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Sistema Urinário - Fisiologia 1) Compreender anatomia, mecanismo de atuação e funções do sistema urinário. Os dois rins se situam na parede posterior do abdome, fora da cavidade peritoneal. O lado medial de cada rim apresenta uma região chamada hilo. Pelo hilo passam a artéria e veias renais, vasos linfáticos, suprimento nervoso e o ureter, que transporta urina do rim para a bexiga. Na bexiga, a urina é armazenada e periodicamente eliminada do corpo. O rim é revista por cápsula fibrosa resistente, que protege as estruturas internas, que são mais delicadas. Se for analisar o rim de cima para baixo, as 2 principais regiões que podem ser visualizadas são: Regiões do córtex externo e medula interna. A medula é divida em 8 a 10 massas de tecidos em forma de cone, chamados pirâmides renais. A base de cada pirâmide se origina no limite entre as regiões cortical e medular e termina na papila renal, que se projeta para o espaço da pelve renal. A borda externa da pelve é dividida em estruturas de fundo-cego chamadas de cálices maiores que se dividem em cálices menores, que vão coletar a urina dos túbulos de cada papila. → As paredes dos cálices, da pelve e do ureter contêm elementos contráteis que arremessam a urina em direção à bexiga, onde a urina é armazenada até que seja eliminada pela micção. Mecanismos de atuação: Múltiplas funções dos rins: Eliminar do corpo o material indesejado que é ingerido ou produzido pelo metabolismo. Uma segunda função é a de controlar o volume a composição de eletrólitos dos líquidos corporais. Para a água e praticamente todos os eletrólitos do corpo, o equilíbrio entre o ganho (devido à ingestão ou à produção pelo metabolismo) é mantido, em grande parte, pelos rins. Essa função regulatória dos rins mantém o ambiente interno estável, necessário às células para a realização de suas funções. Os rins realizam suas funções mais importantes pela filtração do plasma e pela remoção de substâncias do filtrado em intensidades variáveis, dependendo das necessidades do corpo. Portanto, os rins “limpam” as substâncias indesejáveis do filtrado (e, portanto, do sangue) por excretá-las na urina, enquanto devolve as substâncias que são necessárias à corrente sanguínea. Outras funções homeostáticas dos rins são: ● Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo e de substâncias químicas estranhas; ● Regulação do equilíbrio de água e dos eletrólitos; ● Regulação da osmolalidade dos líquidos corporais e da concentração de eletrólitos; ● Regulação da pressão arterial; ● Regulação do equilíbrio ácido-base. ● Regulação da produção de hemácias; ● Secreção, metabolismo e excreção de hormônios; ● Gliconeogênese. ● Ativação da vitamina D e controlam as concentrações de cálcio e fósforo no nosso organismo, eles têm importância na saúde dos ossos. Excreção de produtos expelidos do metabolismo , substâncias químicas estranhas, fármacos e metabólitos hormonais. Os rins são os meios primários para a eliminação de produtos indesejáveis do metabolismo que não são mais necessários ao corpo. Esses produtos incluem ureia (do metabolismo dos aminoácidos), creatinina (da creatina muscular), ácido úrico (dos ácidos nucleicos), produtos finais da degradação da hemoglobina (tais como a bilirrubina) e metabólitos de vários hormônios. Esses produtos indesejáveis devem ser eliminados do corpo tão rapidamente quanto são produzidos. Os rins também eliminam a maioria das toxinas e das outras substâncias estranhas que são produzidas pelo corpo e ingeridas, tais como pesticidas, fármacos e aditivos alimentícios. Regulação do Equilíbrio da Água e dos Eletrólitos. Para a manutenção da homeostasia, a excreção de água e eletrólitos deve ser cuidadosamente combinada com os respectivos ganhos. Caso o ganho exceda a excreção, a quantidade de água e de eletrólitos no corpo aumentará. Caso o ganho seja menor que a excreção, a quantidade de água e de eletrólitos no corpo diminuirá. Embora possam ocorrer desequilíbrios temporários (ou cíclicos) de água e eletrólitos em várias condições fisiológicas e fisiopatológicas associadas à ingestão alterada ou à excreção renal, a manutenção da vida depende da restauração do equilíbrio de água e eletrólitos. A entrada de água e de muitos eletrólitos é controlada principalmente pelos hábitos da ingestão de sólidos e de líquidos da pessoa, requerendo que os rins ajustem suas intensidades de excreção para coincidir com