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INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA AGUDA (IRpA) ● É a incapacidade do sistema respiratório em manter a oxigenação e/ou ventilação ocasionando falha do suprimento das demandas metabólicas do organismo. - Oxigenação está relacionada com a PO2 e ventilação está relacionada com a PCO2. ● Um sinal de grave IRpA é a alteração no nível de consciência, pois o primeiro órgão a sentir a falta de O2 é o cérebro (obs: precisa entubar). ● Importância: as emergências respiratórias pediátricas são a causa importante de internação hospitalar e óbitos em menores de 1 ano de idade. Por que crianças são mais suscetíveis a desenvolver um distúrbio respiratório de maior gravidade ? ● Maior metabolismo e maior consumo de O2. ● Língua grande, próxima ao palato mole facilitando a obstrução da via aérea. ● Ventilação colateral (canais de Lambert e Poros de Kohn) pobremente desenvolvidos, favorecendo a formação de atelectasias. ● Poros de Kohn: poros (buraquinhos) que realizam a comunicação entre os alvéolos. ● Caixa torácica mais complacente, pode ocasionar incoordenação toracoabdominal no sono REM, o que prejudica a higiene brônquica e tem maior tendência ao colapso. ● Musculatura respiratória menos desenvolvida e frequência respiratória mais elevada. ● Pequeno diâmetro das vias aéreas com tendência à obstrução. ● Tórax em barril diminuindo os movimentos compensatórios para aumentar o volume corrente. ● Pulmões com menos elastina nas crianças pequenas, ocasionando diminuição na propriedade de recolhimento elástico. Classificações da IRpA: ● Pela gasometria arterial: - Tipo I (hipoxêmica – PaO2 baixa com PaCO2 normal). - Tipo II (hipercápnica – PaO2 baixa e PaCO2 elevada). ● Pela localização anatômica: - Via aérea alta (superior). - Via aérea baixa (inferior). ● Pelo tipo de hipóxia: - Hipóxia hipoxêmica: diminuição da PaO2 no sangue arterial. Ex: alteração da relação V/Q (pneumonia), alteração da difusão (pneumonia intersticial), presença de shunt intrapulmonar (síndrome do desconforto respiratório agudo – SDRA). - Hipóxia anêmica: diminuição da taxa de hemoglobina comprometendo o transporte de O2. Ex: anemia grave. - Hipóxia circulatória: diminuição da perfusão tissular. Ex: choque. - Hipóxia histotóxica: incapacidade da célula metabolizar o O2 disponibilizado. Ex: Intoxicação por cianeto. ● Pelo tempo: - Aguda (horas ou dias). - Crônica (tempo suficiente para compensação fisiológica gasométrica e/ou policitemia). Quadro clínico: ● Sinais respiratórios: - Taquipnéia (é o sinal mais precoce) ou bradipnéia/apnéia (maior gravidade). - Dispnéia. - Tiragens intercostais, subdiafragmáticas e tiragens de fúrcula. - Batimento de asa de nariz (BAN). - Diminuição ou ausência dos sons respiratórios. - Gemência (fechamento da glote para aumentar a capacidade residual). - Cianose (sinal tardio), principalmente em pacientes com anemia! ● Sinais cardiovasculares: taquicardia ou bradicardia, hipotensão, hipertensão, má perfusão periférica e pulso paradoxal - indicam maior gravidade. ● Sinais gerais: irritação, sonolência, fadiga e sudorese. Causas:
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