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Aula1 - Politica II

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A a gente vai poder discutir um pouco qual foi o desdobramento desse ímpeto revolucionário de um certo otimismo revolucionário do período. É um texto muito importante, muito fundamental.
Em seguida, entramos no século XX, com o clássico texto de max weber, política como vocação, no qual weber vai elaborar e desenvolver algumas teses mais fundamentais do weber da reflexão politica e que vai fazer escola em vários moutros autores ali, naquele período. Como é do sexulo XX, o texto está impactado pelo que aconteceu na primeira guerra mundial, então é um texto pós Primeira Guerra, muito impactado pelo clima social e cultural que está emergindo no inicio da republica de Weimar (1919-1933). O texto foi escrito no inicio da republica de weimar e está muito preocupado sobre os desdobramentos justamente desse conceito de soberania popular, afinal, mais do que ninguém, weber sabia que soberania popular, entre outras coisas, poderia dar em fascismo. Não a toa, para os fascistas e nazistas o conceito de soberania popular era tão importante. E o weber tinha isso em mente. Aquele contexto era muito importante para ele pensar uma concepção de politica que pudesse ser compatível e defensável com a nossa contemporaneidade e que pudesse superar uma serie de riscos. Então, a esfera própria da politica, um modo de fazer politica, que era uma racionalidade politica, que weber conseguiu identificar e analisar. Pensou também outros critérios de legitimidade da dominação política que não passavam mais pelos critérios anteriores que estavam sendo discutidos até então, que eram plenos de ideologia, valores, eles eram materializados, no sentido weberiano, então, eles pensavam a racionalidade politica misturada com uma série de outros elementos, religiosos, éticos, morais. E o weber queria pensar a politica ocntemporanea, a racionalidade politica, no sentido mais especifico, uma reflexão incrível sobre o Estado, o papel do Estado, a figura do Estado na reflexão da politica contemporânea.
Em seguida, temos a Hannah Arendt, com um texto pós Segunda Guerra. O weber viu o que poderia acontecer, ele previu os riscos que acabaram se realizando depois. E a hannah fez um diagnóstico no iinicio da década de 1950, em que ela explica para gente a gênese das ideologias totalitárias, então, ela vai tratar do antissemitismo, do imperialismo e vai finalmente oferecer um diagnóstico sobre essas formas politicas mescladas no social que se transformaram em modelos totalitários e é uma reflexão dura dela sobre o nazismo, o stalinismo. 
E por fim, temos o Jurgen Habermas que está num contexto diferente, pq esse texto dele que é um artigo chamado soberania popular como procedimento, escrito no incio da década de 1990, no contexto da queda do socialismo real, escreveu esse texto permeado pela questão a respeito do que significa o socialismo hoje, e essa questão misturada com uma questão crucial que está posta nesse artigo desde o inicio, e o artigo foi escrito tendo em vista essa questão: afinal qual é a atualidade da RF para nós contemporâneos. Então, Habermas está vendo uma série de mudanças e transformações acontecendo na década de1980, uma nova ebulição dos movimentos sociais, uma nova presença muito significativa da sociedade civil. Ele abre uma nova reflexão sobre o papel da esfera pública e uma reflaão sobre uma atualização da soberania popular e dos diretos humanos que saõ conceitos caros a RF, no entanto, a partir de um diagnóstico contemporâneo. Então, é com esse texto que a gente termina o ciclo dos 6 autores m e espera trazer para vocês uma reflexão abrangente significativa sobre essa relação entre revolução, soberania popular, democracia, liberdade, riscos da liberdade.
