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Legislação Ambiental

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Módulo Zootecnia Geral
Docente: Prof.: Cláudio Parro
Discente: André Gonçalo da Silva
PORTFOLIO
PROBLEMA 2 - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
José casou-se com Maria e foram morar em um lote de terras com 30 tarefas no município de
Nossa Senhora da Glória. O terreno possui uma área de vegetação nativa que corresponde a
12 tarefas, se estendendo desde as margens de um riacho de 9,5m de largura (de uma borda a
outra do leito regular) até a extremidade ao sul do lote. O casal está criando 20 vacas
Holandesas, cujo leite é vendido para uma fábriqueta de queijos, onde José pega o soro para
incrementar a alimentação de 30 suínos. Para reduzir os custos com ração no período seco,
José desmatou boa parte da vegetação (por meio de corte e queima) para aumentar a área para
plantio do milho até as margens do riacho, além melhorar o acesso dos animais a água e
facilitar o escoamento dos resíduos das vacas e dos suínos. Com a abundante pluviosidade
ocorrida este ano, o produtor ficou feliz com a produtividade obtida com o milho e resolveu
agora desmatar mais, para aumentar a área de plantio. O técnico da EMDAGRO visitou a
propriedade e orientou José a se informar sobre as leis de proteção da vegetação e suas as
formas de supressão, a implantação de áreas de preservação permanente e de reserva legal e
do despejo dos dejetos diretamente no solo, para que não seja punido com as sanções penais
por condutas lesivas ao meio ambiente.
Objetivos de estudos
I – Apontar as regras de supressão da vegetação nativa para uso alternativo do solo
(contidos nas Leis 12.651/2012 e 12.727/2012);
II – Descrever o significado de áreas de preservação permanente e de reserva legal, bem
como a delimitação e o regime de proteção destas áreas (contidos nas Leis 12.651/2012 e
12.727/2012);
III – Identificar na legislação vigente qual (ais) tratam a respeito do destino e
tratamento de efluentes e dejetos gerados na produção animal (Resolução CONAMA
430/2011)
IV - Enumerar as sanções penais e administrativas derivadas de crimes contra a fauna e
flora (Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998)
Resultado dos estudos
I – Apontar as regras de supressão da vegetação nativa para uso alternativo do solo
(contidos nas Leis 12.651/2012 e 12.727/2012);
- Uso alternativo do solo: substituição de vegetação nativa e formações sucessoras por
outras coberturas do solo, como atividades agropecuárias, industriais, de geração e
transmissão de energia, de mineração e de transporte, assentamentos urbanos ou
outras formas de ocupação humana.
- Supressão da vegetação nativa para uso alternativo do solo (Capítulo V)
Art. 26. A supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo, tanto de
domínio público como de domínio privado, dependerá do cadastramento do imóvel no
CAR, de que trata o art. 29, e de prévia autorização do órgão estadual competente do
Sisnama.
§ 1º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
§ 3º No caso de reposição florestal, deverão ser priorizados projetos que contemplem
a utilização de espécies nativas do mesmo bioma onde ocorreu a supressão.
§ 4º O requerimento de autorização de supressão de que trata o caput conterá, no
mínimo, as seguintes informações:
I - a localização do imóvel, das Áreas de Preservação Permanente, da Reserva Legal e
das áreas de uso restrito, por coordenada geográfica, com pelo menos um ponto de
amarração do perímetro do imóvel;
II - a reposição ou compensação florestal, nos termos do § 4º do art. 33;
III - a utilização efetiva e sustentável das áreas já convertidas;
IV - o uso alternativo da área a ser desmatada.
Art. 27. Nas áreas passíveis de uso alternativo do solo, a supressão de vegetação que
abrigue espécie da flora ou da fauna ameaçada de extinção, segundo lista oficial
publicada pelos órgãos federal ou estadual ou municipal do Sisnama, ou espécies
migratórias, dependerá da adoção de medidas compensatórias e mitigadoras que
assegurem a conservação da espécie.
Art. 28. Não é permitida a conversão de vegetação nativa para uso alternativo do solo
no imóvel rural que possuir área abandonada.
II – Descrever o significado de áreas de preservação permanente e de reserva legal, bem
como a delimitação e o regime de proteção destas áreas (contidos nas Leis 12.651/2012 e
12.727/2012);
- Áreas de Preservação Permanente (APP): são áreas protegidas, coberta ou não por
vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a
paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de
fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
- Delimitação das Áreas de Preservação Permanente (Capítulo II - Seção I)
Art. 4º Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas,
para os efeitos desta Lei:
I - as faixas marginais de qualquer curso d'água natural perene e intermitente,
excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:
(Inciso com redação dada pela Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
a) 30 (trinta) metros, para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura;
b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50
(cinquenta) metros de largura;
c) 100 (cem) metros, para os cursos d'água que tenham de 50 (cinquenta) a 200
(duzentos) metros de largura;
d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600
(seiscentos) metros de largura;
e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d'água que tenham largura superior a 600
(seiscentos) metros;
II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:
a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d'água com até 20 (vinte)
hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;
b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;
III - as áreas no entorno dos reservatórios d'água artificiais, decorrentes de barramento
ou represamento de cursos d'água naturais, na faixa definida na licença ambiental do
empreendimento; (Inciso com redação dada pela Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d'água perenes, qualquer que seja
sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; (Inciso com
redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 25/5/2012, convertida na Lei nº
12.727, de 17/10/2012)
V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100%
(cem por cento) na linha de maior declive;
VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues;
VII - os manguezais, em toda a sua extensão;
VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa
nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais;
IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem)
metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de
nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em
relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou
espelho d'água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais
próximo da elevação;
X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a
vegetação;
XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50
(cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado.
