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1. Introdução à Antibioticoterapia 1 2. Penicilinas 3 3. Cefalosporinas 6 4. Carbapenêmicos e Monobactâmicos 9 5. Quinolonas 11 6. Glicopeptídeos, Lipopeptídeos, Oxazolididonas 13 7. Aminoglicosídeos 15 8. Macrolídeos 16 9. Lincosamidas 18 10. Azólicos 19 11. Anfenicóis 20 12. Sulfonamidas 21 13. Tetraciclinas 23 14. Patógenos - Tabela 24 15. Doses ATB - Tabela 25 1 GBS GRAM + o Camada de peptideoglicano espessa (voltado para o meio extracelular) – retém o corante (Gram +). o Ácido Teicoico – evasão bacteriana. GRAM - o Camada de peptideoglicano mais fina – porém possui membrana externa lipoproteica. o Lipolissacarídeo (endotoxinas) – meio externo. o Porinas. → FORMAÇÃO DE PAREDE CELULAR: Transpeptidase ou PBP (proteína ligadora de penicilina) – forma a parede celular de peptideoglicano pela junção dos monômeros – estabiliza a parede de peptideoglicanos. Esse processo é chamado de transpeptidação. GRAM + GRAM - Cocos Strepto. Staphylo. Enterococos. Neisserias. Moraxellas. Bacilos Listeria. Clostridium (anaeróbio) Pseudomonas. Haemofilos. Enterobactérias: o E. Coli. o Klebisiella. o Salmonella. o Shigella. Outros (diversas conformações): o Micobacterium. o Chlamydia – desprovida de parede celular. o Mycoplasma – desprovida de parede celular. o Treponema – espiroquetas. → CONCEITOS GERAIS: Antibióticos: substância química com ação inibitória da reprodução ou com poder destrutivo de microrganismo. Antimicrobianos: definição mais ampla, abrange todos os fármacos usados contra agentes infecciosos (antifúngico, anti-viral, antiprotozoários). Linha de Progressão da Doença x Tratamento: Ausência de Infecção Infecção Sintomas Isolamento patógeno Regressão Profilaxia Preventivo Empírico Definitivo Supressor 2 GBS → Quanto ao Mecanismo de Ação: o Inibidores da Síntese de Parede Celular: β-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos, monobactâmicos). Glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina). o Inibidores de Síntese Proteica: Macrolídeos (azitro, claritro, eritromicina), Tetraciclinas (tetraciclina, doxiciclina). Oxazolidinonas (linezolida). Lincosamidas (clindamicina). Aminoglicosídeos (gentamicina, amicacina, estreptomicina). ↘ Todos esses são bacteriostáticos (exceto aminoglicosídeos). o Outros Mecanismos: Quinolonas (inibe topoisomerase). Sulfonamidas (inibe síntese de folato). Imidazólicos (ruptura do DNA). Lipopetídeos. Polimixinas (efeito tóxico seletivo sobre membarana plasmática bacteriana). → Quando ao tipo de ação antibiótica: o Bactericida (Lise bacteriana): β-lactâmicos. Glicopeptídeos. Lipopeptídeos. Aminoglicosídeos. Quinolonas. o Bacteriostáticos (inibe multiplicação): Macrolídeos. Lincosamidas. Afenicóis. Tetraciclinas. Sulfonamidas. Oxazolidinonas. o Bactericida + Bacteriostático (dependendo do patógeno, dose): Sulfonamidas. Eritromicina. Nitrofurantoína. → MECANISMOS DE RESISTÊNCIA BACTERIANA: Antibiótico não induz resistência bacteriana, mas seleciona bactérias que são naturalmente resistentes a eles. Mutações e recombinações genéticas – conferem resistência bacteriana: o Plasmídios – DNA circulares adicionais, que não são essenciais a vida e multiplicação bacteriana, mas conferem resistência por meio de enzimas inativadores, menor afinidade. Resistência aos β-Lactâmicos: o Baixa afinidade da transpeptidase (altera PBP). o Produção de β-Lactamase – proteína que cliva o anel β-lactâmico (comum a todos os β- lactâmicos), assim o ATB perde seu efeito. Diminuído esse efeito por adicionar os inibidores de β-lactamase (clavulanato, tazobactam). o Porinas diferentes – restrito a Gram negativas (impede a entrada do ATB no espaço periplasmático). β-Lactâmicos – não se usa em agentes sem parede celular (Chlamydia e Mycoplasma). 3 GBS – β → Pelo Espectro de Ação: Penicilina G (naturais) Penicilinas Antiestafilocócicas Penicilinas de Amplo Espectro Cristalina. Procaína. Benzatina. Penicilina V. Oxacilina. Nafcilina. Cloxacilina. Dicloxacilina. 2ª geração (aminopenicilinas): ampicilina, amoxicilina. 3ª geração (carboxipenicilinas): carbenicilina e ticarcilina. 4ª geração (ureidopenicilinas): piperacilina. Subgrupo Ação Espectro de Ação Penicilina G Benzatina: ação bactericida durante o estágio de multiplicação ativa dos microrganismos sensíveis. Atua por inibição da biossíntese do mucopeptídeo da parede celular. Cristilina: ação bactericida, atua por inibição da parede celular. Procaína: ação bactericida, atua por inibição da parede celular. Gram + Cocos Gram – (neisseria, moraxella). Anaeróbios da boca e faringe. OBS: procaína e benzatina devem ser administradas exclusivamente por via IM. Penicilinase Resistente (penicilinas antiestafilocócicas) Inibe os estafilococos produtores de penicilinase. Gram + Alguma atividade em Gram – (pouca). Penicilina de Amplo Espectro 2ª, 3ª, 4ª geração: Bactericida. Inibe síntese de parede celular. 3ª e 4ª geração: são chamadas penicilinas antipseudomonas. 2ª geração (ampicilina, amoxicilina): Gram + e Gram – (conseguem atravessar porinas, portanto são eficazes contra Gram – (H. influenza, Moraxella, Proteus, Salmonella, Shigella). 