Prévia do material em texto
Ana Valéria Dantas de Araújo Góis Acidente Vascular Encefálico Etiologia ➵ Se classifica em Isquêmico (85%) ou Hemorrágico (15%) Isquêmico – entupimento dos vasos Hemorrágico – ruptura do vaso; morte tecidual Hemorragia Intra Parenquimatosa (HIP) * HAS é a principal causa * Pega principalmente no corte 3 * Foco nos núcleos da base, tálamo, núcleo lentiforme, putamen e globo pálido * MAV – mal formação arteriovenosa Hemorragia Sub Aracnóidea * Principal causa são os aneurismas saculares * Pega principalmente no corte 4 – cisterna suprasselar Aneurisma sacular – ocorre principalmente no polígono de Willis Exames de Imagem ➵ Tomografia Computadorizada (TC) sem contraste Utilizada principalmente em situações de urgência e emergência Hemorragia recente – possui altíssima sensibilidade Ajuda a diferenciar se é AVE hemorrágico ou isquêmico Usada principalmente na janela de tratamento (tempo após acidente necessário para a aplicação de trombólise nos casos de AVCi) Ex. Hemorragia Sub-Aracnóide (HSA) possui sensibilidade 98 a 100% se feito até 12horas; Em caso de já ter se passado 1 semana, a sensibilidade é de 50% ➵ Ressonância Magnética (RM) SE: Dúvidas ou em casos de WakeUp Stroke (Quando o paciente acorda com sintomatologia do AVC) AVEi de tronco encefálico ou lacunar Em pacientes que acordaram com sintomatologia de AVE, faz-se uma DWI-FLAIR mismatch (Difusão) naqueles pacientes que estão a menos 4 horas e meia com sintomas de AVC; os casos de no mismatch, são aqueles em o paciente já tem mais de 4 horas e meia do ocorrido AVEi a Ressonância possui acurácia muito maior do que a TC (principalmente em um tempo menor que 24 horas) – com a sequencia de difusão sai o resultado em minutos e no máximo 2 horas OBS - Difusão positiva (DMI) e flair negativo (ou sutil) – pode fazer trombolítico (faz menos de 4,5h) OBS - Se difusão + (edema citotóxico) e flair + (edema vasogênico) ambos positivos – provavelmente faz mais de 4,5h do AVE, não sendo permitida a trombólise. ➵ Outros exames Sem hemorragia AVEi * Pode fazer tratamento com rtPA (trombolítico) EV (em menos de 3 a 4,5hs ) * Pode realizar Angio-Tc/ Rm para avaliar trombro * Pode realizar perfusão por TC/RM para ver penumbra * Em casos de dúvida, realizar RM Ana Valéria Dantas de Araújo Góis Com hemorragia * HIP Faz tratamento da HAS Se suspeita de A. Amiloide, faz-se uma RM ou uma RM + Angio RM Se suspeita de MAV, faz-se uma Angio-TC/RM * HSA Como 80% deles é causado por aneurisma no poligno de Willis, precisamos de um estudo vascular, principalmente arterial = Faz-se Angio-TC/RM AVE isquêmico x AVE hemorrágico ➵ AVE isquêmico Obstrução ao fluxo de sangue em uma artéria cerebral, causando morte do tecido próximo Na imagem a abaixo pode-se ver a área hipodensa – mais comum no território da artéria cerebral média) ➵ AVE hemorrágico O sangue extravasa para fora da região, causando irritação/ vasoespasmo Na imagem abaixo podemos observar: * Imagem hiperdensa/hiperatenuante * Desvio da linha média * Pode ser intraparenquimatoso e subaracnoide OBS – Quando a linha média possui um desvio acima de 5mm é indicação cirúrgica Características de Imagem 1. Desviou a linha média (traça uma linha no meio e calcula a distancia da linha para o septo pelúcido; corte 3; isquemia de mais de 24 horas (devido sua extensão e a densidade) 2. Hemorrágico intrapaquemitoso extenso, que se propagou para os ventrículos; corte 3 3. Hemorragia sub-aracnóidea – ver tudo branco, pois houve extravasamento de sangue; corte 4 – local onde fica os principais vasos (polígono de willis) 1. Núcleos da base do lado esquerdo 2. Núcleo lentiforme (na região do putamen) 3. Na região dos sulcos, fissura de sylvius ➵ Adendo – Edema Vasogênico x Edema Citotóxico Edema Citotóxico = influxo de água para dentro da célula – pega muito substância cinzenta (córtex e núcleos da base); Muito comum em AVEi Ana Valéria Dantas de Araújo Góis Edema Vasogenico – ocorre uma disfunção na bomba de sódio e potássio e consequentemente um extravasamento do líquido; Preserva córtex e corpos celulares; Muito comum em Tumores, infecções e AVE ➵ Outras imagens importantes 1. Normal – substância branca é mais escura 2. TC com edema difuso – substância branca ficou mais branca 1. Tumor é realçado com o uso do contraste 1. Polígono de Willis – regiões mais comuns de aneurismas Maior parte do cérebro é irrigada pela artéria cerebral média – regiões em laranja Amarelo – A. cerebral média Região fronto-medial – A. cerebral anterior Região medial – A. cerebral anterior Região lateral – A. cerebral média Ana Valéria Dantas de Araújo Góis Imagem no AVE