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gestão social slide 1

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Gestão social em debate. 
Professora Mestra Naiara Holanda 
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O que é a gestão social? 
• A gestão social é a gestão das ações sociais. 
• Sendo assim a gestão social é gerir as demandas sociais da sociedade. 
 
 QUE DEMANDAS?? A QUESTÃO SOCIAL!!! 
 
Desemprego 
Fome 
Saúde 
Educação 
Segurança 
2 
• A Gestão Social funda-se na concepção de um Estado 
Social de Direito e, portanto, comprometido com a 
cidadania de todos os cidadãos de uma nação. Ancora-se 
em princípios constitucionais que dão forma e conteúdo às 
políticas, programas e aos serviços públicos. Reconhece no 
Estado a autoridade reguladora das ações públicas. 
 
• Usualmente o termo Gestão Social pública é aplicado 
tanto à Gestão Social de iniciativas do Estado quanto 
aquelas 
oriundas da sociedade civil, pela via de suas organizações e 
movimentos sociais com caráter público não estatal. 
 
3 
• A Gestão Social2 tem significado abrangente não se 
reduzindo apenas à gerência técnico-administrativa de 
serviços e programas sociais. Refere-se 
fundamentalmente à governança das políticas e 
programas sociais públicos; intervêm na qualidade de 
bem estar ofertada pela nação; na cultura política 
impregnada no fazer social; nas prioridades 
inscritas na agenda política; nos processos de tomada 
de decisão e implantação de políticas e programas 
sociais; nos processos de adesão dos sujeitos sociais 
implicados. 
 
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Neste sentido a política social está dentro da gestão social, 
porque a política social é a principal ferramenta de 
intervenção nas demandas sociais da sociedade. 
A Política social dentro da gestão social é a ferramenta de 
EXECUTABILIDADE das ações do Estado, as quais se 
expressam por meio dos programas e projetos sociais. 
Os programas sociais são canais de respostas as 
necessidades e demandas sociais. Estes se 
apresentam como ferramentas da política social a 
partir do reconhecimento da QUESTÃO SOCIAL pelo 
ESTADO! 
A gestão social e a política social. 
5 
• As políticas sociais funcionam como filtros redistributivos de 
proteção social e desenvolvimento de seus cidadãos. É no desenho 
e conteúdo da política social que se voltam as maiores expectativas 
por redução das desigualdades, enfrentamento à pobreza e 
oportunidade efetiva de inclusão social 
de grande parcela de sua população. 
 
• Foi no ultimo século, propriamente, que as necessidades e 
demandas dos cidadãos foram reconhecidas como legítimas, 
constituindo-se em direitos e apresentando-se como 
fundamento da política pública. 
 
 
A gestão social e a política social. 
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• Importante ressaltar que as demandas dos 
indivíduos adentram a agenda do Estado 
quando se constituem como demandas fortes 
e que são pressionadas pelos movimentos 
existentes na sociedade. 
• Esses movimentos adensam forças e pressões 
e introduzem as demandas sociais na arena 
política. 
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A gestão Social na condução das 
políticas públicas sociais. 
• As prioridades contempladas pelas políticas 
públicas são decididas pelo estado, mas nascem 
na sociedade civil, ou seja, nascem da 
contradição capital x trabalho. 
 
• Esta contradição na sociedade de classes é 
permanente tendo em vista a exploração da mão 
de obra, o sistema capitalista de acumulação 
primitiva da riqueza produzida coletivamente. 
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• Importa dizer que as demandas e 
necessidades se tornam prioridade efetiva 
quando ingressam na agenda estatal, 
tornando-se interesse do Estado e, não mais 
apenas, dos grupos organizados da sociedade 
civil. 
 
Por que isso? 
 
