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Principais Parasitoses Intestinais na Infância

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Aline de Souza Canet 
Ana Paula Ferreira 
Nayara Cotrim de Souza 
Parasitoses Intestinais na Infância
Trabalho Acadêmico orientado pela 
professora Carine Sena 
com base no artigo científico 
“Parasitoses intestinais na infância”
 As parasitoses intestinais constituem sério problema de saúde pública, apresentando maior prevalência em populações de nível sócio - econômico mais baixo e com condições precárias de saneamento básico.
Os principais problemas são a ausência ou insuficientes condições mínimas de saneamento básico e inadequadas práticas de higiene pessoal e doméstica para que ocorra a transmissão dos parasitas intestinais. Aproximadamente um terço da população das cidades dos países subdesenvolvidos vive em condições ambientais propícias à disseminação das infecções parasitárias. O problema envolvendo as parasitoses intestinais no Brasil é mais sério do que se apresenta, uma vez que lamentavelmente há carência de política de educação sanitária profunda, efetiva e séria.
A presença de verminoses pode influenciar negativamente o estado nutricional do hospedeiro, o que, por sua vez, afeta o crescimento físico e os desenvolvimentos psicomotor e educacional. Uma parasitose intestinal, quando não tratada, pode levar a algumas hipovitaminoses e deficiências de nutrientes importantes para o bom desenvolvimento das crianças. Exemplos a serem citados são a anemia por deficiência de ferro e/ou vitaminas do complexo B e a deficiência de cálcio, dentre tantas outras.
Os riscos são maiores quanto mais precoce for o surgimento da parasitose, ou seja, as crianças mais jovens são as mais vulneráveis. Além disso, quanto mais tempo demorar para se reconhecer a parasitose e para iniciar o tratamento correto, maiores os riscos também. Sendo assim, o ideal é identificar rápido o problema e iniciar o tratamento o quanto antes.
As Parasitoses intestinais são a principal causa de mortalidade e morbidade em crianças menores de três anos de idade no mundo. Grande parte das enfermidades parasitárias são assintomáticas, entretanto, os sintomas mais comuns da infecção por parasitas são diarreia, anemia e desnutrição
O enfermeiro é um profissional que, por ter o cuidado na essência de sua prática atua diretamente na prevenção e controle das parasitoses intestinais através do desenvolvimento de práticas interativas e integradoras de cuidado, identificando, prevenindo e tratando as infecções parasitárias, a fim de evitar epidemias e formação de novas áreas endêmicas.
	PARASITOSES INTESTINAIS MAIS PREVALENTES NA INFÂNCIA
	 
