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Apresentação Ecologia

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Caatinga: Árvores e arbustos e suas utilidades
Aluno: Marcelo Custódio Lopes
Matrícula: 1512744
Universidade Estadual do Ceará
1
Sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth)
2
Mimosa caesalpinifolia, conhecida popularmente como sabiá, é uma árvore de porte médio que possui tronco escamoso, ramos com espinhos e perda de folhagem durante a estação seca. Sua floração ocorre em massa durante a maior parte da estação chuvosa disponibilizando recursos florais fundamentais para a manutenção de muitos insetos, entre eles as abelhas nativas. Suas inflorescências são reunidas em espigas, formadas por flores pequenas, brancas e suavemente perfumadas. A abelha jandaíra (Melipona subnitida) coleta pólen e néctar das suas flores. O mel de sabiá é muito saboroso e em algumas regiões do nordeste essa planta é responsável por aumentar consideravelmente a produção anual de mel. Em toda a região nordeste a madeira do sábia é muito explorada principalmente para a construção de cercas. Programas de preservação e manejo dessa espécie são extremamente necessários, pois sua intensa utilização ameaça a flora e a fauna da caatinga. O sabiá é uma espécie de crescimento rápido e com alta capacidade de rebrota podendo ser facilmente plantado em áreas de criação e conservação de abelhas nativas.
3
Jucá (Caesalpinia férrea)
4
É uma árvore de médio porte, que pode alcançar até 20 metros de altura; bem tolerante a clima mais quente, prefere solos ricos em nutrientes para seu crescimento e frutificação. Possui folhas compostas, flores amareladas e frutos pretos avermelhados, em forma de vagem, que ficam enegrecidos quando amadurecem. Sua propagação acontece pelas sementes ou mudas.
Possui folhas compostas, flores amareladas e frutos pretos avermelhados, em forma de vagem, que ficam enegrecidos quando amadurecem. Sua propagação acontece pelas sementes ou mudas É uma árvore de médio porte, que pode alcançar até 20 metros de altura; bem tolerante a clima mais quente, prefere solos ricos em nutrientes para seu crescimento e frutificação. 
O extrato da casca, industrializado, é utilizado pela indústria farmacêutica e entra na composição de diversas marcas de sabonete íntimo.
Sua forma mais usual é através de chá, que pode ser adoçado com mel, preparado com as vagens maduras, sendo utilizado para cicatrização de machucados, para o fortalecimento do sistema imunológico e prevenção do envelhecimento precoce.
5
 Canafístula (Peltophorum dubium)
6
Senna trachypus, conhecida popularmente como canafístula, é um arbusto perene e de porte médio. 
Suas inflorescências são formadas por flores amarelas, grandes e com anteras poricidas.
Assim como as demais espécies desse gênero, suas flores são visitadas principalmente por abelhas 
que coletam o pólen por meio de vibrações. A beleza de suas inflorescências é uma característica 
importante dessa espécie, a qual pode ser utilizada em jardins de flora melífera,
 sendo o seu cultivo fundamental para a manutenção e conservação das abelhas nativas.
Falando ecologicamente sobre essa espécie é uma árvore considerada oportunista,
isso porque ela usa das clareiras, e devido a essa característica, é usada na recuperação de áreas 
que sofrem degradação. A madeira da canafístula é rosada e pode ter uma longa durabilidade 
quando está seca, além de ser densa. É um tipo muito usado na marcenaria, 
na fabricação de dormentes, na construção civil, etc.
