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Avaliação neurológica

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Avaliação neurológica 
Semiologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sistema neurológico__________________________ 
Compoenetes do exame neurológico: 
1. Estado mental: avalia o nível de consciência do paciente, 
orientação, fala. função cognitiva e a comunicação. 
2. Nervos cranianos e raquidianos: 12 pares, 31 pares. 
3. Função motora: avalia os músculos por meio (tônus, 
força, tamanho), macha e o equilíbrio. 
4. Função sensorial: avalia a dor, sensibilidade tátil 
superficial, vibração e posição, discriminação. 
5. Reflexos: avalia-se reflexos profundos e superficiais. 
 
Nervos raquidianos_____________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Transportam impulsos SNP para medula espinhal, como da 
medula espinhal para o SNP. 
- As fibras sensitivas e motoras de cada nervo espinhal enviam 
informações específicas para os dermátomos. (ficam na 
epiderme, na parte mais superficial do corpo). 
- 31 pares. 
 
 
 
 
 
 
Nervos cranianos _____________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pares cranianos 
I Olfatório Sensorial: olfato 
II Óptico Sensorial: visão 
III Oculomotor Motor: constrição pupilar (miose) e 
dilatação pupilar (midríase) e abertura 
dos olhos e maioria dos movimentos 
extraoculares, exceto o movimento de 
olhar para cima e para baixo. 
IV Troclear Motor: movimento dos olhos para baixo 
e para dentro. 
V Trigêmeo 
(misto) 
Motor: músculo da mastigação (temporal 
e masseter). 
Sensorial: sensação de face e do couro 
cabeludo, córnea, mucosa da boca e nariz. 
Exceto paladar. 
VI Abducente Motor: movimento lateral do olho. 
VII Facial 
(misto) 
Motor: músculos faciais (expressões) 
fechar os olhos. 
Sensorial: paladar 2/3 anteriores. 
VII
I 
Vesticulococlea
r (acústico) 
Sensorial: audição e equilíbrio. 
IX Glossofaríngeo Motor: faringe (fala e deglutição). 
(misto) Sensorial: paladar 1/3 posterior. 
X Vago 
(misto) 
Motor: faringe e laringe (fala/deglutição) 
Sensorial: vísceras 
XI Acessório Motor: trapézio e 
esternocleidomastóideo. 
XII Hipoglosso Motor: movimento da língua, faringe 
(fala e deglutição). 
 
- Se destinam da porção anterior, para a porção posterior. 
- Podem ter somente um função (sensorial ou motora) ou 
uma função mista (sensorial e motora). 
- Os nervos com função exclusivamente sensorial é I, II, 
VIII. 
- Os nervos com função exclusivamente motora III, 
IV,VI, XI,XII. 
- Os nervos mistos são V, VII, IX, X 
 
I par craniano (OLFATÓRIO)_____________________ 
- Antes de avaliar: 
• Não realizar teste de rotina. 
• Certifica-se que a narina está pérvia e que os olhos 
estejam fechados e vendados. 
• Ao avaliar a narina, oclui a outra, pois não se avalia 
as duas ao mesmo tempo. 
• Só se avalia esse exame quando se suspeita que o 
paciente não sinta cheiro. 
- Como avaliar: 
 
• Apresenta ao cliente odores familiares, de fácil obtenção, 
não nocivos (café, cravo, sabonete). 
• Com os olhos da pessoa vendada oclua uma narina e 
apresente a substância aromática. Para cada narina é 
indicado colocar um cheiro diferente. 
• Perguntar a pessoa se ela está sentindo algum cheiro e , 
em caso afirmativo, qual. 
- Achados normais: pessoa consegue identificar um odor de 
cada lado da narina. 
- Achado anormais: Anosmia (ausência do cheiro) 
II par nervos cranianos- (NERVO ÓPTICO) 
_________ 
 1. Como avaliar: 
• Testa a acuidade visual e campos visuais. (Teste de 
Snellen) 
• Exame de fundo de olho. 
- Teste de acuidade visual: 
 
