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AULA 3 pós legale

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Pós-graduação em Direito 
Público
Disciplina: Direito Constitucional 
Aula 3/4
Prof.ª Bruna Vieira
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Profa. Bruna Leyraud Vieira Moniz Ribeiro
Mestranda em Direito no UNISAL, aluna especial no 
Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu da USP 
(Faculdade de Direito - Universidade São Paulo)
MIDIAS SOCIAIS:
Instagram: profabrunavieira
Facebook: @professorabruna
E-mail: professorabrunavieira@gmail.com
Senha de desconto para livros da Editora FOCO 
(https://www.editorafoco.com.br/): professorabruna
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Nacionalidade
Prof.ª Bruna Vieira
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
1. Nacionalidade (art. 12 da CF)
É o vínculo de natureza jurídica e política que
integra o indivíduo a um determinado Estado.
Após isso, o sujeito passa a fazer parte do
elemento pessoal do Estado e é chamado de
nacional.
É atribuição de cada Estado definir quem
são os seus nacionais.
A nacionalidade é considerada um direito
fundamental de primeira geração.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
1.1 Formas de aquisição da nacionalidade 
brasileira:
a) Originária: é a que o indivíduo detém por meio
do nascimento. Critérios para a atribuição dessa na-
cionalidade: o territorial (ius soli) e sanguíneo (ius
sanguinis) (art. 12, I, “a”, “b” e “c”, da CF).
b) Secundária: é a que o indivíduo adquire, após o 
nascimento, por meio do processo de naturalização,
por um ato voluntário (art. 12, II, “a” e “b”, da CF).
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
1.2 Nato e Naturalizado: distinções
a) Cargos Privativos – art. 12, §3º, CF 
- Presidente e Vice-Presidente da República;
- Presidente da Câmara de Deputados;
- Presidente do Senado Federal;
- Ministro do Supremo Tribunal Federal;
- Carreira diplomática;
- Oficial das Forças Armadas; e
- Ministro de Estado de Defesa.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
b) Impossibilidade de extradição de brasileiro 
nato – art. 5º, LI, CF
Somente o naturalizado poderá ser extraditado e
desde que configure uma das hipóteses mencionadas.
c) Situação que gera perda de nacionalidade
Aquele que tiver sua naturalização cancelada por sen-
tença judicial, em decorrência da prática de atividade
nociva ao interesse nacional, perde sua nacionalidade
(art. 12, §4º, I, da CF).
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
d) Conselho da República: membros
Dentre as cadeiras destinadas às pessoas que fazem
parte do Conselho da República, conforme o artigo
89, inciso VII, da CF, seis são destinadas a brasileiros
natos. Assim, esses lugares não poderão ser ocupa-
das por naturalizados. O Conselho da República é um
é um órgão de consulta do Presidente da República.
e) Empresa jornalística e de radiodifusão:
propriedade
Os brasileiros naturalizados podem ser proprietários
dessas empresas, desde que o sejam há mais de dez
anos (art. 222 da CF)
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Art. 12, I, “a”, da CF (critério territorial) - são
considerados brasileiros natos os nascidos no
território da República Federativa do Brasil, ainda que
de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a
serviço de seu país.
Desse modo, nasceu no Brasil é considerado brasileiro
nato, com exceção do indivíduo que possua pais
estrangeiros que estejam no Brasil a serviço do país
de origem. Basta que um dos pais esteja a serviço do
país de origem para que o filho nascido no Brasil não
seja considerado brasileiro nato.
-Art. 12, I, “b”, da Constituição Federal (critério
sanguíneo) - o dispositivo considera nato aquele
nascido no estrangeiro, de pai ou de mãe brasileira,
desde que qualquer deles esteja a serviço da
República Federativa do Brasil.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
- “a serviço de seu país” deve ser interpretada de
forma a favorecer o indivíduo, o significado é amplo.
Um dos pais ou os dois devem estar em território
estrangeiro, a serviço do Brasil (critério funcional).
Art. 12, I,“c”, da CF (primeira parte) - o
dispositivo mencionado teve sua redação alterada
pela Emenda Constitucional nº 54 de 2007.
A primeira parte menciona que são considerados
brasileiros natos os indivíduos nascidos no
estrangeiro, de pai ou mãe brasileira, desde que
registrados na repartição brasileira competente
(consular ou diplomática).
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
- Art. 12, I, “c”, da CF (segunda parte)
É também trazida pela EC nº 54/07. Dispõe que são
considerados brasileiros natos os indivíduos nascidos
no estrangeiro que venham residir no Brasil e, uma
vez atingida a maioridade, optem pela nacionalidade
brasileira (três requisitos: residência no Brasil,
maioridade e opção).
Após o cumprimento dessas formalidades, o indivíduo
detém a nacionalidade originária potestativa, isto é, o
Brasil não possui competência para negar esse
reconhecimento. Ressalta-se que a opção pela
nacionalidade brasileira é ato personalíssimo, e, por
conta disso, a Constituição exige a maioridade para a
sua efetivação. Até esse momento é dada ao sujeito
uma nacionalidade provisória.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
1.3 Perda da Nacionalidade brasileira (art.
12, §4º, I e II, da CF)
Existe situação aplicável ao nato e ao naturalizado
e outra relacionada apenas ao segundo. São as se-
guintes:
a)cancelamento judicial da naturalização
b)aquisição voluntária de outra naciona-
lidade.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
1.4. Portugueses residentes no Brasil (art. 12,
§1º, da CF)
A Constituição determina que, havendo reciprocidade em
favor dos brasileiros que residam em Portugal, sejam
atribuídos aos portugueses com residência permanente no
Brasil os mesmos diretos inerentes aos brasileiros
naturalizados.
Tal hipótese não configura naturalização. O português
apenas possui os direitos atribuídos aos naturalizados.
Para tanto, são necessários dois requisitos:
a) que o português resida de forma permanente no
Brasil e b) que haja igual tratamento ao brasileiro
residente em Portugal.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
1.5. Extradição
1.5.1. Competência: o art. 22, XV, da CF detemina que
a compete privativamente à da União legislar sobre:
emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de
estrangeiros. A competência para o processo e
julgamento é dada ao STF, de forma originária, conforme
art. 102, I, “g”, da CF.
1.5.2. Sujeitos: o art. 5º, LI, da CF proíbe a extradição
de brasileiros natos e admite a de naturalizados em duas
hipóteses: a) em caso de crime comum, praticado antes
da naturalização; b) na hipótese de comprovado
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
afins, na forma da lei.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
1.5.3. Crime político: o art. 5º, LII, da CF proíbe a
extradição de estrangeiro que tenha cometido crime
político ou de opinião.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
STF: Brasileira naturalizada americana. Acusação de homicídio no exterior.
Fuga para o Brasil. Perda de nacionalidade originária em procedimento
administrativo regular. Hipótese constitucionalmente prevista. Não ocorrência
de ilegalidade ou abuso de poder. (...) A CF, ao cuidar da perda da
nacionalidade brasileira, estabelece duas hipóteses: (i) o cancelamento judicial
da naturalização (art. 12, § 4º, I); e (ii) a aquisição de outra nacionalidade.
Nesta última hipótese, a nacionalidade brasileira só não será perdida em duas
situações que constituem exceção à regra: (i) reconhecimento de outra
nacionalidade originária (art. 12, § 4º, II, a); e (ii) ter sido a outra
nacionalidade imposta pelo Estado estrangeiro como condição de permanência
em seu território ou para o exercício de direitos civis (art. 12, § 4º, II, b). No
caso sob exame, a situação da impetrante não se subsume a qualquer das
exceções constitucionalmente previstas para a aquisição de outra
nacionalidade, sem perda da nacionalidade brasileira.
[MS 33.864, rel. min. Roberto Barroso, j. 19-4-2016, 1ª T, DJE de 20-9-2016.]
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408Direitos Políticos
Prof.ª Bruna Vieira
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Direitos Políticos
1. Conceito: grupo ou conjunto de normas que
disciplinam a atuação da soberania popular.
2. Previsão constitucional: artigos 14, 15 e 16.
3. Fundamento: art. 1º da CF.
Art. 1º, parágrafo único, CF “Todo o poder emana do
povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta
Constituição”.
