Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CHACO BRASILEIRO um manifesto fotográfico da biodiversidade BRAZILIAN CHACO a photographic manifest of biodiversity Paulo Robson de Souza Ângela Lúcia Bagnatori Sartori Arnildo Pott Flávia Maria Leme Thomaz Ricardo Favreto Sinani Rosani do Carmo de Oliveira Arruda Adriano Afonso Spielmann CHACO BRASILEIRO um manifesto fotográfico da biodiversidade BRAZILIAN CHACO a photographic manifest of biodiversity CHACO BRASILEIRO um manifesto fotográfico da biodiversidade BRAZILIAN CHACO a photographic manifest of biodiversity Paulo Robson de Souza Ângela Lúcia Bagnatori Sartori Arnildo Pott Flávia Maria Leme Thomaz Ricardo Favreto Sinani Rosani do Carmo de Oliveira Arruda Adriano Afonso Spielmann Campo Grande Mato Grosso do Sul 2021 CONSELHO EDITORIAL | EDITORIAL COMMITTEE Claudenice Faxina - Doutora em Ecologia e Conservação pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS); especialista em avifauna regional. | Doctor in Ecology and Conservation (UFMS); specialist in regional avifauna. Fábio de Oliveira Roque - Doutor em Ecologia pela UFSCar; secretário executivo do programa Biota-MS. Professor na UFMS. | Doctor in Ecology (UFSCar); executive secretary of the program Biota-MS, lecturer at UFMS. Flávio Macedo Alves - Doutor em Ciências Biológicas (Botânica) pela Universidade de São Pau- lo. Professor na UFMS. | Doctor in Biological Sciences (Botany) (USP); lecturer at UFMS. Gustavo Graciolli - Doutor em Ciências Biológicas (Entomologia) pela Universidade Federal do Paraná. Professor na UFMS. | Doctor in Biological Sciences (Entomology) (UFPR); lecturer at UFMS. Jacques Hubert Charles Delabie - Doutor em Entomologia - Université Paris VI (Pierre et Marie Curie). Pesquisador em Tecnologia e Ciência Agrícola do Centro de Pesquisa do Cacau. Pro- fessor Pleno da Universidade Estadual de Santa Cruz. | PhD in Entomology (Université Paris VI Pierre et Marie Curie); Research Officer at Cocoa Research Center; Full Professor at Universidade Estadual de Santa Cruz. Jimi Naoki Nakajima - Doutor em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual de Campinas. Professor na Universidade Federal de Uberlândia. | Doctor in Plant Biology (Unicamp), lecturer at Universidade Federal de Uberlândia. José Milton Longo - Doutor em Ecologia e Conservação pela UFMS; sócio-diretor da FIBRAcon Consultoria, Perícias e Projetos Ambientais. | Doctor in Ecology and Conservation (UFMS); FIBRA- con Environmental Consultancy. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Chaco brasileiro [recurso eletrônico] = Brazilian Chaco : um manifesto fotográfico da biodiversidade = a photographic manifest of biodiversity / Paulo Robson de Souza ... [et al.] ; [tradução Arnildo Pott]. -- Campo Grande, MS : P. R. Souza, 2021. Dados de acesso: https://figshare.com/s/bac35dc9d6e9925bca7a Texto em português com tradução paralela em inglês. Bibliografia: p. 371-373. ISBN 978-65-86943-35-1 doi: 10.6084/m9.figshare.13262726 1. Ecossistemas – Chaco (Brasil). 2. Biodiversidade – Chaco (Brasil). I. Souza, Paulo Robson de. CDD (23) 577.0981 Bibliotecária responsável: Wanderlice da Silva Assis – CRB 1/1279 Concepção da publicação Figshare | Conception of the Figshare publication Ângela Lúcia Bagnatori Sartori e Paulo Robson de Souza Projeto editorial | Editorial project Lennon Godoi e Paulo Robson de Souza Diagramação | Diagramming Renan da Silva Dalago Revisão | Review Claudenice Faxina, Fábio de Oliveira Roque, Flávio Macedo Alves, Jacques Hubert Charles Delabie, Jimi Naoki Nakajima, Gustavo Graciolli, Darien Prado e autores | and authors. Checagem de dados e referências | Data and reference check Flávia Maria Leme Fotografias | Photos Adriano Afonso Spielmann (pp. 86 c; 125 a, b; 145; 168; 196; 200; 202; 203 b; 206; 207; 208 a; 209; 211; 213; 214; 367 b) Cariolando da Silva Farias (p. 175 b, c) - in me- moriam Fabio de Matos Alves (pp. 154; 155) Flávia Maria Leme (p. 108) Maria Ana Farinaccio (pp. 74; 78 d; 79) Robert Lücking (p. 369 - Adriano) Rosani do Carmo de Oliveira Arruda (175 a) Thomaz Ricardo Favreto Sinani (pp. 37 c; 39 a; 52 a; 66; 68 b; 74; 76 a; 78 d; 115 a; 119 b; 120 b; 143 c, d; 147; 149 b; 155 b, c; 157 c; 166; 169 c; 170 b; 172; 178 c; 184 a; 190 a, b; 191 b; 238 c; 258 a; Seção 6 | Section 6) Vali Joana Pott (p. 112) Paulo Robson de Souza (demais fotos) | (all other photos) Tradução | English version Arnildo Pott Mapas (cortesia) | Maps (courtesy) João dos Santos Vila da Silva Identificação ou confirmação das espécies | Identification or confirmation of the species Liquens | Lichens Dr. André Aptroot (Lecanora caesiorubella e Te- phromela) Plantas | Plants Apocynaceae: Dra. Maria Ana Farinaccio (Araujia stormiana, A. odorata, Aspidosperma triternatum) Asteraceae: Dr. Jimi Naoki Nakajima (Urolepis hecatantha) Bromeliaceae: Dr. Bruno Paixão-Souza (Tillandsia) Cactaceae: Dra. Daniela Zappi e Dr. Nigel Taylor (Cleistocactus baumannii, Cereus stenogonus, Frai- lea cataphracta, F. schilinzkyana, Gymnocalycium anisitsii, Opuntia elata, O. retrorsa) Leguminosae: Dr. Matias Morales (Mimosa sensibi- lis, Mimosa debilis var. debilis, Mimosa xanthocen- tra, Mimosa velloziana); Dra. Ana Paula Fortuna (Zornia reticulata) Lythraceae: Dra. Taciana Cavalcanti (Cuphea co- risperma) Malpighiaceae: Dr. Augusto Francener Nogueira Gonzaga Malvaceae: Dr. Peter Gibbs (Ceiba pubiflora) Polygonaceae: Dr. Marccus Vinicius Alves (Cocco- loba) Solanaceae: Dr. João Renato Stehmann (Solanum guaraniticum, Solanum glaucophyllum, Rivina hu- milis) Animais | Animals Abelhas | Bees: Dr. Felipe Varussa de Oliveira Lima (Arhysosage flava); Dr. Gustavo Graciolli (Melipona orbignyi) Anfíbios | Amphibians: Dra. Cynthia Peralta de Al- meida Prado Aves | Birds: Dra. Claudenice Faxina Formigas | Ants: Dr. Rogério Silvestre (Atta salten- sis; Pogonomyrmex uruguayensis); Dr. Jacques Delabie (Camponotus spp. Cephalotes sp.) Peixes | Fish: Dr. Francisco Severo Neto Répteis | Reptiles: Dr. Franco L. Souza CRÉDITOS | CREDITS AGRADECIMENTOS Aos 23 especialistas que gentilmente se dispuseram a identificar ou confirmar algumas das espécies de plantas, liquens e animais abordados neste livro. A todos os técnicos, pesquisadores, bolsistas e estagiários voluntários que nos auxiliaram nas pesquisas de campo e laboratório ao longo de 20 anos de trabalhos no Chaco Brasileiro, município de Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul. Às agências de fomento Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul), CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e à nossa instituição, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, pelo apoio financeiro e/ou institucional aos mais de 130 projetos de pesquisa desenvolvidos entre 2001 e 2020 no Chaco Brasileiro. Aos proprietários e administradores das fazendas Retiro Conceição, Biguá, Agro-Comercial Aubi, Porto Conceição, Anahy, Flores, Santa Vergínia/Água Boa, Santa Helena/Retiro Palhaty, São Fernando, Patolá, Perseverança, Campo Florido, São Ma- noel, Santa Ana, Santo Antônio, Quebracho, Costa Mesa, Água Doce, Londrina II; e ao Destacamento Ingazeira/Exército Brasileiro (mun. de Porto Murtinho), por terem gen- tilmente nos disponibilizado os ambientes para coletas científicas e documentação fo- tográfica. ACKNOWLEDGEMENTS To the 23 specialists who kindly spent time identifying or confirming some species of plants, lichens and animals shown. To all drivers, technicians, researchers, students and volunteer trainees who hel- ped us in laboratory and field research over 20 years in the Brazilian Chaco, township of Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul. To the research funding agencies Fundect, CNPq, CAPES and our institution Fede- ral University of Mato Grosso do Sul, for financial support and facilitiesto more than 130 research projects carried out between 2021 and 2020 in the Brazilian Chaco. To the owners and managers of the ranches Retiro Conceição, Biguá, Agro-Comer- cial Aubi, Porto Conceição, Anahy, Flores, Santa Vergínia/Água Boa, Santa Helena/Retiro Palhaty, São Fernando, Patolá, Perseverança, Campo Florido, São Manoel, Santa Ana, Santo Antônio, Quebracho, Costa Mesa, Água Doce, Londrina II; and Headquarter Inga- zeira/Brazilian Army (township of Porto Murtinho), for kindly allowing scientific collection and photographic documentation. A perda de biodiversidade implica a redução e o desaparecimento de espécies e da diversidade genética e a degradação de ecossistemas. Coloca em risco as contri- buições vitais da natureza para a humanidade, as economias, meios de subsis- tência, segurança alimentar, diversidade cultural e qualidade de vida, e constitui uma grande ameaça à paz e segurança globais. A perda de biodiversidade também afeta desproporcionalmente os mais vulneráveis, exacerbando a desigualdade. Documento “Compromisso da UNESCO com a biodiversidade” (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) Biodiversity loss implies the reduction and disappearance of species and genetic di- versity and the degradation of ecosystems. It jeopardizes nature’s vital contributions to humanity, endangering economies, livelihoods, food security, cultural diversity and quality of life, and constitutes a major threat to global peace and security. Biodiversity loss also disproportionally affects the most vulnerable exacerbating inequality. UNESCO’s commitment to biodiversity <https://en.unesco.org/themes/biodiversity> O CONTEXTO DA OBRA Este compêndio foi concebido originalmente como suplemento fotográfico ao livro Chaco: caracterização, riqueza, diversidade, recursos e interações, organizado por Ângela Lúcia Bagnatori Sartori, Paulo Robson de Souza e Rosani do Carmo de Oli- veira Arruda (Editora UFMS, 2021), versão eletrônica gratuita disponível em <https:// repositorio.ufms.br/handle/123456789/3432> . À medida que os trabalhos de compilação dos dados, seleção das fotografias e a redação propriamente dita foram se desenvolvendo, percebemos que tínhamos incontáveis observações de campo (algumas inéditas) ao longo de 20 anos de pesquisas no Chaco, além de um acervo fotográfico abrangente e diverso quanto às espécies de liquens, plantas e animais não abordadas no livro-texto citado (por limitação da edição). Seria salutar disponibilizarmos de imediato esse material a estudantes, pesquisadores, educadores ambientais, habitantes do Chaco Brasileiro e público em geral. O que seria um simples suplemento constitui um material complementar e de apoio ao livro citado. Ainda, para a percepção e os argumentos técnicos em defesa do Chaco Brasileiro, chamamos a atenção de gestores, professores, formadores de opinião e público em geral para a rica e peculiar biodiversidade dessa fração chaquenha tão ameaçada. Neste sentido, o compêndio passa a ser também uma obra com características próprias. A presente obra, composta por oito seções, se apresenta como um misto de li- vro fotográfico (são 682 fotografias, a maioria inédita!), livro técnico (primamos pela qualidade e fidedignidade da informação científica) e, porque não dizer, livro de divul- gação científica e manifesto pró valorização da biodiversidade local – vindo daí o título, uma espécie de apelo dos não-humanos que habitam o Chaco Brasileiro: “Ei, eu estou aqui! Cuide de mim!”