• Coloque a cartela de Snellen em um ponto bem iluminado 
na altura dos olhos. 
• Posicionar o paciente a uma marca de 6 m da cartela. 
• Fornece um cartão opaco ao paciente examinado, com o 
qual ele cobrirá alternadamente o olho que não está sendo 
examinado. 
• Peça ao cliente para ler na cartela até a menor linha que 
conseguir. 
• Estimular a ler a linha seguinte. 
- Achados normais: acuidade visual preservada. 
- Achados anormais: diminuição da acuidade visual. 
2. Como avaliar: testar campos visuais. 
- Teste de confrontação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Coloque-se em uma posição na altura do olho da pessoa, 
a frente do paciente (cerca de 60 cm). 
• Oriente o cliente a tapar um dos olhos com um cartão 
opaco, e com o outro, olhar diretamente para você. 
• Cubra seu próprio olho (oposto ao olho coberto da 
pessoa- cobrir o olho que o paciente está cobrindo). 
• Manter um lápis ou um dedo em movimento como alvo 
a meio caminho entre você e o paciente. 
• Lentamente movimente-o a partir da periferia em várias 
direções. 
• Peça ao cliente para dizer “agora” quando perceber o alvo. 
(o paciente deve ver até onde o profissional da saúde 
também vê). 
- Achados normais: o objeto deve ser visto pela pessoa mais 
ou menos ao mesmo tempo em que você vê o objetivo. 
- Achados anormais: se a pessoa não conseguir enxergar o 
objeto de forma como o examinador consegue, o teste sugere 
perda de campo visual periférico. 
III, IV, VI nervos cranianos- (NERVO 
OCULOMOTOR, TROCLEAR, ABDUCENTE)__________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Como avaliar: 
• Verifique as fissuras palpebrais (iguais ou praticamente 
iguais). 
• Verificar as pupilas quanto a tamanho, regularidade, 
igualdade, reação direta e consensual á luz e acomodação. 
• Avaliar os movimentos extra-oculares pelas posições 
cardeais do olhar. 
• Observar se o paciente tem queda palpebral, pupilas 
isocóricas ( são aquelas que possuem o mesmo diâmetro 
e reagem igualmente à luz) anisocóricas ( pupilas com 
variação de tamanho). 
- Achados normais: fissuras palpebrais, iguais e reação 
pupilar adequada. 
- Achados anormais: ptose palpebral. estrabismo, nistagmo 
(distúrbios relacionados a pupila- olhos simétricos). 
V par craniano (NERVO TRIGÊMEO)_____________ 
- Deve ser avaliada a função motora, sensorial e o reflexo 
corneal. 
1. Como avaliar (função motora): 
 
• Peça ao cliente para cerrar os dentes e palpe 
alternadamente os músculos temporal e masseter. 
• Verificar a força de contração muscular, 
• Tentar separar ao maxilares empurrando o queixo para 
baixo, normalmente você não consegue fazê-lo. Se o 
paciente estiver com essa força, ele não irá conseguir 
separá-los. ] 
- Achados normais: os músculos devem parecer igualmente 
fortes de ambos os lados. Quando o cliente não tem dentes, 
não consegue realizar essa força pode ser difícil 
interpretar esse resultado. 
- Achados anormais: diminuição da força de um dos lados 
ou de ambos, assimetria no movimento dos maxilares, dor ao 
cerrar os dentes. 
2. Como avaliar (função sensorial): 
 
• Pesquise sensibilidade álgica (sensibilidade a dor) com 
os olhos do cliente fechados áreas designadas na face, 
testa, bochecha e mandíbula- dos dois lados (as três 
divisões do nervo oftálmica, maxilar e mandíbula). 
• Com os olhos fechados teste a sensação de tato leve 
tocando com um chumaço de algodão essas áreas. 
• Peça a pessoa para dizer “agora” sempre que o contato 
for sentido, variando as regiões. Se o paciente sentir o 
toque, peça para dizer em que local esse toque foi sentido. 
- Achados normais: resposta adequada nas três áreas de teste. 
- Achados anormais: sensação diminuída ou desigual. (sentir 
o toque somente em um lado da face). 
3. Como avaliar (reflexo corneal): só realizar esse teste 
se a pessoa apresentar anormalidade motora ou sensitiva 
do nervo. 
 