7
Angico (Anadenanthera colubrina)
8
O angico possui muitas características que facilitam localizá-lo entre outras árvores como, por exemplo, tronco acinzentado, rugoso e com projeções cônicas. A floração dessa espécie ocorre em massa e sua copa tem uma beleza exuberante durante a estação seca. Suas inflorescências são formadas por flores pequenas, brancas e com odor agradável. Os recursos florais, pólen e néctar, atraem muitas espécies de insetos e principalmente as abelhas nativas, as quais são responsáveis por polinizar suas flores. O tronco do angico libera uma resina amarelada muito utilizada para fins medicinais, na culinária e também coletada pelas abelhas nativas. Durante a estação seca, período com poucos recursos florais na caatinga, as flores do angico fornecem pólen e néctar para muitas espécies de abelhas sem ferrão, como por exemplo, a abelha jandaíra (Melipona subnitida). O angico possui crescimento rápido, pode ser utilizado para fortalecer a criação de abelhas, em áreas de reflorestamento e também em áreas urbanas.
Através do xarope da casca, é possível tratar diarreias e anginas;
 Com banhos de assento de chá de casca, ele pode tratar gonorreia e leucorreia;
Com o uso da goma dissolvida, pode-se tratar doenças respiratórias, como é o caso da asma e da bronquite;
O chá da casca é indicado para resfriados, gripes, catarro de peito, faringite, infamações pulmonares, debilidade orgânica e raquitismo;
A tintura feita a partir de sua casca é utilizada no tratamento de reumatismo.
9
10
Arapiraca (Chloroleucon dumosum (Benth)
11
Arapiraca tem origem indígena. Seu significado é: “ramo que arara visita”.
 Essa relação tem a ver pelo fato de o Agreste alagoano ter sido terra de povos indígenas, porém, 
desde o século XVI a região passou a ser ocupada e povoada por portugueses.
Para cultivar a árvore, a Prefeitura de Arapiraca mantém o cultivo da planta em praças públicas.
 No Bosque das Arapiracas, a maior área verde concentrada no Centro da cidade,
 há dezenas de Arapiracas, que fazem referência ao nome do lugar.
Arapiraca, tornou-se conhecida mundialmente pela cultura do fumo, 
que gerou riquezas para sua gente a partir da década de 1970. 
Dos agricultores que se transformaram em empresários às famílias 
que se sustentaram com o cultivo da plantação do fumo.
12
Catanduva (Piptadenia moniliformis Benth.) 
13
A catanduva é uma espécie pioneira, de porte médio e no nordeste do Brasil ocorre principalmente em solos arenosos. Suas inflorescências são reunidas em espigas, formadas por flores pequenas, perfumadas e com coloração amarelo claro. Sua floração em massa ocorre principalmente entre os meses de dezembro e abril, esse período é caracterizado pela transição da estação seca para a chuvosa. Durante esse período ainda ocorre muita carência de recursos florais na caatinga. Suas flores produzem néctar e pólen em abundância, os quais são responsáveis por atrair vespas, moscas e principalmente abelhas. Durante o período de transição entre a estação seca e a estação chuvosa, a catanduva é a principal fonte de pólen utilizada pela abelha jandaíra (Melipona subnitida). Devido às suas características melíferas, recomenda-se o plantio de catanduva em áreas de criação e conservação de abelhas nativas. Além disso, essa espécie possui crescimento rápido e pode ser utilizada em projetos de recuperação de áreas degradadas.
14
Catingueira (Poincianella bracteosa)
15
A catingueira é uma árvore de pequeno porte que ocorre principalmente em solos arenosos. Essa espécie possui tronco de coloração acinzentado. Suas flores emitem leve odor adocicado, possuem pétalas amarelas e uma pétala central com pontuações avermelhadas que representam guias de néctar. As abelhas dos gêneros Xylocopa e Centris são os principais polinizadores de plantas do gênero Poincianella. Outros visitantes florais também coletam néctar das flores de catingueira como, por exemplo, borboletas, beija-flores e abelhas sem ferrão dos gêneros Trigona, Frieseomelitta e Melipona. Muitas espécies de abelhas sociais e de abelhas solitárias utilizam os troncos de catingueira para construírem seus ninhos. Recomenda-se o plantio de mudas de catingueira em áreas de criação e conservação de abelhas nativas. Além disso, devido ao seu crescimento rápido, essa espécie pode ser utilizada em reflorestamentos de áreas degradadas e também em projetos de paisagismo urbano.