§ 1º Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios
artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos d'água
naturais. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
§ 2º (Revogado na Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
§ 3º (VETADO).
§ 4º Nas acumulações naturais ou artificiais de água com superfície inferior a 1 (um)
hectare, fica dispensada a reserva da faixa de proteção prevista nos incisos II e III do
caput, vedada nova supressão de áreas de vegetação nativa, salvo autorização do
órgão ambiental competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.
(Parágrafo com redação dada pela Leinº 12.727, de 17/10/2012)
§ 5º É admitido, para a pequena propriedade ou posse rural familiar, de que trata o
inciso V do art. 3º desta Lei (V - pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela
explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar
rural, incluindo os assentamentos e projetos de reforma agrária), o plantio de culturas
temporárias e sazonais de vazante de ciclo curto na faixa de terra que fica exposta no
período de vazante dos rios ou lagos, desde que não implique supressão de novas
áreas de vegetação nativa, seja conservada a qualidade da água e do solo e seja
protegida a fauna silvestre.
§ 6º Nos imóveis rurais com até 15 (quinze) módulos fiscais, é admitida, nas áreas de
que tratam os incisos I e II do caput deste artigo, a prática da aquicultura e a
infraestrutura física diretamente a ela associada, desde que:
I - sejam adotadas práticas sustentáveis de manejo de solo e água e de recursos
hídricos, garantindo sua qualidade e quantidade, de acordo com norma dos Conselhos
Estaduais de Meio Ambiente;
II - esteja de acordo com os respectivos planos de bacia ou planos de gestão de
recursos hídricos;
III - seja realizado o licenciamento pelo órgão ambiental competente;
IV - o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural - CAR. V - não implique
novas supressões de vegetação nativa. (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº
571, de 25/5/2012, convertida na Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
§ 7º (VETADO).
§ 8º (VETADO).
§ 9º (VETADO na Lei nº 12.727, de 17/10/2012) § 10. (Parágrafo acrescido pela
Medida Provisória nº 571, de 25/5/2012 e não mantido pela Lei nº 12.727, de
17/10/2012, na qual foi convertida a referida Medida Provisória)
Art. 5º Na implantação de reservatório d'água artificial destinado a geração de energia
ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de
servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente
criadas em seu entorno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental,
observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em
área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em
área urbana. (“Caput” do artigo com redação dada pela Medida Provisória nº 571, de
25/5/2012, convertida na Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
§ 1º Na implantação de reservatórios d'água artificiais de que trata o caput, o
empreendedor, no âmbito do licenciamento ambiental, elaborará Plano Ambiental de
Conservação e Uso do Entorno do Reservatório, em conformidade com termo de
referência expedido pelo órgão competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente -
Sisnama, não podendo o uso exceder a 10% (dez por cento) do total da Área de
Preservação Permanente. (Parágrafo com redação dada pela Medida Provisória nº
571, de 25/5/2012, convertida na Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
§ 2º O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial,
para os empreendimentos licitados a partir da vigência desta Lei, deverá ser
apresentado ao órgão ambiental concomitantemente com o Plano Básico Ambiental e
aprovado até o início da operação do empreendimento, não constituindo a sua
ausência impedimento para a expedição da licença de instalação.
§ 3º (VETADO).
Art. 6º Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando declaradas de
interesse social por ato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertas com florestas
ou outras formas de vegetação destinadas a uma ou mais das seguintes finalidades:
I - conter a erosão do solo e mitigar riscos de enchentes e deslizamentos de terra e de
rocha;
II - proteger as restingas ou veredas;
III - proteger várzeas;
IV - abrigar exemplares da fauna ou da flora ameaçados de extinção;
V - proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico, cultural ou histórico;
VI - formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias;
VII - assegurar condições de bem-estar público;
VIII - auxiliar a defesa do território nacional, a critério das autoridades militares.
IX - proteger áreas úmidas, especialmente as de importância internacional
- Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente (Capítulo II - Seção
II)
Art. 7º A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida
pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou
jurídica, de direito público ou privado.
§ 1º Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação
Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado
a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos
nesta Lei.
§ 2º A obrigação prevista no § 1º tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso
de transferência de domínio ou posse do imóvel rural.
§ 3º No caso de supressão não autorizada de vegetação realizada após 22 de julho de
2008, é vedada a concessão de novas autorizações de supressão de vegetação
enquanto não cumpridas as obrigações previstas no § 1º.
Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação
Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou
de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei.
§ 1º A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas
somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública.
§ 2º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação
Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput do art. 4º poderá ser
autorizada, excepcionalmente, em locais onde a função ecológica do manguezal esteja
comprometida, para execução de obras habitacionais e de urbanização, inseridas em
projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas
ocupadas por população de baixa renda.
§ 3º É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em
caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e obras de interesse da defesa
civil destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas.
§ 4º Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras intervenções
ou supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta Lei.
Art. 9º É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação
Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto
ambiental.
- Área de Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse
rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de
modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a
reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade,
bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa.
- Delimitação da Área de Reserva Legal (Capítulo IV - Seção I)
Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a
título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de
Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à
área do imóvel:
I - localizado na Amazônia Legal: a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em
área de florestas; b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de
cerrado; c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais;
II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento).