• Peça ao cliente que olhe para cima e para longe de você. 
• Aproxime-se pelo lado oposto, por fora da linha de visão 
do paciente. 
• Toque a córnea (e não apenais a conjuntiva) suavemente 
com um chumaço de algodão. 
- Achados normais: piscar bilateralmente. 
- Achados anormais: não piscar (lesão do V nervo craniano 
ou paralisia do VII nervo craniano). 
VII par craniano (NERVO FACIAL)_______________ 
- Deve ser avaliada a função motora e sensorial. 
1. Como avaliar (função motora): 
 
• Note a mobilidade e simetria facial enquanto a pessoa 
realiza as seguintes solicitações:sorrir, franzir a testa, 
fechar firmemente os olhos, erguer as sobrancelhas, 
mostrar os dentes e inflar a bochecha. 
• Apertar as bochechas infladas da pessoa e observar se o 
ar sai igualmente de ambas as bochechas. 
• Obs: olhar sempre bilateralmente (tanto o lado direito 
como o esquerdo). 
- Achados normais: realiza adequadamente todas as 
solicitações. 
- Achados anormais: fraqueza muscular, perda ou assimetria 
dos movimentos. 
2. Como avaliar (função sensorial): não é um teste de 
rotina, apenas quando há suspeita de lesão do nervo. 
• Quando indicado, teste o sentido do paladar tocando a língua 
com um cotonete coberto com uma solução de açúcar, sal ou 
suco de limão. Peça a pessoa para identificar o gosto, (2/3 
anteriores da língua). 
- Achados normais: pessoa identificar o sabor. 
- Achados anormais: não consegue identificar o gosto 
(ageusia). 
VIII par craniano (NERVO ACÚSTICO-
VESTIBULOCOCLEAR)__________________________ 
- Como avaliar: teste a acuidade auditiva pela capacidade de 
ouvir a conversa normal, pelo teste da voz sussurrada e 
pelo teste de Heber e de Rinner. 
- Teste da voz sussurrada: 
• Teste um ouvido de cada vez, camuflando a audição no outro 
ouvido. 
• Proteja os seus lábios para que o cliente não possa fazer leitura 
labial. 
• Mantenha sua cabeça 30 a 60 cm de distante do ouvido da 
pessoa e sussurre lentamente algumas palavras de duas sílabas 
(ex: casa, bola). peça para o cliente repetir o que foi dito. 
Achados normais: a pessoa repete cada palavra corretamente 
após ouvi-la. 
Achados anormais: a pessoa é incapaz de repetir palavras 
sussurradas. 
- Teste de Weber: usado quando o cliente relata ouvir melhor 
com um ouvido do que com outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como avaliar: 
• Coloque um diapasão vibratório na linha média do crânio da 
pessoa e pergunte se o tom soa igual em ambos os ouvidos ou 
melhor em um deles. 
- Achados normais: o paciente deve ouvir o som por 
condução óssea e pode soar igualmente alto em ambos os 
ouvidos. 
- Achados anormais: som lateralizado para um ouvido, 
escuta melhor em um ouvido do que no outro. 
- Teste de Rinne: compara som por condução aérea e por 
condução óssea. 
 Como avaliar: 
 
 
 
 
 
 
• Colocar a haste do diapasão vibratório no processo mastoide 
do paciente e peça-lhe que sinalize quando o som terminar. 
• Vire rapidamente o diapasão de modo que a vibração final 
fique próxima do canal auditivo: a pessoa pode ouvir um som. 
• Achados normais: o som é em geral ouvido duas vezes mais 
por condução aérea que condução óssea. (Teste de Rinne 
positivo ou CA> CO). 
• Achados anormais: a relação CA>CO é alterada na perda 
auditiva. 
 
IX e X par craniano (GLOSSOFARÍNGEO E VAGO)-
------ 
- Avalia a função motora e sensorial. 
1. Como avaliar (função motora): 
• Abaixar a língua com um abaixador e observar o movimento 
da faringe enquanto a pessoa diz “ahh” ou boceja. 
• Toque a parede posterior da faringe com um abaixador de 
língua e observe o reflexo do vômito. 
- Achados normais: a úvula e o palato mole devem levantar-
se na linha média e os pilares tonsilares mover-se 
medialmente (voz soa normal). 
- Achados anormais: ausência ou assimetria de movimento 
do palato mole, úvula, desvia-se para o lado, assimetria de 
movimentos dos pilares tonsilares, voz soa rouca matálica ou 
anasalada. 
XI par craniano (NERVO ESPINHAL ACESSÓRIO)-
------ 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como avaliar: 
• Examine os músculos esternocleidomastóideo e trapézio 
quanto ao tamanho. 
• Verifique a força (solicitando a pessoa fazer uma rotação 
forçada da cabeça contra a resistência aplicada lateralmente 
no queixo), em seguida peça a pessoa para dar de ombro 
contra a resistência (abaixando para baixo enquanto o 
paciente levanta o ombro). 
• Obs: observar de forma unilateral. 
• Achados normais: movimentos percebidos como igualmente 
fortes em ambos os lados. 
• Achados anormais: atrofia, fraqueza (não tem força ou 
resistência contra a força exercida oposta). 
XII par craniano (NERVO HIPOGLOSSO)_________ 
Como avaliar: 
• Inspecione a língua. 
• Observe o impulso para frente na linha média quando a pessoa 
efetua a protusão da língua. (pedir o paciente para externar a 
língua). 
• Peça ao cliente para dizer “leve, teso, dinamite’ e observe os 
sons, com a língua para fora. Tem que observar se a saída da 
língua é simétrica, se existe uma protusão lateral ou não. 
- Achados normais: não devem estar presentes 
adelgaçamentos, tremores ou resistência para colocar a língua 
para fora. Os sons devem ser claros e nítidos. 
- Achados anormais: atrofia, fasciculações, a língua desvia 
para o lado nas lesões do nervo (o desvio se dá para o lado 
paralisado). 
 