16
Cumaru (Amburana cearensis)
17
Amburana cearensis, conhecido popularmente como cumaru, é uma árvore de porte médio. Uma característica marcante dessa espécie é o seu tronco avermelhado revestido por uma casca esfolianteque se destaca em lâminas finas. A floração dessa espécie ocorre em massa e sua copa proporciona uma beleza exuberante. Suas flores são pequenas, aromáticas e possuem apenas uma pétala (estandarte) com coloração branca e tons róseos. O néctar de suas flores é uma fonte de carboidrato, energia, muito importante para as abelhas. O cumaru é uma espécie ornamental, com floração vistosa e suas flores fornecem recursos fundamentais para a manutenção das populações de abelhas nativas. Além disso, o cumaru é uma espécie pioneira muito importante em reflorestamentos de áreas degradadas.
18
Jurema-Preta ( Mimosa tenuiflora)
19
Mimosa tenuiflora, conhecida popularmente por jurema-preta, é uma árvore de porte pequeno muito conhecida pelos espinhos que cobrem os seus ramos. Possui tronco com casca de cor castanho escuro e ramos de cor castanho avermelhada. Essa espécie floresce durante um longo período do ano, porém predominantemente durante a estação seca. Suas inflorescências são reunidas em espigas, formadas por flores brancas, pequenas, e suavemente perfumadas, que fornecem recursos florais, pólen e néctar, para muitas espécies de abelhas, vespas, moscas e outros insetos. A jurema-preta é uma espécie muito importante para a manutenção da biodiversidade e funcionamento do ecossistema. Além disso, devido ao seu crescimento rápido e a sua capacidade de rebrota essa espécie é muito importante para a restauração de áreas degradadas.
20
Jurema-Branca (Mimosa verrucosa)
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P. stipulacea é uma espécie nativa e endêmica do Brasil, ocorrendo na região nordeste nos estados da Bahia, Pernambuco, Paraíba, Piauí. De acordo com Flora do Brasil (2017) as ocorrências confirmadas no Brasil são nas regiões Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe) e, quanto aos domínios fitogeográficos a espécie ocorre na Caatinga.
A Jurema branca devido a madeira, de pequenas dimensões, é indicada apenas para pequenas construções, estacas, lenha e carvão. No período de estiagem, suas folhas caídas e partes das cascas do tronco servem de alimento para os ruminantes que se alimentam nas pastagens nativas da Caatinga 
Planta pioneira, heliófita e seletiva xerófita, característica exclusiva da caatinga do Nordeste brasileiro, ocupando capoeiras e beira de estradas. Possui comportamento de invasora; tolera terrenos secos e de baixa fertilidade natural, razão pela qual ocorre em alta frequência com ampla dispersão por toda a região.
22
Marizeira (Calliandra spinosa)
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Marizeira é uma árvore leguminosa característica da caatinga nos estados do Ceará e de Pernambuco. Possui caule com casca esbranquiçada e flores brancas quando jovens e rosas quando velhas, dando a esta planta importante característica ornamental.
Planta de porte arbustivo, galhos tortuosos, ramificados, com pequenas folhas, com flores brancas e róseas. Suas folhas são usadas com forraginosas e sua madeira é utilizada principalmente para lenha. Umari Bravo se desenvolve em terrenos impermeáveis e pobres do sertão.