a ingestão de várias substâncias. A resposta dos rins ao aumento súbito de 10 vezes o normal na ingesta de sódio de nível baixo de 30 mEq/dia, em um nível alto de 300 mEq/dia. Cerca de 2 a 3 dias, após a elevação da ingesta de sódio, a excreção renal também aumenta para aproximadamente 300 mEq/dia, de modo que o equilíbrio entre a ingestão e a excreção é restabelecido rapidamente. Entretanto, durante os 2 a 3 dias de adaptação renal, à alta entrada de sódio, ocorre acúmulo modesto de sódio que discretamente eleva o volume de líquido extracelular e desencadeia alterações hormonais e outras respostas compensatórias. Essas respostas sinalizam os rins para que aumente a excreção de sódio. A capacidade dos rins de alterar a excreção de sódio em resposta às alterações na ingestão de sódio é enorme. Estudos experimentais mostraram que em muitas pessoas a ingestão de sódio pode ser aumentada para 1.500 mEq/dia (mais de 10 vezes o normal) ou diminuída para 10 mEq/dia (menos de um décimo do normal), com alterações relativamente pequenas no volume de líquido extracelular ou na concentração plasmática de sódio. Esse fenômeno também se aplica à água e à maioria dos eletrólitos, tais como cloreto, potássio, cálcio, hidrogênio, magnésio e íons fosfato. Nos próximos Capítulos, discutiremos os mecanismos específicos que permitem aos rins manter a homeostasia. Regulação da pressão arterial Os rins têm papel dominante na regulação da pressão arterial a longo prazo, pela excreção de quantidades variáveis de sódio e água. Os rins também contribuem para a regulação a curto prazo da pressão arterial, pela secreção de hormônios e fatores ou substâncias vasoativas (p. ex., renina) que levam à formação de produtos vasoativos (p. ex., angiotensina II). Regulação do Equilíbrio Ácido-base Os rins contribuem para a regulação do equilíbrio ácido-base, junto com os pulmões e os tampões dos líquidos corporais, pela excreção de ácidos e pela regulação dos estoques de tampões dos líquidos corporais. Os rins são a única forma de eliminar certos tipos de ácidos do corpo, tais como os ácidos sulfúrico e fosfórico, gerados pelo metabolismo das proteínas. Regulação da Produção de Eritrócitos Os rins secretam a eritropoetina que estimula a produção de hemácias pelas células-tronco hematopoéticas na medula óssea. Estímulo importante para a secreção de eritropoetina pelos rins é a hipoxia. Os rins normalmente produzem e secretam quase toda a eritropoetina da circulação. Pessoas com doença renal grave ou que tiveram seus rins removidos e fazem hemodiálise desenvolvem anemia grave, como resultado da diminuição da produção de eritropoetina. Regulação da Produção da 1,25-Di-hidroxivitamina D3 Os rins produzem a forma ativa de vitamina D, 1,25-di-hidroxivitamina D3 (calcitriol), pela hidroxilação dessa vitamina na posição “número 1”. O calcitriol é essencial para a absorção de cálcio pelo trato gastrointestinal e pela deposição normal de cálcio nos ossos. O calcitriol tem papel importante na regulação de cálcio e fosfato. Síntese da Glicose Durante o jejum prolongado, os rins sintetizam glicose a partir de aminoácidos e outros precursores, processo conhecido como gliconeogênese. A capacidade dos rins de adicionar glicose ao sangue, durante períodos prolongados de jejum, equivale à do fígado. Na doença renal crônica ou na insuficiência renal aguda, essas funções de manutenção da homeostasia são interrompidas e rapidamente ocorrem anormalidades graves dos volumes e da composição do líquido corporal. Com a insuficiência renal total, potássio, ácidos, líquidos e outras substâncias se acumulamno corpo, causando a morte em poucos dias, a não ser que intervenções clínicas, como a hemodiálise, sejam iniciadas para restaurar, ao menos parcialmente, o equilíbrio corporal de líquidos e eletrólitos. 2) Entender as etapas da formação da urina. A formação da urina resulta de filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular. As intensidades com que as diferentes substâncias excretadas na urina representam a soma de 3 processos renais. 