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Pós-graduação em Direito Público Disciplina: Direito Constitucional Aula 3/4 Prof.ª Bruna Vieira Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Profa. Bruna Leyraud Vieira Moniz Ribeiro Mestranda em Direito no UNISAL, aluna especial no Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu da USP (Faculdade de Direito - Universidade São Paulo) MIDIAS SOCIAIS: Instagram: profabrunavieira Facebook: @professorabruna E-mail: professorabrunavieira@gmail.com Senha de desconto para livros da Editora FOCO (https://www.editorafoco.com.br/): professorabruna Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Nacionalidade Prof.ª Bruna Vieira Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1. Nacionalidade (art. 12 da CF) É o vínculo de natureza jurídica e política que integra o indivíduo a um determinado Estado. Após isso, o sujeito passa a fazer parte do elemento pessoal do Estado e é chamado de nacional. É atribuição de cada Estado definir quem são os seus nacionais. A nacionalidade é considerada um direito fundamental de primeira geração. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.1 Formas de aquisição da nacionalidade brasileira: a) Originária: é a que o indivíduo detém por meio do nascimento. Critérios para a atribuição dessa na- cionalidade: o territorial (ius soli) e sanguíneo (ius sanguinis) (art. 12, I, “a”, “b” e “c”, da CF). b) Secundária: é a que o indivíduo adquire, após o nascimento, por meio do processo de naturalização, por um ato voluntário (art. 12, II, “a” e “b”, da CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.2 Nato e Naturalizado: distinções a) Cargos Privativos – art. 12, §3º, CF - Presidente e Vice-Presidente da República; - Presidente da Câmara de Deputados; - Presidente do Senado Federal; - Ministro do Supremo Tribunal Federal; - Carreira diplomática; - Oficial das Forças Armadas; e - Ministro de Estado de Defesa. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 b) Impossibilidade de extradição de brasileiro nato – art. 5º, LI, CF Somente o naturalizado poderá ser extraditado e desde que configure uma das hipóteses mencionadas. c) Situação que gera perda de nacionalidade Aquele que tiver sua naturalização cancelada por sen- tença judicial, em decorrência da prática de atividade nociva ao interesse nacional, perde sua nacionalidade (art. 12, §4º, I, da CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 d) Conselho da República: membros Dentre as cadeiras destinadas às pessoas que fazem parte do Conselho da República, conforme o artigo 89, inciso VII, da CF, seis são destinadas a brasileiros natos. Assim, esses lugares não poderão ser ocupa- das por naturalizados. O Conselho da República é um é um órgão de consulta do Presidente da República. e) Empresa jornalística e de radiodifusão: propriedade Os brasileiros naturalizados podem ser proprietários dessas empresas, desde que o sejam há mais de dez anos (art. 222 da CF) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 12, I, “a”, da CF (critério territorial) - são considerados brasileiros natos os nascidos no território da República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país. Desse modo, nasceu no Brasil é considerado brasileiro nato, com exceção do indivíduo que possua pais estrangeiros que estejam no Brasil a serviço do país de origem. Basta que um dos pais esteja a serviço do país de origem para que o filho nascido no Brasil não seja considerado brasileiro nato. -Art. 12, I, “b”, da Constituição Federal (critério sanguíneo) - o dispositivo considera nato aquele nascido no estrangeiro, de pai ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - “a serviço de seu país” deve ser interpretada de forma a favorecer o indivíduo, o significado é amplo. Um dos pais ou os dois devem estar em território estrangeiro, a serviço do Brasil (critério funcional). Art. 12, I,“c”, da CF (primeira parte) - o dispositivo mencionado teve sua redação alterada pela Emenda Constitucional nº 54 de 2007. A primeira parte menciona que são considerados brasileiros natos os indivíduos nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileira, desde que registrados na repartição brasileira competente (consular ou diplomática). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Art. 12, I, “c”, da CF (segunda parte) É também trazida pela EC nº 54/07. Dispõe que são considerados brasileiros natos os indivíduos nascidos no estrangeiro que venham residir no Brasil e, uma vez atingida a maioridade, optem pela nacionalidade brasileira (três requisitos: residência no Brasil, maioridade e opção). Após o cumprimento dessas formalidades, o indivíduo detém a nacionalidade originária potestativa, isto é, o Brasil não possui competência para negar esse reconhecimento. Ressalta-se que a opção pela nacionalidade brasileira é ato personalíssimo, e, por conta disso, a Constituição exige a maioridade para a sua efetivação. Até esse momento é dada ao sujeito uma nacionalidade provisória. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.3 Perda da Nacionalidade brasileira (art. 12, §4º, I e II, da CF) Existe situação aplicável ao nato e ao naturalizado e outra relacionada apenas ao segundo. São as se- guintes: a)cancelamento judicial da naturalização b)aquisição voluntária de outra naciona- lidade. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.4. Portugueses residentes no Brasil (art. 12, §1º, da CF) A Constituição determina que, havendo reciprocidade em favor dos brasileiros que residam em Portugal, sejam atribuídos aos portugueses com residência permanente no Brasil os mesmos diretos inerentes aos brasileiros naturalizados. Tal hipótese não configura naturalização. O português apenas possui os direitos atribuídos aos naturalizados. Para tanto, são necessários dois requisitos: a) que o português resida de forma permanente no Brasil e b) que haja igual tratamento ao brasileiro residente em Portugal. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.5. Extradição 1.5.1. Competência: o art. 22, XV, da CF detemina que a compete privativamente à da União legislar sobre: emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros. A competência para o processo e julgamento é dada ao STF, de forma originária, conforme art. 102, I, “g”, da CF. 1.5.2. Sujeitos: o art. 5º, LI, da CF proíbe a extradição de brasileiros natos e admite a de naturalizados em duas hipóteses: a) em caso de crime comum, praticado antes da naturalização; b) na hipótese de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1.5.3. Crime político: o art. 5º, LII, da CF proíbe a extradição de estrangeiro que tenha cometido crime político ou de opinião. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 STF: Brasileira naturalizada americana. Acusação de homicídio no exterior. Fuga para o Brasil. Perda de nacionalidade originária em procedimento administrativo regular. Hipótese constitucionalmente prevista. Não ocorrência de ilegalidade ou abuso de poder. (...) A CF, ao cuidar da perda da nacionalidade brasileira, estabelece duas hipóteses: (i) o cancelamento judicial da naturalização (art. 12, § 4º, I); e (ii) a aquisição de outra nacionalidade. Nesta última hipótese, a nacionalidade brasileira só não será perdida em duas situações que constituem exceção à regra: (i) reconhecimento de outra nacionalidade originária (art. 12, § 4º, II, a); e (ii) ter sido a outra nacionalidade imposta pelo Estado estrangeiro como condição de permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis (art. 12, § 4º, II, b). No caso sob exame, a situação da impetrante não se subsume a qualquer das exceções constitucionalmente previstas para a aquisição de outra nacionalidade, sem perda da nacionalidade brasileira. [MS 33.864, rel. min. Roberto Barroso, j. 19-4-2016, 1ª T, DJE de 20-9-2016.