isquêmico hiperagudo ➵ Tempo de evolução do AVE Hiperagudo precoce <6 horas Hiperagudo tardio: de 6 a 24 horas Agudo: de 24 a 7 dias Subagudo: 7 dias a 3 semanas Cronico: + de 3 semans Imagem 1 – hiperagudo precoce Imagem 2 – Hiperagudo tardio Imagem 3 – Agudo/Subagudo Imagem 4 – Crônico Agudo/subagudo – AVEi: A. cerebral média e A. cerebral posterior – A. carótida interna; As vezes tem que fazer cranioextomia descompressiva Cronico – Ocorre uma atrofia e assim a um desvio para o mesmo lado Em relação ao edema: * Edema citotóxico – Com a Isquemia ocorre restrição à movimentação de água = se usa DWI (difusão) * Edema vasogênico – Extravasamento intracelular e extracelular. Efeito expansivo. O edema vasogênico é o mais comum. Decorre de disfunção da barreira hemoencefálica em torno de uma lesão, causando extravasamento de água, eletrólitos e proteínas, que se acumulam no espaço extracelular da substância branca. * Edema com gliose – AVE crônico AVEi do lado esquerdo – percebe-se devido ao apagamento dos sulcos; Imagem sem e com contraste Nessa imagem de corte 4, a artéria cerebral média encontra-se hiperdensa (região mais superior direita) – Sinal precoce de AVC Área de Penumbra – Área onde tem uma diminuição do fluxo vascular, mas ainda pode ser salvável; Tem uma perfusão alterada, mas ainda não aparece na difusão Ana Valéria Dantas de Araújo Góis Se a imagem que fica branco na difusão, ficar preto no mapa, esse AVC é verdadeiro AVEi de tronco é melhor vista na RM, uma vez que na TC é normal; É uma restrição de difusão no território vascular da ponte Imagem 1 (A. cerebral posterior; A. cerebral anterior e A. cerebral média); AVEi pega um território vascular O sinal vai ficar variando Na difusão, os picos de restrição de brilho são principalmente entre 1 e 7 dias (vai avaliar principalmente edema citotóxico); Depois de 7 dias, começa a ficar menos evidente o AVE O Hipersinal em T2WI demora mais para subir e descer – Avalia mais edema vasogênico ➵ AVE isquêmico Quadro clínico + Quadro radiológico para se definir se vai ou não tratar – para isso é preciso exames de imagem rápidos e que tenham afetividade comprovada Informações importantes da imagem no AVEi recente: * AVE (sinais): TC ou RM * Hemorragia (sinais): TC ou RM * Trombo arterial: Angio-TC ou Angio- RM ou angiografia * Circulação colateral: Angio-TC ou Angio-RM ou angiografia * Área de penumbra: perfusão por TC ou por RM ➵ TC de crânio – sem contraste AVE? * Achado de AVE hiperagudo precoce (menor de 6 horas) AVE extenso? * Mais que 1/3 da artéria cerebral média → extenso → não pode fazer uso de trombólitos * Aspect score: Núcleo caudado, lentiforme, cápsula interna, córtex insular, M1, M2, M3 * 10 – número de áreas afetadas * > ou igual a 6 → faz uso de trombolíticos Contraindicação a trombólise * Hemorragia * Edema vasogênico * MAV e tumor ➵ Achados de AVE hiperagudo precoce (<6horas) Sinal da artéria hiperdensa Hipoatenuação/ Perda da diferenciação * Núcleo da base – lentiforme apagado * Cortex insular – sinal da banda insular * Territórios distais de ACM Assimetria dos sulcos Ana Valéria Dantas de Araújo Góis ➵ Achados de AVE hiperagudo tardio (6 a 24 horas) – pode ser os mesmos achados do hiperagudo precoce Artéria hiperdensa ➵ Achados de AVE Agudo Maior hipoatenuação do território acometido Maior edema/efeito de massa – pico de 2 a 7 dias Transformação hemorrágica (extravasa sangue) Realce pós-contraste – mais de 3 a 5 dias até 3 a 6 meses ➵ AVE extenso – ASPECR SCORE (avalia as características de algumas imagens) Aspect Score * Núcleo caudado; * Núcleo lentiforme; * Capsula interna; * Córtex insular; * M1 – córtex da ACM anterior – opérculo frontal; * M2: córtex da ACM lateral à ínsula – lobo temporal anterior; * M3: córtex da ACM posterior – lobo temporal posterior; * M4: córtex da ACM anterior, imediatamente superior a M1 * M5: córtex da ACM lateral, imediatemente superior a M2 * M6: córtex da ACM posterior, imediatamente superior a M3 OBS – Diminui-se 10 do número de áreas afetadas OBS – Acima de 10 áreas dessas afetas, não indicado trombólise.. Faz-se Tombolise para abaixo de 6 ➵ Angio- TC de crânio/cervical Trombo – presença, local prognóstico + tratamento Trombo – extensão (prognóstico) Circulação colateral (prognostico) Extensão maior, melhor prognóstico Paciente D tem melhor prognóstico ➵ Perfusão Penumbra isquêmica * PWI (perfusão) – alteração de todo o território da artéria cerebral média * A área de penumbra pode ser recuperada Ana Valéria Dantas de Araújo Góis Difusão extensa – não trata-se, isquemia muito grande. Difusão não extensa – pode-se tratar, fazer trombólise