1 -> filtração glomerular, 2-> reabsorção de substâncias dos túbulos renais para o sangue e 3-> secreção de substâncias do sangue para os túbulos renais. TAXA DE EXCREÇÃO URINÁRIA = TAXA DE FILTRAÇÃO - TAXA DE REABSORÇÃO + TAXA DE SECREÇÃO A formação da urina começa quando a grande quantidade de líquido praticamente sem proteínas é filtrada dos capilares glomerulares para o interior da cápsula de bowman. A maior parte das substâncias no plasma, exceto as proteínas, é livremente filtrada, de modo que a concentração dessas substâncias no filtrado glomerular da cápsula de Bowman é a mesma do plasma. Conforme o líquido filtrado sai da cápsula de Bowman e flui pelos túbulos, é modificado pela reabsorção de água e solutos específicos, de volta para os capilares peritubulares ou pela secreção de outras substâncias dos capilares peritubulares para os túbulos. Filtração, reabsorção e secreção de diferentes substâncias Em geral, a reabsorção tubular é, em termos de quantidade, mais importante do que a secreção na formação da urina, mas a secreção tem papel importante na determinação das quantidades de potássio, íons hidrogênio e outras substâncias que são excretadas na urina. A maioria das substâncias que devem ser retiradas do sangue, principalmente os produtos finais do metabolismo, como ureia, creatinina, ácido úrico e uratos, é pouco reabsorvida e, assim, excretada em grande quantidade na urina. Certos fármacos e substâncias estranhas são também pouco reabsorvidos, mas, além disso, são secretados do sangue para os túbulos, de modo que suas intensidades de excreção são altas. De modo oposto, eletrólitos como os íons sódio, cloreto e bicarbonato, são reabsorvidos e, assim, pequena quantidade aparece na urina. Certas substâncias nutricionais, como os aminoácidos e a glicose, são completamente reabsorvidas dos túbulos para o sangue e não aparecem na urina, mesmo que grande quantidade seja filtrada pelos capilares glomerulares. IMPORTANTE!!! -> Cada um dos processos — filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular — é regulado de acordo com as necessidades corporais. Por exemplo, quando ocorre excesso de sódio no corpo, a intensidade com que o sódio normalmente é filtrado aumenta e pequena fração do sódio filtrado é reabsorvida, resultando em excreção urinária aumentada de sódio. Para a maioria das substâncias, as intensidades de filtração e de reabsorção são extremamente altas em relação às de excreção. Portanto, mesmo ligeiras alterações na filtração glomerular ou na reabsorção tubular podem levar a alterações relativamente grandes da excreção renal. Por exemplo, aumento da filtração glomerular de apenas 10% (de 180 para 198 L/dia) poderia elevar o volume urinário por 13 vezes (de 1,5 para 19,5 L/dia) se a reabsorção tubular permanecesse constante. Na realidade, alterações da filtração glomerular e da reabsorção tubular geralmente agem de forma coordenada para produzir as alterações necessárias da excreção renal. A presença da proteinúria reflete a instalação de modificações relevantes da função renal, decorrentes das lesões glomerulares, dentre as quais a mais freqüente é a glomeruloendoteliose. 3) Entender o equilíbrio eletrolítico no sistema urinário. ELETRÓLITOS NOS LÍQUIDOS CORPORAIS Os íons formados quando os eletrólitos se separam tem quatro funções gerais no corpo: 1. Como eles são limitados a um compartimento de líquido em particular e são mais numerosos do que os não eletrólitos, certos íons controlam a osmose da água entre compartimentos de líquidos. 2. Os íons ajudam a manter o equilíbrio acidobásico necessário para as atividades celulares normais. 3. Os íons conduzem a corrente elétrica, o que permite a produção de potenciais de ação. 4. Diversos íons servem como cofatores necessários para a atividade ideal das enzimas. Eletrólitos nos líquidos corporais 1. Os eletrólitos controlam a osmose da água entre os compartimentos de líquidos, ajudam a manter o equilíbrio acidobásico, conduzem a corrente elétrica e agem como cofatores das enzimas. 2. Os íons sódio(Na+)são os íons extracelulares mais abundantes.Estão envolvidos nos potenciais de ação, nas contrações musculares e no equilíbrio hídrico e eletrolítico. O nível de Na+ é controlado pela aldosterona, pelo hormônio antidiurético e pelo peptídeo natriurético atrial. 