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COLONOZAÇÃO PORTUGUESA

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COLONIZAÇÃO 
PORTUGUESA
A chegada dos portugueses ao Brasil
Em 1500, uma grande esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral saiu de Portugal. Alguns historiadores afirmam que estavam indo em direção ao Oriente, outros acreditam que Cabral já sabia da existência das terras brasileiras. O que se sabe, porém, é que em 22 de abril de 1500 Cabral ancorou na região que hoje corresponde ao sul da Bahia.
Os primeiros contatos entre portugueses e nativos.
Os primeiros encontros entre portugueses e nativos, de acordo com a carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota de Cabral, foram pacíficos, apesar das diferenças culturais existentes entre eles.
Cadê o ouro?
O rei de Portugal, na época, D. Manuel I, ficou decepcionado com as informações da carta de Caminha, pois ele esperava encontrar metais preciosos nas terras recém-descobertas. Assim, os primeiros trinta anos da presença portuguesa se resumiram à exploração do pau-brasil, já que Portugal estava mais interessado no comércio de especiarias com o Oriente, que era bem mais lucrativo.
Pau-brasil
Árvore nativa da Mata Atlântica e presente em todo o litoral brasileiro. Era comercializado com o objetivo de fabricar móveis e extrair a tinta vermelha de sua madeira para tingir tecidos. Devido à sua intensa exploração, na época da chegada dos portugueses, acabou entrando em extinção.
Especiarias?
Sabe aqueles temperos que a gente usa na cozinha? Pimenta do reino, noz moscada, gengibre, cravo e canela... eram as especiarias da Índia. Hoje, a gente compra baratinho nos mercados, mas, antigamente, elas eram valiosas e custavam muito caro!
A exploração do pau-brasil
Ao longo do litoral brasileiro foram criadas feitorias (entrepostos comerciais) para explorar o pau-brasil. A obtenção da madeira era feita por meio do escambo (troca). Através desse sistema, os indígenas recebiam objetos (canivetes, espelhos, miçangas, facas, entre outros) em troca de serviços prestados na extração da madeira. A Coroa portuguesa possuía o monopólio da exploração da madeira, no entanto, em 1503, o português Fernão de Noronha recebeu o direito de explorar a madeira. Com os lucros, ele deveria enviar seis navios ao Brasil, anualmente, prosseguir nas descobertas de outras riquezas e erguer fortificações para defender o litoral.
As capitânias hereditárias
De início, a extração do pau-brasil, principal atividade dos portugueses na América, não levava à fixação de colonos. Esse tipo de exploração não demandava a formação de núcleos populacionais. Na década de 1530, a Coroa portuguesa na América começou a produzir açúcar, artigo mais valorizado na Europa. Seu comércio gerava grandes lucros, como mostrou a experiência dos portugueses na ilha de Madeira e Açores. Para implantar esse cultivo, o rei dom João III, decidiu usar um sistema que tivera sucesso naquelas ilhas: a divisão do território em grandes lotes, doados a fidalgos (nobres) portugueses, chamados donatários. 
Os donatários poderiam explorar economicamente as terras do novo continente, com seus próprios recursos, desde que pagassem à Coroa parte dos lucros obtidos. Assim, em 1534, Portugal dividiu sua colônia em 15 faixas de terras denominadas hereditárias, que foram doadas a 12 donatários. 
As terras recebidas não podiam ser vendidas, pois pertenciam ao rei. Em compensação, o donatário podia transferir a capitania a seus 19 herdeiros e tinha o direito de doar sesmarias (vastas propriedades) a colonos católicos, utilizar indígenas para trabalho agrícola, montar engenhos, cobrar impostos e ainda exercer a justiça em seus domínios. 
De todas as capitanias, apenas duas tornaram-se viáveis: a de São Vicente, no sul e a de Pernambuco, no norte. Nesses locais, o cultivo de açúcar foi bastante lucrativo e permitiu a continuidade da colonização. 
Diversos fatores contribuíram para o insucesso da maioria das capitanias hereditárias, entre os quais: a distância em relação à metrópole; a grande extensão territorial; a resistência dos indígenas aos conquistadores europeus; os ataques dos corsários franceses; o desinteresse dos donatários, pois muitos não conseguiam arcar com as despesas para a colonização de suas capitanias e, por isso, nem chegaram a tomar posse delas.