. Na maioria das legendas com respectivas fotos de organismos, seções 2, 3 e 4, o leitor encontrará a etimologia dos nomes de espécies, com informações concisas de alguma peculiaridade relacionada a distribuição e/ou a morfologia. Com o intuito de mostrar a expressiva diversidade de organismos, o compêndio agrega espécies de ampla distribuição bem como espécies endêmicas do Chaco. Nomes populares são for- necidos, quando possível, baseados no conhecimento da equipe ou do povo local, ou disponíveis na literatura científica. Temos clareza de que pessoas e biodiversidade formam uma intrincada rede de interações, que os usos e costumes locais estão intimamente relacionados ao que a natureza nos oferece e que somos parte dela – motivo pelo qual incluímos a seção 5, Comes & bebes... & Vives. Sabemos que no Gran Chaco vivem diversos povos indí- genas e não indígenas, enquanto que na porção brasileira (Porto Murtinho, MS) temos uma forte cultura rural, manifesta especialmente entre os peões de fazendas, muitos deles vindos do vizinho Paraguai. Embora tenhamos focado numa das dimensões da diversidade biológica e suas complexas interações, todos esses aspectos relacionados à espécie humana são integrantes do Chaco e merecem nossa atenção, ensaios foto- gráficos e estudos específicos. https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3432 https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3432 Como utilizar este livro Para atender a essas múltiplas finalidades, este livro está no formato 9:16, adotado pelo Insta- gram e Facebook, favorecendo a leitura em celular e impressão doméstica (168x297mm) para fins não comerciais. Seguem umas dicas para melhor aproveitá-lo: • É um livro dinâmico, sem começo, meio e fim. Leia a partir de onde você quiser, sem se preocupar com a sequência de assuntos. • As espécies estão apresentadas em ordem alfabética de famílias, ou seja, não fo- ram consideradas as relações evolutivas dos grupos. • Outra maneira simples de você ir direto para a página de interesse é clicando na linha em que ela aparece no sumário. • Repare que as legendas são sintéticas, para incentivar a leitura a qualquer tempo e lugar: no ônibus, na recepção do consultório, enquanto se aguarda na fila, etc. Para isso, eliminamos os autores das espécies e, quando foi o caso, o ano da descrição de bichos, bem como deixamos para citar as referências utilizadas só ao fim do livro (clique no link que você terá acesso a elas). • Você pode compartilhá-lo gratuitamente pelo Whatsapp e outros aplicativos. Pen- sando nisso, reduzimos a resolução das fotografias sem perda de qualidade, pois entendemos que a informação visual também é muito importante. • Por falar em informação visual… No celular você pode dar zoom nas fotografias, “abrindo” a área de interesse da foto com os dedos. Também pode, com o celular na horizontal, deslocar as páginas, isto é, em formato “paisagem” para a direita e a esquerda. • Esquecemos de algo? Fizemos novas descobertas no Chaco, novas fotografias? Há novidades imperdíveis ao leitor? Pensando nisso, criamos na “nuvem” uma pasta para atualizações. Para acessá-la, basta você clicar aqui. Boa leitura! Os autores. https://drive.google.com/drive/folders/1V3J-6MNpQYWf6KvH7UgviCcbmylGzMxl?usp=sharing THE CONTEXT OF THIS WORK This compendium was conceived originally as a photographic supplement of the book Chaco: features, richness, diversity, resources and interactions , organized by Ângela Lúcia Bagnatori Sartori, Paulo Robson de Souza, and Rosani do Carmo de Oliveira Arruda (Editora UFMS, 2021), electronic version available at <https://repositorio.ufms.br/ handle/123456789/3432> . As the writing progressed, we perceived that over 20 years we had so many field observations (some original), plus such an amazing photo collection to select from a va- riety of species of lichens, plants and animals not depicted in the mentioned textbook. So, we release this material to students, teachers, researchers, environmental educators and managers, Brazilian Chaco people, opinion-makers, and the general public. What was intended as a simple supplement, becomes a complement to that book. However, it also becomes a work with its own characteristics, to strengthen the “team”, the perception and the technical arguments in defense of the Brazilian Chaco, to call attention to the rich and unique biodiversity of this so threatened treasure. This work, composed of eight sections, is a mix of a photographicpanorama (682 photos, most unpublished), technical guide (we cared for quality and reliability of scien- tific information) and, why not saying, it’s a scientific dissemination book, a manifest for the local biodiversity - where the title comes from, a plea from the non-humans living in the Brazilian Chaco: “Hi, I’m here! Take care of me!” In most photo captions, you can find the meaning of the organism species’ name, with short information on some features. To show the expressive diversity, we show ende- mic species to the Chaco and a few others. Common names are given when known by the team or local people, or available in the literature. We know that people and the biodiversity that surrounds them form an intricate network of interactions; that local habits and customs are closely related to what nature offers us; that we are part of it – which is why we have included section 5, Eats & Drinks... & Lives. We know that in Gran Chaco, several indigenous and non-indigenous peoples live, while in the Brazilian portion (Porto Murtinho municipality, MS) we have a strong ru- ral culture, manifested especially among farm workers, many of them from neighboring Paraguay. Although we have focused on one of the dimensions of biological diversity and its complex interactions, all these aspects related to the people are part of the Chaco and deserve our attention, photo essays and specific studies. https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3432 https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3432 How to use this book To meet these multiple purposes, this book is in the 9:16 format, adopted by Instagram and Fa- cebook, favoring reading on cell phones and home printing (168x297mm) for non-commercial purposes. Here are some tips to make the most of it: • It is a dynamic book, with no beginning, middle and end. Read wherever you want, without worrying about the sequence of subjects. • The species are presented in alphabetical order of families, that is, we disregarded the evolutionary relationships of the groups; to make it easier for you to find what interests. • Another simple way for you to go straight to the page of interest is by clicking on the line where it appears in the table of contents. • Note that the captions are synthetic, to encourage reading at any time and place: on the bus, at the office reception, while waiting in a line, etc. For this, we eliminated the authors of the species and, when appropriate, the year of the description of animals, plants and lichens, as well as leaving the references used only at the end of the book (click with your finger on the link and you will have access to them). • You can share any content for free through Whatsapp and other apps. With that in mind, we reduced the resolution of the photographs without loss of quality, as we understand that visual information is also very important. • Speaking of visual information ... On the phone you can zoom in on the photos, “ope- ning” the area of interest of the photo with your fingers. You can also, with the phone horizontally, move the horizontal pages (that is, in “landscape” format) to the right and left. • Did we forget something? Did we make new discoveries in The Chaco, new photogra- phs? Are there any novelties not to be missed by the reader? With that in mind, we created a folder for updates in the “cloud”. To access it, just click here. Have a nice trip! The authors. https://drive.google.com/drive/folders/1V3J-6MNpQYWf6KvH7UgviCcbmylGzMxl?usp=sharing PREFACIO En el año 1979, siendo ayudante alumno de mi maestro el Dr. Juan P. Lewis, recorrí por primera vez bosques y pastizales del Chaco argentino; fue amor a primera vista! Años después, me enteraría que el término Chaco lleva en sí mismo una de las mejores definiciones de este bio- ma: ‘tierra de cacería’, según la lengua de los Incas. Para ellos el Chaco fue sólo fuente de piezas de cacería, y excepto una breve incursión hasta Santiago del Estero, el poderoso Imperio Inca no logró penetrar