Buscar

Caso 5 - Antifúngicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos
Sarah Cristhina C. Virginio
Caso 5
A. P. S em tratamento com uma micose utiliza cetoconazol 200 mg 1x ao dia. O paciente é diabético e também faz tratamento para gastrite com omeprazol 40mg 1x ao dia pela manhã. Paciente retorna ao médico, pois não obteve resposta satisfatória para a micose, ele sentiu mal estar após ingerir bebida alcoólica no final de semana Médico solicitou ao farmacêutico responsável pela Farmácia Clínica que fizesse um levantamento das classes de antifúngicos e o seu mecanismo de ação.
1. Interação do cetoconazol e omeprazol com o álcool.
Não há dados que condenem o uso de omeprazol e o consumo de bebidas alcoólicas, porém no tratamento de lesões gastrointestinais é recomendado mudança na dieta, excluindo ou evitando o consumo de alguns alimentos, entre eles a bebida alcoólica.
Em relação a interação com o cetoconazol, algumas pessoas sentem indisposição no consumo de álcool durante o tratamento.
2. Mecanismo de ação dos antifúngicos
O Macrolídeo poliênico, como a Anfotericina B, atual ligando-se ao ergosterol, que está presente somente na composição da membrana fúngica e não na membrana de mamíferos, alterando a permeabilidade da membrana assim formando poros que permite a perda do conteúdo intracelular.
A Flucitosina, interferem na síntese de DNA e RNA seletivamente nos fungos.
Os Azóis, como o cetoconazol e o Itraconazol, bloqueiam as enzimas P450 fúngicas interferindo na síntese de ergosterol, porém o cetoconazol interfere também na função P450 de mamíferos, enquanto o Itraconazol é muito mais seletivo.
As Equinocandidas, bloqueia a b-glicano sintase, impedindo a síntese da parede celular fúngica.
As Alilaminas, inibem a epoxidação do esqualeno nos fungos, reduzindo assim o ergosterol, impedindo a síntese da membrana celular fúngica.
3. Qual a classificação dos antifúngicos?
Podem ser classificados por critérios químicos e clínicos.
Químico:
· Antibióticos
· Polienos
-Anfotericina B
-Nistatina
-Hamacina (Primaricina)
· Benzofurano heterocíclico
-Griseofulvina
· Antimetabólicos
-Flucitosina
· Azóis
· Imidazóis (tópicos)
-Clotrimazol
-Econazol
-Miconazol
-Cetoconazol (sistêmico)
· Triazoís (Sistêmicos)
-Fluconazol
-Itraconazol
· Alilamina
-Terbinafina
· Outros fármacos tópicos
-Tolnaftato
-Ácido benzoico
-Quimidoctor
-Ciclopirox olamina
-Tiossulfato de sódio
Clínicos:
· Antifúngicos para infecções sistêmicas
-Anfotericina B
-Flucitosina
-Azóis
-Imidazólicos
-Triazólicos
· Antifúngicos sistêmicos para infecções mucocutâneas
-Griseofulvina
-Terbinafina
· Antifúngicos para uso tópico
-Nistatina
-Azóis tópicos
 -Clotrimazol
 -Miconazol
 -Cetoconazol
-Alilaminas tópicas
 -Terbinafina
 - Naftifina
4. Existe relação do diabetes com o aparecimento dos fungos e sua resistência?
Sim, de acordo com pesquisas e estudos foi comprovada maior suscetibilidade a paciente diabéticos, sendo ainda maior naqueles com metabolismo desregulado, a apresentar dermatoses principalmente causada por fungos, uma vez que dada a sua desordem metabólica e sua deficiência circulatória, diminuindo assim a infiltração de defesa e a regeneração em lesões, tornando-se palco para infecções oportunistas e outras dermatofitoses.
5. No caso do paciente, não seria mais indicado usar antifúngico tópico?
A via de administração e forma farmacêutica depende do local da infecção. Medicamentos de uso tópico apresentam bom desempenho no tratamento de micoses cutâneas, enquanto a forma sistêmica é indicada para casos mais graves ou infecções sistêmicas e internas. Já para caspas ou dermatite seborreica os shampoo são mais indicados.
6. Existe interação entre o omeprazol e o cetoconazol?
O omeprazol pode reduzir a ação de fármacos antifúngicos, entre eles o cetoconazol, dada a absorção reduzida em decorrência da diminuição da dissolução.
7. Posologia do cetoconazol e do omeprazol
OMEPRAZOL
- 1 comprimido de 20 mg ao dia, em jejum, uma vez que nesse momento as células parietais apresentam maior número de bombas de próton em repouso. A duração do tratamento varia de acordo com a doença em questão podendo varias de 4 a 8 semanas e chegando até 6 meses no tratamento de úlceras provocadas por anti-inflamatórios.
CETOCONAZOL
-O shampoo pode ser usado para o tratamento da caspa e dermatite seborreica, com duas aplicações por semana durante 4 a 8 semanas.
-As pomadas e cremes tem aplicação diária única, nas micoses com duração de 2 semanas e nas frieiras com duração de 6 semanas.
-Já os comprimidos, são usados em casos de infecções mais graves, sendo utilizado doses diárias de 200 a 400 mg até resolução da infecção podendo levar até 6 meses. 
Referências bibliográficas
· Disponível em :< https://www.mdsaude.com/bulas/omeprazol/ > Acessado em: 17 de março de 2021.
· SILVA, Penildon. Farmacologia/ Penildon Silva. 8. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2010.
· KATZUNG, B. G.; TREVOR, A. J. Farmacologia básica e clínica. 13. Ed. Porto Alegre,2017.
· Disponível em: < https://www.mdsaude.com/bulas/cetoconazol/ > Acessado em: 17 de março de 2021.
· FOSS, N T, et. al., Dermatoses em pacientes com diabetes mellitus, Departamento de Clínica médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Revista de Saúde Pública, São Paulo, 2004.

Continue navegando