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1 Luana Cortez – MEDICINA VETERINÁRIA Articulações do membro pélvico O membro pélvico se une ao tronco por meio do cíngulo pélvico que é constituído pela combinação do ílio, do ísquio e do púbis. Articulação sínfise pélvica ✓ É uma articulação cartilaginosa (anfiartrose); ✓ Formada por cartilagem fibrocartilaginosa; ✓ Une os ossos coxais medioventralmente; ✓ Há duas partes: - Sínfise púbica cranial (ossifica) - Sínfise isquiática caudal. Articulação sacroilíaca ✓ Articulação sinovial plana; ✓ Formada: faces auriculares da asa do ílio do coxal + da asa do sacro; ✓ Faces articulares cobertas por cartilagem; ✓ Cápsula articular é encaixada próxima à articulação, sendo reforçada pelos ligamentos sacroilíacos ventrais; ✓ Movimento: discreto deslize (qualquer direção); ✓ Tipos de ligamentos: a) Ligamentos sacroilíacos interósseos: se prolongam entre a tuberosidade ilíaca da asa do ílio e a face dorsal da asa do sacro; b) Ligamentos sacroilíacos dorsais: o Ramo curto (se prolonga entre a tuberosidade sacral e os processos papilares do sacro em carnívoros e suíno ou os processos espinhosos do sacro em ruminantes e equinos); o Ramo longo (se prolonga entre a tuberosidade sacral e a parte lateral do sacro); c) Ligamento sacrotuberal: o Em cão, é outra corda fibrosa que se prolonga entre o processo transverso das últimas vértebras sacrais e a tuberosidade isquiática; o Em gato, não existe; o Em ungulados, é chamado de ligamento sacrotuberal largo, pois se prolonga em uma lâmina ampla que se situa entre a parte lateral do sacro no bovino ou nos processos transversos das primeiras vértebras caudais no equino e no suíno, e a margem dorsal do ílio e do ísquio. 2 Luana Cortez – MEDICINA VETERINÁRIA o Os forames isquiáticos maior e menor permanecem descoberto para a passagem de vasos, nervos e tendões. Articulação coxofemoral ✓ Articulação sinovial esferoide; ✓ Formada: Cabeça do fêmur + acetábulo; ✓ Lábio do acetábulo – Faixa de fibrocartilagem que contorna a borda do acetábulo; ✓ A cápsula articular é ampla, se fixa ao lábio do acetábulo e recebe o ligamento da cabeça do fêmur; ✓ Movimentos: Flexão, extensão, abdução, adução e rotação. ✓ Tipos de ligamentos: a) Ligamento da cabeça do fêmur: se prolonga desde a fóvea na cabeça do fêmur até a fossa do acetábulo; b) Ligamento acessório do fêmur: (somente no equino) se destaca do músculo reto do abdome, se situa no ligamento púbico cranial e se insere próximo ao ligamento da cabeça do fêmur na fóvea da cabeça do fêmur; c) Ligamento transverso do acetábulo: forma uma ponte sobre a incisura do acetábulo e mantém os outros dois ligamentos em posição; Aplicação prática da anatomia: Displasia coxofemoral Articulação do joelho ✓ Articulação sinovial em dobradiça, composta e incongruente; ✓ Compreende: • Articulação femorotibial; • Articulação femoropatelar; a) Articulação femorotibial: o Articulação sinovial condilar; o Formada: côndilos do fêmur + côndilos da tíbia; o Movimentos principais: Flexão e Extensão; Rotação limitada; o Há um menisco entre cada côndilo femoral e a tíbia para compensar a incongruência das faces articulares. São fibrocartilages semilunares; Tem a função de amortecer os impactos e de corrigir as incongruências dos ossos do joelho; 3 Luana Cortez – MEDICINA VETERINÁRIA o Cápsula articular é ampla e sua camada fibrosa se fixa às margens das faces articulares e aos meniscos, e, desse modo, envolve completamente os côndilos femorais; o Tipos de ligamentos: a) Ligamentos dos meniscos: - Ligamentos tibiais craniais dos meniscos: os ligamentos lateral e medial se prolongam desde a parte cranial de cada menisco até a área intercondilar cranial medial e lateral da tíbia; - Ligamentos tibiais caudais dos meniscos: o ligamento lateral se pronlonga desde o ângulo caudal do menisco lateral até a incisura poplítea da tíbia. O ligamento medial se prolonga desde o ângulo caudal do menisco medial até a área intercondilar caudal da tíbia; - Ligamento meniscofemoral: passa do ângulo caudal do menisco lateral para o interior do côndilo femoral medial; - Ligamento transverso do joelho: conecta os ângulos craniais dos dois meniscos em carnívoros e algumas vezes nos bovinos; b) Ligamentos femorotibiais: - Ligamentos colaterais lateral e medial: ligamento colateral lateral origina-se do epicôndilo lateral do fêmur e termina com um ramo no côndilo lateral da tíbia e com um ramo mais forte na cabeça da fíbula. O ligamento colateral medial ou tibial se prolonga entre o epicôndilo medial do fêmur e uma área rugosa distal à margem do côndilo medial da tíbia; ele se fusiona com a cápsula articular e o menisco medial. - Ligamentos cruzados do joelho cranial e caudal: se situam principalmente na fossa intercondilar do fêmur entre as duas bolsas sinoviais das articulações femorotibiais. O ligamento cruzado cranial origina-se da área intercondilar do côndilo femoral lateral, se prolonga craniodistalmente e se insere na área intercondilar central da tíbia. O ligamento cruzado caudal se fixa à área intercondilar do côndilo femoral medial, se orienta caudodistalmente e termina na incisura poplítea da tíbia. - Ligamento poplíteo oblíquo: consiste em filamentos fibrosos embutidos na cápsula articular que correm em uma orientação lateroproximal a mediodistal. 