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408Direitos Políticos Prof.ª Bruna Vieira Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Direitos Políticos 1. Conceito: grupo ou conjunto de normas que disciplinam a atuação da soberania popular. 2. Previsão constitucional: artigos 14, 15 e 16. 3. Fundamento: art. 1º da CF. Art. 1º, parágrafo único, CF “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”. Os direitos políticos podem ser: a) Positivos b) Negativos Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Controle concentrado de constitucionalidade • NOVO: Identificação do eleitor no dia da votação. (...) Exigência de apresentação concomitante do título eleitoral e de documento oficial com foto. Desproporcionalidade da medida. Interferência no direito ao voto. Suficiência do documento oficial com fotografia. Advento da biometria. (...) A inovação legislativa trazida pelo art. 91-A da Lei nº 9.504/1997, com redação dada pela Lei nº 12.034/2009, a partir da qual exigida a apresentação concomitante do título eleitoral e de documento oficial com foto para identificação do eleitor no dia da votação, embora pensada para combater a fraude no processo eleitoral, instituiu óbice desnecessário ao exercício do voto pelo eleitor. Questão equacionada sob o viés do princípio da proporcionalidade, ante a suficiência de documento oficial com foto para identificação do eleitor, revelando-se medida adequada e necessária para garantir a autenticidade do voto. (...) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 O título representa a manifestação documental da qualidade de eleitor e tem sua utilidade, no momento da votação, direcionada à identificação da seção em que inscrito o eleitor, bem como à sua identificação pela mesa receptora (Código Eleitoral, art. 46, § 5º). Sua ausência, a teor do art. 146, VI, do Código Eleitoral, em absoluto prejudica o exercício pleno dos direitos políticos do eleitorado. (...) Ação julgada procedente, confirmada a medida cautelar, para atribuir interpretação conforme à Constituição aos arts. 91-A da Lei nº 9.504/1997 e 47, § 1º, da Res.-TSE nº 23.218/2010, no sentido de que a ausência do título de eleitor no momento da votação não constitui, por si só, óbice ao exercício do sufrágio. [ADI 4.467, rel. min. Rosa Weber, j. 20-10-2020, P, DJE de 29-10-2020.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 • NOVO: A realização de novas eleições nos casos em que o candidato mais votado tiver o registro da candidatura indeferido, independentemente do número de votos, reafirma a soberania popular (...). (...) constitucionalidade da expressão ‘indeferimento do registro’ constante do § 3º do art. 224 do Código Eleitoral, acrescido pela Lei 13.165/2015. [RE 1.096.029, voto do rel. min. Dias Toffoli, j. 4-3-2020, P, DJE de 18-5-2020, Tema 986.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 4. Direitos políticos e cidadania 5. Alistamento eleitoral 5.1. Obrigatório 5.2. Facultativo Para que não fique sujeito ao pagamento de multa, o brasileiro nato se inscreve perante a Justiça Eleitoral até os 19 anos de idade. Os naturalizados, para se livrarem da multa, também têm um ano, a contar da aquisição da nacionalidade brasileira, para efetivar o alistamento eleitoral. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 6. Inalistáveis (art. 14, § 2º, da CF) 7. Elegibilidade (Art. 14, §3º, da CF ) - são condições de elegibilidade: a) a nacionalidade brasileira; b) o alistamento eleitoral; c) o pleno exercício dos direitos políticos; d) o domicílio eleitoral na circunscrição; e) a filiação partidária; f) a idade mínima de:- 18 anos para Vereador; -21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; - 30 anos para Governador e Vice- Governador de Estado e do Distrito Federal; e - 35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 NOVO: O exercício do direito de voto é componente essencial da democracia representativa. O alistamento eleitoral e sua revisão periódica são indispensáveis para que esse direito seja exercido de maneira ordenada e segura. A revisão eleitoral é estabelecida em lei e se destina a atualizar o alistamento eleitoral previsto na Constituição. Também o cancelamento de título não apresentado à revisão tem base legal. Inexiste qualquer elemento que sugira ter havido direcionamento, quer na revisão eleitoral, quer no cancelamento de títulos. Tendo lastro constitucional e legal, e não tendo havido vício na sua concretização, inexiste violação à democracia, à soberania popular, à cidadania ou ao direito de voto em decorrência do cancelamento do título de eleitor que não comparece ao procedimento de revisão eleitoral. Tampouco é legítimo falar em violação à igualdade. Tal como o alistamento eleitoral, a revisão eleitoral é exigida de todos sem discriminação. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Não há violação à proporcionalidade. A medida é adequada e necessária, não havendo meio substitutivo com eficácia equivalente. Tampouco há base para afirmar que o benefício de se evitarem fraudes e outros comprometimentos à regularidade do voto é menos importante do que a participação dos que não atenderam ao chamado da Justiça Eleitoral. Não há perigo na demora, tal como alegado pelo requerente. A Lei 7.444/1985 está em vigor há mais de 30 anos. A biometria está sendo implementada há quase 11 anos. O procedimento de revisão e de cadastramento biométrico obrigatório é acompanhado pelo Ministério Público e pelos partidos políticos. O ajuizamento tardio da ação, às vésperas da eleição e após tantos anos, compromete a alegação de urgência. Há, contudo, gravíssimo periculum in mora inverso que obsta o deferimento da cautelar. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 O restabelecimento dos títulos cancelados para o primeiro ou o segundo turno do pleito de 2018 comprometeria o calendário eleitoral, segundo informações da presidência do TSE, colocaria em risco a higidez das eleições e poderia interferir sobre o seu resultado final. (...) Improcedência da ação. Tese de julgamento: ‘É válido o cancelamento do título do eleitor que, convocado por edital, não comparecer ao processo de revisão eleitoral, em virtude do que dispõe o art. 14, caput e §1º, da Constituição de 1988’. [ADPF 541, rel. min. Roberto Barroso, j. 26-9-2018, P, DJE de 16-5- 2019.