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Mororó (Bauhinia cheilantha)
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A Bauhinia cheilantha, conhecida  popularmente  como  mororó  ou  pata de vaca, é  uma  leguminosa  típica  da  Caatinga,  principal  ecossistema  existente  no  semiárido. É uma espécie amplamente usada na medicina tradicional em diversas comunidades rurais, podendo ser encontrada em quintais agroflorestais ou em áreas de mata de caatinga. É uma espécie de expressiva importância local sendo usada na produção de remédios tradicionais com ação antiinflamatória, antidiabética, para distúrbios digestivos, reumatismo e sedativa
Para o nordeste brasileiro, a espécie em estudo tem uma importância sócio-econômica relevante, devido  ao  seu  vasto  potencial  como  lenhosa  forrageira sendo fonte alternativa  de renda para as comunidades, além do seu uso etnofarmacológico, para a produção de remédios caseiros. 
São   atribuídas   as suas   folhas ação   antiinflamatória,   antidiabética,   sedativa, antiparasitária, digestiva e  expectorante,  sendo  comprovada cientificamente  sua atividade antioxidante, antinociceptiva e hipoglicemiante
Tem caule  duro, com  cascas  fibrosas  e  com  ausência  de  espinhos. Possui  um porte  pequeno,  chegando  atingir  até  3,5  m  de  altura,  folhas  com  lóbulos  arredondados, cartáceas   a   subcoriáceas,   apresentando pecíolo com 2-3   cm   de   comprimento,   suas inflorescências chegam  a  atingir  cerca  de 5,0 cm  de  comprimento, apresentando  pétalas brancas e os frutos são do tipo legume deiscente
26
Muquêm (Albizia Inundata) 
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Cresce até uma altura de 20 metros. Árvores, tronco cilíndrico, liso ou estriado; ramos glabros, inermes. Estípulas 2, basifixa, laterais. Nectário presente no pecíolo ou ráquis. Filotaxia alterna, espiralada. Folha bipinada, multijuga. Inflorescência axilar, glomérulo. Flores sésseis, heteromorfas, actinomorfas, monoclinas, hipóginas; cálice gamossépalo, lobos 5; corola gamossépala, tubulosa, alva; androceu monadelfo, filetes longos; gineceu simples, ovário séssil. Legume típico, folículo ou câmara, linear, plano, glabro. Sementes oblongas, testa lisa.
As folhas de Albizia inundata contêm dimetiltriptamina. ​
28
Surucucu (Piptadenia viridiflora)
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Piptadenia viridiflora (Kunth) Benth Mimosaceae, popularmente conhecida como surucucu, é uma planta rústica, pioneira, de crescimento rápido, com ampla adaptação a terrenos secos e bem drenados, ocorrendo em áreas do Nordeste do Brasil e nas formações chaquenhas do Pantanal do Mato Grosso (LORENZI, 2000). Apesar da agressividade de seus espinhos, essa é uma das espécies mais promissoras para a implantação de florestas de uso múltiplo, ou seja, para a produção de lenha e carvão, devido ao seu rápido crescimento e por possuir madeira de elevada densidade. A madeira da surucucu é utilizada como lenha no setor ceramista da região Sudoeste do Estado da Bahia e como carvão vegetal para atender ao parque siderúrgico de Minas Gerais.
A introdução dessa espécie tem sido indicada para trabalhos de recuperação de áreas degradadas e para segmentos ligados à matriz energética, como matéria-prima, devido à sua elevada adaptação a um regime de manejo caracterizado por diversos ciclos de corte. Assim, para a viabilidade de plantios dessa leguminosa torna-se importante a adequação de técnicas de manejo para a produção de mudas. Definição de padrões sobre aspectos morfológicos, fisiológicos e melhor época para colheita dos frutos são fundamentais e de grande auxílio para viveiristas e tecnologia de sementes.