Os direitos políticos podem ser:
a) Positivos
b) Negativos
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Controle concentrado de constitucionalidade
• NOVO: Identificação do eleitor no dia da votação. (...) Exigência de
apresentação concomitante do título eleitoral e de documento oficial com
foto. Desproporcionalidade da medida. Interferência no direito ao voto.
Suficiência do documento oficial com fotografia. Advento da biometria. (...) A
inovação legislativa trazida pelo art. 91-A da Lei nº 9.504/1997, com redação
dada pela Lei nº 12.034/2009, a partir da qual exigida a apresentação
concomitante do título eleitoral e de documento oficial com foto para
identificação do eleitor no dia da votação, embora pensada para combater a
fraude no processo eleitoral, instituiu óbice desnecessário ao exercício do
voto pelo eleitor. Questão equacionada sob o viés do princípio da
proporcionalidade, ante a suficiência de documento oficial com foto para
identificação do eleitor, revelando-se medida adequada e necessária para
garantir a autenticidade do voto. (...)
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
O título representa a manifestação documental da qualidade de eleitor
e tem sua utilidade, no momento da votação, direcionada à
identificação da seção em que inscrito o eleitor, bem como à sua
identificação pela mesa receptora (Código Eleitoral, art. 46, § 5º). Sua
ausência, a teor do art. 146, VI, do Código Eleitoral, em absoluto
prejudica o exercício pleno dos direitos políticos do eleitorado. (...) Ação
julgada procedente, confirmada a medida cautelar, para atribuir
interpretação conforme à Constituição aos arts. 91-A da Lei nº
9.504/1997 e 47, § 1º, da Res.-TSE nº 23.218/2010, no sentido de que
a ausência do título de eleitor no momento da votação não constitui,
por si só, óbice ao exercício do sufrágio. [ADI 4.467, rel. min. Rosa
Weber, j. 20-10-2020, P, DJE de 29-10-2020.]
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
• NOVO: A realização de novas eleições nos casos em que o
candidato mais votado tiver o registro da candidatura indeferido,
independentemente do número de votos, reafirma a soberania
popular (...). (...) constitucionalidade da expressão ‘indeferimento
do registro’ constante do § 3º do art. 224 do Código Eleitoral,
acrescido pela Lei 13.165/2015. [RE 1.096.029, voto do rel. min.
Dias Toffoli, j. 4-3-2020, P, DJE de 18-5-2020, Tema 986.]
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
4. Direitos políticos e cidadania
5. Alistamento eleitoral 
5.1. Obrigatório
5.2. Facultativo
Para que não fique sujeito ao pagamento de multa, o
brasileiro nato se inscreve perante a Justiça Eleitoral
até os 19 anos de idade.
Os naturalizados, para se livrarem da multa,
também têm um ano, a contar da aquisição da
nacionalidade brasileira, para efetivar o alistamento
eleitoral.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
6. Inalistáveis (art. 14, § 2º, da CF)
7. Elegibilidade (Art. 14, §3º, da CF )
- são condições de elegibilidade:
a) a nacionalidade brasileira;
b) o alistamento eleitoral;
c) o pleno exercício dos direitos políticos;
d) o domicílio eleitoral na circunscrição;
e) a filiação partidária;
f) a idade mínima de:- 18 anos para Vereador;
-21 anos para Deputado Federal, Deputado
Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz
de paz; - 30 anos para Governador e Vice-
Governador de Estado e do Distrito Federal; e -
35 anos para Presidente e Vice-Presidente da
República e Senador.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
NOVO: O exercício do direito de voto é componente essencial da
democracia representativa. O alistamento eleitoral e sua revisão
periódica são indispensáveis para que esse direito seja exercido de
maneira ordenada e segura. A revisão eleitoral é estabelecida em lei e
se destina a atualizar o alistamento eleitoral previsto na Constituição.
Também o cancelamento de título não apresentado à revisão tem base
legal. Inexiste qualquer elemento que sugira ter havido direcionamento,
quer na revisão eleitoral, quer no cancelamento de títulos. Tendo lastro
constitucional e legal, e não tendo havido vício na sua concretização,
inexiste violação à democracia, à soberania popular, à cidadania ou ao
direito de voto em decorrência do cancelamento do título de eleitor que
não comparece ao procedimento de revisão eleitoral. Tampouco é
legítimo falar em violação à igualdade. Tal como o alistamento
eleitoral, a revisão eleitoral é exigida de todos sem discriminação.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Não há violação à proporcionalidade. A medida é adequada e
necessária, não havendo meio substitutivo com eficácia equivalente.
Tampouco há base para afirmar que o benefício de se evitarem fraudes
e outros comprometimentos à regularidade do voto é menos
importante do que a participação dos que não atenderam ao chamado
da Justiça Eleitoral. Não há perigo na demora, tal como alegado pelo
requerente. A Lei 7.444/1985 está em vigor há mais de 30 anos. A
biometria está sendo implementada há quase 11 anos. O procedimento
de revisão e de cadastramento biométrico obrigatório é acompanhado
pelo Ministério Público e pelos partidos políticos. O ajuizamento tardio
da ação, às vésperas da eleição e após tantos anos, compromete a
alegação de urgência. Há, contudo, gravíssimo periculum in mora
inverso que obsta o deferimento da cautelar.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
O restabelecimento dos títulos cancelados para o primeiro ou o
segundo turno do pleito de 2018 comprometeria o calendário eleitoral,
segundo informações da presidência do TSE, colocaria em risco a
higidez das eleições e poderia interferir sobre o seu resultado final. (...)
Improcedência da ação. Tese de julgamento: ‘É válido o cancelamento
do título do eleitor que, convocado por edital, não comparecer ao
processo de revisão eleitoral, em virtude do que dispõe o art. 14, caput
e §1º, da Constituição de 1988’.
[ADPF 541, rel. min. Roberto Barroso, j. 26-9-2018, P, DJE de 16-5-
2019.]
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
8. Características do voto
9. Inelegibilidades
9.1. Absolutas (art. 14, §4º, da CF)
9.2. Relativas 
Os motivos que levam à inelegibilidade relativa
podem ser:
- funcionais (art. 14, §§5º e 6º, da CF);
-casamento, parentesco ou afinidade (art. 14,
§7º, da CF e súmula vinculante nº 18);
- legais (art. 14, §9º, da CF);
- militares (art. 14, §8º, da CF).
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Art. 14, § 5º, da CF - O Presidente da República, os
Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único período
subseqüente.
Art. 14, § 6º, da CF - Para concorrerem a outros cargos,
o Presidente da República, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
Art. 14, § 7º, da CF - São inelegíveis, no território de
jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do Presidente da República, de Governador de
Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de
quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores
ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato
à reeleição.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Súmula vinculante nº 18: determina que a
dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no
curso do mandato, não afasta a inelegibilidade
prevista no § 7º do artigo 14 da CF. (não tem
incidência em caso de morte)
Art. 14, § 8º, da CF - O militar alistável é elegível,atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço,
deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será
agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação,
para a inatividade.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Art. 14, § 9º, da CF - Lei complementar
estabelecerá outros casos de inelegibilidade e
os prazos de sua cessação, a fim de proteger
a probidade administrativa, a moralidade para
exercício de mandato considerada vida
pregressa do candidato, e a normalidade e
legitimidade das eleições contra a influência
do poder econômico ou o abuso do exercício
de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta.
“Ficha limpa” – Lei Complementar nº
135/10
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Ação de Impugnação de Mandato Eletivo
Art. 14, § 10, da CF - O mandato eletivo
poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral
no prazo de quinze dias contados da
diplomação, instruída a ação com provas de
abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude.
Art. 14, § 11, da CF - A ação de impugnação
de mandato tramitará em segredo de
justiça, respondendo o autor, na forma da lei,
se temerária ou de manifesta má-fé.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou
suspensão só se dará nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em
julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto
durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
ST: A regra de suspensão dos direitos políticos, prevista no art. 15, III,
da Constituição Federal, é autoaplicável e consequência imediata da
sentença penal condenatória transitada em julgado,
independentemente da natureza da pena imposta (privativa de
liberdade, restritiva de direitos, suspensão condicional da pena, dentre
outras hipóteses).
[RE 601.182, voto do rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 8-5-
2019, P, DJE de 2-10-2019, Tema 370.]