§ 1º Em caso de fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive para
assentamentos pelo Programa de Reforma Agrária, será considerada, para fins do
disposto do caput, a área do imóvel antes do fracionamento.
§ 2º O percentual de Reserva Legal em imóvel situado em área de formações
florestais, de cerrado ou de campos gerais na Amazônia Legal será definido
considerando separadamente os índices contidos nas alíneas a, b e c do inciso I do
caput.
§ 3º Após a implantação do CAR, a supressão de novas áreas de floresta ou outras
formas de vegetação nativa apenas será autorizada pelo órgão ambiental estadual
integrante doSisnama se o imóvel estiver inserido no mencionado cadastro,
ressalvado o previsto no art. 30.
§ 4º Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público poderá reduzir a Reserva Legal
para até 50% (cinquenta por cento), para fins de recomposição, quando o Município
tiver mais de 50% (cinquenta por cento) da área ocupada por unidades de conservação
da natureza de domínio público e por terras indígenas homologadas.
§ 5º Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público estadual, ouvido o Conselho
Estadual de Meio Ambiente, poderá reduzir a Reserva Legal para até 50% (cinquenta
por cento), quando o Estado tiver Zoneamento Ecológico-Econômico aprovado e mais
de 65% (sessenta e cinco por cento) do seu território ocupado por unidades de
conservação da natureza de domínio público, devidamente regularizadas, e por terras
indígenas homologadas.
§ 6º Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto
não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal.
§ 7º Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas
por detentor de concessão, permissão ou autorização para exploração de potencial de
energia hidráulica, nas quais funcionem empreendimentos de geração de energia
elétrica, subestações ou sejam instaladas linhas de transmissão e de distribuição de
energia elétrica.
§ 8º Não será exigido Reserva Legal relativa às áreas adquiridas ou desapropriadas
com o objetivo de implantação e ampliação de capacidade de rodovias e ferrovias.
Art. 13. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico - ZEE estadual,
realizado segundo metodologia unificada, o poder público federal poderá:
I - reduzir, exclusivamente para fins de regularização, mediante recomposição,
regeneração ou compensação da Reserva Legal de imóveis com área rural
consolidada, situados em área de floresta localizada na Amazônia Legal, para até 50%
(cinquenta por cento) da propriedade, excluídas as áreas prioritárias para conservação
da biodiversidade e dos recursos hídricos e os corredores ecológicos;
II - ampliar as áreas de Reserva Legal em até 50% (cinquenta por cento) dos
percentuais previstos nesta Lei, para cumprimento de metas nacionais de proteção à
biodiversidade ou de redução de emissão de gases de efeito estufa.
§ 1º No caso previsto no inciso I do caput, o proprietário ou possuidor de imóvel rural
que mantiver Reserva Legal conservada e averbada em área superior aos percentuais
exigidos no referido inciso poderá instituir servidão ambiental sobre a área excedente,
nos termos da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, e Cota de Reserva Ambiental.
§ 2º Os Estados que não possuem seus Zoneamentos Ecológico- Econômicos - ZEEs
segundo a metodologia unificada, estabelecida em norma federal, terão o prazo de 5
(cinco) anos, a partir da data da publicação desta Lei, para a sua elaboração e
aprovação.
Art. 14. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em
consideração os seguintes estudos e critérios:
I - o plano de bacia hidrográfica;
II - o Zoneamento Ecológico-Econômico;
III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com Área de
Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com outra área legalmente
protegida;
IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e
V - as áreas de maior fragilidade ambiental.
§ 1º O órgão estadual integrante do Sisnama ou instituição por ele habilitada deverá
aprovar a localização da Reserva Legal após a inclusão do imóvel no CAR, conforme
o art. 29 desta Lei.
§ 2º Protocolada a documentação exigida para análise da localização da área de
Reserva Legal, ao proprietário ou possuidor rural não poderá ser imputada sanção
administrativa, inclusive restrição a direitos, por qualquer órgão ambiental
competente integrante do Sisnama, em razão da não formalização da área de Reserva
Legal. (Parágrafo com redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 25/5/2012,
convertida na Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do
percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que:
I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o
uso alternativo do solo;
II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação,
conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; e
III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro
Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei.
§ 1º O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera na
hipótese prevista neste artigo.
§ 2º O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal conservada e inscrita
no Cadastro Ambiental Rural - CAR de que trata o art. 29, cuja área ultrapasse o
mínimo exigido por esta Lei, poderá utilizar a área excedente para fins de constituição
de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental e outros instrumentos congêneres
previstos nesta Lei.
§ 3º O cômputo de que trata o caput aplica-se a todas as modalidades de cumprimento
da Reserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição e a compensação.
(Parágrafo com redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 25/5/2012, convertida
na Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
§ 4º É dispensada a aplicação do inciso I do caput deste artigo, quando as Áreas de
Preservação Permanente conservadas ou em processo de recuperação, somadas às
demais florestas e outras formas de vegetação nativa existentes em imóvel,
ultrapassarem: (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
I - 80% (oitenta por cento) do imóvel rural localizado em áreas de floresta na
Amazônia Legal; e (Alínea acrescida pela Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
II - (VETADO na Lei nº 12.727, de 17/10/2012) Art. 16. Poderá ser instituído Reserva
Legal em regime de condomínio ou coletiva entre propriedades rurais, respeitado o
percentual previsto no art. 12 em relação a cada imóvel. (Parágrafo com redação dada
pela Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal poderá
ser agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes.