30
Aroeira (Myracrodrun urundeuva)
31
Árvore com altura entre 8-20m, podendo chegar a 30m, decídua na estação seca. Caule, geralmente ereto, diâmetro superior a 30cm e casca castanho-escura. Folhas compostas, imparipinadas, com onze a quinze folíolos. Inflorescências em panículas com 10 a 18cm de comprimento, brácteas e bractéolas deltoides, escariosas, ciliadas, caducas. As flores são díclinas, pentâmeras actinomorfas de coloração creme e aromáticas. Frutos do tipo drupa globosa ou ovoide, com cálice persistente, considerado um fruto-semente. Semente 1, globosa, com 0,2-0,4cm de diâmetro, desprovida de endosperma, com epicarpo castanho-escuro, mesocarpo castanho, carnoso, resinífero e tegumento membranáceo.
No nordeste do Brasil, a aroeira é uma árvore muito conhecida devido às suas propriedades farmacológicas, sendo considerada uma das principais plantas medicinais da região. Durante o período de floração sua copa encontra-se completamente sem folhas, coberta apenas por flores. Suas inflorescências formam cachos com flores amarelas, pequenas e perfumadas. Suas flores produzem néctar em abundância que atraem muitas espécies de abelhas nativas. O mel produzido através do néctar de aroeira é saboroso e muito apreciado por todos. Além do néctar, as flores masculinas possuem anteras vistosas que disponibilizam pólen para as abelhas. A resina, proveniente das lesões das cascas, também é coletada pelas abelhas. Na estação seca, período com poucosrecursos florais na caatinga, plantas como a aroeira são fundamentais para a alimentação das abelhas. Devido às suas características melíferas é indicado o plantio de mudas em áreas de conservação e criação de abelhas. Além disso, essa espécie pode ser utilizada em projetos de arborização e paisagismo.
32
Feijão-Bravo (Cynophalla flexuosa) 
33
Cynophalla flexuosa, conhecida popularmente como feijão-bravo, é uma espécie de porte pequeno que possui folhas perenes e ocorre em muitas áreas da região semiárida brasileira. Suas flores são grandes, de coloração branca e tons avermelhados, com estames longos e anteras amarelas. O néctar é principal recurso floral, produzido em grandes quantidades e responsável por atrair muitas espécies de abelhas nativas. Além das abelhas, outros insetos e também morcegos visitam suas flores. Durante a estação seca, período com poucos recursos florais na caatinga, suas flores fornecem néctar para muitas espécies de abelhas nativas. Devido à sua importância melífera recomenda-se o plantio de feijão bravo em áreas de conservação e criação de abelhas.
Fornece madeira branca ou amarelo-clara, compacta, dura, não elástica, apropriada para obras de torno e marcenaria, sendo aproveitada também como lenha. Ressalta-se o grande potencial ornamental e pode ser utilizadas para revestir caramanchões, colunas e muros.
Utilizada como diurético, contra doenças cutâneas, e como sedativo e anti-espasmôdico.
34
Juazeiro (Ziziphus joazeiro)
35
É uma árvore de tronco espinhento de porte mediano, que chega atingir até 10m de altura, com cerca de sessenta centímetros de diâmetro, formando grandes copas. As folhas, ovais, serrilhadas, levemente coriáceas, de um verde intenso e com algum brilho. As flores são bem pequenas, apresentam coloração creme e estão agrupadas em inflorescências. Os frutos são abundantes e amarelados, do tamanho de uma cereja.
O período de floração é registrado de abril a junho. A frutificação acontece de maio a julho, e sua propagação é feita por sementes. Os frutos, folhas e ramos jovens servem de alimento para os animais (bovinos, ovinos e caprinos), nos períodos de seca intensa. No campo, a planta é uma excelente produtora de sombra para o gado.
Possui ramos tortuosos com espinhos e copa verde durante o ano inteiro. Essa espécie é muito conhecida pelos seus frutos comestíveis e também devido às suas propriedades farmacológicas. Suas inflorescências surgem nas axilas foliares, sendo compostas por muitas flores amarelas e pequenas. O néctar é o principal recurso coletado pelos visitantes florais, entre eles vespas e abelhas nativas. As flores do juazeiro fornecem principalmente néctar para a manutenção das abelhas durante a estação seca. Por manter sua folhagem verde durante o ano inteiro, o juazeiro é muito utilizado em projetos de arborização visando o sombreamento. Para complementar a quantidade de fontes de néctar disponíveis às abelhas, recomenda-se o plantio de mudas em áreas próximas a meliponários.