 
 
 
 
Função motora_________________________________ 
- Inspeção e palpação do sistema motor dos músculos. 
- Avaliar: tamanho, força, tônus e equilíbrio. 
• Os membros superiores são os primeiros a serem avaliados. 
• Pela impossibilidade de testar todos os músculos a opção é 
testar grupos de músculos-chaves. 
Como avaliar: 
• Tamanho: inspecione os grupos musculares quanto ao 
tamanho, compare o lado direito e o esquerdo, é necessário 
que se tenha uma simetria 
Achados normais: os grupos musculares precisam ser 
bilateralmente simétricos (uma diferença de 1 cm ou menos 
não é significativo). 
Achados anormais: atrofia e hipertrofia dos músculos. 
• Força: 
Avaliação de força muscular de pescoço e região cervical. 
Deve-se fazer força para um lado, e pedir que o paciente 
realize uma força contrária a essa força exercida. 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação da força muscular do ombro, no qual o paciente 
exerce uma força contrária a que está sendo praticada sobre 
seu membro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação da força das articulações, exerce uma força no 
ângulo da articulação, de dentro para fora, e de cima para 
baixo. 
 
 
Avaliação de força da região cervical, avaliando a força dos 
ombros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação rotação interna e externa do braço. Quando o 
paciente rodar o paciente para um lado, deve-se rotacionar o 
braço em lado oposto, segurando nas articulações. 
 
 
Avaliação da força muscular dos membros superiores. 
 
 
Extensão do braço: paciente tenta abrir o braço, e o 
profissional de saúde tentar fecha-lo. 
Flexão do antebraço: paciente puxa o braço para cima, e o 
profissional de saúde para baixo. 
Flexão da mão: O paciente coloca a mão para cima e o 
profissional de saúde puxa para baixo. 
Extensão da mão: O paciente desce a mão e o profissional 
de saúde tenta subir essa mão. 
 
Avaliação da força muscular dos membros inferiores 
 
 
Dorsiflexão do pé: o paciente tenta subir o pé e o profissional 
de saúde desce o pé. 
Flexão plantar do pé: o paciente desce o pé e o profissional 
de saúde tenta subir o pé. 
- Força muscular- escala para estadiamento da força 
muscular. 
 Força muscular 
0- Ausente Nenhuma contração detectada 
1- traço Discreta contração detectada 
2- fraca Movimentação com eliminação da 
gravidade 
3- regular Movimentação contra gravidade 
4- boa Movimento contra a gravidade com 
alguma resistência 
5- normal Movimento contra a gravidade com 
completa resistência 
 