Vide RMS 22.470 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 11-6-1996, 1ª
T, DJ de 27-9-1996
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Princípio da anualidade eleitoral
Art. 16 da CF - A lei que alterar o processo eleitoral
entrará em vigor na data de sua publicação, não se
aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
vigência.
Partidos políticos
Segundo o artigo 17 da CF, é livre a criação, fusão,
incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático,
o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa
humana,
Preceitos de observância obrigatória:
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de
entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a
estes;
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
Obs: princípio da liberdade partidária não é ilimitado e
irrestrito, os preceitos acima devem ser observados.
• NOVO: Pela Constituição da República se assegura a
livre criação, fusão e incorporação de partidos políticos,
condicionadas aos princípios do sistema democrático
representativo e do pluripartidarismo. São
constitucionais as normas pelas quais se fortaleça o
controle quantitativo e qualitativo dos partidos, sem
afronta ao princípio da igualdade ou ingerência no
funcionamento interno.
[ADI 5.311, rel. min. Cármen Lúcia, j. 4-3-2020, P, DJE
de 6-7-2020.]
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
• NOVO: A determinação constitucional de caráter nacional dos partidos
políticos objetiva impedir a proliferação de agremiações sem expressão
política, que podem atuar como ‘legendas de aluguel’, fraudando a
representação, base do regime democrático.
[ADI 5.311, rel. min. Cármen Lúcia, j. 4-3-2020, P, DJE de 6-7-2020.]
NOVO: Art. 28, §12, da Lei Federal 9.504/1997 (Lei das Eleições). Os
princípios democrático e republicano repelem a manutenção de
expedientes ocultos no que concerne ao funcionamento da máquina
estatal em suas mais diversas facetas. É essencial ao fortalecimento da
democracia que o seu financiamento seja feito em bases essencialmente
republicanas e absolutamente transparentes. Prejudica-se o
aprimoramento da democracia brasileira quando um dos aspectos do
princípio democrático — a democracia representativa — se desenvolve em
bases materiais encobertas por métodos obscuros de doação eleitoral.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Sem as informações necessárias, entre elas a identificação dos
particulares que contribuíram originariamente para legendas e para
candidatos, com a explicitação também destes, o processo de prestação
de contas perde em efetividade, obstruindo o cumprimento, pela justiça
eleitoral, da relevantíssima competência estabelecida no art. 17, III, da
CF.
[ADI 5.394, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 22-3-2018, P, DJE de 18-
2-2019.]
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Qual é a natureza jurídica dos partidos políticos?
Art. 17, § 2º, da CF: Os partidos políticos, após
adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil,
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
ATENÇÃO!!! EC 97 de 17 de outubro de 2017
Proibiu as coligações partidárias nas eleições
proporcionais e estabeleceu normas sobre acesso dos
partidos políticos aos recursos do fundo partidário e ao
tempo de propaganda gratuito no rádio e na televisão e
dispor sobre regras de transição.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Art. 17, § 1º, da CF: É assegurada aos partidos
políticos autonomia para definir sua estrutura interna
e estabelecer regras sobre escolha, formação e
duração de seus órgãos permanentes e provisórios e
sobre sua organização e funcionamento e para adotar
os critérios de escolha e o regime de suas coligações
nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração
nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade
de vinculação entre as candidaturas em âmbito
nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo
seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
NOVO: Art. 9º da Lei 13.165/2015. Fixação de piso (5%) e de teto
(15%) do montante do fundo partidário destinado ao financimento das
campanhas eleitorais para a aplicação nas campanhas de candidatas.
(...) A autonomia partidária não consagra regra que exima o partido do
respeito incondicional aos direitos fundamentais, pois é precisamente
na artificiosa segmentação entre o público e o privado que reside a
principal forma de discriminação das mulheres. Ação direta julgada
procedente para: (i) declarar a inconstitucionalidade da expressão
‘três’ contida no art. 9º da Lei 13.165/2015; (ii) dar interpretação
conforme à Constituição ao art. 9º da Lei 13.165/2015 de modo a (a)
equiparar o patamar legal mínimo de candidaturas femininas (hoje o
do art. 10, § 3º, da Lei 9.504/1997, isto é, ao menos 30% de cidadãs),
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ao mínimo de recursos do Fundo Partidário a lhes serem destinados,
que deve ser interpretado como também de 30% do montante do
fundo alocado a cada partido, para eleições majoritárias e
proporcionais, e (b) fixar que, havendo percentual mais elevado de
candidaturas femininas, o mínimo de recursos globais do partido
destinados a campanhas lhes seja alocado na mesma proporção; (iii)
declarar a inconstitucionalidade, por arrastamento, do § 5º-A e do § 7º
do art. 44 da Lei 9.096/95.
[ADI 5.617, rel. min. Edson Fachin, j. 15-3-2018, P, DJE de 3-10-
2018.]
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Art. 17, § 3º, da CF: Somente terão direito a recursos
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à
televisão, naforma da lei, os partidos políticos que
alternativamente:(Redação dada pela EC nº 97/17)
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos
Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois
por cento) dos votos válidos em cada uma delas;
ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados
Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação.
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II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados
Federais distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação.(Redação dada pela EC nº
97/17)
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de
organização paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os
requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado
o mandato e facultada a filiação, sem perda do
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não
sendo essa filiação considerada para fins de
distribuição dos recursos do fundo partidário e de
acesso gratuito ao tempo de rádio e de
televisão. (Redação dada pela EC nº 97/17)
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Controle concentrado de constitucionalidade
NOVO: As emissoras de tv e rádio têm a faculdade de realizar debates
eleitorais. Optando, no entanto, por promovê-los, têm de obedecer a
diretrizes mínimas fixadas em lei, com a finalidade de assegurar (i) o
pluralismo político (democracia), (ii) a paridade de armas entre os
candidatos na disputa eleitoral (isonomia), e (iii) o direito à informação dos
eleitores (liberdade de expressão). (...) Em relação à definição dos
participantes dos debates, é válida a fixação, por lei, de um critério
objetivo que conceda a parcela dos candidatos (os "candidatos aptos")
direito subjetivo à participação nos debates, não podendo a emissora de tv
ou de rádio a ele se opor, ainda que com a concordância de outros
candidatos. O critério adotado pela legislação brasileira, tal como
interpretado pelo TSE, assegura a participação nos debates dos candidatos
de partidos ou coligações que tenham representatividade mínima de dez
deputados federais. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Trata-se de critério razoável, coerente com as normas relativas à
propaganda eleitoral vigentes no país e que cumpre as finalidades
constitucionais acima citadas. (...) Todavia, o legislador não fechou as
portas do debate político a candidatos de partidos ou coligações que
tenham menos de dez deputados federais, tampouco tolheu por
completo a liberdade de programação das emissoras de tv e rádio.
Unindo essas duas preocupações, a Lei 9.504/1997 facultou que as
emissoras convidem para os debates candidatos com
representatividade inferior à exigida na lei. No caso de competidores
bem colocados nas pesquisas de intenção de voto, é razoável concluir
que as emissoras terão estímulos para promover a sua inclusão, tanto
como forma de aumentar a audiência, quanto de garantir a
credibilidade do programa. Esta é a interpretação que já se extraía da
legislação eleitoral antes da minirreforma de 2015 e
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
que deve permanecer possível diante do atual cenário normativo,
bastando que se confira interpretação conforme a Constituição à nova
redação do art. 46, § 5º, da Lei 9.504/1997 dada pela Lei
13.165/2015. (...) A possibilidade de deliberação dos "candidatos
aptos" sobre o número de participantes do debate, prevista no art. 46,
§ 5º, deve ser compreendida restritivamente. Eles não podem, sob
pena de ofensa à democracia, à isonomia e à liberdade de expressão,
excluir candidatos convidados pela emissora de tv ou rádio. Haveria,
nessa hipótese, um evidente conflito de interesses: o poder de decidir
sobre a participação de um competidor ficaria nas mãos de seus
próprios adversários, que, por óbvio, não têm nenhum estímulo para
conceder espaço nos meios de comunicação de massa a quem possa
subtrair seus votos e visibilidade.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
A alteração promovida pela minirreforma deve ser interpretada,
portanto, no sentido de somente possibilitar que 2/3 dos "candidatos
aptos" acrescentem novos participantes ao debate – candidatos que
não tenham esse direito assegurado por lei nem tenham sido
previamente convidados pela emissora.