Esse curso se tornou incrivelmente atual por conta do momento histórico e por um conjunto de problemas que foram pensados por esses autores, que são problemas próprios de emergência da democracia e que voltaram nos assombrar nas últimas décadas e estamos tentando entender esse mundo que emerge diante dos nossos olhos. E essa atualidade do curso está também recolhida na forma como entendemos o papel da teoria politica e a melhor forma de entender a teoria politica é com essa conexão com a história. Então, para ter um aproveitamento mais rico dos textos é fundamental que a gente associe os textos a seu contexto, isto é, é fundamental que a gente consiga entender os textos do ponto de vista do horizonte de problemas em relação aos quais esse textos foram escritos, de modo que embora por vezes pensemos esses autores como de teoria politica, pelo menos uma boa parte deles do século XIX, nós, cientistas políticos, clamamos ao nosso favor uma espécie de tradição centenária e dizemos esses aí é a teoria politica então nos associamos a eles, nosso pensamento é informado por essa linhagem, por essa sequencia de autores canônicos, mas esses autores, especialmente, do sexulo XIX, não são propriamente teóricos no sentido que entendemos hoje, são atores de sua época procurando entender o seu momento para orientar o momento histórico, são atores que estão disputando no plano das ideias a compreensão do momento para dizer onde precisamos ir. Nesse sentido, são atores/autores que trabalham no registro da ideologia, entendida aqui no seu sentido mais nobre que é a forma como entendemos o mundo e como vamos agir nele ou como nos propomos a intervir nele a partir da compreensão dos problemas fundamentais que o mundo tem. Então, não é uma compreensão de ideologia como ideias erradas ou falsas ou representações equivocadas do mundo. É ideologia no sentido mais amplo de formuladores da compreensão dos problemas fundamentais de suas épocas e dos caminhos que permitiriam construir uma trilha para o futuro fazendo as escolhas corretas. Nesse sentido, há uma conexão entre pensamento e história, entre os horizontes de problemas históricos enfrentados por esses autores e aquilo que eles estão pensando olhando para o futuro. É como se eles dissessem se isso aqui é o que estamos vendo hoje, quais as implicações disso para o mundo moderno, para aquilo que será nossas instituições, para aquilo que será o futuro de novas sociedades, se isso aqui que está sendo projetado par ao futuro, quais são as consequências desse mundo novo que está emergindo diante de nossos olhos. E eles estão fazendo esse exercício de projeção para o futuro dos problemas que aparecem no horizonte histórico, procurando dar respostas a isso. Então, essa conexão com a história é fundamental e fundamental também de uma outra forma, pois a conexão não é só com os problemas do contexto histórico, mas é também com aqueles que se dedicaram a pensar os problemas nesse momento em particular. Então, o contexto dos textos também é textual, o contexto dos textos também são as ideias disponíveis que esses autores tinham para pensar aquilo que estavam pensando, e as ideias disponíveis, o ambiente das ideias, em relação ao qual eles estão construindo suas próprias ideais e disputando a compreensão do mundo. Então, quando dizemos contexto vamos procurar fazer essa dupla conexão: com quem eles estão dialogando, qual é essa interlocução, com quem eles estão discutindo o diagnóstico do presente e simultaneamente qual é esse presente, qual é esse horizonte de problemas. Fazer isso não só permite uma apropriação mais rica, arejada, fresca, dos textos, mas permite evitar uma coisa que é muito comum quando lemos textos do passado remoto, temos uma falsa familiaridade produzida porque a linguagem e as palavras nos são conhecidas, mas a rigor não entendemos exatamente o que que as palavras querem dizer, pq foram escritas em outro momento, pensando outros problemas com um outro sentido específico e nós, ao olharmos para trás, nós sempre fazemos uma espécie de leitura anacrônica. Então, nós lemos os autores como se eles tivessem querendo dizer aquilo que nós queremos entender hoje e aqui, então, nós fazemos os autores falarem coisas que eles não estão dizendo. E é esse o sentido de fazer uma contextualização que é um pouco permitir que os autores falempor eles próprios, para que a a gente não faça uma leitura anacrônica e isso devolve uma leitura mais fresca e permite um encantamento do texto, para entender porque são tão bons e originais no momento em que estão sendo produzidos.
Dinâmica do curso:
1 resenha entregue antes da aula dedicada ao contexto de produção do texto do curso. A ideia é ler o texto e entregar a resenha antes da aula expositiva do contexto, pois isso permite uma apropriação mais rica do texto, e fazer conexões com aquilo que foi lido antes e um melhor aproveitamento. Para a aula dedicada ao texto especifico, pedimos que vcs revisem novamente o texto. A ideia é voltar ao texto, a partir da aula do contexto, para pensar o que que não ficou claro no texto e o que que mudou na compreensão do contexto e texto e o que que ficou como um problema de fundo de compreensão. A ideia é entregar as perguntas, perguntas que os textos suscitaram como questão de fundo não compreendidas.
O que se espera das resenhas e das perguntas? A resenha tem a ver com uma exposição geral da ideia fundamental do texto, basicamente com dois elementos: o que o texto se propõe a fazer (qual é seu propósito, qual é o argumento fundamental, qual proposito central, e com esse propósito é sustentado em termos de argumento), então se trata de um texto que se propõe a defender isso, defender essa ideia e está ancorado nesses argumentos, nessas ideias. Então, deve-se ler cuidadosamente o texto e tentar fazer uma interpretação sintética do texto e dos seus principais argumentos que sustentam o argumento central/tese. Esse é o intuito das resenhas, que vai expressar essa impressão inicial do texto e uma leitura inteira do texto. No caso das perguntas, elas devem dizer respeito as questões de fundo do texto. Então depois de ter lido o texto, relido o texto e ter incorporado elementos contextuais como suporte, quais são as questões de maior dificuldade quando vcs lidam com o texto, o que não está sendo compreendido, qual é a questão de fundo que mais atrapalha na sua compreensão. Não esperamos perguntas que conectem com questões externas ao texto. Todas as perguntam devem ser em relação com as questões fundamentais do texto
Perergunta: 
Aula 2: discussão do contexto do texto a liberdade dos antigos comparada à dos modernos, de Benjamin Constant
Aula dedicada a um dos autores clssicos do liberalism francês, que não é apenas francês por um atributo geográfico, não se trata apenas de sinalizar que um conjunto de pensadores nascidos na frança, na verdade, ele possui algumas características, que estão associadas ao momento histórico que esse pensamento viveu. E o Constant oferece para nós um dos textos seminais na construção desse vocabulário que irá se tornar mais tarde o que denominamos hoje de pensamento liberal. É um texto de fácil leitura, mas isso pode gerar um falsa impressão, pq é fácil transitar pelo texto, que é um conferência, que dá marcas de oralidade ao texto e tal oralidade produz um texto fácil de ser lido, a despeito da linguagem erudita do Constant. Essa característica pode gerar a impressão de que a gente esteja entendendo o texto, mas tem muitos pressupostos importantes. E a ideia é a de que através do contexto, vou tratar de trazer vida a esses elementos menos óbvios. 
