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RESUMO ANNA CLARA - XXXI SEMIOLOGIA O exame clínico tem papel importante para: Formular hipóteses diagnósticas Estabelecer boa RMP. E para tomar decisões. - Apresentar-se para o paciente. - O que o senhor está sentindo? Qual é o seu problema? O que posso ajudar? IDENTIFICAÇÃO 1. Nome completo (não usar pct leito 3) 2. Idade 3. Sexo 4. Cor/raça Leucoderma=branco Faioderma = pardo Melanoderma = negro/preto 5. Estado civil 6. Profissão 7. Naturalidade 8. Residência (atual e anterior) 9. Escolaridade 10. Nome da mãe QUEIXA PRINCIPAL O que mais incomoda o paciente, com as palavras do paciente (expressões entre aspas). Qual é o motivo da consulta? HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL Narrativa dos problemas Termos técnicos Marca a época do início Escrever de maneira objetiva, crítica, completa Como começou? Onde começou? Com que frequência? Como evoluiu? Qual local? Relacionar sintomas guias a sintomas secundários Fatores agravantes e atenuantes Situação atual do sintoma Duração do sintoma HISTÓRIA PREGRESSA Tudo que o paciente traz com ele Estado de saúde atual Doenças da infância Doenças da vida adulta Lesões, acidentes, cirurgias, alergias. Hospitalizações, imunizações (vacina), transfusão. Toma algum medicamento? Gestações e partos História sexual Medidas contraceptivas Exames laboratoriais HISTÓRIA FAMILIAR Saúde da família (vivos e mortos) Doença hereditária Mortos: identificar causa e idade Enxaqueca, hipertensão, diabetes, tuberculose, câncer, alergia, rins, coração RESUMO ANNA CLARA - XXXI HISTÓRIA SOCIAL Condições de habitação: asfalto, luz, água encanada, esgoto, casa de alvenaria Condições financeiras Saúde mental Se alimenta bem? Bebe água com frequência? Água filtrada? Higiene (banho, dente, limpeza da casa) Sono – dorme bem? Tabagista? Etilista? Faz uso de drogas ilícitas? Vida conjugal Faz atividade física? O que costuma fazer no dia a dia? Mora com quem? Tem uma boa relação? Quantas pessoas moram na mesma casa? Viaja? – vida social Examinador à direita do paciente Entretanto o médico não necessita permanecer fixo nesta posição podendo deslocar- se livremente como lhe convier. Visualização de hérnias e desvios da coluna RESUMO ANNA CLARA - XXXI *POSIÇÕES ESPECIAIS* Trendelemburg É uma variação da posição de decúbito dorsal, onde a parte superior do dorso é abaixada e os pés são elevados. Mantém as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal. Posição utilizada para cirurgias de órgãos pélvicos, estados de choque e laparotomia (investigação) de abdome inferior. Posição de sims: decúbito lateral direito ou esquerdo com as pernas fletidas Toque retal e colonoscopia Exames vaginais e retais Posição ginecológica ou de litotomia A ectoscopia começa logo no primeiro contato com o paciente. Consiste na observação detalhada e clínica do paciente como um tudo (geralmente o médico utiliza apenas a visão). Sistematização do exame Físico Geral Estado geral bom: mesmo doente o paciente mantém o aspecto físico intelectual e emocional com sua idade e condição social Estado geral regular: paciente que manifesta sinais de doença, mas não se encontra prostrado nem teve sua condição nutricional e consciência significativamente alterada. Estado geral ruim: pode evoluir para óbito. Evidencia clínica de perda de peso, alteração do nível de consciência.(CTI) Nível de consciência Percepção do mundo exterior e de si mesmo. O nível e conteúdo da consciência não podem ser avaliados adequadamente no paciente sedado. RESUMO ANNA CLARA - XXXI a) Acordado b) Sonolento – facilmente despertado c) Torporoso - alteração mais pronunciada da consciência, pouco participativo, respondendo aos pequenos estímulos e mantendo-se acordado por pouco tempo se não estimulado: despertar difícil, logo voltando a dormir. d) Comatoso - não pode ser despertado, deve ser seguida a Escala Coma Glasgow. – avaliar orientação temporal (data e hora) e espacial (local em que o paciente está). Escala de Coma de Glasgow Medida clínica objetiva da gravidade da lesão cerebral em pacientes, incluindo os politraumatizados. A publicação das atualizações orienta pressão no leito ungueal, por 10 segundos, para avaliar resposta ocular. Locais para estímulo de pressão além do leito ungueal: trapézio e