[ADI 5.487, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, j. 25-8-2016, P, DJE de
19-12-2017.]
= ADI 5.488, rel. min. Dias Toffoli, j. 31-8-2016, P, DJE de 19-12-2017
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Organização do Estado
Profª. Bruna Vieira
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Classificação:
-Quanto à forma de Estado, ele pode ser
classificado em Unitário ou Federal.
a) Unitário = aquele em que as capacidades
legislativa, política e administrativa se concentram nas
mãos de um único governo, como Cuba e França,
também conhecidos doutrinariamente por Estados
Simples.
b) Federal = é aquele em que há repartição de
competências, e as capacidades legislativa,
política e administrativa estão divididas em
vários centros. É denominado pela doutrina de
Estado Composto. O Brasil, a Alemanha e os
Estados Unidos são alguns exemplos de Estado
Federal.
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Características de um Estado Federal
•detém autonomia (financeira, política e
administrativa);
•possui regras sobre repartição de competências
legislativas e cada ente federativo cobra os seus
impostos;
• possui um órgão que tem por finalidade o controle
da aplicação da Constituição – STF;
• possui mecanismo que visa a proteger o federalismo
- Intervenção Federal;
• possui uma Constituição regida pela unidade de
nacionalidade – a CF vale para todos os cidadãos, em
todo País.
• é marcado pela rigidez constitucional;
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Quanto à forma de governo: monarquia ou
república – A forma de governo é a relação
existente entre aqueles que governam e os que
são governados. Por meio dela é que se verifica
como é feita a instituição do poder.
a) Monarquia: o poder advém da família, o cargo é
vitalício e os governantes não precisam prestar
contas para os governados.
b) República: Os governantes são eleitos, direta ou
indiretamente, para que exerçam o poder por um
período determinado.
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Quanto ao sistema de governo: presidencialismo
ou parlamentarismo (maneira pela qual as funções
legislativa, executiva e judiciária são relacionadas).
a) Presidencialismo: além da independência entre os
poderes, que são harmônicos entre si, o detentor do
poder cumula as funções de chefe de Estado e
chefe de governo. Normalmente nas repúblicas
adota-se o presidencialismo.
b) Parlamentarismo: existe apoio e colaboração
entre as funções e o poder é dividido. O presidente
não cumula as funções de chefe de Estado e de
governo, apenas chefia o Estado e delega a
atribuição de cuidar do governo ao primeiro-
ministro. Este, por sua vez, para comandar o país tem
de ter o apoio do parlamento.Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
NOVO: A lei estadual não pode impor o
comparecimento de representante de uma entidade
federal, no caso, a Ordem dos Advogados do Brasil,
para integrar órgão da Administração Pública
estadual, sob pena de ofensa à autonomia dos entes
federativos (artigo 18 da Constituição Federal).
[ADI 4.579, rel. min. Luiz Fux, j. 13-2-2020, P, DJE de
28-4-2020.]
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
• NOVO: O processo de emancipação municipal viciado não pode ser corrigido
por mera retificação legislativa, sem a observância do artigo 18, § 4º, da
Constituição Federal. Deveras, uma vez criada a nova entidade federativa, não
se admite a alteração da lei que a formalizou sem novo processo de
incorporação, fusão ou desmembramento, com prévia consulta plebiscitária às
populações envolvidas. O plebiscito consultivo conflui para concretizar o
princípio da soberania popular, da cidadania e da autonomia federativa, de
forma que as populações afetadas possam exercer efetivamente suas
prerrogativasde autogoverno. A criação, fusão, incorporação ou
desmembramento municipal produz efeitos de ordem social, política e
econômica, com sensíveis ressonâncias tributárias e institucionais, as quais
afetaram de forma direta e imediata a população envolvida. Nesse prisma, a
consulta plebiscitária é verdadeira condição de procedibilidade da norma que
altera limites municipais, constituindo relevante meio de exercício da soberania
popular. [ADI 1.825, rel. min. Luiz Fux, j. 15-4-2020, P, DJE de 20-5-2020.]
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
No Brasil:
• Forma de Estado – Federal
• Forma de governo – República
• Sistema de governo – Presidencialismo
Fundamento: artigo 1º da Constituição que dispõe
que o Brasil constitui-se numa república federativa.
Além disso, somos um Estado democrático de direito.
Entes federativos
-O artigo 18, caput, da Constituição Federal dispõe
que as pessoas políticas que integram a federação
são: a União; os Estados-membros; o Distrito
Federal; e os Municípios.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus
representantes relações de dependência ou aliança,
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
público;
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Controle concentrado de constitucionalidade
NOVO: O direito à liberdade de religião, como expectativa normativa de um
princípio da laicidade, obsta que razões religiosas sejam utilizadas como fonte
de justificação de práticas institucionais e exige de todos os cidadãos, os que
professam crenças teístas, os não teístas e os ateístas, processos
complementares de aprendizado a partir da diferença. O direito dos militares à
assistência religiosa exige que o Estado abstenha-se de qualquer predileção,
sob pena de ofensa ao art. 19, I, da CRFB. Norma estadual que demonstra
predileção por determinada orientação religiosa em detrimento daquelas
inerentes aos demais grupos é incompatível com a regra constitucional de
neutralidade e com o direito à liberdade de religião.
[ADI 3.478, rel. min. Edson Fachin, j. 20-12-2019, P, DJE de 19-2-2020.]
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Prof.ª Bruna Vieira
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
- Federação
- Repartição de competências
-Conceito
-Espécies de competências:
- MATERIAIS/
- LEGISLATIVAS
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
- O Poder Legislativo da União é representado
pelo Congresso Nacional (Câmara e Senado).
Competências da União
- As competências da União podem ser de duas
naturezas distintas: competências não legislativas (ou
administrativas) e competências legislativas.
a) Competências não legislativas
São também chamadas de competências
administrativas ou materiais. Por meio delas é
possível identificar o âmbito de atuação de cada
ente federativo. Tais competências se dividem
em exclusiva e comum.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
- Exclusiva (art. 21 da CF): as atribuições, dadas
pela competência exclusiva, são indelegáveis, ou
seja, não podem ser objeto de delegação, somente a
União poderá efetivá-las.
Exemplos:
- manter relações com Estados estrangeiros e
participar de organizações internacionais (I),
- manter o serviço postal e o correio aéreo
nacional (X);
- emitir moeda (VII); conceder anistia (XVII)
- permitir, nos casos previstos em LC, que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou
nele permaneçam temporariamente (IV) etc.Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
- Comum (art. 23 da CF): também denominada
de paralela ou cumulativa. Atribuições e assuntos
que poderão ser tratados por todos os entes da
federação.
Exemplos:
- zelar pela guarda da Constituição, das leis e das
instituições democráticas e conservar o patrimônio
público (I);
- preservar as florestas, a fauna e a flora (VII);
- combater as causas da pobreza e os fatores de
marginalização, promovendo a integração social dos
setores desfavorecidos (X);
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
-proteger os documentos, as obras e outros bens
de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os
sítios arqueológicos (III);
- proporcionar os meios de acesso à cultura, à
educação e à ciência (V) etc.
O parágrafo único do art. 23 dispõe que lei
complementar fixará normas para a cooperação
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do
desenvolvimento e do bem-estar em âmbito
nacional.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
-Essa determinação, prevista no parágrafo único do
art. 23 da CF, serve para que os entes políticos, que
atuarão de forma comum, busquem equilíbrio do
desenvolvimento e o bem-estar nacional. Agora,
se mesmo focadas no objetivo mencionado, houver
conflito de competência entre elas, tal problema
deverá ser sanado com base no princípio da
preponderância ou prevalência do interesse.
b) Competências legislativas: a Constituição
atribui, a cada ente político, competência para
elaborar leis. A União pode editar normas sobre
diversos assuntos. Essa competência pode ser:
privativa, concorrente e residual (tributária).
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Privativa – é da União, mas pode ser delegada.
O parágrafo único do art. 22 da CF, ao tratar da
competência legislativa privativa, diz que a União, por
meio de lei complementar, poderá autorizar os Estados
a legislar sobre questões específicas das matérias
relacionadas neste artigo. Desse modo, a
competência privativa é delegável.