Porque colocam em risco a ORDEM E A 
HARMONIA SOCIAL. 
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Fatores que elencam nova forma de 
gestão social. 
• As novas demandas de uma sociedade 
complexa; os déficits públicos crônicos; a 
revolução informacional; a transformação 
produtiva; desemprego, e precarização das 
relações de trabalho; a expansão da pobreza; 
o aumento das desigualdades sociais são 
alguns dos tantos fatores que engendram 
demandas e limites e pressionam por novos 
arranjos e modos de gestão da política social. 
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A gestão social no Welfare state 
• Nos países capitalistas desenvolvidos, cunhou-se 
o chamado welfare state, resultante de um pacto 
entre as classes sociais que expressavam conflitos 
capital/trabalho, clamavam por equidade e 
reconhecimento da questão social agravada no 
capitalismo. 
• O pacto interclasses conciliou capitalismo e 
democracia, assegurou o pleno emprego, 
políticas sociais universalistas e o Estado-Nação 
como o grande mediador, capaz de intervir como 
protagonista econômico e socializador. 
11 
A gestão social no Welfare State. 
• Gestão centralizada no Estado-Nação; 
• Políticas sociais universalistas; 
• Gestão hierarquizada e setorização da política 
social; 
• Primazia do Estado regulador. 
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Assim podemos entender que a gestão social no Welfare State, prezava 
por um atendimento universalista no que tange aos serviços 
socioassistenciais junto a população. 
Contudo, o agravamento da questão social, as precarizações trabalhistas, 
o aumento do desemprego, da fome e da miséria, expandiram de forma 
extenuante as desigualdades sociais, o que levou ao rompimento do 
pacto interclasses que sustentou o Welfare State. 
Em contrapartida outros sujeitos surgiram: os movimentos sociais, os 
quais vão forçar cada vez mais a intervenção do estado, contudo, isso vai 
ocasionar um novo protagonismo, que se expressaram por meio da 
expansão das ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS-ONG´S. 
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A gestão social na onda neoliberal 
Sustenta a ideia de um Estado mínimo e a primazia do mercado. Em 
decorrência disso, implementaram-se a descentralização das ações 
governamentais; a privatização das atividades econômicas e até mesmo as 
sociais exercidas pelo Estado. 
Substituição de um welfare state por um welfare dualizado, ou seja, um 
sistema de bem estar social no qual o MERCADO cuida daqueles com poder 
de compra e deixa os grupos mais vulneráveis sob a responsabilidade das 
instituições locais. 
Neste sentido, um é regido pelo mercado e o outro predominantemente 
público, voltado para atender precariamente os marginalizados. 
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A LÓGICA DA GESTÃO SOCIAL 
NEOLIBERAL 
Preponderante entre os anos 1980 e 
1990. 
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Na gestão social no viés neoliberal, percebemos a clara retração do Estado 
em seu papel de executabilidade da política social, repassando essa 
responsabilidade ao MERCADO e também a própria SOCIEDADE CIVIL, a 
qual ficará a cargo de igrejas, instituições filantrópicas, organizações não 
governamentais e o VOLUNTARIADO. 
Podemos entender que a compreensão neoliberal de sociedade civil, como 
tudo aquilo que está fora da esfera estatal, resgata a lógica da concorrência 
do mercado e o cidadão consumidor como estratégias necessárias para a 
garantia de liberdade. O que acaba por reduzir a ideia de liberdade 
democrática a ideia de consumo, por parte daqueles que, inseridos ao 
mercado de trabalho, podem fazer 
 
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E a outra parcela que não pode pagar??? 
À outra grande parcela da população, em condições precárias de trabalho e 
renda ou sem trabalho, resta o acesso a serviços precários e focalizados 
naqueles considerados miseráveis. 
 
Na sociedade civil, insere-se ainda o chamado terceiro setor, que voltado à 
prestação de uma solidariedade empresarial, mediante a oferta de serviços 
públicos não estatais, lança apelos aos voluntários para a instituição de 
entidades filantrópicas, como as ONGs para prestarem AJUDA aos 
carentes. 
 
QUAL O RESULTADO DISSO?? 
 
O resultado é a despolitização e a redução do Estado frente à garantia de 
direitos, em um movimento de transferência da cidadania para o âmbito da 
caridade e da solidariedade. 
 
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A gestão social emergente 
• A gestão social emergente hoje na sociedade capitalista, é de 
parceria público-privado, o novo desenho de gestão envolve 
parcerias e redes; 
envolve ações articuladas, intersetoriais, flexíveis, mobilizando
atores sociais governamentais, da sociedade civil e iniciativa 
privada. Envolve comandos horizontais perspectivados pela busca 
da eficiência, eficácia e efetividade. Envolve 
democratização da coisa pública, contudo, com grande enfoque a 
proliferação da atuação de OSC´s. 
 
• As mudanças que vem ocorrendo no âmbito da gestão, é a 
redução do gasto social, o aumento dos processos de terceirização 
e privatização dos serviços socais, os quais como já sabemos 
derivam do aumento da desigualdade social. 
 
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