36
Mofumbo (Combretum leprosum)
37
Cipoaba, mofumbo ou mufumbo, é um arbusto muito comum no nordeste do Brasil. As folhas possuem elevada quantidade de saponina (glicídeo vegetal) identificado pela formação de espuma, tendo propriedades detergentes. Estudos comprovam o efeito analgésico do extrato obtido das flores e o poder cicatrizante do óleo das sementes.
As propriedades farmacológicas da planta são muito difundidas na região nordeste. Chás e macerações feitas com várias partes da planta são usados no tratamento de hemorragias, problemas respiratórios, para cicatrização e até como calmante.
Arranhões infeccionados e cortes são comumente tratados em minha casa com a infusão das cascas do mofumbo. Essa prática vem dos conselhos que recebi das pessoas do campo, que diante as dificuldades encontradas, recorriam aos saberes dos “mais velhos”. Posso atestar por prática que tratar um ferimento com essa planta têm-se resultados rápidos e satisfatórios. Também aprendi a mascar a casca quando sinto mal estar ou dores gastrointestinais, trazendo alívio aos sintomas.
Combretum leprosum, conhecido popularmente como mofumbo, é uma espécie arbustiva ou arvoreta, com 2 - 3 m de altura. Suas inflorescências são grandes, compostas por muitas flores amareladas, pequenas e muito perfumadas. Na base da flor forma um pequeno tubo onde é produzido e armazenado o néctar, é o principal recurso coletado pelas abelhas nativas. Além disso, suas flores são muito atrativas para outros insetos como borboletas, mariposas e vespas. O mofumbo é uma espécie pioneira, muito resistente e de crescimento rápido. Recomenda-se o seu uso em programas de recomposição de áreas degradadas e também em arborização paisagística.
38
Pau-Branco (Cordia oncocalyx Allemão)
39
 O pau-branco é uma espécie arbórea de médio porte que possui tronco de cor clara e ocorre principalmente no Ceará e no Rio Grande do Norte. Suas inflorescências são grandes, compostas por flores brancas, pequenas e suavemente perfumadas. A madeira do pau-branco é muito explorada para construção civil. Devido ao corte indiscriminado, essa espécie necessita urgentemente de planos de manejo e conservação para a recomposição de áreas exploradas. O pau-branco pode ser utilizado em áreas de criação e conservação de abelhas e também devido ao seu belo aspecto paisagístico e ornamental pode ser utilizado em projetos de arborização urbana.
A espécie Cordia oncocalyx Allemão conhecida popularmente por pau banco, que apresenta diferentes utilidades na caatinga do nordeste do Brasil. A árvore apresenta altura de 8 a 10 metros, com copa frondosa e folhagem decídua na estação seca. O fruto é uma núcula indeiscente, de quatro lóculos, em geral com duas sementes atrofiadas com 2,2 cm de comprimento e 1,7 cm de largura, envolta por um cálice, o que facilita a dispersão anemocórica. O período de floração se inicia um mês após o início das chuvas e se estende por até 120 dias. A formação e amadurecimento dos frutos ocorrem entre abril e setembro, com a subsequente dispersão. As sementes apresentam dormência. A madeira do pau-branco é fácil de ser trabalhada, permitindo belo acabamento e produz lenha e carvão de boa qualidade. A casca é adstringente e usada como medicinal em banhos para tratamento de feridas e de ferimentos e também no tratamento de ectoparasitoses em animais domésticos.  As flores são ricas em alantoína e podem ser usadas em pomadas ou como tintura e cozimento para tratamento local de ferimentos úlceras e queimaduras. 