Exemplos:
-direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral,
agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho
(I); trânsito e transporte (XI); política de crédito
(VII) - seguridade social (XXIII); registros
públicos (XXV) – propaganda comercial (XXIX) etc.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
- Concorrente (art. 24 da CF): é aquela em que
mais de um ente político pode legislar. É da
competência da União, dos Estados e Distrito Federal
legislar sobre diversos assuntos, como direito
tributário, financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico; custas dos serviços forenses, defesa dos
recursos naturais etc.
A União edita normas gerais e os Estados e o DF
normas específicas.
Observação importante: se não existir lei federal, os
Estados terão competência plena para legislar. É a
denominada competência suplementar dos Estados
(art. 24, §3º, da CF).Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
A superveniência de lei federal sobre normas gerais
suspende a eficácia da lei estadual no que com ela
colidir. É importante ressaltar que a suspensão não se
confunde com a revogação (art. 24, §4º, da CF)
- Conclusão: enquanto a lei geral não for editada, a
lei estadual continua valendo, mas, após a edição, pela
União, da lei que trata de normas gerais, a lei estadual
fica com sua eficácia suspensa naquilo que lhe for
contrário. Isso significa que, se a norma geral da União
for revogada, a lei estadual volta a valer em sua
plenitude, pois não tem mais sua eficácia suspensa. A
norma da União, por ter sido revogada, não tem mais
força de suspender a eficácia de outra lei.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
- No campo do direito tributário também
encontramos as competências tributárias
expressas, que são as que cada ente da
federação possui para criar seus impostos, e a
competência tributária extraordinária, que é
dada à União para instituir, na hipótese de
iminência ou no caso de guerra externa, impostos
extraordinários, artigo 154, II, da Constituição
Federal.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
NOVO: Os Estados-membros e o Distrito Federal
não dispõem de competência para legislar sobre
horário de verão, eis que falece a qualquer ente
federado competência legislativa para dispor sobre
o seu próprio horário, considerada a dimensão
nacional que qualificaessa particular atribuição que
a Constituição da República outorgou, em regime
de exclusividade, à União Federal, sob pena de
entendimento em sentido contrário gerar a
possibilidade anárquica de o Brasil vir a submeter-
se a tantas horas oficiais quantas forem as unidades
da Federação.[ADI 158, rel. min. Celso de Mello, j.
1º-8-2018, P, DJE de 28-8-2018.]
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
- Decisões importantes sobre o tema
competência legislativa
• Súmula Vinculante 46 (STF): “a definição de crimes de
responsabilidade e o estabelecimento das respectivas
normas de processo e julgamento são da competência
legislativa privativa da União” (j. 09.08.2015).
• Vale lembrar que esse assunto deve ser disciplinado
em lei nacional especial, conforme determina o art. 85
da CF.
•Com base em vários julgados do Supremo Tribunal
Federal, o Prof. Pedro Lenza traz em seu livro “Direito
Constitucional Esquematizado” uma tabela com as
principais decisões relativas à competência. Vejamos:
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Matéria Julgado Competência
Loterias e bingos. 
Regras de exploração. 
Sistemas de consórcios 
e sorteios. Direito Penal
ADI 
2.847/DF
Súmula 
Vinculante 
n. 2
União – art. 22, I, 
CF (direito penal) e 
art. 22, XX, CF 
(sistema de 
consórcios e 
sorteio)
Gratuidade de 
estacionamento em 
estabelecimento 
privado (shopping, 
hipermercado, 
rodoviárias etc)
ADI
3.710/GO
União – art. 22, I, 
CF (direito civil –
limitação genérica
ao exercício do 
direito de 
propriedade)
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
- Súmula Vinculante 2 - STF
É inconstitucional a lei ou ato normativo Estadual 
ou Distrital que disponha sobre sistemas de 
consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Matéria Julgado Competência
Lei n. 16.785/11 – Paraná 
– assegura aos 
consumidores, usuários 
de estacionamentos de 
veículos localizados no 
âmbito do Estado, a 
cobrança proporcional ao 
tempo de serviço 
efetivamente prestado 
para a guarda do veículo 
- inconstitucional
ADI 4.862, 
Rel. Min. 
Gilmar 
Mendes, 
18.08.16, 
Plenário
A lei foi declarada inconst. 
Por fundamentos diversos. 
Apesar do Gilmar Mendes e 
Marco Aurélio sustentarem 
tratar-se de direito civil, 
competência da União, 
portanto, prevaleceu o 
entendimento de que se 
trata de relação de 
consumo (competência 
concorrente – art. 24, V e 
VIII, CF), inexistência de 
vício formal. Contudo, 
maioria, seguindo Barroso, 
afirmou existir vício 
material – violação à livre 
iniciativa. A maioria, apesar 
de diversos os 
fundamentos, nulificou a lei.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Matéria Julgado Competência
Aquisição de 
propriedade
ADI 3.438/PA União – art. 22, I, 
CF (direito civil)
Lei n. 2.089/93 do RJ -
estabelecia a 
obrigatoriedade da 
numeração nos rótulos 
ou tampinhas das 
bebidas vendidas, 
independentemente de 
sua procedência para 
efeitos de arrecadação -
inconstitucional.
ADI 910/RJ União – art. 22, 
VIII, CF (comércio 
exterior e 
interestadual)
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Matéria Julgado Competência
Lei n. 8.027/03, do 
Mato Grosso, que 
autorizou o 
parcelamento de multa 
vencida, resultante de 
infração de trânsito, e 
sua norma 
regulamentadora, 
Decreto n. 3.404/04 –
inconstitucional 
(nulificação do decreto 
por arrastamento)
ADI 
3.708/MT, 
11.04.13 e 
ADI 
4.734/AL, 
16.05.13
União – art. 22, 
XI, CF (trânsito e 
transporte)
Voto vencido:
esforço do Poder 
Público em 
arrecadar o valor 
das multas. Não 
se trata de 
trânsito, mas de 
receita.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Matéria Julgado Competência
Lei n. 10.553/00 de SP –
impunha condições para 
a cobrança pelo Poder 
Público de multas 
provenientes de 
aparelhos eletrônicos 
sobre infrações 
cometidas por 
motoristas condutores 
de veículos 
automotores -
inconstitucional
ADI 2.328/SP União – art. 22, 
XI, CF (trânsito e 
transporte)
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Matéria Julgado Competência
Lei n. 11.604/01 do RS –
dispunha sobre a 
sinalização de rodovias 
estaduais , 
estabelecendo o 
controle eletrônico de 
velocidade, a 
obrigatoriedade da 
construção de vias 
laterais de circulação, 
dentre outras previsões 
- inconstitucional
ADI 2.802/RS União – art. 22, 
XI, CF (trânsito e 
transporte)
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Matéria Julgado Competência
Lei 13.279/01 do Paraná
– fixava em no máximo 
20% do valor do 
automóvel, as multas 
impostas pelo 
DETRAN/PR, autuadas a 
partir de janeiro de 
2000 – inconst.
ADI 
2.644/PR
União – art. 22, XI, 
CF (trânsito e 
transporte)
Película de filme solar 
nos vidros dos veículos 
automotores 
ADI
1.704/MT
União – art. 22, XI, 
CF (trânsito e 
transporte)
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Matéria Julgado Competência
Obrigatoriedade do uso 
de cinto de segurança em 
vias públicas
RE 
227.384/SP
União – art. 22, XI
(trânsito e 
transporte)
Art. 185 da Const. de SC –
estabelecia que a 
implantação de 
instalações industriais 
para a produção de 
energia nuclear 
dependeria de 
autorização da 
Assembléia legislativa 
local, ratificada por 
plebiscito
ADI 1.575 União – art. 22, 
XXVI, CF 
(atividades 
nucleares de 
qualquer natureza)
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Matéria Julgado Competência
Contratação de 
controladores de 
velocidade para fins 
de fiscalização nas 
rodovias estaduais 
ADI 2.665/SC 
norma 
impugnada não
invade comp. da 
União para 
legislar sobre 
trânsito e 
transporte e 
sobre normas 
gerais sobre 
licitação e 
contratação
Estados – art. 