3ª geração (carbenicilina e ticarcilina): são menos eficazes contra os Gram + do que a penicilina G e as de 2ª geração, porém possui espectro ampliado para alguns Gram – produtores de b- lactamase, como Enterobacter, Proteus indol-positivo e Pseudomonas. 4ª geração (piperacilina): mais eficaz do que as de 3ª geração contra Enterobactérias e Pseudomonas. Associada ao Tazobactan. 4 GBS 1. Baixa afinidade da PBP (transpeptidase) – não faz sentido adicionar inibidor de β-lactamase, já que não é esse o mecanismo de resistência. 2. Produção de β-Lactamase. o β-Lactamase simples – mais suscetíveis a adição de inibidores de β-lactamases. o β-lactamase “poderosa” – naturalmente são mais resistentes aos inibidores de β-lactamases. São eles: Klebisiella, E. Coli (ESBL – produtores de β- lactamases de espectro estendido – mais resistentes aos inibidores de β-lactamases). Proteus. Providencia. Enterobacter. Serratia. Citrobacter. Pseudomonas (as que produzem metabolobetalactamases são muito resistente praticamente impossível de combater). → São fármacos seguros (crianças e gestantes). → Reações Adversas às Penicilinas: Hipersensibilidade (+ comum). Anafilaxia. Rash cutâneo. Anemia hemolítica autoimune. Pacientes com alergia à penicilina, que não seja anafilaxia prévia, podem receber cefalosporinas. 1. PENICILINA G. BENZATINA: IM – penicilina de depósito (concentração sérica prolongada, mas não elevada). Usado para infecçõesarrastadas ou em profilaxias. Meia-vida longa: 21 dias. Não possui boa penetração no SNC. Cobertura: (G+ e G-) o Estrepto. o Enterococos. o Neisseria meningitidis. o Anaeróbios. o Treponema. o NÃO cobre staphylo. Aplicação Prática: o Tto sífilis (exceto neurossífilis). o Profilaxia para febre reumática (S. pyogenes – faringoamigdalite de repetição). o Profilaxia para endocardite (Strepto viridans). 2. PENICILINA G CRISTALINA: IV – pico sérico, porém meia-vida curta. Usada em infecções agudas ou graves. Meia-vida curta: 4h. Boa penetração SNC. Cobertura: o Estrepto. o Enterococos. o Neisseria meningitidis. o Anaeróbios. o Treponema. o NÃO cobre Sthapylo. Aplicação Prática: o Infecções por S. pneumoniae (IVAS, PAC, meningite – exceto em RN). o Neurossífilis. o S. pyogenes (piodermites e faringoamigdalites). o S. agalactiae (meningite e sepse RN precoce). o S. viridans (endocardite – mas não é o ideal, devido meia-vida curta). 3. PENICILINA G PROCAÍNA: IM, 12/12h – posologia desconfortável. Espectro de ação semelhante, pouco usada. 4. PENICILINA V – Oral. VO, 6/6h, espectro de ação semelhante, pouco usada na prática. Alteração da PBP Produção de β-Lactamase Pneumococos. Neisserias. Staphylo MRSA (staphylo resistente a meticilina/oxacilina). Enterococos. Enterobactérias. Haemófilos. Anaeróbios. Staphylo MSSA (sthapylo sensível a metcilina/oxacilina) “PESC” – produtores de β- lactamases mais resistentes – gene AMP-C. 5 GBS OXACILINA E METCILINA: Ação G+ Grande vantagem: cobrem Staphylococcus aureus. Resistentes à ação de β-lactamases dos staphylo metcilina sensíveis (MSSA). MSSA = OSSA: sensíveis, comunitários (resistência via produção de β-lactamase). MRSA = ORSA: resistentes, normalmente são hospitalares (resistência via PBP). Cobertura: o Espectro de ação curto, porém eficazes contra Staphylococcus metcilina/oxacilina sensíveis. Aplicações Práticas: o Infecções de pele e partes moles. o Abscessos. o Pneumonias por S. aureus. o Estafilococcias. ª AMOXICILINA E AMPICILINA: Ação: G+ e G – VO – Amox. VO/IV – Ampicilina (se VO, estômago vazio). Vantagens: espectro um pouco maior que às penicilinas naturais → alargam atuação em Gram – Cruzam a BHE inflamada. Cobertura: o Estreptococos. o Enterococos. o Listeria. o Neisseria meningitidis. o Haemófilos – alguns já são resistentes. o Mas não cobre Staphylo e nem outros G – (se sem inibidor de lactamase). Aplicação Prática: o Infecções por Strepto pneumoniae – IVAS (rinossinusite, otite, etc). PAC. o Meningites do RN. o S. pyogenes (piodermites e faringoamigdalites). o S. agalactiae (meningite e sepse do RN). o S. viridans – Endocardite. o ATB de “cabeça de pescoço” e do neonato. Possuem espectro ampliado na adição de Inibidores de β-lactamase: o Amoxicilina + Clavulanato (Clavulin). o Ampicilina + Sulbactam ↘ Nesses casos, tratamento de infecções por agentes produtores de b-lactamases: S. aureus, H. influenza, E. Coli, Klebisiella, Enterobacter, anaeróbios. ↘ Clavulin: sinusite crônica, IVAS (pediatria), pé diabético infectado, mordedura de animais. ↘ Ampi-Sulbactam: idem a clavulin, porém pode ser parenteral e adiciona cobertura para acinetobacter. ª ª PIPERACILINA, TICARCILINA E CARBENICILINA: Ação em Gram – IV – ambiente intra-hospitalar. Vantagem: espectro mais potente para Gram – produtores de β-lactamase (comunitários). Usados na prática com inibidores de β-lactamase. o Piperacilina + Tazobactam (Tazocin) – infecções intra-abdominais por Gram – resistentes (pseudomonas e enterobactérias). Cobertura: o Proteus. o Enterobacter. o Pseudomonas (principalmente de comunidade). Aplicação Prática: o 1ª ou 2ª escolha (ou cefalosporina de 4ª geração) para Gram negativos resistentes, como enterobactérias hospitalares. o Pseudomonas hospitalares: Carbenicilina + Aminoglicosídeos (sinergismo contra Gram negativo: amicacina. Se contra G+, gentamicina). 