en el Gran Chaco de América del Sur. Personalmente, llevo más de 40 años de fascinación por esa tierra intrépida, feraz y feroz, que fue casi impenetrable para los Conquistadores españoles hasta fines del siglo XIX; solo po- dían llegar hasta sus límites geográficos y formar allí guarniciones militares (como lo fue Corum- bá, en 1778). Recién a principios del siglo XX comenzaron a fundarse pueblos y ciudades dentro del corazón del Gran Chaco. La falta de agua potable, las persistentes secas y las bravías nacio- nes de pueblos originarios se encargaron de custodiar celosamente al Gran Chaco. En 1989, época en la cual vivía en Escocia, viajé al Brasil por primera vez, y conocí su ve- getación desde la caatinga de Pernambuco y Ceará hasta el Pantanal de Mato Grosso do Sul. Fue junto a Vali y Arnildo Pott que recorrí y reconocí la vegetación de la pequeña y fascinante cuña de Chaco brasileño, desde Corumbá hasta Porto Murtinho. El privilegio de hacer nuevos amigos en Mato Grosso do Sul fue acompañado por la alegría de reencontrarme con ‘viejos amigos’ de mí querido Chaco argentino: quebrachales, algarrobales, palmares de Copernicia. Me sentía en casa, a pesar de no haber pisado tierra argentina! Cuanto más al sur íbamos, más reconocía la flora y el paisaje, y hasta la fauna me era familiar. Este hermoso libro es un rico testimonio fotográfico de la agreste y bella biodiversidad de este extraordinario grupo de ecosistemas. Es una tierra de extremos, pues en el Gran Chaco se han registrado las temperaturas más altas de todo el continente, aunque con heladas pene- trantes en invierno, y es donde las sequías prolongadas (acompañadas por el fuego) culminan en lluvias torrenciales e inundaciones de semanas… Para todos estos organismos chaqueños, el haber evolucionado allí a lo largo de las eras es garantía de fortaleza, de resiliencia, de tolerancia a los más acérrimos extremos de los elementos del ambiente. En el Chaco todo es distinto, espinoso, tenaz, áspero, y tiene la belleza indómita de lo sal- vaje y prístino. Tristemente, hoy la mayor amenaza para todo el Gran Chaco y en particular para el comparativamente pequeño Chaco brasileño, es nuestra especie humana, industriosa y des- tructiva a la vez. Ojalá pueda este bello libro ayudar a tomar conciencia, por parte de nuestros pueblos, de toda la inmensa diversidad que podría llegar a desaparecer si no somos prudentes en nuestro avance! Darién E. Prado Prof. Dr. Darién Prado Cátedra de Botánica, IICAR-CONICET, Facultad de Ciencias Agrarias, UNR, C.C. Nº 14, S2125ZAA Zavalla, ARGENTINA Email: dprado@unr.edu.ar PREFÁCIO Em 1979, como aluno assistente de meu professor, Dr. Juan P. Lewis, viajei pela primei- ra vez pelas florestas e campos do Chaco argentino; foi amor à primeira vista! Anos depois, des- cobriria que o termo Chaco carrega em si uma das melhores definições desse bioma: ‘caça’, na linguagem dos incas. Para eles, o Chaco era apenas uma fonte de caça e, exceto por uma breve incursão a Santiago del Estero, o poderoso Império Inca não conseguiu penetrar no Grande Chaco da América do Sul. Pessoalmente, fiquei fascinado por esta terra intrépida, fértil e feroz por mais de 40 anos, que foi quase impenetrável para os conquistadores espanhóis até o final do século XIX; só puderam atingir seus limites geográficos e ali formar guarnições militares (como era Corumbá, em 1778). Foi apenas no início do século XX que começaram a surgir vilas e cidades no coração do Gran Chaco. A falta de água potável, as secas persistentes e as bravas nações dos povos indígenas se encarregaram de zelar pela proteção do Gran Chaco. Em 1989, quando morava na Escócia, viajei pela primeira vez ao Brasil, e conheci sua vegetação desde a Caatinga de Pernambuco e Ceará até o Pantanal de Mato Grosso do Sul. Foi junto com Vali e Arnildo Pott que passei e reconheci a vegetação da pequena e fascinante cunha do Chaco brasileiro, de Corumbá a Porto Murtinho. O privilégiode fazer novos amigos em Mato Grosso do Sul foi acompanhado pela alegria de encontrar os ‘velhos amigos’ do meu amado Chaco argentino: quebrachales, alfarrobeiras, palmeiras de Copernicia. Me senti em casa, apesar de não ter posto os pés na Argentina! Quanto mais para o sul íamos, mais reco- nhecia a flora e a paisagem, e até a fauna me tornava familiar. Este belo livro é um rico testemunho fotográfico da biodiversidade robusta e bela deste extraordinário grupo de ecossistemas. É uma terra de extremos, já que o Gran Chaco tem as temperaturas mais altas de todo o continente, embora com geadas penetrantes no inverno, e é onde prolongadas secas (acompanhadas de incêndios) culminam em chuvas torrenciais e inundações de semanas ... Pois todos esses organismos do Chaco, tendo evoluído ao longo dos tempos, é uma garantia de força, resiliência e tolerância aos extremos mais extremos dos elementos do meio ambiente. No Chaco tudo é diferente, espinhoso, tenaz, áspero e tem a beleza indomada do sel- vagem e intocado. Infelizmente, hoje a maior ameaça para todo o Gran Chaco, e em particu- lar para o relativamente pequeno Chaco brasileiro, é nossa espécie humana, laboriosa e des- trutiva ao mesmo tempo. Espero que este lindo livro possa ajudar nossos povos a tomarem consciência de toda a imensa diversidade que pode desaparecer se não formos prudentes em nosso progresso! Darién E. Prado Prof. Dr. Darién Prado Cátedra de Botánica, IICAR-CONICET, Facultad de Ciencias Agrarias, UNR, C.C. Nº 14, S2125ZAA Zavalla, ARGENTINA Email: dprado@unr.edu.ar PREFACE In 1979, as an assistant student of my adviser, Dr. Juan P. Lewis, I travelled through the woods and grasslands of the Argentinian Chaco for the first time; it was love at first sight! Years later, I would understand that the term Chaco contains one of the best definitions of this biome: ‘hunting land’ in the Inca language. For them, the Chaco was only a source of game, and except for a brief incursion to Santiago del Estero, the mighty Inca Empire did not succeed to penetrate the Gran Chaco of South America. Personally, I experience more than 40 years of fascination by this intrepid, fertile and fierce land, which was almost impenetrable for the Spanish Conquerors until the end of the 19th-century. They could only reach its geographical limits and form three military garrisons (as was Corumbá, in 1778). Only at the onset of the 20th-century villages and towns began to be founded within the heart of the Gran Chaco. The lack of drinking water, the persistent droughts and the ferocious native peoples guarded the Gran Chaco jealously. In 1989, when I lived in Scotland, I traveled to Brazil for the first time and got to know its vegetation from the caatinga of Pernambuco and Ceará to the Pantanal of Mato Grosso do Sul. Together with Vali and Arnildo Pott, I entered and recognized the vegetation of the small and fas- cinating wedge of the Brazilian Chaco, from Corumbá to Porto Murtinho. The privilege of making new friends in Mato Grosso do Sul was joined by the joy of reencountering ‘old friends’ of my dear Argentinian Chaco: quebrachales, algarobales, Copernicia palm groves. I felt at home, though I had not stepped on Argentinian land! The further south we went, the more I recognized the flora and the landscape, and even the fauna looked familiar. This beautiful book is a rich photographic testimony of the harsh and marvellous biodi- versity of this extraordinary group of ecosystems. It is a land of extremes since the highest tem- peratures of the entire continent were recorded in the Gran Chaco, biting frosts in winter and prolonged droughts (followed by wildfire) culminate in torrential rains and weeks-long floods ... For all these Chaco organisms, having evolved there over the eras guarantees fortress, resilience, and tolerance to the fiercest extremes of the environmental elements. In the Chaco, everything is distinct, thorny, tough, rough, and has the indomitable beauty of the savage and pristine. Sadly, today the primary threat to the whole Gran Chaco, and in par- ticular to the comparatively small Brazilian Chaco, is the human kind, industrious and destructive at the end. Hopefully, this outstanding book can help bring consciousness to our people about all the immense diversity that could disappear if we are not prudent in advancing! Darién E. Prado Prof. Dr. Darién Prado Cátedra de Botánica, IICAR-CONICET, Facultad de Ciencias Agrarias, UNR, C.C. Nº 14, S2125ZAA Zavalla, ARGENTINA Email: dprado@unr.edu.ar SUMÁRIO | CONTENTS O CONTEXTO DA OBRA - 10 Como utilizar este livro - 11 THE CONTEXT OF THIS WORK - 12 How to use this book - 13 PREFACIO - 14 PREFÁCIO - 15 PREFACE - 16 Seção 1 - NOSSO CANTINHO NO GRAN CHACO | Seccion 1 - OUR LITTLE CORNER IN THE GRAN CHACO - 27 Localização do Chaco Brasileiro | Where is the Brazilian Chaco? - 29 Morro Pão de Açúcar | Our little known big Pão de Açúcar Hill - 31 Vista aérea parcial do Chaco Brasileiro | Partial aerial view of the Brazilian Chaco - 32 Vista aérea parcial do Rio Paraguai | Partial outlook onto the Paraguay River - 33 Chaco Arborizado: savana | Woody Chaco: savanna - flourishing dryness - 34 Aspecto do Chaco Arborizado na seca | Thirsty look of the Woody Chaco at drought - 35 Chaco Arborizado com Stetsonia coryne | Woody Chaco: a Stetsonia coryne cactarium - 36 Contrastes na paisagem | Two contrasting seasons - 37 Alagamentos no Chaco | Permeabilities… or not - 38 Discretos acidentes, os microrrelevos | Microrelief microshapers - 39 Vidas minúsculas importam! | Tiny lives matter! - 40 Pelo olhar das aves... | Birds eye view... - 41 Aspecto do Chaco Florestado | How the Forested Chaco looks like - 42 Pétalas de neve tropical | Tropical petal snow - 43 Dentro da mata | Forest intimacies - 44 Adaptações | Aridity fitnesses - 45 Ambientes de transição | Vegetation mosaics - 46 Chaco Gramíneo-lenhoso | Grassy-Woody Chaco - 47 O verdor que a chuva