	TRANSMISSÃO 
	SINTOMAS 
	COMPLICAÇÕES 
	TRATAMENTO 
	PREVENÇÃO 
	ASCARIS LUMBRICOIDES (ASCARISÍASE)
	Um individuo contaminado pelo verme elimina diariamente milhares de ovos de Ascaris pelas fezes. Em locais sem saneamento básico adequado, estas fezes contaminam solos e água. A transmissão do áscaris ocorre quando uma pessoa sadia ingere acidentalmente estes ovos presentes no ambiente.
	Dor ou desconforto abdominal; náuseas e vômitos; diarreia ou presença de sangue nas fezes; cansaço excessivo; presença de vermes nas fezes.
	Obstrução intestinal, volvo, perfuração intestinal, colecistite, colelitíase, pancreatite aguda e abcesso hepático.
	lbendazol, mebendazol ou ivermectina. Albendazol, 400 mg, VO, em dose única, mebendazol, 100 mg, VO, 2 vezes/dia, durante 3 dias, ou 500 mg, VO, dose única, ou ivermectina 150 a 200 mcg/kg, VO, em dose única é eficaz. Albendazol, mebendazol e ivermectina podem prejudicar o feto, e deve-se contrabalançar o risco do tratamento em gestantes infectadas por Ascaris com o risco de não tratar a doença.
	 Amamentar exclusivamente até os seis meses de idade, e complementado até os dois anos de idade . Higienizar de maneira adequada os utensílios utilizados na alimentação das crianças, proteger os utensílios de poeira e insetos. Lavar bem as mãoes antes das refeições e após usar o banheiro, manter as unhas aparadas, banhos diários, lavagem adequada das roupas íntimas e roupas de cama, andar sempre calçado, evitar brejos e água parada. Ações públicas necessárias: saneamento básico, tratamento e fornecimento de água potável, tratamento de esgoto, educação da população quanto à prevenção. 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	STRONGYLOIDES STERCORALI (GIARDÍASE)
	A estrongiloidíase é transmitida pelas pessoas, principalmente, mas também por cães e gatos, que liberam as larvas no ambiente através das fezes. Outras forma de infecção são pela ingestão de água e alimentos contaminados com larvas ou fezes de pessoas contaminadas.
	Sintomas gastrointestinais sugestivos: náuseas, vômitos, dor abdominal, distensão abdominal. Sintomas pulmonares sugestivos: tosse persistente, sibilância acompanhada de febre. Sintomas cutâneos sugestivos: lesões urticariformes ou pústulas serpenginosas formando um trajeto. Em 50% dos casos é assintomática .
	 Anorexia, hemoptise e angústia respiratória.
	Albendazol 400 mg: 1 comprimido por 3 dias; Mebendazol 100 mg: 1 comprimido 2 vezes ao dia por 3 dias; Nitazoxanida 500 mg: 2 vezes ao dia, por 3 dias ou Ivermectina 6 mg: dose única. A dose da ivermectina é de 200mcg por kg de peso.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	ENTEROBIUS VERMUCULARIS (ENTEROBÍASE OU OXIURÍASE)
	É transmitida por via fecal-oral, diretamente com a mão ou indiretamente, por meio de roupas contaminadas.Portadores, na grande maioria crianças, coçam a região do orifício retal deixando as mãos sujam com os ovos e, posteriormente, levam a mão à boca.
	coceira na região anal ou vaginal, insônia, irritabilidade e agitação, dor abdominal intermitente e náuseas
	A enterobíase raramente causa complicações. Em raras ocasiões, infestações graves podem causar infecções nos genitais femininos ou perda de peso acentuada
	Mebendazol, albendazol ou pamoato de pirantel. Mebendazol 100 mg VO (independentemente da idade), Albendazol 400 mg VO e Pirantel pamoato 11 mg/kg (dose máxima de 1g) VO
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	TAENIA SOLIUM (TENÍASE)
	É adquirida através da ingesta de carne de boi ou de porco mal cozida, que contém as larvas. 
	Diarreia frequente ou prisão de ventre; enjoo; dor abdominal; dor de cabeça; falta ou aumento do apetite; tontura; fraqueza; irritabilidade; perda de peso; cansaço e insônia.
	Obstrução do apêndice, colédoco, ducto pancreático.
	Mebendazol: 200 mg, 2 vezes ao dia, por 3 dias, por via oral, Praziquantel, dose única, 5 a 10 mg/kg de peso corporal, por via oral ou Albendazol, 400 mg/dia, durante 3 dias, por via oral.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	ENTAMOEBA HISTOLYTICA (AMEBÍASEA)
	As principais fontes de infecção são a ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes contendo cistos amebianos maduros. Ocorre mais raramente na transmissão sexual, devido a contato oral-anal.
	Cansaço; desconforto e cólicas abdominais; liberação de fezes pastosas com sangue ou com muco; gases excessivos; calafrios; dor no reto durante a evacuação; emagrecimento; colite
	Granulomas amebianos (amebomas) na parede do intestino grosso, abscesso hepático, pulmonar ou cerebral, empiema, pericardite, colite fulminante com perfuração.
	 Inicialmente metronidazol ou tinidazol. Iodoquinol, paromomicina, ou furoato de diloxanida subsequentemente para erradicação de cistos. Para sintomas GI e amebíase extraintestinal, usa-se um dos seguintes: Metronidazol oral, 12 a 17 mg/kg, 3 vezes/dia durante 7 a 10 dias, Tinidazol, 50 mg/kg [máximo de 2 g], VO 1 vez/dia em crianças > 3 anos de idade) por 3 dias para sintomas GI moderados, 5 dias para sintomas GI graves, e 3 a 5 dias para abscesso hepático amebiano.TRICHURIS (TRICURÍASE)
	Transmissão fecal-oral. Um indivíduo se contamina com o Trichuris trichiura quando ingere acidentalmente ovos do parasito contidos em alimentos, água ou no solo.
	Infecções por Trichuris leves com frequência são assintomáticas. Pacientes com infecções graves podem ter dor abdominal, anorexia e diarreia; perda ponderal, anemia e prolapso retal podem resultar.
	 Necrose da mucosa intestinal com hemorragias e diarreia sanguinolenta, podendo progredir para anemia por déficit de ferro. Perda de peso em indivíduos já desnutridos, flatulência e fadiga. Em casos incomuns pode ocorrer apendicite (se o verme entrar no apêndice e não conseguir sair) e prolapso rectal com hemorroidas.
	 Mebendazol, albendazol ou ivermectina. Recomenda-se mebendazol, 100 mg, VO, 2 vezes/dia, durante 3 dias. Uma dose única de 500 mg de mebendazol foi usada em programas de tratamento em massa. Alternativas são albendazol, 400 mg, VO, 1 vez/dia, durante 3 dias, ou ivermectina, 200 mcg/kg, VO, 1 vez/dia por 3 dias. 
	
