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CUIDADOS PALIATIVOS E COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS

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CUIDADOS PALIATIVOS E COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS (Prof Juliana)
→ Pacientes “fora de possibilidade de cura” assistência inadequada- tentativa
de cura invasivas, alta tecnologias
→ Ignoram o sofrimento e são incapazes de tratar os sintomas mais
prevalentes
→ Resgatar a dignidade da vida e a possibilidade de se morrer em paz
→ Cuidados Paliativos como alternativa
Como surgiu?
- Hospice
- 1947, Inglaterra Cicely Saunders
- Após acompanhar um paciente em fim de vida, decidiu comprometer-se
com uma nova forma de cuidar
- Estudos com anotações clínicas e relatos de pacientes com câncer
avançado (1958-1965) que tiveram alívio significativo da dor com
administração regular de medicamentos ao invés de quando necessário
→ evitar começar a sentir a dor
- Essa prática foi implantada no Hospice criado por Cicely e difundida
em diversos países pelos profissionais que passavam períodos de
experiência lá
- 1982- Comitê de Câncer da OMS
- Grupo de trabalho para definir políticas para alívio da dor e cuidados
tipo Hospice para paciente com câncer
- Adotado o termo Cuidados Paliativos
Definição: “Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de
vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a
continuidade da vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a
identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de
natureza física, psicossocial e espiritual” OMS 2002
Cuidado do paciente e família visando:
- Qualidade de vida
- Manutenção da dignidade humana: decorrer da doença, terminalidade
da vida, morte, período de luto
Bioética: A bioética é considerada uma ciência que estuda a sobrevivência
humana e utiliza-se de base filosófica e pragmática para defender a melhoria
das condições de vida.
Princípios Bioéticos do Cuidado em Saúde:
1) Autonomia: Capacidade de pensar, decidir e agir de forma livre e
independente.
2) Beneficência: fazer o bem
3) Não Maleficência: Não causar dano intencional, não prejudicar
Princípios dos Cuidados Paliativos:
1) Promover alívio da dor e outros sintomas desagradáveis
- Dor total
- Conhecimento específico para prescrição de medicamentos
- Medidas não farmacológicas
- Aspectos psicossociais e espirituais
2) Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida
- Ênfase naquilo que ainda pode ser vivido
3) Não acelerar nem adiar a morte
- Nada tem a ver com eutanásia
4) Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente
5) Oferecer um sistema de suporte que possibilite o paciente viver tão
ativamente quanto possível, até o momento de sua morte
- Viver ativamente x Viver a qualquer custo
6) Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a
doença do paciente e enfrentar o luto
7) Abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes
e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto → Cuidado
Integral do ser
8) Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da
doença
9) Deve ser iniciado o mais precocemente possível, juntamente com outras
medidas de prolongamento da vida como a quimioterapia e a
radioterapia e incluir todas as investigações necessárias para melhor
compreender e controlar situações clínicas estressantes
Papel do Enfermeiro
- Controle da dor
- Curativa nas lesões cutâneas
- Técnicas de comunicação terapêutica
- Cuidados espirituais
- Zelo pela manutenção do asseio, da higiene
- Medidas de conforto
- Trabalho com as famílias
- Comunicação com a equipe multidisciplinar
- COMPETÊNCIAS RELACIONAIS
Comunicação de má notícia
Má Notícia: “Qualquer informação de conteúdo desagradável relacionada ao
paciente e transmitida a ele, ao seu cuidador ou na família que envolva
mudança drástica na perspectiva de futuro ou prognóstico de saúde” (Araújo,
Leitão 2012)
Importância de uma comunicação adequada:
- Fortalecer relação com paciente e familiares centrado no acolhimento
- Comunicação como medida de conforto, forma de alívio emocional e
físico
- Minimiza dificuldades e incertezas
- Diminui o nível de ansiedade
- Fortalece o sentimento de segurança
- Facilita o bom relacionamento entre equipe-família-paciente
- Coerência entre os objetivos relatados pelo paciente e os objetivos
documentados em seus registros médicos
- Maior satisfação com o atendimento
- Menos intervenções invasivas desnecessárias
- Qualidade de vida dos pacientes e enfrentamento do luto dos
familiares significativamente melhores
Por que é tão difícil conversar sobre o fim de vida?