25,§1º, CF
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Matéria Julgado Competência
Lei 11.908/01, de Santa 
Catarina, que fixa condições 
de cobrança de assinatura 
básica residencial ou 
equivalente de telefonia -
inconstitucional
ADI 2.615/SC, 
j.18.05.2015
União – arts. 21, XI e 
22, IV, CF
(telecomunicações)
Lei Estadual reservando 
assentos para as pessoas 
obesas em salas de 
projeções, teatros e espaços 
culturais no Estado do 
Paraná
ADI 2.477-
MC/PR (Inf. 
265/STF) 
(matéria 
pendente de 
julgamento)
U, E e DF 
competência 
concorrente –
proteção e integração 
social das pessoas 
portadoras de 
deficiência física 
(obesidade mórbida 
– art. 24, XIV, CF)Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Matéria Julgado Competência
Lei 7.716/01, do 
Maranhão, que estabelece 
prioridade na tramitação 
processual, em qualquer 
instância, para as causas 
que tenham, como parte, 
mulher vítima de violência 
doméstica -
inconstitucional
ADI 3.483, j. 
15,05,14
União – art. 22, I, CF 
(direito processual)
Meia entrada para 
estudantes do valor 
cobrado para o ingresso 
em eventos esportivos, 
culturais e de lazer
ADI 1.950/SP União, Estados e DF
– competência
concorrente art. 24, 
I, CF (direito 
econômico)
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Matéria Julgado Competência
Limite de tempo de 
espera em fila dos 
usuários dos serviços 
prestados pelos cartórios
localizados no seu 
respectivo território
RE 
397.094/DF
Municípios –
interesse local – art. 
30, I, CF
DF – lei distrital de 
natureza municipal 
– art. 32,§1º, c/c 
art. 30, I, CF
Meia entrada para 
estudantes do valor 
cobrado para o ingresso 
em eventos esportivos, 
culturais e de lazer
ADI 1.950/SP União, Estados e DF
– competência
concorrente art. 24, 
I, CF (direito 
econômico)
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Matéria Julgado Competência
Bancos – lei 
municipal que 
determina medidas 
de conforto aos 
usuários (cliente ou 
não), como 
instalações 
sanitárias, cadeiras 
de espera, 
bebedouros, bem 
como equipamentos 
de segurança.
AI 347.717 –
AgR/RS
Municípios –
interesse local 
art. 30, I, CF
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Matéria Julgado Competência
Lei n. 7.737/04 do ES 
Garantia de meia entrada 
aos doadores regulares de 
sangue.Acesso a locais 
públicos de cultura, 
esporte e lazer. 
ADI 3.512/ES União, Estados e 
Distrito Federal –
competência 
concorrente art. 
24, I, CF (direito 
econômico)
Legislar sobre mototáxi ADI 3679 União art. 22, XI, CF
(trânsito e 
transporte) 
Regulamentada pela 
Lei 12.009/09
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Matéria Julgado Competência
Lei municipal
legislando sobre 
horário de 
funcionamento de 
comércio local, 
como o das 
farmácias (não 
abrange instituição 
financeira) -
constitucional
Súmula Vinculante
38: “é competente 
o Município para 
fixar o 
funcionamento de 
estabelecimento 
comercial” 
(conversão da 
súmula 645 do 
STF, 11.03.15)
Municípios –
interesse local 
art. 30, I, CF
Legislar sobre o 
serviço postal
ADI 3.080 União – art. 21, 
X, CF e art. 22, 
V, CF
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Matéria Julgado Competência
Lei n. 1.314/04 de 
Rondônia – impõe às 
empresas de construção 
civil, com obras no 
Estado, obrigação de 
fornecer leite, café e pão 
com manteiga aos 
trabalhadores que 
comparecerem com 
antecedência mínima de 
15 minutos ao seu 
primeiro turno de labor
ADI 3.251 União – art. 22, I, 
CF (direito do 
trabalho)
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Matéria Julgado Competência
Lei municipal 
legislando sobre a 
instalação de 
estabelecimentos 
comerciais do 
mesmo ramo -
inconstitucional
Súmula Vinculante 
49 : “ofende o
princípio da livre 
concorrência, lei 
municipal que 
impede a instalação 
de 
estabelecimentos 
comerciais do 
mesmo ramo em 
determinada área” 
(conversão da 
súmula 646 do STF, 
17.06.15)
Art. 170, IV, da CF
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Matéria Julgado Competência
Lei 10.820/92, de MG, 
que obriga as empresas 
concessionárias de 
transporte coletivo 
intermunicipal a 
“promoverem 
adaptações em seus 
veículos, a fim de 
facilitar o acesso e a 
permanência de 
pessoas com 
dificuldades de 
locomoção -
constitucional
ADI 903/MG União, Estados e 
Distrito Federal –
competência 
concorrente art. 24, 
XIV, da CF (proteção e 
integração social das 
pessoas portadoras 
de deficiência). CF: 
arts. 227, § 2º, e 244, 
CF. O Estado exerceu 
a competência 
legislativa plena 
porque a época não 
existia lei federal 
(nacional) geral n. 
10.098/02 – art. 24, §
3º, CF
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Matéria Julgado Competência
Lei 10.989/93 de 
Pernambuco, 
disciplinando sobre 
vencimentos das 
mensalidades 
escolares –
inconstitucional
ADI 1.042 União – art. 22, I, CF 
(direito civil). Não se 
enquadra como 
educação (art. 24, IX, 
CF). Trata-se de 
direito civil: 
“obrigações, 
contraprestações ou 
outros aspectos 
típicos de contratos 
de prestação de 
serviços escolares ou 
educacionais”Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Matéria Julgado Competência
Lei distrital n. 3.426/04 
– dispunha sobre a 
obrigatoriedade de as 
empresas 
concessionárias, 
prestadoras de serviços 
de telefonia fixa, 
individualizarem, nas 
faturas, as informações 
que especificam, sob 
pena de multa -
inconstitucional
ADI 3.322/DF União – art. 21, XI, CF 
22, IV, CF; e 175, CF 
(telecomunicações)
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Matéria Julgado Competência
LC 170/98, da Santa 
Catarina, que dispõe 
sobre o número 
máximo de alunos 
em sala de aula na 
educação infantil, no 
ensino fundamental 
e no ensino médio -
constitucional
ADI 4.060, j. 
25.02.2015
União, Estados 
e DF –
competência 
concorrente -
art. 24, IX, CF
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-Criação e a extinção dos Estados (art. 18, §§ 3º e
4º, da CF)
• Incorporação (ou fusão);
• Subdivisão (ou cisão); e
• Desmembramento.
Para todas as hipóteses há alguns requisitos comuns e
cumulativos. São os seguintes:
a) realização de um plebiscito: significa que a
população interessada deve, necessariamente, aprovar,
por meio de um plebiscito, a formação de um novo
Estado. Somente após essa aprovação é que será
possível a verificação do segundo requisito. Desse
modo, a realização do plebiscito é condição essencial
à fase posterior.Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
b) existência de um projeto de lei complementar: a
Lei nº 9.709/98, que regulamentou o art. 48, VI, da
Constituição Federal, determina que, após a
aprovação pelo plebiscito, deve ser proposto um
projeto de lei complementar que terá início ou na
Câmara de Deputados ou no Senado Federal, ou
seja, em qualquer das Casas do Congresso
Nacional.
c) audiência nas Assembleias Legislativas: a
Casa em que o projeto tenha iniciado deverá realizar a
audiência para a expedição de um parecer opinativo.
Desse modo, o processo pode continuar ainda que o
parecer dado pelas Assembleias Legislativas tenha
sido desfavorável à formação de um novo Estado.
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* Isso não ocorre em relação ao resultado do
plebiscito (condição prévia para as demais fases).
d) aprovação por parte do Congresso
Nacional:
quórum de maioria absoluta (art. 69 da CF). Essa
aprovação e a eventual sanção do projeto, pelo
Presidente da República, são atos discricionários.
Nessa fase nem a manifestação favorável, dada
durante a realização do plebiscito, obriga o
Legislativo a aprovar o projeto e o Executivo a
sancioná-lo.
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-Distrito Federal - regido por Lei Orgânica.
Deve ser aprovada em dois turnos, com um intervalo
mínimo de 10 (dez) dias, pelo voto de 2/3 da Câmara
Legislativa do DF, conforme dispõe o artigo 32 da
Constituição Federal.
