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SDRA: Diagnóstico e Tratamento

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Síndrome Do Desconforto Respiratório Aguda 
Doença do parênquima pulmonar e não das vias aéreas 
DIAGNÓSTICO 
Critérios de Berlim – 2012 
• Tempo: piora ou início <7 dias 
• Acometimento do pulmão: bilateral pelo RX ou TC 
• Origem: NÃO pode ser totalmente explicado pelo edema cardiogênico (principal DDX) 
o Desconforto respiratório NÃO justificado por outras causas 
• Quantificar o prejuízo: 
𝐏𝐚𝐎𝟐
𝐅𝐢𝐨𝟐
< 𝟑𝟎𝟎 
CASO O LOCAL NÃO TENHA RECURSO PARA DIAGNÓSTICO 
Critérios de Kigali – substitui o RX/TC pelo USG e a PaO2 pelo oxímetro 
• Tempo: piora ou início <7 dias 
• Acometimento do pulmão pela USG mostrando infiltrado pulmonar 
• Origem: NÃO pode ser totalmente explicado pelo edema cardiogênico (principal DDX) 
o Desconforto respiratório NÃO justificado por outras causas 
• Quantificar o prejuízo: 
𝐒𝐚𝐎𝟐
𝐅𝐢𝐨𝟐
< 𝟑𝟏𝟓 considerando que a SaO2 está <96% 
CLASSIFICAÇÃO 
Feita através da PaO2/FiO2 
• Leve: 300 a 200 • Moderado: 200 a 100 • Grave: <100 
CRITÉRIOS DE GRAVIDADE 
• Ventilação mecânica com 
PEEP > 5 
• Ventilação não invasiva 
com PEEP > 5 
• Cateter de alto fluxo 
>45L/min 
ETIOLOGIAS 
• Pneumonia 
• Sepse (de origem não 
pulmonar) 
• Aspiração em grande 
volume 
• NÃO infecciosas, como 
pancreatite 
• Inalação, ex: CO2 
• Traumáticas/queimadura 
• Reações pós 
procedimento (ex: 
embolectomia) 
• Medicações, ex: aspirina, 
opioides e oncológicos 
PACIENTE SEM ETIOLOGIA COMPROVADA? 
Considerar SDRA suspeito 
• Broncoscopia com lavado broncoalveolar 
o Diagnóstico etiológico 
Ou seja, preciso de 
uma imagem, uma 
GSA, saber o RCV 
do paciente + 
“critério agudo” 
o Ver padrão da citologia, ex: eosinofilia 
o Permite fazer diagnóstico diferencial (ex: hemorragia alveolar difusa) 
• Biópsia pulmonar 
OBS: Avaliar a necessidade pois estes procedimentos tem risco de complicações como pneumotórax 
OUTRAS MEDIDAS 
• Medidas 
o VNI 
o Cateter nasal de alto fluxo 
• NÃO são usadas para evitar a IOT, ainda mais na SDRA grave → utilizar índice de rox: ajuda a prever o risco 
de intubação 02, 06 e 12hrs 
ABORDAGEM INICIAL DA VM PROTETORA 
• Calcular preso predito 
• Volume corrente em 6ml/kg predito 
• Modo: volume controlado 
• FR: 20 
• FiO2 100% e ajustar conforme saturação 
• Manter SaO2 > 90% → a principal causa de morte do paciente NÃO é hipoxemia e sim disfunção múltipla de 
órgãos 
• PEEP (pressão para evitar o colabamento dos alvéolos): entre 5 – 10 
 
VENTILAÇÃO MECÂNICA 
Estrategia protetora = menos volumes e parâmetros não tão altos 
Estratégia PROTETORA é BENEFICO! Não salva a vida do paciente, mas ajuda a não atrapalhar 
 
• A PA de platô é a pressão de complacência do pulmão. Se a PA tiver >30, diminuir o volume corrente até 
ajustar 
• O volume corrente gera um grau de retenção de CO2 e devemos encarar como “normal”→ hipercapneia 
permissiva! 
o Valores seguros de hipercapneia: pH até 7.2 + PCO2 até 80 
o Caso passe desses valores, devemos aumentar a FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA para lavar o CO2 
o Caso seja refratário a essa medida, repor BIC 
PaO2/FiO2 
• Não tratar a hipoxemia apenas aumentando a FiO2 – risco de complicações, como: atelectasia 
• Pode ajustar a PEEP! 
o As manobras de recrutamento consistem em manter uma PEEP MUITO alta por um breve período de 
tempo 
o Indicado em pacientes com hipoxemia refratária – mas as evidências são inconclusivas 
PEEP 
A PEEP ideal pode ser calculada através da driving pressure (pressão de distensão pulmonar) 
𝒅𝒓𝒊𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒑𝒓𝒆𝒔𝒔𝒖𝒓𝒆 = 𝑷𝒂 𝒅𝒆 𝒑𝒍𝒂𝒕ô − 𝑷𝑬𝑬𝑷 
• Quanto menor o driving, melhor o desfecho pulmonar 
o Ideal < 15 
• Como fazer? 
Volume corrente = 6ml/kg predito PA de platô < 30 
 
o Ir titulando a PEEP até achar o driving pressure < 15 
TERAPIAS ALTERNATIVAS 
• Bloqueador neuromuscular 
o Indicado para pacientes com SDRA moderado/grave com PaO2/FiO2 < 150 que já estão em 
ventilação protetora 
• Verificar assincronia 
o Não tratar com BNM 
o Ajustar analgesia e parâmetros do ventilador 
• Pronação 
Ajuda no recrutamento alveolar, permite homogeneização do edema pulmonar liberando áreas posterior para 
ventilação e retira o peso do coração 
 
o Efeitos adversos: extubação acidental e instabilidade hemodinâmica – principalmente se a equipe 
for mal treinada 
▪ Para evitar isso, é melhor que o paciente esteja bloqueado 
o Manter pronado por pelo menos 12h 
o 
• ECMO - Para paciente grave refratário (extremo) 
o Indicado quando paciente com escore de Murry >=3 com pH <7.2 sustentado mesmo após medidas 
o CI: disfunção múltipla dos órgãos 
o Não é livre de complicações, pois o paciente precisa ser anticoagulado 
 
 
Indicado em: PaO2/FiO2< 150 após 12-16h de intubação protetora

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