Estrutura da aula é organizada de modo a fornecer o contexto. O foco da nossa concersa hoje: 
Primeira questão: vamos lidar com um onjunto de elementos preliminares/básicos a respeito do liberalismo politico frnaces e da revolução francesa. Essa será a parte mais rápida da aula. Visa basicamente a ajudar a evitar certos mau entendidos comuns quandoa gente lida com pensadores liberais daquele período, acabamos fazendo uma leitura anacrônica daquilo que enetendoemos como liberalismo; E segundo alguns elementos básicos desse evento extraordinariamente complexo e com implicações fundamentais para a vida social e politica da nossa sociedade chamada RF. A ideia é fazer uma brevíssima cronologia apenas para situar sobre o que está acontecendo e como vão se constituindo interpretações diversas da R, digamos posições polares em relação a R. e onde entra nessa sequencia de fatos históricos Constant e o liberalismo francês. Esse é o primeiro elemento da nossa conversa.
O segundo elemento será um pouco maior, dedicaremos mais atenção e tem a ver com o que poderíamos chamar de problemas políticos fundamentais do liberalismo político francês, são isso, pq foram eles que enfrentaram esses problemas de forma muito clara pela primeira vez, embora não é priemira R., antes teve a industrial inglesa e a americana, apoiada inclusive pela frança. Então, F. não é a única, mas pela envergadura que tomou a RF e a sua radicalidade e importância da F, a RF se tornou um marco fundamental para a produção do mundo politico social moderno, e nossa compreensão do poder, e alguns problemas evidenciados pela RF foram enfrentados pelos pensadores que estavam situados naquele contexto e foram problemas que foram legados por esses pensadores para nos e que continuamos a pensar ainda hoje. Então são problemas fundamentais do liberalismo político francês, mas também problemas do mundo político moderno. São três problemas que vamos pensar e atentar: 1) o desafio de impor limites legítimos ao poder legitimamente constituído. Todo o pensamento crítico iluminista até antes da R. critica o caráter ilegítimo do poder e toda tentantiva de limitar o poder parte do pressuposto de que o poder é ilegítimo, não consentido, pq é arbitrário, pq não é submetido a normas, pq é absoluto e por ai vai. O que acontece quando a RF produz um poder legitimo na sua origem, pq é um poder produzido por uma mobilização social, gera um certo tipo de poder que começa a tomar decisões e essas se revelam controversas, perigosas, qusando começa a exercer a violência contra aquela parte que discorda em relação a esse poder constituído. E o problema é o poder legitimo de origem, mas como julgar aquilo que de origem legitima faz e como limitamos o poder legitimamente constituído, quais são as limitações legitimas que podemos impor? Esse é um prolema clássico que podemos resumir como um problema da soberania popular e o problema fundamental do mundo politico moderno. 2) o segundo p. tem a ver com o desafio de integrar a diversidade social na unidade do corpo político (vimos em Constant que a sociedade se torna progressivamente diversa, se torna distinta, é uma S. que tem interesses diferentes , na qual as pessoas estão tentando lidar com a sua forma de ser feliz, com a felicidade por caminhos distintos) e o problema é como produzir um corpo, a unidade dessa S. do ponto de vista do corpo político. É um desafio novo por motivos que a gente vai ver e isso tem a ver com aquilo que podemos chamar de o problema do E. e sua relação com a S., como o E. não pode supor mais como síntese do corpo social ou como encarnação do corpo S. ou como expressão que absorve e interpreta fielmente o corpo S. Se produz uma cisão entre E. e S. finalmente, temos esses dois problemas a respeito dos quais é possível avançar ideias, respostas e os nossos pensadores procuraram avançar ideias a esse respeito, mas obviamente ter respostas do ponto vista geral do porque impor limites a um poder legitimamente constituído ou como pensar na diversidade social e sua unicidade dentro do E., essas respostas do ponto de vista da formulação do problema e das ideias politicas que ajudam a resolve-lo não são iguais as perguntas sobre as instituições, que é quais as instituições podem nos ajudar a levar adiante as respostas que estamos colocando com desejáveis e possíveis, que conjunto de instituições podem dar conta desse novo momento da política e aqui existe todo um debate que remete aquilo que se chamou na historia da teoria politica de constitucionalismo, que é uma das características que se tornará distintiva do liberalismo e do pensamento político moderno, e o governo representativo, ambos os traços estão presentes no Constant. (na próxima aula vamos ver a centralidade da questão social com Constant) 