traz | Rainy season flush - 48 Tacurus | Earth mound flood-escapes - 49 Carandazal | Copernicia palm land - 50 Ambiente inundável | Floodable palm land - 51 Dentro do Carandazal | Inside the Copernicia palm land - 52 Bordadura de palmeiras n’água | Palm frame on water - 53 Cegonha majestosa | Majestic stork - 54 Salina | Death watching vultures - 55 Paratudal para todos | Yellow trumpet tree savanna - 56 Microrrelevo de origem biológica | Anthill microrelief - 57 Pecuária extensiva | Extensive cattle ranching - 58 Cachoeira do Apa | Cachoeira do Apa - 59 Rio Perdido | Rio Perdido - 60 Seção 2 - VIDAS MOVIDAS PELA LUZ | Seccion 2 - LIGHT-MOVED LIVES - 63 Jacobina-vermelha (Justicia brasiliana) | Surprising beauty - 65 Quebra-machado, cabo-de-lança (Achatocarpus praecox) | Agate looking fruit! - 66 Perpétua (Gomphrena celosioides) | Bachelor’s button - 67 Lírio-do-campo (Habranthus pantanalensis) | Rain lily apotheosis! - 68 Quebracho-vermelho (Schinopsis balansae) | Willow-leaf red quebracho - 69 Quebracho-vermelho (Schinopsis balansae) | Willow-leaf red quebracho - 70 Braúna, baraúna (Schinopsis brasiliensis) | Barauna - 71 Braúna, baraúna (Schinopsis brasiliensis) | Barauna - 72 Mandevilla angustifolia | Softness in harshness! - 73 Cipó-de-leite (Araujia stormiana) | Green flowers? - 74 Cipó-de-leite (Araujia odorata) | Strangler vine - 75 Rhabdadenia madida | Overlooked charm! - 76 Erva-de-passarinho (Struthanthus uraguensis) | Mistletoe - 77 Quebracho-branco (Aspidosperma quebracho-blanco) | White quebracho - 78 Quebracho-branco (Aspidosperma quebracho-blanco) | White quebracho - 79 Pau-pereiro (Aspidosperma pyrifolium) - 80 Quebrachinho-branco (Aspidosperma triternatum) | Small white quebracho - 81 Peroba (Aspidosperma flaviflorum) - 82 Carandá (Copernicia alba) | Copernicia palm festival! - 83 Sempreviva (Isostigma hoffmannii) | Nickname me “Red pin cushion”! - 84 Pectis cf. odorata | Wild rosemary? - 85 Lavão, labão (Tabebuia nodosa) - 86 Cipó-d’água (Tanaeciumdichotomum) | Hi hummingbirds, I’m here! - 87 Tillandsia duratii | Fancy hairstyle! - 88 Tillandsia didisticha | Hanging gardens - 89 Tillandsia didisticha - 90 Tillandsia didisticha - 91 Tillandsia recurvifolia - 92 Tillandsia recurvifolia | Aerial wildflowers! - 93 Tillandsia recurvifolia - 94 Tillandsia recurvifolia - 95 Caraguatá-chuça (Aechmea distichantha)| Spear-kept beauties! - 96 Caraguatá (Bromelia balansae) | Bromelia: pollinators’ red carpet - 97 Chaguar (Bromelia hieronymi) | Ouch, blood sampling finger pricker! - 98 Chaguar (Bromelia hieronymi) | Surprising hue variation - 99 Gravateirinho (Dyckia leptostachya) | Dyckia: hardy dwarf - 100 Mandacaru (Cereus stenogonus) | Narrow-angled cactus - 101 Tuna-palito-do-pantanal (Stetsonia coryne) | Toothpick cactus - 102 Arumbeva (Opuntia elata) | Orange tuna - 103 Arumbeva (Opuntia elata) | Orange tuna - 104 Arumbeva-de-espinho-rosa (Opuntia retrorsa) | Tuna, prickly-pear - 105 Opuntia sp. - 106 Harrisia balansae | Moonlight serenade - 107 Harrisia balansae | Moonlight serenade - 108 Rabo-de-raposa (Harrisia tortuosa) | Moon cactus - 109 Cacto-rabo-de-gato (Cleistocactus baumannii) | Cat’s tail: “Open” closed flower - 110 Cacto-rabo-de-gato (Cleistocactus baumannii) | Cat’s tail - 111 Gymnocalycium anisitsii - 112 Frailea cataphracta - 113 Frailea schilinzkyana | “Try to find me” - 114 Cacto-macarrão (Rhipsalis baccifera) | Mistletoe cactus - 115 Cacto-lírio-de-páscoa (Echinopsis rhodotricha) | Hedgehog cactus - 116 Cacto-lírio-de-páscoa (Echinopsis rhodotricha) | Easter lily cactus - 117 Cacto-lírio-de-páscoa (Echinopsis rhodotricha) em carandá | Easter lily cactus on Copernicia alba - 118 Murucujá (Capparicordis tweediana) - 119 Cabaceira (Crateva tapia) | Tapia - 120 Mussambê (Cleoserrata paludosa) | Spider flower - 121 Mimo-do-céu (Evolvulus saxifragus) | Ground sky-blue under blue sky - 122 Pinhão-rasteiro (Jatropha ribifolia) | Creeping pnion - 123 Laranjinha (Sebastiania brasiliensis) - 124 Barreiro-preto (Prosopis rubriflora) - 125 Barreiro-preto (Prosopis rubriflora) - 126 Algarobo, coronilho (Prosopis ruscifolia) | Vinalar - 127 Algarobo, coronilho (Prosopis ruscifolia) | Vinalar - 128 Pau-d’alho (Microlobius foetidus) | Garlic tree - 129 Espinilho (Mimosa glutinosa) - 130 Espinilho (Mimosa glutinosa) - 131 Espinheiro, dorme-dorme (Mimosa sensibilis) | Sensitive plant - 132 Santa-fé, barreiro-branco (Mimosa hexandra) - 133 Santa-fé, barreiro-branco (Mimosa hexandra) - 134 Mimosa velloziana | Mini-fireworks - 135 Espinheiro (Mimosa aff. xanthocentra) - 136 Espinheiro (Mimosa aff. xanthocentra) - 137 Mimosa debilis var. debilis - 138 Neptunia pubescens - 139 Verde-olivo (Parkinsonia praecox) | Brea, palo brea - 140 Verde-olivo (Parkinsonia praecox) | Brea, palo brea - 141 Cortiça (Discolobium pulchellum) - 142 Barreiro, tataré, pau-cascudo (Chloroleucon tenuiflorum) | Monkey’s earring - 143 Fedegoso-do-brejo (Senna pendula) | Easter cassia - 144 Cortiça (Aeschynomene magna) | Joint vetch - 145 Cortiça (Aeschynomene magna) | Joint vetch - 146 Barreiro (Machaerium eriocarpum) - 147 Barreiro (Machaerium eriocarpum) - 148 Orelha-de-caxinguelê (Zornia reticulata) | Snake herb - 149 Muellera nudiflora - 150 Muellera nudiflora - 151 Aromita (Vachellia caven) | Roman cassie - 152 Guelra-de-dourado (Senna aculeata) | Candle bush - 153 Pata-de -vaca (Bauhinia hagenbeckii) - 154 Espinho-do-diabo (Bauhinia bauhinioides); saranzinho (Sesbania virgata | Wand riverhemp) - 155 Canafístula (Peltophorum dubium) | Copperpod - 156 Guaiacan (Libidibia paraguariensis) | Guayacan - 157 Amendoim-silvestre (Arachis nitida) | Wild peanut; estilosantes (Stylosanthes hamata) | Caribbean Stylo - 158 Anileira (Indigofera spicata) | Creeping indigo - 159 Larentia linearis | Fragile ephemeral beauty - 160 Carrapicho (Krameria tomentosa) | I’m a kind of bur - 161 Hypenia sp. - 162 Pleurophora saccocarpa - 163 Sete-sangrias (Cuphea corisperma) | Cuphea - 164 Diplopterys lutea - 165 Heteropterys sp. - 166 Heteropterys amplexicaulis - 167 Maria-barriguda, barriguda (Ceiba pubiflora) | Belly tree, bottle tree - 168 Maria-barriguda, barriguda (Ceiba pubiflora | Belly tree, bottle tree - 169 Uva-do-mato (Disciphania ernstii) - 170 Mora, amora-brava (Maclura tinctoria) | Old fustic, dyer’s mulberry - 171 Vermelhinha (Rivina humilis) | Pigeonberry - 172 Jacarepito (Phyllanthus chacoensis) - 173 Jacarepito (Phyllanthus chacoensis) - 174 Erva-limão (Bacopa gratioloides) - 175 Monopera perennis | Anonymous little beauty - 176 Hortelã-do-campo (Stemodia hyptoides) - 177 Canjiquinha (Coccoloba sp.; Coccoloba cordata) | Pigeon plum - 178 Novateiro-preto (Triplaris gardneriana) | Red lipstick flowers? - 179 Novateiro-preto (Triplaris gardneriana) - 180 Canela-de-velha (Salta triflora) | Did’nt I use suncream? - 181 Camalotinho (Heteranthera limosa) | Longleaf mudplantain - 182 Quina-quina (Coutarea hexandra) | Copalchi - 183 Veludo-de-espinho (Randia heteromera) | Indigoberry - 184 Veludo-de-espinho (Randia heteromera) | Indigoberry - 185 Cocita (Zanthoxylum fagara) | Rue family you know by smell - 186 Chorão (Salix chilensis) | Willow tree - 187 Planta-da-ressurreição (Selaginella sellowii) | Club moss - 188 Planta-da-ressurreição (Selaginella convoluta) | Resurrection plant - 189 Castela coccinea | Castela - 190 Espichadeira (Solanum glaucophyllum) Waxy-leaf nightshade, Solanum guaraniticum - 191 Corticinha (Schwenckia angustifolia) - 192 Caruru (Talinum paniculatum) | Waterleaf - 193 Seção 3 - ARABESCOS NABABESCOS… DA NATUREZA! | Seccion 3 - MAHARAJAH’S ARABESQUES… OF NATURE - 196 Liquens caloplacoides sobre rocha | Caloplacoid lichens on rocks - 198 Barba-de-pau (Usnea) | Beard lichen - 199 Líquen fruticoso (Ramalina) | Fruticose lichen - 200 Líquen leproso (Chrysothrix) | Leprose lichen - 201 Liquens foliosos com lobos estreitos (Pyxine e Candelaria) | Narrow-lobed foliose lichens - 202 Líquen folioso ondulado com lobos largos (Parmotrema) | Wide-lobed ruffle lichen - 203 Líquen folioso com lobos largos (Heterodermia loriformis) | Wide-lobed foliose lichen - 204 Líquen dimórfico (Cladonia) | Dimorphic lichen - 205 Líquen folioso com pseudocifelas (Punctelia) | Speckled shield lichen - 206 Líquen-prego (Calicium hyperelloidesa) | Pin lichen - 207 Líquens gráficos| Script lichens - 208 Liquens crostosos com apotécio (Tephromela) | Apotheciate lichen crusts - 209 Líquen crostoso com apotécios vermelhos lecideinos (Ramboldia russula) | Crimson dot lichen - 210 Líquen crostoso com apotécios vermelhos lecanorinos (Haematomma) | Bloodspot lichen - 211 Líquen folioso gelatinoso (Leptogium) | Jellyskin lichen - 212 Líquen folioso não gelatinoso (Coccocarpia) | Shell lichen - 213 Seção 4 - CHACO: GRAN ARCA DA BICHARADA | Seccion 4 - CHACO: GRAN ANIMAL LIFE’S ARK - 216 Formigas | Ants Pseudomyrmex denticollis, Pogonomyrmex uruguayensis - 218 Formiga-cortadeira Atta saltensis | Leaf-cutting ant Atta saltensis - 219 Formigas Camponotus crispulus em algarobo; Camponotus leydigi em Opuntia sp. | Ants C. crispulus on Prosopis pod; Camponotus leydigi on Opuntia sp. - 220 Formigas Camponotus blandus em Parkinsonia praecox | Camponotus blandus ants on Parkinsonia praecox - 221 Formigas Camponotus crassus em flores de bromeliaea | Camponotus crassus interacting on Bromelia balansae flowers - 222 Abelha Arhysosage flava visitando flor do cacto Opuntia retrorsa | Arhysosage flava bee visiting Opuntia retrorsa cactus flower - 224 Peixe-anual Trigonectes balzanii | Annual killifish Trigonectes balzanii - 225 Peixe-anual Austrolebias ephemerus | Annual killifish Austrolebias ephemerus - 226 Peixe-anual Neofundulus paraguayensis | Annual killifish Neofundulus paraguayensis - 227 Perereca-de-bananeira (Boana raniceps) | Chaco Treefrog - 228 Leptodactylus bufonius - 229 Leptodactylus macrosternum - 230 Melanophryniscus klappenbachi - 231 Pseudis