	NECATOR AMERICANUS E ANCYLOSTOMA DUODENALE (ANCILOSTOMÍASE/AMARELÃO)
	A contaminação com o Ancylostoma duodenale ou Necator americanus se dá através de contato direto da pele com o solo contaminado (geralmente pelos pés) ou por ingestão acidental da larva presente no ambiente (geralmente por mãos contaminadas pelo solo que vão à boca sem terem sido lavadas)
	 Os sintomas incluem erupção cutânea no local de entrada da larva e, algumas vezes, dor abdominal ou outros sintomas GI durante a infecção inicial. Mais tarde, pode-se desenvolver deficiência de ferro por causa de perda crônica de sangue. A ancilostomíase é uma das principais causas de anemia por deficiência de ferro em regiões endêmicas. O diagnóstico é feito pela detecção de ovos nas fezes. 
	Quadro de úlcera duodenal ou apendicite em infecções maciças em indivíduos subnutridos
	Mebendazol 100mg (2x/dia por 3 dias) Albendazol 400mg (dose única) Associação com tratamento antianêmico (administração de sulfato ferroso e ingestão de proteínas e de vitaminas em quantidades generosas)
	
Conclusão:
Concluímos que a maioria das parasitoses é transmitida pela alimentação ou pela água e pelo contato direto com os pés no chão. O germe entra pela boca ou pela pele até chegar no intestino onde ele vai crescer e se alimentar.  Sua transmissão depende das condições sanitárias e de higiene das comunidades.
A maioria dos quadros de todas as parasitoses não causa nenhum sintoma nas pessoas. A Organização Mundial da Saúde recomenda que os grupos com maior risco para as parasitoses tomem remédios contra vermes periodicamente e este é o caso de crianças de 1 a 14 anos.
Em crianças entre 0 e 5 anos de idade, por apresentarem hábitos higiênicos mais precários e sistema imunológico ainda em desenvolvimento, o parasitismo torna-se mais frequente, com redução de absorção intestinal podendo influenciar no desenvolvimento da criança.
As ações de controle ainda apresentam restrições frente à infraestrutura de saneamento básico, bem como pela falta de projetos educacionais, que elucidem a população. Fica evidenciada a necessidade do controle eficaz das infecções parasitarias incluindo uma ação articulada entre os diversos setores, no sentido de integrar a educação não somente à saúde, mas também buscar o desenvolvimento de condições sócio -econômicas da população afetada
Fontes de Pesquisa: 
Artigo Acadêmico “Parasitoses intestinais na infância”
http://bvsms.saude.gov.br/
https://www.saude.gov.br/

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