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--RESENHA CRÍTICA- O PROBLEMA MENTE CORPO --

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
LETÍCIA MARLI FERNANDES
LUCAS FERREIRA DOS SANTOS
RESENHA CRÍTICA: O PROBLEMA MENTE – CORPO.
ITAJAÍ
2018
RESENHA CRÍTICA
Obra original: NAGEL; Thomas. O problema mente – corpo. In: Uma breve introdução á filosofia. SP: Martins Fontes, 2011.
Thomas Nagel é um filósofo estadunidense, professor de filosofia e direito na Universidade de Novas Iorque. Seus trabalhos se concentram em filosofia da mente, filosofia política e ética. Autor de “Uma breve introdução à filosofia”, obra divulgação que aborda temas da filosofia em linguagem acessível, propondo uma reflexão individual acerca de questões como saber o que é certo e o que é errado.
O presente capítulo, problema-mente e corpo, busca trazer a distinção de mente e cérebro, trazendo-o como duas instituições diferentes, porém sempre trabalhando juntas. A principal distinção se faz no fato de que o cérebro é um conjunto de células observáveis, já a mente é fruto da interioridade do ser humano, no qual só ele possui acesso. Assim, o capítulo afirma que o ser não é somente constituído pela parte física, o cérebro e os sistemas nervosos, há mais além, no caso a mente que guarda nossa subjetividade, onde não é passível de observação de modo cientifico, tal como, abrir sua cabeça para analisar seu cérebro, como citado no texto. 
Sendo assim, é levantada a questão do dualismo, onde então seríamos divididos por um corpo físico que é complexo e uma alma mental. Essa divisão recebeu muitas críticas, principalmente dos materialistas os quais acreditavam que tudo era resumido a partes físicas, e que só ela era necessária para desenvolver a mente. 
Além do dualismo e do materialismo, existe o aspecto dual, no qual a mente estaria em uma parte interior do cérebro, ou seja, o ser seria composto somente pelo corpo, mas seu cérebro não seria somente baseado em partes físicas, pois nele haveria algo escondido onde nenhum cientista conseguiria chegar, a não ser si próprio. 
Por fim, o autor coloca que enquanto não for descoberto como elementos combinados formam além de um ser biológico funcional, mas sim, um ser consciente, esses meios serão insuficientes. Ainda afirma que é possível que a ciência tenha deixado para traz problema da mente, e que podem existir coisas que a ciência física não é capaz de entender.
Tendo em vista o texto trabalhado, é certo que possuímos nossa subjetividade, e que existem coisas em nosso interior que não são passíveis de observação de modo científico, porém ao levantar a questão mente – corpo já não é certo o jeito em que elas se constituem e se mantém presente na nossa vida. Muitas interpretações podem ser tiradas em cima dos três aspectos levantados, no caso o materialismo, dualismo e o aspecto dual. É necessário ser muito cético para acreditar que não somos nada além de partes físicas e biológicas perfeitamente construídas, igualmente é necessário uma grande crença para que acredite em uma alma mental separada do nosso corpo físico. Sendo assim, um equilíbrio entre ambas seria no ponto de vista da dupla, o aspecto dual, no qual possuímos o físico, o biológico, a mente e nossa subjetividade num mesmo corpo, mantendo equilibradas nossas convicções.

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