Obs: Paciente com idade mais avançada tende a ter uma força 
menor. 
• Tônus muscular: grau normal de tensão (contração) nos 
músculos. 
Mesmo levantando o braço do paciente existe certa resistência 
desse braço. 
Mova a extremidade por sua amplitude de movimento de 
forma passiva. 
Primeiro faça a pessoa relaxar inteiramente. Mova a cada 
extremidade suavemente pela amplitude de movimento 
integral. 
Achados normais: resistência leve e uniforme ao movimento. 
Achados anormais: amplitude de movimento diminuída. Dor 
ao movimento (Flacidez, espasticidade e rigidez). 
• Movimentos involuntários: normalmente não ocorre 
movimentos involuntários. Se presentes observar localização 
(que parte do corpo exerce esse movimento), frequência, 
velocidade e amplitude.Achados anormais: tremores, fasciculações (contorções 
finas em pequenos grupos, musculares), miocloniais 
(movimentos súbitos-epilepsia), coreia (hipercinesia de 
movimento desordenador), atetose (movimentos 
involuntários lentos). 
Função motora (equilíbrio)_____________________ 
- Função cerebelar (Teste de equilíbrio) 
- Como avaliar (marcha): observa o quanto a pessoa anda 
de 3 a 6 metros, vira-se e retorna até o ponto de partida, peça 
para caminhar em linha reta, com um pé atrás do outro. 
- Achados normais: a pessoa de move com uma sensação de 
liberdade. A marcha é regular, rítmica e sem esforço. A 
oscilação do braço oposto é coordenada (um braço é contra o 
outro) . As viradas são suaves, as passadas são de cerca de 30 
cm de calcanhar a calcanhar. 
- Achados anormais: postura rígida, imóvel, cambaleia ou 
tropeça. Ampla base de apoio, ausência de oscilações dos 
braços ou braços rígidos. Ritmo desigual das passadas, pés 
arrastados; Ataxia (movimento desordenado das pernas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Hemiparesia espática: paciente faz uma rotação com o pé 
no momento da marcha. Normalmente esse paciente tem uma 
perda de movimento de um dos lados do corpo. 
- Marcha em tesoura: deixa nítido as dobradiças das 
articulações quando vai andar, então quando o paciente se 
locomove deixa nítido o ângulo da tesoura, com uma perna 
atravessando a outra. 
- Pé equino: paciente anda com a ponta do pé. 
- Ataxia cerebelar: macha desordenada, com passos abertos 
e fechados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Marcha parkisoniana: o paciente tende a tremer e ter 
dificuldade de caminhar, e tem a macha mais lenta, 
necessitando de base de apoio. 
- Marcha do idoso: o paciente anda de forma lenta, mas sem 
tremores, necessitando de base de apoio. Tem articulações 
rígidas e postura encurvada. 
 
 
 
 
 
 
- Teste de Romberg: 
 
- Como avaliar: 
• Peça a pessoa para ficar de pé, com os pés juntos e os 
braços recostados ao corpo. Uma vez obtida uma posição 
estável, peça para fechar os olhos e manter a posição. 
(espere cerca de 20 segundos). 
• Profissional deve ficar atrás do paciente e fazer uma base 
de apoio com os braços e o corpo, pois se o paciente 
perder o equilíbrio e cair, já está posicionado para segura-
lo. 
- Achados normais: a pessoa consegue manter postura e o 
equilíbrio. Pode haver uma pequena oscilação. 
- Achado anormais: oscila, cai, alarga a base de apoio (Sinal 
de Romberg positivo). 
 
- Equilíbrio: 
• Como avaliar: peça a pessoa para dobrar 
superficialmente o joelho ou para saltar num pé só no 
mesmo lugar, primeiro com uma perna e depois com a 
outra. Isto demonstra sentido de posição, força muscular 
e função cerebelar normais. 
• Atenção: algumas pessoas não conseguem pular em 
somente um pé devido a idade ou a obesidade. 
 
• Pode-se ainda pedir para a pessoa com o polegar tocar 
cada dedo da mesma mão, começando com o indicador e 
depois invertendo a direção. 
- Achados normais: normalmente pode ser feito com rapidez 
e precisão. 
- Achados anormais: falta de coordenação. 
 
 
- Movimentos alternados rápidos 
 
 
 
 
 
 
• Como avaliar: peça a pessoa para dar palmadas nos 
joelhos com ambas as mãos, levanta-las, virar as mãos e 
bater nos joelhos com o dorso das mãos, peça para que 
faça com rigidez. 
-Achados normais: viradas iguais e de modo ritmado. 
- Achados anormais: falta de coordenação da mãos com 
resposta lenta, desajeitada e mal executada. 
- Teste dedo-dedo 
 
 
 
 
 
 
 
• Como avaliar: com os olhos abertos peça a pessoa para 
que ela use o dedo indicador para tocar o seu dedo 
(examinador) e depois o próprio nariz. Depois de 
algumas vezes mova o seu dedo para um ponto diferente. 
- Achados normais: movimento regular e preciso. 
- Achados anormais: passar do ponto. 
- Teste dedo-nariz 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Como avaliar: peça a pessoa para fechar os olhos e os 
braços. Peça para tocar a ponta do próprio nariz com cada 
dedo indicador, alternando as mãos e aumentando a 
velocidade para analisar se o paciente consegue 
acompanhar o ritmo. 
- Achados normais: movimento regulares e precisos. 
- Achados anormais: não acertar o nariz. 
- Teste do calcanhar-joelho 
 