Os governos-gerais Considerando os problemas das capitanias hereditárias, dom João III decidiu centralizar a administração colonial criando o cargo de governador-geral. 
Essa medida contribuiu para a ocupação e a exploração mais efetiva do território americano. O sistema do governo-geral complementou o das capitanias hereditárias. O governo-geral, nomeado pelo rei, deveria cuidar da colonização e da justiça, organizar as rendas, nomear funcionários para as capitanias, incentivar a lavoura de cana, procurar metais preciosos, defender os colonos e explorar o pau-brasil.
Seus auxiliares diretos eram o ouvidor-mor (justiça), o provedor-mor (finanças) e o capitão-mor (defesa e vigilância do litoral). A primeira sede do governo-geral foi a capitania da Bahia de Todos-os-Santos, transformada em capital real. 
O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa, que em 1549 se instalou na Bahia de Todos Os Santos, onde organizou um núcleo urbano que seria a primeira cidade do Brasil e capital da colônia, Salvador. Centenas de colonos vieram com ele para formar fazendas nas sesmarias doadas, com o objetivo de cultivar a cana.
Duarte da Costa foi o próximo governador-geral. Em 1553, trouxe colonos e jesuítas, incluindo José de Anchieta. Durante seu governo, os franceses tentaram estabelecer uma colônia na região do atual Rio de Janeiro, iniciando uma guerra que durou mais de dez anos.
 O grupo de franceses, que em 1555 ocupou a costa da região da atual cidade do Rio de Janeiro, tinha a intenção de formar uma colônia, chamada França Antártica. Tentando ganhar o apoio dos nativos, os franceses fizeram uma aliança com os Tamoio, que habitavam a área e eram inimigos dos portugueses, pois estes os escravizavam. Assim, formou-se a Confederação dos Tamoio, que dificultou a expulsão dos franceses.
Em março de 1560, com o apoio de uma armada vinda da metrópole, os portugueses tomaram a principal fortificação francesa, mas não conseguiram expulsá-los. Nesse confronto, José de Anchieta e Manuel de Nobrega tiveram atuação fundamental, levando os Tamoio a desfazerem seu acordo com os franceses e a não lutarem contra as forças reais. 
Em 1565, aproveitando-se das derrotas francesas, Estácio de Sá, sobrinho do governador Mem de Sá, lançou as bases para a fundação da vila que viria a tornar-se a cidade de são Sebastião do Rio de Janeiro. Seus objetivos eram estabelecer o domínio luso na região, expulsar os colonos da França Antártica, pacificar os indígenas, explorar os bens da costa brasileira e combater as embarcações francesas que ainda traficavam na América portuguesa. Em 1567, os portugueses conseguiram expulsar os franceses.
As Câmaras Municipais 
As decisões sobre a vida cotidiana dos colonos cabiam às Câmaras Municipais, responsáveis pelo governo das vilas e cidades. Algumas das atribuições das Câmaras eram: regulamentar as edificações das cidades e a limpeza das ruas; fixar penas para os que faltassem às procissões; controlar pesos e medidas dos produtos feitos pelos artesãos; determinar a prisão dos acusados de perturbar a ordem. Somente os chamados homens-bons (proprietários de terras e de escravos, que eram portugueses ou seus descendentes) podiam ser eleitos vereadores da Câmaras Municipais.
Jesuítas na América portuguesa 
Missões ou reduções eram agrupamentos indígenas dirigidos por missionários jesuítas que chegaram à América para converter os indígenas ao catolicismo. Nas missões, os nativos eram catequisados e aprendiam os hábitos e costumes dos colonizadores. Essa prática desagradava aos colonos, que eram impedidos pelos missionários de escravizar os nativos. 
A Coroa procurava administrar a rivalidade entre colonos e jesuítas. Se, por um lado, era importante que os colonos utilizassem os nativos na produção, por outro, as missões jesuíticas eram necessáriaspara garantir a ocupação do território e pacificar comunidades indígenas. Somente a partir de 1570, quando Portugal passou a incentivar a importação de africanos escravizados, as disputas entre colonos e jesuítas diminuíram. Os indígenas cristianizados perdiam os elos com sua cultura original, mas também não eram aceitos como indivíduos livres e iguais na sociedade colonial. Apesar disso, foram os jesuítas que preservaram muitas tradições culturais indígenas, como a língua tupi.

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