- Regime de Proteção da Reserva Legal (Capítulo IV - Seção II)
Art. 17. A Reserva Legal deve ser conservada com cobertura de vegetação nativa pelo
proprietário do imóvel rural, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou
jurídica, de direito público ou privado.
§ 1º Admite-se a exploração econômica da Reserva Legal mediante manejo
sustentável, previamente aprovado pelo órgão competente do Sisnama, de acordo com
as modalidades previstas no art. 20.
§ 2º Para fins de manejo de Reserva Legal na pequena propriedade ou posse rural
familiar, os órgãos integrantes do Sisnama deverão estabelecer procedimentos
simplificados de elaboração, análise e aprovação de tais planos de manejo.
§ 3º É obrigatória a suspensão imediata das atividades em Área de Reserva Legal
desmatada irregularmente após 22 de julho de 2008. (Parágrafo com redação dada
pela Medida Provisória nº 571, de 25/5/2012, convertida na Lei nº 12.727, de
17/10/2012)
§ 4º Sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis, deverá ser
iniciado, nas áreas de que trata o § 3º deste artigo, o processo de recomposição da
Reserva Legal em até 2 (dois) anos contados a partir da data da publicação desta Lei,
devendo tal processo ser concluído nos prazos estabelecidos pelo Programa de
Regularização Ambiental - PRA, de que trata o art. 59. (Parágrafo acrescido pela
Medida Provisória nº 571, de 25/5/2012, convertida na Lei nº 12.727, de 17/10/2012)
Art. 18. A área de Reserva Legal deverá ser registrada no órgão ambiental competente
por meio de inscrição no CAR de que trata o art. 29, sendo vedada a alteração de sua
destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, ou de desmembramento, com
as exceções previstas nesta Lei.
§ 1º A inscrição da Reserva Legal no CAR será feita mediante a apresentação de
planta e memorial descritivo, contendo a indicação das coordenadas geográficas com
pelo menos um ponto deamarração, conforme ato do Chefe do Poder Executivo.
§ 2º Na posse, a área de Reserva Legal é assegurada por termo de compromisso
firmado pelo possuidor com o órgão competente do Sisnama, com força de título
executivo extrajudicial, que explicite, no mínimo, a localização da área de Reserva
Legal e as obrigações assumidas pelo possuidor por força do previsto nesta Lei.
§ 3º A transferência da posse implica a sub-rogação das obrigações assumidas no
termo de compromisso de que trata o § 2º.
§ 4º O registro da Reserva Legal no CAR desobriga a averbação no Cartório de
Registro de Imóveis, sendo que, no período entre a data da publicação desta Lei e o
registro no CAR, o proprietário ou possuidor rural que desejar fazer a averbação terá
direito à gratuidade deste ato. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.727, de
17/10/2012)
Art. 19. A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido mediante lei
municipal não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área de Reserva
Legal, que só será extinta concomitantemente ao registro do parcelamento do solo
para fins urbanos aprovado segundo a legislação específica e consoante as diretrizes
do plano diretor de que trata o § 1º do art. 182 da Constituição Federal.
Art. 20. No manejo sustentável da vegetação florestal da Reserva Legal, serão
adotadas práticas de exploração seletiva nas modalidades de manejo sustentável sem
propósito comercial para consumo na propriedade e manejo sustentável para
exploração florestal com propósito comercial.
Art. 21. É livre a coleta de produtos florestais não madeireiros, tais como frutos,
cipós, folhas e sementes, devendo-se observar:
I - os períodos de coleta e volumes fixados em regulamentos específicos, quando
houver;
II - a época de maturação dos frutos e sementes;
III - técnicas que não coloquem em risco a sobrevivência de indivíduos e da espécie
coletada no caso de coleta de flores, folhas, cascas, óleos, resinas, cipós, bulbos,
bambus e raízes.
Art. 22. O manejo florestal sustentável da vegetação da Reserva Legal com propósito
comercial depende de autorização do órgão competente e deverá atender às seguintes
diretrizes e orientações:
I - não descaracterizar a cobertura vegetal e não prejudicar a conservação da
vegetação nativa da área;
II - assegurar a manutenção da diversidade das espécies;
III - conduzir o manejo de espécies exóticas com a adoção de medidas que favoreçam
a regeneração de espécies nativas.
Art. 23. O manejo sustentável para exploração florestal eventual sem propósito
comercial, para consumo no próprio imóvel, independe de autorização dos órgãos
competentes, devendo apenas ser declarado previamente ao órgão ambiental a
motivação da exploração e o volume explorado, limitada a exploração anual a 20
(vinte) metros cúbicos;
Art. 24. No manejo florestal nas áreas fora de Reserva Legal, aplica-se igualmente o
disposto nos arts. 21, 22 e 23.
III – Identificar na legislação vigente qual (ais) tratam a respeito do destino e
tratamento de efluentes e dejetos gerados na produção animal (Resolução CONAMA
430/2011)
- Resolução CONAMA n° 430/2011
Art. 1° Esta Resolução dispõe sobre condições, parâmetros, padrões e diretrizes para
gestão do lançamento de efluentes em corpos de água receptores, alterando
parcialmente e complementando a Resolução no 357, de 17 de março de 2005, do
Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA. Parágrafo único. O lançamento
indireto de efluentes no corpo receptor deverá observar o disposto nesta Resolução
quando verificada a inexistência de legislação ou normas específicas, disposições do
órgão ambiental competente, bem como diretrizes da operadora dos sistemas de coleta
e tratamento de esgoto sanitário.