6 GBS – β Geração Representantes Cobertura Aplicação 1ª Cefalexina. Cefadroxila. Cefazolina. Cefalotina. G+ Strepto Staphylo comunitários Infecções cutâneas, partes moles e articulações. Bastante utilizados para faringites estreptoc. e para profilaxia cirúrgica. Não atravessam a BHE. 2ª Cefuroxima. Cefoxitina. Cefaclor. Anaeróbios e alguns bacilos Gram – (enterobactérias comunitárias e Haemophilus). Perdem o espectro de ação contra Staphylococcus e Strepto quando comparadas à 1ª geração. Cefuroxima: atividade contra Haemophilus influenza. Cefoxitina: atividade contra bacterioides. Infec. gastrointestinais causadas por Klebisiella, Salmonella, Shigella ou E. Coli. Infecção de anaeróbios. Cefuroxima: H. influenza Cefoxitina: bacterioides. 3ª Ceftriaxona. Cefotaxima. Ceftazidima. Neisserias. Streptococcus (sensíveis e resistentes). Alta atividade em Enterobactérias (E. Coli, Proteus, Klebisiella, Enterobacter, Serratia, Citrobacter). Excelente penetração no SNC. Ceftazidima: boa ação contra pseudomonas. Ceftrixona e Cefotaxima: fraca ação contra pseudômonas. Profilaxia de cirurgias. 4ª Cefepima Cefpiroma Strepto (sensíveis ou resistentes). Sthapylococcus meticilino-sensíveis (MSSA). Haemophilus. Pseudomonas. Neisserias. Enterobacterias (incluindo Providencia, Proteus, Enterobacter, Serratia e Citrobacter). Infecções hospitalares, como pneumonias nosocomiais. Infecções por MSSA (comunitárias) e por enterobactérias mais resistentes. Neutropenia febril. Penetra BHE. 5ª Ceftarolina Contra Gram + Ampliação do espectro de ação das cefalosporinas, cobrindo MRSA e enterococos. Infecções multirresistentes. 7 GBS → Características Gerais Cefalosporinas: Semelhantes à penicilina – mesmo mecanismo de ação. Tempo de meia-vida mais curto. Alternativa terapêutica em situações de resistência bacteriana, pacientes alérgicos à penicilina. Espectro de ação ampliado: G+, G –, aeróbios e anaeróbios. Não cobrem enterococos (exceto a 5ª geração). Reações adversas semelhantes à penicilina. Mecanismos de resistência semelhante à penicilina. 1ª geração é a mais segura em gestação e lactação. ª CEFALEXINA, CEFADROXILA, CEFAZOLINA, CEFALOTINA: VO – Cefalexina e Cefadroxila. IV – Cefazonlina e Cefalotina. Penetração ruim SNC. Cobertura: o G+ (strepto e staphylo comunitários - MSSA). Aplicação Prática: o Infecções de pele e de partes moles. o Infecções ósseas e de articulações. o Algumas profilaxias cirúrgicas: cirurgias limpas ou cirurgias potencialmente contaminadas. o Infecções por S. pneumoniae, S, pyogenes, S. agalactiae e S. viridans. o Não são utilizadas em infecções mais graves. ª CEFUROXIMA, CEFOXITINA, CEFACLOR: VO, IV/IM. Indução de β-lactamases – evitar monoterapia e profilaxia. Cefuroxima tem penetração em SNC. Cobertura: o Anaeróbios (única classe de cefalosporina com essa ação – cefoxitina. o Enterobactérias (comunitárias) – Enterobacter, Proteus, Klebisiella. o Haemophilos (hojejá resistente). Aplicação Prática: pouco usado: o Infecções por hemófilos, enterobactérias. o Anaeróbios – Cefoxitina. o Cefuroxima – profilaxias cirúrgicas. ª CEFTRIXONA, CEFOTAXIMA, CEFTAZIDIMA IV/IM. Excelente penetração SNC e líquidos teciduais. Ceftriaxona (Rocefin). Ação antipseudomonas: o Sem ação antipseudomonas: ceftriaxona e cefotaxima. o Com ação antipseudomonas: Ceftazidima. Cobertura: o Enterobactérias. o Neisserias. o Estrepto (sensíveis e resistentes). o Pseudomonas. Aplicação Prática: o Infecções por enterobactérias. o Ceftazidima – Infecções por pseudomonas (comunitárias). o Infecções por Neisseria (gonorreia e meningite). Ceftriaxona 1ª escolha para gonorreia. o Estrepto resistentes (pneumococo). o Ceftriaxona – Infecções por enterobactérias (E. Coli, Klebisiella, Shigella, Salmonella). ª CEFEPIME, CEFPIROMA Espectro de 1ª + 3ª = 4ª (usado principalmente, G-). IV. Usadas contra patógenos Gram – intra-hospitalares. Infecções graves. Cruzam a BHE. Vantagem: ↓ inativação pelas β-lactamases Amp-C. Opção: Piperacilina-Tazobactam (entratanto, cefepime é mais forte). Cobertura: o Enterobactérias (grupo PESC de resistência). o Neisserias. o Pseudomonas. o Estreptos (sensíveis e resistentes). o Hemófilos. o Staphylo MSSA. Aplicação Prática: o Infecções hospitalares – pneumonias nosocomiais o Neutropenia febril. o Infecções por enterobactérias. 8 GBS ª CEFTAROLINA E CEFTOBIPROLE: IV – uso hospitalar. Fármacos novos. Cobertura: o Vantagem: cobrem MRSA e enterecocos, mas sem ação relevante contra alguns anaeróbios. Aplicação Prática: o Ceftarolina: ação restrita contra G- mas sem ação antipseudomonas. o Ceftobiprole: ação contra G-, mas sem ação contra bacterioides. 