Art. 32, § 1º, da CF - Ao Distrito Federal são atribuídas
as competências legislativas reservadas aos Estados e
Municípios.
características do Distrito Federal:
a) Não pode ser dividido em Municípios (é diferente dos
Estados e dos Territórios, se criados).
b) Possui uma autonomia que é parcialmente tutelada
pela União.
c) É no Distrito Federal que se localiza a Capital
Federal, que é Brasília.Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Criação, incorporação, fusão e desmembramento de
Municípios (art. 18, §4º, da CF).
a) uma lei complementar federal determinando o
período e o procedimento para a criação,
incorporação, fusão ou desmembramento do
município;
b) divulgação de estudos de viabilidade
municipal;
c) realização de consulta prévia às populações
diretamente interessadas, por meio de plebiscito,
artigo 5º da Lei nº. 9.709/98 – tal consulta somente
ocorrerá se os estudos de viabilidade demonstrarem a
possibilidade de criação, incorporação, fusão ou
desmembramento do município ; e
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d) existência de lei estadual, dentro do período
determinado pela lei complementar federal, desde que
os requisitos anteriores tenham sido devidamente
cumpridos.
Art. 30. Compete aos Municípios (enumeradas):
III - instituir e arrecadar os tributos de sua
competência, bem como aplicar suas rendas, sem
prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar
balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a
legislação estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, os serviços públicos de
interesse local, incluído o de transporte coletivo, que
tem caráter essencial;Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira
da União e do Estado, programas de educação
infantil e de ensino fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira
da União e do Estado, serviços de atendimento à
saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado
ordenamento territorial, mediante planejamento e
controle do uso, do parcelamento e da ocupação do
solo urbano
IX - promover a proteção do patrimônio
histórico-cultural local, observada a legislação e
a ação fiscalizadora federal e estadual.
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Competências legislativas
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;II - suplementar a legislação federal e a estadual no 
que couber;
Em suma, os Municípios legislam sobre assuntos de
interesse local – que são sobre as peculiaridades e
necessidades inerentes ao próprio Município.
Territórios federais
- Os territórios federais, conforme dispõe o parágrafo
2º do artigo 18 da CF, pertencem à União.
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Somente por meio de lei complementar é que
poderão ser criados, transformados em Estado ou
reintegrados ao Estado de origem. É dessa maneira,
porque os territórios não possuem autonomia política,
apenas administrativa.
-Frisa-se que atualmente não existem territórios
federais no Brasil; os últimos que existiram foram
extintos pelos artigos 14 e 15 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. Os territórios de Roraima
e Amapá foram transformados em Estados (art.14,
ADCT) e o de Fernando de Noronha teve sua área
incorporada ao Estado de Pernambuco (art. 15,
ADCT).
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Poder Legislativo I
Prof. ª Bruna Vieira
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
“Art. 2º São Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário”.
Legislativo - funções:
a)Legislativa, ou seja, legislar, fazer as leis;
b)Fiscalizar a Administração Pública
Composição:
Na União, o Poder Legislativo é um órgão bicameral,
formado por duas casas legislativas:
a) Câmara dos Deputados, que representa o povo;
b) Senado Federal, que representa os Estados.
A junção dessas duas casas forma o Congresso
Nacional (art. 44 da CF).
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Cada Estado e o DF elegerão 3 Senadores, com
mandato de oito anos, e a representação será renovada
de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e
dois terços, conforme nos ensina os parágrafos do artigo
46. Cada Senador é eleito com 2 suplentes. O senador
deve ser brasileiro (nato ou naturalizado), maior de 35
anos e estar no exercício dos direitos políticos.
-Sistema de eleição dos Deputados Federais e dos
Senadores
-Deputados Federais - seguem o sistema proporcional já
que o número é proporcional ao da população dos
Estados ou do DF.
Senadores - são eleitos pelo majoritário, em que o
número de vagas é fixo, determinado, para cada Estado e
para o DF, sendo 3 com 2 suplentes para cada.
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Nos Estados, o Poder Legislativo é unicameral,
formado por apenas uma casa, a Assembleia
Legislativa. No Distrito Federal, o Poder Legislativo
também é unicameral, sendo seu órgão legislativo a
Câmara Legislativa. Nos Municípios o Poder
Legislativo também é unicameral e é chamado de
Câmara Municipal ou Câmara de Vereadores.
Funcionamento
Sessão legislativa: período de um ano de
funcionamento do órgão. Começa no dia 02 de
fevereiro e vai até 17 de julho e depois reinicia-se
no dia 1º de agosto e vai até o dia 22 de
dezembro do mesmo ano (art. 57, caput, da CF).
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Os períodos em que o Legislativo não funciona são
denominados recesso parlamentar. Ocorrem do dia
18 de julho ao dia 31 do mesmo mês e do dia 23
de dezembro a 1º de fevereiro de cada ano (art.
57 da CF).
-Sessão ordinária: dentro da sessão legislativa
ocorrem diversas sessões ordinárias. Cada uma
corresponde a um dia de funcionamento do Poder
Legislativo.
-Sessão extraordinária: ocorrem fora do período
comum, ordinário, fora do período destinado à sessão
legislativa, deliberando sobre matéria específica,
conforme § 7º do art. 57 da CF.
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Hipóteses de Cabimento da Sessão
Extraordinária (art. 57, §6º, da CF)
a) pelo Presidente do Senado Federal, em caso de
decretação de estado de defesa ou de intervenção
federal, de pedido de autorização para a decretação de
estado de sítio e para o compromisso e a posse do
Presidente e do Vice-Presidente da República;
b) pelo Presidente da República, pelos Presidentes da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a
requerimento da maioria dos membros de ambas as
Casas, em caso de urgência ou interesse público
relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a
aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas
do Congresso Nacional.
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- Sessão conjunta (art. 57, §3º, da CF): a Câmara
dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em
sessão conjunta para (rol exemplificativo): I -
inaugurar a sessão legislativa;
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de
serviços comuns às duas Casas;
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-
Presidente da República;
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.
- Composição dos Poderes Legislativos: no âmbito
federal, a Câmara de Deputados é composta por
Deputados Federais em número proporcional à população
de cada Estado e do DF (art. 45, § 1º, CF). Cada Estado
ou o DF terá no mínimo 8 e no máximo 70 deputados
federais, com mandato de 4 anos.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
O deputado federal deve ser brasileiro (nato ou
naturalizado), maior de 21 anos e estar no
exercício dos direitos políticos.
As competências privativas da Câmara dos Deputados
estão previstas no art. 51 da CF e devem ser
exercidas sem a sanção do Presidente da República,
por meio de Resolução.
Territórios: atualmente não existem territórios
federais, mas como é possível sua criação, se
existirem, poderão eleger quatro deputados.
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Comissões
a) Permanentes: quando seu início se dá ao
começo de cada legislatura.
b) Provisórias ou Temporárias: quando um grupo
de parlamentares se reúne provisoriamente para
tratar de um assunto específico. Exemplo: comissão
reunida para tratar do novo código de processo civil e
a comissão parlamentar de inquérito (CPI).
Art. 58, § 1º, da CF, na constituição das Mesas e de
cada Comissão, é assegurada, tanto quanto
possível, a representação proporcional dos
partidos ou dos blocos parlamentares que participam
da respectiva Casa.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Art. 58, § 2º Às comissões, em razão da matéria
de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que
dispensar, na forma do regimento, a competência
do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo
dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades
da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para
prestar informações sobre assuntos inerentes a
suas atribuições;Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
IV - receber petições, reclamações,
representações ou queixas de qualquer pessoa
contra atos ou omissões das autoridades ou
entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer
autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos
nacionais, regionais e setoriais de
desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Poder Legislativo
Comissão Parlamentar de 
Inquérito - CPI
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI
(art. 58, §3º, da CF) 
Requisitos:
- Fato determinado
- Prazo certo
-Instalação: as CPIs são formadas ou instaladas
pelo requerimento de 1/3 dos membros
(direito das minorias – investigar).
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Art. 58, § 3º, da CF - As comissões
parlamentares de inquérito, que terão poderes de
investigação próprios das autoridades
judiciais, além de outros previstos nos
regimentos das respectivas Casas, serão criadas
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus
membros, para a apuração de fato determinado e
por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o
caso, encaminhadas ao Ministério Público, para
que promova a responsabilidade civil ou criminal
dos infratores.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Quais são os poderes das CPIs?