Art. 2° A disposição de efluentes no solo, mesmo tratados, não está sujeita aos
parâmetros e padrões de lançamento dispostos nesta Resolução, não podendo, todavia,
causar poluição ou contaminação das águas superficiais e subterrâneas.
Art. 3° Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados
diretamente nos corpos receptores após o devido tratamento e desde que obedeçam às
condições, padrões e exigências dispostos nesta Resolução e em outras normas
aplicáveis. Parágrafo único. O órgão ambiental competente poderá, a qualquer
momento, mediante fundamentação técnica:
I - acrescentar outras condições e padrões para o lançamento de efluentes, ou torná-los
mais restritivos, tendo em vista as condições do corpo receptor; ou
II - exigir tecnologia ambientalmente adequada e economicamente viável para o
tratamento dos efluentes, compatível com as condições do respectivo corpo receptor.
- Capítulo I das Definições
Art. 4 Para efeito desta Resolução adotam-se as seguintes definições, em
complementação àquelas contidas no art. 2° da Resolução CONAMA no 357, de
2005:
I - Capacidade de suporte do corpo receptor: valor máximo de determinado poluente
que o corpo hídrico pode receber, sem comprometer a qualidade da água e seus usos
determinados pela classe de enquadramento;
II - Concentração de Efeito Não Observado-CENO: maior concentração do efluente
que não causa efeito deletério estatisticamente significativo na sobrevivência e
reprodução dos organismos, em um determinado tempo de exposição, nas condições
de ensaio;
III - Concentração do efluente no Corpo Receptor-CECR, expressa em porcentagem:
a) para corpos receptores confinados por calhas (rio, córregos, etc): 1. CECR =
[(vazão do efluente) / (vazão do efluente + vazão de referência do corpo receptor)] x
100. b) para áreas marinhas, estuarinas e lagos a CECR é estabelecida com base em
estudo da dispersão física do efluente no corpo hídrico receptor, sendo a CECR
limitada pela zona de mistura definida pelo órgão ambiental;
IV - Concentração Letal Mediana-CL50 ou Concentração Efetiva Mediana-CE50: é a
concentração do efluente que causa efeito agudo (letalidade ou imobilidade) a 50%
dos organismos, em determinado período de exposição, nas condições de ensaio;
V - Efluente: é o termo usado para caracterizar os despejos líquidos provenientes de
diversas atividades ou processos;
VI - Emissário submarino: tubulação provida de sistemas difusores destinada ao
lançamento de efluentes no mar, na faixa compreendida entre a linha de base e o
limite do mar territorial brasileiro;
VII - Esgotos sanitários: denominação genérica para despejos líquidos residenciais,
comerciais, águas de infiltração na rede coletora, os quais podem conter parcela de
efluentes industriais e efluentes não domésticos;
VIII - Fator de Toxicidade-FT: número adimensional que expressa a menor diluição
do efluente que não causa efeito deletério agudo aos organismos, num determinado
período de exposição, nas condições de ensaio;
IX - Lançamento direto: quando ocorre a condução direta do efluente ao corpo
receptor;
X - Lançamento indireto: quando ocorre a condução do efluente, submetido ou não a
tratamento, por meio de rede coletora que recebe outras contribuições antes de atingir
o corpo receptor;
XI - Nível trófico: posição de um organismo na cadeia trófica;
XII - Parâmetro de qualidade do efluente: substâncias ou outros indicadores
representativos dos contaminantes toxicologicamente e ambientalmente relevantes do
efluente;
XIII - Testes de ecotoxicidade: métodos utilizados para detectar e avaliar a capacidade
de um agente tóxico provocar efeito nocivo, utilizando bioindicadores dos grandes
grupos de uma cadeia ecológica; e
XIV - Zona de mistura: região do corpo receptor, estimada com base em modelos
teóricos aceitos pelo órgão ambiental competente, que se estende do ponto de
lançamento do efluente, e delimitada pela superfície em que é atingido o equilíbrio de
mistura entre os parâmetros físicos e químicos, bem como o equilíbrio biológico do
efluente e os do corpo receptor, sendo específica para cada parâmetro.
- Capítulo II das condições e padrões de lançamento de efluentes (Seção I
Disposições Gerais)
Art. 5° Os efluentes não poderão conferir ao corpo receptor características de
qualidade em desacordo com as metas obrigatórias progressivas,intermediárias e
final, do seu enquadramento.
§ 1 As metas obrigatórias para corpos receptores serão estabelecidas por parâmetros
específicos.
§ 2 Para os parâmetros não incluídos nas metas obrigatórias e na ausência de metas
intermediárias progressivas, os padrões de qualidade a serem obedecidos no corpo
receptor são os que constam na classe na qual o corpo receptor estiver enquadrado.
Art. 6° Excepcionalmente e em caráter temporário, o órgão ambiental competente
poderá, mediante análise técnica fundamentada, autorizar o lançamento de efluentes
em desacordo com as condições e padrões estabelecidos nesta Resolução, desde que
observados os seguintes requisitos:
I - comprovação de relevante interesse público, devidamente motivado;
II - atendimento ao enquadramento do corpo receptor e às metas intermediárias e
finais, progressivas e obrigatórias;
III - realização de estudo ambiental tecnicamente adequado, às expensas do
empreendedor responsável pelo lançamento;
IV - estabelecimento de tratamento e exigências para este lançamento;
V - fixação de prazo máximo para o lançamento, prorrogável a critério do órgão
ambiental competente, enquanto durar a situação que justificou a excepcionalidade
aos limites estabelecidos nesta norma; e
VI - estabelecimento de medidas que visem neutralizar os eventuais efeitos do
lançamento excepcional.