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 8. Características do voto 9. Inelegibilidades 9.1. Absolutas (art. 14, §4º, da CF) 9.2. Relativas Os motivos que levam à inelegibilidade relativa podem ser: - funcionais (art. 14, §§5º e 6º, da CF); -casamento, parentesco ou afinidade (art. 14, §7º, da CF e súmula vinculante nº 18); - legais (art. 14, §9º, da CF); - militares (art. 14, §8º, da CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 14, § 5º, da CF - O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. Art. 14, § 6º, da CF - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. Art. 14, § 7º, da CF - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Súmula vinculante nº 18: determina que a dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da CF. (não tem incidência em caso de morte) Art. 14, § 8º, da CF - O militar alistável é elegível,atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 14, § 9º, da CF - Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. “Ficha limpa” – Lei Complementar nº 135/10 Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Ação de Impugnação de Mandato Eletivo Art. 14, § 10, da CF - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. Art. 14, § 11, da CF - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 ST: A regra de suspensão dos direitos políticos, prevista no art. 15, III, da Constituição Federal, é autoaplicável e consequência imediata da sentença penal condenatória transitada em julgado, independentemente da natureza da pena imposta (privativa de liberdade, restritiva de direitos, suspensão condicional da pena, dentre outras hipóteses). [RE 601.182, voto do rel. p/ o ac. min. Alexandre de Moraes, j. 8-5- 2019, P, DJE de 2-10-2019, Tema 370.] Vide RMS 22.470 AgR, rel. min. Celso de Mello, j. 11-6-1996, 1ª T, DJ de 27-9-1996 Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Princípio da anualidade eleitoral Art. 16 da CF - A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. Partidos políticos Segundo o artigo 17 da CF, é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana, Preceitos de observância obrigatória: I - caráter nacional; II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. Obs: princípio da liberdade partidária não é ilimitado e irrestrito, os preceitos acima devem ser observados. • NOVO: Pela Constituição da República se assegura a livre criação, fusão e incorporação de partidos políticos, condicionadas aos princípios do sistema democrático representativo e do pluripartidarismo. São constitucionais as normas pelas quais se fortaleça o controle quantitativo e qualitativo dos partidos, sem afronta ao princípio da igualdade ou ingerência no funcionamento interno. [ADI 5.311, rel. min. Cármen Lúcia, j. 4-3-2020, P, DJE de 6-7-2020.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 • NOVO: A determinação constitucional de caráter nacional dos partidos políticos objetiva impedir a proliferação de agremiações sem expressão política, que podem atuar como ‘legendas de aluguel’, fraudando a representação, base do regime democrático. [ADI 5.311, rel. min. Cármen Lúcia, j. 4-3-2020, P, DJE de 6-7-2020.] NOVO: Art. 28, §12, da Lei Federal 9.504/1997 (Lei das Eleições). Os princípios democrático e republicano repelem a manutenção de expedientes ocultos no que concerne ao funcionamento da máquina estatal em suas mais diversas facetas. É essencial ao fortalecimento da democracia que o seu financiamento seja feito em bases essencialmente republicanas e absolutamente transparentes. Prejudica-se o aprimoramento da democracia brasileira quando um dos aspectos do princípio democrático — a democracia representativa — se desenvolve em bases materiais encobertas por métodos obscuros de doação eleitoral. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Sem as informações necessárias, entre elas a identificação dos particulares que contribuíram originariamente para legendas e para candidatos, com a explicitação também destes, o processo de prestação de contas perde em efetividade, obstruindo o cumprimento, pela justiça eleitoral, da relevantíssima competência estabelecida no art. 17, III, da CF. [ADI 5.394, rel. min. Alexandre de Moraes, j. 22-3-2018, P, DJE de 18- 2-2019.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Qual é a natureza jurídica dos partidos políticos? Art. 17, § 2º, da CF: Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. ATENÇÃO!!! EC 97 de 17 de outubro de 2017 Proibiu as coligações partidárias nas eleições proporcionais e estabeleceu normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda gratuito no rádio e na televisão e dispor sobre regras de transição. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 17, § 1º, da CF: É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 NOVO: Art. 9º da Lei 13.165/2015. Fixação de piso (5%) e de teto (15%) do montante do fundo partidário destinado ao financimento das campanhas eleitorais para a aplicação nas campanhas de candidatas. (...) A autonomia partidária não consagra regra que exima o partido do respeito incondicional aos direitos fundamentais, pois é precisamente na artificiosa segmentação entre o público e o privado que reside a principal forma de discriminação das mulheres. Ação direta julgada procedente para: (i) declarar a inconstitucionalidade da expressão ‘três’ contida no art. 9º da Lei 13.165/2015; (ii) dar interpretação conforme à Constituição ao art. 9º da Lei 13.165/2015 de modo a (a) equiparar o patamar legal mínimo de candidaturas femininas (hoje o do art. 10, § 3º, da Lei 9.504/1997, isto é, ao menos 30% de cidadãs), Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 ao mínimo de recursos do Fundo Partidário a lhes serem destinados, que deve ser interpretado como também de 30% do montante do fundo alocado a cada partido, para eleições majoritárias e proporcionais, e (b) fixar que, havendo percentual mais elevado de candidaturas femininas, o mínimo de recursos globais do partido destinados a campanhas lhes seja alocado na mesma proporção; (iii) declarar a inconstitucionalidade, por arrastamento, do § 5º-A e do § 7º do art. 44 da Lei 9.096/95. [ADI 5.617, rel. min. Edson Fachin, j. 15-3-2018, P, DJE de 3-10- 2018.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 17, § 3º, da CF: Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, naforma da lei, os partidos políticos que alternativamente:(Redação dada pela EC nº 97/17) I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação.(Redação dada pela EC nº 97/17) § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Redação dada pela EC nº 97/17) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Controle concentrado de constitucionalidade NOVO: As emissoras de tv e rádio têm a faculdade de realizar debates eleitorais. Optando, no entanto, por promovê-los, têm de obedecer a diretrizes mínimas fixadas em lei, com a finalidade de assegurar (i) o pluralismo político (democracia), (ii) a paridade de armas entre os candidatos na disputa eleitoral (isonomia), e (iii) o direito à informação dos eleitores (liberdade de expressão). (...) Em relação à definição dos participantes dos debates, é válida a fixação, por lei, de um critério objetivo que conceda a parcela dos candidatos (os "candidatos aptos") direito subjetivo à participação nos debates, não podendo a emissora de tv ou de rádio a ele se opor, ainda que com a concordância de outros candidatos. O critério adotado pela legislação brasileira, tal como interpretado pelo TSE, assegura a participação nos debates dos candidatos de partidos ou coligações que tenham representatividade mínima de dez deputados federais. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Trata-se de critério razoável, coerente com as normas relativas à propaganda eleitoral vigentes no país e que cumpre as finalidades constitucionais acima citadas. (...) Todavia, o legislador não fechou as portas do debate político a candidatos de partidos ou coligações que tenham menos de dez deputados federais, tampouco tolheu por completo a liberdade de programação das emissoras de tv e rádio. Unindo essas duas preocupações, a Lei 9.504/1997 facultou que as emissoras convidem para os debates candidatos com representatividade inferior à exigida na lei. No caso de competidores bem colocados nas pesquisas de intenção de voto, é razoável concluir que as emissoras terão estímulos para promover a sua inclusão, tanto como forma de aumentar a audiência, quanto de garantir a credibilidade do programa. Esta é a interpretação que já se extraía da legislação eleitoral antes da minirreforma de 2015 e Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 que deve permanecer possível diante do atual cenário normativo, bastando que se confira interpretação conforme a Constituição à nova redação do art. 46, § 5º, da Lei 9.504/1997 dada pela Lei 13.165/2015. (...) A possibilidade de deliberação dos "candidatos aptos" sobre o número de participantes do debate, prevista no art. 46, § 5º, deve ser compreendida restritivamente. Eles não podem, sob pena de ofensa à democracia, à isonomia e à liberdade de expressão, excluir candidatos convidados pela emissora de tv ou rádio. Haveria, nessa hipótese, um evidente conflito de interesses: o poder de decidir sobre a participação de um competidor ficaria nas mãos de seus próprios adversários, que, por óbvio, não têm nenhum estímulo para conceder espaço nos meios de comunicação de massa a quem possa subtrair seus votos e visibilidade. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 A alteração promovida pela minirreforma deve ser interpretada, portanto, no sentido de somente possibilitar que 2/3 dos "candidatos aptos" acrescentem novos participantes ao debate – candidatos que não tenham esse direito assegurado por lei nem tenham sido previamente convidados pela emissora. [ADI 5.487, rel. p/ o ac. min. Roberto Barroso, j. 25-8-2016, P, DJE de 19-12-2017.] = ADI 5.488, rel. min. Dias Toffoli, j. 31-8-2016, P, DJE de 19-12-2017 Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Organização do Estado Profª. Bruna Vieira Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Classificação: -Quanto à forma de Estado, ele pode ser classificado em Unitário ou Federal. a) Unitário = aquele em que as capacidades legislativa, política e administrativa se concentram nas mãos de um único governo, como Cuba e França, também conhecidos doutrinariamente por Estados Simples. b) Federal = é aquele em que há repartição de competências, e as capacidades legislativa, política e administrativa estão divididas em vários centros. É denominado pela doutrina de Estado Composto. O Brasil, a Alemanha e os Estados Unidos são alguns exemplos de Estado Federal. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Características de um Estado Federal •detém autonomia (financeira, política e administrativa); •possui regras sobre repartição de competências legislativas e cada ente federativo cobra os seus impostos; • possui um órgão que tem por finalidade o controle da aplicação da Constituição – STF; • possui mecanismo que visa a proteger o federalismo - Intervenção Federal; • possui uma Constituição regida pela unidade de nacionalidade – a CF vale para todos os cidadãos, em todo País. • é marcado pela rigidez constitucional; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Quanto à forma de governo: monarquia ou república – A forma de governo é a relação existente entre aqueles que governam e os que são governados. Por meio dela é que se verifica como é feita a instituição do poder. a) Monarquia: o poder advém da família, o cargo é vitalício e os governantes não precisam prestar contas para os governados. b) República: Os governantes são eleitos, direta ou indiretamente, para que exerçam o poder por um período determinado. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Quanto ao sistema de governo: presidencialismo ou parlamentarismo (maneira pela qual as funções legislativa, executiva e judiciária são relacionadas). a) Presidencialismo: além da independência entre os poderes, que são harmônicos entre si, o detentor do poder cumula as funções de chefe de Estado e chefe de governo. Normalmente nas repúblicas adota-se o presidencialismo. b) Parlamentarismo: existe apoio e colaboração entre as funções e o poder é dividido. O presidente não cumula as funções de chefe de Estado e de governo, apenas chefia o Estado e delega a atribuição de cuidar do governo ao primeiro- ministro. Este, por sua vez, para comandar o país tem de ter o apoio do parlamento.Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 NOVO: A lei estadual não pode impor o comparecimento de representante de uma entidade federal, no caso, a Ordem dos Advogados do Brasil, para integrar órgão da Administração Pública estadual, sob pena de ofensa à autonomia dos entes federativos (artigo 18 da Constituição Federal). [ADI 4.579, rel. min. Luiz Fux, j. 13-2-2020, P, DJE de 28-4-2020.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 • NOVO: O processo de emancipação municipal viciado não pode ser corrigido por mera retificação legislativa, sem a observância do artigo 18, § 4º, da Constituição Federal. Deveras, uma vez criada a nova entidade federativa, não se admite a alteração da lei que a formalizou sem novo processo de incorporação, fusão ou desmembramento, com prévia consulta plebiscitária às populações envolvidas. O plebiscito consultivo conflui para concretizar o princípio da soberania popular, da cidadania e da autonomia federativa, de forma que as populações afetadas possam exercer efetivamente suas prerrogativasde autogoverno. A criação, fusão, incorporação ou desmembramento municipal produz efeitos de ordem social, política e econômica, com sensíveis ressonâncias tributárias e institucionais, as quais afetaram de forma direta e imediata a população envolvida. Nesse prisma, a consulta plebiscitária é verdadeira condição de procedibilidade da norma que altera limites municipais, constituindo relevante meio de exercício da soberania popular. [ADI 1.825, rel. min. Luiz Fux, j. 15-4-2020, P, DJE de 20-5-2020.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 No Brasil: • Forma de Estado – Federal • Forma de governo – República • Sistema de governo – Presidencialismo Fundamento: artigo 1º da Constituição que dispõe que o Brasil constitui-se numa república federativa. Além disso, somos um Estado democrático de direito. Entes federativos -O artigo 18, caput, da Constituição Federal dispõe que as pessoas políticas que integram a federação são: a União; os Estados-membros; o Distrito Federal; e os Municípios. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Controle concentrado de constitucionalidade NOVO: O direito à liberdade de religião, como expectativa normativa de um princípio da laicidade, obsta que razões religiosas sejam utilizadas como fonte de justificação de práticas institucionais e exige de todos os cidadãos, os que professam crenças teístas, os não teístas e os ateístas, processos complementares de aprendizado a partir da diferença. O direito dos militares à assistência religiosa exige que o Estado abstenha-se de qualquer predileção, sob pena de ofensa ao art. 19, I, da CRFB. Norma estadual que demonstra predileção por determinada orientação religiosa em detrimento daquelas inerentes aos demais grupos é incompatível com a regra constitucional de neutralidade e com o direito à liberdade de religião. [ADI 3.478, rel. min. Edson Fachin, j. 20-12-2019, P, DJE de 19-2-2020.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS Prof.ª Bruna Vieira Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Federação - Repartição de competências -Conceito -Espécies de competências: - MATERIAIS/ - LEGISLATIVAS Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - O Poder Legislativo da União é representado pelo Congresso Nacional (Câmara e Senado). Competências da União - As competências da União podem ser de duas naturezas distintas: competências não legislativas (ou administrativas) e competências legislativas. a) Competências não legislativas São também chamadas de competências administrativas ou materiais. Por meio delas é possível identificar o âmbito de atuação de cada ente federativo. Tais competências se dividem em exclusiva e comum. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Exclusiva (art. 21 da CF): as atribuições, dadas pela competência exclusiva, são indelegáveis, ou seja, não podem ser objeto de delegação, somente a União poderá efetivá-las. Exemplos: - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais (I), - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional (X); - emitir moeda (VII); conceder anistia (XVII) - permitir, nos casos previstos em LC, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente (IV) etc.Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Comum (art. 23 da CF): também denominada de paralela ou cumulativa. Atribuições e assuntos que poderão ser tratados por todos os entes da federação. Exemplos: - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público (I); - preservar as florestas, a fauna e a flora (VII); - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos (X); Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos (III); - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência (V) etc. O parágrafo único do art. 23 dispõe que lei complementar fixará normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -Essa determinação, prevista no parágrafo único do art. 23 da CF, serve para que os entes políticos, que atuarão de forma comum, busquem equilíbrio do desenvolvimento e o bem-estar nacional. Agora, se mesmo focadas no objetivo mencionado, houver conflito de competência entre elas, tal problema deverá ser sanado com base no princípio da preponderância ou prevalência do interesse. b) Competências legislativas: a Constituição atribui, a cada ente político, competência para elaborar leis. A União pode editar normas sobre diversos assuntos. Essa competência pode ser: privativa, concorrente e residual (tributária). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Privativa – é da União, mas pode ser delegada. O parágrafo único do art. 22 da CF, ao tratar da competência legislativa privativa, diz que a União, por meio de lei complementar, poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Desse modo, a competência privativa é delegável. Exemplos: -direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho (I); trânsito e transporte (XI); política de crédito (VII) - seguridade social (XXIII); registros públicos (XXV) – propaganda comercial (XXIX) etc. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Concorrente (art. 24 da CF): é aquela em que mais de um ente político pode legislar. É da competência da União, dos Estados e Distrito Federal legislar sobre diversos assuntos, como direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; custas dos serviços forenses, defesa dos recursos naturais etc. A União edita normas gerais e os Estados e o DF normas específicas. Observação importante: se não existir lei federal, os Estados terão competência plena para legislar. É a denominada competência suplementar dos Estados (art. 24, §3º, da CF).Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual no que com ela colidir. É importante ressaltar que a suspensão não se confunde com a revogação (art. 24, §4º, da CF) - Conclusão: enquanto a lei geral não for editada, a lei estadual continua valendo, mas, após a edição, pela União, da lei que trata de normas gerais, a lei estadual fica com sua eficácia suspensa naquilo que lhe for contrário. Isso significa que, se a norma geral da União for revogada, a lei estadual volta a valer em sua plenitude, pois não tem mais sua eficácia suspensa. A norma da União, por ter sido revogada, não tem mais força de suspender a eficácia de outra lei. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - No campo do direito tributário também encontramos as competências tributárias expressas, que são as que cada ente da federação possui para criar seus impostos, e a competência tributária extraordinária, que é dada à União para instituir, na hipótese de iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, artigo 154, II, da Constituição Federal. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 NOVO: Os Estados-membros e o Distrito Federal não dispõem de competência para legislar sobre horário de verão, eis que falece a qualquer ente federado competência legislativa para dispor sobre o seu próprio horário, considerada a dimensão nacional que qualificaessa particular atribuição que a Constituição da República outorgou, em regime de exclusividade, à União Federal, sob pena de entendimento em sentido contrário gerar a possibilidade anárquica de o Brasil vir a submeter- se a tantas horas oficiais quantas forem as unidades da Federação.[ADI 158, rel. min. Celso de Mello, j. 1º-8-2018, P, DJE de 28-8-2018.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Decisões importantes sobre o tema competência legislativa • Súmula Vinculante 46 (STF): “a definição de crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União” (j. 09.08.2015). • Vale lembrar que esse assunto deve ser disciplinado em lei nacional especial, conforme determina o art. 85 da CF. •Com base em vários julgados do Supremo Tribunal Federal, o Prof. Pedro Lenza traz em seu livro “Direito Constitucional Esquematizado” uma tabela com as principais decisões relativas à competência. Vejamos: Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Loterias e bingos. Regras de exploração. Sistemas de consórcios e sorteios. Direito Penal ADI 2.847/DF Súmula Vinculante n. 2 União – art. 22, I, CF (direito penal) e art. 22, XX, CF (sistema de consórcios e sorteio) Gratuidade de estacionamento em estabelecimento privado (shopping, hipermercado, rodoviárias etc) ADI 3.710/GO União – art. 22, I, CF (direito civil – limitação genérica ao exercício do direito de propriedade) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Súmula Vinculante 2 - STF É inconstitucional a lei ou ato normativo Estadual ou Distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei n. 16.785/11 – Paraná – assegura aos consumidores, usuários de estacionamentos de veículos localizados no âmbito do Estado, a cobrança proporcional ao tempo de serviço efetivamente prestado para a guarda do veículo - inconstitucional ADI 4.862, Rel. Min. Gilmar Mendes, 18.08.16, Plenário A lei foi declarada inconst. Por fundamentos diversos. Apesar do Gilmar Mendes e Marco Aurélio sustentarem tratar-se de direito civil, competência da União, portanto, prevaleceu o entendimento de que se trata de relação de consumo (competência concorrente – art. 24, V e VIII, CF), inexistência de vício formal. Contudo, maioria, seguindo Barroso, afirmou existir vício material – violação à livre iniciativa. A maioria, apesar de diversos os fundamentos, nulificou a lei. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Aquisição de propriedade ADI 3.438/PA União – art. 22, I, CF (direito civil) Lei n. 2.089/93 do RJ - estabelecia a obrigatoriedade da numeração nos rótulos ou tampinhas das bebidas vendidas, independentemente de sua procedência para efeitos de arrecadação - inconstitucional. ADI 910/RJ União – art. 22, VIII, CF (comércio exterior e interestadual) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei n. 8.027/03, do Mato Grosso, que autorizou o parcelamento de multa vencida, resultante de infração de trânsito, e sua norma regulamentadora, Decreto n. 3.404/04 – inconstitucional (nulificação do decreto por arrastamento) ADI 3.708/MT, 11.04.13 e ADI 4.734/AL, 16.05.13 União – art. 22, XI, CF (trânsito e transporte) Voto vencido: esforço do Poder Público em arrecadar o valor das multas. Não se trata de trânsito, mas de receita. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei n. 10.553/00 de SP – impunha condições para a cobrança pelo Poder Público de multas provenientes de aparelhos eletrônicos sobre infrações cometidas por motoristas condutores de veículos automotores - inconstitucional ADI 2.328/SP União – art. 22, XI, CF (trânsito e transporte) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei n. 11.604/01 do RS – dispunha sobre a sinalização de rodovias estaduais , estabelecendo o controle eletrônico de velocidade, a obrigatoriedade da construção de vias laterais de circulação, dentre outras previsões - inconstitucional ADI 2.802/RS União – art. 22, XI, CF (trânsito e transporte) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei 13.279/01 do Paraná – fixava em no máximo 20% do valor do automóvel, as multas impostas pelo DETRAN/PR, autuadas a partir de janeiro de 2000 – inconst. ADI 2.644/PR União – art. 22, XI, CF (trânsito e transporte) Película de filme solar nos vidros dos veículos automotores ADI 1.704/MT União – art. 22, XI, CF (trânsito e transporte) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Obrigatoriedade do uso de cinto de segurança em vias públicas RE 227.384/SP União – art. 22, XI (trânsito e transporte) Art. 185 da Const. de SC – estabelecia que a implantação de instalações industriais para a produção de energia nuclear dependeria de autorização da Assembléia legislativa local, ratificada por plebiscito ADI 1.575 União – art. 22, XXVI, CF (atividades nucleares de qualquer natureza) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Contratação de controladores de velocidade para fins de fiscalização nas rodovias estaduais ADI 2.665/SC norma impugnada não invade comp. da União para legislar sobre trânsito e transporte e sobre normas gerais sobre licitação e contratação Estados – art. 25,§1º, CF Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei 11.908/01, de Santa Catarina, que fixa condições de cobrança de assinatura básica residencial ou equivalente de telefonia - inconstitucional ADI 2.615/SC, j.18.05.2015 União – arts. 21, XI e 22, IV, CF (telecomunicações) Lei Estadual reservando assentos para as pessoas obesas em salas de projeções, teatros e espaços culturais no Estado do Paraná ADI 2.477- MC/PR (Inf. 265/STF) (matéria pendente de julgamento) U, E e DF competência concorrente – proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência física (obesidade mórbida – art. 24, XIV, CF)Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei 7.716/01, do Maranhão, que estabelece prioridade na tramitação processual, em qualquer instância, para as causas que tenham, como parte, mulher vítima de violência doméstica - inconstitucional ADI 3.483, j. 15,05,14 União – art. 22, I, CF (direito processual) Meia entrada para estudantes do valor cobrado para o ingresso em eventos esportivos, culturais e de lazer ADI 1.950/SP União, Estados e DF – competência concorrente art. 24, I, CF (direito econômico) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Limite de tempo de espera em fila dos usuários dos serviços prestados pelos cartórios localizados no seu respectivo território RE 397.094/DF Municípios – interesse local – art. 30, I, CF DF – lei distrital de natureza municipal – art. 32,§1º, c/c art. 30, I, CF Meia entrada para estudantes do valor cobrado para o ingresso em eventos esportivos, culturais e de lazer ADI 1.950/SP União, Estados e DF – competência concorrente art. 24, I, CF (direito econômico) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Bancos – lei municipal que determina medidas de conforto aos usuários (cliente ou não), como instalações sanitárias, cadeiras de espera, bebedouros, bem como equipamentos de segurança. AI 347.717 – AgR/RS Municípios – interesse local art. 30, I, CF Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei n. 7.737/04 do ES Garantia de meia entrada aos doadores regulares de sangue.Acesso a locais públicos de cultura, esporte e lazer. ADI 3.512/ES União, Estados e Distrito Federal – competência concorrente art. 24, I, CF (direito econômico) Legislar sobre mototáxi ADI 3679 União art. 22, XI, CF (trânsito e transporte) Regulamentada pela Lei 12.009/09 Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei municipal legislando sobre horário de funcionamento de comércio local, como o das farmácias (não abrange instituição financeira) - constitucional Súmula Vinculante 38: “é competente o Município para fixar o funcionamento de estabelecimento comercial” (conversão da súmula 645 do STF, 11.03.15) Municípios – interesse local art. 30, I, CF Legislar sobre o serviço postal ADI 3.080 União – art. 21, X, CF e art. 22, V, CF Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei n. 1.314/04 de Rondônia – impõe às empresas de construção civil, com obras no Estado, obrigação de fornecer leite, café e pão com manteiga aos trabalhadores que comparecerem com antecedência mínima de 15 minutos ao seu primeiro turno de labor ADI 3.251 União – art. 22, I, CF (direito do trabalho) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei municipal legislando sobre a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo - inconstitucional Súmula Vinculante 49 : “ofende o princípio da livre concorrência, lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área” (conversão da súmula 646 do STF, 17.06.15) Art. 170, IV, da CF Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei 10.820/92, de MG, que obriga as empresas concessionárias de transporte coletivo intermunicipal a “promoverem adaptações em seus veículos, a fim de facilitar o acesso e a permanência de pessoas com dificuldades de locomoção - constitucional ADI 903/MG União, Estados e Distrito Federal – competência concorrente art. 24, XIV, da CF (proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência). CF: arts. 227, § 2º, e 244, CF. O Estado exerceu a competência legislativa plena porque a época não existia lei federal (nacional) geral n. 10.098/02 – art. 24, § 3º, CF Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei 10.989/93 de Pernambuco, disciplinando sobre vencimentos das mensalidades escolares – inconstitucional ADI 1.042 União – art. 22, I, CF (direito civil). Não se enquadra como educação (art. 24, IX, CF). Trata-se de direito civil: “obrigações, contraprestações ou outros aspectos típicos de contratos de prestação de serviços escolares ou educacionais”Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência Lei distrital n. 3.426/04 – dispunha sobre a obrigatoriedade de as empresas concessionárias, prestadoras de serviços de telefonia fixa, individualizarem, nas faturas, as informações que especificam, sob pena de multa - inconstitucional ADI 3.322/DF União – art. 21, XI, CF 22, IV, CF; e 175, CF (telecomunicações) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Matéria Julgado Competência LC 170/98, da Santa Catarina, que dispõe sobre o número máximo de alunos em sala de aula na educação infantil, no ensino fundamental e no ensino médio - constitucional ADI 4.060, j. 25.02.2015 União, Estados e DF – competência concorrente - art. 24, IX, CF Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -Criação e a extinção dos Estados (art. 18, §§ 3º e 4º, da CF) • Incorporação (ou fusão); • Subdivisão (ou cisão); e • Desmembramento. Para todas as hipóteses há alguns requisitos comuns e cumulativos. São os seguintes: a) realização de um plebiscito: significa que a população interessada deve, necessariamente, aprovar, por meio de um plebiscito, a formação de um novo Estado. Somente após essa aprovação é que será possível a verificação do segundo requisito. Desse modo, a realização do plebiscito é condição essencial à fase posterior.Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 b) existência de um projeto de lei complementar: a Lei nº 9.709/98, que regulamentou o art. 48, VI, da Constituição Federal, determina que, após a aprovação pelo plebiscito, deve ser proposto um projeto de lei complementar que terá início ou na Câmara de Deputados ou no Senado Federal, ou seja, em qualquer das Casas do Congresso Nacional. c) audiência nas Assembleias Legislativas: a Casa em que o projeto tenha iniciado deverá realizar a audiência para a expedição de um parecer opinativo. Desse modo, o processo pode continuar ainda que o parecer dado pelas Assembleias Legislativas tenha sido desfavorável à formação de um novo Estado. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 * Isso não ocorre em relação ao resultado do plebiscito (condição prévia para as demais fases). d) aprovação por parte do Congresso Nacional: quórum de maioria absoluta (art. 69 da CF). Essa aprovação e a eventual sanção do projeto, pelo Presidente da República, são atos discricionários. Nessa fase nem a manifestação favorável, dada durante a realização do plebiscito, obriga o Legislativo a aprovar o projeto e o Executivo a sancioná-lo. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -Distrito Federal - regido por Lei Orgânica. Deve ser aprovada em dois turnos, com um intervalo mínimo de 10 (dez) dias, pelo voto de 2/3 da Câmara Legislativa do DF, conforme dispõe o artigo 32 da Constituição Federal. Art. 32, § 1º, da CF - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. características do Distrito Federal: a) Não pode ser dividido em Municípios (é diferente dos Estados e dos Territórios, se criados). b) Possui uma autonomia que é parcialmente tutelada pela União. c) É no Distrito Federal que se localiza a Capital Federal, que é Brasília.Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios (art. 18, §4º, da CF). a) uma lei complementar federal determinando o período e o procedimento para a criação, incorporação, fusão ou desmembramento do município; b) divulgação de estudos de viabilidade municipal; c) realização de consulta prévia às populações diretamente interessadas, por meio de plebiscito, artigo 5º da Lei nº. 9.709/98 – tal consulta somente ocorrerá se os estudos de viabilidade demonstrarem a possibilidade de criação, incorporação, fusão ou desmembramento do município ; e Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 d) existência de lei estadual, dentro do período determinado pela lei complementar federal, desde que os requisitos anteriores tenham sido devidamente cumpridos. Art. 30. Compete aos Municípios (enumeradas): III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Competências legislativas Art. 30. Compete aos Municípios: I - legislar sobre assuntos de interesse local;II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; Em suma, os Municípios legislam sobre assuntos de interesse local – que são sobre as peculiaridades e necessidades inerentes ao próprio Município. Territórios federais - Os territórios federais, conforme dispõe o parágrafo 2º do artigo 18 da CF, pertencem à União. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Somente por meio de lei complementar é que poderão ser criados, transformados em Estado ou reintegrados ao Estado de origem. É dessa maneira, porque os territórios não possuem autonomia política, apenas administrativa. -Frisa-se que atualmente não existem territórios federais no Brasil; os últimos que existiram foram extintos pelos artigos 14 e 15 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Os territórios de Roraima e Amapá foram transformados em Estados (art.14, ADCT) e o de Fernando de Noronha teve sua área incorporada ao Estado de Pernambuco (art. 15, ADCT). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Poder Legislativo I Prof. ª Bruna Vieira Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 “Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Legislativo - funções: a)Legislativa, ou seja, legislar, fazer as leis; b)Fiscalizar a Administração Pública Composição: Na União, o Poder Legislativo é um órgão bicameral, formado por duas casas legislativas: a) Câmara dos Deputados, que representa o povo; b) Senado Federal, que representa os Estados. A junção dessas duas casas forma o Congresso Nacional (art. 44 da CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Cada Estado e o DF elegerão 3 Senadores, com mandato de oito anos, e a representação será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços, conforme nos ensina os parágrafos do artigo 46. Cada Senador é eleito com 2 suplentes. O senador deve ser brasileiro (nato ou naturalizado), maior de 35 anos e estar no exercício dos direitos políticos. -Sistema de eleição dos Deputados Federais e dos Senadores -Deputados Federais - seguem o sistema proporcional já que o número é proporcional ao da população dos Estados ou do DF. Senadores - são eleitos pelo majoritário, em que o número de vagas é fixo, determinado, para cada Estado e para o DF, sendo 3 com 2 suplentes para cada. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Nos Estados, o Poder Legislativo é unicameral, formado por apenas uma casa, a Assembleia Legislativa. No Distrito Federal, o Poder Legislativo também é unicameral, sendo seu órgão legislativo a Câmara Legislativa. Nos Municípios o Poder Legislativo também é unicameral e é chamado de Câmara Municipal ou Câmara de Vereadores. Funcionamento Sessão legislativa: período de um ano de funcionamento do órgão. Começa no dia 02 de fevereiro e vai até 17 de julho e depois reinicia-se no dia 1º de agosto e vai até o dia 22 de dezembro do mesmo ano (art. 57, caput, da CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Os períodos em que o Legislativo não funciona são denominados recesso parlamentar. Ocorrem do dia 18 de julho ao dia 31 do mesmo mês e do dia 23 de dezembro a 1º de fevereiro de cada ano (art. 57 da CF). -Sessão ordinária: dentro da sessão legislativa ocorrem diversas sessões ordinárias. Cada uma corresponde a um dia de funcionamento do Poder Legislativo. -Sessão extraordinária: ocorrem fora do período comum, ordinário, fora do período destinado à sessão legislativa, deliberando sobre matéria específica, conforme § 7º do art. 57 da CF. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Hipóteses de Cabimento da Sessão Extraordinária (art. 57, §6º, da CF) a) pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República; b) pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - Sessão conjunta (art. 57, §3º, da CF): a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para (rol exemplificativo): I - inaugurar a sessão legislativa; II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às duas Casas; III - receber o compromisso do Presidente e do Vice- Presidente da República; IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. - Composição dos Poderes Legislativos: no âmbito federal, a Câmara de Deputados é composta por Deputados Federais em número proporcional à população de cada Estado e do DF (art. 45, § 1º, CF). Cada Estado ou o DF terá no mínimo 8 e no máximo 70 deputados federais, com mandato de 4 anos. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 O deputado federal deve ser brasileiro (nato ou naturalizado), maior de 21 anos e estar no exercício dos direitos políticos. As competências privativas da Câmara dos Deputados estão previstas no art. 51 da CF e devem ser exercidas sem a sanção do Presidente da República, por meio de Resolução. Territórios: atualmente não existem territórios federais, mas como é possível sua criação, se existirem, poderão eleger quatro deputados. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Comissões a) Permanentes: quando seu início se dá ao começo de cada legislatura. b) Provisórias ou Temporárias: quando um grupo de parlamentares se reúne provisoriamente para tratar de um assunto específico. Exemplo: comissão reunida para tratar do novo código de processo civil e a comissão parlamentar de inquérito (CPI). Art. 58, § 1º, da CF, na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 58, § 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Poder Legislativo Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI (art. 58, §3º, da CF) Requisitos: - Fato determinado - Prazo certo -Instalação: as CPIs são formadas ou instaladas pelo requerimento de 1/3 dos membros (direito das minorias – investigar). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 58, § 3º, da CF - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Quais são os poderes das CPIs? E as vedações? São cabíveis os remédios constitucionais, em especial MS e HC, quando houver abusos no decorrer dos trabalhos realizadospelas comissões. A competência para o julgamento dessas ações dependerá da autoridade que pratica o ato abusivo. CPI’s e o princípio federativo (ou pacto federativo) (art. 53, §3º, c.c. 1º e 18, todos da CF) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 1. Imunidades Parlamentares - Conceito -Período de validade As imunidades podem ser: -Imunidade material (inviolabilidade/imunidade real ou substancial (art. 53, caput, da CF) Exceção – vereador (art. 29, VIII, da CF) Imunidade formal/processual -Prisão (art. 53, § 2º, da CF) -Processo criminal (art. 53, § § 3º a 5º, da CF) (prescrição) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. § 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 - As imunidades são passíveis de renúncia? -E os suplentes? Art. 53, § 8º, da CF: as imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. Limitação ao dever de testemunhar O artigo 53, § 7º, do CF estabelece que os parlamentares não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -A imunidade parlamentar não se estende ao corréu sem essa prerrogativa. -[Súmula 245.] - Julgados correlatos -NOVO: (...) o fato de o parlamentar estar na Casa legislativa no momento em que proferiu as declarações não afasta a possibilidade de cometimento de crimes contra a honra, nos casos em que as ofensas são divulgadas pelo próprio parlamentar na Internet. (...) a inviolabilidade material somente abarca as declarações que apresentem nexo direto e evidente com o exercício das funções parlamentares. (...) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -O Parlamento é o local por excelência para o livre mercado de ideias – não para o livre mercado de ofensas. A liberdade de expressão política dos parlamentares, ainda que vigorosa, deve se manter nos limites da civilidade. Ninguém pode se escudar na inviolabilidade parlamentar para, sem vinculação com a função, agredir a dignidade alheia ou difundir discursos de ódio, violência e discriminação. -[PET 7.174, rel. p/ o ac. min. Marco Aurélio, j. 10-3- 2020, 1ª T, Informativo 969.] Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Prerrogativa de foro Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional serão submetidos a julgamento perante o STF (art. 53,§1º,e 102,I,“b”, da CF). - E os vereadores? - E se o crime praticado pelo vereador for doloso contra a vida? Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Parlamentar – prerrogativa de foro – alcance. A competência do Supremo Tribunal Federal, considerada prática de crime comum, pressupõe delito cometido no exercício do mandato e a este, de alguma forma, ligado. Mandato parlamentar – licença – prerrogativa de função – insubsistência. A superveniência de licença do parlamentar para o desempenho de cargo diverso daquele gerador da prerrogativa de função torna insubsistente a competência do Supremo, considerada a ausência de vinculação do delito com o cargo atualmente desempenhado. (Pet 7.990 AgR, rel. min. Marco Aurélio, j. 18-8-2020, 1ª Turma, DJE 4-12-2020) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Art. 5º, XXXVIII, “d”, da CF - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; Súmula Vinculante nº 45 (STF) A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Vedações impostas aos deputados e senadores (art.54 da CF): a)Desde a diplomação não poderão os parlamentares: -firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 b) Desde a posse também não poderão os parlamentares: - ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada; - ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, "a"; -patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a“; -ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 5. Perda do mandato -O artigo 55 da CF enumera seis hipóteses de perda do mandato do parlamentar (há os casos de cassação e extinção do mandato) - A cassação diz respeito à perda do mandato em virtude do parlamentar ter cometido falta funcional; já a extinção relaciona-se com a ocorrência de ato ou fato que torne automaticamente inexistente o mandato, como, por exemplo, renúncia, morte, ausência injustificada etc. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Nos casos de cassação (art. 55, I, II e VI), : -violação das proibições estabelecidas no art. 54 da CF; - falta de decoro parlamentar e -condenação criminal transitada em julgado a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional (art. 55, §2º, CF). Atenção! A EC nº 76/13 aboliu a votação secreta nos casos de perda de mandato de Deputado ou Senador e de apreciação de veto. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 -Nas situações de extinção (art. 55, III, IV e V) -não comparecer injustificadamente a 1/3 das sessões ordinárias em cada sessão legislativa; - perder ou tiver suspensos os direitos políticos e - por decisão da Justiça Eleitoral a perda do mandato independe de votação da Casa, sendo declarada pela Mesa respectiva de ofício ou por provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado no Congresso Nacional (art. 55, §3º, CF). Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Frisa-se que em ambas as hipóteses é assegurada a ampla defesa. Decoro parlamentar -Previsto no inciso II do art. 55 da CF é uma das hipóteses de perda do mandato do parlamentar que depende de votação da Casa Legislativa. - O decoro parlamentar é caracterizado pelo abuso das prerrogativas parlamentares ou pela percepção de vantagens indevidas, além dos casos definidos nos respectivos Regimentos Internos de cada Casa Legislativa(art. 55, §1º, CF) (e do código de ética dos parlamentares) Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 Competências exclusivas do Congresso Nacional (art. 49 da CF): I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei complementar; III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias;Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; VI - mudar temporariamente sua sede; VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice- Presidente da República e dos Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes; XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão; XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408 XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares. Elayne Albertina Gomes Macêdo - 11068040408
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