• Como avaliar: teste a coordenação das extremidades 
inferiores pedindo a pessoa para colocar o calcanhar 
sobre o joelho oposto e descê-lo canela abaixo do joelho 
até o tornozelo. 
- Achados normais: a pessoa move o calcanhar em uma linha 
reta. 
- Achados anormais: falta de coordenação- calcanhar passa 
por fora da canela. 
Função sensorial ou sensitiva___________________ 
- Na avaliação sensorial deve-se averiguar se a pessoa está 
lúcida, cooperativa, a vontade e tem um limite de atenção 
adequado. 
- Compare as sensações em partes simétricas do corpo, em 
caso de alterações, mapeie a área (desenhe seus resultados 
num diagrama). 
- Evite fazer perguntas sugestivas “você pode sentir essa 
picada de alfinete?”. Pois, já está entregando a resposta. 
- Os olhos da pessoa devem ficar fechados durante os testes, 
para não identificar o objeto antes de sentir. 
- Antes de iniciar o teste explique o que vai ocorrer 
exatamente e como a pessoa deve responder. 
- Para avaliar o sistema sensorial é preciso testar diversos 
tipos de sensibilidade: 
1.Dor 
 
• Como avaliar: capacidade da pessoa perceber uma 
picada, como de um alfinete. 
• Quebre um abaixador de língua no sentido do 
comprimento, formando uma ponta afilada na 
extremidade quebrada e um ponta romba na extremidade 
arredondada. 
• Aplique de leve a ponta afilada ou a extremidade romba 
ao corpo da pessoa numa ordem ao acaso. 
• Peça para a pessoa dizer “agulhada” ou “toque” 
dependendo da sensação experimentada. 
• Deixe passar pelo menos 2 segundos de um estímulo a 
outro para evitar somatório, para que relacione o 
estímulo anterior com o atual. 
- Achados normais: resposta adequada ao tipo de ponta 
aplicada na pele. 
- Achados anormais: hipoalgesia (sentir toque leve) 
anagelsia (não senti o toque) hiperalgesia (senti o toque de 
forma desacerbada) 
2. Temperatura 
Como avaliar: 
• Teste a sensação de temperatura somente quando a 
sensação de dor se mostrar anormal. 
• Encha dois tubos de ensaio, um com água quente e outro 
com água fria, aplique as extremidades inferiores a pele 
da pessoa numa ordem de pontos ao acaso. 
• Peça a pessoa para dizer a temperatura que é sentida 
(pode-se aplicar o lado do diapasão a pele, seu metal 
é sempre percebido como frio). 
- Achados normais: resposta adequada a temperatura (fria 
ou quente). 
- Achados anormais: diminuição ou ausência de sensação 
térmica. 
3.Sensibilidade tátil superficial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como avaliar: toque a pele com um chumaço de algodão fino 
(estique uma bolinha de algodão para formar uma ponta 
alongada e esfregue-a na pele numa ordem de pontos ao acaso. 
• Peça a pessoa que acuse sempre que sentir um toque e 
compare uma região com a outra. 
• Inclua no exame (braços, antebraços, mãos, tórax, coxas 
e pernas). 
• Peça a pessoa para dizer “agora” ou “sim” quando sentir 
o contato. 
Obs: regiões calejadas devem ser evitadas, pois estas regiões 
não estão com sensibilidade afetada. 
Achados normais: resposta adequada. (sentir a sensação do 
algodão). 
Achados anormais: hipoestesia, anestesia, hiperestesia. 
4.Posição (cinestesia) 
Como avaliar: teste a capacidade da pessoa perceber 
movimentos passivos das extremidades. 
• O teste é feito com olhos fechados, mas certifique-se de 
que ele seja entendido (faça a pessoa observar algumas 
tentativas primeiro). 
• Segure o dedo lateralmente (pois uma pressão ascendente 
ou descendente pode indicar a direção do movimento). 
• Mova um dedo da mão ou o 1° dedo do pé para cima e 
para baixo. 
- Achados normais: a pessoa consegue detectar movimentos 
de alguns milímetros. 
- Achados anormais: perda do sentido posicional. 
5. Vibração. 
 