4) Explicar como os hormônios atuam no sistema urinário (sistema renina- angiotensina-aldosterona). Quando há uma diminuição do volume circulante, que é a hipovolemia, a hipoperfusão renal estimula o aparelho justaglomerular a secretar renina, que é responsável por converter angiotensinogênio (produzido pelo fígado) em angiotensina I. A angiotensina I sofre ação de uma enzima produzida pelos pulmões denominada enzima conversora de angiotensina (ECA), convertendo em angiotensina II. A angiotensina II é responsável por exercer 3 ações: (1) Estimular o centro da sede no hipotálamo para tentar aumentar a volemia; (2) Em nível renal, diminuir a excreção de sódio e da água, na tentativa de aumentar a pressão sanguínea e a volemia; (3) Estimular a adrenal a sintetizar e secretar a aldosterona, também responsável por diminuir a excreção de sódio e água (estimulando a reabsorção dos dois). PORTANTO, o eixo renina-angiotensina-aldosterona é responsável por promover uma hipertensão fisiológica, e é ativado em condições de hipovolemia. Então, é por isso isso que fármacos inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina), têm como um de seus efeitos a diminuição da volemia, servindo como opção terapêutica para o tratamento da hipertensão arterial. Aldosterona: A aldosterona é um hormônio hidrofóbico que tem papel de fundamental importância no controle da calemia (que é a concentração de potássio no sangue), pois promove a secreção de potássio e secreção de ácidos na urina (secreção de prótons H+). A aldosterona, como típico hormônio hidrofóbico, liga-se ao seu receptor e vai ao núcleo para estimular a transcrição gênica. Da mesma forma, a aldosterona tem um efeito que é o de estimular a mitose dos miócitos ventriculares do miocárdio. Além disso, uma das grandes complicações da insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é a hipertrofia ventricular, sendo, em parte, estimulada pela aldosterona. Quando se usa inibidor de ECA, além de poder controlar a volemia do paciente, há uma diminuição do efeito de remodelação do miocárdio. Angiotensina II: ● Estimula a liberação da aldosterona; ● Vasoconstrição renal e em outros vasos sistêmicos; ● Aumenta o controle túbulo-glomérulo - torna a mácula densa mais sensível. ● Aumenta a função dos canais de sódio e do trocador sódio-hidrogênio para promover reabsorção do sódio; ● Induz hipertrofia renal; ● Estimula a rede e liberação de ADH por ação direta nos núcleos hipotalâmicos. 5) Entender quais fatores afetam a concentração urinária e sua densidade. A concentração da urina depende da dieta hídrica e da ingestão de eletrólitos. O principal íon que determina o mecanismo de contracorrente na formação da urina é o sódio. Papel da ureia na concentração da urina: Quanto maior for a dieta proteica, maior é a concentração de ureia, tornando a urina mais concentrada. A ureia, que é produzida no fígado a partir da amônia para que a amônia, na forma de ureia, seja excretada. A ureia é produto da inativação das proteínas não tem um papel relevante para o organismo, sendo necessária a sua excreção. Com isso, a ureia servirá para a prática médica para provar funcionalidade renal. A ureia é filtrada, parte é reabsorvida e parte é secretada (por este motivo, a creatininaé mais confiável para o cálculo de taxa glomerular, uma vez que ela não é reabsorvida, servindo como melhor prova de função renal. Obs: A excreção de ureia aumenta com o aumento do fluxo. A ureia é tóxica em altas concentrações, mais últil em baixa contração, pois devido a sua reabsorção e secreção, cria-se um aumento da concentração na medula interna que ajuda a criar um gradiente osmótico na alça de helen o q aumenta a reabsorção de água. 7) Entender quais fatores afetam a concentração urinária na pré-eclâmpsia (sistema imunológico) anasarca e proteinúria. A oligúria é causada pela tentativa do rim de suprir a desidratação da paciente por meio da reabsorção de água. Então, a urina fica com menor volume e mais concentrada. A hiperproteinemia da paciente advinda da pré- eclâmpsia. A pré-eclampsia caracteriza-se pela tríade sintomática: edema, hipertensão e proteinúria. A hipertensão arterial é condição “sine qua non” e deverá estar acompanhada de edema ou proteinúria ou ambas. O aparecimento dessas manifestações, principalmente em primigestas, ou o agravamento de quadro hipertensivo, após a vigésima semana, sugerem o diagnóstico. Progressivamente, com a evolução e a intensificação do quadro, um largo espectro de situações pode surgir, assim como os componentes da sídrome podem se expressar de diferentes maneiras. A propedêutica laboratorial dependerá da gravidade de cada caso e das possibilidades para sua realização e inclue: Hemograma completo com contagem de plaquetas, proteinúria de fita e/ou de 24 horas, uréia e creatinina, urina tipo I, ácido úrico, perfil hemolítico (DHL), enzimas hepáticas (TGO e TGP) e bilirrubinas totais e frações. Na maioria das vezes, a oliguria na PE tem causa pré-renal. Por isso, quando