Art. 7° O órgão ambiental competente deverá, por meio de norma específica ou no
licenciamento da atividade ou empreendimento, estabelecer a carga poluidora máxima
para o lançamento de substâncias passíveis de estarem presentes ou serem formadas
nos processos produtivos, listadas ou não no art. 16 desta Resolução, de modo a não
comprometer as metas progressivas obrigatórias, intermediárias e final, estabelecidas
para enquadramento do corpo receptor.
§ 1° O órgão ambiental competente poderá exigir, nos processos de licenciamento ou
de sua renovação, a apresentação de estudo de capacidade de suporte do corpo
receptor.
§ 2° O estudo de capacidade de suporte deve considerar, no mínimo, a diferença entre
os padrões estabelecidos pela classe e as concentrações existentes no trecho desde a
montante, estimando a concentração após a zona de mistura.
§ 3° O empreendedor, no processo de licenciamento, informará ao órgão ambiental as
substâncias que poderão estar contidas no efluente gerado, entre aquelas listadas ou
não na Resolução CONAMA no 357, de 2005 para padrões de qualidade de água, sob
pena de suspensão ou cancelamento da licença expedida.
§ 4° O disposto no § 3° não se aplica aos casos em que o empreendedor comprove que
não dispunha de condições de saber da existência de uma ou mais substâncias nos
efluentes gerados pelos empreendimentos ou atividades.
Art. 8° É vedado, nos efluentes, o lançamento dos Poluentes Orgânicos Persistentes
POPs, observada a legislação em vigor. Parágrafo único. Nos processos nos quais
possam ocorrer a formação de dioxinas e furanos deverá ser utilizada a tecnologia
adequada para a sua redução, até a completa eliminação.
Art. 9° No controle das condições de lançamento, é vedada, para fins de diluição antes
do seu lançamento, a mistura de efluentes com águas de melhor qualidade, tais como
as águas de abastecimento, do mar e de sistemas abertos de refrigeração sem
recirculação.
Art. 10° Na hipótese de fonte de poluição geradora de diferentes efluentes ou
lançamentos individualizados, os limites constantes desta Resolução aplicar-se-ão a
cada um deles ou ao conjunto após a mistura, a critério do órgão ambiental
competente.
Art. 11° Nas águas de classe especial é vedado o lançamento de efluentes ou
disposição de resíduos domésticos, agropecuários, de aquicultura, industriais e de
quaisquer outras fontes poluentes, mesmo que tratados.
Art. 12° O lançamento de efluentes em corpos de água, com exceção daqueles
enquadrados na classe especial, não poderá exceder as condições e padrões de
qualidade de água estabelecidos para as respectivas classes, nas condições da vazão
de referência ou volume disponível, além de atender outras exigências aplicáveis.
Parágrafo único. Nos corpos de água em processo de recuperação, o lançamento de
efluentes observará as metas obrigatórias progressivas, intermediárias e final.
Art. 13° Na zona de mistura serão admitidas concentrações de substâncias em
desacordo com os padrões de qualidade estabelecidos para o corpo receptor, desde
que não comprometam os usos previstos para o mesmo. Parágrafo único. A extensão e
as concentrações de substâncias na zona de mistura deverão ser objeto de estudo,
quando determinado pelo órgão ambiental competente, às expensas do empreendedor
responsável pelo lançamento.
Art. 14° Sem prejuízo do disposto no inciso I do parágrafo único do art. 3o desta
Resolução, o órgão ambiental competente poderá, quando a vazão do corpo receptor
estiver abaixo da vazão de referência, estabelecer restrições e medidas adicionais, de
caráter excepcional e temporário, aos lançamentos de efluentes que possam, dentre
outras consequências:
I - acarretar efeitos tóxicos agudos ou crônicos em organismos aquáticos; ou
II - inviabilizar o abastecimento das populações.
Art. 15° Para o lançamento de efluentes tratados em leito seco de corpos receptores
intermitentes, o órgão ambiental competente poderá definir condições especiais,
ouvido o órgão gestor de recursos hídricos.
- Capítulo III das Diretrizes para Gestão de efluentes
Art. 24 Os responsáveis pelas fontes poluidoras dos recursos hídricos deverão realizar
o automonitoramento para controle e acompanhamento periódico dos efluentes
lançados nos corpos receptores, com base em amostragem representativa dos mesmos.
§ 1 O órgão ambiental competente poderá estabelecer critérios e procedimentos para a
execução e averiguação do automonitoramento de efluentes e avaliação da qualidade
do corpo receptor.
§ 2 Para fontes de baixo potencial poluidor, assim definidas pelo órgão ambiental
competente, poderá ser dispensado o automonitoramento, mediante fundamentação
técnica.
Art. 25. As coletas de amostras e as análises de efluentes líquidos e em corpos
hídricos devem ser realizadas de acordo com as normas específicas, sob
responsabilidade de profissional legalmente habilitado.
Art. 26. Os ensaios deverão ser realizados por laboratórios acreditados pelo Instituto
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial-INMETRO ou por
outro organismo signatário do mesmo acordo de cooperação mútua do qual o
INMETRO faça parte ou em laboratórios aceitos pelo órgão ambiental competente.