Como avaliar: teste a capacidade da pessoasentir as 
vibrações de um diapasão sobre proeminências ósseas. 
• Bata o diapasão na palma da mão e segure a base sobre a 
superfície óssea dos dedos e do 1° artelho. (proeminência 
óssea). 
• Peça a pessoa para indicar quando a sensação se inicia e 
cessa. 
- Achados anormais: incapaz de sentir vibrações (ocorre na 
neuropatia periférica-complicação da diabetes, devido a perda 
de sensibilidade periférica). 
 
6. Sensações discriminativas. 
 
• Estereognosia: testa a capacidade da pessoa de 
reconhecer objeto ao sentir uma forma, tamanho e peso. 
• Como avaliar: coloque um objeto na mão do cliente peça 
que ele o identifique. Teste um objeto diferente em cada 
mão. 
• É importante que esses objetos sejam familiares ao 
paciente. 
- Achados normais: identificação correta 
- Achados anormais: asterognosta (não identificação do 
objeto). 
 
• Grafestesia: capacidade da pessoa ler um número 
desenhado na sua pele. 
• Pode ser usado quando o paciente apresenta uma 
disfunção motora, artrite ou patologia que impeça o 
paciente de manipular um objeto com destreza suficiente 
para identificá-lo. 
• Como avaliar: com um instrumento de ponta romba 
desenhe uma letra ou um número na palma da mão do 
cliente. E peça para dizer o que foi desenhado. 
- Achados normais: resposta correta do que foi desenhado. 
- Achados anormais: incapacidade de distinguir o que foi 
desenhado. 
 
• Localização de dois pontos: testa a capacidade da pessoa 
de distinguir a separação de duas picadas simultâneas na 
pele. 
Como avaliar: 
• Aplique duas agulhas esterilizadas ou duas pontas de um 
grampo de papel de leve na pele a distâncias cada vez 
menores. 
• Anote a distância que a pessoa não mais percebe dois 
pontos distintos. (quanto mais distante o toque um do 
outro, mas fácil é a identificação). 
• O nível de percepção varia com a região testada (dedos 
das mãos mais sensíveis). 
- Achados anormais: aumento da distância normalmente 
necessária para identificação de dois pontos separados ocorre 
nas lesões do córtex sensorial. 
• Extinção: 
ponto Toque ambos os lados do corpo simultaneamente no 
mesmo. 
Peça a pessoa para dizer quantas sensações são percebidas e 
onde elas estão. Normalmente são percebidas ambas as 
sensações. 
• Localização de um ponto: 
Toque a pele e retire prontamente o estímulo. 
Diga a pessoa “coloque seu dedo onde eu toquei”. 
Obs: na lesão do córtex sensorial a pessoa não consegue 
localizar a sensação de modo preciso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexos________________________________________ 
Teste dos reflexos: usado para avaliar as funções do nível 
segmentares medulares específicos. 
Reflexo Nível medular 
avaliado 
 SUPERFICIAL (receptores na pele) 
Abdominal Superior T7, T8 e T9 
Abdominal Inferior T10 e T11 
Cremastérico (Sinal de 
Prehn). 
T12, L1 e L2 
Plantar (Sinal de 
Babinski) 
L4, L5, S1 e S2 
TENDINOSO PROFUNDO (receptores nos músculos) 
Bíceps C5 e C6 
Braquiorradial C5 e C6 
Tríceps C6, C7 e C8 
Patelar L2, L3 e L4 
Aquileu SI e S2 
 
- Reflexos abdominal (T7,T8,T9,T10 e T11). 
 
Como avaliar: 
• Use a extremidade do cabo do martelo para reflexos, um 
aplicador com ponta de madeira ou um abaixador de 
língua quebrado maciço, para esfregar a pele. 
• Mova da lateral do abdômen para a linha média tanto ao 
nível superior como inferior. (primeiro em cima de 
forma bilateral, e depois em baixo de forma bilateral). 
• Resposta: contração da musculatura abdominal e desvio 
do umbigo no sentido do estímulo. (devido a contração 
da barriga). 
• Obs: a obesidade pode mascarar um reflexo abdominal. 
Nesse caso use seu dedo para afastar o umbigo do 
paciente para longe do lado a ser estimulado. Tente sentir 
a contração muscular com o dedo que está retraindo o 
umbigo. 
- Reflexo cremastérico (Sinal de Prehn). 
 