o debito urinário cair para níveis abaixo de 25 mL/h, deve se administrar 1.000 mL de solução salina em 30 minutos com exame clínico rigoroso, pelo risco de edema pulmonar. Se o debito urinário nao normalizar, esta indicada a monitoração hemodinâmica central. Uma pressão capilar pulmonar (PCP) normal ou aumentada e uma concentração urinaria aumentada significam que a oliguria e causada por espasmo arteriolar renal intrínseco provocado pelo angioespasmo. Outras vezes, a oliguria pode ser consequência de uma função ventricular diminuída. Essas pacientes, em geral, tem PCP muito elevada e edema pulmonar incipiente. Edema pulmonar A maioria dos casos de edema pulmonar em gestantes esta associada a hipertensão de difícil controle. Na PE, o edema pulmonar ocorre com mais frequencia após o parto, associado a infusão excessiva de líquidos. A etiologia do edema pulmonar na PE parece ser multifatorial. A redução na pressão coloidosmotica (PC), o aumento na permeabilidade capilar e a elevação na pressão hidrostática vascular produzem extravasamento de fluidos no interstício e no espaço alveolar. Em pacientes nao gestantes, a diminuição do gradiente PC/PCP tem sido correlacionada com o desenvolvimento de edema pulmonar. A gestação induz a diminuição na PC, sendo tal diminuição acentuada na PE. Pré-Eclampsia Grave Para a Comissão de Terminologia, clinicamente a pré-eclampsia é considerada grave quando um ou mais dos seguintes sinais ou sintomas está presente: 1) pressão arterial igual ou acima de 160/110 mmHg, confirmada em pelo menos duas tomadas, com intervalo de seis horas; 2) proteinúria de 5 g ou mais em urina de 24 horas (3 ou 4+ em teste de tira); 3) oligúria ou diurese menor do que 400 ml por dia; 4)sintomatologia de iminência de eclampsia, ou seja, cefaléia, dor epigástrica e transtornos visuais; 5) cianose e edema pulmonar; A estes foram acrescentados outros, que também sugerem gravidade da doença tais como: 6) dor no hipocôndrio direito; 7) trombocitopenia ou plaquetas abaixo de 100.000/ mm3; 8) anemia hemolítica microangiopática decorrente da hemólise; 9) icterícia e/ou elevação das enzimas hepáticas e 10) restrição do crescimento fetal. Estes últimos, não são critérios para definir o quadro como grave, uma vez que quando presentes, sempre um dos cinco anteriores, ditos clássicos, já terá aparecido. Certamente, existem evidências de uma troca entre acasalamento e defesa imunológica contra infecções ( 195 - 197 ). Consistente com isso (embora com muito mais) é o fato ( 198 - 200 ) de que a gravidez está associada a um aumento da gravidade de pelo menos algumas doenças infecciosas. Há evidências ( 201 , 202 ) de que “as respostas imunes adaptativas estão enfraquecidas, o que potencialmente explica a depuração viral reduzida. As evidências também sugerem uma resposta inata aumentada, que pode representar um mecanismo imunológico compensatório para proteger a mãe grávida e o feto e que pode implicar diminuição da suscetibilidade à infecção inicial ” https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles /PMC5758600/ 8) Explicar como a diálise altera a fisiologia renal. A diálise é o processo físico-químico em que duas soluções de concentrações diferentes são separadas por uma membrana semipermeável e após um certo tempo as espécies passam pela membrana para igualar as concentrações. A diálise tem grande importância no tratamento da insuficiência renal crônica e aguda. No nosso organismo, a única substância que atende de maneira ideal a todas as características de uma substância ideal é a creatinina. A depuração de creatinina é a remoção da creatinina do corpo. Na fisiologia renal, a depuração de creatinina é o volume de plasma sanguíneo que é depurado de creatinina por unidade de tempo. Clinicamente, a depuração de creatinina é uma medida útil para estimar a taxa de filtração glomerular dos rins. O padrão de depuração de creatinina baixo de 70 ou 50 ml/min/1,73m² já é considerado compatível para diálise, representando que o paciente já não filtra mais nada. Por este motivo, utilizar a creatinina como anabolizante pode levar a insuficiência renal, uma vez que, ao aumentar as quantidades de creatina no sangue, mais a função renal é forçada. O princípio básico do rim artificial é de passar sangue por canais sanguíneos sanguíneos limitados por uma delgada membrana. No outro lado da membrana, passa o líquido dialisador, para que substâncias indesejáveis no sangue passarem por difusão. 