4 Luana Cortez – MEDICINA VETERINÁRIA Aplicação prática da anatomia: Ruptura do ligamento cruzado. b) Articulação femoropatelar: ✓ Articulação sinovial troclear; ✓ Formada: Face articular da patela + tróclea do fêmur; ✓ Tipos de ligamentos: a) Retináculos patelares: são filamentos de tecido conectivo originados da fáscia regional entre o tendão do músculo quadríceps, a patela, os côndilos femorais e a tróclea da tíbia. b) Ligamentos femoropatelares: se prolongam entre os epicôndilos do fêmur e o mesmo lado da patela c) Ligamento patelar: - Ligamento patelar único: presente em carnívoros, suíno e pequenos ruminantes, é idêntico ao ligamento patelar médio nas outras espécies. Formado: parte distal do tendão de inserção do m. quadríceps femoral. - Ligamento patelar lateral: Presente em equinos e bovino. Se prolonga desde a parte lateral da face cranial da patela até a parte lateral da tuberosidade da tíbia. - Ligamento patelar medial: Presente em equinos e bovinos. Se fixa proximalmente à fibrocartilagem parapatelar e termina na face medial da tuberosidade da tíbia. - Ligamento patelar médio: Presente em equinos e bovinos. Se prolonga desde a parte cranial da ponta da patela até a tuberosidade da tíbia. Aplicação prática da anatomia: Luxação da patela; c) Articulações tibiofibulares: Varia de acordo com as espécies: o Carnívoros: Articulações sinoviais pequenas e rígidas em cada extremidade -- Articulações tibiofibulares proximal e distal. o Ruminantes: Cabeça da fíbula fusionada ao côndilo da tíbia --Sem articulação proximal, apenas articulação distal. o Equinos: Apenas articulação proximal. Aplicação prática da anatomia: Osteocondrose na articulação tíbio- társica; Articulação do tarso ✓ Articulação composta; 5 Luana Cortez – MEDICINA VETERINÁRIA ✓ Formada: Tíbia + fíbula + ossos do tarso + ossos do metatarso com 5 níveis de articulação. ✓ Tipos de articulação: a) Articulação tarsocrural: o Articulação sinovial coclear; o Faces articulares: Carnívoros: entre a tróclea do tálus e a extremidade distal da tíbia e entre o calcâneo e a extremidade distal da fíbula. Ruminantes:entre a tróclea do tálus e a extremidade distal da tíbia e entre o calcâneo e o maléolo lateral. Equinos: entre a tíbia e o tálus. b) Articulações intertarsais proximais: o Subdivisão: - Proximalmente: Articulação talocalcânea central. - Distalmente: Articulação dos ossos central do tarso e 4° tarsiano. Carnívoros: Movimentos laterais, rotacional, flexão e extensão. Ruminantes: Movimentos de flexão e extensão. Equino: Praticamente não há movimentos. c) Articulação centrodistal d) Articulação intertarsais distais: o Articulação rígida; o Faces articulares: osso central do tarso proximalmente + ossos pequenos do tarso distalmente; o Permitem poucos movimentos; e) Articulações tarsometatarsais: o Faces articulares: Ossos tarsais distais + ossos metatarsais; ✓ Tipos de ligamentos: a) Ligamento colateral lateral longo: Se prolonga entre o maléolo lateral e a base dos ossos metatarsais laterais, fixando-se também aos ossos laterais do tarso ao longo de seu trajeto. b) Ligamento colateral lateral curto: Percorre sob o ligamento colateral lateral longo, origina-se do maléolo lateral e se fixa com um ramo ao calcâneo e outro ao tálus. c) Ligamento colateral medial longo: Se prolonga entre o maléolo medial e a base dos ossos metatarsais mediais, fixando-se também 6 Luana Cortez – MEDICINA VETERINÁRIA aos ossos tarsais mediais ao longo de seu trajeto. d) Ligamento colateral medial curto: Emerge do maléolo medial, sob o ligamento longo, e se divide em dois ramos, um dos quais se fixa ao tálus e outro ao calcâneo. e) Ligamento plantar longo: Faixa bastante resistente e plana na face plantar do jarrete, prolongando-se entre o calcâneo distal em carnívoros, ou a tuberosidade calcânea nas outras espécies domésticas, e os ossos tarsais central e IV e a extremidade proximal dos ossos metatarsais III e IV. f) Ligamento talocentrodistal do metatarso g) Ligamento talocalcâneo plantar Articulações metatarsais e falângicas ✓ As articulações do metatarso e dos dedos são semelhantes às articulações correspondentes do membro torácico;
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