incisura supraorbitária, sendo estes últimos usados na resposta motora. RESUMO ANNA CLARA - XXXI Decorticação A rigidez da decorticação consiste na flexão dos braços, dos punhos e dedos com adução do membro superior e extensão do membro inferior. São típicas de lesões no mesencéfalo. Descerebração A rigidez da descerebração consiste em ortótono (posição ereta do corpo) com os dentes cerrados, os braços estendidos e rígidos, aduzidos e hiperpronados e os membros inferiores estendidos. Quando a lesão progride no sentido da medula espinhal (caudal), verificamos atonia (fraqueza) muscula e apnéia (parada respiratória), hipotensão arterial, com comprometimento do bulbo. ESCALA Mínimo: 3, coma profundo Mínimo 1 ponto na ECG-RP Máximo:15 normal Menor ou igual a 8: comatoso Maior que 8 abrindo olhos aos estímulos táteis: torporoso Maior que 8 abrindo olhos aos chamados e permanecendo acordado quando solicitado: Sonolento 3-8: TCE Grave (intubar) 9-13: TCE Moderado 14-15: TCE leve É o conjunto de dados exibidos na face do paciente, resultante dos traços anatômicos mais a expressão fisionômica que induzem direta ou indiretamente ao raciocínio sindrômico. Fácies atípica ou normal: Fácies hipocrática Rosto magro; Olhos fundos, parados e inexpressivos; Nariz afilado, podendo ter batimento de asas nasais; Lábios adelgaçados (finos); Palidez cutânea com tendência a leve sudorese; Discreta cianose labial; Indica doença grave, geralmente crônica e terminal, denotando sofrimento. RESUMO ANNA CLARA - XXXI Fáceis renal Edema peri-orbitário acentuado, podendo ou não ter edema cerebral; Palidez cutâneo-mucosa; Doenças renais difusas, principalmente síndrome nefrótica. Fáceis leoninas Pele espessa com lesões dermatológicas (lepromas) predominando em fronte; Nariz e lábios espessados e alargados; Ausência de supercílios e pêlos faciais; Deformidade de bochechas e mento com formações nodulares; Aspecto de “cara de leão”; Hanseníase Fáceis adenoidiana Nariz pequeno e afilado; Boca permanentemente entreaberta com respiração bucal Rinorréia constante com reflexo de “fungar” presente; Indica obstrução nasal, geralmente adenoidiana (hipertrofia da adenoide). Fáceis parkinsonianas Ausência de expressividade; Olhar fixo com supercílios elevados e fronte enrugada, dando expressão de espanto; Cabeça inclinada para frente; Imobilidade; Máscara facial (sem expressividade facial); Ataxia discreta (perda de coordenação motora – alteração da marcha); Síndrome parkinsoniana. RESUMO ANNA CLARA - XXXI Fáceis basedowiana Protusão do globo ocular (exoftalmia): traço mais característico; Cabelos finos e brilhantes - pode haver madarose (perda dos cílios ou da sobrancelha); Olhos e mucosas brilhantes; Presença de agitação e vivacidade; Presençade bócio tireoidiano; Metabolismo acelerado; Sinais clínicos de hipertireoidismo. Fáceis mixedematosa Olhos inexpressivos com pálpebras enrugadas e infiltradas; Rosto arredondado Supercílio escasso com cabelo seco e sem brilho; Nariz e lábios grossos; Pele seca e espessada com acentuação dos sulcos; Expressão de desânimo e apatia (falta de emoção, motivação e entusiasmo); Metabolismo baixo; Indica hipotireoidismo. Fáceis acromegálicas Aumento dos tecidos moles do nariz, das orelhas e dos lábios; Cabeça alongada com proeminência óssea na testa, nariz e mandíbula; Características faciais com aspecto grosseiro; Aumento do hormônio do crescimento (Adenoma hipofisário) Fáceis cushingóide ou de lua-cheia Rosto arredondado Hipertricose (aumento da pilosidade, surge em locais normais) e hirsutismo (crescimento anormal de pelos em áreas pouco comuns). Fácies de lua cheia; Acne Hipercortisolismo (síndrome de Cushing por hiperfunção da suprarrenal ou uso de corticóide). Fáceis mongoloides(sindrômica) Prega cutânea (epicanto) que torna os olhos oblíquos Olhos bem distantes um do outro, lembrando os olhos dos chineses; Rosto redondo; Boca quase sempre entreaberta; RESUMO ANNA CLARA - XXXI Expressão fisionômica de pouca inteligência Síndrome de Down (Fáceis de Down) Fáceis de depressão Características deste tipo de fácies estão na expressividade do rosto; Olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante Olhar voltado para o chão; Sulco nasolabial se acentua; Denota indiferença, tristeza e sofrimento moral. Fáceis da paralisia facial