Comecemos com a questão do liberalismo político, vertente que se constitui no começo do 19, desafiado pela interpretação do contexto pós revolucionário e em particular desafiado pela compreensão do significado do terror (uma fase especifica do desdobramento da R.). Esse pensamento tem certas caract. Particulares, é um pensamento informado pelo diagnóstico daquilo que ainda nem se chamava economia, é informado pelo diagnóstico da forma como as relações sociais estão se reconfigurando do ponto de vista da produção e reprodução material tal como formulado por A. Smith. E esse dialogo coloca uma espécie de pano de fundo de compreensão da transformação social. O próprio Constant utiliza o termo de a. Smth de sociedade comercial, cuja ideia mobilizada por constant mobilizada como parte de seu diagnostico do que está ocorrendo na sociedade é reinterpretada, mas recolhida de A. S. É um L. que dialoga com o L. político mais clássico do 17, do contratualismo do Locke, por exe. Mas não uma atualização do liberalismo à la Locke, é um L. que desenvolve claramente uma crtica as compreensões contratualistas do E., uma critica à Linguagem jusnaturalista do direito natural e que desenvolve uma outra compreensão da origem do E., uma outra compreens. Daquilo que explica pq a R. estão se produzindo e pq está se gestando essa nova forma de org. politica da S. E ela, a S., não deriva de um acordo hipotético na forma de um contrato. Essa critica, no caso do Constant é muito influída pelo contato com O Utilitarismo de B. Bentham. Constant foi produnfamente influenciado pelo iluminismo escocês e o conhecimento das instuições constitucionais, morou na capital da Escócia. Grandes nomes do L. Francês: Constant e Tocqueville. O que é peculiar desse Liberalismo e por isso é importante trazer a tona, pq é um L. que não coincide c a nossa compreensão atual de L.? O L. F. não é propriamente uma forma de pensamento que possa ser explicada ou caracterizada como um pensamento que se opõe ao pensamento republicano. Na compreens. Contempo. Normalmente é comum se pensa que o L. é uma ideologia e que ela se opõe ou tem como um dos seus interlocutores críticos a tradição republicana,isto é: há uma espécie de modelo republicano e uma espécie de modelo liberal e em alguma medida o primeiro é o alter ego do segundo, no sentido de que nessa comp. de 2 formas distintas de ideologias divergentes. O R. se pensa como uma ideologia para a qual a Respublica, a coisa publica, o bem comum, está no centro, a relevancia da coisa publica e do bem comum demanda de um certo tipo de intervenção politica qualificada, por isso, para o R. a virtude fundamental, o cidadão deve ser virtuoso, ter certas caract. Virtuosas, não é qqlr um que está altura daquilo que se espera desenvolver na vida publica, e na vida publica existe uma clara ênfase na ideia de igualdade de indivíduos. E por oposição a esse modelo se pensa numa espécie de L. que privilegia os indivíduos, os interesses, o mercado e a liberdade, que são todas expressões de valência oposta aquelas que distinguem o R. Essa compre. É um pouco anacrônica, pois essa eh a forma como nós viemos entendemos hoje como uma parte das caracterizações do R. e do L. que é muito simplória. O fato é que no surgimento da linguagem politica do L., esse nasce da crisálida do R. o que isso significa? Nesse momento em particular, todos os pensadores que nós chamamos hoje de liberais são todos republicanos, pq nesse momento a disputa é entre os defensores da monarquia e seu absolutismo e os privlegios da nobreza e aqueles que são contrários à hereditariedade do poder, aos privilegios de sangue e do clero. Então, basicamente todo o pensamento revolucionário é republicano, é o caso de Constant e boa parte dos contempraneos que compartilham com ele essa ideia, mas republicanos no sentido de que ocupam esse espaço de oposição em relação a outros adversários, e a questão é como disputar a comp. do que seja republica. A questão é como disputar a comp. do que seja a melhor forma de construir a republica, como levar adiante a melhor compreensão do que seja um entendimento republicano da republica, dada as circunstancias históricas. Entaõa há uma tentativa de criar uma linguagem politica que seja capaz de dar conta dos desafios do presente, mas isso é feito de dentro da posição republicana, de dentro daqueles que estão dispostos a defender a revolução, isto é, a republica e estão dispostos a encontrar o melhor caminho para que a republica se torne um regime viável, estável, limando os seus aspectos mais brutos, mais ásperos e indesajveis que falaremos a seguir. Então esse L. esta procurando avançar uma interpretação correta do que o ideal republicano para o presente deveria significar, se entendemos corretamente o momento em que está ocorrendo a RF e em particular a sociedade que produziu a RF. Dito isso, Constant é fundamental nesse movimento, pq produzirá um conjunto de trabalhos altamente influentes, é o caso da sua conferencia no Atheneu, que ajudará alimentar a autocompreensão daquilo que vamos chamar depois de ideologia liberal, embora naquele momento, da restauração, existisse o partido dos liberais, não existia o liberalismo tal com entendemos hoje, mas as ideias do Constant foram fundamentais para produzir essa autocompreensão do que seja alguns princípios fundamentais do liberalismo.