9 GBS CARBAPENÊMICOS (β-lactâmico) Amplo Espectro: G+, G- e anaeróbios. Imipenem (IV): Toxicidade SNC - ↓limiar convulsinogênico (não usar em meningite). Possui mais ação G+ que os outros. Usado em associação com Cilastatina (inibe degradação renal). Cobertura: o Enterococos. o Staphylo (MSSA). o Listeria. o Enterobactérias. Meropenem (IV): Melhor cobertura para Pseudomonas aeruginosa. Boa penetração no SNC. Útil em meningite bacteriana por Gram – Útil em infecções por patógenos multirresistentes, principalmente, Acinetobacter, Citrobacter, Enterobacter. Fármaco de escolha para tratamento de infecções do SNC por superbactérias. Ertapenem (IV ou IM): Meia-vida 24h. Infecções abdominais e pélvicas. G+, enterobactérias e anaeróbios. MONOBACTÂMICO (β-lactâmico monocíclico) Cobertura G- Aztreonam (IV ou IM): Cobertura para Gram – Flebite no local de administração. Boa ação em enterobacteriacae, P. aurigenosa, KPC. 10 GBS IMIPENÉM, MEROPENÉM, ERTAPENÉM β-Lactâmico - Inibição da síntese de parede bacteriana. Espectro de ação amplo: G+, G –, Aeróbios e anaeróbios – do ponto de vista teórico (na prática usa-se de forma diferente, para G-). Mecanismos de resistência semelhantes ao de penicilinas e cefalosporinas. Usados para microrganismos com produção de β- lactamase, inclusive as mais resistentes. Usado em infecções hospitalares por patógenos produtores de superlactamases. 1. IMIPENÉM: Associado à Cilastatina (impede degradação do imipeném pela Dipeptidase Tubular Renal). Além disso, faz proteção renal. Costuma induzir resistência – por isso, uso restrito e controlado. Diminui o limiar convulsinogênico – não usar em infecções de SNC. Além de outros efeitos adversos. Cobertura: o Cocos Gram + (MSSA e Enterococos). o Haemophius, enterobactérias, pseudômonas, anaeróbios. Aplicação Prática: o Uso em espectro mais reduzido: o G-, como Enterobactérias e Pseudomonas resistentes (produtores de β-lactamases poderosas) e anaeróbios. o Uso em associação com Amicacina (aminoglicosídeo) para Pseudomonas. 2. MEROPENÉM: IV e meia-vida maior. Menos efeitos adversos que o Imipeném. Cobertura: o Cocos G+ (MSSA e enterococos). o Haemófilos, Enterobácterias, Pseudomonas. Anaeróbios. Aplicação Prática: o Alternativa ao Imipeném. o Uso em espectro mais reduzido: enterobactérias e pseudômonas resistentes (produtoras de β- lactamases poderosas) e anaeróbios. o Boa penetração SNC: uso em meningites por Gram – resistentes. 3. ERTAPENÉM: IV/IM. Tempo de meia-vida longo (1x/dia). É menos ativo que os outros carbapenêmicos contra P. auriginosa e Acineto do que os outros dois agentes. Sua vantagem consiste em uma administração única diária. Utilizados em infecções prolongadas por Gram – Possibilidade de uso domiciliar. Cobertura: o Cocos G+ (MSSA e enterococos). o Hemófilos. o Enterobactérias. o Pseudômonas. o Anaeróbios. Aplicação Prática: o Alternativa ao Imipeném. o Uso em espectro mais reduzido: enterobactérias e pseudômonas resistentes (produtoras de β- lactamases poderosas) e anaeróbios. AZTREONAM Anel b-lactâmico monocíclico. Pouca eficácia terapêutica. Uso limitado: ocorrência de flebite no local de aplicação e meia-vida curta exige doses frequentes. Espectro de ação relativamente curto (espectro semelhante aos amniglicosídeos). Cobertura: o Aeróbios G – o Não cobre bem patógenos hospitalares resistentes. o Quase não se usa na prática. 11 GBS → MECANISMO DE AÇÃO DAS QUINOLONAS: Inibição de duas enzimas: a DNA-girase (topoisomerase II) e a topoisomerase bacteriana IV. A inibição da topoisomerase II resulta em relaxamento do DNA, promovendo quebra da fita de DNA, já a inibição da topoisomerase IV faz a desestabilização cromossomal durante a divisão celular, interferindo assim na separação do DNA. Em bactérias G –, a inibição da DNA-girase é mais significativa do que a da topoisomerase IV, no entanto, nas G+ inibe-se a Topoisomerase IV. Ação Bacterícida. → EFEITOS ADVERSOS DAS QUINOLONAS: Fotoxidade. Distúrbios TGI e hepatotoxicidade. Distúrbios neurológicos: o Cefaleia e tontura. o Alterações transitórias de humor e do sono. Doença associada ao C. difficile. Erosão de cartilagem articular – evitar em < 18 anos. Prolongamento no intervalo QT (Torsades). → Não indicado em < 16/18 anos, gravidez (Categoria C) ou lactação! Apesar de amplos, os efeitos adversos são relativamente difíceis de aparecer. OBS: Em crianças é aprovado em algumas situações: o Infecções complicadas do trato urinário. o Prevenção da inalação do antraz. Farmacocinética: o Boa biodisponibilidade oral. o Grande volume de distribuição – inclusive ossos. → INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Evitadas em paciente em uso de varfarina. Aumenta níveis séricos de cafeína, ciclosporina e teofilina. Se VO não usar juntocom antiácidos de alumínio e magnésio. Uso concomitante com AINES pode aumentar chance de efeitos adversos no SNC. 1ª Geração Ácido Nilidíxico (quinolona não fluorada) Pequeno espectro de ação. 2ª Geração Ciprofloxacino (IV e VO). Norfloxacino Ofloxacino Espectro de ação (ambos): G – aeróbios e bactérias atípicas. Ciprofloxacino: o Boa cobertura de G – aeróbios como E. Coli, Klebisiella e Proteus. Norfloxacino: o Biodisponibilidade oral pobre e meia vida curta. o Tratamento de infecções não sistêmicas (ITU, prostatite, diarreia infecciosa). 3ª Geração Levofloxacino Moxifloxacino Maior atividade contra G+ Em geral, é eficaz contra infecções respiratórias que não respondem aos β-lactâmicos. Boa atividade contra S. pneumoniae (quinolona respiratória). Indicações: o Prostatites. o Infecções de pele. o PAC. o Pneumonia nosocomial. 