40
Umbuzeiro (Spondias tuberosa)
41
O umbuzeiro produz frutos comestíveis muito apreciados na região nordeste do Brasil. Em geral, seus frutos são consumidos ao natural, misturados ao leite e principalmente utilizados na produção de doces. As suas raízes tuberosas, capazes de armazenar água, permitem que o umbuzeiro resista a longos períodos de seca. Durante a estação seca, suas flores surgem quando a copa ainda está completamente sem folhas. Suas flores são pequenas, brancas, cheirosas e muito atrativas para as abelhas nativas. Os principais polinizadores do umbuzeiro são espécies de abelhas sem ferrão dos gêneros Scaptotrigona, Trigona e Frieseomelitta. Por fornecer néctar durante a estação seca, o umbuzeiro é um recurso muito importante para a manutenção das espécies de abelhas sem ferrão na caatinga. As flores do umbuzeiro são importantes para fortalecer a conservação e a criação de abelhas sem ferrão. Além disso, sua copa ampla fornece sombra agradável favorecendo a utilização dessa espécie no paisagismo urbano.
Como a maioria das plantas na Caatinga, o umbuzeiro possui grande resistência à seca, tendo, assim, todas suas folhas perdidas nos períodos de estiagem, mas que, contudo, voltam a florescer nas primeiras chuvas. Sendo assim, a floração desta planta ocorre no fim da estação de estiagem e, seu período de frutificação, estende-se por todo o período chuvoso. Seu fruto é conhecido como umbu ou imbu e possui grande importância econômica, uma vez que são bastante comercializados in natura.Suas folhas e raízes também podem ser utilizadas para alimentação e, além disso, a água armazenada nesta última é utilizada na medicina popular.
42
Barriguda (Chorisia glaziovii)
43
Árvores com 10-12m, com copa desenvolvida. Folhas serrilhadas, grupadas de cinco ou sete, formando um leque. Tronco repleto de acúleos salientes, negros. Folhas decíduas no inverno. Florescimento intenso e vistoso. Flores brancas. Fruto tipo cápsula elipsóide (paina). Sementes revestidas por fibra (lã).
Cresce a pleno sol em solos bem drenados.
A madeira é empregada em caixotaria. Casca usada na medicina caseira contra inflamação do fígado e para tratar hérnias. Planta ornamental, principalmente por causa de sua floração, servindo para arborizar praças e no paisagismo urbano
Pode ser usada para enriquecer capoeiras e vegetação empobrecida e na segunda fase de recomposição florestal de áreas degradadas
Os pêlos que envolvem as sementes (chamados popularmente de "lã de barriguda") são empregados no enchimento de almofadas, travesseiros, colchões, selas e estofamento de móveis. Nas estradas vicinais do Nordeste brasileiro, pode ser usada como cerca viva.
44
Marmeleiro (Croton sonderianus)
45
É uma espécie típica das terras mais planas da Caatinga, é encontrada principalmente no interior dos estados do nordeste, sua forma de reprodução se dá além das semente através da raízes que ficam a pouca profundidade do solo, é comum se ver novos plantas se originarem através de brotos vindos de suas raízes, é pouco resistente a seca, recentemente nos anos ( 2011-2017) período de grande estiagem no semi árido nordestino, muitas plantas morreram é comum ver trechos como se tivesse sido queimado dentre as outras plantas e que na verdade são os marmeleiros mortos.