platensis| Paradoxal frog - 232 Cantoria para grilo (Lysapsus limellum) | Serenades for crickets - 233 Sapo-de-chifres-chaquenho (Ceratophrys cranwelli) | Cranwell’s Horned Frog - 234 Calango-da-barriga-azul (Teius teyou) | Four-toed Tegu - 235 Cobra-de-capim (Erythrolamprus poecilogyrus caesius) | Yellow bellied snake - 236 Maçarico-de-bico-virado (Limosa haemastica); tuiuiús (Jabiru mycteria) | Hudsonian Godwit; Jabiru - 237 Ema (Rhea americana) | Greater Rhea - 238 Colhereiro (Platalea ajaja) | Roseate Spoonbill - 239 Saracuruçu (Aramides ypecaha) | Giant Wood-Rail - 240 Urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes burrovianus) | Lesser Yellow-headed Vulture - 241 Urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura); urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes burrovianus); urubu- -de-cabeça-preta (Coragyps atratus) | Turkey Vulture; Lesser Yellow-headed Vulture; Black Vulture - 242 Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) | Black Vulture - 243 Gavião-caboclo (Heterospizias meridionalis) | Savanna Hawk - 244 Acauã (Herpetotheres cachinnans) | Laughing Falcon - 245 Gavião-preto (Urubitinga urubitinga) defecando | Great Black Hawk releasing a white feces jet - 246 Gavião-pernilongo (Geranospiza caerulescens) | Crane Hawk - 247 Pica-pau-de-barriga-preta (Campephilus leucopogon) | Cream-backed Woodpecker - 248 Pica-pau-dourado-escuro (Piculus chrysochloros) | Golden-green Woodpecker - 249 Ararauna (Anodorhynchus hyacinthinus) | Hyacinth Macaw - 250 Maracanã-de-colar (Primolius auricollis); Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) | Yellow-collared Macaw; Turquoise-fronted Parrot - 251 Tiriba-fogo (Pyrrhura devillei) | Blaze-winged Parakeet - 252 Tiriba-fogo (Pyrrhura devillei) | Blaze-winged Parakeet - 253 Tiriba-fogo | Blaze-winged Parakeet | Pyrrhura devillei | Psittacidae. Periquito chaquenho, no Brasil ocorre também no Planalto da Bodoquena e porção sul do Pantanal (MS), em áreas pouco perturbadas. Nas fotos, momentos da cópula. | Chaco parakeet, in Brazil it also occurs on the Bodoquena plateau and southern Pantanal, in little disturbed areas. Love is in the air! - 253 Arapaçu-beija-flor (Campylorhamphus trochilirostris) | Red-billed Scythebill - 254 Polícia-inglesa-do-sul (Sturnella superciliaris); noivinha-branca (Xolmis velatus); bichoita (Schoenio- phylax phryganophilus) | White-browed Meadowlark; White-rumped Monjita; Chotoy Spinetail - 255 Suiriri-cavaleiro (Machetornis rixosa) sobre bovino domesticado | Cattle Tyrant on a calf - 256 Quati (Nasua nasua); anta, anta-brasileira (Tapirus terrestris) | Coatimundi; Lowland Tapir - 257 Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) | Collared anteater; tatu-peba (Euphractus sexcinctus) | armadillo; lobinho ou graxaim-do-mato (Cerdocyon thous) | Crab eating fox - 258 Porco-monteiro, porco-feral (Sus scrofa) e híbrido porco-monteiro com javali - 259 Seção 5 - COMES & BEBES… & VIVES | Seccion 5 - EATS & DRINKS… & LIVES - 262 Matéria-prima para o vinho do Chaco | Wild food sources - 264 Frutas vermelhas, nativas e comestíveis | Red and dark-purple fruits - 265 Delicatessen regionais | Regional delicacy - 266 Pequenas delícias | Small but tasty fruits - 267 Madeira à mão | Timber at hand - 268 “Bioconstruções”: no Chaco, viva como um habitante do Chaco | Biobuildings: in the Chaco, live like a Chaco dweller - 269 Paratudo: para tudo? | Trumpeting trumpet tree - 270 Nutritivos legumes | Nutritious legumes - 271 A espuma que alimenta | Cooling foam relished by sweet-lover insects - 272 Manjar em taça de sobremesa | Treat in a dessert cup - 273 Alimento à vista: Talinum fruticosum e abelha | Breakfast is ready - 274 Cores que atraem: Talinum fruticosum | Eye-catching colors - 275 Cactos: fonte de alimento e abrigo para a reprodução | Ant honeymoon, or “nectarmoon”? - 276 Quem procura, acha | Nectar flows inside and outside flowers - 277 Sobras da ceia | Night feast leftovers - 278 Quem cedo madruga, se alimenta | The early bee catches the nectar - 279 Banquete à vista | Wildflower banquet - 280 Plantas que fizeram história | Tannin for Europe - 281 Pau-santo (Bulnesia sarmientoi) | Argentine lignum vitae, Paraguay lignum vitae - 282 Seção 6 - CHACO EM FLOR | Seccion 6 - BLOOMING CHACO - 285 Cipó-unha-de-gato (Dolichandra unguis-cati) Cat’s claw vine - 287 Onze-horas (Portulaca mucronata); Gaya bordasii - 288 Jenipapo-bravo (Tocoyena formosa); esporão-de-galo (Randia heteromera) Indigoberry - 289 Feijão-de-rola (Macroptilium lathyroides) | Phasey bean - 290 Labão, lavão (Tabebuia nodosa) | Trumpet-tree - 291 Tuna, arumbeva-de-espinho (Opuntia retrorsa) | Prickly pear - 292 Chico-magro (Guazuma ulmifolia) | Pterocaulon purpurascens - 293 Cipó-de-leite (Cynanchum montevidense) | Dog-strangling vine - 294 Abacaxizinho-do-mato (Pseudananas sagenarius) | Red pineapple - 295 Damiana (Turnera weddelliana) | Mexican damiana - 296 Cipó-de-leite (Araujia variegata) | Schultesia guianensis - 297 Turnera grandiflora - 298 Urolepis hecatantha - 299 Seção 7- NAS ALTURAS | Seccion 7 - MOVING TO THE TOP - 302 Vista panorâmica do Pão de Açúcar | Lookout to the Pão de Açúcar hill - 304 Quase tudo azul | So many blues to see, the Xaraés Sea, the mountain blue, the Chaco blue sky - 305 Nos detalhes, há vidas | How come, devilish in paradise? - 306 Isso que é estilo | A fancy aroid - 307 Verde nas frestas, nos sulcos | Green fills all gaps - 308 Cadê a superfície? | Where is the surface? - 309 Caules enfeitados | Bark painting - 310 Nem sempre verdes | Some plants dress red - 311 Toda forma tem um contexto | So many forms and adaptions - 312 Tapetes verdes | Cypress miniature - 313 A pequena formiga nas alturas | Little ant and Dancing Lady - 314 Nem parece planta | So full of roots, nearly rude - 315 Lírios da chuva | Rain lily - 316 Deu água na boca| Bush delicacy - 317 Recompensa escondida | Hidden pollinator’s reward - 318 Que os bons ventos me dispersem | The wind decides where to fly - 319 Espinhos à vista | Beware of getting hurt - 320 Enigmáticas relíquias (Tropidurus cf. guarani, Notomabuya frenata) | Enigmatic relics - 321 Visão panorâmica | Masters of the air - 322 Pôr-do-sol com Pão-de-Açúcar - 323 Seção 8 - DO MACRO AO MICRO (O QUE É, O QUE É?) | Seccion 8 - FROM MACRO TO MICRO (WHAT IT IS?) - 325 Capparicordis tweediana - 327 Teia de aranha em fruto de cacto após chuva | Spider web on cactus fruit after the rain - 328 Aspidosperma quebracho-blanco - 329 Ortóptero sobre cacto após a chuva | Grasshopper on cactus after the rain - 330 Mosca em flor de Jatropha ribifolia | Fly on Jatropha ribifolia flower - 331 Coleoptera em Mimosa aff. xanthocentra - 332 Opuntia sp. - 333 Selaginella sellowii e teia de aranha após a chuva | Rain wet spider web on Selaginella - 334 Stetsonia coryne - 335 Prosopis ruscifolia - 336 Phyllanthus chacoensis (flores com estames, masculinas) | male flowers - 337 Salta triflora (flores com estames, masculinas) | male flowers - 338 Tillandsia duratii - 339 Vachellia caven - 340 Aspidosperma quebracho-blanco - 341 Crosta de cianobactérias sobre solo ressequido | Cyanobacteria crust on dry soil - 342 Cleoserrata paludosa - 343 Diplopterys lutea - 344 Cuphea corisperma - 345 Triplaris gardneriana, flores com pistilo, femininas | T. gardneriana, female flowers - 346 Neofundulus paraguayensis (fêmea) | N. paraguayensis (female) - 347 Evolvulus saxifragus - 348 Tabebuia nodosa - 349 Prosopis rubriflora - 350 Parkinsonia praecox - 351 Teius teyou - 352 Taninos de Schinopsis balansae na serapilheira | Tannin of S. balansae in litter - 353 Salta triflora (flor com pistilo, feminina) | S. triflora (female flower) - 354 Zanthoxylum fagara - 355 Zanthoxylum fagara - 356 A biodiversidade revelada | Disclosed biodiversity - 357 SOBRE OS AUTORES | ABOUT THE AUTORS - 367 REFERÊNCIAS | REFERENCES - 371 Pense num lugar! Um cantinho de Mato Grosso do Sul para se contemplar um dos significativos representantes do Gran Chaco Sudamericano que, além desse pedacinhobrasileiro, abrange a Argentina, a Bolívia e o Paraguai. Nesta seção você verá quão maravilhosa é esta ecorregião. E olha que é só uma amostra! É que a porção brasileira passou por intensa exploração econômica, hoje se restringindo a fragmentos no município de Porto Murtinho. Primeiro, suas matas foram seletiva e intensamente exploradas para a produção de tanino (Ciclo do Quebracho, meados do século XX). Em seguida a vegetação nativa foi suprimida para a criação de gado, processo que se intensificou na década de 1990 e perdura até hoje. Com esta obra, esperamos despertar e estimular mais conscientização sobre a preciosidade do negligenciado Chaco brasileiro. Think of a place. A special place in Mato Grosso do Sul to contemplate one of the most remarkable beings of the South American Gran Chaco that, besides our small Brazilian piece, encompasses Argentina, Bolivia and Paraguay. In this section, you will see how wonderful this ecoregion is. Moreover, this is just a sample! The Brazilian part underwent intense land development, now restricted to fragments. First, trees were logged for tannin (Quebracho Cycle, mid-century XX). Next, the native vegetation was cleared for cattle ranching, an ongoing process that intensified in the 1990s and continues today. We hope that we can bring more awareness about the uniqueness of our overlooked Chaco. NOSSO CANTINHO NO GRAN CHACO SEÇÃO 1 SECCION 1 OUR LITTLE CORNER ON GRAN CHACO Foto de abertura Carandás (Copernicia alba, Arecaceae) na borda de lagoa (baía) marginal ao Rio Paraguai, região de fronteira Brasil-Paraguai. Opening photo Carandá palm (Copernicia alba, Arecaceae) at the edge of oxbow lake of the Paraguay River, Brazil-Paraguay border region. 