4ª Geração Trovafloxacino Sitafloxacino Maior espectro de ação. Atividade contra G+ e anaeróbios. Boa atividade contra S. pneumoniae. Não é indicado para tto de ITU. 12 GBS ª ÁCIDO NALIDÍXICO Pouco uso na prática. Alta resistência. Cobertura: G – e enterobactérias. Aplicação prática: o Cistites e uretrites: infecções de TGU causadas por gram-negativos e enterobácterias (E. Coli). ª CIPROFLOXACINO, NORFLOXACINO E OFLOXACINO → Cobertura: Norfloxacino: o Cobre enterobactérias (exceto pseudomonas). Ciprofloxacino: o Gonococo e outros G – (tem ação para P. aureginosa – mas não é droga de escolha). o G+ (MSSA, não é bom para Strepto). o Atuam em clamídia e mycoplasma (atípicos). Ofloxacino: o Semelhante à Cipro, porém ↓ ação para P. aureginosa, ↑ação para micobactérias (algumas). Aplicação Prática: o Cistites/uretrites não complicadas e profilaxia para PBE – Norfloxacino (profilaxia PBE droga de escolha é ceftriaxona). o Uretrite, pielonefrite, prostatite e diarreias infecciosas – Ciprofloxacino. ª LEVOFLOXACINO E MOXIFLOXACINO Quinolonas respiratórias. Excelente penetração no parênquima pulmonar. Pega tudo da cipro e amplia. Não tem boa penetração em SNC. Cobertura: o G+ (Strepto e Sthapylo sensível). o G – (principalmente enterobactérias). o Boa cobertura para clamídia e micoplasma. Aplicação Prática: o IVAS, PAC (leves, graves) → cobrem pneumococo. o PAC por estáfilo comunitário. o Uretrite por clamídia/micoplasma. ª TROVAFLOXACINO E SITAFLOXACINO Características semelhantes às quinolonas respiratórias. Cobertura: o G+ (Strepto e Staphylo MSSA). o G – (incluindo pseudômonas). o Boa cobertura contra clamídia e micoplasma. o Espectro ampliado para anaeróbios. Aplicação Prática: o Pneumonias (leves e até grave). o Pielonefrite. o Prostatite. o Diarreias infecciosas. o Infecções mais graves. ATB para infecções do trato geniturinário. Nome comercial: Macrodantina. Relativamente seguro em gestantes e crianças. Muito usada em gestantes com falha terapêutica das cefalosporinas de 1ª (cefalexina) em tto de ITU. Categoria B na gestação. Caraterísticas: o Redução dos metabólitos reativos → leva a inativação de proteínas ribossomais + macromoléculas → consequentemente inibe: o Síntese proteica. o Síntese de parede celular. o Metabolismo aeróbio. o Síntese de DNA e RNA. Cobertura: o G+ (incluindo enterococos). o G – (E. Coli, pseudômonas, proteus, klebisiella, enterobactérias). Aplicação Prática: o Infecções de TGU (agudas e crônicas) – cistites, pielocistites e pielonefrite. 13 GBS VANCOMICINA E TEICOPLANINA Inibição de síntese de parede bacteriana: o Inibe síntese de peptideoglicano. o Desestabiliza membrana plasmática. o Altera permeabilidade da membrana. o Interfere na síntese de RNAm. o Sítios de ação distintos dos β-lactâmicos. Com aparecimento de cepas resistentes, é importante retardar o aumento de bactérias resistentes à vancomicina (ex: Enterococcus feacium e Enterococcus faecalis), restringindo o uso da Vancomicina para microrganismos G+ resistentes aos β-lactâmicos ou para pacientes com infecções graves por G+ que tenham alergia grave aos β- lactâmicos. Espectro de Ação CURTO: o G+ principalmente, MRSA (Strepto, Staphylo, Enterococos e alguns anaeróbios – Clostridium). → VANCOMICINA Uso clínico restrito à ambiente hospitalar. IV (Vancomicina VO antigamente usada para TTO colite pseudomembranosa. Hoje, a melhor droga para isso é Metronidazol). Atravessa BHE. EF ADV: o Síndrome do homem vermelho (não é reação alérgica, deve-se ao efeito tóxico da vanco sobre os mastócitos, geralmente não observada em teicoplanina. Evitada com tempo infusão ↑). o Nefrotoxicidade. o Ototoxicidade (em altas doses). Cobertura: Sthapylo Resistente, Strepto, Enterecocos e Clostridium. Aplicação Prática: o Infecções por Sthapylo resistentes (MRSA): geralmente são hospitalares – vanco é droga de escolha. o Associação com Gentamicina para cobrir enterococos resistentes. o Alternativa a Vanco: Ampi+Sulbactam, Linezolida, Daptomicina ou Estreptograminas. o Contra clostridium: metronidazol. Sthapylo Sensível (MSSA) → Oxacilina (1ª escolha). Se quiser trocar para VO pode usar Amox+Clavulanato. Sthapylo Resistente (MRSA) → Vancomicina (1ª escolha). 2ª escolha: Linezolida ou Daptomicina. → TEICOPLANINA: Uso clínico restrito ao ambiente hospitalar. IV, IM. Meia-vida mais longa. Possibilidade de uso ambulatorial em casos de infecções prolongadas. Cobertura: o Strepto, Sthapylo, enterococos e anaeróbios (Clostridium). Aplicação Prática: o Alternativa à Vanco. o Infecções por MRSA. o Sthapylo de resistência intermediária: preferir Linezolida ou Daptomicina. Glicopeptídeos Vancomicina. Teicoplanina. Mec Ação: inibe a síntese de parede celular (por via diferente dos β-lactâmicos). Lipopeptídeos Daptomicina. Mec Ação: inibe a síntese de parede celular pela desestabilização da membrana. Oxazolididonas Linezolida Mec Ação: inibe a síntese de proteínas. 