periférica Face assimétrica, com impossibilidade de fechar as pálpebras; Repuxamento da boca para o lado são; Apagamento do sulco nasolabial. Pode ocorrer, caso tenha contato com herpes vírus, apenas um lado é afetado pois há compressão do nervo. Fáceis miastêmica Ptose (músculo da pálpebra caída) palpebral bilateral; Ocorre em miastenia (fraqueza e fadiga muscular) grave ou outras miopatias que comprometem os músculos da pálpebra superior. Fáceis esclerodérmicas Fácies de múmia Afilamento do nariz Imobilização da pálpebra Imobilidade facial Fisionomia inexpressiva Esclodermia: doença auto-imune, dedos lisos (salsicha) Fáceis lúpica Eretrema em asa de borboleta (rubor/vermelhidão). RESUMO ANNA CLARA - XXXI Fáceis angioderma desfigurante Edema em alguma região da face, geralmente em partes moles. Podem ocorrer em reações alérgicas, pode levar complicações no trato respiratório. Atitude: posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o objetivo de conseguir alívio para algum padecimento. Pode ser classificada em: • Ativa (posição assumida espontaneamente) • Passiva (Impossibilidade do pct mudar de posição sem auxílio de outra pessoa) • Antálgica (adotada para alívio da dor) Podem ser voluntárias e involuntárias: • Atitudes voluntárias: são posições conscientemente adotadas pelo paciente (Ortopnéia, genupeitoral, cócoras e diferentes decúbitos). • Atitudes involuntárias: são posições adotadas independente da vontade do paciente ou resultantes de estímulos cerebrais (Atitude passiva, opistótono, ortótono, emprostótono, pleurostótono). -Atitudes voluntárias ATITUDE GENUPEITORAL Facilita o enchimento cardíaco nos casos de derrame pericárdico. ATITUDE ORTOPNEICA Alivia a dispnéia secundária a insuficiência cardíaca, Asma brônquica e Ascites volumosas, atelectasia pulmonar ou em qualquer doença que cause dispnéia. ATITUDE DE CÓCORAS Crianças com cardiopatia congênita cianótica (tetralogia de Fallot em particular) por diminuir retorno venoso e melhorar a hipoxemia. RESUMO ANNA CLARA - XXXI ATITUDE PARKISONIANA Semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores. ATITUDE EM DECÚBITO Decúbito preferido no leito: posição adotada pelo pct para alívio de algum padecimento e não por hábito ou preferência; Decúbito lateral: Dor de origem pleurítica (Pct deita-se sobre o lado da dor) Decúbito Dorsal Decúbito Ventral - Atitudes involuntárias ORTÓTONO Todo o tronco e membros estão rígidos, sem se curvarem para diante, traz ou para os lados (posição retilínea rígida). OPISTÓTONO Atitude decorrente da contratura da musculatura lombar. O corpo se apoia na cabeça e calcanhares, emborcando- se como um arco. Tétano, meningite. EMPROSTÓTONO É o contrário do opistótono. Os pacientes se curvam para frente apoiando-se apenas na região frontal e ponta dos pés. Tétano, meningite e raiva. PLEUROSTÓTONO Observação rara no tétano, meningite e raiva. O corpo se curva lateralmente. RESUMO ANNA CLARA - XXXI O biotipo é determinado através do Ângulo de Charpy: Coloca-se os polegares abaixo do gradil Costal bilateralmente e observa-se o ângulo formado. O indivíduo pode apresentar as seguintes características morfológicas: - Brevilíneo - Longilíneo - Normolíneo Examinar: Mucosas conjuntivais (olhos), labiobucal, lingual e gengival. Avaliar: Coloração, Umidade, Presença de lesões (feridas podem sugerir algum câncer). Coloração Normocoradas; : anemia Hipocoradas - 1+/4+ ou +/++++; - 2+/4+ ou ++/++++; - 3+/4+ ou +++/++++; - 4+/4+ ou ++++/++++; : ocorre nos processos Hipercoradas inflamatórios: conjuntivites, glossites e nas Policitemias (Poliglobulia secundária a dç respiratória, poliglobulia de grandes altitudes, Policitemia Vera). Cianóticas: coloração azulada. A hemoglobina não saturada promove uma queda de O2 no sangue dando essa cor azulada. : .....+/+4 (amareladas ou Ictéricas amarelo-esverdeadas): Impregnação pelo pigmento bilirrubínico (degradação das hemácias) aumentado no sangue. Locais mais adequados para detectar: Esclera, mucosa conjuntival e freio da língua. Obs.: Nas pessoas negras a esclerótica costuma apresentar coloração amarelada que não deve ser confundida com icterícia. Hidratação Níveis de umidificação, relação de cor e brilho - Mucosa: Hidratada Desidratada ........+/4+
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