28 Chaco Brasileiro, áreas naturais e antropizadas mapeadas em 2007 (Fonte: Silva et al. 2020). A área é a mais baixa de Mato Grosso do Sul, chegando a 70 m acima do nível do mar no ponto mais ao sul, na foz do Rio Apa no Rio Paraguai. À direita: versão em português. | Brazilian Chaco, natural and anthropic areas mapped in 2007 (Source: Silva et al. 2020). The area is the lowest in Mato Grosso do Sul, down to 70 m above sea level in the southernmost point, at the mouth of the Apa River on the Paraguay river. Right: English version. 29 30 Com 500 m de altitude, o Morro Pão de Açúcar se destaca na paisagem do município de Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul. É geologicamente muito antigo, enquanto a planície é recente, sem rochas. | With an altitude of 500 m, the Pão de Açúcar Hill stands out in the landscape of Porto Murtinho, Mato Grosso do Sul. It is very old geologi- cally, whilst the plain is recent, without rocks. 31 Vista parcial de algumas fitofisionomias de Chaco a partir do topo do Pão de Açúcar, no lado brasileiro. As marcas curvilíneas ao centro são vazantes. Partial panorama of some Brazilian Chaco landscapes from the top of the Pão de Açúcar Hill. The curved lines in the middle are seasonal streams. 32 Rio Paraguai visto do alto do Morro Pão de Açúcar, margem esquerda (Brasil). Em primeiro plano, um corixo (antigo rio intermitente). Ao fundo, Chaco em território paraguaio. Paraguay River seen from the Pão de Açúcar Hill top, left margin (Brazil). In the front, a seasonal old river; in the back, Chaco in Paraguayan territory. 33 Chaco Arborizado. Fitofisionomia do tipo savana aberta, com predominância de espécies adaptadas à seca. Observe o aspecto ressequido da vegetação rasteira, na seca. As flores amarelas são de verde-olivo (Parkinsonia praecox, Fabaceae). | Woody Chaco. Open savanna with predominant drought-tolerant species. Note the dried-up lower vegetation. The yellow flowers are from palo brea (Parkinsonia praecox, Fabaceae). 34 Chaco Arborizado na seca. Observe as árvores espinhosas esparsas e o solo coberto de ervas tais como capins e planta-da-ressurreição (Selaginella). Woody Chaco in the dry season. Note the sparse spiny trees and the soil covered with herbs such as grasses and spike mosses (Selaginella). 35 Chaco arborizado com predomínio do cacto Stetsonia coryne no estrato arbóreo. À direita, um canal natural escavado pelo Rio Amonguijá no período de transbordamento. Woody Chaco with predominance of Stetsonia coryne (cactaceae) in the tree layer. On the right, a natural channel built by the Amonguijá River flood. 36 Chaco Arborizado. De cima para baixo: paisagem após a chuva e na seca; moitas do caraguatá Bromelia balansae (Bromeliaceae). | Woody Chaco. From top down: landscape after rain and at drought; clumps of “caraguatá” Bromelia balansae (bromeliaceae). 37 Aspecto do solo e vegetação do Chaco Arborizado. Muitos solos são pouco permeáveis, podendo reter a água da chuva por até três meses, embora estando seco mais embaixo. | Aspect of the soil and vegetation of the Woody Chaco. Many soils are little permeable and can keep surface rain water for up to three months, even staying dry underneath. 38 Chaco Arborizado. De cima para baixo: poça d’água em depressão causada pelo desabamento de formigueiro de Atta saltensis abandonado; outro tipo de microrrelevo comum. | Woody Chaco. From top down: puddle in depression caused by a collapsed abandoned Atta saltensis nest; another type of common microrelief. 39 Solo nu com uma fina crosta de aspecto amarronzado e craquelado na seca e verde-azulado nas chuvas. É formada de cianobactérias (as antigas algas azuis), microrganismos fixadores de nitrogênio do ar. O branco é uma semente de Aspidosperma, Apocynaceae. | Bare soil with a thin brownish and crepey crust at drought (white spot: Aspidosperma seed, apocynaceae), and green-blueish in the wet. That are cyanobacteria, air nitrogen-fixation (the old blue green-algae). 40 Vista parcial do Chaco Florestado (esquerda) e corixo (antigo leito de rio, à direita) a partir do topo do morro Pão de Açúcar. | Partial view of the Woody Chaco (left) and seasonal old river (right) from the top of the Pão de Açúcar Hill. 41 Borda da fitofisionomia do tipo Chaco Florestado. É pouco alagável. Aqui se destacam a palmeira bocaiúva (Acrocomia totai, Arecaceae) e árvores caducifólias de grande porte. | Edge of the Forested Chaco vegetation type. It is little flood-prone. Here stand out the “bocaiúva” palm (Acrocomia totai, arecaceae) and big deciduous trees. 42 Chaco Florestado durante a florada do louro-preto (Cordia glabrata - Boraginaceae), árvores de flores brancas. O cálice da flor permanece no fruto, tornando-se uma espécie de peteca levada pelo vento. | Forested Chaco during flowering of “louro-preto” (Cordia glabrata - boraginaceae), white-flower trees. The flower receptacle remains on the fruit, becoming a shuttlecock-like wind-blown seed. 17 43 Interior de Chaco Florestado. De cima para baixo: Harrisia balansae (Cactaceae) com botões florais e solo com serapilheira; Anthurium cf. plowmanii (Araceae), uma xerófita sem espinhos (cf. significa: espécie a conferir). | Inside the Forested Chaco. From top down: Harrisia balansae (cactaceae) with flower buds and soil with litter; Anthurium cf. plowmanii (araceae), at last a spineless xerophyte. 44 Exemplos de adaptações à seca (de cima para baixo): caules que armazenam água (Ceiba pubiflora, Malvaceae); folhas espinhosas e espessa cutícula (Bromeliaceae) e miúdas (microfilia) (Fabaceae). | Examples of adaptations to drought (top down): thick stems that store water (Ceiba pubiflora), spiny leaves and thick cuticle (Bromeliaceae); small leaves (microphylly) (Fabaceae). 45 Ambientes de transição. De cima para baixo: Chaco Arborizado para Florestado; Triplaris gardneriana (flores vermelhas, femininas, Polygonaceae) na borda inundável do Chaco Florestado. | Transition environments. Top to bottom: Woody Chaco to Forested Chaco; Triplaris gardneriana (red flowers, female, Polygonaceae), flooded edge of Forested Chaco. 46 Savana Estépica Gramíneo-lenhosa em período de seca, com capim-querosene(denominação local para Paspalum virgatum, Poaceae) e morro Pão de Açúcar ao fundo. Grassy-Woody Stepic Savanna in the dry season, with kerosene-grass (local name for Paspalum virgatum, Poaceae) and Pão de Açúcar Hill in the back. 47 Savana Estépica Gramíneo-lenhosa em período de chuva, com gramíneas em primeiro plano e a aromita Vachellia caven (Fabaceae) florida ao centro. | Grassy-Woody Stepic Savanna in the rainy season, with grasses and the front and flowering mimosa bush Vachellia caven (Fabaceae) in the middle. 48 De cima para baixo: tacurus na cheia e na seca. Tacuru é o termo local para áreas de murundus (montículos), pequenas elevações (≤ 50 cm) de origem biológica, menos inundáveis. |Top to bottom: earth mounds (local term “tacuru”) in dry and rainy seasons. “Tacuru” are areas of less flood-prone small earth mounds (≤ 50 cm) of biological origin. 49 Carandazal ou, como dizem localmente, carandeiro, onde predomina o carandá (Copernicia alba, Arecaceae) no estrato arbóreo, palmeira adaptada a ambientes alagáveis e indicadora de solos salinos. | “Carandazal” or locally “carandeiro” where “carandá” (Copernicia alba, arecaceae) predominates, a palm adapted to floodable and salty habitats. 50 O carandazal suporta meses de inundação. Em primeiro plano, um pequeno curso d’água temporário. The “carandazal” palm land withstands months of flooding. In the front, a small seasonal stream. 51 Interior do carandazal com vários estágios de desenvolvimento do carandá (Copernicia alba, Arecaceae). Inside the “carandazal” palm land of Copernicia alba (arecaceae) at various development stages. 52 Lagoa (baía) marginal ao Rio Paraguai, com carandá jovem (Copernicia alba, Arecaceae) em primeiro plano e carandazal ao fundo. | Oxbow lake of the Paraguay River, with a young “carandá” palm (Copernicia alba, arecaceae) in the front and “carandazal” palm land in the back. 53 Lagoa (baía) marginal ao Rio Paraguai, com aves paludícolas como a maior cegonha do mundo, o tuiuiú (Jabiru mycteria) em primeiro plano e carandazal ao fundo. Oxbow lake of the Paraguay River, with wading birds such as the world’s largest stork, the jabiru (Jabiru mycteria) in the front and “carandazal” palm land in the back. 54 Carandazal morto supostamente pela salinização causada por drenagem. As áreas são chamadas de salinas, devido ao sal exposto. No topo dos estipes, urubus-de-cabeça-preta (Coragyps atratus). | Dead “carandazal” palm land supposedly by salinization from drainage. The areas are called “salinas’’ for the exposed salt. Black-headed-vultures (Coragyps atratus) on the stumps 55 Paratudal, uma fitofisionomia inundável e sujeita a fogo em que predomina o paratudo (Tabebuia aurea, Bignoniaceae), árvore de flores amarelas. “Paratudal”, yellow trumpet tree savanna, a floodable and fire-prone landscape dominated by “paratudo”, Tabebuia aurea (yellow-flower tree, bignoniaceae). 56 Aspecto do microrrelevo, neste caso construído por um formigueiro de Atta saltensis no entorno de um guaiacan (Libidibia paraguariensis, Fabaceae). Note que o entorno é extremamente plano. | Aspect of an anthill microrelief built by Atta saltensis around a guayacan tree (Libidibia paraguariensis, Fabaceae). Note the extremely flat surrounding. 57 Gado zebuíno criado extensivamente em pastagens cultivadas após desmate licenciado. Na foto maior, note um carandazal ao fundo. | Zebu cattle ranched extensively on cultivated pastures after licenced clearing. In the largest photo, note the “carandazal” palm land in the back. 58 Corredeiras localmente denominadas Cachoeira do Apa, rio que é parte da fronteira entre Brasil e Paraguai. Note a exuberante mata ciliar (o pescador serve de escala). Rapids locally called Cachoeira do Apa fall, river of the Brazil-Paraguay border. Note the exuberant gallery forest (the fisherman plays scale). 