14 GBS Mec Ação: despolarização do potencial de membrana. Inibição da síntese proteica do DNA e RNA. IV. Novo e de alto custo. EF ADV: o Lesão de sistema musculoesquelético. o Pneumonia eosinofílica. o Neuropatia periférica. Cobertura: o MRSA e enterococos (incluindo os resistentes aos glicopeptídeos), além de Strepto e Clostridium. Aplicação Prática: o Alternativa à Vancomicina nos casos de resistência dos Enterecocos e Sthapylo. Mec Ação: inibição da síntese proteica. Efeito bacteriostático. IV ou VO. EF ADV: o Toxicidade hematológica. o TGI. o Inibidor fraco da MAO. Cobertura: o MRSA e enterococos (incluindo os resistentes aos glicopeptídeos), além de Strepto e Clostridium. Aplicação Prática: o Alternativa à Vancomicina nos casos de resistência dos Enterococos e Sthapylo. 15 GBS → CARACTERÍSTICASGERAIS: Boa estabilidade contra mecanismos de resistência (entretanto, os mecanismos de resistência existentes são: inativação enzimática e impermeabilidade de membrana). Efeito pós-antibiótico (persistência do efeito antimicrobiano mesmo após queda da concentração inibitória mínima). Penetração ruim no SNC e demais tecidos. Exceto em córtex renal e estruturas de ouvido interno (por isso, as toxicidades). Dificilmente, são usados em monoterapia. Sinergismo com outros ATB: o Gentamicina + β-lactâmico para G+ o Amicacina + β-lactâmico para G – → GENTAMICINA E AMICACINA: VO, Parenteral e tópica. Ineficazes contra G+ e anaeróbios. Cobertura semelhante ao Ciprofloxacino e Cefalosporinas de 3ª geração. Cobertura: o G – Pseudomonas e haemophilus. Enterobactérias (E. Coli, Klebisiella, Proteus, Serratia). Aplicação Prática: o Infecções graves por aeróbios Gram Negativos. o ITR, sepse, infecções intra-abdominais e possivelmente em ITU complicada. o Uso em associação com β-lactâmicos para sinergismo. Representantes Mec. Ação Espectro de Ação Efeitos Adversos Gentamicina. Amicacina. Neomicina. Tobramicina. Estreptomicina. Espectinomicina. Inibidores da síntese proteica (subunidade 30S – menor). Porém, tem efeito bactericida (dose- dependente). Possui efeito pós- antimicrobiano. Por penetração celular bacteriana pelas proteínas de membrana + O2 (bactérias aeróbias apenas). Limitações em anaerobiose (abscessos, urina hiperosmolar ácida, ↓pH). G – aeróbios. Pouco efeito em G+ aeróbios. Micobactérias. Uso Clínico: o Infecções G+ selecionadas o Infecções graves por bacilos G – aeróbios. o Infecções por micobactérias. Ototoxicidade (pode ser irreversível, vertigens, ataxia, perda de equilíbrio, distúrbios auditivos, surdez). Nefrotoxicidade (reversível, ↓TFG e NTA). Urticária. Paralisia muscular (raro). CI na gestação! 16 GBS → CARACTERÍSTICAS GERAIS: Drogas seguras: gestantes, lactantes e crianças. Reações adversas mais comuns são de TGI. São alternativas terapêuticas em situações de alergia aos β-lactâmicos. Interações medicamentosas (Metabolização pelo citocromo P450). o Atorvastatina. o Carbamazepina. o Ciclosporina. o Sinvastatina. o Teofilina. o Valproato. o Varfarina. o Inibidores de proteases. ↘ Aumenta concentração sérica destes fármacos se em uso concomitante com macrolídeos. ↘ Azitromicina é a que possui menos interações. Drogas de 2ª escolha para diversas infecções: o G+ → Strepto e Sthapylo sensíveis (IVAS, PAC, Infecções de pele, Acne). Não pega enterococo (semelhante a cefalosporina de 1ª geração). o G – → DIP e algumas IST (cancro mole, LGV, donovanose, corrimento uretral não-gonocócico). o Atípicos → M. avium (normalmente, em HIV+) e Toxoplasma gondii. 1. ERITROMICINA: Droga antiga. VO e creme tópico. Meia-vida curta (6h). Não muito usada na prática. Baixa tolerância TGI. Cobertura: o G+, G –, Clamídia, micoplasma, H. pilory, Campylobacter jejuni, Bordetella pertussis, micobactérias, protozoários. Aplicação Prática: o Infecções de pele, sobretudo acnes (G+ → Strepto e MSSA). 2. CLARITROMICINA: Droga mais nova. VO e IV. Tempo de meia-vida maior (12h). Maior tolerância gastrointestinal. Uso em associação. Cobertura: o G+, G –, Clamídia, micoplasma, H. pilory, Campylobacter jejuni, Bordetella pertussis, micobactérias, protozoários. Aplicação Prática: o PAC → G+ (Strepto sensíveis, normalmente associado a cefalosporina). o Infecções por M. avium e H. pylori. Representantes Mec. Ação Espectro e Aplicação Efeitos Adversos Eritromicina: o 1ª da classe. o Alternativa em pcte alérgicos penicilinas. Azitromicina, Claritromicina e Espiramicina: o Derivados semissintéticos da eritromicina (neomacrolídeos). o Melhor absorção oral, tolerância e propriedades farmacocinéticas. Telitromicina: o Derivado semissintético da eritromicina. o Cetolídeo. o Possui ação contra algumas cepas resistentes aos outros macrolídeos. Inibição da síntese proteica (unidade 50S). Efeito bacteriostático, porém pode ser bactericida em doses elevadas. Sitio de ação é semelhante às lincosamidas (clindamicina) e anfenicóis → competição pelos sítios de ação – por isso, não usar de forma concomitante. G – G+ Micobactérias Usos Clínicos: o Infecções do trato respiratório. o Infecções por micobactérias (como M. avium e M. abscessus). o ISTs. Toxicidade TGI. Hepatotoxicidade (azitromicina, telitromicina). Prolongamento QT (raro). Ototoxicidade (raro). 