Pensar como esse liberalismo enfrenta o contexto particular da RF. A RF é um processo incrivelmente complexo, assim como todas as outras, mas ela, a RF, é peculiarmente complexa, um processo muitíssimo estudado pelas suas interpretações. Existe uma espécies de alguns marcos que ajudam a fazer datação do período, mas em algum grau esses marcos tem uma certa arbitrariedade, pq o que estamos vendo são marcos que ajudam a fixar processos, mas obviamente o que está levando esses marcos são processos. O divisor de aguas que declara o inicio da RF é 1789, com a tomada da Bastilha. O que é peculiar na Tomada da Bastilha no 14 de julho é que as massas centram na politica no momento em que os representantes do terceiro estavam ameaçados de repressão pela coroa. Então, há um processo de mobilização intensa: inflação fora de controle, sérios problemas de financiamento, gasto de muito dinheiro financiando a Rev. Americana, crise fiscal e arrecadatória, o que implicará no corte da carne, corta os provilegios pagos com o dinheiro publico, que é um dinheiro que deriva de impostos cobrados do terceiro estado que é composto pelos trabalhadores e os camponeses e os comerciantes, o que vai gerar uma inconformidade generalizada, somado ao fato do rei se recusar a cortar os benefícios da nobreza. Então, se convoca as assembleias dos estados. A ultima tinha sido em 1614 e quando convocada procurava-se basicamente uma solução coletiva a crise enfrentada. Na A. os representantes do terceiro setor (camponeses, trabalhadores e comerciantes) consituia um terço das cadeiras e chegam lá com a expectativa de produzir uma mudança social e obviamente enfrentam enormes resistências que produzem um acirramento dos ânimos até que a A. é dissolvida dada a sua incapacidade de resolver os problemas. Então se impõe ao rei a necessidade de se chamar uma A. nacional constituinte, na qual o terceiro estado estava ali para produzir uma nova constituição. Isso foi em junho. Foram acolhidas queixas e incômodos relatados pela população para depois a A ter uma reação bastante conservadora e isso produziu um transbordamento. A A. estava organizada em grupos: os R., mas aqueles que estavam localizados na parte alta da A. eram chamados de Montanhás, e lá estavam os representantes do terceiro estado, os Jacobinos, teve também os Coverliers, cuja figura mais emblemática, Danton, é lembrado pelo aquilo que a R. poderia ter sido do ponto de vista do mais radical, mas não foi. Todos esses eram antimonarquistas e representantes do terceiro estado, republicanos (no sentido de serem contrários a um estado não submetido a leis e comprometidos em impulsionar na medida do possível uma R. e contrários a todos os privilégios estamentais). Por outro lado, tem-se os girondinos que são moderanos ou comprometidos com a aristocracia. Após muitos debates e progressivos avanços das posições dos montanhenses se declara com uma soluução de compromisso a monarquia constitucional. Isso é 1751. Para nós parece ser muito obvio, mas imagine que o rei deixou de ser rei por vontade divina e passou a ser rei pela vontade dos homens, isto é, o que fundamenta o rei, o que dá legitimidade ao rei é que o homens querem que ele seja rei. Logo, isso é muito perigoso: se os cidadãos deixarem de pensar que o rei merece ser rei, essa legitimidade pode ser subtraída. A legitimidade que deriva da vontade divina é fixa e permanente. O rei é a encarnação da ordem divina, mas declara a monarquia constitucional e Luis XVI se torna rei por vontade de seus súditos e isso é um evento de extraordinárias consequências. Luis 16, desgostoso, foge da França, na tentativa de se aliar a forças externas e de procurar o apoio das monarquias da europa que estão profundamente interessadas em impedir que a RF se realizasse, pq obviamente isso teria consequências desatrosas para as famílias reais europeias e no caso de Luis, ele procura o apoio do império austríaco, mas é capturado em Barrém (filme fantástico: laviu de barrem). E isso leva a radicalização da R. pela traição do rei. Afinal, o rei, que era rei por decisão dos súditos, decide abandonar os súditos para se aliar com as potencias estrangeiras contra a monarquia emergida da RF. Nesse processo de radicalização, Robbiespierre ganha enorme centralidade na A. Nacional C., conhecido como incorruptível, e no ano seguinte, nesse processo de radicalização impulsionado pelos jacobinos, finalmente o rei é deposto e guilhotinado como um cidadão comum, Luis Capeto e é declarada a Primeira Republica. É um evento de extraordinário simbolismo. Acaba-se assim mil anos de monarquia francesa, de absolutismo. Aí instaura-se um comite para salvação publica para proteger a RF dos ameaças, ataques externos, e das traições internas. Começa a época do terror da republica jacobina, se produz uma constituição jacobina em 1773, mas n dura muito. O avanço doradicalismo leva a instauração do terror, na qual os jacobinos acabaram por executar todos aqueles que se opounham a eles, inclusive, seus aliados, Danton, os corvelier, e, nesse processo, Robiespierre vai perdendo apoio de uma parte importante na A. que obviamente tem bastante medo de ser apontada como traidora da pátria, pq não há devido processo legal, não há leis que protejam