- Prognóstico incerto: dificuldade em reconhecer um momento ideal para
iniciar a conversa/promover oportunidades para discutir quando
ocorre alguma mudança no quadro;
- Medo de provocar danos emocionais ou tirar a esperança (a esperança
não é necessariamente incompatível com o conhecimento de uma
doença que ameaça a vida; pode significar mais do que a sobrevivência
em si: viver mais do que o esperado, atingir suas metas individuais, ter
qualidade de vida ou mesmo uma morte tranquila) conversas de fim de
vida não estão associadas a piores desfechos emocionais, em geral
pacientes e familiares não acham estressante falar sobre a morte, o
morrer e o luto
- Incertezas sobre o preparo do paciente/familiar: nem todos os
pacientes estão prontos ou dispostos a conversa sobre o fim da vida;
perguntar diretamente para o paciente e a família o quanto querem ser
informados e o quanto querem envolver-se na decisão, pode ser uma
alternativa; Oferecer claras oportunidades de conversa e a
possibilidade de revisar e mudar decisões; Pacientes e familiares que
irão conduzir a conversa de acordo com o seu preparo e preferências
- Sentir-se despreparado: não tem treinamento adequado, falta de
clareza sobre orientações (ser realista, mas manter esperança, não
muita esperança, empatia, mas não pena)
→ Competências centrais/necessidades do paciente; ser tratado como
indivíduo, ser ouvido, compaixão, desenvolver um relacionamento com o
profissional, cuidado holístico, ambiente apropriado que garanta
privacidade
Como, e o que falar de morte com quem está morrendo?
- Prognóstico, preferências e prioridades
- Prolongamento da vida e ou cuidados paliativos
- Local de cuidado
- Local de morte
- Assumir incertezas torna mais fácil o diálogo sobre morte
- Sinceridade é o diferencial para a satisfação
- Privacidade
- Ouvir é fundamental e falar nem sempre é o melhor
- Respostas para questões conflituosas nem sempre podem ser dadas
Lembrar!
- Escuta empática: “na perspectiva do outro”
- O paciente tem direito à informação
- Ouvir para poder falar
- Perceber o outro
- Criar condições favoráveis para que a informação possa ser
transmitida
- Importante ter um discurso consistente
- Incentivar o outro a participar do diálogo
- Valorizar a experiência do receptor
- Usar linguagem familiar ao receptor
- Feedback contínuo: perceber sentimentos, dúvidas e dificuldades de
verbalização
- Presença plena do profissional, agindo sem preconceitos, sem
julgamentos, tentando compreender quem está sofrendo
- Necessidade de informação é dinâmica
Alertas! (BARREIRAS)
- Ambientes: estímulos auditivos, visuais…
- Comunicação complexa pelas circunstâncias emocionais difíceis
(escuta seletiva)
- Comunicação ineficaz pode representar fonte de sofrimento, por um
sentimento de descaso e solidão no enfrentamento do adoecimento e
da morte
- Constrangimento por não compreender o que está sendo dito
- Muitos pacientes perdem a capacidade de decidir antes de serem feitas
discussões sobre cuidados de fim de vida → muitas vezes são mais
susceptíveis a receber medidas mais agressivas de prolongamento de
vida
- Com frequência pacientes e familiares esperam que conversas sobre fim
de vida sejam iniciadas pelos profissionais, enquanto que os
profissionais esperam que seja iniciada pelos familiares
- Antes de cuidar do paciente a equipe precisa aprender a se cuidar, a se
comunicar e a criar vínculos entre os próprios colegas de trabalho
- O profissional pode vivenciar um estresse antecipatório, acrescido deangústia e ansiedade
- Para lidar com os sentimentos e afetos que a transmissão de uma
notícia difícil implica, é necessário que o profissional de saúde seja
capaz de reconhecer seus limites e suas possibilidades
Dicas Práticas
→ Protocolo SPIKES (apoio):
● Setting: preparar o espaço que a comunicação será realizada
● Perception: avaliar a compreensão do paciente/familiar
● Invitation: verificar o quanto o paciente deseja saber
● Knowledge: compartilhar a informação e verificar o que foi entendido
● Explore emotions: encorajar e validar a expressão emocional do
paciente
● Strategy and Summary: resumir e traçar medidas estratégicas ou plano
de tratamento
Conclusão: “Um diagnóstico objetivo e bem embasado, o conhecimento da
história natural da doença, um acompanhamento ativo, acolhedor e
respeitoso e uma relação empática com o paciente e seus familiares nos
ajudarão nas decisões. Desta forma erraremos menos e nos sentiremos mais
seguros” - Matsumoto, 2012

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