Como avaliar: 
• Coloca-se o paciente em decúbito dorsal, com os 
membros inferiores em extensão e abdução. 
• Estima-se face interna da coxa no seu 1/3 superior. 
• Esfrega-se levemente a face interna da coxa com bastão 
aplicador ou abaixador de língua rápida elevação do 
testículo do mesmo lado, evidenciando inervação 
testicular do lado testado. 
Resposta: contração do músculo cremaster e a elevação do 
testículo no mesmo lado do estímulo. 
- Reflexo plantar (Sinal de Babinski) 
 
Como avaliar: 
• Use a extremidade do cabo do martelo de reflexos, um 
aplicador com ponta de madeira, ou um abaixador de 
língua quebrado no meio, para esfregar de leve de baixo 
para cima a lateral da sola dos pés (com um J 
invertido), 
- Resposta normal: o movimento de flexão plantar. 
- Resposta anormal: sinal de babinski positivo 
(dorsoflexão ou extensão do hálux- sinal patológico). 
AtenCAo ❗ 
Para estimular um reflexo tendinoso profundo: 
• Deixar o cliente relaxado. 
• Posicionar os membros correto e simétricos. 
• Percuta o tendão bruscamente, pois é um reflexo mais 
profundo. 
• Use o movimento rápido do punho 
• A pancada deve ser rápida e direta, levante prontamente 
o martelo (não deixe repousar sobre o tendão, para 
observar o reflexo de maneira correta). 
• Use apenas força suficiente para obter resposta. 
• Compare os lados direito e esquerdo, devendo as 
respostas serem iguais. 
• Por vezes a resposta não aparece. 
• Tente encorajar ainda mais o relaxamento, variando a 
posição da pessoa ou aumentando a força do golpe. 
- A reposta reflexa é graduada numa escala de 4 pontos. 
4 + Muito rápido, hiperativo e com clônus indicativo de 
doença. 
3 + Mais rápido que a média, possível, porém não 
necessariamente, indicativo de patologia. 
2 + Médio, normal. 
1 + Diminuído, abaixo do normal. 
0 Nenhuma resposta. 
 
- Reflexo bicipital 
 
Como avaliar: 
• Apoie o antebraço da pessoa no seu (relaxa o braço da 
pessoa, assim como o flexiona parcialmente). 
• Coloque seu polegar sobre o tendão do bíceps e dê uma 
martelada em seu polegar 
• Você pode tanto sentir como ver a resposta normal, que 
é a contração do músculo bíceps e a flexão do 
antebraço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Reflexo tricipital 
 
• Flexionar o braço do paciente na altura do cotovelo com 
as palmas das mãos no sentido do corpo e empurre-o um 
pouco sobre o tórax. 
• Golpear o tendão principal logo acima do cotovelo. 
• Diga a pessoa para deixar o braço “como morto”, 
enquanto você o suspende acima do cotovelo. 
• Golpeie o tendão do tríceps imediatamente acima do 
cotovelo, 
- Resposta normal: extensão do antebraço. 
 
- Reflexo braquiorradial ou supinador 
 
Como avaliar: 
• Flexionar o braço do paciente para cima até 45° e 
posicionar o antebraço do cliente no seu braço. 
• Percuta o tendão braquiorradial cerca de 2,5 a 5 cm 
acima do punho. 
• Resposta: flexão e supinação do antebraço. 
 
- Reflexo do quadríceps-patelar 
 
Como avaliar: 
• Deixe a parte inferior das pernas pender livremente para 
flexionar o joelho e distender os tendões. 
• Golpeie a tensão diretamente logo abaixo da patela. 
• Resposta esperada: extensão da parte inferior da perna. 
Poderá ser palpada a contração do quadríceps. 
- Reflexos do quadríceps- patelar 
 
Dois métodos são úteis para o exame do cliente em decúbito 
dorsal. 
Como avaliar: 
• Manter os dois joelhos apoiados, realizando-se testes 
repetidos de um lado e, depois, do outro. 
• Pode não ser confortável nem para o examinador, nem 
para o cliente. 
• Uma opção é repousar o braço que está servindo de apoio 
para a perda do cliente. 
- Reflexo aquileu-reflexo do tornozelo 
 
 
Como avaliar: 
• Paciente sentado, realizar dorsiflexão do pé na altura do 
tornozelo. 
• Peça ao paciente para relaxar. 
• Percuta o tendão de Aquiles. 
Resposta esperada: a planta do pé se flexiona contra sua mão. 
 
Como avaliar: 
• Cliente em decúbito dorsal. 
• Flexionar um dos joelhos e apoiar a parte inferior da 
perna contra a outrade modo que ela fique “aberta”. 
• Faça a dorsiflexão do pé e golpeie o tendão.

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