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Benicio Araújo Acidentes de Trabalho Princípios, regras, métodos de prevenção, tipo de EPIs e EPCs Deveres do empregado e do empregador quanto aos EPIs (NR-6:EPI) • DOENÇA PROFISSIONAL: produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. • DOENÇA DO TRABALHO: adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. RISCO • É a medida de perda econômica e/ou danos à vida humana resultante da combinação entre a frequência de ocorrência de um evento indesejável e a magnitude das perdas ou danos (consequências) Risco = Frequência X Perigo • O risco está sempre associado à chance de acontecer um evento indesejado, assim, deve-se entender que perigo é uma propriedade intrínseca de uma situação, ser ou coisa, e não pode ser controlado ou reduzido. Por outro lado, o risco sempre pode ser gerenciado, atuando-se na sua frequência de ocorrência, nas consequências ou em ambas • O desafio é criar uma cultura onde seja fortalecida a Percepção de Risco e reduzidas a Frequência e o • Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa. • Ou pelo exercício do trabalho, provocando lesão corporal • Ou perturbação funcional que cause a morte • Ou a perda da redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho Pode ser reduzida através da padronização, melhoria nas instalações e na capacitação dos indivíduos Podendo ser reduzido pela substituição, isolamento, diminuição de volumes entre os outros Benicio Araújo Perigo em nossas atividades → um bom caminho é através da Gestão de Risco e da Prevenção de Perdas • O Profissional de Saúde deve perceber em primeiro lugar o risco ao qual está exposto; assim estará apto a fazer o melhor pelo paciente. • É fundamental que todos os empregados saibam quais são acidentes de trabalho mais comuns e como evitá-los, afinal, trata-se da integridade física e mental do trabalhador; A segurança do trabalho deve ser prioridade para o empregado em seu trabalho. • É por essa razão que campanhas de prevenção de acidentes são comuns nas empresas, mas ainda há acidentes que ocorrem com bastante frequência e, quem sofre com isso, são os trabalhadores. PREMISSAS GESTÃO DO RISCO E PREVENÇÃO DE PERDAS • As pessoas, conscientemente, não querem se acidentar e nem contribuir para um acidente; • Elas estão limitadas inicialmente ao conhecimento adquirido, as informações disponibilizadas de forma clara e inequívoca; • O limite da expectativa sobre cada indivíduo será sempre o limite de sua responsabilidade formal; • Todos possuem, independente da posição hierárquica, a mesma capacidade para contribuir com o processo de gestão; • Ninguém pode suprir outros nos esforços necessários. Cada um faz sua parte e o sistema cria a sinergia entre todos; • O sistema depende das pessoas, e as falhas são das pessoas. • Ninguém tem o direito de desconhecer a lei; • Apesar da fiscalização legal não ser onipresente, a lei é o limitador de sua rotina; • A lei trás informações técnicas essenciais e de custo zero; • Precedendo cada lei existe um histórico grande de perdas (intoxicações, lesões, óbitos e incapacidades); • O acompanhamento da adesão a legislação deve ser perseguida não como corrida de 100 metros e sim como maratona); • A lei em muitos casos não terá aplicabilidade ao seu negócio; • Não confundir desejos da organização com atendimento legal, pois só os primeiros são adiáveis. • Toda atividade humana pode ser desenhada como sistema; • Instalações, equipamentos, matérias-primas e insumos são totalmente conhecidos; • Os limites estabelecidos em projeto devem ser obedecidos; • As mudanças devem ser controladas; • Os estoques devem ser otimizados; • Os sistemas devem ter métrica e capacidades definidas; • O planejamento é a única base para crescimento dos sistemas; • A aplicação do conhecimento depende de registros e fluxos estabelecidos; Benicio Araújo • Instruções e padrões rotineiros devem ser simples e acessíveis; • Os limites dos sistemas devem estar disponíveis de forma clara nos processos; • Não existem números mágicos e sim necessários; • Simplificação é a base do processo eficiente; • Todas a mudanças e decisões devem ser registradas e compartilhadas. TIPOS DE ACIDENTES DE TRABALHO QUEDA DE ALTURA • Esse tipo de acidente infelizmente é um dos mais comuns, pois tarefas em elevadas alturas não são restritas a um ramo específico, seja na indústria alimentícia, seja na petroquímica, há inúmeras ocasiões de trabalho na altura; • O que impulsiona o alto número de quedas dos colaboradores é a negligência no que se refere ao uso dos EPI's e principalmente a imprudência; • Grande parte desse tipo de fatalidade ocorre em situações que aparentemente são julgadas como tarefas simples e rápidas (desprezando assim o EPI e outros EPCs), mas que, na verdade, não são; • Ou seja, o fato de subestimar o risco de determinadas tarefas geralmente é o grande causador de quedas de altura em ambientais industriais. • Equipamentos de segurança: Ancoragem; Cinto de segurança; Conectores; Cordas e cabos; Escadas; Absorvedor de energia; Trava-queda; Talabarte. CORTES • Mais frequente para os colaboradores que atuam nas indústrias metalúrgica e alimentícia, cortes e perfurações