17 GBS 3. AZITROMICINA: Droga mais nova. VO. Tempo de meia-vida mais longa (24h): 1x/dia. Maior tolerância TGI e menos interações medicamentosas. ↑ concentração tecidual + ↓ concentração sérica. Cobertura: o G+, G –, Clamídia, micoplasma, H. pilory, Campylobacter jejuni, Bordetella pertussis, micobactérias, protozoários. Aplicação Prática: o PAC → G+ (Estrepto sensíveis). Em associação com β-lactâmico. o Uretrites mistas e uretrites não-gonocócicas (também em associação). o Profilaxias (endocardite, febre reumática e erisipelas). 4. ESPIRAMICINA: VO. Maior tolerância gastrointestinal e menos interações. Cobertura: o G+, G –, Clamídia, micoplasma, H. pilory, Campylobacter jejuni, Bordetella pertussis, micobactérias, protozoários. Aplicação Prática: o Toxoplasma gondii – infecções na gestação. → OBS: Erradicação do H. Pilory: IBP + Amox 1g + Claritromicina 500mg (combinação completa por 2x/dia, 14 dias) Seguir com IBP por mais 4-6 semanas. Retratamento: o IBP (2x/dia) + Amox 1g (2x/dia) + Levofloxacino 500mg (1x/dia), por 10 dias. 18 GBS → CARACTERÍSTICAS GERAIS: Drogas seguras (gestantes, lactantes e crianças). Reações adversas mais comuns são TGI (náusea e vômitos, diarreia e colite pseudomembranosa – colite não é tão comum). Colite pseudomembranosa: seleciona o C. difficile da microbiota normal e a endotoxina deste causa lesão intestinal. VO, IV. Não penetra SNC, mas penetra ossos. Meia-vida 3h, entretanto posologia 6/6h (efeito pós- biótico). É alternativa terapêutica para: o Penicilinas e macrolídeos: G+ (Strepto e Sthapylo sensíveis, cobre na mesma proporção os dois). o S. pyogenes – fasciíte necrotizante → Clinda é droga de escolha. o Anaeróbios. o Cobre pneumocytis (pneumocistose) – 1ª linha é SMT-TMP, caso não possa usar, 2ª escolha é clindamicina. Aplicação Clínica: o Infecções de pele ou partes moles → ênfase miosite e fasciíte necrotizante S. pyogenis. o Osteomielites (por MSSA). o Infecções por anaeróbios (pelve, intra-abdominal, região torácica, cabeça e pescoço). o 2ª linha para toxoplasma, plasmódios, pneumocystis (usar em associação no caso de pacientes alérgicos ou com CI à primeira linha de tratamento dessas patologias). Representante Mec. Ação Cobertura Uso ClínicoInterações Med. Eventos Adversos Clindamicina Lincomicina Inibe síntese proteica (unidade 50s). Efeito bacteriostático. Anaeróbios estritos (anaeróbios TGI e do ambiente). Cocos aeróbios G+ Penetração ruim no SNC, mas boa penetração em tecido ósseo. NÃO possui atividade contra Neisserias (nem meningococo nem gonococo). Nem atividade contra enterococos ou bacilos G- entéricos. Infecções por anaeróbios: fasciítes, celulites necrotizantes, sinusite crônica, abscessos, pneumonia por aspiração, abscessos e etc. Pode ser usada como alternativa em infecções por cocos G+: Sthapylo e Strepto. Rifampicina (↓ concentração clindamicina). Macrolídeos. Colite pseudomembranosa. Diarreia, vômitos. Alteração de Enzimas hepáticas. Eosinofilia. Leucopenia. Rash. Sínd. Steven-Johnson (raro). 19 GBS → Cobertura: Anaeróbios Estritos: o Principalmente, Clostridium e Bacteroides. Protozoários: o Giárdias, Entamoeba, Tricomonas. → Aplicação Prática: Colite pseudomembranosa – 1ª escolha. Abscessos, fasciítes, mordeduras de animais. Pneumonias Aspirativas. Tricomoníase – 1ª escolha (2g, VO, dose única ou 500mg, 12/12h por 7 dias). Infecções por giárdia, entamoebas e tricomonas. Tipo Representantes Antiprotozoários e Anaerobicidas Metronidazol. Secnidazol. Mec Ação: Produção de radicais livres tóxicos ao microrganismo (nas bactérias anaeróbias: oxirredução → metabólito tóxico → lise) Efeito bactericida. Meia-vida 8h (sem efeito pós-antibiótico). Possui ação contra bactérias anaeróbias, bactérias microaerófilas e protozoários. Ótima penetração tecidual. Seguro para Gestantes (Categoria B). Resistência baixa em bactérias anaeróbios, entretanto muitos protozoários são resistentes. Interações Medicamentosas amplas, principalmente aumentar ação da varfarina (atenção ao uso concomitante Metronidazol + Varfarina). Efeitos Adversos: o Náuseas. o Distúrbios TGI. o Gosto metálico na boca (em lactação passa pelo leite). o Escurecimento da urina. o Reações tipo dissulfiram. Antifúngicos Cetoconazol. Miconazol. Itraconazol. Fluconazol. Clotrimazol. Antihelmínticos Albendazol. Mebendazol. Tiabendazol. 20 GBS VO, Parenteral, tópico. Risco benefício considerando a toxicidade alta. Cobertura: o G+ (Strepto, mas não cobre Sthapylo). o G – (como Neisserias, Shiguella, Slamonella, Haemophilus – uma das melhores opções para hemífilos, mas não cobre pseudômonas). o Anaeróbios (bacterioides) e atípicos. Aplicação Prática (Alternativa Terapêutica): o Meningites por pneumococo, meningococo e hemófillos. o Febre Tifoide → Salmonella. o Disenteria por Shiguella. Representante Características Cloranfenicol Tianfenicol Mec Ação: inibe a síntese de proteínas (subunidade 50S) → mecanismo de ação semelhante aos macrolídeos e lincosamidas (não fazer concomitante). Efeito bacteriostático (pode ser bactericida em algumas situações). Excelente penetração tecidual (incluindo SNC e barreira feto-placentária). Grande quantidade de efeitos tóxicos: o Gestante – contraindicado (teratogênese fetal). o Lactantes – contraindicado (síndrome do bebê cinzento, pois é excretado no leite). ATB de amplo espectro → G+, G –, Rickettsiae. Uso restrito à infecções de alto risco. Interações Medicamentosas: inibição do citocromo P450: ↑ meia-vida de varvarina, fenitoína, antirretrovirais, clorpramida, rifabutina, tolbutamida. Efeitos Adversos: o Toxicidade Hematológica: discrasias sanguíneas graves e fatais. o Anemia Aplásica (reversível/transitória x irreversível/fetal – rara), maioria dos casos são transitórios e dose-dependente. o Síndrome do Bebê Cinzento: RN expostos a doses excessivas, 5-10 dias após contato medicamento, hipotonia e flacidez generalizada, alta mortalidade. Usos Clínicos: o Exacerbações de Fibrose Cística. o Bacteremia. o Doenças por riquetsias (transmitidas por carrapatos). o Meningite bacteriana. 21 GBS → MECANISMO DE AÇÃO: Bloqueio da síntese de ácido fólico do microrganismo → consequentemente impede duplicação de DNA. Sulfonamida compete com PABA e inibe a primeira enzima do processo. Trimetropim: bloqueia etapa posterior. Bactericida X Bacterióstico: o Sulfonamida em monoterapia: bacteriostático. o Sulfonamida + Trimetropim: bactericida. → CARACTERÍSTICAS GERAIS: Boa penetração tecidual (em líquidos corporais, SNC e atravessa barreira feto-placentária alcançando circulação fetal). Resistência Bacteriana: o ↑Produção de PABA. o Alteração enzimática por mutação. o Enzimas de baixa afinidade. o Não costuma ter resistência as quinolonas e aminoglicosídeos (que possuem mesmo espectro das sulfas). → EFEITOS ADVERSOS: Sinais e sintomas constitucionais. Erupções cutâneas. Cristalúria (com sulfas mais antigas). Distúrbios hematológicos (anemia hemolítica aguda) Kernicterus (↑ anemia hemolítica, sulfa tem alta avidez por albumina, desloca bilirrubina indireta, aumentada pela hemólise, levando a impregnação no SNC). Contraindicações: o Gestação, principalmente último mês de gestação. o Lactação. Cura duração Sulfadiazina Duração Intermediária Sulfametaxazol-Trimetoprim (Bactrin) Longa Duração Sulfadoxina Ação Gastrointestinal Mesalazina (ação anti-inflamatória na doença de Crohn e retocolite ulcerativa). Ação Imunossupressora Sulfasalazina (associada à hidroxicloroquina e ao MTX no tto de artrite reumatoide). 22 GBS → Cobertura: o G+ (Sthaylo MSSA e MRSA – exceção Sthaylo resistente, porém de comunidade). o G – (enterobactérias – principalmente E. Coli). o Bactérias superiores (nocardia). o Fungos e protozoários. → Aplicação Prática: o ITU, IVAS (Sthaylo), infecção de pele e partes moles. o Doenças oportunistas do HIV (pneumocistose, isosporidíase etc). o Toxoplasmose – 1ª linha (SMT-TMP + Pirimetamina). → Aplicação Prática: o Queimaduras: ação antimicrobiana (leve), mas possui ação cicatrizante. o Em queimaduras não está indicado antibioticoterapia além da Sulfadiazina de Prata. 23 GBS → Drogas pouco seguras: Gestantes: contraindicado (toxicidade fetal). Crianças < 8 anos: contraindicado (descoloração dentária e possível atraso de crescimento ósseo). → São drogas com baixa tolerância gastrointestinal (náusea, vômitos, diarreia, úlceras gastroesofágica). → Cuidados com administração: o Evitar adm com algumas substâncias(Ca, Fe, Al, Mg – evitar por exemplo, leite). o Compostos quelantes: ↓absorção do ATB pelo TGI. → Mecanismos de Resistência: o G+ (geralmente ↓ afinidade do ribossomo). o G – (bomba de efluxo). o Uso atual limitado. → Normalmente, usados como alternativas terapêuticas à penicilina e macrolídeos. Cobertura Geral das Tetraciclinas: o G+ (principalmente, pneumococo). o G – (neisserias, hemófilos). o Atípicos. VO. Característica principal é cobrir bactérias atípicas. Cobertura: o G+ (pneumococo). o G – (neisserias, hemófilos e algumas enterobactérias). o Atípicos: clamídia, micoplasma, ureaplasma, ricketsias, treponema e leptospira. o Anaeróbios (bacterioides). Aplicação Prática: o IST – Clámidia (1ª opção: 100mg, 12/12h, 7 dias). o PAC por patógenos atípicos (ou alternativa a PAC por pneumococo). o Sífilis – alternativa à penicilina G benzatina. o Leptospirose. o Febre maculosa (agente é Ricketsia). o Cólera. IV (diferente da doxiciclina). Mesma cobertura da doxiciclina. Aplicação Prática: o Inf. pulmonares → boa penetração pulmonar. o Infecções por patógenos atípicos, ou por pneumococo (maior potência do que doxi), por G – e por anaeróbios. o Infecções de pele/partes moles por KPC. Representantes Características Espectro de Ação Efeitos Adversos Tetraciclina. Doxiciclina. Minociclina. Tigeciclina. Mec Ação: inibidores de síntese proteica (unidade 30S). Bacteriostática. Penetração ruim no SNC, porém boa penetração dos demais tecidos e líquidos corporais (bile, pulmões, sinóvia). Atravessa barreira feto-placentária. G+ aeróbios. G – aeróbios. Patógenos atípicos. Doxiciclina: o Infecções por Rickettsia. o Infecções por Clamídia. o Diarreia do viajante. o Doença de Lyme recente. o Malária resistente à cloroquina. Acúmulo em dentes e ossos. Fototoxicidade. Hepatotoxicidade. Nefrotoxicidade. Efeitos TGI. Reações alérgicas e cutâneas. Contraindicações: o Gestantes. o Crianças < 8 anos. 24 GBS – 25 GBS – 26 GBS
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