A casca mastigada ou feito chá, combate problemas estomacais. Também é utilizado no tratamento de hemorroidas inflamadas e nos casos de hemorroidas uterina. O chá é feito de forma usual com pedaços de casca raspada ou trituradas em quantidade suficiente para uma xícara media
46
Imburana (Commiphora leptophloeos)
47
A Imburana é árvore típica do Nordeste brasileiro, podendo chegar a uma altura média de 5 metros, muito esgalhada, com ramos tortuosos, com o tronco revestido de lâminas delgadas, lisas e lustrosas. As folhas são alternadas, verde-claro rosadas, ásperas e pequenas. A madeira da imburana é mole e leve, porém homogênea e rija, muito usada no artesanato, na marcenaria e na construção civil. A flor é pequena e vai do marrom ao laranja claro, reunidas em pequenos grupos. O período de floração fica entre setembro a dezembro. Seus frutos chegam ao máximo a 1,5 centímetros e são comestíveis quando bem maduros. A semente é ótima para problemas de digestão. No período da seca perde todas as folhas. A propagação é feita por sementes ou estacas. A mais comum é a utilização de estacas que plantadas antes do início das chuvas pegam com muita facilidade e por isso são usadas como cercas vivas nas propriedades rurais, evitando assim ter de sempre substituir as estacas velhas por novas. A casca da imburana, como medicamento, é muito utilizada pelos nordestinos, colocada em infusão ou como xarope, principalmente como cicatrizante e tratamento de feridas, gastrite, úlceras. Também é usada contra tosses, bronquites e inflamações do trato urinário. Por fornecer pólen e néctar para as abelhas o seu tronco é muito utilizado por esses insetos nativos para formação de colmeias. O tronco, por incisão fornece um bálsamo sucedâneo da terebentina, muito usado no fabrico de vernizes e lacres. A imburana é nativa do Nordeste e faz parte da cultura nordestina.
 
48
Pacoté (Cochlospermum vitifolium)
49
O pacoté ou algodão-do-mato é uma árvore de pequeno porte que perde todas as folhas na estação seca. No entanto, durante a floração sua copa é formada apenas por flores amarelas e grandes que enfeitam a paisagem da caatinga. Suas flores não produzem néctar, mas suas anteras poricidas, cujos grãos de pólen são liberados por vibração, disponibilizam grandes quantidades de pólen aos visitantes florais. Durante a estação seca suas flores constituem uma importante fonte de pólen para as abelhas nativas. Os principais polinizadores dessa planta são abelhas de médio ou grande porte, as quais vibram nas anteras para retirar o pólen como, por exemplo, as abelhas mamangavas-de-toco (gênero Xylocopa) e as abelhas do gênero Centris. Essa espécie é ornamental, possui crescimento rápido, é indicada para a construção de jardins com flora melífera e também pode ser utilizada em áreas de reflorestamentos. 
50
Oiticica (Licania rígida)
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Árvore que pode atingir até 15 metros de altura, sempre verde, com folhas simples, com densa cutícula e hipoestomáticas, que possuem seus estômatos protegidos em criptas na sua face abaxial (a visualização deste fenômeno é possível com o uso de microscópio óptico), além de possuir canais resiníferos.
A Oiticica é uma planta típica do sertão nordestino, é uma árvore de espécie ciliar dos cursos de água temporários do Semiárido nordestino, sendo encontrada nos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, e tem grande importância, quer pelo aspecto ambiental de ser uma espécie arbórea perene sempre verde que preserva as margens dos rios e riachos temporários na região da caatinga, quer como espécie produtora de óleo.
 A casca do fruto é verde, mesmo quando maduro, mas se torna amarelo-escuro quando seca. Além de ser empregada na indústria de tintas de automóvel e para tintas de impressoras jato de tinta, além de vernizes, biodiesel e na apicultura, a Oiticica também é utilizada como planta medicinal, onde emprega-se o decocto ou macerado das folhas no tratamento do diabetes, e as folhas, extremamente rígidas e coriáceas, se prestam para polir artefatos de chifre.
Referências Bibliográficas 
http://www.naturezabela.com.br/2016/05/mororo-bauhinia-cheilantha.html
 
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http://www.infobibos.com/Fichas/chorisia_glaziovii/
 http://www.plantasonya.com.br/arvores-e-palmeiras/oiticica-licania-rigida.html

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