§ 1 Os laboratórios deverão ter sistema de controle de qualidade analítica
implementado.
§ 2 Os laudos analíticos referentes a ensaios laboratoriais de efluentes e de corpos
receptores devem ser assinados por profissional legalmente habilitado.
Art. 27. As fontes potencial ou efetivamente poluidoras dos recursos hídricos deverão
buscar práticas de gestão de efluentes com vistas ao uso eficiente da água, à aplicação
de técnicas para redução da geração e melhoria da qualidade de efluentes gerados e,
sempre que possível e adequado, proceder à reutilização. Parágrafo único. No caso de
efluentes cuja vazão original for reduzida pela prática de reuso, ocasionando aumento
de concentração de substâncias presentes no efluente para valores em desacordo com
as condições e padrões de lançamento estabelecidos na Tabela I do art. 16, desta
Resolução, o órgão ambiental competente poderá estabelecer condições e padrões
específicos de lançamento, conforme previsto nos incisos II, III e IV do art. 6o , desta
Resolução.
Art. 28. O responsável por fonte potencial ou efetivamente poluidora dos recursos
hídricos deve apresentar ao órgão ambiental competente, até o dia 31 de março de
cada ano, Declaração de Carga Poluidora, referente ao ano anterior.
§ 1 A Declaração referida no caput deste artigo conterá, entre outros dados, a
caracterização qualitativa e quantitativa dos efluentes, baseada em amostragem
representativa dos mesmos.
§ 2 O órgão ambiental competente poderá definir critérios e informações adicionais
para acomplementação e apresentação da declaração mencionada no caput deste
artigo, inclusive dispensando-a, se for o caso, para as fontes de baixo potencial
poluidor.
§ 3 Os relatórios, laudos e estudos que fundamentam a Declaração de Carga Poluidora
deverão ser mantidos em arquivo no empreendimento ou atividade, bem como uma
cópia impressa da declaração anual subscrita pelo administrador principal e pelo
responsável legalmente habilitado, acompanhada da respectiva Anotação de
Responsabilidade Técnica, os quais deverão ficar à disposição das autoridades de
fiscalização ambiental.
IV - Enumerar as sanções penais e administrativas derivadas de crimes contra a fauna e
flora (Lei Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998)
- CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º (VETADO)
Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei,
incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o
administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou
mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de
impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.
Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente
conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu
representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua
entidade.
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas,
autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.
Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for
obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.
Art. 5º (VETADO)
- CAPÍTULO II DA APLICAÇÃO DA PENA
Art. 6º Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará:
I - a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas conseqüências para a
saúde pública e para o meio ambiente;
II - os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental;
III - a situação econômica do infrator, no caso de multa.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/1998/Vep181-98.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/1998/Vep181-98.pdf
Art. 7º As penas restritivas de direitos são autônomas e substituem as privativas de liberdade
quando:
I - tratar-se de crime culposo ou for aplicada a pena privativa de liberdade inferior a quatro
anos;
II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem
como os motivos e as circunstâncias do crime indicarem que a substituição seja suficiente
para efeitos de reprovação e prevenção do crime.
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma
duração da pena privativa de liberdade substituída.
Art. 8º As penas restritivas de direito são:
I - prestação de serviços à comunidade;
II - interdição temporária de direitos;
III - suspensão parcial ou total de atividades;
IV - prestação pecuniária;
V - recolhimento domiciliar.
Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas
gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da
coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se possível.
Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado
contratar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios,
bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e
de três anos, no de crimes culposos.
Art. 11. A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às
prescrições legais.
Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade
pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário
mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do
montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator.
Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do
condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, freqüentar curso ou exercer atividade
autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em
qualquer local destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença
condenatória.
Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena:
I - baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;
II - arrependimento do infrator, manifestado pela espontânea reparação do dano, ou limitação
significativa da degradação ambiental causada;
III - comunicação prévia pelo agente do perigo iminente de degradação ambiental;
IV - colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.
Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o
crime:
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
II - ter o agente cometido a infração:
a) para obter vantagem pecuniária;
b) coagindo outrem para a execução material da infração;
c) afetando ou expondo a perigo, de maneira grave, a saúde pública ou o meio ambiente;
d) concorrendo para danos à propriedade alheia;
e) atingindo áreas de unidades de conservação ou áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a
regime especial de uso;
f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos humanos;
g) em período de defeso à fauna;
h) em domingos ou feriados;
i) à noite;
j) em épocas de seca ou inundações;
l) no interior do espaço territorial especialmente protegido;
m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;
n) mediante fraude ou abuso de confiança;
o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;
p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou
beneficiada por incentivos fiscais;
q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades competentes;
r) facilitada por funcionário público no exercício de suas funções.
Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada
nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos.
Art. 17. A verificação da reparação a que se refere o § 2º do art. 78 do Código Penal será feita
mediante laudo de reparação do dano ambiental, e as condições a serem impostas pelo juiz
deverão relacionar-se com a proteção ao meio ambiente.
Art. 18. A multa será calculada segundo os critérios do Código Penal; se revelar-se ineficaz,
ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o
valor da vantagem econômica auferida.
Art. 19. A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante
do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.
Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser
aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditório.
Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido
ou pelo meio ambiente.
Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá
efetuar-se pelo valor fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para apuração
do dano efetivamente sofrido.
Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de
acordo com o disposto no art. 3º, são:
I - multa;
II - restritivas de direitos;
III - prestação de serviços à comunidade.