59 Rio Perdido desaguando no Rio Apa (ao fundo) na localidade Cachoeira do Apa, em Porto Murtinho. A mata ao fundo está localizada em território paraguaio. Rio Perdido flowing into the Apa River (means lost river) (in the back) in the locality of Cachoeira do Apa, in Porto Murtinho. The forest in the background is located in Paraguay. 60 As plantas do Chaco são tão especiais e únicas no Brasil que quando a equipe de vegetação do Projeto Radambrasil, em 1981, não reconheceu as espécies, foi pedida a ajuda do famoso botânico João Murça Pires, o Murça, que logo viu que aquelas árvores esquisitas pertencem ao Chaco. Ele devia ter lido o livro Florestas da América do Sul, do Hueck. Ele coletou diversas plantas e fez a primeira lista florística (Furtado et al. 1982). Isso foi mapeado mas não incorporado ao mapa oficial de vegetação do Brasil. Em 1989, o botânico argentino Darien Prado e Arnildo Pott fizeram um levantamento rápido da vegetação do Chaco Brasileiro, publicado como capítulo de livro em 1992. Desde então, nós passamos muitos anos a coletar material botânico e hoje o Herbário CGMS da UFMS tem o melhor acervo da flora do Chaco Brasileiro. No início, viajar ao longínquo Porto Murtinho era praticamente uma expedição, por uma estrada de chão empoeirada no trecho desabitado de 130 km após Jardim. Muitos estudantes, professores e técnicos realizaram duro trabalho de campo sob extremos de calor e frio, atoleiros, carro quebrado, mosquitos, formigas, marimbondos, abelhas, carrapatos e espinhos - espinhos demais -, para desvendar aquela maravilhosa flora e escrever suas teses, dissertações e artigos sobre o nosso admirável Chaco. E há mais por vir! The Chaco plants are so outstanding and unique in Brazil that when the vegetation team of the Radambrasil project in 1981 did not recognize the species, they asked for help from the famous botanist João Murça Pires, known as Murça, who saw that those odd-looking trees belong to the Chaco. He must have read the book South American Forests, by Hueck. He collected some plants and made the first floristic list (Furtado et al. 1982). That was mapped but not incorporated into the Brazilian off icial vegetation map. In 1989, the Argentinian botanist Darien Prado and one of us (A. Pott) briefly surveyed the vegetation, published as a book chapter in 1992. Since then, we spent many years collecting botanical specimens and nowadays the Herbarium CGMS has the best collection of the Brazilian Chaco flora. Travelling to remote Porto Murtinho was at first quite a journey, on a dusty unpaved road on the 130 km of human emptiness from Jardim onwards. Many students, lecturers and technicians underwent hard field work under extremes of heat and cold, mud bogging, car breakdown, mosquitos, ants, wasps, bees, thicks and spines -far too many spines -, to unravel that wonderful flora and write their theses and papers on our amazing Chaco. And there is more to come! VIDAS MOVIDAS PELA LUZ SEÇÃO 2 SECCION 2 LIGHT-MOVED LIVES Foto de abertura Folhagem da leguminosa verde-olivo (Parkinsonia praecox, Fabaceae). O nome popular é porque os caules são oliváceos, fotossintetizantes. Esta árvore dá uma boa noção das plantas do Chaco: folhas pequenas, espinhos e resiliência. Opening photo Foliage of the legume “Verde-olivo” (Parkinsonia praecox, Fabaceae), meaning olive-green, for the green photosynthetizing stem and bran- ches. This tree gives a good sense about the Chaco plants: small leaves, spines, and resilience. 64 Jacobina-vermelha | Justicia brasiliana | Acanthaceae. Erva encontrada no interior do Chaco Florestado. A flor avermelhada atrai beija-flores, que batem a cabeça nos estames (amarelos) e estigma. | Herb found inside Forested Chaco, the red flower attracts hummingbirds, that bump the head on the stamens (yellow) and stigma. 65 Quebra-machado, cabo-de-lança. | Achatocarpus praecox | Achatocarpaceae. Achatocarpus é fruto de ágata (translúcido); praecox é precoce. Arvoreta típica do Chaco e Matas Secas. Flores visitadas por abelhas. Frutos comidospor aves. | Achatocarpus means agate fruit (translucent); praecox is early. Chaco and dry forest treelet. Bee-pollinated. Fruits eaten by birds. 66 Perpétua | Bachelor’s button | Gomphrena celosioides | Amaranthaceae. Erva perene pequena, com flores palhosas de longa duração, visitadas por abelhas. Sementes espalhadas por formigas. Esta cor de flor é uma variante local.| Small perennial herb, with long-lasting straw-like flowers, visited by bees. Seeds spread by ants. This color flower is a local variant. 67 Lírio-do-campo | Rain lily | Habranthus pantanalensis | Amaryllidaceae. Habranthus significa flor graciosa. Pequena erva bulbosa endêmica do sul do Pantanal, a floração explode após o fogo ou a primeira chuva. | Habranthus means graceful flower. Small bulbous herb endemic to the southern Pantanal, noticed when the flowers burst aft er a fire or first rain. 68 Quebracho-vermelho | Willow-leaf red quebracho | Schinopsis balansae | Anacardiaceae. Schinopsis é que se parece com Schinus; balansae homenageia o botânico Balansa. Casca estilo ladrilhado. Madeira dura.| Schinopsis looks like Schinus; balansae honors the botanist Balansa. Tile-like bark. Hardwood. 69 Quebracho-vermelho | Willow-leaf red quebracho | Schinopsis balansae | Anacardiaceae. Árvore espinhosa típica do Chaco, a mais rica em tanino. Flores visitadas por abelhas. Fruto alado, dispersado pelo vento. | Typical Chaco spiny tree, the richest tannin source. Flowers visited by bees. Winged fruit, wind-spread. tree, described in 2020 as a new species, its specific name means yellow flower, its picture is here published for the first time. 70 Braúna, baraúna | Barauna | Schinopsis brasiliensis | Anacardiaceae. Árvore de floresta seca, ameaçada de extinção por ter madeira dura e valiosa. | Dry forest tree, endangered for its valuable hardwood. 71 Braúna, baraúna | Barauna | Schinopsis brasiliensis | Anacardiaceae. As minúsculas flores (no detalhe) são visitadas por abelhas. | Flowers visited by bees. 72 Mandevilla angustifolia | Apocynaceae. Mandevilla homenageia o diplomata e jardineiro britânico Mandeville; angustifolia é folha estreita. Você está pronta para estrear num jardim? | Mandevilla is in honor of the British diplomatic and gardener Mandeville; angustifolia is narrow-leaved. Are’nt you ready for a garden show? 73 Cipó-de-leite | Araujia stormiana | Apocynaceae. Tem látex branco, folhas pequenas e levemente suculentas: estratégias para amenizar a seca e economizar água. | Latex and small fleshy leaves are drought-avoiding strategies. 74 Cipó-de-leite | Strangler vine | Araujia odorata | Apocynaceae. Tipo de trepadeira leitosa de floração duradoura, tem sementes com uma espécie de pára-quedas sedoso para dispersão pelo vento. Frutos consumidos na Argentina.| This type of milky vine has seeds with a kind of silky parachute for wind-blown spread. 75 Rosa-do-estuário | Rhabdadenia madida | Apocynaceae. Rhabdadenia significa glândula alongada; madida é do brejo. Trepadeira de floração perene e duradoura que merece estar em jardins. | Rhabdadenia means long gland; madida is from the marsh. Perennial long-lasting flowering vine that deserves to be in gardens. 76 Erva-de-passarinho | Mistletoe | Struthanthus uraguensis | Loranthaceae. Struthanthus é flor de passarinho; uraguensis é do Uruguai. Hemiparasita, suga outra planta mas faz fotossíntese. Frutos comidos e espalhados por aves. | Hemiparasite: it sucks another plant but makes photosynthesis. Fruits eaten by birds. Struthanthus means bird flower; uraguensis from Uruguay. 77 Quebracho-branco | White quebracho | Aspidosperma quebracho-blanco | Apocynaceae. Sempre verde, folha rija com ponta afiada. Das árvores típicas do Chaco é uma das mais altas. | Evergreen, sharp-pointed stiff leaf. One of the tallest typical Chaco tree. 78 Quebracho-branco | White quebracho | Aspidosperma quebracho-blanco | Apocynaceae. Quebracho vem do Espanhol quebra-machado, pela madeira dura. Aspidosperma significa semente em forma de escudo. É dispersa pelo vento. | Quebracho comes from Spanish axe-breaking, for the hardwood. Aspidosperma means shield-shaped wind-borne seed. 79 Pau-pereiro | Aspidosperma pyrifolium | Apocynaceae. Aspidosperma significa semente em forma de escudo; pyrifolium significa folha de pereira. Dispersa pelo vento. Árvore típica de Mata Seca. | Aspidosperma means shield-shaped seed; pyrifolium means pear tree leaf. Seeds are wind-born. Typical dry-forest tree. 80 Quebrachinho-branco | Small white quebracho | Aspidosperma triternatum | Apocynaceae. Árvore típica de Chaco, com folhas pontiagudas perenes. Triternatum é folhas em trio. Sementes com “asa”, dispersas pelo vento. | Typical dry forest tree, but evergreen, with a sharp tipped leaf. Triternatum means three leaves. Wind-borne membrane-seeds. 81 Peroba | Aspidosperma flaviflorum | Apocynaceae. Árvore mediana, endêmica do Chaco e floresta seca, só foi descrita em 2020. Flaviflorum significa flor amarela – esta é a primeira publicação de uma fotografia desta espécie. | Endemic to the Chaco and dry forest. Medium-sized tree, described in 2020 as a new species, its specific name means yellow flower, its picture is here published for the first time. 82 Carandá | Copernicia palm | Copernicia alba | Arecaceae. Típica palmeira do Chaco, resiste a enchentes, secas e incêndios. Fruto é alimento de aves e peixes. Inflorescências usadas no Natal no Paraguai. | Typical wet Chaco palm, withstands floods, droughts and wildfires. Fruit is food for birds and fish. Flower stalks are Christmas decoration in Paraguay. 