essas pessoas, não há direitos civis. É apenas a A. declarando que alguém é traídor que está ameaçando a R. e isso leva a guilhotina. Esse excesso de terror erode progressivamente o apoio recebido na A. por Robiespierre e isso leva a queda de Robiespierre e a instauração da R. do termidor, em 1794, e isso é interpretado como a derrota da R. democrática jacobina. Pelos marxistas isso foi lido como a restauração da R. burguesa. Se chama Termidor, pq Robiespierre perdeu a cabeça tb em norde de termidor. Lembre-se que a RV se poe a si própria como um ato de fundação total do mundo e isso significa não apenas reformular a politica, mas reformular a forma como o mundo funciona, a RV não apenas produziu um novo calendário (associado a natureza), o vigente é gregoriano e a R. é secular, mas também a declaração universal dos direitos do homem e dos cidadãos, imaginem um evento como a R. que coloca as pessoas que está ali deliberando sobre o futuro, não só da França mas da humanidade. A declaração dos direitos universais de homem e de cidadão, pq se reconhce que uma parte uma parte desses direitos são concedidos pelos Estados, mas ali um debate interessantíssimo na A., pq não está so se falando de cidadãos, esta se falando tamb´´em do homem. Todo e qualquer Estado deve respeitar esses direitos que são universais. Então, estão pensando em termos de um novo mundo para a humanidade e n só para os franceses. E é esxaatmente como essa ambição que se produz um sistema métrico decimal e a R. ficou profundamente orgulhosa de ter produzido tal sistema que permitia a humanidade de um sistema único, unificado, mas qual é o valor revolucionário disso? Na A. dos estados se convocou as pessoas a enviar as suas queixas e uma das queixas mais frequentes dos camponeses se devia ao fato de não saberem se estavam sendo roubados, pq não sabiam como eram compradaos os seus produtos, o senhor de terras é que diz como mede e que se mede e esse mede se diferencia a cada local e o senhor de terra controla a medida, compra com uma medida e vende com outra medida, esse o sistema de produção de lucro. E a RF decide produzir um sistema padrão único de medida para todos e fixam metros e kilos nas praças para os camponeses medirem seus produtos. É um evento de uma magnitude que escapa completamente a nossa compreensão contemporânea. A R de Termindor leva aum aocnstituição e essa constituição define um diretório e esse funciona entre 1795 e 1799. E aqui entra Constant que volta a Paris, entusiasta das possibilidades do diretório e se elege para o próprio diretório, mas no ano seguinte acaba assim como a constituição, por um golpe de Estado, o 18 de Brumário. Da-se inicio ao império napoleônico, que tem um primeiro perido de consulado de 5 anos e dpois propriamente o império. O fato eh que quando napoleão eh derrotado em Waterloo finalmente em 1815 entramos na Restauração. Imagiem que depois de 26 ano de R. e depois de todas as mortes temos na frança novamente um monarca sentado no trono : a família dos bourbons sentada no trono. É exatamente nesse contxto em que Cosnatnt está pensando a França. Há um debate ali entre legitimistas, aqueles que são favoráveis a Restauração monárquica e os R/L.comprometidos em regastar a experiência R. e o grande desafio da opinião publica francesa nesse momento é: o que fazer do legado da RF, afinal, o que é a RV? Há um consenso entre tires e troianos de que a RF é um acontecimento fundamental, o problema eh: qual eh o balanço desse acontecimento? Eh negativo ou positivo? Os legitimistas/monarquistas dirão que a RF foi um erro, pois trouxe terror, morte, ela não levou ao mundo o que prometeu e produziu penas efeitos profundamente deletérios e essa leitura da RF dará origem a uma compreensão conservadora da RF que está na matriz do pensamento conservador moderno. De outri lado, haverá um conjunto de leituras que farão interpretações interessantes da RF apontando que ela não foi radical o suficiente, a R. errou pq não foi suficientemente radical e não foi capz de mudar suficientemente o mundo, essas estruturas que não destruiu que estão aqui produzindo o presente que vemos. Essa eh a leitura radical e positiva da RF, cuja critica é pela sua insuficiência e não pelos excessos. Isso dará a universo de leituras do campo dos socialismos que vamos ver no semestra. E há uma interpretação distinta: é possível produzir uma acomodação entre essas duas coisas. É preciso entender que a R. é um acontecimento fundamental, mas ela produziu monstros e terrore mbora a igualdade e aliberdade seja desesjavel, o terror não é, e o terror não parece ser separado facilmente dessa experiência como um todo. Então como fazer uma apreciação que permita fazer uma espécie de articulação de transação entre a preservação de uma ordem institucional, a igualdade, a transformação, a liberdade etc. Essa tentativa de pensar o mundo que permite conciliar uma leitura positiva com uma leitura crítica e tentar pensar que mundo institucional poderia dar lugar a essa acomodação é o terreno em que coloca o liberalismo frânces e é aí que constant esta pensando. Isso coloca para vcs qual o cenário grande que Constant está enfrentando e com quem ele esta dialogando e que posições ele quer fazer avançar.