no corpo infelizmente ocorrem com alta frequência; • Ocorre, muitas vezes, devido a momentos de distração do próprio trabalhador, isto é, falha humana ao desempenhar tarefas que exigem o manuseio de equipamentos cortantes/pesados; • Ex: as fatalidades que ocorrem no processo de produção da carne e de derivados pelo ramo frigorífico, bem como na fabricação de veículos pelo segmento automobilístico → em ambos os casos há atividades que demandam carregamento de peso, corte de insumos, lixamento etc. • Equipamentos de segurança: Luvas de proteção; aventais; mangotes. CHOQUES ELÉTRICOS • A eletricidade, com certeza, é a fonte de energia mais utilizada para a realização de processos industriais, desde o funcionamento de um alto-forno até o uso de um simples compressor; • Por isso, a incidência de acidentes de trabalho envolvendo choques não se limita a colaboradores que trabalham especificamente com rede elétrica; • O contato com fios desencapados, fontes não isoladas e a entrada indevida em locais de alta tensão são os principais causadores de choques na indústria; • Eles podem causar queimaduras, tontura, contração muscular, perda de sentido e formigamento. Vale destacar ainda que dependendo do tempo de exposição e da intensidade da corrente, o trabalhador corre sério risco de vida. Benicio Araújo • Equipamentos de segurança: Luva isolante; Botina de segurança/outro calçado fechado; Capacete; Manga isolante. CONTUSÕES • Muito comum em atividades que demandam esforço físico, acidentes de trabalho que geram contusões também são preocupantes, entretanto, causam menos fatalidades que os outros; • Tarefas que exigem levantamento de cargas, movimentação constante e força em geral são as que mais fazem os colaboradores se contundirem; • Seja uma contusão no pé proporcionada por sobrecarga, seja uma contusão na mão, devido ao esforço repetitivo, esse tipo de acidente de trabalho pode ser evitado principalmente se houver respeito com os limites do corpo humano. • Grande parte das contusões podem ser evitadas por meio de algumas medidas, como pausas programadas durante os esforços e bom senso ao realizar tarefas que exigem força; • EPI's que ajudam a evitar contusões: Calçado específico para o tipo de exercício; Luvas de proteção. FRATURAS De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT),em 2017, ocorreram por volta de 93.000 acidentes de trabalho envolvendo luxações, entorses e fraturas; O estudo aponta ainda que as responsáveis por esse elevado número são as falhas de prevenção, causando principalmente fraturas nos MMSS (mãos e punhos) dos colaboradores; Fraturas ou luxações nas mãos são praticamente sinônimos de muitos dias de afastamento, isso porque essa região é formada por várias ligamentos e ossos; Esse tipo de acidente de trabalho liderou o ranking de benefícios concedidos pelo INSS em 2017, acumulando por volta de 22.668 de casos; EPIs para evitar lesões e fraturas no corpo (mãos, punhos e pés): Luvas de proteção; Avental; Botas. AMPUTAÇÃO • Acidentes de trabalho que envolvem amputação infelizmente podem ocorrer mesmo quando o colaborador toma as devidas precauções e está utilizando todos os EPI's; • Isso se dá devido a falhas em maquinários mecânicos (principalmente de corte e de impacto), ou por equipamentos que não estão protegidos, causando em sua grande maioria a amputação de dedos, mãos e MMSS; • É fundamental que todo o maquinário industrial que represente algum risco de amputação (máquinas que têm rotação, corte, deslocamento, perfuração, flexão etc.) para o colaborador receba a adequada manutenção e a proteção de suas áreas críticas; • Há ocasiões em que, por causa da força e da robustez de certos equipamentos, o EPI não é capaz de isentar o trabalhador desse tipo de acidente; Benicio Araújo • EPI's amenizam ferimentos e evitam amputações: Luvas de malha de aço; Botina de couro; Capacete de proteção. EPIs e EPCs • OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR o Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade; o Exigir o uso correto do EPI; o Fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; o Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação do EPI; o Substituir o EPI imediatamente quando for danificado ou extraviado; o Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica do EPI; o Comunicar ao ministério qualquer irregularidade observada nos EPIs utilizados; o Registrar o fornecimento do EPI ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico. • OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO o Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que ele se destina; o Responsabilizar-se pela guarda e conservação do EPI; o Comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o EPI impróprio para uso; o Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. MEDIDA PROVISÓRIA N° 955, DE 20 DE ABRIL DE 2020 • Revoga a Medida Provisória n° 905, de 11 de novembro de 2019, que institui o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo e altera a legislação trabalhista; • O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 20 de abr. de 2020; • Revogado pela Medida Provisória n° 955, de 2020.
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