E as vedações?
São cabíveis os remédios constitucionais, em
especial MS e HC, quando houver abusos no
decorrer dos trabalhos realizadospelas comissões.
A competência para o julgamento dessas ações
dependerá da autoridade que pratica o ato
abusivo.
CPI’s e o princípio federativo (ou pacto
federativo) (art. 53, §3º, c.c. 1º e 18, todos da CF)
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
1. Imunidades Parlamentares
- Conceito
-Período de validade
As imunidades podem ser:
-Imunidade material (inviolabilidade/imunidade 
real ou substancial (art. 53, caput, da CF)
Exceção – vereador (art. 29, VIII, da CF)
Imunidade formal/processual
-Prisão (art. 53, § 2º, da CF)
-Processo criminal (art. 53, § § 3º a 5º, da CF)
(prescrição)
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis,
civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos.
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição
do diploma, serão submetidos a julgamento perante o
Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do
Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo
em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso,
os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro
horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da
maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou
Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa
respectiva, que, por iniciativa de partido político nela
representado e pelo voto da maioria de seus
membros, poderá, até a decisão final, sustar o
andamento da ação.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa
respectiva no prazo improrrogável de quarenta e
cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
§ 5º A sustação do processo suspende a
prescrição, enquanto durar o mandato.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
- As imunidades são passíveis de renúncia?
-E os suplentes?
Art. 53, § 8º, da CF: as imunidades de Deputados ou
Senadores subsistirão durante o estado de sítio,
só podendo ser suspensas mediante o voto de dois
terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de
atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional,
que sejam incompatíveis com a execução da medida.
Limitação ao dever de testemunhar
O artigo 53, § 7º, do CF estabelece que os
parlamentares não serão obrigados a testemunhar
sobre informações recebidas ou prestadas em razão
do exercício do mandato nem sobre as pessoas que
lhes confiaram ou deles receberam informações.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
-A imunidade parlamentar não se estende ao corréu
sem essa prerrogativa.
-[Súmula 245.]
- Julgados correlatos
-NOVO: (...) o fato de o parlamentar estar na Casa
legislativa no momento em que proferiu as declarações
não afasta a possibilidade de cometimento de crimes
contra a honra, nos casos em que as ofensas são
divulgadas pelo próprio parlamentar na Internet. (...) a
inviolabilidade material somente abarca as declarações
que apresentem nexo direto e evidente com o
exercício das funções parlamentares. (...)
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
-O Parlamento é o local por excelência para o livre
mercado de ideias – não para o livre mercado de
ofensas. A liberdade de expressão política dos
parlamentares, ainda que vigorosa, deve se manter
nos limites da civilidade. Ninguém pode se escudar na
inviolabilidade parlamentar para, sem vinculação com a
função, agredir a dignidade alheia ou difundir discursos
de ódio, violência e discriminação.
-[PET 7.174, rel. p/ o ac. min. Marco Aurélio, j. 10-3-
2020, 1ª T, Informativo 969.]
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Prerrogativa de foro
Desde a expedição do diploma, os membros do
Congresso Nacional serão submetidos a
julgamento perante o STF (art. 53,§1º,e
102,I,“b”, da CF).
- E os vereadores?
- E se o crime praticado pelo vereador for doloso
contra a vida?
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Parlamentar – prerrogativa de foro – alcance. A
competência do Supremo Tribunal Federal, considerada
prática de crime comum, pressupõe delito cometido no
exercício do mandato e a este, de alguma forma, ligado.
Mandato parlamentar – licença – prerrogativa de função –
insubsistência. A superveniência de licença do
parlamentar para o desempenho de cargo diverso daquele
gerador da prerrogativa de função torna insubsistente a
competência do Supremo, considerada a ausência de
vinculação do delito com o cargo atualmente
desempenhado.
(Pet 7.990 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 18-8-2020, 1ª
Turma, DJE 4-12-2020)
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Art. 5º, XXXVIII, “d”, da CF - é reconhecida a
instituição do júri, com a organização que lhe
der a lei, assegurados:
d) a competência para o julgamento dos crimes
dolosos contra a vida;
Súmula Vinculante nº 45 (STF)
A competência constitucional do Tribunal do Júri
prevalece sobre o foro por prerrogativa de
função estabelecido exclusivamente pela
Constituição Estadual.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Vedações impostas aos deputados e senadores 
(art.54 da CF):
a)Desde a diplomação não poderão os
parlamentares:
-firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de
direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa
concessionária de serviço público, salvo quando o
contrato obedecer a cláusulas uniformes;
- aceitar ou exercer cargo, função ou emprego
remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis
ad nutum, nas entidades constantes da alínea
anterior; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
b) Desde a posse também não poderão os
parlamentares:
- ser proprietários, controladores ou diretores de
empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer
função remunerada;
- ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad
nutum, nas entidades referidas no inciso I, "a";
-patrocinar causa em que seja interessada qualquer das
entidades a que se refere o inciso I, "a“;
-ser titulares de mais de um cargo ou mandato público
eletivo. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
5. Perda do mandato 
-O artigo 55 da CF enumera seis hipóteses de
perda do mandato do parlamentar (há os casos de
cassação e extinção do mandato)
- A cassação diz respeito à perda do mandato em
virtude do parlamentar ter cometido falta
funcional; já a extinção relaciona-se com a
ocorrência de ato ou fato que torne
automaticamente inexistente o mandato, como, por
exemplo, renúncia, morte, ausência injustificada
etc.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
Nos casos de cassação (art. 55, I, II e VI), :
-violação das proibições estabelecidas no art. 54 da CF;
- falta de decoro parlamentar e
-condenação criminal transitada em julgado
a perda do mandato será decidida pela Câmara dos
Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria
absoluta, mediante provocação da respectiva mesa ou
de partido político representado no Congresso Nacional
(art. 55, §2º, CF).
Atenção! A EC nº 76/13 aboliu a votação secreta
nos casos de perda de mandato de Deputado ou
Senador e de apreciação de veto.
Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
-Nas situações de extinção (art. 55, III, IV e V)
-não comparecer injustificadamente a 1/3 das
sessões ordinárias em cada sessão legislativa;
- perder ou tiver suspensos os direitos políticos e
- por decisão da Justiça Eleitoral
a perda do mandato independe de votação da
Casa, sendo declarada pela Mesa respectiva de
ofício ou por provocação de qualquer de seus
membros, ou de partido político representado no
Congresso Nacional (art. 55, §3º, CF).
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Frisa-se que em ambas as hipóteses é
assegurada a ampla defesa.
Decoro parlamentar
-Previsto no inciso II do art. 55 da CF é uma das
hipóteses de perda do mandato do parlamentar que
depende de votação da Casa Legislativa.
- O decoro parlamentar é caracterizado pelo
abuso das prerrogativas parlamentares ou pela
percepção de vantagens indevidas, além dos
casos definidos nos respectivos Regimentos Internos
de cada Casa Legislativa(art. 55, §1º, CF) (e do
código de ética dos parlamentares)
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Competências exclusivas do Congresso Nacional
(art. 49 da CF):
I - resolver definitivamente sobre tratados,
acordos ou atos internacionais que acarretem
encargos ou compromissos gravosos ao
patrimônio nacional;
II - autorizar o Presidente da República a declarar
guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente, ressalvados os casos
previstos em lei complementar;
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da
República a se ausentarem do País, quando a
ausência exceder a quinze dias;Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção
federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender
qualquer uma dessas medidas;
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo
que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites
de delegação legislativa;
VI - mudar temporariamente sua sede;
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e
os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI,
39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-
Presidente da República e dos Ministros de Estado,
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150,
II, 153, III, e 153, § 2º, I;
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IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo
Presidente da República e apreciar os relatórios sobre
a execução dos planos de governo;
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de
suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da
administração indireta;
XI - zelar pela preservação de sua competência
legislativa em face da atribuição normativa dos outros
Poderes;
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de
concessão de emissoras de rádio e televisão;
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de
Contas da União;
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a
atividades nucleares;Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o
aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e
lavra de riquezas minerais;
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou
concessão de terras públicas com área superior a dois
mil e quinhentos hectares.
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