Considerações: a R. implica uma ruptura radical com o status quo em diferentes âmbitos, logo, implica por definição, a subversão, a destruição ou a substituição dessas instituições e nesse sentido a R. é desruptiva. As I. se a gente formos pensa las como as I. Politicas, são as I. do Status Quo, são as I. da ordem imperante, e a R. se faz contra essas I. da ordem imperante, logo, só pode ter efeitos corrosivos sobre essa ordem. Lembrança de um livro que mudou um pouco a minha visão a respeito do que são as instituições, cuja frase inicial era: quando alguém quer proteger a proteger a propriedade ou instaurar um conjunto de leis que conceda certos privilégios, esse alguém precisa criar instituições. E quando a R. destrói tudo isso e visa criar um outro mundo com outras distribuições, essa R. precisa criar instituições. Então, não há como escapar da institucionalização. Obviamente o processo revolucionário é um processo de destruição/erosão de instituições que sustentam o status quo, mas ele enfrenta a resiliência dessas I. (que estão vinculadas a praticas, interesses etc). E a própria R. precisa construir I., ou seja, tem o desafio de institucionalizar a R., e nesse desafio, vc não pode fazer tábula rasa.
Consideração: a R. não foi suficiente pq ficou nos marcos da própria ideologia burguesa? Essa é uma leitura possível, e que uma parte da historiografia marxista pensa, mas é anacrônica no sentido de que as pesssoas que estão ali na R. estão desputando os destinos da história e umaparte do que estão fazendo é tentandi entender que é isso que está acontecendo e não existe um liberalismo pronto, assim como n existe uma ideologia burguesa pronta, como n existe uma burguesia claramente definida. Vc tem um mundo em que as coisas estão sendo paridas. É um mmundo que tem comerciantes, sans culote, mas eles ainda n se entendem propriamente como classes diferentes e n há um autopercepção clara da diferença desses interesses, muito pelo contrario, as ideias com as quais esses homens operam são ideias universais. A ideia de concidadão tem um caráter profundamente revolucionário pq vc está dizendo que as pessoas são iguais contra um contexto históricos de diferenças herdadas e derivadas do estamento, do sangue. Então a ideia de que as pessoas são iguais é de uma radicalidade extraordinária. A critica que se fez a historiografia marxista é: ler uma parte da RF e de seu desenvolvimento comouma espécie de primeira experiência, de prenúncio, da R. proletária abortada que só virá da certo depois. É uma leitura anacrônica e que vigorou durante muito tempo e foi muito revisada a partir da Escola da revisão histórica da RF (na qual a RF não é lida comoum aespecie de parteira de um mundo novo, na verdade, é uma espécie de acelerador de processos que estão acontecendo de forma continuo, e o liberalismo francês compartilha essa leitura), pois não há R. proletária acontecendo nesse momento, o que é diferente da R. soviética, na qual vc tem outras categorias e uma compreensão diferente 
Considerações sobre o L. e o pensamento R.: oq a gnt chama de L. frnaces, não estmaos dizendo que eh uma ideologia ooposto ao republicanismo. Essa oposição não existe nessse momento, esse vocabulario está sendo inventado e que emerge do universo de valores da tradição republicana, que emerge disputando a compreesão do que deve ser a ordem política. Então quando a gnt cham constant de liberalismo rfrances, o perigo eh assumir que o Constant eh um defensor da propriedade privada, do individualismo, como se constant fosse aquilo que nos etendemos hoje por liberalismo, na verdade, constant está construindo umas das distinções mais básicas que vira a se torna feições permanentes daquilo que hoje entendemos como liberalismo político, mas ele está fazendo isso politicamente dentro do campo republicano. Então não há essa oposição e isso nos ajuda a suspender um juízo desnecessariamente critico a constant que ve ele como um burgues defendendo ideias burguesas. Mas não eh bem assim. Obvimante, cosntant esta tentando dar conta de certos problemas e a gente vera a questão da propriedade não eh irrelevante para ele, não pq ele seja um burguês, mas pq ele está oferecendo um diagnostico de fundo histórico a respeito de quais são as consequências da forma da propriedade da produção da riqueza ter mudado como mudou e isso tem implicações muito importante p o diagnitico de fundo que ele faz. 