Art. 22. As penas restritivas de direitos da pessoa jurídica são:
I - suspensão parcial ou total de atividades;
II - interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art78%C2%A72
III - proibição de contratar com oPoder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções
ou doações.
§ 1º A suspensão de atividades será aplicada quando estas não estiverem obedecendo às
disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente.
§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver
funcionando sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação
de disposição legal ou regulamentar.
§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou
doações não poderá exceder o prazo de dez anos.
Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em:
I - custeio de programas e de projetos ambientais;
II - execução de obras de recuperação de áreas degradadas;
III - manutenção de espaços públicos;
IV - contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.
Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utilizada, preponderantemente, com o fim de
permitir, facilitar ou ocultar a prática de crime definido nesta Lei terá decretada sua
liquidação forçada, seu patrimônio será considerado instrumento do crime e como tal perdido
em favor do Fundo Penitenciário Nacional.
- CAPÍTULO V DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE
- Seção I Dos Crimes contra a Fauna
Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em
rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou
em desacordo com a obtida:
Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas:
I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a
obtida;
II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito,
utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota
migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não
autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção,
pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas,
migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo
de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais
brasileiras.
§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:
I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da
infração;
II - em período proibido à caça;
III - durante a noite;
IV - com abuso de licença;
V - em unidade de conservação;
VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.
§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional.
§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.
Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a
autorização da autoridade ambiental competente:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença
expedida por autoridade competente:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo,
ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão,
de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda. (Incluído pela Lei nº 14.064, de 2020)
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de
espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas
jurisdicionais brasileiras:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:
I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domínio
público;
II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão
ou autorização da autoridade competente;
III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de
moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.
Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão
competente:
Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:
I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos
permitidos;
II - pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos,
petrechos, técnicas e métodos não permitidos;
III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta,
apanha e pesca proibidas.
Art. 35. Pescar mediante a utilização de:
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante;
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14064.htm#art2
Pena - reclusão de um ano a cinco anos.
Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair,
coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos,
moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas
as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.
Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:
I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;
II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais,
desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;
III – (VETADO)
IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.
- Seção II Dos Crimes contra a Flora
Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que
em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou
médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas
de proteção: (Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
(Incluído pela Lei nº 11.428, de 2006).
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. (Incluído pela
Lei nº 11.428, de 2006).
Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da
autoridade competente:
Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Unidades de Conservação e às áreas de que trata o
art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as
Reservas Biológicas, os Parques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida
Silvestre. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades
de Conservação de Proteção Integral será considerada circunstância agravantepara a fixação
da pena. (Redação dada pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 3º Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.
Art. 40-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 1o Entende-se por Unidades de Conservação de Uso Sustentável as Áreas de Proteção
Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reservas
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/1998/Vep181-98.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11428.htm#art43
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11428.htm#art43
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11428.htm#art43
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11428.htm#art43
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/Antigos/D99274.htm#art27
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm#art39
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm#art39
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/2000/Mv0967-00.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm#art40
Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as
Reservas Particulares do Patrimônio Natural. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 2o A ocorrência de dano afetando espécies ameaçadas de extinção no interior das Unidades
de Conservação de Uso Sustentável será considerada circunstância agravante para a fixação
da pena. (Incluído pela Lei nº 9.985, de 2000)
§ 3o Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. (Incluído pela Lei nº 9.985, de
2000)
Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:
Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.
Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas
florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento
humano:
Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Art. 43. (VETADO)
Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação permanente,
sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 45. Cortar ou transformar em carvão madeira de lei, assim classificada por ato do Poder
Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou
não, em desacordo com as determinações legais:
Pena - reclusão, de um a dois anos, e multa.
Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e
outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada
pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final
beneficiamento:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito,
transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença
válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade
competente.
Art. 47. (VETADO)
Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas de
vegetação:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de
ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.
Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.
Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas,
protetora de mangues, objeto de especial preservação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm#art40
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm#art40
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm#art40
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm#art40
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/1998/Vep181-98.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/1998/Vep181-98.pdf
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em
terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente: (Incluído
pela Lei nº 11.284, de 2006)
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. (Incluído pela Lei nº 11.284, de
2006)
§ 1o Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do
agente ou de sua família. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
§ 2o Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil hectares), a pena será aumentada de 1
(um) ano por milhar de hectare. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de
vegetação, sem licença ou registro da autoridade competente:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos
próprios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da
autoridade competente:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um sexto a um terço se:
I - do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do
regime climático;
II - o crime é cometido:
a) no período de queda das sementes;
b) no período de formação de vegetações;
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra somente no
local da infração;
d) em época de seca ou inundação;
e) durante a noite, em domingo ou feriado.
Referência Bibliográfica
Lei 12.651, de 25 de maio de 2012. Planalto (Governo Federal), ano 2012. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm> . Acesso em:
09/09/2021.
Lei 12.727, de 17 de Outubro de 2012. Planalto (Governo Federal), ano 2012. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm> . Acesso
em: 09/09/2021.
Resolução n° 430, de 13 de maio de 2011. Conselho Nacional do Meio
Ambiente-CONAMA, ano 2011. Disponível em:
<http://conama.mma.gov.br/component/sisconama/?view=atosnormativos> . Acesso em:
09/09/2021.
Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Planalto (Governo Federal), ano 1998. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm> . Acesso em: 09/09/2021.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11284.htm#art82
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11284.htm#art82
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11284.htm#art82
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/L12727.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm

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