- HCM 
Analisa a dosagem média de hemoglobina dentro de 
uma hemácia em um mesmo volume de sangue 
 
 
 
Concentração Hemoglobínica Corpuscular Média- 
CHCM 
Analisa a concentração media de hemoglobina nos 
eritrócitos, indica a variação da quantidade de 
hemoglobina por célula/coloração celular 
 
 
 
 
O desvio padrão do CHCM fornece dados para o HDW 
• Valor aumentado: hipercromia 
• Valor diminuído: hipocromia 
 
Classificação e achados laboratoriais da anemia 
Índices hemantimetricos 
Permite a classificação das anemias em microcíticas, 
normocíticas e macrociticas. Essa abordagem sugere o 
defeito primário e pode indicar uma anormalidade 
subjacente antes que se desenvolva a anemia. 
 
Existem duas situações fisiológicas comuns em que o 
VCM pode estar fora dos valores de referência do 
adulto. 
I. Em RN o VCM e alto durante poucas semanas 
e baixo em lactentes aumentando lentamente 
ate a vida adulta. 
II. Na gravidez normal, há aumento do VCM 
inclusive na ausência de outras causas de 
macrocitose como na deficiencia de folato. 
 
Contagem de Reticulócitos 
São eritrócitos imaturos sem núcleo, sua contagem 
fornece estimativa da taxa de produção dos 
eritrócitos. Elevam-se pelo estimulo da 
eritropoetina, se exacerbam durante a hemólise 
crônica devido a hiperplesia medular 
 
 
 
• Valor aumentado: reticulocitose, sugerido 
anemia hemolítica ou regeneração da medula 
óssea 
• Valor reduzido: sugere hematopoese 
inadequada ou ineficaz 
 
 
 
Analise microscópica e conferência 
É realizada por meio de um esfregaço sanguíneo, para 
identificar alterações não perceptíveis pelas analises 
anteriores. 
VR: 
27 a 33pg 
VR: 
31 a 36g/dL 
VR: 
0,3 a 2,3/100 eritrócitos 
A falta da elevação da contagem dos reticulócitos 
sugere que o paciente anêmico tenha redução da 
função medular ou falta do estimulo eritropoetico. 
 
Luís Felipe Rocha 
Anemias e Perda de Sangue 
Medicina 
 
 
Leucograma 
Avalia os leucócitos compreendendo a contagem 
global e diferencial 
 
 
 
Os leucócitos são compostos por neutrófilos, linfócitos, 
monócitos, eosinófilos e basófilos, podendo ainda ser 
classificados como granulócitos e agranulocitos. 
• Valores aumentados- leucocitose 
• Valores reduzidos- leucopenia 
Neutrófilos 
Leucócitos mais comum, junto com os eosinófilos, 
basófilos compõe o grupo dos granulócitos. 
Quando maduros são polimorfonucleados- PMN 
chamados de segmentados devido a segmentação do 
núcleo. 
 
 
 
Os neutrófilos jovens podem ser do tipo blastos, 
promielocitos, mielocitos, metamielocitos e bastões 
(bastonetes) 
 
 
 
Podem ser encontrados sem associação a uma 
patologia, contudo seu aumento pode indicar alguma 
infecção em curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Valores aumentados- neutrofilia 
• Valores reduzidos- neutropenia 
Linfócitos 
Segundo tipo mais comum de leucócito de 15 a 45%. É 
a principal linha de defesa contra virus e tumores, 
assim costumam aumentar em infecções virais ativa. 
São as células atacadas pelo virus HIV causando a 
imunodepressão. 
• Valores aumentados- linfocitose 
• Valores reduzidos- linfopenia 
 
 
 
 
 
Monócitos 
Representa 3 a 10% dos linfócitos circulantes, são 
ativos em infecções virais e bacterianas, quando 
ativados denomina-se macrófagos e realizam a 
fagocitose- estão elevados em infecções crônicas como 
tuberculose. 
• Valores aumentados- monocitose 
• Valores reduzidos- monocitopenia 
Eosinófilos 
São responsáveis pelo combate das parasitoses e pelo 
mecanismo alérgico. Representa 1 a 5% dos leucócitos 
circulantes, aumentando em processos alérgicos, 
asma, parasitoses. 
• Valores aumentados- eosinofilia 
VR: 
4.000 a 11.000/mm³ 
VR- Segmentados 
66% dos leucócitos 
2.000 a 7.500/mm³ 
 
 
VR- Bastões 
2 a 4% dos leucócitos 
100 a 400/mm³ 
 
 
DESVIO A ESQUERDA 
Aparecimento de precursores granulociticos 
(bastonetes, mielocitos, metamielocitos) que 
normalmente se localizam na medula. 
• Desvio a esquerda escalonado: respeita a 
ordem de maturação. Quantidade de PMN 
> bastões > metamielócitos 
• Desvio a esquerda não escalonado: não 
obedece a ordem de maturação. Blastos> 
segmentado 
 
Linfócitos Atípicos 
São linfócitos morfologicamente diferente 
podendo indicar infecção viral (mononucleose, 
gripe, dengue), uso de drogas, doenças 
autoimunes (LES, AR, Sd. Guillain-Barré). 
Luís Felipe Rocha 
Anemias e Perda de Sangue 
Medicina 
 
• Valores reduzidos-eosinopenia 
Basófilos 
O tipo menos comum de leucócito no sangue, 
representando de 0 a 2% dos leucócitos. Podem se 
elevar em processos alérgicos ou inflamação crônica. 
• Valores aumentado- basofilia 
Infecções bacterianas 
• Cursam com leucocitose, neutrofilia, aumento 
de segmentados e bastões e eosinofilia em 
alguns casos. 
• Tabagismo e obesidade causam aumento dos 
leucócitos incluindo os neutrófilos 
• O café em elevadas doses pode causar 
leucocitose 
• A contagem não varia com o ciclo menstrual 
 
 
 
 
Plaquetograma 
Também são produzidas pela medula óssea, são 
derivadas de fragmentos citoplasmáticos do 
megacariócito, apresentando ½ vida de 9 a 12 dias. 
Seus valores de referencia não varia com o sexo. 
 
 
 
• Aumento- trombocitose 
• Redução- plaquetopenia ou trombocitopenia 
A função hemostática é assegurada até 70.000/mm³, 
dessa forma a trombocitopenia ate esse valor é 
assintomática. 
Volume plaquetário médio- VPM 
Media do volume das plaquetas, os valores variam de 
acordo com o aparelho utilizado. 
Fração Plaquetária Imatura- IPF 
São aquelas plaquetas que ainda possuem RNA, seus 
valores de referência variam de 1,1 a 6,1%. 
• Aumento- pode indicar trombocitopenia por 
destruição periférica (das maduras) ou falta de 
produção. 
 
Observações microscópicas 
Identifica macroplaquetas comuns nas síndromes 
mieloproliferativas e displasicas, além de plaquetas 
anormais dismorficas. 
Redução das linhagens 
• Redução de duas linhagens- bicitopenia 
• Redução das três linhagens- pancitopenia 
 
 
 
 
 
Não se deve interpretar leucocitose e leucopenia 
de maneira isolada, deve-se identificar se o 
aumento ou redução está ocorrendo a custas de 
qual tipo celular. 
VR: 
150.000 a 450.000/mm³

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