Problemas políticos fundamentais da linguagem do liberalismo politico
 Temos 3: 1) o problema da soberania popular que guarda um paradoxo pq se o poder he cosntituido legitimamente pq limitar esse poder legitimamente constituído e isso tem a ver com um paradoxo rousseauniano, que é a ideia de que existe uma espécie de soberania suprema e unitária e que o exercício da função publica nada mais deve ser que a realização dessa soberania em ato. Rousseau define republica: como a realização da soberania popular em ato, a vontade geral em ato, entaõa , há uma soberania, há uma vontade e ela se transforma em atos e essa transformação eh do ponto vista do que chamamos de governo aquilo que torna o governo republicano, instituições em republicanas, pq elas realizam/atuam a soberania popular sem mais mediação. Mas o que significa essa soberania? Trata-se de um pode ilimitado constituído legitimamente que pode decide coisas que nao parecem razoaveis, mas se toda legitimidade emana dessa soberania suprema, como julgar descisões tomadas por essa soberania que não parecem ser defensáveis. Então a RF mostrou que existe uma conexão entre soberania popular, total, suprema, unitária e tirania. O terror instalado mostrou isso, mostrou um conjunto de medidas tirânicas que se impuseram contra todos que se opuseram e tentavam interpretar a vontade do povo e que foram p guilhotina pq discordavam. O terro mostra uma conexão que não era clara entre a soberania ilimitada e as possibilidade essa si produzir monstros e esssa conexão o L. francês enfretaram isso pela primeira vez, esse paradaxo constitutivo da ordem politica moderna, das democracias, de uma ordem politica que deposita a origem da legitimidade na soberania popular. Isso não significa que isso leva diretamente a ditaduras, mas sim que há uma tensão presente no mundo politico moderno em que a sobernia popular pode ser esticada a até interpretações ou configurações que levam a realização dessa soberania em moldes tirânicos, por exemplo, o discurso majoritarista do presidente atual que se reivindica democrático pq eh majoritário e pq eh majoritário ele pode se impor sobre a outra parte da população sem levar em conta as mediações institucionais, pq essas não permitem a realização da vontade do povo, as mediações institucionais atrapalham a realização da soberania. Então, esse problema de fundo colocado pelo terror eh um problema que não saiu da historia e que continua a nos assombrar e os pensadores que vamos trabalhar foram os primeiros a temtar balbulciar uma linguagem e a propor soluções para lidar com isso. Então, trata-se de um paradoxo, pq o mundo politico moderno instaura o povo como o fundamento da política, como fundamento da legitimidade e o faz num momento em que não existe nada que possa ser pensado como um povo homogêneo, não existe nada que possa ser pensado como uma sociedade untirária, muito pelo contrário, pq o diagnotisco de fundo do benjamim constant eh um diagnotico de fundo de diferenciação da sociedade, então o povo não pode ser erigido como um todo,na verdade, o povo age porque é falado e interpretado por alguém. Não que as massas não ajudaram a construir a R., a questão eh que a R. da lugar a um aoutra coisa que eh a concentração do poder social produz que um determinado grupo de pessoas estejam na condição de falar em nome do povo e povo passa a existir só como categoria politica através da nomeação e da invocação daqueles que estão no poder fazem do povo. Isso eh aquilo que Rousseau chama de figuração do povo: s nrcessidade de que uma vez que vc coloca o povo ocom centro da soberania popular, vc coloca o problema: bom, como sabemos o que o povo quer e o que o povo é. No caso do terror não se trata de consultar o povo em sua diversidade empirica, isso atrapalha, se trata de entender o povo como uma categoria abstrata que pare a R., de modo que no discursode Robiespierre especialmente enfático em relação ao seu papel como liderança virtuosa, o que conecta a R. e o povo eh uma liderança virtuosa que estava entendendo os valores fundamentais que estão atrás da R., o povo aparece aqui como categoria abstrata e não empírica. O liberalismo politivo não eh propriamente avesso a ideia de soberania popular. Constant n eh contrario a ideia de soberania popular e são profundos admiradores de Rousseau e critico tb, pq ele entede que Rousseau formulou ou percebeu pela primeira vez que tinha um desafio intrínseco derivado da função que ele concede a vontade geral, de colocar a sobernia no centro e ao mesmo tempo ter que se preocupar com as funções executivas do governo. Rousseau procurou dar um solução a isso pela via da delegação e uma solução por uma via que separa a formulação de atos específicos da formulação das leis gerais. Consatnt admira Rousseau por causa disso, mas ao mesmo tempo não compartilham a compreensão de Rousseau de soberania indivisível. A sua leitura da sobernia sera: eh preciso sim ter o ideal da soberania, mas n podemos mais entender o ideal da soberania tal como entendido no republicanismo clássico. E uma parte dos erros da S. foi acrediatar que a S. ainda podia ser exercida no registro republicano clássico, isto é, como uma S. em permanente em exercício, permanentemente ativa. Constant dirá que isso noa eh possível mais pois noa eh condizente com as circunstacias do presente. Trata-se de pensar em limites e contenção a soberania e isso não eh negá-la. Esse eh o paradoxo da soberania. (2 livros interessantes sobre a RF: de chartier, as origens culturais da RF; e olivro da Lin Hunt: cultura, politica e classe na RF, que eh uma teórica ligada aos estudos culturais); 2)

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