9)Descrever os tipos de acidose e suas relações com o sistema renal. A acidose metabólica é uma das complicações da doença renal crônica e está associada ao aumento do catabolismo protéico, à diminuição da síntese de proteínas e ao balanço nitrogenado negativo. A dieta tem forte influência sobre a geração de ácidos, podendo contribuir, portanto, para determinar a gravidade da acidose no paciente com doença renal crônica. Alguns pesquisadores têm observado que é possível estimar a excreção ácida renal, e que o cálculo dessa carga ácida a partir de alguns componentes da dieta, permitiria uma predição apropriada dos efeitos da dieta na acidose metabólica. Este artigo é uma comunicação sobre as bases fisiológicas, bem como as implicações clínicas da acidose em pacientes com doença renal crônica e a influência da dieta no balanço ácido-básico desses pacientes. Acidose metabólica: Resulta de menor concentração de bicarbonato no líquido extracelular. Se refere a todos os outros tipos de acidose, além da causada por excesso de CO2 nos líquidos corporais. A acidose metabólica pode ter origem de diversas causas gerais: 1: deficiência na excreção renal dos ácidos formados no corpo, formação de quantidades excessivas de ácidos metabólicos no corpo, adição de ácidos metabólicos ao corpo por ingestão ou infusão parenteral e perda de base pelos líquidos corporais, que tem o mesmo efeito que acrescentar ácido aos líquidos corporais. Alguma condições específicas que causam acidose metabólica são: 10) Entender como a carombola atua de forma tóxica no sistema renal. Há relatos de que a neurotoxicidade ocorre devido à presença de oxalato na carambola; porém, achados recentes mostram que o efeito neurotóxico se dá pela toxina caramboxina, que parece inibir o sistema GABAérgico, que é o principal sistema inibitóriodo sistema nervoso central (SNC), envolvendo alterações como soluços e confusão mental, até quadros mais sérios como convulsões e morte. A toxina presente na carambola apresenta um poder excitatório, convulsivante e neurodegenerativo.4 Essa toxina parece apresentar especificamente inibição sobre o sistema de condução GABAérgico.3 Das duas classes principais de aminoácidos neuroativos, o GABA é o principal aminoácido inibitório do SNC, enquanto o glutamato é o principal aminoácido excitatório.5 A caramboxina inibe discretamente a captação de glutamato pelos transportadores de alta afinidade presentes nos astrócitos adjacentes à sinapse, e altera a ligação do GABA aos seus receptores.1 Fatias cortadas transversalmente possuem a forma de estrela, que lhe dá o nome na literatura inglesa de “star fruit”. Ela pode ser amarela ou esverdeada com sabor variando do ácido ao doce. A carambola possui uma neurotoxina capaz de provocar alterações neurológicas em pacientes com doença renal crônica (DRC), envolvendo alterações como soluços e confusão mental, até quadros graves como convulsões e morte Essa neurotoxina parece apresentar inibição sobre o sistema GABAérgico, que é o principal sistema inibitório do Sistema Nervoso Central (SNC), formado por neurônios que contém ácido gama-aminobutírico (GABA. A caramboxina não é filtrada pelos rins e o seu acúmulo pode lesionar os rins (células endotubulares) e afetar o cérebro. 11) Interpretar os exames de controle da função renal. A ureia elevada é porque o AA não é reabsorvido e ele fica acumulado e causa cetoacidose. Sódio baixou no sangue porque não está havendo reabsorção Proteínas grandes não passam por causa da barreira anatômica. Albumina carrega sódio e magnesio. OLHAR O MATERIAL, AS PARTES SOBRE DEPURAÇÃO DE CREATININA A creatinina, um resíduo, está aumentada no sangue quando a taxa de filtração do rim está muito diminuída. A depuração de creatinina – um exame mais preciso – pode ser calculada a partir de uma amostra de sangue com o uso de uma fórmula que relaciona o nível de creatinina no sangue à idade, peso e sexo da pessoa. Para determinar a depuração da creatinina com maior precisão, é necessária uma quantidade de urina recolhida num exato momento em conjunto com a determinação da creatinina no sangue. A cistatina C, uma proteína no sangue, muitas vezes também é medida como indicador da função renal. O nível de ureia nitrogenada no sangue (blood urea nitrogen, BUN) também pode indicar como os rins estão funcionando bem, embora muitos outros fatores possam alterar o nível de BUN.
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