83 Sempreviva | Isostigma hoff mannii | Asteraceae. Isostigma significa estigmas iguais; a espécie homenageia o botânico alemão Hoff mann. Erva perene. | Isostigma means even stigmas; the species is in honor of the German botanist Hoff mann. Perennial herb. 84 Pectis cf. odorata | Asteraceae. Pectis é pente (margem dentada da folha); odorata é odorosa (cf. significa que precisa conferir se é a espécie citada). Erva de cheiro forte, com óleos voláteis (vaporizam no calor, resfriando as folhas e repelindo os insetos herbívoros). | Pectis means comb (toothed leaf); odorata is scented. Strong-smelling herb, a sign of volatile oils, to tolerate heat since they cool the leaves. 85 Lavão, labão | Tabebuia nodosa | Bignoniaceae. É um ipê com folhas de apenas um folíolo, casca espessa, quebradiça. | It is a trumpet tree with a single leaflet, thick brittle bark. 86 Cipó-d’água | Tanaecium dichotomum | Bignoniaceae. Tanaecium significa esticado (tubo da flor). Trepadeira da família dos ipês, flor polinizada por mamangavas e beija-flores. Sementes dispersas pelo vento. | Tanaecium means stretched (flower tube). Liana of the trumpet tree family, flowers pollinated by bumblebees and hummingbirds. Wind-blown seeds. 87 Tillandsia duratii | Bromeliaceae. Homenagem a dois botânicos, o sueco Tillands e o italiano Durat. Epífita curiosa, com folhas que se enrolam nos ramos espinhosos das árvores. Pode crescer de cabeça para baixo. | Named In honor of two botanists: Tillands and Durat. Outstanding epiphyte, with leaves curled on spiny tree branches. It can grow upside down. 88 Tillandsia didisticha | Bromeliaceae. Tillandsia homenageia o botânico Tillands; didisticha significa duas fileiras duplas de espigas. | Tillandsia is in honor of the botanist Tillands; didisticha means two double rows of spikes. 89 Tillandsia didisticha | Bromeliaceae. Epífitas deste gênero são adaptadas à secura/ umidade do Chaco porque captam umidade do ar. | Epiphytes of this genus are adapted to the Chaco dryness/wetness because they uptake water from the air. 90 Tillandsia didisticha | Bromeliaceae. Exemplares desta espécie foram cultivados no Jardim Botânico de Kew, Inglaterra, e floresceram. | It flowered in Royal Botanical Gardens, Kew, England. 91 Tillandsia recurvifolia | Bromeliaceae. Recurvifoliaé folha curvada. | Recurvifolia means curved leaf. 92 Tillandsia recurvifolia | Bromeliaceae. Recurvifolia significa folhas curvadas, como as demais Tillandsia, apresenta folhas cobertas por pêlos complexos que absorvem água e nutrientes do ar. | Recurvifolia means curled leaves. Tillandsia leaves are covered with complex hairs that absorb water and nutrients from the air. 93 Tillandsia recurvifolia | Bromeliaceae. As flores são polinizadas por beija-flores e borboletas; as sementes são espalhadas pelo vento. Ocorre no Centro Oeste do Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina. | The flowers are pollinated by hummingbirds and butterflies, and the seeds are wind-born. It occurs in Central West Brazil, Paraguay, Bolivia and Argentina. 94 Tillandsia recurvifolia | Bromeliaceae. As folhas têm superfície esbranquiçada devido à presença de numerosas escamas, absorvem água e nutrientes do ar. | The leaf surface is gray due to tiny scales that absorb water and nutrients from the air. 95 Caraguatá-chuça | Bromelia | Aechmea distichantha | Bromeliaceae. Aechmea significa ponta afiada, como o nome comum; distichantha significa duas fileiras de flores. Terrestre ou epífita. | Aechmea means sharp point, as well as the regional name; distichantha means two rows of flowers. Terrestrial or epiphytic. 96 Caraguatá | Bromelia | Bromelia balansae | Bromeliaceae. Homenageia os botânicos Bromel e Balansa. Longos rizomas. Conjuntos densos, que dificultam o acesso. As folhas vermelhas atraem insetos e beija-flores. Fruto comestível. | Named aft er botanists Bromel and Balansa. Long rhizomes. Dense clumps. Red leaves attract bees and hummingbirds. Edible fruit. 97 Chaguar | Bromelia hieronymi | Bromeliaceae. Homenageia os botânicos Bromel e Hieronymus. Típica do Chaco. Rizomas desenvolvidos e espinhos afiados. Folhas usadas no artesanato (“chaguar” é quíchua). | Honors the botanists Bromel and Hieronymus. Chaco species. Strong rhizomes. Sharp spines. Leaves used in handicraft s (“chaguar” is a Quechua word). 98 Chaguar | Bromelia hieronymi | Bromeliaceae. A cor da flor é variada. Tem grande capacidade de reprodução clonal, e é capaz de formar frutos partenocárpicos, ou seja, sem polinização. Grande potencial ornamental. | Flower color is varied. It has high clonal propagation, and can form parthenocarpic (non-fertilized) fruits. High ornamental potential. 99 Gravateirinho | Dyckia | Dyckia leptostachya | Bromeliaceae. Dyckia homenageia o botânico Salm-Dyck; leptostachya significa espiga delgada. Roseta curta e coroa espessa. De ambientes áridos. Flores atraem beija-flores. As formigas pertencem ao gênero Brachymyrmex (Formicinae). | Dyckia honors the botanist Salm-Dyck; leptostachya means gracious spike. Short rosette, thick crown; lives in semiarid environments. Flowers attract hummingbirds. The ants belong to the genus Brachymyrmex (Formicinae). 100 Mandacaru | Narrow-angled Cereus | Cereus stenogonus | Cactaceae. Cereus é círio ou tocha, e stenogonus é ângulo estreito. Cacto colunar, 6-8 m de altura. Flores noturnas, abertas até de manhã. | Cereus means candle or torch, and stenogonus means narrow angle. Column cactus, 6-8 m tall. Flowers open at night, until morning. 101 Tuna | Toothpick cactus | Stetsonia coryne | Cactaceae. Stetsonia homenageia o amador Stetson; coryne é cassetete. Até 10m de altura, espinhos de 10 cm. Endêmico do Chaco. Primeira citação para o Brasil. | Stetsonia honors amateur Stetson; coryne is bludgeon. Up to 10m tall, 10 cm spines. Chaco endemic. First cited to Brazil. 102 Arumbeva | Orange tuna | Opuntia elata | Cactaceae. Flores diurnas, visitadas por abelhas nativas como Trigona. O fruto é comestível e comido por aves que espalham as sementes. | Day-flowers, visited by native bees such as Trigona. The fruit is edible and eaten by birds that spread the seeds. 103 Arumbeva | Orange tuna | Opuntia elata | Cactaceae. Opuntia é o nome de uma antiga cidade grega; elata é alta. Curiosamente, tolera cheia periódica. As flores se abrem de dia e têm diferentes cores e formas | Opuntia is an old Greek city; elata is tall. Strikingly, it tolerates seasonal flood. Day flowers with various shapes and colors. 104 Arumbeva-de-espinho-rosa | Tuna, prickly-pear | Opuntia retrorsa | Cactaceae. Retrorsa é invertido (espinho). Em manchas salinas ou perturbadas. Flores diurnas, aroma adocicado. Numerosas anteras e pólen alimentam abelhas. | Retrorsa is backwards (spines). On saline or disturbed spots. Day flowers, sweet scent. Anthers and pollen seem to feed bees. 105 Opuntia sp. | Cactaceae. Rastejante. Espinhos com “farpas” ao revés que grudam nas botas, roupas e animais, para dispersão: cladódios (gomos) enraizam (sp. é espécie que não se conseguiu identificar ou ela ainda não foi descrita). | Creeping. Hooked spines, that stick on boots, clothes, skin, animals, to spread, as any cladode roots down. 106 Rabo-de-raposa | Applecactus, moonlight cactus | Harrisia balansae | Cactaceae. Flor noturna, com quase 300 estames. A forma da flor e os recursos oferecidos indicam polinização por mariposas. Night flower, nearly 300 stamens. The flower shape and off ered resources indicate moth pollination. 107 Rabo-de-raposa | Applecactus, moonlight cactus | Harrisia balansae | Cactaceae. Homenagem aos botânicos Harris e Balansa. Fruto comestível. Name honors botanists Harris and Balansa. Edible fruit. 108 Rabo-de-raposa | Moon cactus | Harrisia tortuosa | Cactaceae. Tortuosa significa tortuoso (caule). Flor noturna, com forte odor, possivelmente polinizada por morcegos. Fruto comestível. | Tortuosa means tortuous (stem). Night flower, with strong smell, probably bat-pollinated. Edible fruit. 109 Cacto-rabo-de-gato | Cat’s tail | Cleistocactus baumannii | Cactaceae. Cleisto é fechado (flor); homenageia o colecionador Baumann. Flor diurna, visitada por beija-flores. | Cleisto means closed (flower); named aft er the collector Baumann. Diurnal flower, visited by hummingbirds; fruit eaten by birds. 110 Cacto-rabo-de-gato | Cat’s tail | Cleistocactus baumannii | Cactaceae. Forma emaranhados rasteiros. | It forms creeping entanglements. 111 Gymnocalycium anisitsii | Cactaceae. Gymnocalycium significa cálice nu; anisitsii homenageia o farmacêutico húngaro Anisitis. Cresce em Chaco Florestado e Arborizado. | Gymnocalycium means nude calyx; anisitsii honors the Hungarian pharmacist Anisits. Grows inside Forested and Woody Chaco. 112 Frailea cataphracta | Cactaceae. Frailea homenageia o curador da coleção de cactos Fraile. Cacto diminuto (veja a formiga Pseudomyrmex denticollis ao lado!). Tem raízes tuberosas com reservas e que puxam a planta para dentro do chão na seca. Cleistógamo (frutifica sem polinização). | Minuscule cactus (see an ant Pseudomyrmex denticollis!). It has tuberous roots, that store sustenance and withdraw the plant into the ground in the dry season. Cleistogamous (fruits without pollination). 113 Frailea schilinzkyana | Cactaceae. Frailea homenageia o curador da coleção de cactos Fraile; a espécie é homenagem ao botânico Schilinzky. Na seca o menor cacto que temos se contrai, semi-enterrado. Flor diurna, mas também frutifica sem polinização. | Frailea is named aft er Fraile, cactus collection curator; the species honors Schilinzky. The tiniest cactus at drought retracts, half buried. Day-blooming, but also fruits without pollination. 114 Cacto-macarrão | Mistletoe cactus | Rhipsalis baccifera | Cactaceae. Rhipsalis significa cestaria; baccifera significa portadora de bagas. Epífita, caules pêndulos. Frutos comidos por aves. Frequente próximo a rios. | Rhipsalis means wickerwork; baccifera means that bears berries. Epiphyte, hanging stems. Fruits attract birds. Frequent near rivers. 115 Cacto-lírio-de-páscoa | Hedgehog cactus, sea-urchin cactus, Easter lily cactus | Echinopsis rhodotricha | Cactaceae. Endêmico do Chaco. Globoso a colunar, com
Compartilhar